Raios Cósmicos: um enigma com 100 anos... (pdf)
Raios Cósmicos: um enigma com 100 anos... (pdf)
Raios Cósmicos: um enigma com 100 anos... (pdf)
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Raios</strong> <strong>Cósmicos</strong><br />
Um <strong>enigma</strong> <strong>com</strong> <strong>100</strong> <strong>anos</strong>…<br />
Fernando Barao<br />
IST/LIP, Março 2012
<strong>100</strong> <strong>anos</strong> depois…<br />
Descobertos em 1912<br />
V. Hess, austríaco<br />
Incidem constantemente na Terra<br />
neste momento foi atravessado por<br />
<strong>um</strong>!!!<br />
E vemos os seus efeitos!<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 2
…ainda <strong>um</strong> <strong>enigma</strong>!<br />
Mas o que são raios cósmicos?<br />
Qual a sua origem?<br />
Causam d<strong>anos</strong>?<br />
Como se podem observar?<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 3
O Sol<br />
Curso Profs LIP 2012 4<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
Aurora boreal…<br />
17 de Setembro 2011<br />
Visto da Estação Espacial…<br />
Curso Profs LIP 2012<br />
5<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
“Solar Flare” 7 Março 2012<br />
Finlândia<br />
Rússia<br />
Suécia<br />
Curso Profs LIP 2012 6<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
Influência dos <strong>Raios</strong> cósmicos no clima…?<br />
?<br />
CLOUD<br />
Curso Profs LIP 2012 7<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
Observar <strong>Raios</strong> <strong>Cósmicos</strong><br />
Contando raios cósmicos…<br />
Curso Profs LIP 2012 8<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
estructura do átomo<br />
escala de energias<br />
Composição da matéria<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 9
Composição da matéria<br />
e: Thomson<br />
(1897)<br />
N: Rutherford<br />
(1909)<br />
J.J.Thomson<br />
Curso Profs LIP 2012<br />
10<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
Estrutura do átomo<br />
Radioactividade<br />
Henri Becquerel<br />
(1896)<br />
Modelos atómicos: Thomson, Rutherford<br />
Cintilação<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 11
Sondar a matéria…<strong>com</strong> luz!<br />
Sondar a estructura da<br />
matéria implica…<br />
Utilização de radiação de<br />
Escala de energias…<br />
Unidade de electrão-volt<br />
Adaptada à escala de pequenas energias<br />
1 eV = 1.6 10 -19 Joule<br />
Luz visível ~ eV<br />
Energia da maçã<br />
(Newton!):<br />
E~1 Joule<br />
Carro <strong>100</strong> Km/h<br />
E~10 5 Joule<br />
1 V<br />
Curso Profs LIP 2012 13<br />
F. Barao (barao@lip.pt)<br />
+<br />
e<br />
-<br />
-
Escala de energias…<br />
Radiação de fundo<br />
(microondas)<br />
Luz visível ~eV<br />
<strong>Raios</strong> X<br />
<strong>Raios</strong> catódicos<br />
~3x10 -4 eV<br />
~10 3 eV<br />
Acelerador LEP (Cern) 10 10 eV<br />
Acelerador LHC (Cern) 10 12 eV<br />
<strong>Raios</strong> <strong>Cósmicos</strong> de energia mais<br />
elevada<br />
10 21 eV<br />
Curso Profs LIP 2012 14<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
Escala de 10<br />
Valor Nome Símbolo Energia<br />
10 3 kilo K keV<br />
10 6 mega M MeV<br />
10 9 giga G GeV<br />
10 12 tera T TeV<br />
10 15 peta P PeV<br />
10 18 exa E EeV<br />
10 21 zetta Z ZeV<br />
10 24 yotta Y YeV<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 15
Energia para ferver água…<br />
A energia gasta para<br />
passar a temperatura de<br />
1 litro de água de 20 C<br />
para <strong>100</strong> C:<br />
E ~ 10 000 calorias<br />
E ~ <strong>100</strong>0 Joule<br />
Quantos protões existem n<strong>um</strong> litro de água? 10 27<br />
Qual a energia de cada protão? 10 -24 Joule (10 -5 eV)<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 16
<strong>Raios</strong> X…<br />
1895, Wilhelm Conrad Roentgen<br />
Radiação electromagnética<br />
<strong>com</strong> <strong>com</strong>primento de onda<br />
λ = 0.1-10 nm<br />
Produzidos pela colisão de<br />
electrões <strong>com</strong> átomos pesados<br />
(tungsténio)<br />
Curso Profs LIP 2012 17<br />
F. Barao (barao@lip.pt)<br />
Terra
Milky Way<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 18
Supernova Crab (caranguejo)<br />
Estrela que explodiu cerca de 1057; 2Kpc da Terra.<br />
Observação na Luz Visível<br />
Observação no Raio-X<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt)<br />
19
Crab spectr<strong>um</strong><br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 20
Escala de distâncias<br />
1 a.U : distância média Terra-Sol<br />
1 AU = 149 598 000 km<br />
1 ly : distância percorrida pela luz, 1 ano<br />
1 l y = 300 000 km/s X 1 ano<br />
= 9.46 10 12 km<br />
1 pc : distância de <strong>um</strong> objecto cuja<br />
paralaxe é <strong>um</strong> arco-segundo<br />
1 pc = TS/tg(1’’) = 1 AU/1’’<br />
1´´ = 1/3600 deg<br />
= 1/3600 (pi/180) rad<br />
1 pc = 206 264.8 AU = 3.26 ly<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 21<br />
T<br />
S<br />
D=1 pc<br />
1’’<br />
X
Via láctea: dimensões<br />
Sistema<br />
solar<br />
Crab nebula<br />
Sun<br />
A<br />
B<br />
C<br />
50,000 ly<br />
center to edge<br />
<strong>100</strong>,000 ly<br />
edge to edge<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 22<br />
D<br />
E<br />
30 kpc
Observações de Hess, Millikan<br />
Composição e espectro<br />
Descoberta dos <strong>Raios</strong><br />
<strong>Cósmicos</strong><br />
Curso Profs LIP 2012<br />
23<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
Electroscópio - ionização<br />
O electroscópio é <strong>um</strong> detector de partículas<br />
carregadas<br />
A parte metálica exterior à campânula<br />
fica carregada, bem <strong>com</strong>o os<br />
eléctrodos interiores<br />
O grau de<br />
afastamento<br />
dos eléctrodos<br />
mede a<br />
ionização<br />
existente<br />
Ducretet (1880)<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt)<br />
24
<strong>Raios</strong> <strong>Cósmicos</strong> – a descoberta...<br />
1907 - Theodore Wulf<br />
aperfeiçoa o electroscópio<br />
e decide testá-lo <strong>com</strong> a<br />
radiaoactividade natural do<br />
solo<br />
Faz medições junto à base<br />
da Torre Eiffel e no topo,<br />
verificando que a ionização<br />
não diminui drasticamente<br />
<strong>com</strong>o seria de esperar<br />
A atmosfera deveria<br />
absorver a<br />
radioactividade !!!<br />
325m<br />
Curso Profs LIP 2012 25<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
Os voos de Hess<br />
Em 7 de Agosto<br />
de 1912 o<br />
austríaco<br />
Victor Hess<br />
decidiu medir a<br />
radiação<br />
fazendo o<br />
último vôo n<strong>um</strong><br />
balão de ar<br />
quente a <strong>um</strong>a<br />
altitude de<br />
cerca de 5km<br />
Victor Hess depois do vôo de 1912 Fonte: National Geographic<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 26
Observações de Hess<br />
A radiação diminui ligeiramente até<br />
<strong>um</strong>a altitude de 700m, a<strong>um</strong>entando<br />
depois a partir de 1.5km até<br />
duplicar a 5km.<br />
A taxa de ionização era similar de<br />
dia e de noite<br />
A radiação não devia provir do Sol<br />
<strong>um</strong>a vez que não houve alteração da<br />
ionização durante o eclipse solar de<br />
12 de Abril de 1912.<br />
Conclui que esta radiação deve<br />
provir do exterior da a Terra…e<br />
não do seu interior <strong>com</strong>o até então<br />
era admitido!<br />
Curso Profs LIP 2012 27<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
As observações de Millikan...<br />
Em 1926 Millikan confirma<br />
obervações anteriores na<br />
Europa de Hess, Kolhorster,<br />
Bothe e Regener<br />
Sugere ser <strong>um</strong>a radiação<br />
neutra muito energética e<br />
extragaláctica (<strong>Raios</strong><br />
gamma)<br />
interacção <strong>com</strong> a<br />
atmosfera produziria<br />
partículas carregadas Robert Millikan (1868-1963)<br />
Prémio Nobel , 1923<br />
Curso Profs LIP 2012 28<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
Millikan - Phys. Rev. 28 (1926)<br />
Ionização observada<br />
Curso Profs LIP 2012 29<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
O que são então raios cósmicos?<br />
<strong>Raios</strong> cósmicos primários:<br />
Partículas carregadas que atravessam o Universo em todas as<br />
direcções.<br />
Protões ~95%<br />
hélios ~4%<br />
Núcleos mais pesados ~1%<br />
electrões
O Universo…o maior acelerador<br />
O Universo - acelerador<br />
Energias até 10 21 eV (<strong>100</strong> J)<br />
p, e,N, n, g, ...<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 31
<strong>Raios</strong> cósmicos: <strong>com</strong>posição<br />
Composição<br />
do sistema<br />
solar:<br />
-Meteoritos<br />
-Poeiras<br />
-Am. Lunares<br />
Missões<br />
Apollo<br />
recolheram<br />
cerca de 400<br />
Kg de material<br />
Curso Profs LIP 2012 32<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
Descoberta do positrão<br />
Descoberta do muão<br />
<strong>Raios</strong> cósmicos<br />
Fonte de partículas<br />
Curso Profs LIP 2012<br />
33<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
Interacção <strong>com</strong> a atmosfera<br />
Os raios primários interagem <strong>com</strong> os<br />
átomos de azoto e oxigénio<br />
(essencialmente) da atmosfera produzindo<br />
cascatas atmosféricas <strong>com</strong> muitas<br />
partículas<br />
p 0 (10 -16 s)<br />
p +/- (10 -8 s)<br />
m (10 -6 s)<br />
gg<br />
m + n<br />
e + ne + nm<br />
Uma cascata transporta<br />
muitos electrões (+/-) e<br />
fotões<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 34
Desenvolvimento de <strong>um</strong>a cascata<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt)<br />
35
Detecção de partículas<br />
Na experiência de Rutherford as partículas a<br />
incidiam n<strong>um</strong> ecrã <strong>com</strong> sulfato de zinco<br />
a luz emitida era observada pelo olho<br />
Wilson inventou a câmara de nevoeiro em 1894,<br />
tornando possível a observação da trajectória de<br />
<strong>um</strong>a partícula (carregada) e a seu registo fotográfico<br />
Instr<strong>um</strong>ento fundamental na observação de partículas<br />
até aos <strong>anos</strong> 60<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 36
Câmara de Wilson<br />
Vapor de água<br />
Patrick<br />
Blackett<br />
Curso Profs LIP 2012 37<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
Campo magnético: efeito<br />
Uma partícula carregada na<br />
presença de <strong>um</strong> campo<br />
magnético B sente <strong>um</strong>a força<br />
F = q v x B (F v)<br />
A partículas sofre <strong>um</strong>a<br />
deflecção no campo magnético<br />
O raio de curvatura da partícula:<br />
mV<br />
R<br />
2<br />
<br />
R[<br />
cm]<br />
<br />
qVB<br />
<br />
p<br />
<br />
pc[<br />
eV ]<br />
300Z<br />
qBR<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 38
Descoberta do positrão (e+), 1932<br />
Carl Anderson, estudante de Millikan, constrói <strong>um</strong>a<br />
câmara de nevoeiro <strong>com</strong> grande campo magnético<br />
Anderson (1932)<br />
Antimatéria!!!<br />
Curso Profs LIP 2012 39<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
e<br />
Descoberta do muão (m), 1937<br />
Anderson and Neddermeyer transportaram<br />
o detector para a montanha<br />
(Peak mountain)<br />
n<br />
µ<br />
n<br />
t ~ 2.2 ms<br />
d = v t = 600 cm<br />
?!!!<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 40<br />
µ<br />
π<br />
e
Partículas e astropartículas<br />
1953<br />
Cosmotron (Brookhaven): p, 3GeV<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 43
Origem<br />
Aceleração<br />
<strong>Raios</strong> cósmicos<br />
Muitas questões???<br />
Curso Profs LIP 2012<br />
44<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
Mais conhecimento? Sim mas…<br />
Até inícios do sec. XX (1912) o conhecimento<br />
do Universo (estrelas, galáxias,<br />
…) era baseado nas observações astronómicas<br />
Radiação electromagnética (luz)<br />
Desde então, os raios cósmicos são <strong>um</strong>a<br />
fonte adicional de informação do Universo<br />
p, He,…, n, g<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 45
<strong>Raios</strong> cósmicos: energia<br />
Modulação<br />
solar<br />
<strong>Raios</strong><br />
<strong>Cósmicos</strong><br />
de origem<br />
galáctica<br />
0 E<br />
a ~ 2.7<br />
a ~ 3.0<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt)<br />
-a<br />
a ~ 2.8<br />
<strong>Raios</strong><br />
<strong>Cósmicos</strong><br />
de origem<br />
extragaláctica<br />
46
<strong>Raios</strong> cósmicos: fluxos<br />
ankle<br />
1 partícula/m 2 .s<br />
1 partícula/m 2 .ano<br />
1 partícula/km 2 .ano<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 47
<strong>Raios</strong> cósmicos<br />
Os raios cósmicos primários são “essencialmente” isotrópicos<br />
(todas as direcções são equiprováveis)<br />
Os raios cósmicos de muito baixa energia (E
Origem dos raios cósmicos<br />
Acredita-se que a maior parte dos <strong>Raios</strong> <strong>Cósmicos</strong> (E10 19 eV): Active Galactic<br />
Nuclei (AGN), ???<br />
EGRET<br />
Visão da galáxia na região<br />
dos raios gamma<br />
(E > <strong>100</strong>MeV)<br />
P+H p0+nucleons<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 49
Supernova 1987A<br />
A ocurrência de supernovas<br />
n<strong>um</strong>a dada galáxia é <strong>um</strong><br />
acontecimento raro<br />
1 em cada 50-<strong>100</strong> <strong>anos</strong><br />
Em Fevereiro de 1987, <strong>um</strong>a<br />
estrela explodiu n<strong>um</strong>a galáxia<br />
vizinha (Nuvem de magalhães)<br />
Neutrinos resultantes da<br />
explosão foram observados<br />
por experiências na Terra<br />
1ª vez que neutrinos foram<br />
observados de <strong>um</strong>a SN<br />
experiências:<br />
-kamiokande (Japão)<br />
-IMB (Ohio, EUA)<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 51
Supernova: fonte de CRs<br />
Tempo de confinamento<br />
dos CRs na galáxia<br />
5.4 x 10 14 sec<br />
Potência associada aos<br />
CRs<br />
10 67 eV/5.4 10 14 s = 5 10 52 eV/s<br />
Potência ejectada pela<br />
Supernova<br />
1 supernova/50 <strong>anos</strong><br />
(1.5 10 9 s)<br />
Energia 6 10 61 eV<br />
libertada<br />
6 10 61 eV/1.5 10 9 s = 4 1052 eV/s<br />
1067<br />
30 Kpc = 10 23 cm<br />
Vol<strong>um</strong>e da Galáxia<br />
10 67 cm 3<br />
1 Kpc<br />
CRs: densidade de energia<br />
1-2 eV/cm 3<br />
Energia total<br />
10 67 eV<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 52
AGN-Núcleo Activo Galáctico<br />
Um AGN, é <strong>um</strong>a região<br />
<strong>com</strong>pacta da galáxia onde<br />
existe grande emissão de<br />
radiação electromagnética<br />
Existência de <strong>um</strong> buraco<br />
negro ou estrela de neutrões<br />
Blazar, Mark421<br />
Proton induced<br />
Inverse Compton<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 53
EGRET (20 MeV-30GeV) map<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 54
Acelerador cósmico<br />
A aceleração de raios cósmicos de muito<br />
altas energias de 10 20 eV é possível <strong>com</strong>o?<br />
Confinamento n<strong>um</strong>a região de campo<br />
magnético variável <strong>com</strong> campos<br />
eléctricos (induzidos) muito elevados<br />
Condição: a dimensão do acelerador deve<br />
ser superior ao raio de curvatura das<br />
particulas<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 55
Condição de “Hillas”<br />
B(t) E aceleração dos RCs<br />
Lei da indução<br />
<br />
E<br />
<br />
1 B<br />
-<br />
c t<br />
Energia adquirida pelas partículas<br />
W<br />
d<br />
B<br />
E.<br />
dl -<br />
dt<br />
2 B<br />
E2pR<br />
pR<br />
t<br />
R 1 B<br />
E <br />
2 c t<br />
<br />
B(t)<br />
2<br />
R B<br />
F.<br />
dl Ze E.<br />
dl Zep<br />
c t<br />
Wmax ( EeV ) Z0B(<br />
mG)<br />
R(<br />
kpc)<br />
<br />
Eficiência do<br />
acelerador (
Hillas plot<br />
Hillas 1984<br />
W EeV ) Z<br />
B(<br />
mG)<br />
R(<br />
kpc)<br />
max ( 0<br />
Boratav et al. 2000<br />
AGN<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 57
Efeito GZK<br />
A propagação dos nucleões na galáxia é limitada pela<br />
interacção <strong>com</strong> a radiação de fundo (microondas) de 2.7K<br />
Greizen, Zatsepin e Kuzmin em 1966<br />
previram esta limitação pouco após a<br />
descoberta da radiação de fundo<br />
(Penzias e Wilson)<br />
Um nucleão e <strong>um</strong> fotão (da radiação<br />
de fundo) interagem e produzem <strong>um</strong><br />
nucleão e <strong>um</strong> pião<br />
p<br />
+ g p + p<br />
0<br />
O limiar de energia para esta<br />
interacção é de cerca de 5x10 19 eV para<br />
os protões<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 60
Experiências no espaço<br />
Experiências em Terra<br />
<strong>Raios</strong> cósmicos<br />
Detecção<br />
Curso Profs LIP 2012<br />
64<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
Detecção de raios cósmicos<br />
Antes<br />
5 m<br />
42 m<br />
Antes Agora<br />
Atmosfera<br />
P, ,He,…<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt)<br />
39<br />
m<br />
10<br />
g<br />
65
Observing the High Energy Sky<br />
10 9 eV<br />
1 GeV<br />
1011 eV 1015 10 eV<br />
13 eV 1017 eV 1019 eV<br />
1 TeV 1 PeV 1 EeV<br />
Satélites e Balões (p, he, …)<br />
Satélites ( g s)<br />
IACTs (g s )<br />
Air Showers arrays<br />
Auger<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 66<br />
NW<br />
AP,<br />
8th<br />
Sep<br />
tem<br />
ber<br />
200<br />
9
O espectro de raios cósmicos<br />
Fluxo (m 2 .sr. s.GeV) -1<br />
1 partícula/m 2 /s<br />
<strong>com</strong>o detectar?<br />
1 partícula/m 2 /ano<br />
1 partícula/km 2 /ano<br />
partícula/<br />
km 2 /<br />
século!<br />
Energia(eV)<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 67
Detector MAS (Space Shuttle,1998)<br />
Detecção de raios cósmicos fora da<br />
atmosfera (E~GeV- TeV)<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 68
A = S x (m2 A = S x (m .sr) 2 .sr)<br />
Detecção raios cósmicos
Colaboração AMS<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt)<br />
71
O Vaivém visto da SOYUZ…<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt)<br />
73
Detector AMS<br />
Instalado na<br />
Estação Espacial<br />
em 19 de Maio de<br />
2011<br />
Colaboração de<br />
mais de 600<br />
cientistas da<br />
Europa, América<br />
e Ásia<br />
Colecta de dados<br />
cósmicos durante<br />
a vida da ISS<br />
(~2020)<br />
40M eventos/dia<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt)<br />
74
Instalação na ISS<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt)<br />
75
A = S x (m 2 .sr)<br />
AMS: princípios de detecção<br />
Permite a detecção dos raios cósmicos<br />
sem os efeitos da atmosfera terrestre<br />
Usa <strong>um</strong> detector de física de<br />
partículas que <strong>com</strong>bina vários<br />
princípios de detecção<br />
Sistema de trigger<br />
Medida da velocidade<br />
Medida da carga eléctrica<br />
Medida do momento linear<br />
Implica a existência de <strong>um</strong> campo<br />
magnético para deflectir as<br />
partículas<br />
Medida da energia<br />
Limite no Peso e tamanho do<br />
detector a embarcar (AMS=6t, 0.5m 2 .sr)<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt)<br />
76
Detector RICH<br />
Utiliza a radiação de<br />
Cerenkov<br />
Dois materiais radiadores<br />
◦ Fluoreto de Sódio<br />
(NaF) n=1.334<br />
(16 blocos)<br />
◦ Aerogel<br />
n=1.050 (92 blocos)<br />
Espelho cónico<br />
(85% de reflectividade)<br />
Matriz de detecção <strong>com</strong><br />
680 fotomultiplicadores<br />
(16 pixeis)<br />
Pixel size: 8.5 mm<br />
cos <br />
c<br />
1<br />
n<br />
Čerenko<br />
v cone<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt)<br />
77<br />
PMT<br />
matrix<br />
NaF<br />
Aerogel<br />
Mirro<br />
r
Acontecimentos RICH<br />
aerogel event NaF event<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao Setembro (barao@lip.pt)<br />
de 2011<br />
78<br />
XXI ENAA, Coimbra, 9 de
Geomagnetic field<br />
Campo magnético terrestre<br />
Earth magnetic field bends charged<br />
particles<br />
A Terra possui <strong>um</strong> campo magnético<br />
in 1st approx. ∼ dipolar<br />
cujas linhas de campo se assemelham<br />
√<br />
a <strong>um</strong> dipolo magnético 1+ si n 2 λ<br />
B 0.26<br />
B~Gauss<br />
cos 6 λ<br />
(G) (at 370 Km)<br />
λ ≡ geomag polar angle wrt magn equator<br />
A presença Geomagnetic do campo Cutoffmagnético<br />
terrestre minimal tem particle o efeito Rigidity de (R blindar = a<br />
Terra contra os <strong>Raios</strong> <strong>Cósmicos</strong> de<br />
baixa energia<br />
Pc<br />
ze<br />
anear earth point<br />
Rc =<br />
60 GV<br />
O número 1+ de raios cósmicos que<br />
chegam à Terra a<strong>um</strong>enta <strong>com</strong> a<br />
latitude (linhas de campo<br />
afundam-se na Terra)<br />
h<br />
2<br />
R E<br />
East-West assymetry<br />
maximal in magnetic equator<br />
cos 4 λ<br />
)to reach<br />
(1 + cosα cos 3 λ) 1/ 2 +1 2<br />
Assimetria Este-Oeste é máxima<br />
no equador<br />
Curso Profs LIP 2012 79<br />
F. Barao (barao@lip.pt)<br />
Rigidity Cut [GV]<br />
60<br />
55<br />
50<br />
45<br />
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
Rig Cutoff (alt = 370Km)<br />
l = 0 deg (eq.)<br />
l = 30 deg<br />
l = 51.6 deg<br />
0 30 60 90 120 150 180<br />
a (east−west angle) [deg]
Rigidez magnética mínima<br />
Curso Profs LIP 2012 80<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
Variação <strong>com</strong> a latitude<br />
Referência: Compton and Turner, Phys. Rev. 52 (1937)<br />
1937 - Obervações feitas a bordo do<br />
barco que fazia a ligação Vancouver-<br />
Sidney (Pacífico)<br />
Curso Profs LIP 2012 81<br />
F. Barao (barao@lip.pt)
each<br />
AMS em órbita<br />
400 km de altitude<br />
Rig Cutoff (alt = 370Km)<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt)<br />
82
Observar acontecimentos…<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt)<br />
83
each<br />
Efeito do campo magnético da Terra<br />
Rig Cutoff (alt = 370Km)<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt)<br />
84
Saber mais sobre<br />
raios cósmicos:<br />
-http://www.lip.pt/~amswww/<br />
-http://www.spaceweather.<strong>com</strong>/<br />
-http://helios.gsfc.nasa.gov/cosmic.html<br />
-http://imagine.gsfc.nasa.gov/docs/science/kn<br />
ow_l1/cosmic_rays.htm<br />
11<br />
Curso Profs LIP 2012 F. Barao (barao@lip.pt) 7