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ÏÖ DOS SOLOS

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— 38 —<br />

Os solos que ocorrem nesta formaçâo vegetal sâo Solos de Campos<br />

do Jordâo e Latosol Vermelho Amarelo-fase rasa.<br />

Cerrados e Campos:<br />

O terceiro grande tipo de formaçâo vegetal do Estado de Sâo Paulo<br />

é constituido pelos cerrados e pelos compos.<br />

Cerrados:<br />

Embora no Estado de Sâo Paulo, os cerrados apresentem algumas<br />

diferenças em fisionomia, podemos, em seus traços essenciais, caracterizâ-dos<br />

pela presença de ärvores e arbustos disseminadas em meio a uma<br />

cobertura de gramineas que, em média têm 30 a 50 centimetros de altura.<br />

Sâo ârvores pequenas com caules retorcidos, casca suberosa, com as fôlhas<br />

de algumas espécies quase coriâceas, apresentando copas irreguläres.<br />

À primeira vista, o que chama a atençâo nos cerrados é a semelhança<br />

entre algumas ârvores embora pertençam a familias bem diferenciadas<br />

sob o ponto de vista sistemâtico. A correlaçâo entre estas ârvores observa-se<br />

na mesma altura do caule, mesma altura da copa, mesma espessura<br />

da casca e mesma forma tortuosa dos ramos (46).<br />

De um modo gérai a cobertura de gramineas é caracterizada em sua<br />

grande parte pelo barba de bode (Aristida pattens), espécie pouco palatâvel.<br />

Dentre os arbustos, destaca-se o indaiâ (Attalea exigua) palmeira<br />

acaule muito observada nos cerrados de Säo Paulo, além da guavira (mirtâcea).<br />

(Foto 12) Dentre as ârvores observa-se com mais freqüência o<br />

pau-santo (Kiéimeyera ooriâcea, Mart.), o barbatimâo (Stryplinodendron<br />

barbatimâo Mart.), o piqui {Caryooar brasïliensis Cambess).<br />

Embora fuja ao objetivo de nosso trabalho fazer consideragôes sobre<br />

a origem das formaçôes végétais, crêmos que em virtude das controvérsias<br />

que existem acêrca da origem dos cerrados urn parênteses deverâ<br />

ser aberto neste capitulo com a finalidade de se discutir as teorias até<br />

entäo existentes.<br />

Revisando a bibliografia, vamos encontrar os trabalhos de Warming<br />

(122) defendendo a teoria climâtica, isto é, salientando que a estaçao<br />

sêca prolongada é o fator ecológico principal, ao lado das condiçôes do<br />

solo para formaçâo dos cerrados. Salienta este autor que a ausência de<br />

âgua no solo é o fator limitante da näo formaçâo de florestas.<br />

Rawitscher (86) (87) e Ferri (35) realizaram estudos sobre a transpiraçâo<br />

das plantas permanentes de cerrado e chegaram a conclusâo que<br />

estas plantas man têm, durante todo o dia, uma intensidade de transpiraçâo<br />

relativamente elevada sem apresentarem fechamento de estômatos por<br />

falta d'âgua podendo estes solos armazenar âgua suficiente para suportar<br />

florestas com ârvores de maior porte.<br />

Rawitscher e Ferri defendem a teoria biôtica, isto é, que os cerrados<br />

sâo originados pelo hörnern. Segundo êles, o cerrado é o resultado das<br />

queimas fréquentes pelos criadores de gado, na época da sêca, afim de<br />

estimular a brotaçâo na época das chuvas.

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