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SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2013
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pre alaga quando chove?
O QUE ESTÁ SENDO FEITO
Limpezas de 120 mil bocas de lobo, 130 km
de galerias e ramais e 308 km de córregos,
remoção de 1,4 mil toneladas de entulho;
construção de dois piscinões e obras nas
vazões dos córregos Verde e Cordeiro
Prefeitura promete investir
R$ 100 milhões para instalação
de nobreaks em semáforos
no centro expandido
Mapeamento das árvores
com risco de queda
Aterramento de fiação
na avenida Faria Lima
e mapeamento de árvores
com risco de queda sobre fios
O QUE DEVERIA SER FEITO
Ampliação do sistema de limpeza
de boca de lobo, controle
de ocupação de solo, construção
de quatro novos piscinões e
melhoria no sistema de drenagem
Instalação de nobreak em todos
os semáforos, aterramento de
fiação e compra de equipamentos
de reposição
Além do monitoramento,
é preciso um diagnóstico
de árvores doentes e melhoria
no serviço de poda
Aterramento da fiação em todo
centro expandido, instalação
de transformadores mais resistentes
e convênio para ampliar o serviço
de poda de árvore
Acesso para av. Paulista intransitável CLAUDIO MANCULI/FOLHAPRESS
Análise
‘Modelo de
ocupação foi
errado’
Os especialistas são unânimes:
ocupação desordenada,
falta de áreas verdes
para tornar o solo
mais permeável e bueiros
e galerias entupidos são
as principais causas das
enchentes.
Segundo o diretor do
Sindicato dos Arquitetos
no Estado de São Paulo
Paulo Afonso Costa, a
ocupação de áreas inundáveis,
que poderiam absorver
as águas da chuva,
muitas vezes é incentivada
pelo próprio poder
público.
“Existem brechas na lei
que permitem que empresas
ocupem áreas inundáveis,
como os leitos das
marginais. A pressão do
mercado imobiliário também
contribui para a impermeabilização
do solo”,
afirma Costa.
O consultor ambiental
Alessandro Azzoni afirma
que bueiros entupidos, associados
a piscinões com
capacidade insuficiente,
são os grandes vilões das
enchentes.
“Como os bueiros estão
entupidos, a água passa e
vai parar nas regiões mais
baixas, causando alagamentos.
Precisamos investir
na construção de novos
piscinões e em bombas de
drenagem que ajudam a
drenar a água da chuva”,
afirma Azzoni. A técnica
do CTH (Instituto Tecnológico
de Hidráulica) Cristiana
Andreoli defende a
criação de mais áreas verdes.
“Isso poderia amenizar
os problemas causados
pela ocupação irregular
do solo.” METRO