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centro federal de educação tecnológica do ceará – cefet/ce

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notar a diversida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s RSD gera<strong>do</strong>s em Fortaleza/CE e a presença <strong>de</strong> Resíduos <strong>de</strong><br />

Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> mistura<strong>do</strong>s com tais resíduos:<br />

“...o lixo tem ferro, tem vidro, tem seringa e alguns<br />

aparelhos <strong>de</strong> gente <strong>do</strong>ente que vem infecta<strong>do</strong>. Tem<br />

muitas coisas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> lixo, vários tipos <strong>de</strong> coisas, tem<br />

aquelas bichas: baterias <strong>de</strong> <strong>ce</strong>lular, que é um perigo,<br />

não é?!, só aquilo ali tem a radiação...” (Entrevista<strong>do</strong> 1,<br />

Gari).<br />

“...no saco <strong>de</strong> lixo tem algum vidro, alguma agulha,<br />

alguma coisa que a gente vai ser infecta<strong>do</strong> se não<br />

cuidar...” (Entrevista<strong>do</strong> 6, Integrante da Usina <strong>de</strong> Triagem).<br />

“...tem lixo aí com vários tipos <strong>de</strong> coisa: vem seringa<br />

vem material <strong>de</strong> hospital, vem injeção infectada, vem<br />

carrada <strong>de</strong> feto, essas coisas...” (Entrevista<strong>do</strong> 3, Gari).<br />

“...a gente luta com to<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> coisa. Até feto nós já<br />

chegamos a pegar; seringa, vidro...” (Entrevista<strong>do</strong> 4, Gari).<br />

“...a gente pega muito lixo podre, podre mesmo. A gente<br />

pega cachorro morto, pega tu<strong>do</strong> e bota <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> carro.<br />

É obrigação da gente colocar...” (Entrevista<strong>do</strong> 2, Gari).<br />

Foi comum aos <strong>de</strong>poimentos o uso <strong>do</strong> termo “infecta<strong>do</strong>” - expressão técnica<br />

geralmente utilizada por profissionais da área da saú<strong>de</strong> - para mostrarem o risco que<br />

representa à saú<strong>de</strong> lidar com os RSD.<br />

Os <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong>ixam claro que parte <strong>do</strong>s materiais encontra<strong>do</strong>s nos RSD<br />

<strong>de</strong> Fortaleza/CE enquadra-se na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> “lixo” <strong>do</strong>miciliar, entretanto, a outra<br />

par<strong>ce</strong>la <strong>de</strong> resíduos é composta pelos provenientes <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (seringas,<br />

agulhas, injeções, etc.), que por serem - em alguns casos perfurocortantes - levam<br />

aos trabalha<strong>do</strong>res uma “sensação <strong>de</strong> me<strong>do</strong>” <strong>de</strong> contraírem infecções.<br />

Cussiol, Rocha e Lange (2006) <strong>de</strong>senvolveram um trabalho na região Sul <strong>de</strong><br />

Belo Horizonte com o objetivo <strong>de</strong> conhe<strong>ce</strong>r a par<strong>ce</strong>la <strong>de</strong> resíduos potencialmente<br />

infectantes presentes nos resíduos sóli<strong>do</strong>s urbanos. Chegaram a constatar, após<br />

segregação e quantificação, que os resíduos infectantes <strong>de</strong> origem <strong>do</strong>miciliar<br />

correspon<strong>de</strong>m ao <strong>do</strong>bro da fração total (infectante e comum) <strong>do</strong>s resíduos <strong>de</strong><br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, mostran<strong>do</strong> que os funcionários da coleta formal e<br />

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