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Dissertação Paula Mattanna - UFSM

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colônicas fermentam a lactose não digerida, gerando ácidos graxos de cadeia curta,<br />

dióxido de carbono e gás hidrogênio. Pode resultar em inchaço, flatulência, cólicas e<br />

diarréia (BEYER, 2002).<br />

A severidade dos sintomas depende da quantidade ingerida e da quantidade<br />

de lactose que cada pessoa pode tolerar (SUENAGA et al., 2001).<br />

Estima-se que cerca de metade da população mundial sejam lactase não<br />

persistentes. Esta ocorrência varia grandemente entre os grupos étnicos. Na Europa<br />

pode variar entre 2% em escandinavos até 70% entre sicilianos (VESA, MARTEAU<br />

& KORPELA, 2000). Entre os africanos, árabes e chineses, por exemplo, a<br />

incidência é de 80% (RUZYNYK & STILL, 2001). No Brasil, num estudo feito por<br />

Pereira Filho & Furlan (2004) obteve-se 44% de intolerantes.<br />

Dados existentes indicam que a população intolerante tende a aumentar<br />

(OLIVEIRA, 2005). Por este fato, e visto a sua alta prevalência, a intolerância a<br />

lactose seria considerada uma característica normal, enquanto que a continuidade<br />

da lactase na fase adulta seria uma condição atípica (ANTUNES & PACHECO,<br />

2009).<br />

Existem descritos na literatura três tipos de deficiência de lactase:<br />

Deficiência genética ou congênita: é uma disfunção rara resultante de<br />

herança autossômica recessiva. É uma condição permanente manifestada em<br />

recém-nascidos (SHUKLA, 1997).<br />

Deficiência transitória ou primária: se caracteriza por diminuição de<br />

quantidade produzida de lactase. As manifestações dessa deficiência,<br />

geneticamente determinada, costumam ser evidentes por volta dos 2 aos 15 anos de<br />

idade (DUMOND et al., 2006).<br />

Deficiência adquirida ou secundária: é decorrente de doenças que causam<br />

algum tipo de dano à mucosa intestinal, ou após cirurgias no aparelho digestivo<br />

(FARIAS & FAGUNDES NETO, 2004).<br />

A enzima lactase e leites tratados com ela estão disponíveis para pessoas<br />

que não digerem a lactose e possuem desconforto com a ingestão de leite (BEYER,<br />

2002). Em vários estudos, a ingestão de leites com lactose hidrolisada tem reduzido<br />

os sintomas em pessoas intolerantes a esse carboidrato (BATISTA et al., 2008).<br />

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