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Dissertação Paula Mattanna - UFSM

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A quantidade de gordura a ser adicionada depende do teor de gordura que se<br />

deseja no extrato seco do produto final e das porcentagens de gordura e sólidos<br />

totais da massa inicial (FERNANDES, 1981). Além de realçar o sabor do produto, a<br />

gordura exerce um papel importante na sua consistência, tornando-o mais atraente<br />

para o consumo e melhorando suas características organolépticas (VALLE, 1981).<br />

2.2.7 Processo de fusão<br />

Durante o processo, a massa de queijo constituída principalmente de proteína<br />

e gordura é dispersa, homogeneizada e convertida em uma emulsão. O processo de<br />

fusão consiste no tratamento térmico no qual a mistura aquecida é submetida,<br />

utilizando tanto vapor direto como indireto, sob agitação constante (VAN DENDER,<br />

2006). A fusão propriamente dita é realizada através do aquecimento e agitação<br />

vigorosa da massa, utilizando uma temperatura mínima de 80 ºC durante 15<br />

segundos, ou qualquer outra combinação tempo/ temperatura equivalente (BRASIL,<br />

1997b).<br />

A temperatura de fusão é um fator muito importante, pois o calor influencia a<br />

peptização da caseína e a estrutura do produto final. A cremificação é<br />

consideravelmente maior quando a temperatura é aumentada de 70 ºC para até<br />

cerca de 90 ºC (FERNANDES, 1981). De acordo com Valle (1981), recomenda-se o<br />

uso de temperaturas superiores a 75 ºC, para assegurar a pasteurização do produto.<br />

O tempo necessário para a fusão depende do equipamento utilizado, do tipo de<br />

matéria-prima, das propriedades desejadas no produto final e do tipo e quantidade<br />

de sal emulsificante usado (ZEHREN & NUSBAUM, 1992). Segundo Fernandes<br />

(1981), a temperatura também influencia o tempo de fusão, uma vez que o<br />

tratamento térmico é definido pelo binômio tempo x temperatura.<br />

O processo possui algumas fases principais. A primeira consiste na<br />

peptização que é a troca de íons cálcio bivalentes da paracaseína por íons sódio<br />

monovalentes, promovidas pelos sais fundentes. Ocorre, nesta fase uma dissolução<br />

das pontes de cálcio do agregado de caseína e a estrutura passará do estado gel<br />

para o estado sol. Na segunda fase, denominada de fase de hidratação, ocorre a<br />

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