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+ Escola
ESPECIAL
Finanças
“A ideia é que os
alunos saibam tomar
decisões saudáveis para
a vida deles e para a
sociedade.”
SILVIA MORAIS, SUPERINTENDENTE
DA ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO
FINANCEIRA DO BRASIL
16 EDUCAÇÃO
adota
valores da
vida moderna
Educação financeira. Assunto fará parte da grade curricular do ensino fundamental
em até três anos. Projeto já foi aplicado como piloto para alunos do ensino médio
Depois de fazer parte de um
programa-piloto nas escolas
de ensino médio, agora é a
vez do ensino fundamental
adotar os princípios da educação
financeira.
O objetivo é melhorar a
relação do brasileiro com o
dinheiro ainda na infância
por meio da conscientização
de que a moeda existe,
mas não pode satisfazer todas
as necessidades ou vontades
de todos os indivíduos.
No ensino médio a experiência
foi aplicada durante
um ano e meio em 900 escolas
com jovens com idade
entre 15 e 21 anos. O objetivo
agora é levar a iniciativa
para o maior número
possível de escolas.
“Estamos trabalhando
em parceria com o MEC [Ministério
da Educação] para
disseminá-la da melhor forma”,
afirma Silvia Morais,
superintendente da AEF
Brasil (Associação de Educação
Financeira do Brasil).
O balanço da ação até
o momento é visto de forma
bastante positiva e foi
documentado pelo Banco
Mundial. “Observamos
que, quando o jovem é
apresentado a atividades
que envolvam a educação
financeira, ele se torna capaz
de planejar, poupar,
contribuir com o pai e com
a mãe e melhorar a gestão
financeira da família”, afirma
Silvia.
Para os pequenos, o currículo
está em fase de elaboração.
“Investimos um
ano e meio na elaboração
de um material destinado
à faixa etária de 6 a 14
anos. Estamos na fase de
fechamento do livro e entre
2014 e 2015 começaremos
a implementar o projeto”,
afirma Silvia.
Operações matemáticas
básicas envolvendo exemplos
de empréstimos, noções
de previdência e aposentadoria
e planejamento
para compras de bens pessoais
são alguns dos temas
que devem fazer parte da
grade.
Se antecipando ao programa,
o Colégio Estrela
SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2013
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Sirius, na capital paulista,
aplica a medida como atividade
extracurricular há
dois anos e já vê os resultados.
“Os alunos não tinham
noção sequer da valoração
do dinheiro. Para se
ter uma ideia, muitos alunos
acumulavam moedas
nas mochilas por julgarem
que dinheiro só é válido no
formato de papel. Hoje estamos
conseguindo mudar
isso”, afirma Nadir Aprigio
Bispo, professora de língua
portuguesa dos ensino fundamental
2 e médio.
PATRÍCIA
GUIMARÃES
METRO SÃO PAULO
Análise
Finanças
devem ser
sustentáveis
Primeiro é preciso dizer
que o esforço do governo
não vem de agora.
Desde 2009, o Projeto de
Lei 171/09 tramita com
a preocupação de inserir
a educação financeira
na grade escolar da rede
pública. Fora isso, a Portaria
723, do Ministério
do Trabalho e Emprego,
garante ao jovem aprendiz
o acesso à disciplina.
E iniciativas do tipo
são imprescindíveis à
família brasileira. Quanto
mais cedo entrarmos
nas escolas para trabalhar
na causa, mais fácil
será fazer com que
as crianças tenham hábitos
corretos. A criança
tem que ter orientações
no que se refere a
poupar, ou então entraremos
em colapso.
REINALDO
DOMINGOS
Educador financeiro