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centro federal de educação tecnológica do ceará – cefet/ce

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meiões, camisas, etc.) é um pro<strong>ce</strong>sso burocrático e que lhe exige to<strong>do</strong> um protocolo<br />

e justificativas perante a empresa.<br />

Este <strong>ce</strong>nário só aumenta os conflitos entre as partes, estan<strong>do</strong> o emprega<strong>do</strong><br />

em posição <strong>de</strong>sfavorável e “ciente <strong>do</strong> seu ofício”, ou seja, <strong>do</strong> que lhe foi da<strong>do</strong> como<br />

atribuição: coletar os RSD. Contraditoriamente, é muito comum que as melhorias<br />

nas condições <strong>de</strong> trabalho fiquem ao “sabor” <strong>de</strong> outros profissionais - que na maioria<br />

das vezes são superiores e que não vivem da “coleta <strong>de</strong> RSD”.<br />

Entran<strong>do</strong> um pouco no “mun<strong>do</strong>” <strong>do</strong>s cata<strong>do</strong>res da Usina <strong>de</strong> Triagem<br />

observamos também problemas quanto ao a<strong>ce</strong>sso ou reposição <strong>de</strong> EPI’s - conforme<br />

a fala abaixo - mas o trabalho na Usina é autônomo enquanto que o trabalho <strong>do</strong>s<br />

garis possui base legal:<br />

“...não tem material <strong>de</strong> proteção pro nariz e as luvas<br />

que tem é a gente que arranja. Não tem um material<br />

<strong>ce</strong>rto para trabalhar. Se tivesse um investimento para<br />

reformar, comprar material, aí dava até um gosto <strong>de</strong><br />

trabalhar...”(Entrevista<strong>do</strong> 6, Integrante da Usina <strong>de</strong> Triagem).<br />

As péssimas condições <strong>de</strong> vida, a ausência <strong>de</strong> proteção social e<br />

comprometimento <strong>do</strong>s órgãos ambientais para com a realida<strong>de</strong> da Usina <strong>de</strong><br />

Triagem, somada a ausência <strong>do</strong>s EPI’s - que o trabalha<strong>do</strong>r vê como negativo -<br />

<strong>de</strong>nunciam que sobreviver da catação é muito difícil e fruto <strong>de</strong> muita <strong>de</strong>terminação<br />

pessoal.<br />

Dall’Agnol e Fernan<strong>de</strong>s (2007) trouxeram um fator agravante à questão da<br />

ausência <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteção individual no “lidar com o lixo” ao<br />

<strong>de</strong>senvolverem um trabalho sobre saú<strong>de</strong> e auto-cuida<strong>do</strong> entre cata<strong>do</strong>res <strong>de</strong> lixo.<br />

Segun<strong>do</strong> as autoras:<br />

A carência <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteção individual para todas as<br />

cata<strong>do</strong>ras entrevistadas, leva gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>las a não a<strong>de</strong>rirem ao uso <strong>de</strong><br />

luvas e, na falta <strong>de</strong> luvas novas, as trabalha<strong>do</strong>ras retiram as que encontram<br />

no lixo hospitalar, lavam e as guardam para uso posterior.<br />

Conseqüentemente, a problemática se agrava, pois a contaminação se<br />

potencializa em <strong>de</strong>corrência da fragilida<strong>de</strong> das luvas cirúrgicas, que se<br />

rompem facilmente durante o manuseio <strong>do</strong> lixo, sen<strong>do</strong> ineficazes como<br />

equipamento <strong>de</strong> proteção (DALL’AGNOL e FERNANDES, 2007, p.6).<br />

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