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geografia crítica e geografia escolar - Observatorio Geográfico

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Anais do X Encontro de Geógrafos da América Latina – 20 a 26 de março de 2005 – Universidade de São Paulo<br />

imprensa (idem, p. 35), mas penso que também pela expressão nacional dos professores<br />

geógrafos envolvidos na sua elaboração e no debate/embate que travou.<br />

Uma proposta curricular para o ensino de Geografia para o 2.o grau (atual<br />

ensino médio), que já não teve a mesma repercussão e foi bem menos difundida que aquela<br />

para o 1.o grau. Uma versão preliminar lançada em 1986 e 1987 e republicada em 1991. A<br />

partir das sugestões e <strong>crítica</strong>s apresentadas pelos professores de Geografia, uma nova<br />

versão dessa proposta foi publicada em 1993 pela CENP/SEE (SÃO PAULO, 1993). Na<br />

segunda versão da proposta curricular para o 2.o grau, propunha-se retomar a reflexão<br />

sobre os dois primeiros itens da proposta para o 1.o grau: 1. A Geografia que se ensina e a<br />

Geografia como ciência; 2. Contribuição da <strong>geografia</strong> para o ensino de 1.o e 2.o graus.<br />

Nos referidos itens são definidas as linhas gerais e fundamentais das<br />

orientações teórico-metodológicas da <strong>geografia</strong> <strong>crítica</strong> para o ensino naquele momento,<br />

partindo da análise da realidade concreta do ensino nas escolas. Considerando que o<br />

método dialético permite a análise <strong>crítica</strong> dos processos de organização/produção do<br />

espaço através da investigação da realidade concreta e das suas contradições, propõe esse<br />

método para o ensino de Geografia para se superar a abordagem despolitizada,<br />

fragmentada e dicotomizada da realidade e a concepção “bancária” do ensino:<br />

Esse caminho dialético pressupõe que o professor deve se envolver não só com<br />

os alunos, mas sobretudo com os conteúdos a serem ensinados. Ou seja, o<br />

professor deve deixar de dar conceitos prontos para os alunos, e sim, juntos,<br />

professores e alunos participarem de um processo de construção de conceitos e<br />

de construção do saber.<br />

Nesse processo, o professor deixa de ser um mero transmissor de<br />

conhecimentos e o aluno, mero receptáculo do conhecimento. (SÃO PAULO,<br />

1988, p. 17)<br />

A Geografia no currículo <strong>escolar</strong> deve contribuir, juntamente com as demais<br />

disciplinas, para “desenvolver no aluno a capacidade de observar, analisar, interpretar e<br />

pensar criticamente a realidade tendo em vista a sua transformação” (idem, p. 19).<br />

Sociedade, natureza, trabalho, totalidade, homem concreto, modo de produção, classe<br />

social, são categorias centrais para a análise dos processos de produção do espaço<br />

geográfico através do trabalho social nas relações contraditórias entre os homens, a<br />

sociedade e a natureza, visando a transformação:<br />

É nestes termos que a Geografia hoje se coloca. É nestes termos que seu ensino<br />

adquire dimensão fundamental no currículo: um ensino que busque junto aos<br />

alunos uma postura <strong>crítica</strong> diante da realidade, comprometido com o homem e<br />

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