ÏÖ DOS SOLOS

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Na classificaçâo americana de 1949 (109) nenhuma mençâo é fejta
aos Mediterranico Vermelho Amarelo de um modo gérai e a "Terra Rossa"
em particular.
Tavernier e Smith (104). no estudo que fizeram dos solos da Europa,
näo mencionam os Mediterranico Vermelho Amarelo na regiâo de cljma
mediterranico; nesta regiâo estes autores fazem mençâo aos "Noncalciq
Brown soils" associados a solos vermelhos e amarelos, parecendo indicar
que os "Noncalcic Brown soils" estäo dentro do conceito dos Mediterranico
Vermelho Amarelo.
A ocorrência de solos Mediterranico Vermelho Amarelo na Europa e
Africa do Norte é constatada, principalmente, nas âreas de clima med(iterrânico.
A presença dêstes solos é assinalada por Albareda e Alvira (6)
na Espanha e Norte da Africa; na Siria por Muir (73); na Grécia por
Anastassiades (8) ; na Palestina por Reifenberg (90) ; na Italia por Lippi-Boncambi
e outros (60) ; na Istria e Dalmacia citados por Kubiena (56)
além da Turquia, sul da França e Sicilia.
Bramäo e outros (19) assinalam a existênciia dêstes solos no Sul de
Portugal, realçando a extensäo das âreas que ocupam bem como a alta pro.
duçâo agricola nos mesmos.
Fora da Europa e do Norte da Africa, Bramäo e Dudal (21) registram
a presença dos "Red-Yellow Mediterranean soils" no Sudeste da
Asia e America do Sul.
Quanto à composiçao mineralógica, trabalhos de Lippi-Boncambü indicam,
na fraçâo argila, a dominância de ilita, embora em alguns perils
de "Terra Rossa" também ocorram teores elevados de caulinita.
A relaçâo silica/sesquióxiidos nestes solos é em tôrno de 2. A relaçâo
silica/aluminio de alguns solos da Espanha e Marrocos, segundo Albareda
(6), é ao redor de 2. Reifenberg (90) descrevendo solos Mediterrânicos
Vermelhos da Palestina assinala relaçâo silica/aluminio em tôrno
de 3.
Os solos Mediterranico Vermelho Amarelo descritos nos Estados do
Rio de Janeiro e Säo Paulo näo constituem unidade de mapeamento homogênea,
mostrando amplitudes de variaçao em algumas de suas caracteristicas
quimicas que, durante os trabalhos de mapeamento, näo foram
correlacionadas com as caracteristicas" morfológicas.
Quanto à relaçâo silica/aluminio, esta unidade de mapeamento apresenta
perfis em que tal relaçâo é acima de 2,5, sendo solos mais sialiticos
com arguas provàvelmente do tipo 2:1 e perfis com a relaçâo sïlica/aluminio
em tômo de 2, predominantemente cauliniticos. A separaçâo dêstes
solos no campo talvez pudesse ter sido feita se maior atençâo fosse dada
à presença de minerais primârios pouco intemperizados no horizonte
B aliada à menor profundidade do perfil, como provâveis caracteristicas
morfológicas para identificaçâo dos solos sialiticos.