são paulo - Metro

2CULTURA
Paul Banks
Vocalista
do Interpol
vem a SP
O músico (foto) vem ao
país após “vaquinha”
dos fãs – chamado
crowdfounding – e se
apresenta no Grand
Metrópole (av. São Luís,
187, tel.: 3868-9944) no dia
14/3, às 23h. Os ingressos
custam R$ 160 e estão
à venda na bilheteria
da casa ou no site
ingressorapido.com.br.
|14| {CULTURA}
Cinema. Todas as facetas do aclamado
diretor americano estão em mostra que inicia
hoje com 50 filmes dirigidos, codirigidos,
escritos ou com participação do cineasta
Quentin Tarantino foi o homem
responsável por trazer
aplausos a gêneros menos
prestigiados no cinema,
como o faroeste (“Django Livre”),
as artes marciais (“Kill
Bill”) e o terror (“Um Drink no
Inferno”), e deixou sua marca
em roteiros recheados de referências
ao cinema e à cultura
pop, além de diálogos longos
e inteligentes.
Quantas virtudes de Tarantino
cabem em uma só mostra
de cinema? Todas, segundo
o ciclo Mondo Tarantino,
que abre hoje no CCBB e que
será exibido também no Cinusp
a partir do dia 25.
Em um projeto ambicioso
-- e altamente custoso --, o
CCBB e a USP (Universidade
de São Paulo) conseguiram reunir
cópias 35 mm de filmes
dirigidos, roteirizados, codirigidos
e com participação de
Tarantino. Somado a isso estão
32 títulos que serviram
de inspiração ao cineasta, que
vão desde westerns espaguetes,
como “A Morte Anda a
Cavalo” (1967), de Giulio Petron,
a filmes noir, a exemplo
de “O Grande Golpe” (1956),
de Stanley Kubrick.
“Um dos fatos mais impressionantes
sobre Tarantino
é que ele é autodidata”,
comenta Marcos Kurtinaitis,
curador da mostra. “Trabalhando
em uma videolocadora
e assistindo a centenas de
filmes, ele aprendeu a dirigir.”
Maria de Medeiros, atriz
de “Pulp Fiction”, chegou a
afirmar ao Metro que, antes
de ser um grande diretor, Tarantino
é um exímio roteirista,
aspecto do qual a mostra
também dá conta. Estão na
lista “Um Drink no Inferno”
(1996) e “Amor à Queima Roupa”
(1993), entre outros.
“A grande originalidade
de Tarantino está em seus roteiros
cheios de referências.
Já seu lado ator é menos conhecido”,
aponta Kurtinaitis.
“Como intérprete ele é um
grande canastrão. No fundo,
sinto que todos os diretores
que o escalaram estavam
mais interessados em sua
persona do que em um ator
de verdade”, conclui.
SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2013
www.readmetro.com
Tarantino dissecado
7
filmes dirigidos por Quentin
Tarantino fazem parte da
mostra. São todos os longas
encabeçados por ele antes de
“Django Livre”, ainda em cartaz.
NANA
QUEIROZ
METRO BRASÍLIA
Municipal terá preço especial para Vale-Cultura
Há três semanas, a dupla John
Neschling e José Luiz Herência
busca dar novos brilhos à
programação do Theatro Municipal.
Respectivamente diretor
artístico e diretor administrativo,
os dois realizaram
ontem, ao lado do secretário
de Cultura, Juca Ferreira, o
anúncio oficial da temporada
2013, que terá 7 óperas e 15
concertos da Orquestra Sinfônica
Municipal (OSM).
A maior novidade fica por
conta do acesso aos espetáculos.
Segundo Herência, a ideia
“A grande originalidade
de Tarantino está em
seus roteiros cheios
de referências. Como
intérprete ele é um
grande canastrão.”
MARCOS KURTINAITIS, CURADOR DA MOSTRA
Serviço
No CCBB-SP (r. Álvares Penteado,
112, tel.: 3105-8858) e Cinusp
(r. do Anfiteatro, 181, tel.:
3091-3540). Até 17/3. R$ 4. Veja
a programação completa
em mondotarantino.com.br
é abrir em maio a venda de assinaturas
da temporada lírica
com condições especiais para
os beneficiados com o Vale-
-Cultura, que concederá R$ 50
por mês a trabalhadores. “Isso
está dentro da política de
dialogar e atrair um público
maior”, explicou Ferreira.
A temporada inicia já neste
sábado e domingo, com o
concerto de celebração ao bicentenário
de nascimento de
Wagner (1813-1883) e Verdi
(1813-1901), e aos 20 anos de
morte de Camargo Guarnieri
Os longas criados pelo diretor americano são
recheados de referências a alguns clássicos.
Veja as relações entre suas produções e alguns
filmes que estarão na Mostra
‘The Killer’
(1989) Joh Woo
‘Lady Snowblood’
(1973) Toshiya Fujita
‘O Expresso Blindado
da SS Nazista’ (1978)
Enzo G. Castellari
‘A Morte Anda
a Cavalo’ (1967)
Giulio Petroni
‘O Jogo da Morte’
(1978) Robert Clouse
R$ 65 mi
é o orçamento do Municipal
para 2013, dos quais
R$ 12 milhões são dedicados
à programação.
(1907-1993). As peças terão regência
do próprio Neschling.
Algumas da principais óperas
do ano também homenageiam
os compositores – com
“Aida”, de Verdi, em agosto,
‘Adrenalina Máxima’
(1993) Takeshi Kitano
‘Kill Bill’
vol. 1 e 2
(2003 e 2004)
‘Django’ (1966)
Sergio Corbucci
AS ORIGENS
‘Pulp Fiction’
(1994)
‘Bastardos
Inglórios’ (2009)
‘Cinco Covas no
Egito’ (1943)
Billy Wilder
‘Django
Livre’ (2012)
e o “Ouro do Reno”, primeira
parte da tetralogia do Anel,
de Wagner, em novembro.
A ideia do diretor artístico
é reforçar a vocação lírica
da casa. “É uma vergonha que
no Brasil não haja, nesse momento,
um grande teatro de
ópera”, disse ele.
Neschling também anunciou
a troca de comando do
Coral Paulistano e do Balé da
Cidade. No primeiro, sai Tiago
Pinheiro e entra Bruno
Facio. No segundo, Lara Pinheiro
abre espaço para Ira-
city Cardoso. O espanhol Juan
Guillermo Nova vem do Teatro
Real, de Madri, para inaugurar
o cargo de diretor técnico
do Municipal.
Um projeto dos gestores,
com previsão para o próximo
ano, é a transmissão digital
da temporada de ópera,
que poderá ser assinada e vista
de qualquer parte do mundo.
“A ideia é fazer dessa casa
uma referência maior ainda
do que já é para São Paulo e
para o Brasil”, concluiu o secretário
Juca Ferreira. METRO