RESÍDUO DE GOIABA: METABOLISMO EM RATOS E ... - UFSM
RESÍDUO DE GOIABA: METABOLISMO EM RATOS E ... - UFSM
RESÍDUO DE GOIABA: METABOLISMO EM RATOS E ... - UFSM
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL <strong>DE</strong> SANTA MARIA<br />
CENTRO <strong>DE</strong> CIÊNCIAS RURAIS<br />
PROGRAMA <strong>DE</strong> PÓS-GRADUAÇÃO <strong>EM</strong> CIÊNCIA E TECNOLOGIA<br />
DOS ALIMENTOS<br />
<strong>RESÍDUO</strong> <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong>: <strong>METABOLISMO</strong> <strong>EM</strong> <strong>RATOS</strong><br />
E APLICABILIDA<strong>DE</strong> <strong>EM</strong> BARRAS <strong>DE</strong> CEREAIS<br />
DISSERTAÇÃO <strong>DE</strong> MESTRADO<br />
Bruna Sampaio Roberto<br />
Santa Maria, RS, Brasil<br />
2012
<strong>RESÍDUO</strong> <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong>: <strong>METABOLISMO</strong> <strong>EM</strong> <strong>RATOS</strong> E<br />
APLICABILIDA<strong>DE</strong> <strong>EM</strong> BARRAS <strong>DE</strong> CEREAIS<br />
Bruna Sampaio Roberto<br />
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação<br />
em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Área de Concentração em Qualidade<br />
de Alimentos, da Universidade Federal de Santa Maria (<strong>UFSM</strong>, RS), como<br />
requisito parcial para a obtenção do grau de<br />
Mestre em Ciência e Tecnologia dos Alimentos<br />
Orientadora: Profª. Drª. Leila Picolli da Silva<br />
Santa Maria, RS, Brasil<br />
2012
Universidade Federal de Santa Maria<br />
Centro de Ciências Rurais<br />
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos<br />
A Comissão Examinadora, abaixo assinada,<br />
Aprova a Dissertação de Mestrado<br />
<strong>RESÍDUO</strong> <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong>: <strong>METABOLISMO</strong> <strong>EM</strong> <strong>RATOS</strong> E<br />
APLICABILIDA<strong>DE</strong> <strong>EM</strong> BARRAS <strong>DE</strong> CEREAIS<br />
Elaborada por<br />
Bruna Sampaio Roberto<br />
como requisito parcial para obtenção do grau de<br />
Mestre em Ciência e Tecnologia dos Alimentos<br />
COMISSÃO EXAMINADORA:<br />
____________________________________<br />
Leila Picolli da Silva, Drª (<strong>UFSM</strong>)<br />
(Presidente/Orientadora)<br />
____________________________________<br />
Erna Vogt de Jong, Drª (UFRGS)<br />
_____________________________________________<br />
Luisa Helena Rychecki Hecktheuer, Drª (<strong>UFSM</strong>)<br />
Santa Maria, 28 de fevereiro de 2012
À minha mãe, Beatriz Roberto,<br />
e à minha avó, Zilda Roberto (in memorian),<br />
que sempre me mostraram que o maior<br />
bem que se pode ter é<br />
a educação.<br />
Dedico
AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />
A Deus, primeiramente, pela vida e pela saúde. Pelas oportunidades que me tem concedido,<br />
assim como por me dar determinação e persistência. Obrigada por me mostrar o caminho nas<br />
horas incertas. Com certeza, os trabalhos aos quais me dediquei foram profícuos graças a Tua<br />
proteção.<br />
A minha mãe, Beatriz, pelo amor incondicional. Por ser de coração: força, coragem e<br />
inspiração para tudo que almejo. Agradeço os princípios, o exemplo de profissional e os<br />
valores a mim transmitidos. Meu eterno agradecimento pela dedicação, pelo investimento,<br />
pelo apoio, pelo conforto e pelo suprimento de todas as minhas necessidades. Obrigada por<br />
fazer do meu sonho o teu sonho, sem medir esforços, sendo pai e mãe por natureza, opção e<br />
amor!<br />
À minha orientadora, Drª. Leila Picolli da Silva, pela sensibilidade, que a diferencia como<br />
educadora, pela confiança, incentivo, amadurecimento dos meus conhecimentos, conceitos<br />
que me levaram à execução e à conclusão deste mestrado e, principalmente, por ter acreditado<br />
no meu trabalho. Obrigada pela amizade, pelos conselhos e pelo carinho a mim transmitidos<br />
nesses anos de convivência.<br />
À minha querida avó Zilda Sampaio Roberto (in memorian) que, por vontade maior, foi me<br />
tirada tão cedo. Obrigada pelo amor, por sempre acreditar na minha capacidade. És parte do<br />
que me faz forte, sei que seu desejo era o meu sucesso, e que lá de cima estás me abençoando<br />
e iluminando.<br />
À minha família, a qual amo muito, pelo carinho, amor, compreensão e incentivo.<br />
Ao Alessandro Castilhos, pelo amor, paciência, compreensão, palavras de incentivo e<br />
companheirismo. Por entender os finais de semana dedicados à pesquisa e me acompanhar até<br />
o biotério em seus dias de folga. Muito Obrigada.<br />
Ao programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, aos professores e<br />
funcionários, pela oportunidade de aperfeiçoamento e por minha formação.<br />
À Ana Paula Daniel e ao Professor Diniz Fronza, que me ajudaram no fornecimento das<br />
amostras de goiaba, possibilitando este trabalho.<br />
À CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela bolsa<br />
concedida.<br />
Aos colegas do Laboratório de Piscicultura, doutorandos, mestrandos e ICs, pela ajuda nas<br />
análises, pelo convívio e bons momentos compartilhados. Em especial, agradeço a Naglezi<br />
Lovatto, Fernanda Goulart, Ana Betine Bender, Tiago Kaminski, Fernanda Moura, Bruno<br />
Loureiro, Lucciélli Rodrigues, Bruna Alves e Caroline Speroni. Vocês foram muito<br />
importantes nessa caminhada.<br />
À minha colega e amiga Fernanda Macagnan, considerando que esta parceria é resultado de<br />
uma caminhada que não começou na <strong>UFSM</strong>, agradecer pode não ser tarefa fácil, nem justa.
Agradeço pela amizade, carinho, conselhos, dedicação, por ter tornado o trabalho no<br />
laboratório alegre e leve. Obrigada pelas discussões, que sempre resultaram em aprendizado e<br />
conhecimento e, principalmente, obrigada pela inspiração e ajuda nas horas mais difíceis.<br />
À minha amiga e IC, Marília Bizzani, pela responsabilidade, dedicação e empenho.<br />
À minha grande amiga (irmã) Bel, pelo privilégio de ter ao meu lado pessoa tão maravilhosa<br />
como você. Quero agradecer-lhe o apoio que me ofereceu em todos os momentos em que eu<br />
tanto precisei, por ter me aliviado quando o fardo estava pesado. Sou grata pela paciência,<br />
compreensão, zelo, atenção, amizade, enfim, não teria como descrever uma amizade tão<br />
sincera.<br />
À minha amada colega e amiga Carine Comarella, que sempre foi exemplo de dedicação,<br />
força e disciplina à pesquisa e estudos. Obrigada pelas conversas, risadas, conselhos, ajuda em<br />
trabalhos, provas e projeto e por sempre estar disponível quando precisei.<br />
A todos os meus amigos, que acreditaram em mim e me incentivaram, e que sempre me<br />
transmitiram força.<br />
Agradeço a todos que, de alguma forma, passaram pela minha vida e contribuíram para a<br />
construção de quem sou hoje.
“Não basta ensinar ao homem uma especialidade.<br />
Porque se tornará assim uma máquina utilizável<br />
e não uma personalidade.<br />
É necessário que adquira um sentimento,<br />
um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido,<br />
daquilo que é belo,<br />
Do que é moralmente correto.”<br />
Albert Einsten
RESUMO<br />
Dissertação de Mestrado<br />
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos<br />
Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil<br />
<strong>RESÍDUO</strong> <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong>: <strong>METABOLISMO</strong> <strong>EM</strong> <strong>RATOS</strong> E<br />
APLICABILIDA<strong>DE</strong> <strong>EM</strong> BARRAS <strong>DE</strong> CEREAIS<br />
AUTORA: BRUNA SAMPAIO ROBERTO<br />
ORIENTADORA: LEILA PICOLLI DA SILVA<br />
Data e Local da Defesa: Santa Maria, 28 de fevereiro de 2012<br />
Durante as etapas de processamento da goiaba nas agroindústrias, são desperdiçados materiais<br />
como a casca e a semente, os chamados resíduos. No entanto, eles possuem volumes consideráveis de<br />
fontes alternativas de nutrientes para a nutrição humana e são descartados. Nesse contexto, o presente<br />
trabalho teve como objetivo não só determinar a composição e as propriedades físico-químicas e<br />
tecnológicas do resíduo de goiaba, casca e semente, como também avaliar o efeito de dietas elaboradas<br />
com esse resíduo, como fonte de fibras, sobre parâmetros de resposta biológica em ratos Wistar.<br />
Adicionalmente, objetivou-se desenvolver barras de cereais, utilizando a farinha de semente e casca de<br />
goiaba como fonte de fibra alimentar. Os resíduos foram analisados quanto aos teores de matéria-seca,<br />
cinzas, proteína bruta, lipídeos, fibra alimentar, pectina, compostos fenólicos, capacidade de ligação ao<br />
cobre, capacidade de ligação à água, sinérese e capacidade de ligação à gordura. O ensaio biológico foi<br />
conduzido utilizando 40 ratos Wistar machos, distribuídos em 4 tratamentos de 10 animais, variando a<br />
fonte de fibra alimentar: CONT, ração AIN93G; TC, ração com casca de goiaba; TS, ração com<br />
semente de goiaba; TCS, ração com casca e semente de goiaba. Posteriormente, desenvolveram-se<br />
barras de cereais ricas em fibras, que foram avaliadas sensorialmente e nutricionalmente através de sua<br />
composição química. Os resultados mostraram a casca como material rico em fibras alimentares,<br />
destacando o alto teor em fibra solúvel e pectina. Ela é fonte natural de energia, bem como de<br />
minerais; tem alta capacidade de hidratação e baixa sinérese. A semente mostrou bom rendimento<br />
como fonte de fibras, principalmente insolúveis, proteínas e óleo. Casca e semente apresentaram valor<br />
expressivo de CLC e de compostos fenólicos. Como fonte de fibras em dietas para ratos, casca e<br />
semente de goiaba não afetaram ganho de peso, consumo alimentar médio, conversão alimentar,<br />
gordura epididimal, peso do pâncreas e fígado, colesterol total, glicose e proteínas totais. Os animais<br />
submetidos ao tratamento apenas com casca apresentaram maior digestibilidade das fibras, maior teor<br />
de nitrogênio nas fezes, maior HDL e maior peso de intestino. O tratamento apenas com semente<br />
como fonte de fibra possibilitou menor tempo de trânsito. Independentemente da proporção de casca<br />
na dieta, observou-se menor pH das fezes, já a diminuição de triglicerídeos foi maior à medida que a<br />
semente foi introduzida na dieta. As formulações de barras de cereais testadas apresentaram em média<br />
10,93% de umidade, 60,55% de carboidratos totais, 9,62% de lipídeos, 8,41% de proteínas, 1,38% de<br />
cinzas e 20,02% de fibra alimentar, aumentando o teor de fibras em relação à formulação padrão. As<br />
formulações teste apresentaram aceitabilidade satisfatória em todos os atributos sensoriais, sem<br />
preferência por formulação e sem influência significativa da proporção de resíduos, exceto na textura,<br />
na qual a formulação com maior percentual de resíduos proporcionou menores médias. O trabalho<br />
demonstrou que casca e semente de goiaba, usualmente desperdiçados, têm ampla aplicabilidade na<br />
indústria alimentícia, sendo materiais nutritivos, fonte de fibras, que podem auxiliar na escolha de<br />
alternativas com vista no controle de parâmetros bioquímicos relevantes e que as formulações de barra<br />
de cereal contendo casca e semente de goiaba, são fonte de fibras e condizentes com as exigências dos<br />
consumidores atuais que desejam produtos com qualidade sensorial e nutricional.<br />
Palavras-chave: Casca. Semente. Fibra Alimentar. Análise sensorial. Composição química. Parâmetros<br />
biológicos.
ABSTRACT<br />
Master Dissertation<br />
Graduate Program in Food Science and Technology<br />
Federal University of Santa Maria, RS, Brasil<br />
WASTE OF GUAVA: METABOLISM IN RATS AND<br />
APPLICABILITY IN CEREAL BARS<br />
AUTHOR: BRUNA SAMPAIO ROBERTO<br />
ADVISER: LEILA PICOLLI DA SILVA<br />
Date and Place of the defense: Santa Maria, February 28 , 2012<br />
During the agroindustrial processing steps of guava, are wasted materials such as peel<br />
and seed that are considered waste. However, waste represent considerable volumes of<br />
alternative sources of nutrients for human nutrition and that are discarded. In this context, this<br />
study aimed to determine the composition, physico-chemical and technological properties of the<br />
residue of guava, peel and seed, as well as evaluate the effect of diets prepared with this residue<br />
as a source of fiber parameters on biological response in Wistar rats. Additionally, cereal bars<br />
were developed, using seed meal and peel meal of guava as source of dietary fiber. The<br />
residues were analyzed for dry-matter content, ash, protein, lipids, dietary fiber, pectin, phenolic<br />
compounds, the copper binding capacity, hidration capacity, syneresis and fat binding capacity.<br />
The biological assay was conducted using 40 male Wistar rats, divided into four treatments of<br />
10 animals, with different dietary fiber source: CONT, feed with AIN93G, TC, feed with guava<br />
peel, TS, feed with guava seed, TCS, feed with peel and seeds of guava. Later, cereal bars with<br />
high fiber content were developed, which were evaluated sensorially and nutritionally by<br />
chemical composition. The results showed the peel is a material rich in dietary fiber,<br />
highlighting the high content of soluble fiber and pectin. The guava peel is natural source of<br />
energy and minerals, with high hydration capacity and low syneresis. The seed showed good<br />
yield as a source of fiber, especially insoluble, protein and oil. Peel and seed showed significant<br />
value of copper binding capacity and phenolic compounds. Peel and seeds of guava as fiber<br />
source in diets of rats did not affect weight gain, average feed intake, feed conversion,<br />
epididymal fat, weight of liver and pancreas, total cholesterol, glucose and total protein. The<br />
animals submitted to treatment only with peel fibers had higher digestibility, higher content of<br />
nitrogen in the faeces, greater weight of the intestine and HDL increased. Treatment only with<br />
seed as fiber source allowed shortest time of transit. Regardless of the proportion of peel in the<br />
diet, the faces pH waslower. The decrease of triglycerides was greater when seed was<br />
introduced into the diet. The formulations of cereal bars tested had an average of 10,93%<br />
moisture, 60,55% of total carbohydrates, 9,62% lipids, 8,41% protein, 1,38% ash and 20,02%<br />
dietary fiber, increasing the fiber content in relation to the standard formulation. The test<br />
formulations showed satisfactory acceptability in all sensory attributes. Was not observed<br />
preference by formulation or significant influence of the proportion of waste, except for the<br />
texture, for the which the formulation with the highest percentage of waste had the smaller<br />
values. The study showed that peel and seeds of guava, usually wasted, have wide applicability<br />
in the food industry, being materials nutritious and source of fiber, which can assist be<br />
alternatives in order to control of biochemical parameters relevant. The formulations of cereal<br />
bar containing peel and seed of guava are source of fiber, consistent with the requirements of<br />
today's consumers who want products with nutritional and sensory quality.<br />
Keywords: Peel. Seed. Dietary fiber. Sensory analysis. Chemical composition. Biological<br />
Parameters.
LISTA <strong>DE</strong> ILUSTRAÇÕES<br />
Figura 1 ‒ Área plantada de goiabas (hectares) por região geográfica do Brasil...........<br />
Figura 2 ‒ Produção brasileira de goiabas (toneladas) por região geográfica................<br />
Figura 3 ‒ Valor da produção brasileira (mil reais) de goiaba por região geográfica....<br />
Artigo 1<br />
Figura 1 ‒ Percentual de Pectina em relação à fibra solúvel..........................................<br />
Artigo 2<br />
Figura 1 ‒ Digestibilidade aparente da fibra alimentar dos ratos alimentados com<br />
diferentes fontes de fibra..............................................................................<br />
Figura 2 ‒ Concentração plasmática pós-prandial de glicose em resposta ao consumo<br />
Artigo 3<br />
de rações com diferentes fontes de fibra......................................................<br />
Figura 1 ‒ Frequência das ordens das formulações de barras de cereais pela avaliação<br />
dos provadores.............................................................................................<br />
19<br />
20<br />
20<br />
54<br />
79<br />
79<br />
101
Artigo 1<br />
LISTA <strong>DE</strong> TABELAS<br />
Tabela 1 ‒ Teor de umidade na amostra integral (AI) e composição química na<br />
farinha dos resíduos...................................................................................<br />
Tabela 2 ‒ Capacidade de Ligação à gordura (CLG), Capacidade de Hidratação<br />
Artigo 2<br />
(CH), Capacidade de Ligação ao cobre (CLC) Pectina (PCT), Sinérese e<br />
Composto Fenólicos (CF) da farinha da casca e semente de goiaba.........<br />
Tabela 1 ‒ Composição química da farinha da casca e da semente utilizadas...............<br />
Tabela 2 ‒ Composição (g/Kg) das rações experimentais fornecidas aos ratos.............<br />
Tabela 3 ‒ Ganho de peso no período, consumo médio diário e conversão alimentar<br />
dos animais em resposta ao consumo de rações com casca de goiaba<br />
(TC), semente (TS), casca + semente (TCS) e ração padrão (CONT).........<br />
Tabela 4 ‒ Efeito das diferentes fontes de fibra sobre a digestibilidade aparente da<br />
matéria seca (DA), digestibilidade aparente proteica (DAP),<br />
digestibilidade aparente da fibra alimentar (DAFA), tempo de<br />
aparecimento (TAP), produção de fezes úmidas (FU), produção de fezes<br />
secas (FS), pH fecal, nitrogênio fecal, peso do intestino, gordura<br />
epididimal, pâncreas, rim e fígado, expressos em g/100g de peso<br />
corporal........................................................................................................<br />
Tabela 5 ‒ Concentração de colesterol total (COLT), HDL, triglicerídeos (TGL),<br />
Artigo 3<br />
glicose, proteínas totais (PROT), albumina, ácido úrico dos animais<br />
após condicionamento a rações com casca de goiaba (TC), semente<br />
(TS), casca+semente (TCS) e ração controle (CONT)..............................<br />
Tabela 1 ‒ Composição química da farinha da casca e da semente de goiaba...............<br />
Tabela 2 ‒ Formulação utilizada na elaboração das barras de cereal.............................<br />
Tabela 3 ‒ Composição química das formulações de barras de cereais.........................<br />
Tabela 4 ‒ Valores médios da escala hedônica de 1 a 7 referentes a cor, aroma, sabor,<br />
textura e aceitação global em formulações de barras de cereais.................<br />
52<br />
53<br />
77<br />
77<br />
77<br />
78<br />
78<br />
97<br />
98<br />
99<br />
100
LISTA <strong>DE</strong> ABREVIATURAS E SIGLAS<br />
AGCC: Ácidos Graxos de cadeia curta<br />
AGRIANUAL: Anuário da agricultura Brasileira<br />
AOAC: Association of Official Analytical Chemists<br />
CF: Compostos fenólicos<br />
CH: Capacidade de Hidratação<br />
CLC: Capacidade de ligação ao cobre<br />
CLG: Capacidade de ligação à gordura<br />
COLT: Colesterol Total<br />
CONEP: Conselho Nacional de Ética em Pesquisa<br />
DA: Digestibilidade aparente<br />
DAFA: Digestibilidade aparente da fibra alimentar<br />
DAP: Digestibilidade aparente proteica<br />
FDA: Food and Drug Administration<br />
FS: Fezes secas<br />
FU: Fezes úmidas<br />
GOIABRAS: Associação Brasileira dos Produtores de Goiaba<br />
HDL: Lipoproteína de alta densidade<br />
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística<br />
LDL: Lipoproteína de baixa densidade<br />
MS: Matéria seca<br />
NF: Nitrogênio fecal<br />
NIDA: Nitrogênio insolúvel em detergente ácido<br />
PCT: Pectina<br />
PROT: Proteínas Totais<br />
RDA: Recommended Dietary Allowances<br />
TAP: Tempo de aparecimento<br />
TGL: Triglicerídeos<br />
<strong>UFSM</strong>: Universidade Federal de Santa Maria
LISTA <strong>DE</strong> ANEXOS<br />
ANEXO A ‒ Manual para publicação na Revista Alimentos e Nutrição.......................<br />
ANEXO B ‒ Manual para publicação na Revista Journal of Agicultural and Food<br />
Chemestry................................................................................................<br />
ANEXO C ‒ Manual para publicação na Revista Instituto Adolfo Lutz......................<br />
119<br />
124<br />
139
LISTA <strong>DE</strong> APÊNDICE<br />
APÊNDICE A ‒ Ficha de avaliação sensorial de aceitação em escala hedônica..........<br />
APÊNDICE B ‒ Ficha de avaliação sensorial de ordenação........................................<br />
149<br />
150
SUMÁRIO<br />
1 INTRODUÇÃO......................................................................................<br />
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..............................................................<br />
2.1 Goiaba (Psidium guajava).......................................................................................<br />
2.1.1 Resíduo agroindustrial...........................................................................................<br />
2.2 Fibra Alimentar......................................................................................................<br />
2.2.1 Propriedades Físico-químicas das fibras................................................................<br />
2.2.2 Classificação..........................................................................................................<br />
2.2.2.1 Fibra Solúvel.......................................................................................................<br />
2.2.2.2 Fibra Insolúvel....................................................................................................<br />
2.2.3 Propriedades tecnológicas......................................................................................<br />
2.3 Barra de Cereal.......................................................................................................<br />
3 ARTIGOS CIENTÍFICOS....................................................................<br />
3.1 Artigo 1 – Resíduo de goiaba: relação entre composição físico-química e<br />
potencial funcional............................................................................<br />
Resumo...........................................................................................................................<br />
Abstract...........................................................................................................................<br />
Introdução.......................................................................................................................<br />
Material e métodos..........................................................................................................<br />
Resultados e discussão....................................................................................................<br />
Conclusão........................................................................................................................<br />
Referências bibliográficas...............................................................................................<br />
3.2 Artigo 2 – Metabolismo de ratos wistar submetidos à dieta com fonte de<br />
fibras provenientes de resíduos de goiaba......................................<br />
Resumo...........................................................................................................................<br />
Abstract...........................................................................................................................<br />
Introdução.......................................................................................................................<br />
Material e métodos..........................................................................................................<br />
Resultados e discussão....................................................................................................<br />
Literatura Citada.............................................................................................................<br />
3.3 Artigo 3 – Qualidade nutricional e aceitabilidade de barras de cereais<br />
formuladas com casca e semente de goiaba.................................<br />
Resumo...........................................................................................................................<br />
Abstract...........................................................................................................................<br />
Introdução.......................................................................................................................<br />
Material e métodos..........................................................................................................<br />
Resultados e discussão....................................................................................................<br />
Conclusão........................................................................................................................<br />
Referências bibliográficas...............................................................................................<br />
4 DISCUSSÃO GERAL............................................................................<br />
5 CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS................................................................<br />
REFERÊNCIAS BIBLIORÁFICAS.......................................................<br />
ANEXOS....................................................................................................<br />
APÊNDICES..............................................................................................<br />
15<br />
19<br />
19<br />
21<br />
23<br />
25<br />
26<br />
27<br />
29<br />
30<br />
31<br />
33<br />
33<br />
34<br />
35<br />
36<br />
36<br />
38<br />
45<br />
46<br />
55<br />
56<br />
57<br />
58<br />
60<br />
63<br />
73<br />
80<br />
81<br />
82<br />
83<br />
84<br />
87<br />
93<br />
94<br />
103<br />
107<br />
109<br />
119<br />
149
1 INTRODUÇÃO<br />
A fruticultura apresenta inúmeras vantagens econômicas e sociais, como elevação do<br />
nível de emprego, fixação do homem no campo, melhor distribuição da renda regional,<br />
geração de produtos de alto valor comercial e expectativas de mercado interno e externo. Os<br />
excelentes índices de produtividade e os resultados comerciais obtidos nas últimas safras são<br />
fatores que demonstram a vitalidade desse setor, que só tende a crescer e a se desenvolver<br />
(IBGE, 2011).<br />
De uma maneira geral, as agroindústrias têm se preocupado pouco com o destino dos<br />
resíduos gerados pelo processamento dos frutos, os quais geralmente são amontoados em<br />
áreas próximas às unidades processadoras, onde entram em decomposição, causando sérios<br />
danos ao meio ambiente. No entanto, há um enorme potencial no estudo e uso desses resíduos<br />
na nutrição humana (NEIVA et al., 2002).<br />
Dentre as várias frutas destinadas ao processamento, a goiaba mostra-se altamente<br />
promissora pela sua alta rentabilidade e grande possibilidade de expansão no Brasil, gerando<br />
resíduos de fácil manipulação (NEIVA et al., 2002). Embora haja disparidade nos dados<br />
relatados na literatura sobre constituição, composição química e porcentagem do fruto que<br />
não é aproveitado pelas indústrias, Prasad e Azeemoddin (1994) afirmam que esses resíduos<br />
possuem grande quantidade de nutrientes que são desperdiçados, como quantidades<br />
significativas de ácido graxo insaturado e matéria fibrosa.<br />
Nas últimas décadas, grandes modificações ocorreram no aspecto social e econômico<br />
da população, ocasionando significativas mudanças no estilo de vida (KAC; VELASQUEZ-<br />
MELÉN<strong>DE</strong>Z, 2003), como maior consumo de produtos refinados e industrializados e a<br />
diminuição da ingesta de alimentos naturais (BUENO, 2005; MATTOS; MARTINS, 2000). A<br />
alimentação inadequada reflete na incidência de muitas doenças, algumas delas relacionadas<br />
ao consumo insuficiente de fibras, desestruturando o pilar da promoção da saúde (MAYER,<br />
2007). O que norteia a concepção de alimentação saudável desde os anos 90 é o que ela pode<br />
eventualmente evitar. Nesse aspecto, incluem-se doenças crônicas relacionadas à alimentação<br />
(GARCIA, 2000).<br />
Dessas doenças, em estudo multicêntrico, revela-se nítida tendência de aumento da<br />
prevalência da diabetes mellitus nas regiões mais industrializadas, como o Sudeste e Sul.<br />
Hoje, sabe-se que a doença é um problema de saúde pública, cuja importância vem crescendo<br />
em virtude do aumento de sua prevalência e incidência, sua elevada taxa de morbimortalidade
16<br />
com reflexos sociais e econômicos, como o absenteísmo e incapacidade para o trabalho<br />
(BRASIL, 1991). O diabetes mellitus, juntamente com hiperlipidemias, está entre os fatores<br />
de risco envolvidos na etiologia de doenças cardiovasculares.<br />
Hiperlipidemias, como níveis sanguíneos aumentados de colesterol e triglicerídeos<br />
podem ocorrer pela ingestão excessiva de calorias, gorduras saturadas e colesterol dietético e,<br />
possivelmente, por proteína animal. Sabe-se que a redução de níveis de colesterol sanguíneo,<br />
particularmente a fração da lipoproteína de baixa densidade (LDL), está associada ao<br />
decréscimo significativo de risco de doença cardiovascular (BELL et al., 1990). De acordo<br />
com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2000) a média brasileira do coeficiente de mortalidade<br />
por doenças do aparelho circulatório é de 169 mortes/100 mil habitantes. A Sociedade<br />
Brasileira de Cardiologia, em 2000, afirmou que as doenças cardiovasculares foram<br />
responsáveis pela principal alocação de recursos públicos em hospitalizações no Brasil e<br />
foram a terceira causa de permanência hospitalar prolongada. Entre 1991 e 2000, os custos<br />
hospitalares atribuídos às doenças cardiovasculares aumentaram cerca de 176% no País<br />
(BRASIL, 2000; CASTRO et al., 2004).<br />
Nesse cenário, fundamenta-se a importância da alimentação saudável e equilibrada<br />
para diminuir o risco de doenças, bem como, para promover especialmente a ingestão de<br />
fibras alimentares continuamente como meio de prevenção de enfermidades como doença<br />
cardiovascular, câncer de cólon, diabetes e hipercolesterolemia (FIETZ E SALGADO, 1999).<br />
Segundo Dutra e Marchini (1998), a fibra alimentar é considerada alimento funcional, uma<br />
vez que desempenha no organismo funções importantes no metabolismo dos lipídios e<br />
carboidratos e na fisiologia do trato gastrintestinal, além de assegurar absorção mais lenta dos<br />
nutrientes e promover a sensação de saciedade. Dentre as disfunções do trato gastrintestinal,<br />
as fibras agem na regulação da função intestinal, na constipação, no melhoramento da flora<br />
bacteriana intestinal, na inibição da absorção de substâncias prejudiciais e na prevenção de<br />
câncer de cólon (SOUSA et al., 2003). Adicionalmente, correlaciona-se o aumento da<br />
incidência de divertículos no cólon com a redução na ingestão de fibras, particularmente no<br />
mundo ocidental e em países industrializados e desenvolvidos (PETRUZZIELO; IACOPINI;<br />
BULAJIC, 2006).<br />
Assim, a dieta habitual parece ser elemento fundamental da susceptibilidade para essas<br />
doenças. Considerando o exposto e com a intenção de atuar no eixo dieta-doença com<br />
medidas clínico-educativas, a proposta do presente trabalho foi avaliar a composição e<br />
propriedades físico-químicas da casca e da semente de goiaba, admitindo que são incipientes<br />
as informações a cerca da constituição das porções descartadas pelas agroindústrias (SALES
et al.,2004). Na medida em que o comportamento alimentar deverá sofrer eventuais mudanças<br />
tanto para prevenção quanto no controle das morbidades em questão, aliou-se ao estudo a<br />
comprovação dos benefícios da fibra alimentar a partir de experimento conduzido com ratos<br />
recebendo dietas com diferentes fontes de fibra de goiaba (semente e casca), abundantes e de<br />
baixo custo para a população. Os resultados obtidos subsidiaram a proposta de elaboração de<br />
barras de cereais ricas em fibras dos resíduos de goiaba, com potencial sensorial, nutricional e<br />
mercadológico.<br />
17
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />
2.1 Goiaba (Psidium guajava)<br />
A goiabeira pertence ao gênero Psidium, da família Myrtaceae, que é composta por<br />
mais de 70 gêneros e 2.800 espécies, sendo que 110 a 130 espécies são naturais da América<br />
Tropical e Subtropical. No entanto, hoje esta espécie (Psidium guajava) encontra-se<br />
amplamente difundida por todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo (MEDINA,<br />
1988).<br />
Os frutos, quando maduros, são muito aromáticos e variáveis em tamanho, forma,<br />
sabor e peso. A cor da polpa pode apresentar diversas tonalidades (branca, creme, amarelada,<br />
amarelo-ouro, rósea, vermelha-escura), sendo sucosas e doces, com numerosas sementes<br />
reniformes, duras, com tamanho de 2 a 3 mm (NETO; SOARES, 1995; ZAMBÃO;<br />
BELLINTANI NETO, 1998).<br />
O Brasil é o maior produtor mundial de goiabas vermelhas, com produção de 316.363<br />
ton/ano no ano de 2010 distribuídos em 15.375 ha de área colhida (IBGE, 2011). A maior<br />
área plantada do Brasil (Figura 1) concentra-se na região Sudeste e Nordeste, destacando-se<br />
São Paulo e Pernambuco. Nas regiões Centro-oeste e Sul, os principais estados produtores são<br />
Goiás e Rio Grande do Sul (AGRIANUAL, 2009).<br />
Figura 1 ‒ Área plantada de goiabas (hectares) por região geográfica do Brasil.<br />
Fonte: IBGE (2011).
20<br />
A produção brasileira nos últimos anos tem sido relativamente estável, os dados<br />
(Figura 2) mostram a produção de 2001 a 2010. Em termos monetários, a goiaba gerou<br />
para o Brasil um valor de R$ 1.734.622 no período de 2001 a 2011 (Figura 3) (IBGE,<br />
2011).<br />
Figura 2 ‒ Produção brasileira de goiabas (toneladas) por região geográfica.<br />
Fonte: IBGE (2011).<br />
Figura 3 ‒ Valor da produção brasileira (mil reais) de goiaba por região<br />
geográfica.<br />
Fonte: IBGE (2011).
A goiaba é uma das frutas de maior importância nas regiões subtropicais e tropicais,<br />
pois se desenvolve em condições adversa de clima, apresenta elevado valor nutritivo e<br />
excelente aceitação do consumo in natura, pelo seu sabor e aroma característicos que lhe<br />
conferem qualidade organoléptica, e grande aplicação industrial (GONGATTI NETTO et al.,<br />
1996; SILVA, 2007). Esse fruto contém quatro vezes mais vitamina C do que a laranja e<br />
quatro vezes mais cálcio do que o tomate. O teor de vitamina C decresce de fora para dentro<br />
do fruto; nessas condições, a casca é mais rica do que a polpa interna. Complementando<br />
ainda, ela é um fruto rico em fibras, vitamina E, e apresenta o dobro da quantidade de<br />
licopeno presente no tomate (SILVA, 2007; MATTIUZ, 2004). A assertiva de IHA, et al.<br />
(2008) é de que essa fruta possui quantidade regular de ácidos, açúcares, e pectinas, além de<br />
taninos, flavonoides, óleos essenciais, álcoois sesquiterpenoides e ácidos triterpenoides.<br />
Pereira e Matinez Jr. (1986) afirmam também que a goiaba é rica em vitaminas A, B1<br />
(tiamina), B2 (riboflavina) e B6 (piridoxina).<br />
A expansão da produção de goiaba no Brasil deve-se não só ao crescente aumento do<br />
consumo de fruta fresca, mas também aos produtos de sua industrialização, como sucos,<br />
geleias, sorvetes, frutas cristalizadas e doces, como a goiabada (MARANCA, 1993). ‘Paluma’<br />
é uma das cultivares mais utilizada nos pomares brasileiros (principalmente no Estado de São<br />
Paulo), por apresentar dupla aptidão, sendo destinada ao consumo in natura e, atualmente,<br />
considerada a mais adequada às indústrias de processamento (KAVATI, 1997; PE<strong>DE</strong>AG,<br />
2007). Apresenta como características principais coloração vermelha em sua polpa, alta<br />
capacidade produtiva, frutos com bom rendimento de polpa e alto teor de sólidos solúveis.<br />
2.1.1 Resíduo agroindustrial<br />
Constantemente, as agroindústrias investem no aumento da capacidade de<br />
processamento, gerando grandes quantidades de resíduos que, em muitos casos, são<br />
considerados custo operacional para as empresas ou fonte de contaminação ambiental<br />
(LOUSADA et al. 2005). Como sintoma de desorganização e desestruturação, o desperdício<br />
está incorporado à cultura brasileira, ao sistema de produção e à engenharia do País,<br />
provocando perdas irrecuperáveis na economia, ajudando o desequilíbrio do abastecimento,<br />
diminuindo a disponibilidade de recursos para a população (BORGES, 1991). No entanto,<br />
21
22<br />
alguns produtores conscientes tentam minimizar os impactos, destinando estes materiais à<br />
produção de fertilizantes ou ração animal (LIMA, 2001).<br />
Segundo o IBGE (1996), o direcionamento da produção de goiabas é de 57% para<br />
comercialização sob forma in natura e 43% na forma industrializada. Não há uma<br />
padronização quanto à constituição e à identidade do resíduo, dificultada pelos vários modos<br />
de processamento do fruto, resultando em informações controversas, ainda que sejam<br />
incipientes estudos detalhados da composição química desta promissora matéria-prima. O fato<br />
é visualizado em trabalhos como o de Lima (2001), que relata o resíduo obtido na produção<br />
de polpas e sucos como sendo composto de casca, sementes e bagaço. Já Mantovani et al.<br />
(2004) afirma que, no processamento da goiaba, após o despolpamento e a lavagem com água<br />
clorada, obtém-se resíduo composto principalmente por sementes, na proporção de 8% da<br />
massa total dos frutos beneficiados. Pelizer, Pontieri e Moraes, 2007 afirmam que, na<br />
agroindústria de produção de polpas, durante o processo de despolpamento, obtém-se como<br />
resíduo casca e sementes, que ficam retidas na despolpadeira. Silva et al. (2007) relata que, no<br />
caso da goiaba destinada à produção de sucos e doces, aproximadamente 30% do peso do<br />
fruto é resíduo, constituído, principalmente, por sementes. A Associação Brasileira dos<br />
Produtores de goiaba (GOIABRAS, 2003) estima que, no Brasil, são processadas cerca de<br />
200 mil ton/ano de goiaba, gerando aproximadamente 12 mil ton/ano de resíduos,<br />
correspondente à semente.<br />
Quanto à composição química, Silva (1999), em estudos sobre as sementes de goiaba<br />
provenientes de duas empresas de beneficiamento de Pernambuco, obteve os seguintes<br />
valores: 91,9 e 93% de matéria seca (MS); 8,6 e 9,4% de proteína bruta; 9,8 e 11,3% de<br />
extrato etéreo; 77,1 e 74,2% de fibra em detergente neutro; 58,7 e 56,9% de fibra em<br />
detergente ácido; 18,4 e 17,3% de hemicelulose; 6,6 e 7,7% de lignina; 34,3 e 33,2% de<br />
celulose, 17,6 e 15,7% de cutina; 1,4 e 1,6% de cinzas. Já Lousada et al. (2006), ao analisar<br />
resíduos de goiaba, obteve 86,3% de MS; 8,5% de proteína bruta; 73,4% de fibra em<br />
detergente neutro; 54,6% de fibra em detergente ácido; 37,2% de celulose; 18,5% de lignina;<br />
18,8% de hemiceulose; 12,7% de carboidratos não fibrosos; 82,1% de carboidratos totais;<br />
15,6% de pectina; 6% de extrato etéreo e 3,4% de cinzas.<br />
Vários estudos vêm demonstrando que este material ainda contém quantidades<br />
significantes de fitoquímicos, dentre os quais se destacam os polifenóis. Segundo Hassimotto,<br />
Genovese e Lajolo (2005), o teor de fenólicos totais em polpa de goiaba vermelha (124,0 mg<br />
100-1g) foi menor do que o encontrado na casca desta fruta (420 mg 100-1g). Em função da
presença destes fotoquímicos, os resíduos agroindustriais de frutos apresentam-se como fonte<br />
potencial antioxidante (NASCIMENTO, 2010).<br />
Alguns estudos destacam o potencial de uso desses resíduos como fontes alternativas<br />
de nutrientes (óleo, fibras e proteína) (EL AAL, 1992). Embora os dados sobre a composição<br />
química e propriedades funcionais deste resíduo não sejam completos, a literatura indica alto<br />
conteúdo de fibras (50-60%), sendo estes valores variáveis em função de variedade,<br />
processamento e condições de cultura. (NICANOR et. al., 2001; PEREIRA; CARVALHO;<br />
NACHTIGAL, 2003).<br />
Alternativa que pode ser perfeitamente bem-sucedida para a indústria de alimentos e<br />
bebidas seria a utilização deste material como matéria-prima no desenvolvimento de novos<br />
produtos alimentícios, aumentando seu valor agregado, devido aos altos teores de fibra<br />
alimentar e à relação balanceada entre as frações solúvel e insolúvel, principalmente quando<br />
comparadas a fibras de cereais, amplamente utilizadas para enriquecer alimentos, porém com<br />
baixos teores de fibra solúvel (BORTOLUZZI, 2009; CÓRDOVA et al., 2005; UCHOA et al.,<br />
2008).<br />
Por serem resíduos ricos em nutrientes, toda e qualquer técnica que vislumbre seu<br />
aproveitamento é importante (MATOS, 2005). É interessante também lembrar que o<br />
aproveitamento desses resíduos irá contribuir para a melhoria do meio ambiente, tendo em<br />
vista os grandes volumes produzidos pelas indústrias, que são eliminados em locais<br />
inadequados. Esta iniciativa, além de reduzir a poluição ambiental, pode agregar valor ao<br />
produto, diminuir o custo de industrialização e, por conseguinte, o preço, bem como aumentar<br />
as oportunidades de trabalho nas indústrias. (AMANTE et al., 1999; HENNINGSSON et al.,<br />
2004; UCHOA et al., 2008).<br />
Ações que minimizem o volume desses resíduos tornam-se imperativas nos dias<br />
atuais, o que somente será possível através de pesquisas, que ainda são insuficientes, a fim de<br />
identificar potenciais aplicabilidades na nutrição humana.<br />
2.2 Fibra Alimentar<br />
São vários os autores que definem a fibra alimentar, sendo difícil chegar ao conceito<br />
ideal. Conforme Association of Official Analytical Chemists (AOAC, 2005) a fibra alimentar<br />
é a parte comestível de plantas (ou análogos aos carboidratos) que não são digeridos pelas<br />
23
24<br />
enzimas digestivas humanas, com fermentação parcial ou total no intestino grosso. Como não<br />
são digeridas, passam para as fezes e são degradadas no intestino grosso, sua decomposição<br />
ocorre na maior parte do cólon quando sofrem a fermentação das bactérias colônicas<br />
anaeróbicas (POURCHET-CAMPOS, 1990). Segundo CUPPARI (2005), trata-se de<br />
elementos estruturais responsáveis pela manutenção da forma da célula das plantas e pelos<br />
elementos não estruturais formados por substâncias secretadas pela planta em resposta às<br />
agressões ou lesões sofridas.<br />
Do ponto de vista químico, a fibra alimentar é constituída de celulose, lignina, pectina,<br />
inulina, goma, mucilagens, frutooligossacarídeos, amido resistente, além de outras substâncias<br />
não glicídicas tais como ácido fítico, cutina e taninos, que têm diferentes propriedades físico-<br />
químicas (LAJOLO; SAURA-CALIXTO, 2001; ARRUDA et al. 2003). Em associação as<br />
fibras alimentares, pode-se encontrar ainda substâncias bioativas, como carotenoides,<br />
fitoesteróis e polifenóis, que atuarão juntamente com a fibra, trazendo benefícios ao<br />
organismo. Esses compostos estão ligados quimicamente ou através de interações com a<br />
parede celular vegetal. (CAVALCANTI, 1989; MATUSHESKI; JEFFERY, 2001;<br />
FAGUN<strong>DE</strong>S; COSTA, 2003; SAURA-CALIXTO; JIMÉNEZ-ESCRIG, 2001). Moléculas<br />
tão diferentes estão unidas em uma rede mediante forças de Van der Walls, pontes de<br />
hidrogênio, ligações covalente e iônica, o que torna difícil isolar e analisar os componentes<br />
sem provocar modificações durante a extração (OLSON; GREGORY; MEI-CHEN, 1987;<br />
HERNÁN<strong>DE</strong>Z; HERNÁN<strong>DE</strong>Z; MARTÍNEZ, 1995).<br />
O incentivo de incluírem-se fibras alimentares, em quantidades adequadas à dieta<br />
humana, ocorreu a partir da década de 1970, quando se comprovou os benefícios delas na<br />
prevenção de uma série de doenças no trato intestinal e na redução dos riscos de doenças,<br />
como diabetes e colesterol elevado. Até então o único papel atribuído à fibra dos alimentos<br />
estava ligado ao peristaltismo, aumentando, também, o volume fecal, sendo determinada<br />
apenas para descontar do valor nutritivo (POURCHET-CAMPOS, 1990; RAUPP et al, 2002;<br />
SALGADO, 2001). Em uma dieta equilibrada, sua ingestão pode reduzir o risco de algumas<br />
doenças, como as coronarianas e certos tipos de câncer. Para a Food and Drug Administration<br />
(FDA, 1998), esse fato permitiu que alimentos como cereais integrais, frutas e vegetais, os<br />
quais contêm como principal elemento a fibra, pudessem ser incluídos na categoria de<br />
alimentos funcionais.<br />
Hábitos alimentares errôneos têm refletido negativamente sobre a saúde humana,<br />
aumentando a incidência de muitas doenças, algumas delas relacionadas ao consumo<br />
insuficiente de fibras (YUE, 1998 apud MAYER, 2007). O baixo consumo é relatado em
vários estudos como de Mattos e Martins (2000) que apontam a existência de práticas<br />
alimentares que levam a baixo consumo de fibras alimentares, sendo a maior fonte de fibra da<br />
dieta habitual o feijão, único classificado na categoria "muito alto" teor de fibras (igual ou<br />
superior a 7%). Isso pode ser atribuído à urbanização, tendência generalizada da menor<br />
contribuição dos carboidratos no consumo calórico total e sua substituição por gorduras,<br />
podendo somar ainda as facilidades atualmente encontradas para a aquisição de alimentos pré-<br />
preparados, prontos e congelados disponíveis no mercado, bem como as inúmeras opções<br />
oferecidas por restaurantes "fast food" e "self-service", como favorecedores dessas mudanças.<br />
Nesse sentido, é possível que o consumo de fibras alimentares também tenha diminuído com<br />
a modernização (MATTOS; MARTINS, 2000).<br />
2.2.1 Propriedades Físico-químicas das fibras<br />
Estudos existentes até o momento relatam que as fibras alimentares exercem funções<br />
fisiológicas através de sua capacidade de hidratação, de aumentar o volume e regular a<br />
velocidade de trânsito do bolo alimentar e fecal, além de possuir a capacidade de complexar-<br />
se com outros constituintes da dieta através de vários mecanismos, podendo arrastá-los em<br />
maior ou menor quantidade na excreção fecal, dependendo do tipo de fibra, possibilitando a<br />
excreção de substâncias tóxicas (TOMA; CURTIS, 1986; RAUPP; SGARBIERI, 1996). As<br />
propriedades físico-químicas da fibra se caracterizam por influir o trânsito digestivo das<br />
dietas, a absorção de minerais e a absorção dos sais biliares e metabolismo dos lipídios<br />
(ARRUDA et al., 2003).<br />
As fibras possuem a capacidade, em meio aquoso, de atrair a água até certo limite. A<br />
adsorção de água ocorre por fixação na superfície da fibra e a absorção no interior da estrutura<br />
macromolecular. As fibras solúveis apresentam estrutura de polissacarídeos possibilitando a<br />
fixação de água, que pode ocorrer por diferentes mecanismos (via química, fixando a fibra aos<br />
grupos hidrófilos dos polissacarídeos; por acúmulo na matriz da fibra fora da célula e por<br />
acúmulo nos espaços interparietais). Essa propriedade física, além de influenciar o efeito<br />
nutricional, também é de suma importância na formulação e no processamento de alimentos<br />
ricos em fibra (BUENO, 2005).<br />
A capacidade higroscópica ou de retenção de água da fibra está particularmente<br />
relacionada com o seu conteúdo de hemiceluloses e pectinas. As substâncias pécticas, entre os<br />
25
26<br />
polissacarídeos da parede celular vegetal, são as que têm mais importância no processo de<br />
retenção de água, alterando decisivamente a viscosidade da digesta. Porém, sua degradação<br />
tende a ser quase completa pela microflora do intestino grosso, ocorrendo liberação das<br />
substâncias complexadas à parede celular, contribuindo para um trânsito mais lento devido à<br />
maior atividade fermentativa. Já a lignina influencia negativamente a extensão da atividade<br />
fermentativa por dois mecanismos: a) impedindo que as enzimas dos microrganismos atuem<br />
nos polissacarídeos (incrustação); b) ligando-se covalentemente aos polissacarídeos<br />
(ARRUDA et al. 2003).<br />
As fibras possuem também forte capacidade de ligação catiônica, fazendo com que as<br />
dietas ricas em fibra interfiram negativamente na absorção de minerais (ARRUDA et al.,<br />
2003). A capacidade de ligação catiônica está relacionada com a habilidade da fibra em ligar-<br />
se a íons metálicos através de grupos situados em sua superfície (RETORE, 2009). Certos<br />
tipos de fibra são capazes de formar complexos insolúveis com compostos inorgânicos ou<br />
orgânicos que apresentam cargas e, assim, incrementam sua excreção fecal. Essa propriedade<br />
pode também ser favorável, ao ligar-se aos sais biliares, impedindo de serem reabsorvidos<br />
pelo epitélio intestinal, mobilizando mais colesterol circulante para a produção de novos sais<br />
biliares. (RETORE, 2009). Carboxilas, aminas, hidroxilas alifáticas e fenólicas são os<br />
principais grupos funcionais capazes de exercer troca catiônica na parede celular e estão<br />
presentes em maior quantidade nas pectinas, ligninas e taninos (JERACI; VAN SOEST, 1990;<br />
CERQUEIRA, 2006). Essa propriedade também é citada por Wascheck et al. (2008) ao<br />
enfatizar a reconhecida capacidade de trocas catiônicas em pectinas.<br />
Diante do exposto, ressalta-se que, além dos teores, as propriedades físico-químicas<br />
das fibras devem ser intimamente conhecidas, uma vez que produzem diferentes efeitos<br />
fisiológicos e metabólicos no organismo humano (MOMM, 2007).<br />
2.2.2 Classificação<br />
As fibras são diferenciadas conforme seu comportamento frente à solubilidade em<br />
água, dividindo-se em duas frações: solúvel e insolúvel. Ambas, ao serem ingeridas na<br />
alimentação humana, não são hidrolisadas até chegar ao intestino delgado, mas, já a partir da<br />
porção terminal do intestino delgado e, principalmente, alcançando o intestino grosso, a<br />
fração solúvel é extensamente fermentada pela flora natural microbiana, enquanto que a
fração insolúvel permanece quase que totalmente intacta. Entretanto, os diversos constituintes<br />
da fibra alimentar não têm o mesmo efeito ou ação fisiológica (HERNAN<strong>DE</strong>Z;<br />
HERNAN<strong>DE</strong>Z; MARTINEZ, 1995; RAUPP; SGARBIERI, 1997).<br />
2.2.2.1 Fibra Solúvel<br />
Em contato com a água, as fibras solúveis formam uma rede na qual a água fica retida<br />
gelificando a mistura. Este grupo é composto pelas gomas, mucilagens, pectina e algumas<br />
hemiceluloses (MARQUEZ, 2001). São encontradas principalmente em vegetais, podendo<br />
também ser encontradas nos grãos de cereais e leguminosas (TUNGLAND; MEYER, 2002).<br />
Para os mesmos autores, a composição da fibra solúvel de um fruto pode ser afetada<br />
por processos intrínsecos e pela maturação que ele experimenta depois de sua colheita. Por<br />
outro lado, fatores externos como as condições de armazenamento e/ou processamento podem<br />
modificar a natureza da fibra solúvel.<br />
O primeiro aspecto relevante das fibras solúveis é a redução no esvaziamento gástrico<br />
(maior saciedade), aumentando o volume intraluminal e o tempo de exposição dos nutrientes<br />
no estômago. No entanto, o aumento da viscosidade atua como barreira física capaz de<br />
dificultar a ação de enzimas e sais biliares no bolo alimentar, podendo causar redução na<br />
digestão e na absorção de nutrientes. A capacidade de promover saciedade é fator ponderável<br />
para o combate à obesidade, além de sua ingestão reduzir a densidade calórica da refeição.<br />
Esses elementos agem também no retardo da absorção de glicose ao formar uma camada<br />
superficial suave ao longo da mucosa do intestino delgado, que serve de barreira na absorção,<br />
atrasando o metabolismo essencialmente dos açúcares e das gorduras. Assim, facilita a<br />
estabilização do metabolismo energético, controlando os aumentos bruscos da taxa de<br />
glicemia (STELLA, 2004; HERNAN<strong>DE</strong>Z; HERNAN<strong>DE</strong>Z; MARTINEZ, 1995, FERREIRA,<br />
1994).<br />
Outra ação de extrema relevância é a redução dos níveis de colesterol sanguíneo,<br />
sendo que diversos mecanismos já foram propostos. Um dos mecanismos propostos para esse<br />
efeito se baseia na ação das fibras solúveis de sequestrar ácidos biliares no duodeno. Em<br />
consequência, a excreção fecal de ácidos biliares aumenta nas fezes, diminuindo a quantidade<br />
que chega ao fígado pela via entero-hepática. Esse aumento de excreção leva à maior<br />
conversão do colesterol hepático em ácidos biliares, reduzindo a concentração intra-hepática<br />
27
28<br />
de colesterol. Uma das consequências da redução do colesterol intracelular é o aumento dos<br />
receptores LDL do fígado, aumentando o clearance dessa lipoproteína do sangue (FARMER;<br />
GOTTO, 1995 apud FERNAN<strong>DE</strong>S et. al., 2006; TOPPING, 1991). As fibras solúveis podem<br />
atuar também alterando a digestão e a absorção dos lipídeos dietéticos (TOPPING, 1991).<br />
Outra forma seria a capacidade das fibras de reduzir as taxas de aumento da insulina pela<br />
redução da velocidade de absorção de carboidratos, retardando, assim, a síntese de colesterol<br />
(JONES; KUBOW, 2003).<br />
Existem indícios de que a diminuição da concentração de colesterol também é devido<br />
à ação do ácido propiônico gerado pela fermentação microbiana, o qual parece possuir efeito<br />
inibitório sobre a síntese nos hepatócitos (FERREIRA, 1994). As fibras solúveis, tais como a<br />
pectina, goma guar, farelo de aveia, casca de psilium, feijões, leguminosas, frutas e hortaliças,<br />
parecem diminuir especificamente o colesterol LDL (HENRIQUES et al. 2008).<br />
Por outro lado, é importante ressaltar uma das propriedades mais interessantes das<br />
fibras solúveis: sua elevada fermentabilidade no intestino grosso. Essa fração fibrosa é<br />
seletivamente fermentada por bactérias acidolíticas, produzindo altas concentrações de ácidos<br />
graxos de cadeia curta (AGCC). Esses elementos são os principais promotores da motilidade<br />
do conteúdo fecal, regularizam o trânsito intestinal de forma suave e influenciam a<br />
proliferação das células epiteliais (SAKATA, 1987; WASCHECK et al. 2008). Os AGCC são<br />
utilizados como fonte de energia, porém com eficiência menor do que a glicose, suprindo de 5<br />
a 30% das necessidades energéticas de mantença (ARRUDA et al., 2003). No intestino, essas<br />
substâncias funcionam como fonte de energia para a mucosa e como agentes protetores de<br />
várias doenças, como diarreia, inflamações intestinais e câncer de cólon. A fermentação<br />
destas fibras pelas bactérias da flora permite diminuir o pH deste meio, favorecendo a saúde<br />
do organismo sob vários aspectos. Concomitante, fibras fermentadas convertem-se em<br />
nutrientes necessários para um melhor desenvolvimento das bactérias bífidas e lactobacilos,<br />
aumentando favoravelmente a flora bacteriana. O crescimento deste tipo de microflora<br />
intestinal promove a inibição do crescimento de bactérias patogênicas. Com isso, o sistema<br />
imunológico do órgão também torna-se fortalecido, prevenindo casos de infecção<br />
gastrintestinais e, até mesmo, de câncer de cólon (HERNAN<strong>DE</strong>Z; HERNAN<strong>DE</strong>Z;<br />
MARTINEZ, 1995).<br />
Arruda et al. (2003) afirmam que a fermentação dos componentes da fibra pode dar<br />
lugar à produção de CO2, hidrogênio, metano e ácidos graxos de cadeia curta. A taxa de<br />
fermentação dos polissacarídeos estruturais parece não estar associada a fatores isolados.<br />
Assim, a natureza química da fibra, o nível dietético dos componentes fibrosos, a forma de
apresentação do alimento fibroso, o grau de moagem da fonte de fibra e o estado fisiológico<br />
do consumidor são as variáveis mais importantes a serem consideradas.<br />
2.2.2.2 Fibra Insolúvel<br />
É encontrada nas verduras, frutas e hortaliças, composta por lignina, celulose e<br />
hemicelulose (maioria). São porções que captam pouca água e formam misturas de pouca<br />
viscosidade, não são digeridas nem absorvidas, são lentamente fermentadas no cólon e, sem<br />
dúvida, são excelentes formadoras de massas. (HERNÁN<strong>DE</strong>Z; HERNÁN<strong>DE</strong>Z; MARTÍNEZ,<br />
1995; MÁRQUEZ, 2004).<br />
A capacidade de retenção de água da fibra insolúvel é mais dependente do tamanho<br />
dos espaços intracelulares, definido pela coesão e organização estrutural das moléculas, do<br />
que da superfície de contato com a água, uma vez que possui quantidade muito pequena de<br />
grupos hidrofílicos. (VAN SOEST, 1994; STEPHEN; CUMMINGS, 1979). A fibra<br />
proveniente de células com moléculas de pequenos espaços intracelulares limitam não só a<br />
hidratação, como a ação das enzimas bacterianas sobre o substrato (GRENET; BESLE, 1991).<br />
A ação fundamental destas fibras é o estimulo do bom funcionamento do trânsito<br />
intestinal, que pode provocar diminuição no tempo de passagem da digesta pelo trato<br />
gastrintestinal. Possivelmente, esse efeito seja decorrente do aumento do volume fecal<br />
distendendo a parede do cólon e da estimulação física da fibra insolúvel sobre as paredes do<br />
trato gastrintestinal, que tende a aumentar a motilidade e a taxa de passagem (WARNER,<br />
1981; STELLA, 2004). Hillman et al. (1983) observaram que a celulose em dietas<br />
consumidas por humanos diminui o tempo de retenção da digesta, sendo que Guillon e<br />
Champ (2000) citam que o trânsito mais acelerado geralmente está associado ao aumento da<br />
quantidade de substratos que chegam ao cólon, provocando o aumento no volume fecal.<br />
Um dos mecanismos que explica o papel das fibras na profilaxia do câncer de cólon<br />
diz respeito ao seu efeito mecânico, no qual o aumento do volume fecal e a diminuição do<br />
tempo de trânsito intestinal facilitariam a remoção dos carcinógenos e/ou promotores do<br />
tumor, diminuindo o tempo de contato desses agentes com a mucosa do intestino<br />
(MONTEIRO, 2005).<br />
Outro benefício apontado pela porção insolúvel da fibra é a capacidade de se ligar aos<br />
ácidos biliares e outros compostos orgânicos (por exemplo, o colesterol), retardando ou<br />
29
30<br />
diminuindo a absorção desses componentes no intestino delgado. No entanto, estudos com<br />
fibras insolúveis nem sempre alteram os níveis de colesterol sérico, porque a síntese de<br />
colesterol hepático pode compensar a má absorção de colesterol (HENRIQUES et al., 2008).<br />
2.2.3 Propriedades tecnológicas<br />
Thebaudin et al. (1997) afirmam que as fibras alimentares são desejáveis não apenas<br />
por suas propriedades nutricionais, mas também por apresentarem propriedades tecnológicas e<br />
econômicas. De maneira geral, as propriedades das fibras permitem inúmeras aplicações na<br />
indústria de alimentos, substituindo gordura ou atuando como agente estabilizante,<br />
espessante, emulsificante; desta forma, podem ser aproveitadas na produção de diferentes<br />
produtos: bebidas, sopas, molhos, sobremesas, derivados de leite, biscoitos, massas e pães<br />
(CHO; DREHER, 2001).<br />
De acordo com Larrauri (1999), a fibra ideal deve ser bem concentrada, não ter<br />
componentes antinutricionais, não comprometer a vida de prateleira do produto a ser<br />
adicionado, apresentar boa proporção de fibra solúvel e insolúvel e apresentar características<br />
organolépticas suaves. Além disso, deve ser aceita pelo consumidor como um produto<br />
saudável, apresentar positivos efeitos fisiológicos e ter custo razoável.<br />
O conhecimento das propriedades físico-químicas é importante para a produção de<br />
alimentos com boa textura e sabor, porque a simples adição de elevadas quantidades de fibra<br />
nem sempre resulta em produtos com características sensoriais desejáveis (DREHER, 1995).<br />
Além de possibilitar suas inúmeras aplicações da indústria, é utilizada em substituição à<br />
gordura, ao amido ou atua como agente estabilizante, espessante e emulsificante (CHO;<br />
DREHER, 2001).<br />
VEIGA et al. (2000) analisaram amostras de queijo “petit suisse” quanto à presença de<br />
hidrocolóides proteicos do soro, capacidade de retenção de água, relação proteína/gordura e<br />
pectina. A amostra com maior teor de pectina apresentou maior viscosidade aparente,<br />
confirmando a influência do produto na elasticidade e na estrutura do queijo “petit suisse”.<br />
Em geral, alimentos como sopas, molho e polpa concentrada são rigorosamente avaliados<br />
quanto à viscosidade e à consistência sendo a viscosidade, em grande parte, função da<br />
concentração de moléculas de pectina, enquanto que a consistência depende da quantidade e<br />
da estruturação dos sólidos solúveis (WASCHECK et al. 2008).
O potencial tecnológico aliado à possibilidade da utilização das fibras alimentares no<br />
enriquecimento de produtos ou como ingrediente e a necessidade de suprir o consumo<br />
insuficiente de fibras pela população levaram as indústrias a desenvolver grande mercado de<br />
produtos enriquecidos com fibra.<br />
2.3 Barra de Cereal<br />
Barras de cereais foram introduzidas nos anos 90 como alternativa “saudável” de<br />
confeito, quando consumidores se mostravam mais interessados em saúde e dietas (BOWER;<br />
WHITTEN, 2000). A associação entre barra de cereais e alimentos saudáveis é tendência<br />
desde os primórdios do produto, já documentada no setor de alimentos, o que beneficia o<br />
mercado desse tipo de alimento (MITCHELL; BOUSTAIN, 1990; BALESTRO et al., 2011).<br />
Primeiro foram lançadas as barras de cereais, que são compostas por diversos tipos de<br />
cereais misturados a um xarope de glucose e extrusados para tomarem a forma de barras<br />
cortadas em mono-porção. Posteriormente, o produto se desenvolveu no mercado com o<br />
lançamento de novos itens. Em seu desenvolvimento, é interessante se destacar dois<br />
lançamentos. O primeiro deles foi o produto Diet, sem a adição de açúcar, portanto poderia<br />
ser considerado mais saudável do que os produtos originais. A segunda extensão foi cobrir as<br />
barras com chocolate, segundo os executivos, feito em função das barras de cereais não serem<br />
vistas pelos consumidores como produtos saborosos. Ou seja, a barra era apenas uma maneira<br />
de matar a fome com um produto saudável, mas não trazia nenhuma característica<br />
sensorialmente atrativa (BE<strong>DE</strong>NDO, 2010).<br />
O questionamento dos fatores atrativos do produto foi observado pelos pesquisadores<br />
Bower e Whitten (2000), ao afirmarem que o atributo “saudável” não é tão importante. As<br />
características de textura, preço e aparência mostraram-se relevantes na aquisição desses<br />
produtos. No entanto, a preocupação por uma alimentação saudável, que além de saciar<br />
promova a saúde, torna alguns alimentos e ingredientes preferenciais para um número cada<br />
vez maior de consumidores brasileiros, como soja, alimentos ricos em fibra e antioxidantes.<br />
Bedendo (2010) relata que as barras de cereais elegíveis são as com apelo saudável, que<br />
oferecem a possibilidade de matar a fome fora de hora com um produto que não causa dano<br />
para a saúde, no caso, com baixa quantidade de gorduras e açúcares e grande quantidade de<br />
fibras.<br />
31
32<br />
Consolidado o mercado das barras de cereais, a popularidade desses produtos reflete<br />
em tabelas nutricionais, que recomendam o aumento do consumo de fibras alimentares, pois<br />
se constatou que o baixo consumo deste nutriente pode implicar fator de riscos de doenças,<br />
como diverticulose, síndrome do cólon irritado e até mesmo o câncer (DUTCOSKY, 2006).<br />
Foi verificado por O’Neill et al. (2001) que barras de cereais administradas para pacientes<br />
hipercolesterolêmicos ajudam a reduzir os níveis do LDL.<br />
Os principais aspectos considerados na elaboração desse produto incluem a escolha do<br />
cereal (aveia, trigo, arroz, cevada, milho), a seleção do carboidrato apropriado e demais<br />
ingredientes de forma a manter o equilíbrio entre o sabor, a textura e a vida útil, além do<br />
enriquecimento com vários nutrientes, sua estabilidade no processamento, o uso de fibra<br />
dietética e o papel de isoflavonas como ingrediente funcional (O’CARROL, 1999;<br />
ESTELLER et al. 2004).<br />
Com base nos relatos acima e considerando que o consumo de barras de cereais vem<br />
conquistando grande importância e que há aumento no consumo de alimentos com alegação<br />
funcional, o presente projeto apresentou como proposta estudar a viabilidade de uso do<br />
resíduo da industrialização da goiaba, a partir do estabelecimento de informações sobre suas<br />
características, visando à formulação de barras de cereais de elevado teor de fibras. Além dos<br />
benefícios para a saúde, a proposta torna-se inovadora uma vez que usa ingredientes<br />
normalmente não utilizados nas formulações convencionais de barras de cereais encontradas<br />
no mercado, agregando valor mercadológico e reduzindo impactos ambientais causados pela<br />
subutilização desses resíduos.
3 ARTIGOS CIENTÍFICOS<br />
3.1 Artigo 1<br />
(Configuração conforme normas da Revista Alimentos e Nutrição – ANEXO A)<br />
<strong>RESÍDUO</strong> <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong>: RELAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO FÍSICO-<br />
QUÍMICA E POTENCIAL FUNCIONAL<br />
GUAVA WASTE: RELATIONSHIP BETWEEN PHYSICO-CH<strong>EM</strong>ICAL<br />
COMPOSITION AND FUNCTIONAL POTENTIAL<br />
SHORT LITTLE: <strong>RESÍDUO</strong> <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong><br />
Bruna Sampaio ROBERTO 1*<br />
Leila Picolli da SILVA 2<br />
Marília BIZZANI 3<br />
Bruna Mendonça ALVES 4<br />
*Autor para correspondência:<br />
GUAVA WASTE<br />
Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciência Rurais, Departamento de Zootecnia,<br />
Laboratório de Piscicultura.<br />
Av. Roraima s/n, Campus Universitário, Santa Maria, RS, Brasil. CEP 97105900<br />
E-mail: bruna_sampaio@ymail.com Telefone: (55)32208365<br />
1<br />
1 Mestranda no Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos (PPGCTA) - <strong>UFSM</strong>.<br />
2 Professora do Departamento de Zootecnia, Centro de Ciências Rurais (CCR)- <strong>UFSM</strong><br />
3 Aluna da Graduação de Tecnologia em Alimentos, Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos<br />
(DTCA), Centro de Ciências Rurais (CCR) – <strong>UFSM</strong><br />
4 Mestranda no Programa de Pós-graduação em Agronomia (PPGAGRO) - <strong>UFSM</strong>.
34<br />
RESUMO<br />
O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química e físico-química de casca e<br />
semente de goiaba (Paluma), a fim de vislumbrar propriedades funcionais e tecnológicas. Foi<br />
determinada matéria seca, proteína bruta, fibra alimentar, minerais totais, lipídios, capacidade<br />
de ligação à gordura e ao cobre, capacidade de hidratação, pectina, sinérese e compostos<br />
fenólicos das amostras. A semente e a casca apresentaram 9,6% e 3,8% de proteína,<br />
respectivamente. A semente apresentou 64,7% de fibra total e 59,6% de fibra insolúvel, mais<br />
representativa que a casca com respectivamente 54,5% e 39,46%, entretanto, mostrou menor<br />
teor de fibra solúvel. A composição lipídica da casca (1%) apresentou menores valores que a<br />
semente (11,3%). Minerais totais representaram 2,2% na casca e 0,8% na semente.<br />
Capacidade de ligação à gordura, capacidade de ligação ao cobre e compostos fenólicos são<br />
propriedades mais eminentes na casca (2,11g, 518mg e 2,08g, respectivamente), e repercutem<br />
em benefícios à saúde humana. Embora a semente forneça elementos potencialmente<br />
nutritivos, os dados de pectina (2,06%), capacidade de ligação à gordura (1,79%), capacidade<br />
de hidratação (1,60g/g) e sinérese (não formou gel) demonstram menor potencial tecnológico<br />
em relação à casca (9,83%, 3,39g/g e 0g/g, respectivamente). Esses resíduos são alternativas<br />
de baixo custo para o incremento de nutrientes nos alimentos, já que juntamente com o<br />
combate à deficiência nutricional da população, podem agir no controle glicêmico,<br />
dislipidemias e prevenção da constipação. Além disso, a casca demonstrou alta aplicabilidade<br />
na indústria alimentícia, podendo fornecer compostos formadores de gel, com baixa sinérese e<br />
boa capacidade de hidratação.<br />
Palavras-chave: Semente; casca; perfil nutricional; perfil tecnológico; fibra alimentar.
ABSTRACT<br />
The objective of this study was to evaluate the chemical composition and physico-<br />
chemical peel and seed of guava (Paluma), in order to discern functional and technological<br />
properties. Was determined dry matter, crude protein, dietary fiber, minerals, total lipids, fat<br />
binding capacity, the copper binding capacity, hydration capacity, pectin, phenolic<br />
compounds and syneresis of samples. The seed and peel showed 9.6% and 3.8% protein,<br />
respectively. The seed had 64.7% of total fiber and 59.6% insoluble fiber, more representative<br />
that the peel, with respectively 54.5% and 39.46%. However, seed showing lower content of<br />
soluble fiber. The lipid composition of the peel (1%) had values lower than the seed (11.3%).<br />
Minerals total represented 2.2% in the peel and 0.8% in the seed. The most prominent<br />
properties in the peel are the fat binding capacity, the copper binding capacity and phenolic<br />
compounds (2.11 g, 2.08 g and 518mg, respectively), which impact on human health<br />
benefits. Although the seed provide potentially nutritious elements, the content of pectin<br />
(2.06%), fat binding capacity (1.79%), hydration capacity (1.60 g/g) and syneresis (no gel<br />
formed) show less technological potential in relation to the peel (9.83%, 3.39 g/g, 0 g/g,<br />
respectively). These wastes are low-cost alternatives to increase the nutrients in foods, and<br />
coupled with the combat of nutritional deficiency of the population, can act also in control of<br />
glycemia, dyslipidemia and prevention of constipation. In addition, the peel showed high<br />
applicability in the food industry and can provide gel forming compounds with low syneresis<br />
and good hydration capacity.<br />
Keywords: Seed; peel; nutritional profile; technological profile; dietary fiber<br />
35
36<br />
INTRODUÇÃO<br />
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de goiaba, com volume de produção<br />
316.363 ton/ano no ano de 2010, em uma área de 15.375 ha, concentrada principalmente nas<br />
regiões sudeste e nordeste do País. 3, 27 A maior parte desta produção é destinada à fabricação<br />
de doce, suco, geleia, polpa congelada, entre outros.<br />
No processo de beneficiamento, há o descarte das sementes, que junto com a parte da<br />
fração da pele não separada no processo físico de despolpamento, compõem o resíduo (de 10<br />
a 30% do peso dos frutos), usualmente descartado pela agroindústria a céu aberto ou em<br />
aterros sanitários. 37, 46, 54 Essa ação resulta em desperdício de grande quantidade de nutrientes<br />
que poderiam ser utilizados na promoção da saúde e na melhoria tecnológica de produtos.<br />
Atualmente a busca de soluções para reduzir impactos ambientais aponta para um<br />
maior empenho em aproveitar os efluentes gerados pelo setor agroindustrial, bem como<br />
agregar valor a matérias-primas que antes eram descartadas. No entanto, o fato de não haver<br />
homogeneidade entre os resíduos gerados por diferentes beneficiamentos e a escassez de<br />
estudos que relatem de forma fiel a sua composição são entraves ao seu uso racional. Nesse<br />
sentido, o presente estudo foi conduzido com o objetivo de analisar a composição físico-<br />
química da casca e da semente da goiaba, a fim de identificar seus respectivos potenciais<br />
tecnológicos e funcionais, o que pode gerar informações para aplicabilidade direcionada<br />
destes resíduos.<br />
MATERIAIS E MÉTODOS<br />
Foram utilizados frutos do genótipo de polpa vermelha Psidium guajava "Paluma",<br />
produzidos na área experimental do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa
Maria (<strong>UFSM</strong>), Santa Maria – RS, colhidos com ponto de maturação semelhante (antes da<br />
maturação completa), admitindo como padrão a aparência do produto (casca levemente<br />
amarelada e polpa firme).<br />
Os frutos foram lavados em água corrente, submersos por 15 minutos em solução<br />
0,025% de hipoclorito de sódio e novamente enxaguados a fim de retirar os resíduos de cloro.<br />
Manualmente, foram descascados, sendo polpa e sementes separadas, com uso de<br />
peneiras (0,425mm). As sementes foram colocadas na estufa de circulação de ar por 2h<br />
(55°C) para retirar o excesso de água, a fração casca permaneceu na estufa de circulação de ar<br />
por 72h para pré-secagem (55 o C). As porções foram moídas em micromoinho (0,5mm à<br />
0,3mm) para transformação em farinha e armazenadas em sacos plásticos, sob congelamento,<br />
até o momento das análises.<br />
Para caracterização das amostras, realizaram-se, de acordo com as técnicas descritas<br />
pela AOAC, 5 as análises de matéria seca (MS) (105ºC/12h), matéria mineral (550ºC/5h),<br />
proteína bruta através da determinação de nitrogênio pelo método de Kjeldahl (N x 6,25) e os<br />
teores de fibra total, insolúvel e solúvel foram determinados conforme o método enzimático-<br />
gravimétrico 991.43, corrigida para proteína e cinzas. O conteúdo de fibra solúvel foi<br />
estimado pela diferença entre fibra total e insolúvel. As enzimas utilizadas nos métodos<br />
enzimáticos foram a -amilase Termamyl 120L®, protease Flavourzyme 500L® e<br />
amiloglicosidase AMG 300L®; fabricadas pela Novozymes Latin American Limited. Os<br />
lipídeos foram analisados conforme o método de Bligh & Dyer. 6 Os carboidratos não fibrosos<br />
foram calculados de acordo com Valadares Filho: 59 onde Carboidratos (%) = 100 – (%Fibra<br />
total + %Proteína bruta + %Lipídeos + %matéria mineral). A determinação de pectina foi<br />
realizada pelo método que se baseia na neutralização das cargas dos resíduos de ácido<br />
galacturônico livres pelos íons cálcio, provocando a geleificação da pectina e sua<br />
precipitação. 10<br />
37
38<br />
A determinação do teor de fenólicos totais foi determinada após extração exaustiva<br />
com solução metanólica. A quantificação foi efetuada por método espectrofotométrico com<br />
reagente Folin-Ciocalteau, 32, 41 utilizando curva padrão de ácido gálico. 5<br />
A capacidade de ligação a cobre (CLC) foi determinada pelo método de McBurney et<br />
al. 38 e a capacidade de hidratação (CH), avaliada pelo método de McConnell et al. . 39 A<br />
capacidade de ligação à gordura (CLG) foi determinada de acordo com Abdul-Hamid &<br />
Luan, 1 sendo o resultado expresso pela quantidade de gramas de óleo absorvida em um grama<br />
de amostra. O poder de sinérese de géis das amostras foi determinado pelo percentual de<br />
perda de líquido do gel durante seu período de geleificação por perda de peso. 7 O método<br />
realizado foi adaptado, utilizando a concentração de amostra de 5%, obtendo a formação de<br />
gel firme.<br />
Todas as determinações foram efetuadas em triplicata e os resultados submetidos à<br />
análise de variância (ANOVA) e Teste-F ao nível de 5% de significância, utilizando o<br />
programa de estatística SPSS 8.0 para Windows.<br />
RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
Os resultados da umidade da casca in natura e da composição química da farinha da<br />
semente e da casca de goiaba estão descritos na Tabela 1. A elevada umidade da casca de<br />
goiaba é o principal fator limitante para seu uso in natura, demonstrando a necessidade do<br />
emprego adequado de tecnologias visando aumentar o período de conservação, como a<br />
secagem, adotada no presente estudo após o descascamento. Como vantagens de se utilizar o<br />
processo de secagem há a facilidade na conservação do produto; a estabilidade dos<br />
componentes aromáticos à temperatura ambiente por longos períodos de tempo; a proteção<br />
contra degradação enzimática e oxidativa; a redução do seu peso; a economia de energia. 47 A
utilização de temperaturas mais elevadas durante o processo reduz significativamente o tempo<br />
necessário para a secagem, no entanto há escassez de trabalhos que relatem a temperatura<br />
máxima do processo. A desidratação realizada em estufa com circulação de ar forçada a 55 °C<br />
caracteriza a temperatura ideal para a manutenção de compostos e qualidade do produto final.<br />
2 Temperaturas altas podem acarretar problemas de ordem nutricional, como a degradação de<br />
vitamina C e compostos fenólicos, e alterações organolépticas, como o escurecimento.<br />
Em contrapartida, a semente possui baixo teor de umidade, o que a torna mais estável.<br />
39<br />
16, 20, 55<br />
Não foi encontrado na literatura dados referentes à composição centesimal completa<br />
da farinha da casca e da semente da goiaba, apenas de alguns parâmetros químicos, ou de<br />
subprodutos (casca e semente em proporções não estabelecidas) e fruto in natura, o que<br />
explica as diferenças encontradas entre os dados determinados e os disponíveis na literatura.<br />
Conforme apresentado na Tabela 1, na farinha de semente constatou-se conteúdo<br />
proteico expressivamente maior do que o valor de proteína na farinha da casca. O teor<br />
proteico da semente condiz com os trabalhos na literatura que indicam conteúdo de 7,6 a 9,8%<br />
17, 45, 49 e superior ao conteúdo do subproduto da goiaba relatado por Lousada et al. 36<br />
Conforme Fontanari et al., 18 a proteína da semente possui propriedades funcionais similares a<br />
outras sementes que vêm sendo utilizadas como ingrediente alimentar, podendo ser<br />
importante fonte alternativa de proteína para aplicação em futuros alimentos processados.<br />
A casca, que possui sabor adocicado, apresentou valores bem mais elevados de<br />
carboidratos (2,6 vezes maior) do que os encontrados para semente. O alto teor é explicado<br />
pelo fato de o amido ser o carboidrato de reserva energética nos vegetais, que é convertido em<br />
açúcares solúveis no decorrer do desenvolvimento dos frutos, tendo efeito no sabor e na<br />
textura dos frutos. 35 Lousada et. al. 36 analisando subprodutos da goiaba, encontrou 12,70%<br />
de carboidratos, valores próximos aos da farinha da semente, porém bem inferiores aos da<br />
casca.
40<br />
Resíduos agroindustriais ainda contêm quantidades significantes de fibras alimentares,<br />
como foi evidenciado nesse estudo com percentual de 54,49% e 64,73% de fibra total para<br />
casca e semente, respectivamente, em concordância com vários estudos. 57, 52, 48 O benefício<br />
dela está na prevenção de uma série de doenças no trato intestinal, reduzindo riscos de<br />
doenças, como diabetes e colesterol elevado. 50, 53 Conforme as recomendações da Food and<br />
Drug Administration (FDA), deve-se incluir o consumo de quatro porções diárias de fibras<br />
por dia que equivalem de 25g a 35g/dia, 14 as quais estão contidas em 53,3g a 74,62g de<br />
farinha da casca e 41,02g a 57,44g de farinha da semente.<br />
No entanto, nem todas as fibras atuam da mesma forma. As fibras alimentares<br />
compõem-se fundamentalmente de duas categorias: insolúveis e solúveis. Dentre as fibras<br />
insolúveis, a semente foi majoritária, perfazendo 59,59% da MS, e a casca, 39,46%,<br />
viabilizando os resíduos como fonte deste nutriente. Resíduos de goiaba são melhores fontes<br />
de FI que as frações de semente e casca de jabuticaba, fruto pertencente à mesma família, que<br />
conforme Lima et al. 34 possui 26,93% e 26,43%, respectivamente. Porção composta por<br />
lignina, celulose e hemicelulose (maioria), a fibra insolúvel forma mistura de pouca<br />
viscosidade e apresenta efeito mecânico no trato gastrintestinal: age como uma “esponja”,<br />
retendo grandes quantidades de água que aumentam o volume fecal, distendendo a parede do<br />
cólon. Como consequência, aumenta a motilidade intestinal, diminui o tempo de trânsito no<br />
cólon, aumentando a frequência da evacuação por fornecer a massa necessária para a ação<br />
peristáltica do intestino, melhorando ou prevenindo a constipação. 12, 26 Por acelerarem o<br />
trânsito fecal, as fibras insolúveis agem reduzindo a formação e consequente contato de<br />
agentes cancerígenos com a mucosa intestinal. 22 Esses benefícios levam ao incentivo de<br />
modificações dietéticas planejadas, com aumento de ingestão de fibra alimentar, podendo<br />
aliviar sintomas, corrigir deficiências nutricionais e minimizar a causa primária da dificuldade<br />
gastrintestinal. 33
A fibra solúvel, fração composta por pectinas, beta-glicanas, gomas, mucilagens, e<br />
algumas hemiceluloses, 21 pode ser encontrada em maior concentração na casca que na<br />
semente do fruto. A superioridade quanto à fibra solúvel da casca também é observada na<br />
casca de jabuticaba (6,80%), 34 no resíduo de abacaxi (2,16%) cujo teor também é inferior ao<br />
da semente estudada. 60 Esta porção aumenta a viscosidade do conteúdo intestinal, reduz o<br />
colesterol, e também apresenta efeito metabólico no trato gastrintestinal retardando o<br />
esvaziamento gástrico e o tempo de trânsito intestinal. 9 Vale destacar o melhor controle<br />
glicêmico e reduzida hiperinsulinemia, verificados em estudos randomizados de Chandalia et<br />
al. 11 com alto consumo de fibras. Esses efeitos das fibras solúveis repercutem diretamente no<br />
combate a doenças cardiovasculares como demonstrado por Jenkins et al., 28 utilizando como<br />
desenlace pressão arterial, colesterol total, LDL-c, HDL-c dos pacientes e a relação entre estes<br />
parâmetros.<br />
A casca apresentou valores ínfimos de gordura comparada à semente. Nenhum dos<br />
valores obtidos é semelhante aos valores de subprodutos de goiaba (sem definição da<br />
proporção de casca e semente), 6,01% e 9,74% de lipídios, encontrados respectivamente por<br />
Lousada et al. 36 e Uchoa et al. 58 . Quando a casca é comparada ao trabalho de Souza et al. 57<br />
com casca de maracujá 1,64% e ao trabalho de Costa et al. 13 com casca de abacaxi 1,60%, os<br />
valores são mais aproximados. Na semente, os teores descobertos são próximos aos 12,3%<br />
encontrados por Kobori & Jorge 31 e bem inferiores aos relatados por Prasad & Azeemoddin<br />
49 que obtiveram um valor em torno de 16%, ambos analisando sementes de goiaba.<br />
Conforme estes autores, a disparidade dos resultados deve-se às tecnologias mais modernas,<br />
aos novos cultivares altamente produtivos após o enxerto e aos fatores ambientais.<br />
Favoravelmente Prasad & Azeemoddin 49 constataram que o óleo de goiaba é uma boa fonte<br />
de ácido linoleico, como ácido graxo essencial, tendo então vantagens nutricionais, uma vez<br />
41
42<br />
que, ao ser misturado com outros óleos comestíveis de alta saturação, resultará num novo óleo<br />
com valores nutricionais modificados.<br />
O valor do material mineral variou de 0,82% para a semente e 3,42% para a casca.<br />
Prasad & Azeemoddin, 49 avaliando a semente, obtiveram valores próximos, 0,93%. Valores<br />
mais próximos foram confirmados por Munhoz et al. 42 que relataram 3,38% na fração casca<br />
do fruto, teor semelhante também ao trabalho de Kliemann 30 analisando farinha de casca de<br />
maracujá. O autor conclui que o produto com 3,36% é uma boa fonte de minerais. Ao<br />
comparar aos dados avaliados por Uchoa et al. 58 quanto ao teor mineral no resíduo do fruto<br />
(sem separação das porções), o material apresenta valores intermediários ao deste trabalho,<br />
totalizando 2,14% de minerais. Variações são condicionadas por fatores como a variedade do<br />
fruto, incluindo a proporção de sementes e cascas; estado de maturação dos frutos; tratos<br />
culturais, como reposição mineral no solo exigido pela cultura e nível tecnológico das<br />
unidades beneficiadoras na separação das sementes das cascas e outros; quantidade de água<br />
utilizada durante o processamento, podendo dissolver componentes. 56<br />
Resultados avaliados quanto aos parâmetros que conferem propriedades tecnológicas<br />
juntamente com os demais compostos que atribuem perfil funcional ao alimento estão<br />
apresentados na Tabela 2.<br />
Além dos benefícios fisiológicos das fibras, deve-se ressaltar suas propriedades<br />
tecnológicas que viabilizam amplamente a utilização dos resíduos. Redução de retrogradação,<br />
melhoria da textura, somadas a um ganho em água e a uma redução da gordura foram<br />
características descobertas por vários estudos ao usar resíduos. Em produtos de panificação,<br />
há vantagens técnicas como melhoria no batimento da massa e melhor maciez. 19 A<br />
capacidade de ligação à gordura mede a quantidade de lipídeos que um determinado produto é<br />
capaz de absorver, relacionando-se com a capacidade de manter sistemas de emulsões e com a<br />
capacidade da fibra em unir-se a substâncias no intestino, como sais biliares e colesterol. O
valor deste parâmetro encontrado para a farinha da casca foi expressivamente maior que para<br />
a farinha da semente. Ambos são menores do que no estudo de Monego 40 para a goma da<br />
linhaça, que tem capacidade de ligação à gordura igual a 2,81. Entretanto, comparado aos<br />
farelos de milho, trigo e soja, e a casca de maracujá, a casca da goiaba possui o maior<br />
potencial, uma vez que esses apresentam CLG de 1,7; 1,9; 0,5 e 1,17 gramas de óleo/grama de<br />
amostra, respectivamente. Implica assim potencial utilização na tentativa de redução do<br />
colesterol sanguíneo, bem como, comparado a estes subprodutos, possui maior viabilidade no<br />
uso como estabilizante de emulsões.<br />
57, 61<br />
A capacidade de hidratação (CH) mede a quantidade máxima de água absorvida que é<br />
retida pela amostra. Essas propriedades estão diretamente relacionadas com o teor de fibras<br />
solúveis presentes no alimento. Visivelmente a casca da goiaba possui maior capacidade de<br />
hidratação que a semente do fruto, facilmente explicado pelo expressivo teor de fibras<br />
solúveis na casca. Os valores encontrados para a farinha da casca da goiaba foram maiores do<br />
que os valores encontrados para fontes de fibras do estudo de Zaragoza et al. 61 , em virtude<br />
das frutas e suas cascas possuírem teores de fibras solúveis maiores do que os de farelos de<br />
cereais e de leguminosas utilizados no estudo. Comparada à casca de maracujá, a CH da casca<br />
de goiaba foi menor, a qual apresentou valor de 4,8, proporcionado pelo maior aporte de<br />
fibras do subproduto do maracujá, que o autor relatou em 70,67%. 57 Maior CH da fibra<br />
ingerida propicia maior volume do bolo alimentar, maior sensação de saciedade, aumenta a<br />
viscosidade das soluções no trato gastrintestinal, retardando o esvaziamento gástrico de<br />
refeições ricas em carboidratos, reduzindo assim a resposta glicêmica. 29 Os efeitos<br />
tecnológicos da CH se relacionam com a capacidade de formar géis, aumentar a viscosidade<br />
e, dessa forma, influenciar na textura do produto e estabilidade da emulsão. 15<br />
A casca teve melhor desempenho também analisando a capacidade de ligação ao<br />
cobre, demonstrando que possui diferente comportamento aniônico do da semente, tendo uma<br />
43
44<br />
melhor capacidade de formar complexos insolúveis com os mais variáveis íons, aumentando<br />
sua excreção fecal. 61 Em ambos os materiais analisados, a CLC foi relativamente elevada,<br />
quando comparada a subprodutos de linhaça no estudo de Monego 40 com valores de 83 a<br />
88mg de cobre/100g de amostra, valores que, conforme Jorge & Monteiro 29 , estão<br />
intimamente relacionados à porcentagem de pectinas. A semente tem 40% de pectina em sua<br />
fibra solúvel, como demonstrado no gráfico 1. Já a casca, além de possuir maior teor em fibra<br />
solúvel, tem maior representatividade em relação à pectina, a qual representa 65% da FS. A<br />
pectina vem sendo aplicada na dieta devido aos efeitos fisiológicos benéficos no organismo<br />
humano, pois evita resultados nocivos de patologias tendo influência na redução dos níveis de<br />
colesterol, lipoproteínas, ácidos biliares e glicose, além de promover complexação de metais<br />
pesados e seus isótopos. 8 Munhoz et al. 43 destacaram também que a pectina extraída da casca<br />
de goiaba é de grau de esterificação inferior a 50%, sendo considerada de baixa esterificação,<br />
com teor de ácido galacturônico próximo à pectina comercial. Os autores ainda ressaltaram<br />
que as pectinas extraídas podem ser empregadas na geleificação de alimentos com baixo teor<br />
de açúcar, como fibra dietética solúvel, espessante e estabilizante em alimentos.<br />
Avaliando a sinérese, mesmo reproduzindo em várias concentrações de amostra, não<br />
houve formação de gel utilizando a semente. Todavia, quando utilizada a concentração de 5%<br />
de casca, obteve-se a formação de gel firme, favoravelmente capaz de impedir a liberação de<br />
água após ciclos de resfriamento (sinérese). Logo, observou-se que são necessárias altas<br />
concentrações de casca para a formação do gel, diferentemente da força de gel da goma de<br />
linhaça, quando Monego 40 obteve géis firmes com 2 e 2,5% de amostra, obtendo a mesma<br />
redução de sinérese.<br />
Não há relatos na literatura quanto ao teor de compostos fenólicos na farinha da casca,<br />
todavia apresenta valores (Tabela 2) bem abaixo do encontrado em cascas de vários frutos da<br />
família Myrtaceae, como jabuticaba (499,10mg%), jambolão (455,78 mg%), araçá-vermelho
(608,73 mg%) e a própria goiaba (420mg%). 23, 24 Uma vez comparado a materiais in natura,<br />
a discrepância dos resultados de CF pode ser atribuído ao tratamento térmico (secagem) que a<br />
casca sofreu para transformação em farinha, podendo ocorrer a degradação desses compostos.<br />
Estudos têm revelado que as cascas e as sementes de certos frutos exibem quantidade de<br />
compostos bioativos mais elevada do que a da polpa. Este fato é ratificado ao analisar que a<br />
farinha da casca apresenta valores que merecem destaque comparado à polpa de goiaba, que,<br />
em estudo de Kuskosky et.al., 32 apresentou 83,0mg%. Cascas possuem maior teor de fenóis<br />
totais, pois na polpa podem sofrer alterações químicas e enzimáticas durante o processo de<br />
amadurecimento, incluindo hidrólises de glicosídeos por glicosidases, oxidação de fenóis por<br />
fenoloxidases e polimerização de fenóis livres. 51 O teor de fenólicos presentes em sementes<br />
de goiaba deste estudo (125mg%) foi superior ao encontrado em polpa utilizada pelos autores<br />
já citados, porém inferior ao da casca em estudo e ao detectado em semente (250,53mg%) por<br />
Nascimento 44 . Esses compostos conferem a esses resíduos valor em prol da saúde uma vez<br />
que são os maiores responsáveis pela atividade antioxidante em frutos, 25 tese reafirmada por<br />
Kuskoski et.al., 32 que demonstraram correlação direta entre o conteúdo total de compostos<br />
fenólicos e a atividade antioxidante.<br />
CONCLUSÃO<br />
A casca, porção não comestível do fruto, mostrou-se rica em fibras alimentares,<br />
destacando o alto teor em fibra solúvel e pectina. Adicionalmente, pode ser uma fonte natural<br />
de energia, bem como de minerais. Essa porção proporciona também aproveitamento<br />
tecnológico, baseado na sua alta capacidade de hidratação, capacidade de ligação à gordura e<br />
baixa sinérese. A semente mostrou bom rendimento no fornecimento de elementos<br />
potencialmente nutritivos como fonte de fibras, principalmente insolúveis, proteínas e óleo.<br />
45
46<br />
Além dos nutrientes essenciais e de micronutrientes como minerais, a casca e a semente<br />
apresentaram valor expressivo de CLC e de compostos secundários de natureza fenólica, os<br />
polifenóis.<br />
Admitindo os bons resultados analíticos, existe o potencial para utilização da farinha<br />
de casca e semente de goiaba no enriquecimento de produtos, como por exemplo, pães,<br />
biscoitos e barras de cereais, melhorando suas qualidades nutricionais e tecnológicas, além de<br />
ser uma alternativa para reduzir o descarte de nutrientes desperdiçados pela agroindústria.<br />
AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />
À Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior<br />
(CAPES), ao suporte financeiro na forma de bolsa de mestrado, ao Conselho Nacional de<br />
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelas bolsas de produtividade em<br />
pesquisa da Professora Leila Picolli da Silva e pela bolsa de iniciação científica. Ao Colégio<br />
Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria, pelo fornecimento das amostras de<br />
goiaba.<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
1. ABDUL-HAMID, A.; LUAN, Y.S. Functional properties of dietary fibre prepared from<br />
defatted rive bran. Food Chem., v. 68, issue 1, p.15-19. 2000.<br />
2. ABUD, A. K. S.; SILVA, G. F.; NARAIN, N. Influência da secagem na atividade de<br />
enzimas presentes nos resíduos de processamento de frutas. In: SIMPÓSIO NACIONAL<br />
<strong>DE</strong> BIOPROCESSOS – SINAFERM. Curitiba. Anais... Curitiba: UFPR. 2007.<br />
3. ANUÁRIO ESTATÍSTICO DA AGRICULTURA BRASILEIRA. São Paulo, FNP<br />
Consultoria e Comércio. p. 325-328, 2009.<br />
4. ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CH<strong>EM</strong>ISTS. Official methods of<br />
analysis of the association of official analitical chemists. 15 th ed.. Arlington, 1990, v. 1,<br />
p. 685-1213.
5. ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CH<strong>EM</strong>ISTS. Official Methods of<br />
Analysis of the AOAC International. 16 th ed., supplement 1998. Washington: AOAC,<br />
1018p. 1995.<br />
6. BLIGH, E. C.; DYER, W. J. A rapid method of total lipid. Extraction and purification.<br />
Can. J. Biochem. Physiol. v. 37, p. 911-917. 1959.<br />
7. BOURNE, M. C. Food texture and viscosity: Concept and Measurement. Cornell<br />
University, Geneva, New York. Academic. Press. Mayo, 1986.<br />
8. CANTERI-SCH<strong>EM</strong>IN, M.H. Obtenção de pectina alimentícia a partir de bagaço de<br />
maçã. 2003. 83f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) – Setor de<br />
Tecnologia, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2003.<br />
9. CARUSO, L.; LAJOLO, M. F.; MENEZES, E.W. Modelos esquemáticos para avaliação<br />
da qualidade analítica dos dados nacionais de fibra alimentar. Ciênc. Tecnol. Aliment.,<br />
v. 19, n.3, set/dez. 1999.<br />
10. CARVALHO, H. H.; JONG, E. V.; BELLO, R. M. Alimentos: Métodos físicos e<br />
químicos de análises. 1 ed. 180 p. Porto Alegre: Universidade/UFRGS, 2002.<br />
11. CHANDALIA, M. et al. Beneficial effects of high dietary fiber intake in patients with<br />
type 2 diabetes mellitus. N. Engl. J. Med. v. 342, n.19, p.1392-1398. May.2000.<br />
12. COPPINI, L Z. Fibra Alimentar. Congresso Brasileiro de Nutrição e Câncer. São Paulo,<br />
2004.<br />
13. COSTA, J.M.C. et al. Comparação dos parâmetros físico-químicos e químicos de pós<br />
alimentícios obtidos de resíduos de abacaxi. Rev. Ciênc. Agron., v.38, n.2, p.228-232,<br />
2007.<br />
14. CUPPARI, L. Nutrição clínica do adulto: guias de medicina ambulatorial e hospitalar.<br />
São Paulo: Manole, p.337-338, 2002.<br />
15. DIEPENMAAT-WOLTERS, M. G. E. Functional proprieties of dietary fibre in foods: In:<br />
Food Ingredients Europe, Paris, 1993. Proceeding. Maarssen: Expoconsult, p. 44-56,<br />
1993.<br />
16. FENN<strong>EM</strong>A, O.R. Química de los Alimentos. Zaragoza: Editorial Acribia S.A., 1993.<br />
17. FONTANARI, G. G. et al. Thermal study and physico-chemical characterization of some<br />
functional properties of guava seeds protein isolate (Psidium guajava). J. Therm. Anal.<br />
Calorim., v. 83, n. 3, p. 709-713, 2006.<br />
18. FONTANARI, G. G. et al. Isolado protéico de semente de goiaba (Psidium guajava):<br />
caracterização de propriedades funcionais. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, v. 27,<br />
supl., p.73-79, ago. 2007.<br />
19. FOOD INGREDIENTS BRASIL. Dossiê: Fibras alimentares. n. 8, p. 42-65, 2008<br />
47
48<br />
20. GABAS, A. L.; TELIS-ROMERO, J; MENEGALLI, F. C. Cinética de degradação do<br />
ácido ascórbico em ameixas liofilizadas. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, v. 23,<br />
Supl., p.66-70, dez. 2003.<br />
21. GUTKOSKI, L. C.; TROMBETTA, C. Avaliação dos teores de fibra alimentar e de betaglicanas<br />
em cultivares de aveia (Avena sativa L). Ciênc. Tecnol. Aliment., v.19, n.3,<br />
p.387-390, set./dez. 1999.<br />
22. HAAS, P.; ANTON, A.; FRANCISCO, A. Câncer de colo retal no Brasil: consumo de<br />
grãos integrais como prevenção. Rev. Bras. Anál. Clín., v. 39, n. 3, p. 231-235, 2007.<br />
23. HAMM, J. H. G. et al. Estudo fitoquímico em frutos da família myrtaceae. XVIII<br />
Congresso de Iniciação Científica, o XI Encontro de Pós-Graduação e a I Mostra<br />
Científica. Anais eletrônicos... Pelotas, RS. Outubro, 2009. Disponível em:<br />
http://www.ufpel.tche.br/cic/2009/cd/ pdf/CA/CA_01712.pdf Acessado em: dez/2011<br />
24. HASSIMOTTO, N. M. A.; GENOVESE, M. I.; LAJOLO, F. M. Antioxidant activity of<br />
dietary fruits, vegetables, and commercial frozen fruit pulps, J. Agric. Food Chem., v.<br />
53, n. 8, p. 2928-2935, 2005.<br />
25. HEIM, K.E. et al. Flavonoid antioxidants: chemistry, metabolism and structure-activity<br />
relationships. J. Nutr. Biochem., v.13, p.572-584, 2002.<br />
26. INNOCENTE, L. R.; LEITE, J. I. A. Alimentos Funcionais e Atividade Física. Rev.<br />
Pulsar. Jundiaí/SP, v. 2, n. 2, p. 1-9 , 2010.<br />
27. INSTITUTO BRASILEIRO <strong>DE</strong> GEOGRAFIA E ESTATISTICA. Pesquisa Agricola<br />
Municipal. Disponivel em: Acessado em: 30 de novembro de<br />
2011.<br />
28. JENKINS, D.J. et al. Soluble fiber intake at a dose approved by the US Food and Drug<br />
Administration for a claim of health benefits: serum lipid risk factors for cardiovascular<br />
disease assessed in a randomized controlled crossover trial. Am. J. Clin. Nutr. v.75, n.5,<br />
p. 834-839, 2002.<br />
29. JORGE, J.S.; MONTEIRO, J.B.R. O efeito das fibras alimentares na ingestão, digestão e<br />
absorção de nutrientes. Nutr. Brasil, v. 4, n. 4, p.218-229, 2005.<br />
30. KLI<strong>EM</strong>ANN, E. Extração e caracterização da pectina da casca do maracujá amarelo<br />
(Passiflora edulis flavicarpa). Florianópolis, 2006. 75 p. Dissertação (Mestrado em<br />
Ciência dos Alimentos) – Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, 2006.<br />
31. KOBORI, C.N.; JORGE, N. Caracterização dos óleos de algumas sementes de frutas<br />
como aproveitamento de resíduos industriais. Rev. Ciênc. Agrotec., Lavras, v. 29, n.<br />
5, p. 1008-1014, Set. /Out. 2005.<br />
32. KUSKOSKI, E. A. et al. Frutos tropicais silvestres e polpas de frutas congeladas:<br />
atividade antioxidante, polifenóis e antocianinas. Ciênc. Rural, v.36, n.4, p.1285-1286,<br />
2006.
33. LAJOLO, F. M. et al. Fibra dietética en Iberoamerica: tecnología y salud. Obtención,<br />
caracterización, efecto fisiológico y aplicación en alimentos. [Projeto CYTED<br />
XI.6/CNPq. Obtención y caracterización de fibra dietética para su aplicación en<br />
regímenes especiales]. 469p. São Paulo: Varela; 2001.<br />
34. LIMA, A. J. B. et al. Caracterização química do fruto jabuticaba (Myrciaria cauliflora<br />
Berg) e de suas frações. Arch Latinoam. Nutr., v. 58, n. 4, p. 416-421, 2008.<br />
35. LIMA, G. P. P. et al. Parâmetros bioquímicos em partes descartadas de vegetais. In:<br />
Programa Alimente-se Bem: tabela de composição química das partes não<br />
convencionais dos alimentos. São Paulo: SESI, 2008.<br />
36. LOUSADA, J. E.Jr. et al. Caracterização físico-química de subprodutos obtidos do<br />
processamento de frutas tropicais visando seu aproveitamento na alimentação animal.<br />
Rev. Ciênc. Agron., v.37, n.1, p.70-76, 2006<br />
37. MANTOVANI, J. R. et al. Uso fertilizante de resíduo processadora de goiabas. Rev.<br />
Bras. Frutic., Jaboticabal – SP, v. 26, n.2, p.339-342, Agosto, 2004.<br />
38. McBURNEY, M. I.; VAN SOEST, P. J.; CHASE, L. E. Cation exchange capacity and<br />
buffering capacity of neutral-detergent fibres. J. Sci. Food Agric., v. 34, issue 9, p. 910-<br />
916, 1983.<br />
39. McCONNELL, A. A.; EASTWOOD, M. A.; MITCHELL, W. D. Physical characteristics<br />
of vegetable foodstuffs that could influence bowel function. J. Sci. Food Agric., Mysore,<br />
v.25, n. 12, p. 1457-1464, 1974.<br />
40. MONEGO, M.A. Goma de Linhaça (Linum usitatissimum L.) para uso como<br />
hidrocolóide na Indústria Alimentícia. 2009. 87p. Dissertação (Mestrado em Ciência e<br />
Tecnologia dos alimentos) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2009.<br />
41. MOYER, R.A. et al. Anthocyanins, phenolics, and Antioxidants capacity in diverse small<br />
fruits: Vaccinium, Rubus, and Ribes. J. Agric. Food Chem., v.50, n. 3, p.519-525, 2002.<br />
42. MUNHOZ, C.L. Efeito das condições de extração sobre o rendimento e<br />
características da pectina obtida de diferentes frações de goiaba CV Pedro Sato.<br />
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás. Escola de Agronomia e<br />
Engenharia de Alimentos, 2008. 57p. Goiânia-GO, 2008.<br />
43. MUNHOZ, C. L.; SANJINEZ-ARGANDOÑA, E.J.; SOARES-JÚNIOR, M.S. Extração<br />
de pectina de goiaba desidratada. Ciênc. Tecnol. Aliment., v.30, n.1, p. 119-125,<br />
Jan./Mar. 2010.<br />
44. NASCIMENTO, R. Potencial antioxidante de resíduo agroindustrial de goiaba. 2010.<br />
110f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) Universidade<br />
Federal Rural de Pernanbuco, Recife, PE, 2010.<br />
45. NICANOR, A. B. et al. Guava seed storage protein: Fractionation and characterization.<br />
LWT- Food Sci. and Technol., v. 39, n. 8, p. 902-910, 2006.<br />
49
50<br />
46. NUTRISCIENCE. Proteína da semente de goiaba pode ser alternativa à da soja.<br />
Nutriscience, março de 2010. Disponível em: Acessado em: 27 de setembro<br />
de 2011.<br />
47. PARK, K. J.; YADO, M. K. M.; BROD, F. P. R. Estudo de secagem de pêra bartlett<br />
(pyrus sp.) em fatias. Ciênc. Tecnol. Aliment., v. 21, n. 3, p.288-292, set-dez. 2001.<br />
48. PIEDA<strong>DE</strong>, J.; CANNIATTI-BRAZACA, S. G. Comparação entre o efeito do resíduo do<br />
abacaxizeiro (caules e folhas) e da pectina cítrica de alta metoxilação no nível de<br />
colesterol sangüíneo em ratos. Ciênc. Tecnol. Aliment., v.23, n.2, p. 149-156, 2003.<br />
49. PRASAD, N.B.L.; AZE<strong>EM</strong>ODDIN, G. Characteristics and composition of guava<br />
(Psidium guajava L.) seed and oil. J. Am. Oil Chem. Soc., Chicago, v. 71, n. 4, p. 457-<br />
458, 1994.<br />
50. RAUPP, D.S; PAULA, S.H.; ROSA, D.A.; CALDI, C.M.; CR<strong>EM</strong>ASCO, A.C.V.;<br />
BANZATTO, D.A. Arraste fecal de Nutrientes da Ingestão Produzido por Bagaço de<br />
Mandioca Hidrolizado. Sci. Agric., Piracicaba, v. 59, n. 2, p. 235-242, abr/jun. 2002.<br />
51. ROBARDS, K. et al. Phenolic compounds and their role in oxidative processes in fruits.<br />
Food Chem., v. 66, n. 4, p. 401–436, 1999.<br />
52. RODRIGUEZ, R. et al. Dietary fibers from vegetable products as source of functional<br />
ingredients. Trends Food Sci. Tech., Sevilla, Spain, v.17, issue 1, p.3-15, 2006.<br />
53. SALGADO, J.M. Pharmacia de Alimentos, 5ª ed, São Paulo: Editora Madras, 2001.<br />
54. SILVA, J.D.A. Composição química e Digestibilidade in situ de semente de goiaba<br />
(Psidium guajava L.). 1999. 34f. Dissertação (Mestrado em Produção Animal) –<br />
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 1999.<br />
55. SILVA, R. A.; BORSATO, D.; SILVA, R. S. S. F. Método simplex supermodificado<br />
como estratégia de otimização para respostas combinadas em sistemas alimentares.<br />
Ciênc. Tecnol. Aliment., v. 20, n. 3, p. 329-336, 2000.<br />
56. SILVA, D.A.T. et al. Efeito de dois métodos de pré-secagem na composição<br />
bromatológica do resíduo do farelo de goiaba para frango de corte In: Jornada de Ensino,<br />
Pesquisa e Extensão da UFRPE - congresso de iniciação científica. 6., 2006, Recife.<br />
Anais. Recife: Universidade Federal Rural de Pernambuco (2006). (CD-ROM).<br />
57. SOUZA, M. W. S.; FERREIRA, T. B. O.; VIEIRA, I. F. R. Composição centesimal e<br />
propriedades funcionais tecnológicas da farinha da casca do maracujá. Alim. Nutr., v.19,<br />
n.1, p. 33-36, jan./mar. 2008.<br />
58. UCHOA, A. M. A.; COSTA, J. M. C.; MAIA, G. A.; SILVA, E. M. C., CARVALHO, A.<br />
F. F. U.; MEIRA, T. R. Parâmetros Físico-Químicos, Teor de Fibra Bruta e Alimentar de<br />
Pós Alimentícios Obtidos de Resíduos de Frutas Tropicais. Seg. Alim. Nutr., v. 15, n. 2,<br />
p. 58-65, 2008.
51<br />
50<br />
59. VALADARES FILHO, S. C. Nutrição, Avaliação de alimentos e tabelas de composição<br />
de alimentos para bovinos. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDA<strong>DE</strong> BRASILEIRA <strong>DE</strong><br />
ZOOTECNIA, 37., 2000, Viçosa. Anais... Viçosa: SBZ, p.267-337, 2000.<br />
60. WAUGHON, T. G. M.; PENA, R. S. Estudo da Secagem da fibra residual do abacaxi.<br />
Alim. Nutr., v.17, n.4, p.373-379, out./dez. 2006.<br />
61. ZARAGOZA, M.L.Z.; PÉREZ, R.M.; NAVARRO, Y.T.G. Propiedades funcionales y<br />
metodologia para su evaluación en fibra dietética. In: LAJOLO, F.M. et al. Fibra<br />
dietética en Iberoamérica: tecnologia y salud. São Paulo: Varela, 2001. p.195-209,<br />
2001.
52<br />
Tabela 1 ‒ Teor de umidade na amostra in natura (AI) e composição química na farinha dos<br />
resíduos de goiaba.<br />
Parâmetros (%) Casca Semente<br />
Umidade AI 89,08±1,38 -<br />
Umidade farinha 13,93±0,52 a 5,87±1,51 b<br />
........% da matéria seca.......<br />
Proteína 4,40±0,05 a 9,60±0,07 b<br />
Carboidratos 36,42±1,2 a<br />
13,55±0,08 b<br />
Fibra Total 54,49±1,8 b 64,73±1,74 a<br />
Fibra Insolúvel 39,46±4,1 b 59,59±1,68 a<br />
Fibra Solúvel 15,03±2,47 a 5,13±0,29 b<br />
Lipídios 1,27±0,1 b 11,30±0,03 a<br />
Matéria Mineral 3,42±0,05 a 0,82±0,05 b<br />
Resultados expressos em média ± desvio padrão. As médias seguidas de diferentes letras na linha diferem<br />
significativamente pelo Teste-F ao nível de 5% de significância.
Tabela 2 ‒ Capacidade de Ligação à gordura (CLG), Capacidade de Hidratação (CH),<br />
Capacidade de Ligação ao cobre (CLC) Pectina (PCT), Sinérese e Composto Fenólicos (CF)<br />
da farinha da casca e semente de goiaba.<br />
Parâmetros Casca Semente<br />
CLG (g de gordura/g de amostra) 2,11±0,03 a 1,79±0,01 b<br />
CH (g de água/g de amostra) 3,39±0,34 a<br />
1,60±0,07 b<br />
CLC (mg de cobre/100g de amostra) 518±58,29 a<br />
PCT (g Pectato de cálcio (100 -1 ) 9,83±0,45 a<br />
2,06±0,21 b<br />
376,71±12,09 b<br />
Sinérese (% de água liberada) 0 -<br />
CF (mg de ácido gálico/100g) 208±0,19<br />
Resultados expressos em média ± desvio padrão. As médias seguidas de diferentes letras na linha diferem<br />
significativamente pelo Teste-F ao nível de 5% de significância.<br />
a<br />
125±0,04 b<br />
53
54<br />
Figura 1 ‒ Percentual de Pectina presente na fibra solúvel de casca e semente de goiaba.
3.2 Artigo 2<br />
Artigo em fase final de revisão pelos autores para ser sumetido à Revista Journal of<br />
Agricultural and Food Chemestry<br />
(Configuração conforme normas da revista – Anexo B)<br />
<strong>METABOLISMO</strong> <strong>DE</strong> <strong>RATOS</strong> WISTAR SUBMETIDOS À DIETA COM<br />
FONTE <strong>DE</strong> FIBRAS PROVENIENTES <strong>DE</strong> <strong>RESÍDUO</strong>S <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong><br />
METABOLISM OF WISTAR RATS SUBMITTED TO DIET WITH<br />
FIBER SOURCE FROM GUAVA WASTE<br />
Bruna Sampaio Roberto 1*<br />
Leila Picolli da Silva 2<br />
Fernanda Teixeira Macagnan 1<br />
Fernanda Aline de Moura 1<br />
Marília Bizzani 3<br />
Naglezi de Menezes Lovatto 4<br />
*Autor para correspondência:<br />
Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciência Rurais, Departamento de Zootecnia,<br />
Laboratório de Piscicultura.<br />
Av. Roraima s/n, Campus Universitário, Santa Maria, RS, Brasil. CEP: 97105900<br />
E-mail: bruna_sampaio@ymail.com Telefone: (55)32208365<br />
2<br />
1<br />
Aluna do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos (PPGCTA) – Universidade<br />
Federal de Santa Maria (<strong>UFSM</strong>).<br />
2<br />
Departamento de Zootecnia, Centro de Ciências Rurais (CCR) - Universidade Federal de Santa Maria (<strong>UFSM</strong>).<br />
3<br />
Aluna da Graduação de Tecnologia em Alimentos - Universidade Federal de Santa Maria (<strong>UFSM</strong>)<br />
4<br />
Aluna do Programa de Pós-graduação em Zootecnia (PPGZOOT) - Universidade Federal de Santa Maria<br />
(<strong>UFSM</strong>)<br />
55
56<br />
RESUMO<br />
O trabalho teve por objetivo avaliar o efeito das fibras alimentares presentes no<br />
resíduo de goiaba, casca e semente, no metabolismo bioquímico e gastrintestinal de ratos<br />
Wistar. Foram utilizados ratos machos Wistar alimentados com rações experimentais com<br />
farinha de casca, semente e casca+semente de goiaba. Os animais que ingeriram apenas casca<br />
como fonte de fibra apresentaram maior digestibilidade das fibras, teor de nitrogênio nas<br />
fezes, HDL e peso do intestino. A semente como única fonte de fibra possibilitou menor<br />
tempo de trânsito. Nas dietas contendo casca observou-se menor pH fecal, já a diminuição de<br />
triglicerídeos foi maior à medida que a semente foi introduzida na dieta. As fibras advindas da<br />
casca e da semente de goiaba são capazes de influenciar nos parâmetros biologicamente<br />
relevantes e no metabolismo do trato intestinal. Desta forma podem auxiliar na escolha de<br />
alternativas no controle de doenças dependentes de níveis bioquímicos e do trato<br />
gastrintestinal.<br />
Palavras-chave: Resíduo agroindustrial; Psidium Guajava; fibras alimentares; parâmetros<br />
bioquímicos.
ABSTRACT<br />
This study aimed to evaluate the effect of fiber present in the residue of guava, peel<br />
and seed, and your effect in biochemical and gastrointestinal metabolism of Wistar rats. Male<br />
Wistar rats were fed with experimental diets prepared with peel, seed and peel+seed of guava.<br />
The animals that ingested only peel as source of fiber had a higher fiber digestibility, nitrogen<br />
content in feces, HDL and weight of the intestine. The seed as the only fiber source, allowed<br />
shortest time of intestinal transit. Regardless of the proportion of peel in the diet, the pH of<br />
feces was lower, and the decrease in triglycerides was greater when seed was introduced into<br />
the diet. The fibers arising from the peel and seeds of guava are able to influence in<br />
biologically relevant parameters and in metabolism of the intestinal tract. So, these fibers<br />
could help in disease control dependent of biochemical levels and gastrointestinal tract.<br />
Keyword: Agroindustrial waste; Psidium guajava; dietary fiber; biochemical parameters.<br />
57
58<br />
INTRODUÇÃO<br />
A fibra alimentar constitui-se quimicamente de polissacarídeos estruturais fibrosos<br />
como a celulose e hemicelulose, que normalmente encontram-se associados a substâncias<br />
pécticas, além de outros compostos não glicídicos tais como ligninas, sílica, ácido fítico,<br />
cutina e taninos. As frações que constituem a fibra dos alimentos caracterizam-se por não<br />
serem digeridas pelas enzimas dos animais, porém são susceptíveis à degradação em<br />
intensidade variável pela atuação microbiana simbiótica do ceco-cólon. 1<br />
O incentivo à inclusão de fibras alimentares em quantidades adequadas na dieta<br />
humana ocorreu a partir da década de 1970, quando se comprovaram os benefícios delas na<br />
prevenção de uma série de doenças no trato intestinal, de diabetes e de hipercolesterolemia. 2,3<br />
A fibra alimentar solúvel é composta por pectinas, beta-glicanas, gomas, mucilagens, e<br />
algumas hemiceluloses. 4 Elas aumentam a viscosidade do conteúdo intestinal, provocam a<br />
redução do colesterol e da absorção de glicose em diabéticos e também apresentam efeito<br />
metabólico no trato gastrintestinal, retardando o esvaziamento gástrico. 5 Sua degradação<br />
ocorre principalmente no cólon, onde são fermentadas por bactérias anaeróbicas, como<br />
Lactobacilos e Bifidobactérias, produzindo ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), gases e<br />
energia, importantes para o metabolismo intestinal. 2<br />
As fibras insolúveis destacam-se principalmente pelo estímulo do bom funcionamento<br />
do trânsito intestinal. O mecanismo é através da grande capacidade de retenção de água capaz<br />
de formar fezes volumosas e macias, acelerando o tempo de trânsito intestinal. 6,7 Devido a<br />
esta característica, os benefícios das fibras insolúveis estão envolvidos no tratamento e<br />
prevenção de distúrbios graves no trato digestório, incluindo câncer de cólon. 2,3<br />
Na alimentação, essas duas frações são ingeridas concomitantemente, mas são suas<br />
proporções em relação à fibra alimentar, e não apenas os seus teores individuais, que alteram
expressivamente as respostas biológicas de mamíferos. Sabe-se que o padrão alimentar<br />
brasileiro tem apresentado mudanças, sendo os alimentos industrializados os mais<br />
consumidos, enquanto que as comidas caseiras, alimentos integrais, frutas e verduras tiveram<br />
seu consumo diminuído, fazendo-se necessária maior conscientização da importância de ter<br />
uma ingesta adequada de fibras em suas refeições diárias. 8<br />
A grande maioria das cascas e das sementes de várias frutas e hortaliças contêm<br />
nutrientes e fibras em quantidades maiores do que as encontradas nas partes consumidas dos<br />
seus respectivos produtos industrializados. 9 No entanto, normalmente essas partes são<br />
desprezadas pelas indústrias processadoras, gerando grande quantidade de resíduos que<br />
podem se tornar contaminantes ambientais. 10<br />
Entre as frutas tropicais, a goiaba (Psidium guajava) é uma das mais apreciadas pelas<br />
suas características de sabor, aroma e pelo seu elevado valor nutritivo. O fruto é rico em<br />
fibras, vitamina E, vitamina C e licopeno. 11 Conforme o IBGE, 12 a produção de goiaba no ano<br />
de 2010 foi de aproximadamente 316.363 toneladas e seu resíduo corresponde de 8% a 30%<br />
da massa total dos frutos beneficiados. Desta forma, grande quantidade de nutrientes é<br />
desperdiçado. 13, 14 Estudos evidenciam que a casca de goiaba apresenta maior teor de ácido<br />
ascórbico, fibras alimentares e até 1,7 vezes mais minerais que a polpa. 15,16 Comprovou-se<br />
também que a semente possui conteúdo significativo de ácidos graxos insaturados e matéria<br />
fibrosa (50-60%), além de apresentar até 9,8% de proteínas. 17-19 Porém são poucos os<br />
trabalhos que discriminaram individualmente o perfil da semente e da casca de goiaba, não<br />
sendo conclusivos sobre os benefícios destes resíduos para a saúde.<br />
Nesta perspectiva, o presente estudo tem por objetivo avaliar a influência das fibras<br />
alimentares oriundas de resíduos de goiaba (casca e semente) no metabolismo bioquímico e<br />
no trato gastrintestinal de ratos wistar.<br />
59
60<br />
MATERIAIS E MÉTODOS<br />
Para compor as rações experimentais foram utilizadas farinhas de cascas e de sementes<br />
de frutos do genótipo de polpa vermelha Psidium guajava "Paluma", produzidos na área<br />
experimental do colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (<strong>UFSM</strong>), Santa<br />
Maria - RS. As goiabas foram colhidas com ponto de maturação semelhante (antes da<br />
maturação completa), admitindo como padrão a aparência do produto, quando a casca estava<br />
amarelada e a polpa ainda firme. As farinhas foram produzidas depois dos frutos lavados um a<br />
um em água corrente, higienizados em solução diluída de hipoclorito de sódio e descascados<br />
manualmente. A separação das sementes foi feita através da utilização manual de peneiras<br />
(0,425mm) e retirado o excesso de água em estufa de circulação de ar (55°C/2h). Em seguida,<br />
a fração casca foi pré-seca em estufa de circulação de ar (55°C/72h). Posteriormente, cascas e<br />
sementes foram moídas em micromoinho (0,5mm a 0,3mm), resultando nas farinhas dos<br />
resíduos de goiaba. Com base na análise química das farinhas de casca e semente de goiaba<br />
(Tabela 1), formularam-se quatro dietas experimentais.<br />
Quatro dietas experimentais compuseram os tratamentos e foram formuladas mediante<br />
substituição total da celulose da ração basal purificada, 20 pelas farinhas dos resíduos<br />
selecionados. As dietas foram isocalóricas, isoproteicas, isolipídicas e isofibrosas, variando<br />
apenas as proporções de fibra insolúvel e solúvel (Tabela 2).<br />
Os tratamentos foram denominados de CONT (ração controle); TC (ração composta<br />
por 11,01% de casca de goiaba); TS (ração composta por 9,2% de semente de goiaba) e TCS<br />
(ração composta por 5,03% de casca e 5,03% de semente de goiaba).<br />
O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Bem-estar Animal da<br />
Universidade Federal de Santa Maria (<strong>UFSM</strong>) sob parecer de n° 005/2011, estando de acordo<br />
com os procedimentos éticos preconizados pelo Colégio Brasileiro de Experimentação
Animal (COBEA). No experimento foram utilizados 40 ratos machos (Rattus norvegicus<br />
Wistar albino), sendo 10 animais por tratamento, recém-desmamados, com peso médio geral<br />
de 47,92g. Os animais foram dispostos em gaiolas metabólicas individuais, equipadas com<br />
bebedouro, comedouro e bandeja para coleta de fezes, em local arejado com temperatura de<br />
22±2°C, sendo expostos a ciclos de claro/escuro de 12 horas cada um. Aos animais, foram<br />
ofertadas ração e água à vontade.<br />
O ensaio biológico foi realizado entre os meses de maio e junho de 2011, nas<br />
dependências do Laboratório de Ensaios Biológicos no Biotério Central da <strong>UFSM</strong>. O<br />
experimento teve duração de 33 dias, sendo que, durante os primeiros cinco dias, os animais<br />
foram submetidos a período de aclimatização ao ambiente e a dieta experimental (período pré-<br />
experimental).<br />
Durante o período experimental, diariamente, foi realizada a determinação da<br />
quantidade de ração consumida e a coleta de fezes. O peso corporal dos animais foi<br />
determinado a cada três dias. Esses dados e amostras foram coletados a fim de determinar<br />
consumo, ganho de peso, produção de fezes úmidas e secas, conversão alimentar,<br />
digestibilidade aparente da matéria seca, digestibilidade aparente de proteína, digestibilidade<br />
aparente da fibra alimentar, pH das fezes e excreção de nitrogênio nas fezes.<br />
Do 24° ao 28° dia de experimento, os animais foram selecionados aleatoriamente entre<br />
os tratamentos em grupos de 10 indivíduos para análise da concentração plasmática pós-<br />
prandial de glicose, sendo os animais submetidos à intervenção em um dia, excluídos na<br />
seleção seguinte. Após 12h de jejum, os animais receberam 2g de ração que foi totalmente<br />
consumida em prazo de 20 minutos. A glicemia de jejum de 15, 30, 60, 90 e 180 minutos após<br />
a ingestão foi determinada por coleta de sangue da veia caudal utilizando o aparelho Accu-<br />
Chek Active ® (Roche). Após a análise da curva glicêmica dos animais foi preservado um dia<br />
61
62<br />
de recuperação do estresse pelo jejum e pelo manuseio, para depois seguirem normalmente as<br />
coletas de dados e amostras do período experimental.<br />
No 30º dia experimental, realizou-se a determinação do tempo do primeiro<br />
aparecimento do marcador nas fezes realizada através da identificação da coloração do cromo.<br />
Primeiramente, os animais ficaram em jejum durante 24 horas e, logo em seguida, receberam<br />
20g das rações experimentais contendo 0,5% de óxido de cromo, sendo registrado o horário<br />
de início da ingestão da ração e a primeira excreção de fezes esverdeadas de cada indivíduo.<br />
Os procedimentos cirúrgicos, a coleta de material biológico e a eutanásia foram<br />
realizados nos animais em jejum de 12h. A dosagem sanguínea de glicose foi realizada por<br />
coleta de sangue da veia caudal utilizando o aparelho Accu-Chek Active ® (Roche). Para as<br />
demais análises bioquímicas a coleta de sangue foi realizada por punção cardíaca nos animais<br />
previamente anestesiados via intraperitoneal (tiopental sódico 50mg/Kg) e a eutanásia por<br />
dose letal do fármaco. Foram coletadas amostras de sangue heparinizado (Heparina -<br />
5.000UI/mL) e sem anticoagulante, imediatamente centrifugadas para obtenção do plasma e<br />
do soro, respectivamente, e então armazenadas sob refrigeração para posteriores análises<br />
bioquímicas.<br />
As determinações de umidade (105°C/12h), nitrogênio nas fezes e proteína (Micro-<br />
Kjeldahl) foram realizadas segundo metodologias descritas pela AOAC. 21 O pH fecal foi<br />
determinado em solução de 1g de fezes parcialmente secas (60°C/48h) em 10mL de água<br />
destilada. A análise de fibra foi realizada de acordo com o método enzimático gravimétrico<br />
991.43 da AOAC. 21 Para definir a conversão alimentar, foi observada a relação entre matéria<br />
seca ingerida e o ganho de peso dos animais. A digestibilidade aparente na matéria seca foi<br />
determinada como a proporção de alimento consumido não recuperado nas fezes, da mesma<br />
maneira foi avaliada a digestibilidade aparente proteica e digestibilidade aparente das fibras.<br />
Também foram determinadas as dosagens sanguíneas de colesterol total, lipoproteínas de alta
densidade (HDL), triglicerídeos, proteínas totais, albumina e ácido úrico através dos kits<br />
Labtest®. O peso dos órgãos, fígado, pâncreas, intestino e a gordura epididimal isolada foram<br />
calculados como g/100g de peso animal.<br />
O experimento foi conduzido em delineamento completamente casualizado. Os<br />
resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, sendo as médias dos tratamentos<br />
comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. As análises de correlação foram<br />
realizadas por método de Pearson.<br />
Parâmetros Fisiológicos<br />
RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
O consumo alimentar e o ganho de peso dos animais apresentaram resultados<br />
semelhantes entre os tratamentos avaliados, demonstrando que as fontes de fibra advindas do<br />
processamento da goiaba não provocam alterações no crescimento dos animais, quando<br />
comparadas a ração controle. Da mesma maneira, Monteiro, 22 em seu estudo com níveis<br />
diferentes de FI e FS advindos de aveia, não constatou alterações no consumo e ganho de<br />
peso. Estudos indicam que as fibras insolúveis causam diminuição do ganho de peso e<br />
conversão alimentar, 23 no entanto as dietas oferecidas apresentavam concomitantemente<br />
frações de fibra solúvel e insolúvel. Nesse aspecto, pressupõe-se que as proporções de fibra<br />
insolúvel e solúvel presentes foram adequadas, havendo interações entre as fibras<br />
proporcionando alterações nas suas propriedades físico-químicas, como capacidade de ligação<br />
catiônica, capacidade de hidratação, e/ou inibição de alguma porção fibrosa pela presença de<br />
outra fibra, de forma que não afetaram significativamente o aproveitamento dos nutrientes<br />
24, 25<br />
comparado ao controle.<br />
63
64<br />
A digestibilidade aparente da matéria seca foi significativamente maior no tratamento<br />
sem adição de resíduos (CONT) e menor nos tratamentos que continham resíduo de semente,<br />
TS e TCS (Tabela 4). A composição da matriz insolúvel da semente, mais complexa que a<br />
celulose presente na ração controle, dificultou o acesso das enzimas digestivas ao conteúdo<br />
interno das células (açúcares, proteína, polissacarídeos, etc) diminuindo a digestão desses<br />
nutrientes. Arruda et al. 1 enfatiza ainda que a lignina influencia negativamente na<br />
digestibilidade por dois mecanismos: a) impedindo que as enzimas dos microrganismos atuem<br />
nos polissacarídeos (incrustação); b) ligando-se covalentemente aos polissacarídeos. À fibra<br />
solúvel também pode ser atribuída essa depressão, quando a digestibilidade em TC foi<br />
significativamente menor que na dieta CONT. A porção solúvel está associada à maior<br />
viscosidade da digesta atuando como barreira física capaz de dificultar a ação de enzimas no<br />
bolo alimentar causando redução na digestão. 26 Diferenças que, no entanto, não resultaram em<br />
alteração no crescimento dos animais.<br />
A diferença da digestibilidade aparente proteica foi substancial na dieta controle,<br />
provavelmente pelo efeito da fonte de fibra adicionada nos demais tratamentos, eu pode<br />
causar menor digestibilidade total dos nutrientes, incluindo proteínas. A dieta TS resultou em<br />
valores intermediários de digestibilidade aparente da proteína. Essa formulação não foi<br />
suficientemente capaz de aumentar a retenção proteica pelo organismo como o controle,<br />
entretanto, sem maiores influências antinutricionais. A diminuição do coeficiente de DAP<br />
pode ser atribuída ao seu alto teor em fibra insolúvel oriundo da semente, vindo a interferir<br />
negativamente na digestão e na absorção de nutrientes como já observado. A menor<br />
digestibilidade aparente proteica dos tratamentos TCS e TC, que não diferiram entre si,<br />
supostamente foi causada pelo maior teor de pectinas da casca que tem maior potencial de<br />
ligação catiônica determinada pela CLC. A relação entre capacidade de ligação catiônica e<br />
digestibilidade proteica também foi observada por outros pesquisadores, como Retore, 27 que
avaliou o comportamento de polpa de citrus e casca de soja em ração para coelho observando<br />
que esta porção fibrosa pode ter influenciado negativamente na digestibilidade dos nutrientes,<br />
quelando/indisponibilizando cofatores de enzimas digestivas e sais biliares. Outro fator<br />
limitante é o valor aminoacídico inferior e/ou aos prováveis teores de nitrogênio insolúvel em<br />
detergente ácido (NIDA) da casca da goiaba que aumentaram com adição do resíduo a estas<br />
duas dietas. O aumento do NIDA promove queda na digestibilidade e pode ocorrer nas<br />
operações de preparo e de secagem da casca e é causado pela ação de enzimas do grupo das<br />
polifenoloxidases (reação de Maillard) responsável, principalmente, pelo escurecimento das<br />
cascas durante o seu processamento. 28<br />
A seletividade dos microrganismos da flora intestinal em fermentar fibras solúveis<br />
pode ser apontada como fator causal da maior digestibilidade das fibras no tratamento com<br />
maior resíduo da casca de goiaba. No intestino grosso, as porções solúveis são desdobradas<br />
em hexoses, pentoses e álcoois, sendo utilizadas como substratos das bactérias, que as<br />
degradam a ácido láctico, água, CO2, metano e ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). Os<br />
AGCC são absorvidos no cólon e metabolizados pelo fígado e outros tecidos periféricos,<br />
produzindo energia para o metabolismo animal. O butirato exerce efeito trófico sobre o<br />
epitélio intestinal, por estimular sua proliferação tanto no jejuno como no íleo e cólon. 29 Os<br />
colonócitos utilizam primeiro o butirato, seguido pelo acetato e propionato. Durante o<br />
processo fermentativo, são produzidos também corpos cetônicos, CO2 e água, os quais são<br />
muito importantes para o funcionamento da mucosa, uma vez que interferem em todo<br />
mecanismo funcional, como a produção de muco, absorção de íons, formação de bicarbonato<br />
e produção de energia. 30,31 Esse comportamento prebiótico favorece a proliferação de<br />
bactérias bífidas em detrimento de bactérias patogênicas, beneficiando a saúde do intestino. 32<br />
Pode-se explicar assim a correlação positiva (P
66<br />
(P
que CONT. Isso pode ser explicado pelo fato de que, apesar do TC apresentar maior teor de<br />
fibra solúvel e esta fração aumentar de forma significativa a microflora intestinal, a fibra<br />
insolúvel encontrada na semente, em combinação com a encontrada na casca (menos coesa),<br />
além de contribuir para o aumento da massa microbiana, também apresentou maior<br />
capacidade de hidratação, possibilitando maior volume de fezes. Após a secagem das fezes,<br />
TS perdeu menos massa fecal, devido à menor umidade que TCS e TC, assemelhando-se ao<br />
peso das fezes secas do TCS e permanecendo semelhante ao TC. Para o CONT, admite-se que<br />
a celulose possua pequena quantidade de grupos hidrofílicos que dificultam a hidratação<br />
explicando sua baixa hidratação. 34 As fezes secas condizem com os resultados da<br />
digestibilidade aparente da matéria seca, quando no tratamento controle maior digestibilidade<br />
resulta em menor eliminação de fezes e consequentemente a menor digestibilidade em TCS<br />
resultou em aumento de fezes secas. O maior peso das fezes secas em dietas com maior teor<br />
de fibra insolúvel, TS e TCS, confirma a menor digestibilidade dessa porção no trato<br />
gastrintestinal.<br />
O comportamento da fibra solúvel ainda pode explicar os diferentes reflexos da dieta<br />
sobre a acidificação fecal, quando a maior atividade bacteriana nos tratamentos TC e TCS<br />
possibilitou maior acidificação do meio (pH fecal = 6,55) e excreção de nitrogênio (TC=6,93<br />
> TCS=5,99), devido à produção dos ácidos orgânicos que além de fornecerem energia para o<br />
cólon, modulam a resposta imune e a flora intestinal. 35<br />
A correlação negativa (P
68<br />
que pode auxiliar no controle de doença renal crônica. 37 Enfatiza-se ainda que a presença de<br />
substâncias fermentáveis neutralizam efeitos deletérios baseada no crescimento rápido<br />
bacteriano através de fontes de nitrogênio como fenol, cresol, indol, aminas e amônia. 38<br />
O peso da gordura epididimal, do pâncreas e do fígado não foi influenciado pelo tipo<br />
de fibra ofertada. O maior peso dos rins na dieta controle pode ser explicado pela maior<br />
excreção de ácido úrico proveniente do catabolismo dos aminoácidos, provocando uma<br />
hipertrofia ou acúmulo de uratos no sistema renal.<br />
Parâmetros bioquímicos<br />
Observou-se que a combinação de fibras solúvel e insolúvel proposta na dieta TC foi<br />
capaz de modificar a curva glicêmica mantendo maior estabilidade da glicemia,<br />
proporcionando variação tênue após os 15’ (Figura 2). Provavelmente esta resposta possa ser<br />
atribuída à maior concentração de fibra solúvel, que forma uma camada superficial suave ao<br />
longo da mucosa do intestino delgado, agindo como barreira na absorção de alguns nutrientes<br />
e atrasando o metabolismo essencialmente dos açúcares. 39 Nesse âmbito, a combinação de<br />
fibras testada em TC mostrou-se favorável ao controle do quadro de diabetes, bem como pode<br />
evitar hiperinsulinemia pós-prandial, disfunção ou desregulação das células β pancreáticas.<br />
No entanto, existe dependência da dose utilizada de casca de goiaba para que o efeito<br />
hipoglicemiante ocorra. A dieta TCS, contendo fibra advinda da casca e da semente e CONT<br />
tiveram comportamentos semelhantes, no entanto o tratamento CONT apresentou a elevação<br />
da glicemia mais rapidamente, necessitando maior atividade das células β pancreáticas.<br />
Segundo Higgins et. al. 40 a fonte da fibra pode influenciar na resposta glicêmica/insulinêmica,<br />
devido às suas diferente propriedades físico-químicas.
A dieta TS (fibra advinda da semente) demonstrou o maior retardo no início de<br />
absorção da glicose, e a relação fibra insolúvel/solúvel permitiu o efeito hipoglicemiante<br />
quando se obteve a menor variação de glicemia. No entanto, o retardo da absorção não<br />
resultou em efeito contínuo de absorção lenta, havendo brusco aumento glicêmico, com pico<br />
glicêmico nos 60’.<br />
Ao avaliar a glicemia e o colesterol total, no final do experimento, a farinha da casca e<br />
da semente de goiaba não provocou efeitos hipoglicemiantes e hipocolesterolêmicos nos<br />
animais (Tabela 5). Vale ressaltar que os ratos alimentados com fibra oriunda da casca e da<br />
semente não tiveram a indução à hiperglicemia e que o tratamento TC tende a apresentar<br />
valores mais baixos de glicose e de colesterol. O comportamento da glicemia é condizente<br />
com estudo feito por Nunes et al., 41 testando a fibra da casca do maracujá após período<br />
experimental de 30 dias, sem resultados significativos. Esses resultados podem ser explicados<br />
pelo período experimental insuficiente para reproduzir mudanças no metabolismo da glicose e<br />
pela relação existente entre as frações lipídicas. No entanto, as fontes de fibras em teste<br />
podem ser utilizadas como substituto de fibra nas dietas sem comprometerem a normalidade<br />
da glicemia, mantida nos valores normais para a espécie, faixa de 50mg/dl a 120mg/dl,<br />
indiferentemente da dieta que consumiram. O comportamento do colesterol não alcança os<br />
resultados de Piedade e Canniatti-Brazaca 42 que, no mesmo espaço de tempo, demonstrou que<br />
o resíduo de abacaxi foi efetivo na diminuição do colesterol total. Coelho 43 , também, relatou<br />
resultados efetivos na diminuição de colesterol total e LDL-c com farinha de bagaço de maçã<br />
para idosos. Ele atribuiu a redução não somente às fibras, mas também aos teores de taninos e<br />
fenóis totais e a capacidade antioxidante dessa fruta.<br />
A fração de HDL-colesterol teve resultados satisfatórios, sendo a fibra oriunda da<br />
casca responsável pelo incremento, prioritariamente na dieta TC e em menor quantidade em<br />
TCS. Esses resultados estão de acordo com o trabalho de Piedade e Canniatti-Brazaca 42 que,<br />
69
70<br />
através da substituição da celulose por outra fonte de fibra, também obteveram maior valor de<br />
HDL. O tratamento com a fibra da semente assemelhou-se ao comportamento de fibras do<br />
resíduo de tomate do estudo de Friedman; Fitch e Levin 44 que não se mostrou diferente dos<br />
valores obtidos em animais alimentados com dietas contendo celulose. O aumento de HDL, a<br />
manutenção do colesterol total e a relação destes com o LDL, subsidia a afirmação de que a<br />
fibra da casca possibilitou a diminuição do LDL através das propriedades da fibra solúvel,<br />
prevenindo as doenças cardiovasculares. 45 A fração LDL é responsável pela formação de<br />
placas de ateroma que bloqueiam a passagem da corrente sanguínea, 46 assim, através da<br />
alimentação regular de dietas contendo casca de goiaba, é possível obter fibra solúvel<br />
suficiente para diminuir esse composto. As pesquisas demonstram que elas podem diminuir<br />
especificamente o colesterol LDL, pois estas fibras possuem a capacidade de absorver os<br />
ácidos biliares do duodeno, aumentando a mobilização deste colesterol para nova síntese de<br />
ácidos biliares, pelo fígado, para formação de bile. A formação de propionato pela<br />
fermentação bacteriana no cólon também exerce controle na síntese de colesterol diminuindo<br />
a síntese de colesterol pelo fígado, por inibir a enzima hidroximetilglutaril CoA-redutase. 47<br />
Os níveis de triglicerídeos foram maiores nos animais alimentados com os tratamentos<br />
controle e com adição de casca de goiaba, reduzindo significativamente quando a semente foi<br />
adicionada como fonte de fibra nas dietas. Sirtori et al. 48 atribui ao perfil de ácidos graxos,<br />
com alto teor de poli-insaturados, mudanças nos triglicerídeos séricos. Esse fato explica os<br />
resultados expostos, uma vez que é considerável o teor de ácidos graxos poli-insaturados nas<br />
sementes de goiaba, com maior ocorrência dos ácidos graxos linoleico e o oleico. 19<br />
Nota-se que a menor digestão proteica das fibras oriundas do resíduo da goiaba não<br />
alterou a qualidade da proteína, pois não houve diferença nos valores séricos de proteína nas<br />
dietas estudadas. A albumina apenas apresentou níveis inferiores nas análises em ratos que<br />
consumiram a ração TCS comparado à ração controle. Concentrações séricas de albumina são
o marcador comumente utilizado para avaliar o estado nutricional. A ingestão alimentar<br />
insuficiente causa redução de 50% na síntese hepática de albumina logo nas primeiras 24<br />
horas, 49 demonstrando que a nutrição dos ratos de TCS não afetou drasticamente os níveis de<br />
albumina, apresentando média de queda de 4,4%. Segundo Malafaia; Martins e Silva, 50 a<br />
albumina é sintetizada no fígado e a diminuição de sua quantidade no plasma, pode ser<br />
produto de uma doença hepática. No entanto, não foi verificada anomalia metabólica. No que<br />
tange à avaliação da massa desse órgão, também não houve alteração que afirmasse essa<br />
disfunção.<br />
A concentração de ácido úrico é decorrente da catálise de nucleotídeos com<br />
degradação de purinas. Estudos têm demonstrado que a quantidade e a qualidade das<br />
proteínas presentes na dieta afetam a produção de ácido úrico. 51 Portanto, a correlação<br />
positiva (p
72<br />
também influencia positivamente em parâmetros de suma importância para a manutenção da<br />
saúde e da prevenção de doenças: constituição das fezes, pH fecal, nitrogênio fecal, peso do<br />
intestino, tempo de trânsito fecal, concentração plasmática de HDL e triglicerídeos, assim<br />
como manteve a concentração de glicose dentro dos níveis normais de glicemia.<br />
Desta forma, a fibra da casca e da semente de goiaba, usualmente desperdiçadas, pode<br />
auxiliar na escolha de alternativas com vista ao controle de parâmetros bioquímicos relevantes<br />
e ainda intervir na constipação intestinal auxiliando na evacuação normal e frequente.
LITERATURA CITADA<br />
1. Arruda, A. M. V.; Pereira, E. S.; Mizubuti, I. Y.; Silva, L. D. F. Importância da fibra na<br />
nutrição de coelhos. Sem. Ciênc. Agr. 2003, 24, 181-190.<br />
2. Raupp, D. S; Paula, S. H.; Rosa, D. A.; Caldi, C. M.; Cremasco, A. C. V.; Banzatto, D.A.<br />
Arraste via fecal de Nutrientes da Ingestão Produzido por Bagaço de Mandioca<br />
Hidrolizado. Sci. Agric. 2002, 59, 235 - 242.<br />
3. Salgado, J. M. Pharmacia de Alimentos, 5ª ed, São Paulo: Editora Madras, 2001.<br />
4. Gutkoski, L. C.; Trombetta, C. Avaliação dos teores de fibra alimentar e de beta-glicanas<br />
em cultivares de aveia (Avena sativa L). Ciênc. Tecnol. Aliment. 1999, 19, 387-390.<br />
5. Caruso, L.; Lajolo, M. F.; Menezes, E. W. Modelos esquemáticos para avaliação da<br />
qualidade analítica dos dados nacionais de fibra alimentar. Ciênc. Tecnol. Aliment. 1999,<br />
19, 406 - 412.<br />
6. Innocente, L. R.; Leite, J. I. A. Alimentos Funcionais e Atividade Física. Rev. Pulsar.<br />
2010, 2, 1 – 9.<br />
7. Krause, L. L. K. Alimentos, Nutrição & Dietoterapia, 9ª ed, São Paulo: Editora Roca,<br />
2002.<br />
8. Lima, S.C.V.C.; Arrais, R.F.; Pedrosa, C.F. Avaliação da dieta habitual de crianças e<br />
adolescentes com sobrepeso e obesidade. Rev. Nutr. 2004, 17, 469 - 477.<br />
9. Karam, K. M.; Barboza, L. M. V. Estudo dos hábitos alimentares na educação de jovens e<br />
adultos. Portal da Secretaria da Educação do Paraná, 2010. Disponível em:<br />
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/ arquivos/968-4.pdf. Acessado em<br />
20/10/2011.<br />
10. Martins, C. R.; Farias, R. M. Produção de alimentos X desperdícios: tipos, causas e como<br />
reduzir perdas na produção agrícola - Revisão. Rev. Fac. Zoot. Vet. Agr. 2002, 9, 83 - 93.<br />
11. Monteiro, S. Esperança das goiabas. Revista Frutas e Derivados. 2006, 03, 27 – 30.<br />
12. IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO <strong>DE</strong> GEOGRAFIA E ESTATISTICA. Pesquisa<br />
Agricola Municipal. Disponivel em www.sidra.ibge.gov.br – Acessado em: 30 de<br />
novembro de 2011.<br />
13. Mantovani, J. R.; Corrêa, M. C. M.; Da Cruz, M. C. P.; Ferreira, M. E. E.; Natale, W.<br />
Uso fertilizante de resíduo da indústria processadora de goiabas. Rev. Bras. Frutic. 2004,<br />
26, 339-342.<br />
14. Silva, J. D. A. Composição química e digestibilidade in situ de semente de goiaba<br />
(Psidium guajava L.). 1999. 34f. Dissertação (Mestrado em Produção Animal) –<br />
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 1999.<br />
73
74<br />
15. Munhoz, C. L. Efeito das condições de extração sobre o rendimento e características da<br />
pectina obtida de diferentes frações de goiaba CV Pedro Sato. Dissertação (Mestrado) –<br />
Universidade Federal de Goiás. Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos, 2008.<br />
57p. Goiânia-GO, 2008.<br />
16. Kohatsu, D. S.; Evangelista, R. M.; Leonel, S. Características de qualidade da casca,<br />
polpa e miolo de goiaba em diferentes estádios de Maturação. Rev. Cultivando o Saber.<br />
2009, 2, 86-91.<br />
17. Fontanari, G. G.; Jacon, M. C.; Pastre, I. A.; Fertonani, F. L.; Neves, V. A.; Batistuti, J.<br />
P. Isolado protéico de semente de goiaba (Psidium guajava): caracterização de<br />
propriedades funcionais. Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Campinas, 27(supl.): 73-<br />
79, ago. 2007.<br />
18. Prassad N. B. L.; Azeemoddin, G. Characteristics and composition of guava (Psidium<br />
guajava L.) seed and oil. J. Am. Oil Chem. Soc. 1994, 71, 457-458.<br />
19. Santos, C. X. Caracterização físico-química e análise da composição química da semente<br />
de goiaba oriunda de resíduos agroindustriais. / Cristina Xavier dos Santos. – Itapetinga,<br />
BA: UESB, 61p. 2011.<br />
20. Reeves, P. G.; Nielsen, F. H.; Fahey Jr., G. C. AIN-93 purified diets for laboratory<br />
rodents: final report of the American Institute of Nutrition ad hoc writing committee on<br />
the reformulation of the AIN-76A rodent diet. J Nutr. 1993, 23,1939-1951.<br />
21. AOAC – Association of Official Analytical Chemists. Official Methods of Analysis of<br />
the AOAC International. 16th ed., supplement 1998. Washington: AOAC, 1018p. 1995.<br />
22. Monteiro, F. Diferentes proporções de fibra insolúvel e solúvel de grãos de aveia sobre a<br />
resposta biológica de ratos. Dissertação (mestrado). Universidade Federal de Santa Maria<br />
(<strong>UFSM</strong>). 42p. Santa Maria-RS, 2005.<br />
23. Choct, M.; Annison, G. Anti-nutritive activity of wheat pentosans in broiler diets. Br.<br />
Poult. Sci. 1990, 31, 811-821.<br />
24. Johanse, H. N.; Knudsen, K. E.; Sandström, B. ; Skjoth, F. Effects of varying content of<br />
soluble dietary fibre from wheat flour and oat milling fractions on gastric emptying in<br />
pigs. Br. J. Nutr. 1996, 75, 339-351.<br />
25. Monro, J. A. Evidence-based food choise: the need for new measures of food effects.<br />
Trends Food Sci. Tech. 2000, 11, 136-144.<br />
26. Almirall, M.; Esteve-Garcia, E. Rate of passage of barley diets with chromium oxide:<br />
influence of age and poultry strain and effect ok β-glucanase supplementation. Poult. Sci.<br />
1994, 73, 1433-1440.<br />
27. Retore, M. Caracterização da fibra de co-produtos agroindustriais e sua avaliação<br />
nutricional para coelhos em crescimento.2007. 69f. Dissertação (Mestrado em Ciência e<br />
Tecnologia de Alimentos) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2009.
28. Clementino, R. H. Utilização de subprodutos agroindustriais em dietas de ovinos de<br />
corte: consumo, digestibilidade, desempenho e características de carcaça. Tese de<br />
Doutorado em Zootecnia. Universidade Federal do Ceará. 116p. Fortaleza, Ceará. 2008.<br />
29. Kumar, C. M.; Rachappaji, K. S.; Nandini, C. D.; Sambaiah, K.; Salimath, P. V.<br />
Modulatory effect of butyric acid - a product of dietary fiber fermentation in<br />
experimentally induced diabetic rats. J. Nutr. Biochem. 2002, 13, 522-527.<br />
30. Jones, P. J. H.; Kubow, S. Lipídios, esteróis e seus metabólitos. In: Shils, M. E; Olson, J.<br />
A.; Shike, M.; Ross, A. C. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. 9ª ed. São<br />
Paulo: Manole; p. 83-84. 2003.<br />
31. Li, J.; Wang, J.; Kaneko, T.; Qin, L. Q.; Sato, A. Effects of fiber intake on the blood<br />
pressure, lipids, and heart rate in Goto Kakizaki rats. Nutr. 2004, 20, 1003-1007.<br />
32. Cozzolino, S. M. F. Biodisponibilidade de nutrientes. Barueri, SP: Manole, 2005.<br />
33. Passos, L. M. L.; Park, Y. K. Frutooligossacarídeos: implicações na saúde humana e<br />
utilização em alimentos. Ciênc. Rural. 2001, 33, 385-390.<br />
34. Stephen, A. M.; Cummings, J. H. Water-holding by dietary fibre in vitro and its<br />
relationship to faecal output in man. Gut. 1979, 20, 722-729.<br />
35. Brouns, F.; Kettlitz, B.; Arrigoni, E. Resistant starch and “the butyrate revolution”.<br />
Trends Food Sci. Tech. 2002, 13, 251-261.<br />
36. Demigné, C.; Rémésy, C. Influence of unrefined potato starch on cecal fermentations ans<br />
volatile fatty acid absorption in rats. J. Nutr. 1982, 112, 2227-2234.<br />
37. Younes, H.; Demigné, C.; Behr, S.; Rémésy, C. Resistant starch exerts a lowering effect<br />
on plasma urea by enhancing urea N transfer into the large intestine. Nutr. Res. 1995, 15,<br />
1199-1210.<br />
38. Tharanathan, R. N. Food-derived carbohydrates – Structural complexity and functional<br />
diversity. Crit. Rev. Biotechnol. 2002, 22, 65-84.<br />
39. Hernandez, T.; Hernandez, A.; Martinez, C. Concepto, propiedades y metodos de<br />
analisis. Rev. Alimentaria. 1995, 4, 19-30.<br />
40. Higgins, J. A.; Higbee D. R.; Donahoo, W. T.; Brown, I. L; Beel, M. L.; Bessesen, D. H.<br />
Resistant starch consumption promotes lipid oxidation. Nutr. Metab. 2004, 1(8):1-11.<br />
41. Nunes, D. V. ; Moura, F. A. ; Amaral, S. A. ; Lameiro, M. G. S. ; Costa, M. D. ; Helbig,<br />
E. Efeito da farinha de casca de maracujá amarelo (Passiflora alata) na glicemia de ratos.<br />
In: XVI Congresso de iniciação científica e XI Encontro de pós-graduação, 2007,<br />
Pelotas. XVI Congresso de iniciação científica e XI Encontro de pós-graduação, 2007.<br />
42. Piedade, J.; Canniatti-Brazaca, S. G. Comparação entre o efeito do resíduo do<br />
abacaxizeiro (caules e folhas) e da pectina cítrica de alta metoxilação no nível de<br />
colesterol sanguíneos em ratos. Ciênc. Tecnol. Alim. 2003, 23, 149-156.<br />
75
76<br />
43. Coelho, L. M. Potencial da farinha de bagaço de maçã no tratamento dietoterápico de<br />
pessoas idosas. 2007. 110 f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de<br />
Alimentos)–Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2007.<br />
44. Friedman, M.; Fitch, T. E.; Levin, C. E.; Yokoyama, W. H. Feeding tomatoes to hamster<br />
reduces their plasma low-density-lipoprotein cholesterol and triglycerides. J. Food Sci.<br />
2000, 65, 897-900.<br />
45. Jenkins, D. J. A., Kendall, C. W. C.; Vuksan, V.; Vidgen, E.; Parker, T.; Faulkner, D.;<br />
Mehling, C. C.; Garsetti, M.; Testolin, G.; Cunnane, S. C.; Ryan, M. A.; Corey, P. N.<br />
Soluble fiber intake at a dose approved by the US Food and Drug Administration for a<br />
claim of health benefits: serum lipid risk factors for cardiovascular disease assessed in a<br />
randomized controlled crossover trial. Am. J. Clin. Nutr. 2002, 75, 834 - 839.<br />
46. Pimentel, C. V. M. B.; Francki, V. M.; Gollücke, A. P. B. Alimentos funcionais:<br />
Introdução às principais substâncias bioativas em alimentos. São Paulo: Livraria Varela,<br />
2005.<br />
47. Gregorio, S. R.; Areas, M. A.; Reyes, F. G. R. Dietary fibers and cardiovascular disease.<br />
J. Braz. Soc. Food Nutr. 2001, 22, 109-120.<br />
48. Sirtori, C. R.; Lovati, M. R.; Manzoni, C.; Castiglioni, S.; Duranti, M.; Magni, C.;<br />
Morandi, S.; D´Agostina, A. D.; Arnoldi, A. Proteins of white lupin seed, a naturally<br />
isoflavone-poor legume, reduce cholesterolemia in rats and increase LDL-receptor<br />
activity in hepG2 cells. J. Nutr. 2004, 134, p. 18-23.<br />
49. Rothschild, M. A.; Oratz, M.; Schreiber, S. S. Albumin synthesis. N. Engl. J. Med. 1972,<br />
286, 748-750.<br />
50. Malafaia, G.; Martins, R. F.; Silva, M. E. Avaliação dos efeitos, em curto prazo, da<br />
eficiência protéica nos parâmetro físicos e bioquímicos de camundongos vivos. SaBios:<br />
Rev. Saúde e Biol. 2009, 4, 21-33.<br />
51. Breslau, N. A., Pak, C. Y. C. Lack of effect of salt intake on urinary uric acid excretion.<br />
J. Urol. 1983, 129, 531-532.<br />
52. Leningher, A.L.; Nelson, D.L.; Cox, M.M. Lehninger: princípios de bioquímica. 3. ed.<br />
975p. São Paulo: Editora Sarvier, 2002.<br />
53. Champe, Pamela C.; Harvey, Richard A.; Ferrier, Denise R. Bioquímica ilustrada. 4. ed.<br />
Porto Alegre: Artmed, 2009.<br />
Nota: Agradecimento à Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível<br />
Superior (CAPES), ao suporte financeiro na forma de bolsa de mestrado, ao Conselho<br />
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelas bolsas de produtividade<br />
em pesquisa da Professora Leila Picolli da Silva e pela bolsa de iniciação científica.
Tabela 1. Composição química da farinha da casca e da semente de goiaba empregadas no<br />
ensaio biológico.<br />
Composição Casca Semente<br />
............% da matéria seca...........<br />
Proteína Bruta 4,40 9,60<br />
Fibra Total 54,49 64,73<br />
Fibra Insolúvel 39,47 59,60<br />
Fibra Solúvel 15,03 5,13<br />
Cinzas 3,42 0,82<br />
Lipídios 1,27 11,3<br />
Carboidratos 36,42 13,55<br />
Umidade 13,93 5,87<br />
Tabela 2. Composição (g/Kg) das rações experimentais elaboradas fornecidas aos ratos.<br />
Ingredientes CONT TC TS TCS<br />
Caseína 200 199 191 194<br />
Sacarose 100 76 86,5 76,8<br />
Óleo de soja 70 73 65 70<br />
Celulose microcristalina 50 0 0 0<br />
Amido 529,5 491,4 515 508<br />
Mix Mineral* 35 35 35 35<br />
Mix Vitamínico** 10 10 10 10<br />
L-Metionina 3 3 3 3<br />
Bitartarato de colina 2,5 2,5 2,5 2,5<br />
Casca de goiaba 0 110,1 0 50,35<br />
Semente de goiaba 0 0 92,0 50,35<br />
Composição das Rações<br />
Fibra alimentar (%) 6,02 6,29 6,31 6,33<br />
Fibra insolúvel (%) 5,90 4,56 5,81 5,21<br />
Fibra solúvel (%) 0,12 1,73 0,50 1,12<br />
Proteína (%) 21,12 21,12 21,08 21,08<br />
Energia Bruta (kcal) 3733,1 3680,4 3695,0 3692,5<br />
Tabela 3. Ganho de peso no período, consumo médio diário e conversão alimentar dos<br />
animais em resposta ao consumo de rações com casca de goiaba (TC), semente (TS), casca +<br />
semente (TCS) e ração padrão (CONT).<br />
Parâmetros CONT TC TS TCS<br />
Ganho de peso (g) 134,71±9,11 ns<br />
77<br />
129,01±12,51 ns 141,19±13,32 ns 132,66±13,25 ns<br />
Consumo médio (g) 17,00±1,15 ns 17,33±1,00 ns 17,2±0,76 ns 17,52±0,75 ns<br />
Conversão alimentar 3,43±0,35 ns 3,78±0,29 ns 3,42±0,21 ns 3,72±0,33 ns<br />
Resultados expressos em média ± desvio padrão.<br />
ns: Não significativo, na linha, pelo teste de Tukey ao nível 5% de significância
78<br />
Tabela 4. Efeito das diferentes fontes de fibra, advindas da casca e da semente de goiaba,<br />
sobre a digestibilidade aparente da matéria seca (DA), digestibilidade aparente proteica<br />
(DAP), digestibilidade aparente da fibra alimentar (DAFA), tempo de aparecimento (TAP),<br />
produção de fezes úmidas (FU), produção de fezes secas (FS), pH fecal, nitrogênio fecal<br />
(NF), peso do intestino, gordura epididimal, pâncreas, rim e fígado, expressos em g/100g de<br />
peso corporal.<br />
Parâmetros CONT TC TS TCS<br />
DA (%) 92,69±0,33 a 91,93±0,26 b 91,53±0,28 c 91,27±0,42 c<br />
DAP (%) 90,06±0,81 a 85,68±0,79 c 88,35±0,51 b<br />
86,68±0,60 c<br />
DAFA (%) 22,46±3,10 b 32,20±2,52 a 20,79±1,49 b 24,01±3,16 b<br />
TAP (t) 6,62±0,60 b 8,74±0,53 a 6,82±0,75 b 8,40±0,97 a<br />
FU (g) 1,71±0,17 c 2,19±0,28 ab 1,99±0,08 b 2,38±0,17 a<br />
FS (g) 1,24±0,07 c 1,40±0,08 b 1,46±0,05 ab 1,53±0,07 a<br />
pH 6,89±0,16 a 6,55±0,12 c 6,71±0,12 b 6,55±0,08 c<br />
NF (%) 5,37±0,22 c 6,93±0,15 a 5,43±0,13 c 5,99±0,19 b<br />
Intestino 4,50±0,42 ab 5,08±0,93 a 4,33±0,32 b 4,87±0,46 ab<br />
Gordura epididimal 1,42±0,25 ns 1,31±0,32 ns 1,17±0,34 ns 1,31±0,14 ns<br />
Pâncreas 0,45±0,05 ns 0,46±0,07 ns 0,43±0,06 ns 0,42±0,01 ns<br />
Rim 0,76±0,02 a 0,75±0,02 ab 0,72±0,01 b 0,72±0,02 b<br />
Fígado 3,52±0,83 ns 3,69±0,56 ns 3,47±0,72 ns 3,42±0,41 ns<br />
Resultados expressos em média ± desvio padrão.<br />
ns= Amostras não diferem estatisticamente<br />
As médias seguidas de diferentes letras, na linha, diferem significativamente pelo teste de Tukey ao nível 5% de<br />
significância.<br />
Tabela 5. Concentração de colesterol total (COLT), HDL, triglicerídeos (TGL), glicose,<br />
proteínas totais (PROT), albumina, ácido úrico dos animais após condicionamento a rações<br />
com casca de goiaba (TC), semente (TS), casca+semente (TCS) e ração controle (CONT).<br />
Parâmetros CONT TC TS TCS<br />
COLT (mg/dL) 77,24±1,89 ns 74,82±4,60 ns 77,31±0,63 ns 74,89±1,59 ns<br />
HDL (mg/dL) 53,77±4,30 bc 63,76±5,69 a 51,29±2,91 c 57,41±1,61 b<br />
TGL (mg/dL) 71,89±5,56 a 71,00±3,40 a 59,63±3,81 b 63,88±5,71 b<br />
Glicose (mg/dL) 92,56±11,10 ns 87,11±14,19 ns 89,89±13,95 ns 89,00±9,25 ns<br />
PROT (g/dL) 5,82±0,49 ns 5,72±0,67 ns 5,45±0,65 ns 5,58±0,59 ns<br />
Albumina (g/dL) 3,19±0,14 a 3,14±0,061 ab 3,11±0,054 ab 3,05±0,12 b<br />
Ácido Úrico (mg/dL) 1,91±0,058 a 1,37±0,11 c 1,49±0,092 b 1,16±0,071 d<br />
Resultados expressos em média ± desvio padrão.<br />
ns= Amostras não diferem estatisticamente<br />
As médias seguidas de diferentes letras, na linha, diferem significativamente pelo teste de Tukey ao nível 5% de<br />
significância.
Figura 1. Digestibilidade aparente da fibra alimentar dos ratos alimentados com diferentes<br />
fontes de fibra, oriundas de resíduo de goiaba.<br />
Figura 2. Concentração plasmática pós-prandial de glicose em resposta ao consumo de rações<br />
com diferentes fontes de fibra.<br />
79
80<br />
3.3 Artigo 3<br />
(Configuração conforme normas da Revista Instituto Adolfo Lutz – ANEXO C)<br />
QUALIDA<strong>DE</strong> NUTRICIONAL E ACEITABILIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> BARRAS <strong>DE</strong><br />
CEREAIS FORMULADAS COM CASCA E S<strong>EM</strong>ENTE <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong><br />
NUTRITIONAL QUALITY AND ACCEPTABILITY OF CEREAL BARS<br />
AD<strong>DE</strong>D OF PEEL AND SEED OF GUAVA<br />
Bruna Sampaio ROBERTO 1 *<br />
Leila Picolli da SILVA 2 ‒ leilasliva@yahoo.com.br<br />
Fernanda Teixeira MACAGNAN 1 ‒ femacagnan@yahoo.com.br<br />
Marília BIZZANI 3 ‒ maribizzani@hotmail.com<br />
Ana Betine Beutinger BEN<strong>DE</strong>R 4 ‒ betinebender@hotmail.com<br />
*Autor para correspondência:<br />
Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciência Rurais, Departamento de Zootecnia,<br />
Laboratório de Piscicultura.<br />
Av. Roraima s/n, Campus Universitário, Santa Maria, RS, Brasil. CEP 97105900<br />
E-mail: bruna_sampaio@ymail.com Telefone: (55)32208365<br />
3<br />
1 Mestranda no Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos (PPGCTA), Departamento<br />
de Tecnologia e Ciência dos Alimentos, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.<br />
2 Departamento de Zootecnia, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.<br />
3 Aluna da Graduação de Tecnologia em Alimentos, Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos<br />
(DTCA), Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.<br />
4 Aluna da Graduação de Farmácia, Departamento de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Maria,<br />
Santa Maria, RS, Brasil.
RESUMO<br />
O trabalho foi conduzido com objetivo de avaliar a utilização de resíduo de goiaba (casca e<br />
semente) na formulação de barras de cereais com qualidade nutricional, fonte de fibras e boa<br />
aceitabilidade sensorial. Foram formuladas quatro barras de cereais com proporções crescentes de<br />
resíduos de goiaba em substituição à aveia, flocos de arroz e gergelim (B15% – 15% de resíduos nos<br />
ingredientes secos, B30% - 30% de resíduos nos ingredientes secos, B50% - 50% de resíduos nos<br />
ingredientes secos, Padrão – sem resíduos). As formulações foram analisadas quanto aos teores de<br />
umidade, cinzas, proteínas, lipídeos, carboidratos totais e fibra alimentar. Adicionalmente, realizaram-<br />
se os testes de aceitabilidade e ordenação de preferência. As formulações apresentaram em média<br />
10,93% de umidade, 60,55% de carboidratos, 9,62% de lipídeos, 8,41% de proteínas e 1,38% de<br />
cinzas. A adição de resíduos às barras de cereais aumentou o teor de fibras e apresentou aceitabilidade<br />
satisfatória em todos os atributos sensoriais sem influência significativa da proporção de resíduos,<br />
exceto na textura, quando B50% proporcionou menores médias. Adicionalmente, não houve<br />
preferência por formulações específicas. A adição de resíduos proporcionou produto com qualidade<br />
nutricional, incremento de fibras alimentares e aceitabilidade sensorial, contribuindo para valorização<br />
de partes do fruto desperdiçadas pelas agroindústrias.<br />
Palavras-chave: Resíduo agroindustrial, barra de cereal, composição química, análise<br />
sensorial.<br />
81
82<br />
ABSTRACT<br />
This study was conducted to evaluate the use of guava waste (peel and seed) in the<br />
formulation of cereal bars with nutritional quality, good fiber source and sensory<br />
acceptability. Were formulated four cereal bars with increasing proportions of guava waste<br />
instead of oats, rice flakes and sesame (B15% - 15% of waste into the dry ingredients, B30% -<br />
30% of waste into the dry ingredients, B50% - 50 % of waste into the dry ingredients,<br />
Standard - without "waste"). The formulations were analyzed for moisture, ash, protein,<br />
lipids, total carbohydrates and dietary fiber. Additionally, tests of acceptability and preference<br />
ordering were performed. The formulations had an average of 10.93% moisture, 60.55%<br />
carbohydrate, 9.62% lipid, 8.41% protein and 1.38% ash. The addition of waste in cereal bars<br />
increased the level of fiber and showed satisfactory acceptability in all sensory attributes. Was<br />
not observed significant influence of the proportion of waste, except in texture, when B50%<br />
provided lower mean. Additionally, there was no preference for specific formulations. The<br />
addition of waste in cereal bars provides products with nutritional quality, increased dietary<br />
fiber and sensory acceptability, contributing to recovery of parts of the fruit wasted by<br />
agroindustries.<br />
Keywords: Agroindustrial waste, cereal bar, chemical composition, sensory analysis.
INTRODUÇÃO<br />
A demanda por alimentos nutritivos, seguros e balanceados está crescendo<br />
mundialmente, e a ingestão de alimentos balanceados é a maneira correta de evitar ou mesmo<br />
corrigir problemas de saúde, como obesidade, diabetes, desnutrição, cardiopatias, entre<br />
outros, os quais têm origem, em grande parte, nos erros alimentares 1, 2 .<br />
As barras de cereais podem atender a esta tendência já que são elaboradas a partir da<br />
extrusão da massa de cereais de sabor adocicado e agradável, fonte de fibras, vitaminas, sais<br />
minerais, proteínas e carboidratos digestíveis 2 . A expansão do mercado de barras de cereais<br />
vem se mostrando favorável até agora e no contexto de produtos saudáveis tem levado a<br />
indústria alimentícia à diversificação de sabores e atributos dos mesmos 3 . O crescimento da<br />
comercialização desse produto é o resgate por hábitos alimentares saudáveis, bem como da<br />
recomendação do consumo regular de fibras por nutricionistas e órgãos oficiais. Este<br />
incentivo é baseado na constatação de que esse nutriente, embora não forneça energia, é<br />
responsável por alterações benéficas nas funções gastrointestinais, regulando os níveis<br />
plasmáticos de glicose, colesterol e triglicerídeos 4,5,6,7 , desta forma, controlando e/ou<br />
prevenindo certas enfermidades crônicas e degenerativas 7 . Em uma dieta equilibrada, sua<br />
ingestão pode reduzir o risco de algumas doenças, como as coronarianas e certos tipos de<br />
câncer 8 .<br />
Admitindo atributos sensoriais e benefícios à saúde, é pertinente reportar a<br />
necessidade em pesquisar novos ingredientes alimentícios, que permitam melhorar<br />
características nutritivas a baixo custo e ampla aplicabilidade industrial. Nesse contexto, as<br />
indústrias beneficiadoras de frutas produzem grandes quantidades de resíduos que podem ser<br />
aplicados em benefício da saúde humana 9 , por apresentarem elevadas taxas de proteínas,<br />
fibras, minerais e vitamina C 10,11 . Além disso, o aproveitamento racional de tais resíduos<br />
83
84<br />
contribuirá para redução de seu descarte inadequado, minimizando os efeitos poluentes ao<br />
meio ambiente 12 .<br />
A goiaba (Psidium guajava) pode ser considerada uma alternativa viável para a<br />
transformação de seus resíduos agroindustriais em produtos comercializáveis, devido ao seu<br />
alto valor nutritivo em relação aos flocos de arroz, gergelim e aveia, constituintes<br />
normalmente utilizados em barras de cereais, à sua excelente aceitação do consumo in natura,<br />
às suas características de sabor apreciadas para o consumo 13 e, sobretudo, pela facilidade de<br />
manipulação de seus resíduos 14 . Considerando o exposto, este trabalho foi conduzido com a<br />
proposta de avaliar a utilização do residual industrial de goiaba (casca e semente) na<br />
formulação de barra de cereais como fonte de fibras, produto sólido com mínimo de 3% 15 , e<br />
aceitação sensorial satisfatória.<br />
Matéria-Prima<br />
MATERIAL E MÉTODOS<br />
Para extração de casca e sementes de goiaba, foram utilizados frutos do genótipo de<br />
polpa vermelha Psidium guajava "Paluma", produzidos na área experimental do Colégio<br />
Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (<strong>UFSM</strong>), Santa Maria - RS.<br />
Os frutos, colhidos no início da maturação, foram lavados um a um em água corrente.<br />
Posteriormente, em solução preparada com 10mL de hipoclorito de sódio (2,5%) em um litro<br />
de água, os frutos foram submersos durante 15 minutos, em seguida foram enxaguados a fim<br />
de retirar os resíduos de cloro, separados manualmente em casca e sementes. Em seguida, as<br />
frações casca e semente foram pré-secas em estufa de circulação de ar (55 o C) por 72h e 2h,<br />
respectivamente. Posteriormente, essas porções foram moídas em micromoinho (0,5mm a<br />
0,3mm). O material foi armazenado em sacos plásticos, sob congelamento, até o momento da
confecção das barras de cereais. A composição química dos resíduos utilizados está descrito<br />
na Tabela 1.<br />
Os ingredientes complementares para a elaboração das barras de cereais (xarope,<br />
açúcar, gordura, lecitina de soja, castanha, flocos de arroz, aveia, gergelim, uva passa,<br />
essência de baunilha e chocolate) foram obtidos no comércio da cidade de Santa Maria, RS.<br />
Elaboração das barras de cereais<br />
Foram elaboradas formulações de barra de cereais com crescentes proporções de<br />
substituição das fontes de fibras (flocos de arroz, aveia e gergelim) de uma formulação padrão<br />
de barra de cereal, por farinha de casca de goiaba e farinha de semente de goiaba, obedecendo<br />
a proporção de 50% para cada porção de resíduo, perfazendo 15%, 30% e 50% de substituição<br />
dos ingredientes secos. As formulações teste foram desenvolvidas a fim de obter um produto<br />
com maior aporte de fibras e com características sensoriais aceitáveis.<br />
Como ingredientes para elaboração das barras de cereal, foram utilizados, além dos<br />
resíduos de goiaba, xarope de milho, gordura vegetal, açúcar, lecitina, castanha, flocos de<br />
arroz, aveia, gergelim, uva passa, essência de baunilha e chocolate (Tabela 2).<br />
Inicialmente a castanha, flocos de arroz, aveia e gergelim foram “tostados” em forno a<br />
180°C durante 15 minutos. Após, aqueceu-se o xarope, gordura vegetal, açúcar e lecitina em<br />
fogo brando até atingir “ponto de fio”. Incorporaram-se os ingredientes “tostados”, a essência,<br />
as farinhas de casca e de semente de goiaba aos componentes que foram ao fogo, misturando<br />
bem todos os ingredientes. Colocou-se a massa em forma refratária coberta com papel<br />
vegetal, para prensagem até espessura de aproximada de 1,5 cm e moldagem, deixando-a<br />
firme e lisa. O chocolate derretido em banho-maria foi colocado sobre essa massa, que, após<br />
repouso por cerca de 3h, foi cortada em cubos e embalada em papel alumínio. As barras de<br />
85
86<br />
cereais foram elaboradas com formato e sabor de maneira a torná-las atrativas, com boas<br />
características organolépticas e semelhantes ao produto convencional encontrado no mercado.<br />
Caracterização química das formulações de barras de cereais<br />
A determinação da composição química das formulações teste e padrão foi realizada<br />
de acordo com métodos analíticos propostos pela AOAC 16 em triplicata, no qual a matéria<br />
seca foi realizada em estufa a 105ºC durante 12h. As cinzas foram obtidas por meio da<br />
incineração em mufla a 550°C por 5h. O teor de proteína bruta foi determinado pelo método<br />
de Kjeldahl (N x 6,25). O teor de fibra alimentar foi determinado conforme o método<br />
enzimático-gravimétrico 991.43, obtendo-se as frações de fibra alimentar total, solúvel e<br />
insolúvel nas amostras, sendo que o conteúdo de fibra solúvel foi determinado observando-se<br />
a diferença entre fibra total e insolúvel.<br />
O teor de lipídeos foi determinado pelo método de Bligh e Dyer 17 , os carboidratos<br />
foram estimados por diferença, subtraindo-se de cem os valores obtidos para umidade,<br />
proteínas, lipídios, fibra alimentar e cinzas. Para determinar o valor energético das barras de<br />
cereais, foram considerandos os fatores de conversão de Atwater segundo Wilson, Santos e<br />
Vieira 18 de 4 kcal/g de proteína, 4 kcal/g de carboidrato e 9 kcal/g de lipídeo.<br />
Análise Sensorial<br />
As formulações com resíduo de goiaba foram submetidas aos testes: afetivo de<br />
aceitação e de ordenação quanto à preferência. Os testes foram realizados em sala com<br />
cabines individuais, no laboratório de Análise Sensorial do Departamento de Tecnologia e<br />
Ciência dos Alimentos da <strong>UFSM</strong>, conduzido em grupo de 50 adultos não treinados, de ambos<br />
os sexos. No teste afetivo de aceitação 19 as amostras foram apresentadas separadamente e<br />
codificadas com número de três dígitos aleatórios. O grupo de provadores avaliou cada
amostra quanto aos atributos aparência, aroma, sabor, textura (sensação na boca), utilizando<br />
uma escala hedônica de 7 pontos (1 = desgostei muitíssimo, 4 = indiferente e 7 = gostei<br />
muitíssimo), além de avaliar a aceitação global do produto, atribuindo uma nota desta mesma<br />
escala.<br />
O teste de ordenação quanto à preferência 20 foi realizado em dia distinto da primeira<br />
análise. Nesse teste, as três amostras codificadas aleatoriamente foram apresentadas ao<br />
provador para que ele as ordenasse conforme a intensidade de sua preferência de forma geral<br />
(menos preferida a mais preferida).<br />
Para a avaliação sensorial, o projeto foi submetido à aprovação do Comitê de Ética em<br />
Pesquisa – <strong>UFSM</strong>, reconhecido pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa –<br />
(CONEP/MS), sendo aprovado (CAAE: 0171.0.243.000-11) em seus aspectos éticos e<br />
metodológicos de acordo com as Diretrizes estabelecidas na Resolução 196/96 e<br />
complementares do Conselho Nacional de Saúde.<br />
Análise estatística<br />
Os dados das análises químicas e afetivo de aceitação das formulações de barras de<br />
cereais foram expressos por meio de média, desvio-padrão e submetidos à análise de variância<br />
(ANOVA). A análise comparativa dos resultados foi realizada por meio do teste de Tukey ao<br />
nível de significância de 5%, utilizando-se o software SPSS versão 8.0. O teste de ordenação<br />
por preferência foi avaliado através do teste de Friedman, utilizando a tabela de Newell e<br />
MacFarlane 20 para verificar se existe diferença entre as amostras.<br />
RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
Composição química das formulações de barra de cereal<br />
87
88<br />
Na Tabela 3, é possível visualizar os resultados da análise química das barras de<br />
cereais formuladas com 15%, 30% e 50% de substituição das fontes de fibra por casca e<br />
semente de goiaba, assim como a composição da formulação padrão (sem acréscimo dos<br />
resíduos).<br />
A umidade das formulações testadas variaram entre 9,14% a 13,71%, apresentando<br />
valores estatisticamente inferiores aos da formulação padrão (14,5%), mas todas em<br />
concordância com o valor de 15% controlado pela legislação: Resolução CNNPA nº12 de<br />
1978, referente aos produtos à base de cereais 21 . Através dos resultados obtidos por Gutkoski<br />
et al. 1 , observa-se que a umidade de barras de cereais aumenta com as reduções de açúcar e da<br />
concentração de fibra alimentar, ratificando a menor umidade para amostras contendo casca e<br />
sementes de goiaba, que incrementaram a porção fibrosa das barras.<br />
Analisando os nutrientes, as formulações teste apresentaram comportamento favorável<br />
na maioria dos parâmetros avaliados, principalmente analisando o crescimento no valor de<br />
fibra alimentar. As formulações teste apresentaram valores de cinzas, que correspondem aos<br />
teores de minerais, superiores ao valor da formulação padrão, assemelhando-se aos<br />
encontrados na literatura para barras de cereais, cujos valores em g.100g -1 foram 1,13 22 ; 1,40 a<br />
1,61 23 ; 1,18 a 1,21 24 . O fator desencadeante do melhor aporte de minerais foi a casca utilizada<br />
nas substituições, com 3,42% de minerais, aliado ao baixo teor de minerais presente no arroz<br />
e na aveia, uma vez que o conteúdo de cinzas totais em cereais podem variar de 0,3 a<br />
3,3g/100g -125 . Considerando a disposição de proteínas nas formulações, casca e semente<br />
proporcionaram aumento de 1,63% a 9,43% no aporte proteico, comparado à formulação<br />
padrão. Esse efeito se deve ao maior teor de proteínas da semente, substituta dos flocos de<br />
arroz que apresentam menor teor proteico. Os resultados são maiores quanto à formulação<br />
apresentada por Guimarães e Silva 26 e Silva et al. 27 e menores que as formulações com polpa<br />
de Baru 28 .
Ao observar os lipídios, fração mais calórica dos constituintes presentes nos alimentos,<br />
a quantidade presente é avaliada com maior rigor, em especial quando se trata de alimentos<br />
funcionais ou de reduzido valor calórico 1 . A formulação padrão apresentou valor lipídico<br />
superior aos valores das formulações teste, que não diferiram entre si. Este alto valor<br />
encontrado pode ser explicado pela maior concentração de aveia nesta formulação visto que<br />
esta contribui com conteúdo de óleo entre 4,00 e 11,00% 29 e pelo alto teor de lipídios do<br />
gergelim representando em torno de 50% de sua composição 30 .<br />
As barras de cereais apresentaram elevação no teor de fibras à medida que se<br />
aumentou o percentual de resíduos, favorecendo as formulações B30% e B50%, não diferindo<br />
a formulação B15% do padrão. Ressalta-se a importância desses resultados sabendo da<br />
carência do consumo de fibras pela população e de que várias doenças, como câncer de cólon<br />
e do reto, câncer de mama, diabetes, aterosclerose, apendicite, doença de Crohn, síndrome do<br />
intestino irritável, hemorroidas e diverticulite têm sido relacionadas com uma baixa ingestão<br />
de fibras alimentares 1 . Os elevados teores de fibras alimentares permitem afirmar que as<br />
barras de cereais estudadas apresentam a alegação de alimento funcional, pois se obtiveram<br />
formulações classificadas como ricas em fibras alimentares, de acordo com a legislação<br />
brasileira 15 , que exige mínimo de 6 g de fibras/100g (para alimentos sólidos) para tal<br />
classificação. As formulações testadas apresentaram teor de fibras alimentares de 2 a 3,8<br />
vezes superior aos valores reportados por Guimarães e Silva 26 , trabalhando com murici-passa<br />
e banana-passa. Ao comparar as barras de cereais já existentes no mercado, como as de frutas<br />
vermelhas com chocolate, que possuem 4,9g de fibras em porção de 25g (tamanho<br />
convencional de uma barra de cereal), as propostas de B30% e B50% fornecem 5,0g e 6,1g<br />
fibras por unidade de 25 gramas, respectivamente, atendendo às expectativas do consumidor.<br />
Adicionalmente, a ingestão de uma unidade de 25g de qualquer produto testado perfaz, no<br />
89
90<br />
mínimo, 12% da ingestão diária necessária, admitindo a formulação B15% e a ingestão diária<br />
recomendada de 30g (Recommended Dietary Allowances (RDA) : 25g à 30g) 31 .<br />
Deve-se salientar o ponto crucial deste aumento da fibra alimentar que ocorreu devido<br />
ao incremento notório das fibras insolúveis nas formulações teste. O teor variou de 8,23% a<br />
19,22% entre os produtos testados, potencializado com o maior incremento de casca e<br />
semente em vista de serem materiais ricos na porção insolúvel das fibras. Essa porção das<br />
fibras age sobre a motilidade e sobre o tônus da musculatura do cólon, regulando o tempo de<br />
permanência do seu conteúdo e aumentando o volume fecal 32 . De fato, o aumento de volume<br />
de fezes reduz o tempo de trânsito, corrige a constipação e inibe o aparecimento de alterações<br />
patológicas no intestino e no cólon, prevenindo, o aparecimento de hemorroidas ou de câncer<br />
ligado à presença de substâncias carcinogênicas estacionadas nessa fração do intestino por<br />
tempo mais ou menos longo, tais como NH3 e ácidos biliares degradados 33 . A porção solúvel,<br />
responsável por retardar o esvaziamento gástrico, a absorção da glicose e por reduzir o<br />
colesterol no soro sanguíneo 34,35 , não teve resposta na substituição das fontes de fibras por<br />
ingredientes secos de casca e semente de goiaba, embora a formulação B15% tenha<br />
apresentado valores numericamente maiores. Resultados semelhantes podem ser explicados<br />
pela alta representatividade da fibra solúvel, como β-glicanas na aveia 36 . Por outro lado, a<br />
formulação B30% teve a melhor relação fibras solúveis/insolúveis, que, conforme Figuerola<br />
et al. 37 , a relação recomendada para uma boa dieta é de 1:2. Com base apenas nessa relação, a<br />
aplicabilidade dietética dessa formulação seria melhor indicada.<br />
Como observado na Tabela 3, houve decréscimo do valor calórico à medida que se<br />
adicionou resíduos da industrialização da goiaba às formulações, perfazendo redução<br />
energética de 11,2% a 20,4%, o que foi decorrente do incremento de fibras nas formulações.<br />
Em estudo de Silva et al. 27 , avaliando barra de cereal com resíduo de maracujá, o<br />
comportamento foi condizente com o presente estudo, encontrando valores de 363,9 e 344,2
kcal.100g -1 , sendo a barra com adição de fibras advindas do resíduo capaz de reduzir o valor<br />
calórico do produto em 5,4%.<br />
Análise sensorial<br />
Análise Sensorial é uma metodologia destinada a avaliar a aceitação de produtos no<br />
mercado, pesquisando os gostos e as preferências de consumidores. Com base nos resultados,<br />
é possível medir, avaliar e interpretar a percepção sensorial em relação ao produto analisado.<br />
O teste realizado pelo grupo de 50 adultos não treinados demonstrou boa aceitabilidade das<br />
formulações testadas para todas as características avaliadas.<br />
Não houve diferença significativa nos atributos testados, exceto na textura, entre as<br />
formulações de barras de cereais, mostrando grande similaridade entre as formulações. Esse<br />
fato demonstra que a casca e a semente adicionadas na barra de cereal acentuam a textura das<br />
barras, porém não são suficientes para alterar substancialmente os outros atributos sensoriais,<br />
admitindo produtos com boa qualidade sensorial e com a vantagem de possuírem apelo<br />
funcional (maior aporte de fibra).<br />
Nota-se que o possível escurecimento enzimático e caramelização dos açúcares não<br />
afetaram a aceitabilidade quanto à cor das barras. O aroma condizente com a casca da goiaba<br />
foi visivelmente aceito pelos provadores oscilando entre médias de 5,78 a 5,80, valores esses<br />
entre 1 e 7.<br />
O sabor é uma das características principais para a boa aceitação. Nesse parâmetro,<br />
preconiza-se que a formulação conserve as características particulares do produto tradicional,<br />
no caso barra de cereal. As formulações desenvolvidas obtiveram as menores médias em<br />
relação ao sabor, comportamento também analisado em barras de cereais com resíduo de<br />
maracujá 13 . As médias variaram entre 5,42 e 5,60, sem diferenças significativas, indicando<br />
que o maior aporte de fibras e o aumento da adstringência das barras, atribuído à presença de<br />
91
92<br />
taninos 38 , ao incorporar o resíduo nas formulações, interferiram de forma similar na<br />
aceitabilidade do sabor das formulações.<br />
A textura pode ser designada como atributo físico, perceptível pelos receptores<br />
mecânicos, táteis e eventualmente pelos receptores visuais e auditivos. Segundo Bourne 39 ,<br />
esse parâmetro é o principal fator de rejeição em um produto e, neste estudo, foi o único<br />
parâmetro que apresentou diferença significativa, admitindo que a maior quantidade<br />
adicionada de resíduos, B50%, altera a textura da formulação, ainda que na escala utilizada de<br />
1 a 7 esta concentração testada não desclassifique o produto, com média de 5,06 que equivale<br />
a “gostei moderadamente”. Os valores discrepantes quanto à textura relacionam-se com o<br />
maior percentual de fibras, que segundo Izzo e Niness 2 , a adição de fibra na formulação<br />
normalmente aumenta a dureza das barras de cereais, afetando diretamente sua textura e,<br />
possivelmente, com a adstringência proporcionada pelos taninos.<br />
Analisando a aceitação global, as médias ficaram acima da intersecção que classifica<br />
as formulações como aceitáveis. Visivelmente as formulações são favoráveis em relação à<br />
formulação proposta por Silva et al. 27 com resíduo de maracujá o qual sofreu alteração<br />
negativa significativa na avaliação global com a maior adição (40%) de resíduo.<br />
Os resultados obtidos no presente trabalho demonstraram que as formulações<br />
propostas apresentam viabilidade tecnológica, de forma a garantir qualidade organoléptica,<br />
além de serem condizentes com as exigências dos consumidores atuais que desejam produtos<br />
com qualidade sensorial, nutricional, e que agreguem benefícios à saúde, com baixo custo.<br />
Na avaliação sensorial pelo teste de ordenação, comparando-se os módulos da<br />
diferença com a diferença mínima significativa (DMS) de 24, conforme a tabela de Newell e<br />
MacFarlane 20 , não houve diferença estatística significativa entre as amostras ao nível de 5% de<br />
significância (dados não apresentados).
Para melhor visualização dos resultados, o número de vezes escolhido em cada ordem<br />
foi transformado em escala percentual na construção do gráfico de perfil de preferência<br />
(Figura 4). Assim, verificou-se que a amostra B15% ficou em primeiro lugar o maior número<br />
de vezes, porém a formulação com maior incidência nas mais preferidas foi observada na<br />
amostra B30%, a qual, embora tenha sido mais frequentemente escolhida como preferência<br />
secundária, poucas vezes foi escolhida como a pior amostra, ratificando os resultados<br />
encontrados na aceitação global dos produtos.<br />
CONCLUSÃO<br />
Os resultados obtidos neste trabalho permitem concluir que os percentuais de resíduo<br />
da industrialização da goiaba (casca e semente) utilizados aliam viabilidade tecnológica e<br />
nutricional às formulações de barra de cereal, apresentando incremento no teor de fibra<br />
alimentar, baixo valor lipídico e calórico, características organolépticas satisfatórias de modo<br />
que garantiram boa aceitação pelos provadores. Permite-se concluir também que o maior teor<br />
de casca e sementes nas barras de cereais não afetam a preferência dos consumidores.<br />
Portanto, essas constatações tornam-se satisfatórias à medida que destacam novas<br />
fontes de fibras, desenvolvimento de novos produtos funcionais com baixo custo e potencial<br />
solução para o descarte de resíduos agroindustriais de goiaba.<br />
AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />
À Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior<br />
(CAPES), ao suporte financeiro na forma de bolsa de mestrado, ao Conselho Nacional de<br />
93
94<br />
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelas bolsas de produtividade em<br />
pesquisa da Professora Leila Picolli da Silva e pela bolsa de iniciação científica.<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
1. Gutkoski LC, Bonamigo JMA, Teixeira DMF, Pedó I. Desenvolvimento de barras de<br />
cereais à base de aveia com alto teor de fibra alimentar. Ciênc. Tecnol. Alim. 2007;<br />
27(2): 355-63.<br />
2. Izzo M, Niness, K. Formulating Nutrition Bars with Inulin and Oligofructose. Cer Foods<br />
World. 2001; 46(3):102-05.<br />
3. Sampaio CRP, Ferreira, SMR, Canniatti-brazaca SG. Perfil sensorial e aceitabilidade de<br />
barras de cereais fortificadas com ferro, Alim Nutr. jan./mar. 2009; 20(1):95-106.<br />
4. López G, Ros G, Rincón F, Periago MJ, Martínez C, Ortuño J. Propiedades funcionales<br />
de la fibra dietética. Mecanismos de acción en el tracto gastrintestinal. Arch Latinoam<br />
Nutr. 1997; 47(3):203-07.<br />
5. Penteado, R.L.B. Fibras vegetais na alimentação humana. Bol SBCTA. 1995; 15(3):279-<br />
302.<br />
6. Schinell, M. Efectos de la fibra dietética sobre la absorción de glucosa. Boletim<br />
Informativo de la Riare. 1995; (5):22-30.<br />
7. Stella R. Fibras para seu intestino. 2004. Disponível em: http://www1.uol.com.br/<br />
cyberdiet/colunas/010921_nut_fibra_intestino.htm.<br />
8. Anjo, DFC. Alimentos funcionais em angiologia e cirurgia vascular. J. Vasc Br. 2004;<br />
3(2):145-54.<br />
9. Silva filho JCS, Armelin MAJA, Silva AG. Determinacao da composicao mineral de<br />
subprodutos agroindustriais utilizados na alimentação animal pela tecnica de ativacao<br />
neutronica. Pesq Agrop Bras. 1999; 34(2):235-41.<br />
10. Pereira FM, Carvalho CA, Nachtigal JC. Seculo XXI: nova cultivar de goiabeira de dupla<br />
finalidade. Rev Bras Frutic. 2003; 25(3):498-500.<br />
11. Uchoa AMA, Costa JMC, Maia GA, Silva <strong>EM</strong>C, Carvalho AFFU, Meira TR. Parâmetros<br />
Físico-Químicos, Teor de Fibra Bruta e Alimentar de Pós Alimentícios Obtidos de<br />
Resíduos de Frutas Tropicais. Seg Alim Nutr. 2008; 15(2):58-65.<br />
12. Neto ACG, Silveira A.; Pezzato, L. E.; Barros, M. M.; Padovani, C. R. 1988 Subproduto<br />
da indústria de gelatina como sucedâneo protéico na alimentação da Tilápia do Nilo. In:<br />
SIMPÓSIO LATINOAMERICANO <strong>DE</strong> AQÜICULTURA, 6. 1988.
13. Silva DS. Estabilidade de suco tropical de goiaba (Psidium guajava L.) não-adoçado<br />
obtido pelos processos de Enchimento a quente e asséptico. [Dissertação]. 98p. Fortaleza:<br />
Universidade Federal do Ceará; 2007.<br />
14. Neiva JNM, Vieira NF, Pimentel JCM, Gonçalves JS, Oliveira Filho GS, Lôbo RNB et<br />
al. Avaliação do valor nutritivo de silagens de capim elefante (Pennisetum purpureum)<br />
com diferentes níveis de subproduto da goiaba In: 39a Reunião Anual da Sociedade<br />
Brasileira de Zootecnia, Recife. Anais, SBZ. 2002. CD ROM.<br />
15. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria nº 27, de<br />
13 de janeiro de 1998. Regulamento técnico referente à informação nutricional<br />
complementar. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, p. 1-3. Brasília, 16 jan.<br />
1998. Disponível em Acesso<br />
em: out de 2010.<br />
16. Association Of Official Analytical Chemists (AOAC). Official Methods of Analysis of<br />
the AOAC International. 16th ed., Supplement 1998. 1018p. Washington: 1995.<br />
17. Bligh EG, Dyer W. J. A rapid method of total lipid extraction and purification. Can J<br />
Biochem Physiol. 1959; (37): 911-917.<br />
18. Wilson ED, Santos AC, Vieira EC. Energia. In: Dutra-de-Oliveira, JE, Santos AC,<br />
Wilson ED, editors. Nutrição básica. São Paulo: Sarvier; 1982. p. 79 - 97.<br />
19. Chaves JBP, Sproesser RL. Práticas de laboratório de análise sensorial de alimentos e<br />
bebidas. 1ª ed. Viçosa: UFV; 2002.<br />
20. Associação brasileira de normas técnicas (ABNT). NBR 13170. Teste de ordenação em<br />
análise sensorial. Rio de Janeiro, 1994.<br />
21. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução<br />
CNNPA n. 12, de 1978: Normas Técnicas Especiais. Disponível em:<br />
. Acesso em: março de 2010.<br />
22. Brito IP, Campos JM, Sousa TFL, Wakiyama C, Azeredo GA. Elaboração e avaliação<br />
global de barras de cereais caseira. Bol Centro Pesqui Process Aliment. 2004; 22(1):35-<br />
50.<br />
23. Dutcosky SD, Grossman MVE, Silva RSSF, Welsch AK. Combined sensory optimization<br />
of a prebiotic cereal product using multicomponent mixture experiments. Food chem.<br />
Article in press. 2005; 1 - 9. Disponível em: http://www.sciencedirect.com>. Acesso em<br />
29 0ut. 2011<br />
24. Bueno ROG, Características de qualidade de biscoitos e barras de cereais ricos em fibra<br />
alimentar a partir de farinha de semente e polpa de nêspera. [dissertação]. Setor de<br />
Tecnologia: Universidade Federal do Paraná; 2005.<br />
25. Cecchi HM, Fundamentos Teóricos e Práticos de Análise de Alimentos. 2ª ed. Campinas:<br />
UNICAMP; 2003.<br />
95
96<br />
26. Guimarães MM, Silva MS. Qualidade nutricional e aceitabilidade de barras de cereais<br />
adicionadas de frutos de murici-passa. Rev Inst Adolfo Lutz. 2009; 68(3): 426-433.<br />
27. Silva IQ, Oliveira BCF, Lopes AS, Pena RS. Obtenção de barra de cereal dicionada do<br />
resíduo industrial de maracujá. Alim e Nutr. abr/jun 2009; 20(2):321-329.<br />
28. Lima JCR, Freitas JB, Czeder LP, Fernandes DC, Naves MV. Qualidade microbiológica,<br />
aceitabilidade e valor nutricional de barras de cereais formuladas com polpa e amêndoa<br />
de baru. Bol Centro Pesqui Process Aliment. 2010; 28(2): 331-43.<br />
29. Sarantópoulos CIGL, Oliveira LM, Canavesi E. Requisitos de conservação de alimentos<br />
em embalagens flexíveis. Campinas: CETEA / ITAL, 2001.<br />
30. Vieira JD. Cultivo de gergelim. Brasília. Centro de apoio ao Desenvolvimento<br />
Tecnológico – CDT/uNb, 2007<br />
31. Committee On Dietary Allowances, Food And Nutrition Board. Recommended Dietary<br />
Allowances (RDA), 10th revised edition, National Academy of Science (NAS),<br />
Washington D.C., 1989<br />
32. Read NW. Dietary and bowel transit. In Vahouny, G.V.; Kritchevsky, D.: Dietary Fiber.<br />
Basic ans clinical aspects. Plenum Press, N.York and London, 1986, págs. 81-100.<br />
33. Pourchet-Campos MA. Fibra: A fração que desafia os estudiosos. Rev Alim Nutr. 1990;<br />
2: 53-63.<br />
34. Anderson JW. Tratamento nutricional do Diabetes Mellitus. In: Shils ME, Olson JA,<br />
Shike M. Ross AC. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. 9ª ed. p. 1473-5.<br />
São Paulo: Manole; 2003.<br />
35. Henriques GS, Scorsin NT, Cassim ALO, Simeone MLF. Avaliação da influência<br />
dietética de uma ração à base de mix de fibras sobre a glicemia e o perfil metabólico de<br />
lipídios em ratos wistar. Rev Méd Res. Abr/jun 2008; 10(258):58-66.<br />
36. Fujita AH, Figueroa MOR. Composição centesimal e teor de β-glucanas e cereais e<br />
derivados. Rev Ciênc Tecnol Alim. maio/ago 2003; 23(2): 116-20.<br />
37. Figuerola F, Hurtado ML, Estévez AM, Asenjo ICFA. Fibre concentrates from apple<br />
pomace and citrus peel as pontential fi bres sources for food enrichment. Food Chem.<br />
2005; 91(3): 395-401.<br />
38. Iha MS, Migliato KF, Vellosa JCR, Sacramento LVS, Pietro RCLR, Isaac VLB et al.<br />
Estudo fitoquímico de goiaba (Psidium guajava L.) com potencial antioxidante para o<br />
desenvolvimento de formulação fitocosmética. Braz J Pharmac. 2008; 18(3): 387-93.<br />
39. Bourne MC. Food texture and viscosity: Concept and Measurement. Cornell University,<br />
Geneva, New York. Academic Press. May 1986.
Tabela 1. Composição química da farinha da casca e da semente de goiaba.<br />
Parâmetros Casca Semente<br />
........% da material seca.......<br />
Proteína 4,4 9,6<br />
Fibra Total 54,49 64,73<br />
Fibra Insolúvel 39,46 59,59<br />
Fibra Solúvel 15,03 5,13<br />
Lipídios 1,27 11,3<br />
Cinzas 3,42 0,82<br />
Umidade 13,93 5,87<br />
97
98<br />
Tabela 2. Formulação utilizada na elaboração das barras de cereal.<br />
INGREDIENTES Padrão B15% B30% B50%<br />
XAROPE <strong>DE</strong> AGLUTINAÇÃO g%<br />
Xarope 31,00 31,00 31,00 31,00<br />
Gordura 1,20 1,20 1,20 1,20<br />
Açúcar 5,30 5,30 5,30 5,30<br />
Lecitina 1,00 1,00 1,00 1,00<br />
Total Xarope 38,5% 38,5% 38,5% 38,5%<br />
INGREDIENTES SECOS g%<br />
Castanha 1,00 1,00 1,00 1,00<br />
Flocos 24,00 19,96 15,50 10,00<br />
Aveia 24,00 19,20 15,50 9,80<br />
Gergelim 4,00 3,20 2,40 1,20<br />
Uva passa 1,10 1,10 1,10 1,10<br />
Casca pó 0,00 4,82 9,30 15,49<br />
Semente pó 0,00 4,82 9,30 15,50<br />
Essência 0,20 0,20 0,20 0,20<br />
Chocolate 7,20 7,20 7,20 7,20<br />
Total ing. secos 61,5% 61,5% 61,5% 61,5%
Tabela 3. Composição química das formulações de barras de cereais elaboradas.<br />
B15% B30% B50% Padrão<br />
Umidade 9,14±0,16 d 13,71±0,09 b 9,94±0,16 c 14,50±0,07 a<br />
Cinzas 1,28±0,00 c 1,41±0,01 b 1,45±0,01 a 1,13±0,01 d<br />
Proteína 8,08±0,26 ab 8,70±0,05 a 8,46±0,08 ab 7,95±0,14 c<br />
Lipídios 9,50±0,17 b 10,13±0,86 b 9,22±0,46 b 12,75±0,22 a<br />
Fibra Total 15,41±3,51 ab 19,94±3,22 a 24,71±2,95 a 7,6±0,37 b<br />
Fibra Insolúvel 8,23±1,51 bc 14,45±1,27 ab 19,22±3,82 a 4,46±0,09 c<br />
Fibra Solúvel 7,18±1,99 ns 5,48±1,93 ns 5,49±0,87 ns 3,1±0,28 ns<br />
Carboidratos 65,72±3,94 ab 59,80±4,02 ab 56,14±2,58 b 70,55±0,44 a<br />
Valor Calórico 380,73±13,19 b 365,21±8,51 b 341,43±14,15 b 428,72±0,39 a<br />
ns: não significativo (p ≤ 0,05)<br />
Médias com letras iguais na mesma linha não diferem entre si (p ≤ 0,05) pelo teste de Tukey<br />
Resultados expressos em base úmida (média ± desvio padrão).<br />
Teor de carboidratos calculado por diferença excluindo as fibras.<br />
Valor calórico expresso em kcal/100g da barra de cereal.<br />
99
100<br />
Tabela 4. Valores médios da aceitabilidade referentes a cor, aroma, sabor, textura e aceitação<br />
global em formulações de barras de cereais.<br />
Médias B15% B30% B50%<br />
Cor 5,78±0,79 ns<br />
5,64±0,80 ns 5,58±0,95 ns<br />
Aroma 5,80±0,76 ns 5,78±0,81 ns 5,80±1,07 ns<br />
Sabor 5,58±1,27 ns 5,60±1,03 ns 5,42±1,07 ns<br />
Textura 5,70±0,99 a 5,96±0,86 a 5,06±1,08 b<br />
Aceitação Global 5,68±0,91 ns 5,72±0,72 ns 5,52±0,78 ns<br />
ns: médias não diferem significativamente pelo teste de Tukey a 5% de significância.<br />
Médias com letras diferentes na mesma linha diferem entre si (p ≤ 0,05) pelo teste de Tukey
Figura 1. Frequência das ordens das formulações de barras de cereais pela avaliação dos<br />
provadores.<br />
101
4 DISCUSSÃO GERAL<br />
Visando à elevada produção de resíduo agroindustrial da goiaba e à possibilidade deste<br />
material conter nutrientes e propriedades tecnológicas, foram avaliados em farinha de casca e<br />
semente de goiaba parâmetros de composição química, capacidade de hidratação, capacidade<br />
de ligação ao cobre, capacidade de ligação à gordura e sinérese.<br />
Em relação aos resultados da farinha de semente, constatou-se conteúdo proteico<br />
expressivamente maior ao valor de proteína na farinha da casca. Conforme Fontanari et al.<br />
(2007), a semente de goiaba é considerada uma ótima fonte alternativa de proteína e possui<br />
propriedades funcionais similares a outras sementes que vêm sendo utilizadas como<br />
ingrediente alimentar. O estudo verificou quantidades significantes de fibras alimentares, com<br />
percentual de 54,49% e 64,73% de fibra total para casca e semente, respectivamente. O<br />
benefício dela está na prevenção de uma série de doenças no trato intestinal, e na redução dos<br />
riscos de doenças, como diabetes e o colesterol elevado (RAUPP et al, 2002; SALGADO,<br />
2001). Dentre as fibras insolúveis, a semente foi majoritária perfazendo 59,59% da MS, e a<br />
casca 39,46%, viabilizando o resíduo como fonte deste nutriente. Esta porção aumenta a<br />
motilidade intestinal, diminui o tempo de trânsito no cólon, aumentando assim a frequência da<br />
evacuação e melhorando ou prevenindo a constipação (INNOCENTE; LEITE, 2010;<br />
COPPINI, 2004). Por acelerarem o trânsito fecal, agem reduzindo a formação e o consequente<br />
contato de agentes cancerígenos com a mucosa intestinal (HASS et. al., 2007). Esses<br />
benefícios levam ao incentivo de modificações dietéticas planejadas, com aumento de<br />
ingestão de fibra alimentar, podendo aliviar sintomas, corrigir deficiências nutricionais e<br />
minimizar a causa primária da dificuldade gastrintestinal (LAJOLO; SAURA-CALIXTO,<br />
2001). A fibra solúvel pôde ser encontrada em maior concentração na casca. Ela aumenta a<br />
viscosidade do conteúdo intestinal, reduz o colesterol e também apresenta efeito metabólico<br />
no trato gastrintestinal retardando o esvaziamento gástrico e o tempo de trânsito intestinal<br />
(CARUSO; LAJOLO; MENEZES, 1999). A casca apresentou valores ínfimos de gordura<br />
comparada à semente. O alto valor de lipídios na semente se deve ao considerável teor de<br />
ácidos graxos poli-insaturados, com maior ocorrência dos ácidos graxos linoleico e oleico<br />
(PRASAD; AZE<strong>EM</strong>ODDIN, 1994; SANTOS, 2011).<br />
O teor mineral variou de 0,82% para a semente e 3,42% para a casca. Prasad e<br />
Azeemoddin (1994), avaliando a semente, obtiveram valores próximos, 0,93%. Os valores
104<br />
relatados por Munhoz et al. (2008) quanto ao teor mineral na casca, de 3,38%, também foram<br />
próximos ao encontrado neste estudo.<br />
A capacidade de ligação à gordura relaciona-se com a capacidade da fibra em unir-se a<br />
substâncias no intestino, como ácidos e sais biliares e colesterol. O valor de CLG encontrado<br />
na casca da goiaba foi expressivamente maior que na semente, potencializando sua utilização<br />
na tentativa de redução do colesterol sanguíneo, bem como viabilizando o uso como<br />
estabilizante de emulsões. (SOUZA; FERREIRA; VIEIRA, 2008; ZARAGOZA; PÉREZ;<br />
NAVARRO, 2001). A capacidade de hidratação está relacionada com o teor de fibras solúveis<br />
presentes no alimento. A casca da goiaba possui maior capacidade de hidratação que a<br />
semente do fruto, facilmente explicado pelo expressivo teor de fibras solúveis na casca. Os<br />
efeitos tecnológicos da CH, propriedades mais notórias na casca, relacionam-se com a<br />
capacidade de formar géis, aumentar a viscosidade e assim influenciar na textura do produto e<br />
na estabilidade da emulsão (DIEPNMAAT-WOLTERS et al., 1993).<br />
Embora ambos os materiais analisados apresentem CLC elevada, a casca teve melhor<br />
comportamento, demonstrando uma melhor capacidade de formar complexos insolúveis com<br />
os mais variáveis íons, aumentando sua excreção fecal (ZARAGOZA; PÉREZ; NAVARRO,<br />
2001). A casca, tendo maior representatividade em relação à pectina, a qual representa 65%<br />
da FS, pode ser eficiente tanto para a saúde humana, ao promover complexação de metais,<br />
como para a indústria alimentícia, podendo ser empregada na geleificação de alimentos com<br />
baixo teor de açúcar, como fibra dietética solúvel, espessante e estabilizante em alimentos.<br />
Ao se optar pelo ensaio biológico em ratos para refletir o potencial destes resíduos<br />
como fonte de fibras pôde-se vislumbrar a possibilidade do controle de parâmetros<br />
bioquímicos relevantes e ainda a contribuição para a saúde intestinal.<br />
O consumo alimentar e o ganho de peso dos animais apresentaram resultados<br />
semelhantes entre os tratamentos avaliados, demonstrando que as fontes de fibra advindas do<br />
processamento da goiaba não provocam alterações no crescimento dos animais, quando<br />
comparadas à ração controle.<br />
A diferença da digestibilidade aparente proteica foi substancial na dieta controle,<br />
provavelmente pelo efeito da fonte de fibra adicionada nos demais tratamentos, eu pode<br />
causar menor digestibilidade total dos nutrientes, incluindo proteínas. A seletividade dos<br />
microrganismos da flora intestinal em fermentar fibras solúveis pode ser apontada como fator<br />
causal da maior digestibilidade das fibras no tratamento com maior resíduo da casca de<br />
goiaba. A fibra solúvel influenciou no tempo de aparecimento do marcador nas fezes. O<br />
tempo maior observado nos tratamentos com maior fibra solúvel se deve ao aumento da
viscosidade da digesta e ao processo de fermentação pela microflora gastrintestinal tornando o<br />
processo mais lento, ao contrário de outras fibras que apresentam menor fermentabilidade,<br />
passando rapidamente pelo intestino delgado e promovendo efeito laxativo.<br />
Visualiza-se uma melhor manutenção do equilíbrio da microbiota no tratamento TC,<br />
uma vez que, conforme Demigné e Rémésy (1982), maior excreção de nitrogênio e pH mais<br />
baixo indicam aumento na excreção fecal de proteínas bacterianas e troca da excreção de<br />
nitrogênio da urina para as fezes. O nitrogênio necessário para o crescimento bacteriano é<br />
fornecido pelas proteínas não digeridas e endógenas, ou pela ureia sanguínea transferida para<br />
o ceco, o que pode auxiliar no controle de doença renal crônica (YOUNES et al., 1995).<br />
O aumento do intestino, maior em TC, está intimamente ligado à alta fermentabilidade<br />
das fibras solúveis, mais presentes na casca, as quais são desdobradas em hexoses, pentoses e<br />
álcoois, sendo utilizadas como substratos das bactérias, que as degradam a ácido láctico, água,<br />
CO2, metano e ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). Butirato (um AGCC) exerce efeito<br />
trófico sobre o epitélio intestinal, por estimular sua proliferação tanto no jejuno como no íleo<br />
e cólon (KUMAR et al., 2002).<br />
A farinha da casca e da semente de goiaba não provocou efeitos hipoglicemiantes e<br />
hipocolesterolêmicos nos animais. Vale ressaltar que os ratos alimentados com fibra oriunda<br />
da casca e da semente não tiveram indução à hiperglicemia. A fração de HDL-colesterol teve<br />
resultados satisfatórios, sendo a fibra oriunda da casca responsável pelo incremento,<br />
prioritariamente na dieta TC e em menor quantidade em TCS. Esses resultados estão de<br />
acordo com o trabalho de Piedade e Canniatti-Brazaca (2003) e de Henriques et al. (2008)<br />
que, através da substituição da celulose por outras fontes de fibras, também obtiveram maior<br />
valor de HDL. O tratamento com a fibra da semente assemelhou-se ao comportamento de<br />
fibras do resíduo de tomate do estudo de Friedman; Fitch e Levin (2000) que não se mostrou<br />
diferente dos valores obtidos em animais alimentados com dietas contendo celulose. Os níveis<br />
de triglicerídeos foram maiores nos animais alimentados com os tratamentos controle e com<br />
adição de casca de goiaba, reduzindo significativamente quando adicionada a semente como<br />
fonte de fibra nas dietas. Sirtori et al. (2004) relatam que o perfil de ácidos graxos é<br />
responsável por mudanças nos triglicerídeos séricos, o que explica os resultados expostos,<br />
uma vez que é considerável o teor de ácidos graxos poli-insaturados nas sementes de goiaba,<br />
com maior ocorrência dos ácidos graxos oleico e linoleico (SANTOS, 2011). Nota-se que a<br />
menor digestão proteica das fibras oriundas do resíduo da goiaba não alterou a qualidade da<br />
proteína, pois não houve diferença nos valores séricos de proteína nas dietas estudadas.<br />
105
106<br />
Após a invasão da indústria alimentícia com vários produtos enriquecidos em fibras, é<br />
comum surgirem dúvidas sobre que tipo escolher, como aumentar a ingestão de fibra através<br />
do consumo de alimentos naturais. Nesse contexto, as formulações propostas apresentaram<br />
elevação no teor de fibras à medida que se aumentou o percentual de resíduos, favorecendo as<br />
formulações B30% e B50%, não diferindo a formulação B15% do padrão. Os elevados teores<br />
de fibras alimentares permitem afirmar que as barras de cereais estudadas apresentam a<br />
alegação de alimento funcional, pois se obtiveram formulações classificadas como ricas em<br />
fibras alimentares, de acordo com a legislação brasileira (BRASIL, 1998), que exige mínimo<br />
de 6 g de fibras/100 g (para alimentos sólidos) para tal classificação. As formulações testadas<br />
apresentaram teor de fibras alimentares de 2 a 3,8 vezes superiores aos valores reportados por<br />
Guimarães e Silva (2009), trabalhando com murici-passa e banana-passa. A ingestão de uma<br />
unidade de 25g de qualquer produto testado perfaz, no mínimo, 12% da ingestão diária<br />
necessária, admitindo a formulação B15% e a ingestão diária recomendada de 30g (RDA: 25g<br />
a 30g) (COMMITTEE ON DIETARY ALLOWANCES, FOOD AND NUTRITION<br />
BOARD, 1989).<br />
O ponto crucial deste aumento da fibra alimentar ocorreu devido ao incremento<br />
notório das fibras insolúveis nas formulações teste. O teor variou de 8,23% a 19,22% entre os<br />
produtos testados, potencializado com o maior incremento de casca e semente em vista de<br />
serem materiais ricos na porção insolúvel das fibras. A porção solúvel não teve resposta na<br />
substituição das fontes de fibras por ingredientes secos de casca e semente de goiaba, embora<br />
a formulação com B15% tenha apresentado valores numericamente maiores. Resultados<br />
semelhantes podem ser explicados pela alta representatividade da fibra solúvel, como β-<br />
glicanas na aveia (FUJITA; FIGUEROA, 2003). Por outro lado, a formulação B30% teve a<br />
melhor relação fibras solúveis/insolúveis e que conforme Figuerola et al. (2005), a relação<br />
recomendada para uma boa dieta é de 1:2. Com base apenas nessa relação, a aplicabilidade<br />
dietéticas desta formulação seria melhor indicada.<br />
Quanto à aceitabilidade sensorial, pôde-se verificar que as formulações propostas<br />
tiveram boa aceitabilidade para todas as características avaliadas, independente do teor de<br />
resíduos acrescentados, adicionalmente não houve diferença na preferência quanto às<br />
diferentes formulações.
5 CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />
A casca de goiaba é rica em fibras alimentares, com destaque para o teor de fibra<br />
solúvel e pectina. Pode ser uma fonte natural de energia, bem como de minerais, proporciona<br />
aproveitamento tecnológico, baseado na sua alta capacidade de hidratação, capacidade de<br />
ligação à gordura e baixa sinérese. A semente apresenta potencial como fonte de fibras,<br />
principalmente insolúveis, proteínas e óleo. Além dos nutrientes essenciais e de<br />
micronutrientes, a casca e a semente apresentaram valor expressivo de CLC e de compostos<br />
secundários de natureza fenólica, os polifenóis.<br />
A fibra advinda da casca e da semente influencia positivamente em parâmetros de<br />
suma importância para a manutenção da saúde e da prevenção de doenças como digestão<br />
aparente de proteína e fibras, efeito trófico do intestino, concentração plasmática de HDL e<br />
triglicerídeos, assim como mantém a concentração de glicose dentro dos níveis normais de<br />
glicemia. Logo, pode auxiliar na escolha de alternativas com vista no controle de parâmetros<br />
bioquímicos relevantes e ainda ajudar na manutenção da saúde intestinal.<br />
Os percentuais de resíduo da industrialização da goiaba (casca e semente) utilizados<br />
aliam viabilidade tecnológica e nutricional às formulações de barras de cereais. Elas<br />
apresentaram incremento no teor de fibra alimentar e características sensoriais satisfatórias de<br />
modo que garantiram boa aceitação pelos provadores. Permite-se concluir, também, que o<br />
maior teor de casca e sementes nas barras de cereais não afetam a preferência dos<br />
consumidores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
AGRIANUAL, Anuário da agricultura Brasileira. Instituto FNP: São Paulo, 497p, 2009.<br />
AMANTE, E.R.; CASTILHO JUNIOR, A.B.; KANZAWA, A.; ENSSLIN, L.; MURAKI, M.<br />
Um panorama da tecnologia limpa na industria de alimentos. Revista da Sociedade<br />
Brasileira de Alimentos, Campinas, v. 33, n. 1, p. 16-21, 1999.<br />
AOAC. ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CH<strong>EM</strong>ISTS. 17ª ed. Official<br />
Methods of Analysis. Arlington, 2005.<br />
ARRUDA, A. M. V. et al. Importância da fibra na nutrição de coelhos. Semina: Ciências<br />
Agrárias, Londrina, v. 24, n. 1, p. 181-190, jan./jun. 2003.<br />
BALETRO, E. A.; SANDRI, I. G.; FONTANA, R. C. Utilização de bagaço de uva com<br />
atividade antioxidante na formulação de barra de cereais. Revista Brasileira de Produtos<br />
Agroidustriais, Campina Grande, v.13, n.2, p.203-209, 2011.<br />
BELL, L. H. et al. Cholesterol - lowering effects of soluble-fiber cereals as part of a prudent<br />
diet for patients with mild to moderate hypocholesterolemia. American Journal Clinical<br />
Nutrition, v. 52, n. 6, p. 1020-1026, 1990.<br />
BEN<strong>DE</strong>NDO, M. H. Tendência sócio-cultural da alimentação saudável no brasil e sua resignifcação<br />
a partir da publicidade: um estudo de caso da campanha maxi-goiabinha da<br />
bauducco. Dissertação (mestrado) - Fundação Getúlio Vargas, Escola de Administração de<br />
Empresas de São Paulo. 2010.<br />
BORGES, R. F. Panela Furada: o incrível desperdício de alimentos no Brasil, 3ed. 124p.<br />
São Paulo: Columbus, 1991.<br />
BORTOLUZZI, R. C. Aplicação da fibra da polpa da laranja na elaboração de mortadela<br />
de frango. 2009. 112 f. Tese (Doutorado em Ciência dos Alimentos) - Universidade de São<br />
Paulo, São Paulo, SP, 2009.<br />
BOWER, J.A.; WHITTEN, R. Sensory characteristics and consumer linking for cereal bar<br />
snack foods. Journal of Sensory Studies. v. 15, n. 3, p. 327-345, 2000.<br />
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚ<strong>DE</strong> / INAMPS / DPS / CDCD. Estudo multicêntrico<br />
sobre a prevalência do Diabetes mellitus no Brasil. Brasília, 1991, 33p.<br />
BRASIL. Ministério da Saúde. Brasil. Informações em Saúde — Mortalidade. 2000<br />
Disponível em: http://www.saude.gov.br/inform/indica/indica.<br />
BUENO, R. O. G. Características de qualidade de biscoitos e barras de cereais ricos em<br />
fibra alimentar a partir de farinha de semente e polpa de nêspera. 2005. 103f.<br />
Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) – Universidade Federal do Paraná,<br />
Curitiba, 2005.
110<br />
CARUSO, L.; LAJOLO, M. F.; MENEZES, E.W. Modelos esquemáticos para avaliação da<br />
qualidade analítica dos dados nacionais de fibra alimentar. Ciência e Tecnologia dos<br />
Alimentos. v. 19, n.3, Campinas set/dez. 1999.<br />
CASTRO, L. C. V.; FRANCESCHINI, S. C. C.; PRIORE, S. E.; PELÚZIO M. C. G. Nutrição<br />
e doenças cardiovasculares: os marcadores de risco em adultos. Revista Nutrição. V.17,<br />
n3.p.369-377. Campinas Jul/Set. 2004.<br />
CAVALCANTI, M. L. F. Fibras alimentares. Revista de Nutrição, PUCCAMP, Campinas,<br />
v.2, n.1, p.88-97, 1989.<br />
CERQUEIRA, P. M. Avaliação da farinha de semente de abóbora (Cucurbita máxima, L.)<br />
no trato intestinal e no metabolismo glicídico e lipídico em ratos. 2006. 68f. Dissertação<br />
(Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) – Universidade Federal Rural do Rio de<br />
Janeiro, Seropédica, RJ, 2006.<br />
CHO, S.S., DREHER M.L. Handbook of Dietary Fiber. New York, NY: Marcel Dekker,<br />
Inc; 2001.<br />
COMMITTEE ON DIETARY ALLOWANCES, FOOD AND NUTRITION BOARD.<br />
Recommended Dietary Allowances (RDA), 10th revised edition, National Academy of<br />
Science (NAS), Washington D.C., 1989.<br />
COPPINI, L Z. Fibra Alimentar. Congresso Brasileiro de Nutrição e Câncer. São<br />
Paulo,2004.<br />
CÓRDOVA, K. R. V. et al. Características Físico-Químicas da Casca do Maracujá Amarelo<br />
(Passiflora edulis Flavicarpa Degener) Obtida por Secagem. Boletim do Centro de Pesquisa<br />
de Processamento de Alimentos, v. 23, n. 2, p. 221-230, jan./jun. 2005.<br />
CUPPARI L. Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. 2ª Edição Barueri, SP; Manole,<br />
2005.<br />
DIAS, J. C. T.; REZEN<strong>DE</strong>, R. P.; LINARDI, V. R. Biodegradação de acetonitrilas por células<br />
de Candida guilli ermondii UFMG-Y65 imobilizadas em alginato, k-carrageno e pectina<br />
cítrica. Brazilian Journal Microbiology. v. 31, n.1, 2000.<br />
DIEPENMAAT-WOLTERS, M. G. E. Functional proprieties of dietary fibre in foods. In:<br />
Food Ingredients Europe, Paris, 1993. Proceeding. Maarssen: Expoconsult, p. 44-56. 1993.<br />
<strong>DE</strong>MIGNÉ, C.; RÉMÉSY, C. Influence of unrefined potato starch on cecal fermentations ans<br />
volatile fatty acid absorption in rats. Journal of Nutrition, 112, 2227-2234, 1982.<br />
DREHER, M. L. Food industry perspective: functional properties and food uses of dietary<br />
fiber. In: Kritchevsky, D, Bonfield, C, editores. Dietary fiber in health & disease. Minnesota:<br />
Eagan Press; p. 467-74, 1995.<br />
DUTCOSKY, S. D. et al. Combined sensory optimization of a prebiotic cereal product using<br />
multicomponent mixture experiments. Food Chemistry, v. 98, n. 4, p. 630-638, 2006.
DUTRA O.J.E; MARCHINI J.S. Ciências Nutricionais. São Paulo: Ed. Sarvier, 1998.<br />
EL AAL, M. H. Production of guava seed protein isolates: Yield, composition and protein<br />
quality. Die Nahrung. v. 36, n. 1, p. 50-55, 1992.<br />
ESTELLER, M. S. et al. Uso de açúcares em produtos panificados. Ciência e Tecnologia de<br />
Alimentos, Campinas, v.24, n.4, p.602-607, 2004.<br />
FAGUN<strong>DE</strong>S, R. L. M.; COSTA, Y. R. Uso dos alimentos funcionais na alimentação.<br />
Higiene Alimentar, v. 17, n. 108, p.42-48. 2003.<br />
FDA. FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. Center for Food Safety & Applied.<br />
Nutrition. A good labelling guide: appendix C Health Claims. 1998 Disponível em:<br />
http://www.fda.gov/Food/default.htm Acesso em: 12/5/2010.<br />
FERREIRA, W. M. Os componentes da parede celular vegetal na nutrição de não-ruminantes.<br />
In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL <strong>DE</strong> PRODUÇÃO <strong>DE</strong> NÃORUMINANTES, 31., 1994,<br />
Maringá. Anais... Maringa: SBZ, p.85-113, 1994.<br />
FERNA<strong>DE</strong>S, L. R. et al. Efeito da goma guar parcialmente hidrolisada no metabolismo de<br />
lipídeos e na aterogênese de camundongos. Revista de Nutrição, Campinas, v. 19, n. 5, p.<br />
563-571, 2006.<br />
FIETZ, V.R.; SALGADO, J.M. Efeito da pectina e da celulose nos níveis séricos de colesterol<br />
e triglicerídeos em ratos hiperlipidêmicos. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 19, n. 3, p.<br />
318-321, set./dez. 1999.<br />
FIGUEROLA, F. et al. Fibre concentrates from apple pomace and citrus peel as pontential fi<br />
bres sources for food enrichment. Food Chemestry, v. 91, n. 3, p. 395-401, 2005.<br />
FONTANARI, G. G et al. Isolado protéico de semente de goiaba (Psidium guajava):<br />
caracterização de propriedades funcionais. Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Campinas,<br />
27(supl.): 73-79, ago. 2007.<br />
FRIEDMAN, M.; FITCH, T. E.; LEVIN, C. E. et al. Feeding tomatoes to hamster reduces<br />
their plasma low-density-lipoprotein cholesterol and triglycerides. Journal of Food Science,<br />
v. 65, n. 5, p. 897-900, 2000.<br />
FUJITA, A. H.; FIGUEROA, M. O. R. Composição centesimal e teor de β-glucanas e cereais<br />
e derivados. Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 23, n. 2, p. 116-120, maio/ago,<br />
2003.<br />
GARCIA, R. W. D. A culinária subvertida pela ordem terapêutica: um modo de se relacionar<br />
com a comida. In: Simpósio Sul-Brasileiro de Alimentação e Nutrição: história, ciência e arte,<br />
1, 2000, Florianópolis. Anais... Florianópolis: UFSC, Departamento de Nutrição, p. 13- 21.<br />
2000.<br />
GOIABRAS. Associação Brasileira dos Produtores de Goiaba. 2003. Disponível em:<br />
http://www.goiabras.org.br Acesso em: 2/4/2010<br />
111
112<br />
GONGATTI NETTO, A. et al. Goiaba para exportação: procedimentos de colheita e póscolheita.<br />
Brasilia: <strong>EM</strong>BRAPA – SPI, 35p.: il. (Publicacoes Tecnicas FRUPEX; 20) 1996.<br />
GRENET, E.; BESLE, J. M. Microbes and fibre degradation. In: JOUANY, J.P. Rumen<br />
Microbial Metabolism and Ruminant Digestion. P. 107-129. 1991.<br />
GUILLON, F.; CHAMP, M. Structural and physical properties of dietary fibres, and<br />
consequences of processing on human physiology. Food Fes. Int., v. 33, n. 3-4, p. 233-245,<br />
2000.<br />
GUIMARÃES, M. M.; SILVA, M.S. Qualidade nutricional e aceitabilidade de barras de<br />
cereais adicionadas de frutos de murici-passa. Revista do Instituto Adolfo Lutz. V. 68. n. 3.<br />
São Paulo, SP. 2009<br />
HAAS, P.; ANTON, A.; FRANCISCO, A. Câncer de colo retal no Brasil: consumo de grãos<br />
integrais como prevenção. Revista Brasileira de Análises Clínicas, v. 39, n. 3, p. 231-235,<br />
2007.<br />
HASSIMOTTO, N.M.A.; GENOVESE, M.I.; LAJOLO, F.M. Antioxidant activity of dietary<br />
fruits, vegetables, and commercial frozen fruit pulps, Journal of Agricultural and Food<br />
Chemistry, Chicago, v.53, n.8, p.2928-2935, 2005.<br />
HENNINGSSON, S. et al. The value of resource efficiency in food industry: a waste<br />
minimization project in East Anglia, UK. Journal of Cleaner Production, v. 12, n.5, p. 505-<br />
512, 2004.<br />
HENRIQUES, G. S. et al. Avaliação da influência dietética de uma ração à base de mix de<br />
fibras sobre a glicemia e o perfil metabólico de lipídios em ratos wistar. Revista Médio<br />
Residente, v. 10, n 258, p. 58 - 66. abr/jun 2008.<br />
HERNAN<strong>DE</strong>Z, T.; HERNAN<strong>DE</strong>Z, A.; MARTINEZ, C. Concepto, propiedades y metodos de<br />
analisis. Alimentaria, v.4, p.19-30, 1995.<br />
HILLMAN, L. et al. Differing effects of pectin, cellulose and lignin on stool pH, transit time<br />
and weight. Brasilian Journal Nutrition., v. 50, n. 2, p. 189-195, 1983.<br />
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO <strong>DE</strong> GEOGRAFIA E ESTATISTICA Pesquisa Agricola<br />
Municipal. Rio de Janeiro, 1996. Disponivel em www.sidra.ibge.gov.br - acessado: setembro<br />
de 2010.<br />
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO <strong>DE</strong> GEOGRAFIA E ESTATISTICA Pesquisa Agricola<br />
Municipal. Disponivel em www.sidra.ibge.gov.br - acessado: 30 de novembro de 2011.<br />
IHA, M.S. et al. Estudo fitoquímico de goiaba (Psidium guajava L.) com potencial<br />
antioxidante para o desenvolvimento de formulação fitocosmética. Brazian Journal<br />
Pharmaceutical. v.18, n.3, p387-93, 2008.;<br />
INNOCENTE, L. R.; LEITE, J. I. A. Alimentos Funcionais e Atividade Física. Revista<br />
Pulsar. Vol. 2, N°2. Jundiaí - SP, 2010.
JERACI, J. L.; VAN SOEST, P. J. Improved methods for analysis and biological<br />
characterization of fiber. Advances in Experimental Medicine and Biology, New York, v.<br />
270, p. 245-263, 1990.<br />
JONES, P. J. H; KUBOW S. Lipídios, esteróis e seus metabólitos. In: Shils ME, Olson JA,<br />
Shike M, Ross AC. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. 9ª ed. São Paulo:<br />
Manole; p. 83-4, 2003.<br />
KAC, G.; VELASQUEZ-MELÉN<strong>DE</strong>Z,G. A Transição Nutricional e a epidemiologia da<br />
Obesidade na América Latina. Caderno Saúde Pública. Rio de janeiro, v.19 (Sup 1): s4-s5.<br />
2003.<br />
KAVATI, R. Cultivares. In: 1º Simpósio Brasileiro sobre a cultura da goiabeira, Jaboticabal.<br />
Anais, FUNEP-GOIABRAS. p.1-16. 1997.<br />
KUMAR, C. M.; RACHAPPAJI, K. S.; NANDINI, C. D.; SAMBAIAH, K.; SALIMATH, P.<br />
V.; Modulatory effect of butyric acid - a product of dietary fiber fermentation in<br />
experimentally induced diabetic rats. Journal of Nutritional Biochemistry, v.13, p.522-527,<br />
2002.<br />
LAJOLO, F.M. E SAURA-CALIXTO, F. Obtención, caracterización, efecto fisiológico y<br />
aplicación em alimentos. Fibra Dietética em Iberoamérica: Tecnología e Salud. Varela<br />
Editora e Livraria Ltda, São Paulo, 469p, 2001.<br />
LARRAURI, J. A. New approaches in the preparation of high dietary fibre powders from fruit<br />
by products. Trends in Food Science e Technology. v.10, Issue 1, p. 3-8, 1999.<br />
LIMA, L. M. O. Estudo do aproveitamento dos bagaços de frutas tropicais, visando a<br />
extração de fibras. (2001) Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do Rio Grande do<br />
Norte. <strong>DE</strong>Q/PPGEQ. Natal, 2001.<br />
LOUSADA, J. E. et al. Consumo e digestibilidade de subprodutos do processamento de frutas<br />
em ovinos. Revista Brasileira de Zootecnia. v.34 n.2 Viçosa mar/abr 2005.<br />
LOUSADA, J. E. et al. Caracterização físico-química de subprodutos obtidos do<br />
processamento de frutas tropicais visando seu aproveitamento na alimentação animal. Revista<br />
Ciência Agronômica, Ceará, v. 37, n. 1, p. 70 -76, 2006.<br />
MANTOVANI, J. R. et al. Uso fertilizante de resíduo da indústria processadora de goiabas.<br />
Revista Brasileira de Fruticultura, v.26, p.339-342. 2004.<br />
MARANCA, G. Fruticultura Comercial: mamão, goiaba, abacaxi. São Paulo, Nobel. 118p.<br />
1993.<br />
MARQUEZ, L.R. A Fibra Terapêutica, 2º edição. Departamento Médico do Laboratório<br />
Mandaus, p. 55-61, 2001.<br />
MARQUEZ, L.R. Propriedades da fibra dietética. 2004 Disponível em:<br />
http://www.veleiro.com/fibrasaude/fibra05.htm Acesso em 4/2010<br />
113
114<br />
MATOS, A. T. Tratamento de Residuos Agroindustriais. Vicosa: Fundacao Estadual do<br />
Meio Ambiente, 2005.<br />
MATTOS, L. L.; MARTINS, I. S. Consumo de fibras alimentares em população adulta.<br />
Revista Saúde Pública, v.34, n.1, p.50-55, 2000.<br />
MATTIUZ, B. H. Processamento mínimo de frutas tropicais: goiaba: Encontro nacional<br />
sobre processamento mínimo de frutas e hortaliças. Viçosa – MG. Palestras, resumos e<br />
oficinas, p.96-99. UFV, 2004<br />
MATUSHESKI, N. V.; JEFFERY, E. H. Comparison of the bioactivity of two glucoraphanin<br />
hydrolysis product found in broccoli, sulforaphane and sulforaphane nitrile. Journal of<br />
Agricultural and Food Chemistry, v.49, n.12, p.5743-9, 2001.<br />
MAYER, E. T. Caracterização bromatológica de grãos de cevada e efeito da fibra na<br />
resposta biológica de ratos. 2007. p.75. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de<br />
Alimentos) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2007.<br />
MEDINA, J.C. Cultura. In: INSTITUTO <strong>DE</strong> TECNOLOGIAS <strong>DE</strong> ALIMENTOS. Goiaba.<br />
2. ed. Campinas: ITAL, p.1-21, 1988.<br />
MITCHELL, V. W; BOUSTAIN, P. Cereal bars: a perceptual, chemical and sensory analysis.<br />
British Food Journal, v. 92, n. 5, p.17-22, 1990.<br />
MOMM, A. N. Efeito do bagaço de maçã sobre a glicemia, lipidemia, peroxidação de<br />
lipídeos e peso corporal em ratos obesos. 2007. 76f. Dissertação (Mestrado em Ciência e<br />
Tecnologia de Alimentos) – Universidade estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2007.<br />
MONTEIRO, F. Diferentes proporções de fibra insolúvel e solúvel de grãos de aveia<br />
sobre a resposta biológica de ratos. Dissertação (mestrado). Universidade Federal de Santa<br />
Maria (<strong>UFSM</strong>). 42p. Santa Maria-RS, 2005.<br />
MUNHOZ, C.L. Efeito das condições de extração sobre o rendimento e características da<br />
pectina obtida de diferentes frações de goiaba CV Pedro Sato. 2008. Dissertação<br />
(Mestrado) – Universidade Federal de Goiás. Escola de Agronomia e Engenharia de<br />
Alimentos. 57p. Goiânia-GO, 2008.<br />
NASCIMENTO, R. Potencial antioxidante de resíduo agroindustrial de goiaba. 2010. 110<br />
f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) Universidade Federal Rural<br />
de Pernanbuco, Recife, PE, 2010<br />
NEIVA J. N. M. et al. Avaliação do valor nutritivo de silagens de capim elefante (Pennisetum<br />
purpureum) com diferentes níveis de subproduto da goiaba In: 39a Reunião Anual da<br />
Sociedade Brasileira de Zootecnia, Recife. Anais, SBZ. 2002. CD ROM.<br />
NETO, L. G.; SOARES, J.M. A cultura a goiaba. Brasília: <strong>EM</strong>BRAPA – SPI, 1995.<br />
NICANOR, A. B. et al. Guava seed protein isolate: Function and nutritional characterization.<br />
Journal Food Biochemestry. v. 25, p. 77-90, 2001.
O’CARROL, P. Boosting cereal bars. World of Ingredients, p.36-38, Mar./Apr., 1999.<br />
OLSON, A.; GREGORY, M.G.; MEI-CHEN, C. Chemistry and analysis of soluble dietary<br />
fiber. Food Techology, p. 71-80, fev. 1987.<br />
O’NEILL, F.H.; MAN<strong>DE</strong>NO, R.; THOMPSON, G.R.; SEED, M. Enhancement of<br />
cholesterol-lowering effect of atorvastatin by stanol ester cereal bars. Atherosclerosis<br />
Supplements, v.2, n.1, p. 110, May 2001.<br />
PE<strong>DE</strong>AG. PLANO ESTRATÉGICO <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA<br />
CAPIXABA. ESTUDO SETORIAL. Novo PE<strong>DE</strong>AG 2007-2025. FRUTICULTURA.<br />
Vitória, ES. Dezembro, 2007. Disponível em www.seag.es.gov.br/pedeag/setores/<br />
fruticultura.pdf. Acesso em 30/11/2011.<br />
PELIZER, L. H; PONTIERI, M. H; MORAES, I. O. Utilizacao de Residuos Agro-Industriais<br />
em Processos Biotecnologicos como perspectiva de reducao do Impacto Ambiental. Journal<br />
of Technology Management & Innovation, v. 2, 2007.<br />
PEREIRA, F.M.; CARVALHO, C.A.; NACHTIGAL, J.C. Seculo XXI: nova cultivar de<br />
goiabeira de dupla finalidade. Revista Brasileira de Fruticultura, Jabuticabal, SP, v.25,<br />
n.3,p.498-500, 2003.<br />
PEREIRA, F.M.; MARTINEZ JUNIOR, H. Goiabas para industrialização. Jaboticabal:<br />
UNESP, 142p, 1986.<br />
PETRUZZIELLO, L.; IACOPINI, F.; BULAJIC, M. Review article: uncomplicated<br />
diverticular disease of the colon. Aliment Pharmacol Ther. v.23, n.10, p.1379-91. 2006<br />
PIEDA<strong>DE</strong>, J.; CANNIATTI-BRAZACA, S.G. Comparação entre o efeito do resíduo do<br />
abacaxizeiro (caules e folhas) e da pectina cítrica de alta metoxilação no nível de colesterol<br />
sanguíneos em ratos. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.23, n.2, p.149-156,<br />
2003.<br />
POURCHET-CAMPOS, M. A. Fibra: A fração que desafia os estudiosos. Revista Alimentos<br />
e Nutrição, São Paulo, v.2, p. 53-63, 1990.<br />
PRASSAD N. B. L.; AZE<strong>EM</strong>ODDIN, G. Characteristics and composition of guava (Psidium<br />
guajava L.) seed and oil. Journal of the American Oil Chemists' Society, v.71, n.4, p.457-<br />
458, 1994.<br />
RAUPP, D. S. et al. Arraste fecal de Nutrientes da Ingestão Produzido por Bagaço de<br />
Mandioca Hidrolizado. Sciencia Agrícola. V 59 n 2 Piracicaba abr/jun. 2002.<br />
RAUPP, D. S.; SGARBIERI, V.C. Efeitos de frações fibrosas extraídas de feijão (Phaseolus<br />
vulgaris, L.) na utilização de macro e micronutrientes da dieta pelo rato. Ciência e<br />
Tecnologia de Alimentos, v.16, p.100-107, 1996<br />
RAUPP, D. S.; SGARBIERI, V. C. Efeito da fibra solúvel de alta viscosidade na ingestão de<br />
alimentos, na excreção fecal e no peso corpóreo, em ratos. Brazilian Archives of Biology<br />
and Technology, v.40, p.863-874, 1997.<br />
115
116<br />
RETORE, M. Caracterização da fibra de co-produtos agroindustriais e sua avaliação<br />
nutricional para coelhos em crescimento. 2009. 69f. Dissertação (Mestrado em Ciência e<br />
Tecnologia de Alimentos) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2009.<br />
SAKATA, T. Stimulatory effect of short-chain fatty acids on epitelial cell proliferation in the<br />
rat intestine: a possible explanation for trophic effects of fermentable fibre, gut microbes and<br />
luminal trophic factors, Brazilian Journal of Nutrition., v. 58, n. 1, p. 95-103, 1987.<br />
SALES, P. J. P. et al. Valor nutritivo do subproduto industrial do tomate (Lycopersicum<br />
esculentum) e da goiaba (Psidium guajava) para a tilápia do Nilo (Oreochromis<br />
niloticus).In.:Anais..., 41º Reunião da Sociedade Brasileira de Zootecnia, Campo Grande-<br />
MS.Brasil. 2004. CD-ROM.<br />
SALGADO, J. M. Pharmacia de Alimentos, 5ª ed, São Paulo: Editora Madras, 2001.<br />
SANTOS, C. X. Caracterização físico-química e análise da composição química da<br />
semente de goiaba oriunda de resíduos agroindustriais. Cristina Xavier dos Santos. –<br />
Itapetinga, BA: UESB, 61p. 2011.<br />
SAURA-CALIXTO, F.; JIMÉNEZ-ESCRIG, A. Compuestos bioactivos asociados a La<br />
fibra dietética. In: LAJOLO, F.M. et al. Fibra dietética em Iberoamerica. Tecnologia y salud:<br />
obtencion, caracterization, efecto fisiológico y aplicación en alimentos. São Paulo: Varela,<br />
2001. Cap.7, p.103-126.<br />
SILVA, D. S. Estabilidade de suco tropical de goiaba (Psidium guajava L.) não-adoçado<br />
obtido pelos processos de enchimento a quente e asséptico. 2007 [Dissertação]. Fortaleza:<br />
Universidade Federal do Ceará; 2007. 98p.<br />
SILVA, J. D. A. Composição química e digestibilidade in situ de semente de goiaba<br />
(Psidium guajava L.). 1999. 34f. Dissertação (Mestrado em Produção Animal) –<br />
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 1999.<br />
SIRTORI, C. R. et al. Proteins of white lupin seed, a naturally isoflavone-poor legume, reduce<br />
cholesterolemia in rats and increase LDL-receptor activity in hepG2 cells1. Journal of<br />
Nutrition., n. 134, p. 18- 23, 2004.<br />
SOUSA, P. H. M.; SOUZA NETO, M. A.; MAIA, G. A. Componentes funcionais nos<br />
alimentos. Boletim da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos. v.37,<br />
n2, p. 127 – 135. 2003.<br />
SOUZA, M. W. S.; FERREIRA, T. B. O.; VIEIRA, I. F. R. Composição centesimal e<br />
propriedades funcionais tecnológicas da farinha da casca do maracujá. Alimentos e Nutrição.<br />
Araraquara, v.19, n.1, p. 33-36, jan./mar. 2008.<br />
STELLA, R. Fibras para seu intestino. 2004 Disponível em:<br />
http://www1.uol.com.br/cyberdiet/colunas/010921_nut_fibra_intestino.htm Acesso em<br />
3/2010
STEPHEN, A. M.; CUMMINGS, J. H. Water-holding by dietary fibre in vitro and its<br />
relationship to faecal output in man. Gut, v. 20, n. 5, p. 722-729, 1979.<br />
THEBAUDIN, J. Y et al. Dietary fibres: nutritional and technological interest. Trends in<br />
Foods Science &Technology, v. 8, p. 41-48, 1997.<br />
TOMA, R.B.; CURTIS, D.J. Dietary fiber: effect on mineral bioavailability. Food<br />
Technology, v.2, p.111-116, 1986.<br />
TOPPING, D. L. Soluble fiber polysaccharides: effects on plasma cholesterol and colonic<br />
fermentation. Nutrition Reviews. v. 49, p. 195-203, 1991.<br />
TUNGLAND, B.C., MEYER, D. Nondigestible oligo and polysaccharides (dietary fiber):<br />
their physiology and role in human and health food. Comprehensive reviews in food science<br />
and food safety. v.1, p.73-77, 2002.<br />
UCHOA, A. M. A. et al. Parâmetros Físico-Químicos, Teor de Fibra Bruta e Alimentar de<br />
Pós Alimentícios Obtidos de Resíduos de Frutas Tropicais. Segurança Alimentar e<br />
Nutricional, Campinas, 15(2): 58-65, 2008<br />
VAN SOEST, P. J. Nutritional ecology of the ruminant. 2ª ed. Ithaka: Cornell University<br />
Press. 476p. 1994.<br />
VEIGA, P. G. et al. Caracterização química, reológica e aceitação sensorial do queijo petit<br />
suisse brasileiro. Ciência Tecnologia de Alimentos, v. 20, n. 3, 2000.<br />
WARNER, A. C. I. Rate of passage of digesta through the gut of mammals and birds.<br />
Nutricion Abstracts & Reviews. Farnham Royal. V. 51, n. 12, p. 789-975, 1981.<br />
WASCHECK, R. C. et al. Pectina: um carboidrato complexo e suas aplicações. Estudos,<br />
Goiânia, v. 35, n. 3, p. 343-355, maio/jun. 2008.<br />
YOUNES, H. et al. Resistant starch exerts a lowering effect on plasma urea by enhancing<br />
urea N transfer into the large intestine. Nutrition Reserch, v. 15, p. 1199-1210, 1995<br />
ZAMBÃO, J. C.; BELLINTANI NETO, A. M. Cultura da goiaba. 23p. Campinas: CATI,<br />
1998.<br />
ZARAGOZA, M.L.Z.; PÉREZ, R.M.; NAVARRO, Y.T.G. Propiedades funcionales y<br />
metodologia para su evaluación en fibra dietética. In: LAJOLO, F.M. et al. Fibra dietética<br />
en Iberoamérica: tecnologia y salud. São Paulo: Varela, 2001. p.195-209.<br />
117
ANEXOS<br />
ANEXO A - Manual para publicação na Revista Alimentos e Nutrição<br />
SUBMISSÃO <strong>DE</strong> TRABALHO<br />
Os manuscritos deverão ser submetidos de preferência no formato eletrônico da revista no<br />
seguinte endereço: http://serv-bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/alimentos<br />
A submissão eletrônica deve ser realizada na seguinte ordem:<br />
A página de identificação deve ser enviada como arquivo suplementar contendo:<br />
A): 1 - Título completo do artigo em português e inglês. 2. Título Resumido. 3 - Os nomes<br />
dos autores, títulos acadêmicos máximos. 4 - A Instituição a que estão vinculados e<br />
respectivas funções. 5 - O endereço completo do autor correspondente, seus telefones, emails.<br />
6 - Suporte financeiro se houver.<br />
B): O arquivo texto do manuscrito deve incluir o Título do artigo em português e inglês<br />
omitindo a autoria do artigo e da opção Propriedades no Word, informações Institucionais<br />
garantindo desta forma o critério de sigilo da revista, a fim de que fique assegurado o<br />
anonimato no processo de avaliação.<br />
C): As tabelas, figuras e gráficos e outros documentos referentes ao manuscrito também<br />
podem ser submetidos como arquivos suplementar com indicação do local no texto,<br />
respeitando sempre o limite de 2MB por arquivo. Cada manuscrito deve ser acompanhado de<br />
carta de apresentação assinada pelo autor correspondente.<br />
Preparação de artigo original<br />
Os manuscritos devem ser digitados em fonte Times New Roman 12, formato A4<br />
(210x297mm), mantendo margens laterais de 3 cm e espaço duplo em todo o texto. Todas as<br />
páginas devem ser numeradas a partir da página de identificação. O manuscrito deve ser<br />
organizado de acordo com a seguinte ordem: página de identificação, resumo, palavras-chave,<br />
introdução, material e métodos, resultados, discussão, agradecimentos, "abstract", referências,<br />
tabelas e figuras com legendas.<br />
Página de identificação<br />
a) Título do artigo: deve ser conciso, informativo e completo, evitando palavras supérfluas.<br />
Os autores devem apresentar versão para o inglês, quando o idioma do texto for português ou<br />
espanhol e para o português, quando redigido em inglês ou espanhol. Uso de um asterisco<br />
para indicação de apoio financeiro, caso haja (a indicação da Instituição de fomento aparecerá<br />
no rodapé da página).<br />
b) Autores: nome e sobrenome de cada autor por extenso, sendo apenas o sobrenome em<br />
maiúsculo.<br />
c) Afiliação: indicar a afiliação institucional de cada um dos autores.<br />
d) Autor correspondente: indicar o autor para o qual a correspondência deve ser enviada, com<br />
endereço completo, incluindo e-mail, telefone e fax.<br />
e) Título resumido: o título resumido será usado como cabeçalho em todas as páginas<br />
impressas, não deve exceder 40 caracteres.<br />
RESUMO e ABSTRACT<br />
Os artigos deverão vir acompanhados do resumo em português e do abstract em inglês.<br />
Devem apresentar os objetivos do estudo, abordagens metodológicas, resultados e as<br />
conclusões e conter no máximo 250 palavras.<br />
PALAVRAS-CHAVE e KEYWORDS
120<br />
Deve ser apresentada uma lista de 3 a 6 termos indexadores em português e inglês de acordo<br />
com Tesaurus da área, por ex. FSTA, Medline, DeCS-BIR<strong>EM</strong>E Lilacs, etc.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Deve determinar o propósito do estudo e oferecer uma breve revisão da literatura, justificando<br />
a realização do estudo e destacando os avanços alcançados através da pesquisa.<br />
MATERIAL e MÉTODOS<br />
Devem oferecer, de forma breve e clara, informações suficientes para permitir que o estudo<br />
possa ser repetido por outros pesquisadores. Técnicas padronizadas podem ser apenas<br />
referenciadas.<br />
RESULTADOS<br />
Devem oferecer uma descrição clara e concisa dos resultados encontrados, evitando-se<br />
comentários e comparações. Não repetir no texto todos os dados contidos nas figuras e<br />
tabelas.<br />
DISCUSSÃO<br />
Deve explorar o máximo possível os resultados obtidos, relacionado-os com os dados já<br />
registrados na literatura. Somente as citações indispensáveis devem ser incluídas.<br />
AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />
Devem se restringir ao necessário (nome de empresas e/ou pessoas que auxiliaram na<br />
execução do trabalho).<br />
REFERÊNCIAS<br />
Devem ser citadas apenas aquelas essenciais ao conteúdo do artigo. Devem ser ordenadas<br />
alfabeticamente de acordo com a norma NBR 6023 da ABNT.<br />
INFORMAÇÕES ADICIONAIS<br />
Recomenda-se fortemente que o(s) autor(es) busque(m) assessoria lingüística profissional<br />
(revisores e/ou tradutores certificados em língua portuguesa e inglesa) antes de submeter(em)<br />
originais que possam conter incorreções e/ou inadequações morfológicas, sintáticas,<br />
idiomáticas ou de estilo. Devem ainda evitar o uso da primeira pessoa "meu estudo...", ou da<br />
terceira pessoa do plural "percebemos....", pois em texto científico o discurso deve ser<br />
impessoal, sem juízo de valor e na terceira pessoa do singular. Originais identificados com<br />
incorreções e/ou inadequações morfológicas ou sintáticas serão devolvidos antes mesmo de<br />
serem submetidos à avaliação quanto ao mérito do trabalho e à conveniência de sua<br />
publicação.<br />
Referências<br />
Devem ser dispostas em ordem alfabética pelo sobrenome do primeiro autor e numeradas<br />
consecutivamente; seguir a NBR 6023 (agosto 2002) da ABNT. Os autores são responsáveis<br />
pela exatidão das referências .<br />
Livros e outras monografias (até 3 autores colocar todos os nomes separados por “;”,<br />
quando tiver mais que 3 colocar o nome do 1º e usar et al.)<br />
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, A. S. Metodologia científica: para uso dos<br />
estudantes universitários. 2.ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978. 144p.
Capítulos de livros<br />
BENAVI<strong>DE</strong>S, H. et al. An exceptional bloom of Alexandrium catenella in the Beagle<br />
Channel, Argentina. In: LASSUS, P. et al. (Ed.) Harmful marine algal blooms. 2nd ed.<br />
Paris: Lavoisier Intercept, 1995. p.113-119.<br />
Entidades<br />
ASSOCIATION OF ANALYTICAL COMMUNITIES. Official methods of analysis:<br />
method 959.08 paralytic shellfish poison – biological method. Washington, DC, 2000. cap.<br />
49, p.49-51.<br />
Meio eletrônico<br />
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, A. S. Metodologia científica: para uso dos<br />
estudantes universitários. 2.ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978. Disponível em:<br />
http://www.cerbrasil.com.br. Acesso em: 22 ago. 2007.<br />
Dissertações e teses<br />
VEIGA NETO, E. R. Aspectos anatômicos da glândula lacrimal e de sua inervação no<br />
macaco-prego (Cebus apella), (Linnaeus, 1758). 1988. 63f. Dissertação (Mestrado em<br />
Ciências Biológicas) – Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Botucatu,<br />
1988.<br />
Artigos de periódicos<br />
Abreviaturas.<br />
Os títulos de periódicos deverão ser abreviados conforme o Biological Abstracts, Chemical<br />
Abstracts, Index Medicus, Current Contents:<br />
<strong>DE</strong>LGADO, M.C. Potassium in hypertension. Curr. Hypertens. Rep., v.6, p.31-35, 2004.<br />
Trabalho de congresso ou similar (publicado)<br />
TRAINA JÚNIOR, C. GEO: um sistema de gerenciamento de base de dados orientado a<br />
objeto: estado atual de desenvolvimento e implementação. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO <strong>DE</strong><br />
BANCOS <strong>DE</strong> DADOS, 6, 1991, Manaus. Anais... Manaus: Imprensa Universitária da FUA,<br />
1991. p.193-207.<br />
Legislação<br />
BRASIL. Medida provisória nº 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Estabelece multa em<br />
operações de importação, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República<br />
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 1997. Secção 1, p. 29514.<br />
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução. RDC n.<br />
216, 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre regulamento técnico de boas práticas para<br />
serviços de alimentação. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 16<br />
set. 2004. p. 1-10.<br />
BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Portaria n°368, de 04/09/1997.<br />
Regulamento técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de elaboração<br />
para estabelecimentos elaboradores/industrializadores de alimentos. Diário Oficial [da]<br />
Republica Federativa do Brasil, Brasília, 1997. p.60.<br />
Citação no texto<br />
Utilizar sistema numérico. A citação de um autor no texto (quando necessária) deverá ser pelo<br />
sobrenome e o número da referência sobrescrito. Ex: ...entendido por Silva. 3 No caso de dois<br />
121
122<br />
autores, os sobrenomes devem ser separados por &. Ex: ... entendido por Silva & Rocha. 3<br />
Mais de dois autores, indicar apenas o sobrenome do primeiro seguido de et al. Ex:<br />
...entendido por Silva et al., 3 ou ainda, apenas pelo número de referência sobrescrito. Ex:<br />
...entendido pelos autores. 2,3,4<br />
Notas<br />
Devem ser reduzidas ao mínimo e colocadas no pé de página. As remissões para o rodapé<br />
devem ser feitas por asteriscos, na entrelinha superior.<br />
Anexos e/ou Apêndices<br />
Serão incluídos somente quando imprescindíveis à compreensão do texto.<br />
Ilustrações<br />
Figuras: Fotografias, gráficos, mapas ou ilustrações com as respectivas legendas, devem ser<br />
apresentadas em arquivos separados, numeradas consecutivamente em algarismos arábicos<br />
segundo a ordem que aparecem no texto. Os locais aproximados das figuras deverão ser<br />
indicados no texto. A elaboração dos gráficos, mapas e ilustrações deverá ser feita em preto e<br />
branco ou em tons de cinza. As fotografias deverão ser encaminhadas em preto e branco, em<br />
cópia digitalizada em formato .tif ou .jpg com no mínimo 300dpi.<br />
Tabelas: Devem complementar e não duplicar o texto. Elas devem ser numeradas em<br />
algarismos arábicos. Um título breve e descritivo deve constar no alto de cada tabela. Se<br />
necessário, utilizar notas de rodapé identificadas.<br />
Unidades de medida e símbolos<br />
Devem restringir-se apenas àqueles usados convencionalmente ou sancionados pelo uso.<br />
Unidades não-usuais devem ser claramente definidas no texto. Nomes comerciais de drogas<br />
citados entre parênteses, utilizando-se no texto o nome genérico das mesmas. Fórmulas e<br />
equações escritas em linha, por exemplo, escreva a/b, escreva ex/2<br />
Ética: Os pesquisadores que utilizam em seus trabalhos experimentos com seres humanos, ou<br />
material biológico humano, devem observar as normas vigentes editadas pelos órgãos oficiais.<br />
Os trabalhos que envolvem experimentos que necessitam de avaliação do Comitê de Ética<br />
deverão ser acompanhados de cópia do parecer favorável.<br />
Os manuscritos que não estiverem de acordo com as Instruções aos autores não serão<br />
analisados. Envio dos artigos: Os manuscritos devem ser submetidos online: http://servbib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/alimentos/<br />
Itens de Verificação para Submissão<br />
Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade da<br />
submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não estiverem de<br />
acordo com as normas serão devolvidas aos autores.<br />
1. A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação por outra<br />
revista; caso contrário, justificar em "Comentários ao Editor". / The contribution is original<br />
and unpublished, and not being evaluated for publication by another journal, otherwise<br />
explain in "Comments to the Editor."<br />
2. Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word, (não ultrapassar os 2MB).<br />
A identificação de autoria deste trabalho foi removida do arquivo, da opção Propriedades no<br />
Word e notas de rodapé do trabalho garantindo desta forma o critério de sigilo da revista,<br />
quando submetido para avaliação por pares (ex.: artigos). / The submission file is in Microsoft
Word format (do not exceed 2MB). The identification of authorship of this work was removed<br />
from the file, the Properties option in Word footnotes and the work thus ensuring the<br />
confidentiality of the revised criteria, when subjected to peer review (eg articles).<br />
3. O texto está em espaço duplo; usa uma fonte de 12-pontos; emprega itálico ou negrito ao<br />
invés de sublinhar (exceto em endereços URL); com a página de identificação, figuras e<br />
tabelas em arquivos complementares. / The text is double spaced; uses a 12-point font;<br />
employs italics or bold rather than underlining (except with URL addresses), with the<br />
identification page of figures and tables in supplemental files.<br />
4. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos em Diretrizes para<br />
Autores, na seção Sobre no site da Revista. Os dados e conceitos emitidos nos trabalhos, bem<br />
como a exatidão das referências são de inteira responsabilidades dos autores. Os trabalhos que<br />
não se enquadrarem nas normas da revista serão devolvidos aos autores para adaptações. / The<br />
text adheres to the stylistic and bibliographic requirements outlined in For Authors under<br />
About on the website of the Journal. The data and concepts presented in the work and the<br />
accuracy of the references are the sole responsibility of the authors. Papers that do not meet<br />
the standards of the magazine will be returned to authors for changes.<br />
Declaração de Direito Autoral<br />
Os manuscritos aceitos e publicados são de propriedade da revista Alimentos e Nutrição. Os<br />
originais deverão ser acompanhados de documentos de transferência de direitos autorais<br />
contendo assinatura dos autores. É vedada a submissão integral ou parcial do manuscrito a<br />
qualquer outro periódico. A responsabilidade do conteúdo dos artigos é exclusiva dos autores.<br />
É vedada a tradução para outro idioma sem a autorização escrita do Editor ouvida a Comissão<br />
Editorial.<br />
ENGLISH<br />
Manuscripts accepted and published are the property of the journal Food and Nutrition. The<br />
originals must be accompanied by documentation of copyright transfer containing the<br />
signature of the authors. You may not submit full or partial manuscript to another journal. The<br />
responsibility of the article's content is exclusive of the authors. You may not translating into<br />
another language without the written permission of the Editor after consultation with the<br />
Editorial Board.<br />
123
124<br />
ANEXO B – Manual para publicação na Revista Journal of Agricultural and Food<br />
Chemestry.<br />
IMPORTANT MANUSCRIPT SUBMISSION REQUIR<strong>EM</strong>ENTS<br />
Manuscripts and revised manuscripts must be submitted via the ACS Paragon Plus Web site<br />
(http://paragonplus.acs.org/login). E-mailed submissions and hardcopy submissions will not<br />
be processed. An overview of and complete instructions for the Web submission process are<br />
available at the ACS Paragon Plus Web site.<br />
The Paragon Plus Web site employs state-of-the-art security mechanisms to ensure that all<br />
electronically submitted papers are secure. These same security mechanisms are also utilized<br />
throughout the peer-review process, permitting access only to editors and reviewers who are<br />
assigned to a particular paper.<br />
When submitting, please be aware of the following requirements.<br />
• All manuscripts must be accompanied by a cover letter that includes an explanation of the<br />
manuscript’s significance, including its originality, its contribution to new knowledge in the<br />
field, and its relevance to research in agricultural and food chemistry.<br />
• The system requires authors to supply the names, e-mail addresses and affiliations of at least<br />
four recommended reviewers. The recommended reviewers should not be anyone who is or,<br />
in the previous two years, has been a former adviser/advisee, colleague in the same institution,<br />
research collaborator, and/or coauthor of papers and patents or in any other way has a conflict<br />
of interest.<br />
• The author’s preference for manuscript category is indicated during the submission process.<br />
However, the final decision on the category under which the manuscript will be listed lies<br />
with the Editor.<br />
• The manuscript abstract and text must appear in a single, double-spaced column; lines in the<br />
abstract and text must be numbered consecutively from beginning to end in a separate column<br />
at the left.<br />
• All coauthors listed on the title page of the manuscript must be entered into the Paragon Plus<br />
System at step 2 in the manuscript submission process. Only one corresponding author is<br />
allowed for each manuscript in Paragon Plus. Additional corresponding authors may be<br />
designated on the manuscript title page.<br />
• Authors selecting the Just Accepted manuscript option when submitting should be sure that<br />
the form of author and coauthor names as entered into the Paragon Plus System matches the<br />
form on the manuscript title page.<br />
• References must be numbered in the order in which they appear in the text.<br />
• All of the text (including the title page, abstract, all sections of the body of the paper, figure<br />
captions, scheme or chart titles and footnotes, and references) and tabular material should be<br />
in one file, with the complete text first followed by the tabular material.<br />
• A separate conclusion section is not to be used. Conclusions should be incorporated into the<br />
results and discussion section.<br />
Complete instructions for manuscript preparation and a Journal Publishing Agreement form<br />
are available at the Journal’s Web site. Please conform to these instructions when submitting<br />
manuscripts.<br />
Authors whose manuscripts are published in the Journal will be expected to review<br />
manuscripts submitted by other researchers from time to time.<br />
JOURNAL SCOPE<br />
The Journal of Agricultural and Food Chemistry publishes high-quality, cutting edge<br />
original research representing complete studies and research advances dealing with the
chemistry and biochemistry of agriculture and food. The Journal also encourages papers with<br />
chemistry and/or biochemistry as a major component combined with<br />
biological/sensory/nutritional/toxicological evaluation related to agriculture and/or food. As a<br />
general rule, manuscripts dealing with herbal remedies or those testing specific compounds in<br />
cell-based assays related to disease states (e.g., “anticancer” activity) will no longer be<br />
considered within the scope of the Journal and should be submitted elsewhere. Manuscripts<br />
describing properties of extracts, without detailing the chemical composition of the extracts<br />
responsible for the described properties, will generally not be accepted for review.<br />
The Journal is organized into the following sections:<br />
Analytical Methods<br />
Bioactive Constituents<br />
Biofuels and Bioproducts Chemistry<br />
Chemical Aspects of Biotechnology/Molecular Biology<br />
Chemical Aspects of Food Safety<br />
Chemical Changes Induced by Processing/Storage<br />
Chemical Composition of Foods/Feeds<br />
Crop and Animal Protection Chemistry<br />
Environmental Chemistry<br />
Flavors and Aromas/Chemosensory Perception<br />
Food Chemistry/Biochemistry<br />
Molecular Nutrition<br />
Toxicology in Agriculture and Food<br />
MANUSCRIPT TYPES<br />
Research articles must report original research that is expected to have a definable<br />
impact on the advancement of science and technology, incorporating a significant component<br />
of innovative chemistry. Originality will be documented by novel experimental results,<br />
theoretical treatments, interpretations of data, and absence of prior publications on the<br />
same/similar topics. Fragmentation of work into an incremental series of manuscripts is not<br />
acceptable.<br />
Expedited Handling. There is no separate Rapid Communications, Notes, or Letters<br />
section. However, manuscripts describing results deemed to be highly important and urgent in<br />
a field of research will be considered for expedited processing and review. Only manuscripts<br />
reporting complete research, as opposed to preliminary results, will be considered. A request<br />
for expedited handling, along with justification for the request, must be included in the cover<br />
letter accompanying the manuscript.<br />
Review articles will be considered that summarize information in a field in which the<br />
literature is scattered and/or treat published data or other information so as to provide a new<br />
approach or stimulate further research. Authors considering the preparation of a review should<br />
submit a synopsis to the Editor before submission to establish whether the manuscript will<br />
meet these guidelines.<br />
Perspectives, which explore needs and opportunities in agricultural and food chemistry<br />
in a less technical format than a review article, will be considered. Authors should contact the<br />
Editor to outline the area to be covered before submitting a Perspectives manuscript. For an<br />
example, see J. Agric. Food Chem. 2008, 56, 7587–7592.<br />
Comments related to published papers will be considered from readers if the<br />
correspondence is received within six months of the date of publication of the original paper;<br />
the authors of the original paper will be given the opportunity to reply to such comments<br />
within two months, if they so desire. Both comments and replies should not exceed 1000<br />
words each, including citations, and will be published consecutively in the same issue of the<br />
125
126<br />
Journal after peer review. For examples, see J. Agric. Food Chem. 2007, 55, 7213–7214 and<br />
J. Agric. Food Chem. 2007, 55, 7215–7216.<br />
Symposia or Topical Collections. The Editor will consider publication of a series of<br />
manuscripts reporting or synthesizing original research that are presented in a symposium or<br />
otherwise clustered around a single topic. Prospective organizers should contact the Editor<br />
well in advance to determine whether the subject matter conforms to the Journal’s goals,<br />
criteria, and available space and to obtain specific instructions for submission of the<br />
manuscripts. For an example, see J. Agric. Food Chem. 2008, 56, 5983–6184. Each<br />
manuscript will be subject to the normal peer-review process.<br />
Additions/Corrections. Corresponding authors wishing to submit a correction to a<br />
paper already published in print should submit the item via the Paragon Plus Web site. In your<br />
cover letter, include the manuscript number of the paper to be corrected. In the correction<br />
document, include the full title of the original publication, all author names, the volume and<br />
page numbers of the print publication, the original manuscript number, and a brief description<br />
of the correction(s) needed. If a figure is to be corrected, please include the figure in the<br />
correction document. Please note that the Editor has final approval as to whether an<br />
addition/correction will be published.<br />
ETHICS, CONFLICT OF INTEREST<br />
Authors and coauthors are responsible for the integrity of their manuscripts. The<br />
Editor may impose a two year submission moratorium on authors and coauthors that are<br />
found to be in violation of the ethical guidelines.<br />
Authors and coauthors should familiarize themselves by reading the entire Ethical<br />
Guidelines to Publication of Chemical Research, which is available at the Journal’s Web site.<br />
A statement describing any financial conflicts of interest or lack thereof is published<br />
with each manuscript. During the submission process, the corresponding author must provide<br />
this statement on behalf of all authors of the manuscript. The statement should describe all<br />
potential sources of bias, including affiliations, funding sources, and financial or management<br />
relationships, that may constitute conflicts of interest (please see http://pubs.acs.org/ethics,<br />
ACS Ethical Guidelines). The statement will be published in the final paper. If no conflict of<br />
interest is declared, the following statement will be published in the paper: “The authors<br />
declare no competing financial interest.”<br />
EDITORIAL PEER REVIEW PROCESS<br />
Peer review is used to help ensure the highest possible quality in published<br />
manuscripts. For a discussion of this, see “The Importance of Peer Review” by H. L. Wheeler<br />
and W. B. Wheeler, J. Agric. Food Chem. (Editorial) 2006, 54, 8983–8983. Scientists with<br />
expertise in the subject matter being treated will evaluate the manuscript for validity of the<br />
experimental design and results, originality, significance, and appropriateness to the Journal.<br />
The Editors may exercise their prerogative to decline a manuscript without peer review if that<br />
paper is judged to be outside the scope of the Journal (lacks significant<br />
chemistry/biochemistry), poorly written or formatted, fragmentary and marginally<br />
incremental, or lacking in significance. Manuscripts describing properties of extracts, without<br />
detailing the chemical composition of the extracts responsible for the described properties,<br />
will generally not be accepted for review.<br />
All manuscripts submitted are reviewed and handled by the Editor-in-Chief or<br />
assigned to one of the Associate Editors. The Associate Editor and Editorial Assistant are then<br />
responsible for the assigned manuscripts, including evaluating the content and format of the<br />
paper, selecting reviewers, monitoring the progress of the review process, evaluating the<br />
comments of reviewers and forwarding them to the authors for their response, communicating
ultimate acceptance or rejection to the corresponding author, and carrying out a final check of<br />
accepted manuscripts for appropriate format and style.<br />
Typically, three reviewers are selected per paper on the basis of the subject matter,<br />
available expertise, and the Editor’s knowledge of the field. Potential reviewers for each paper<br />
are identified by various means, including a computerized search of the subject area. Authors<br />
must submit the names and addresses (including e-mail addresses) of at least four potential<br />
reviewers who do not have conflicts of interest with the authors or manuscript content;<br />
however, the Editors are under no obligation to use specific individuals. Reviewers are<br />
normally asked to<br />
provide their assessments within two to three weeks. Anonymous copies of the<br />
reviews and the Editor’s decision regarding the acceptability of the manuscript are sent to the<br />
corresponding author. If the reviewers’ evaluations of the manuscript disagree, or if<br />
reviewer’s and Editor’s comments are not satisfactorily addressed by the authors, the Editor<br />
may reject the manuscript or select additional reviewers. These additional reviews are used by<br />
the Editor to assist in reaching the final decision regarding disposition of the manuscript.<br />
The obligations of the Editors and Reviewers are outlined in the Ethical Guidelines.<br />
Aids for reviewers titled “A Guide to a Review” and “Components of a Manuscript to be<br />
Considered in a Review” are available at the Reviewer Information Web site<br />
(http://pubs.acs.org/4authors).<br />
Just Accepted Manuscripts. Just Accepted manuscripts are peer-reviewed, accepted<br />
manuscripts that are published on the ACS Publications Web site prior to technical editing,<br />
formatting for publication, and author proofing—usually within 30 minutes to 24 hours of<br />
acceptance by the editorial office. During the manuscript submission process, authors can<br />
choose to have their manuscript published online as a Just Accepted manuscript. Authors<br />
choosing this option must ensure that all intellectual property/patent issues are resolved. To<br />
ensure rapid delivery of the accepted manuscript to the Web, authors must adhere carefully to<br />
all requirements in the journal’s Scope, Policy, and Instructions for authors. For further<br />
information, please refer to the Just Accepted FAQ, at http://services.acs.org/pubshelp/<br />
passthru.cgi?action=kb&item=244.<br />
Note that publishing a manuscript as Just Accepted is not a means by which to comply<br />
with the NIH Public Access Mandate.<br />
ASAP Publication. Accepted manuscripts will be published on the “Articles ASAP”<br />
page on the Journal’s Web site as soon as page proofs are corrected and all author concerns<br />
are resolved. Publication on the Web usually occurs within 4 working days of receipt of page<br />
proof corrections, and this can be anywhere from 2 to 6 weeks in advance of the cover date of<br />
the issue. Manuscripts assigned to a special issue often remain published ASAP for several<br />
months. Authors should take this schedule into account when planning intellectual and patent<br />
activities related to a manuscript. The date on which an accepted paper is published on the<br />
Web is recorded on the Web version of the manuscript and on the first page of the PDF<br />
version.<br />
MANUSCRIPT PREPARATION<br />
Manuscript Format. Manuscripts must be prepared using accepted word-processing<br />
software, and all parts must be double-spaced. All pages must be numbered consecutively<br />
starting with the title page and including tables and figures. Lines in the abstract and text<br />
should be numbered consecutively from beginning to end in a separate column at the left. Do<br />
not put line numbers on pages with tables or figures. A standard font, in a size of 12 points or<br />
greater, must be used. The Journal requires authors to stay within a 20 typed page limit, not<br />
including references, tables, and figures.<br />
127
128<br />
Standard American English usage is required. Authors who are not familiar with<br />
standard American English are urged to seek assistance; deficiencies in grammar may be a<br />
serious hindrance during the review process.<br />
The ACS Style Guide (3rd ed., 2006; ISBN 0-8412-3999-1), available from Oxford<br />
University Press, Order Department, 201 Evans Road, Cary, NC 27513, provides a detailed<br />
treatment of the fundamentals of manuscript preparation. Refer to a current issue of the<br />
Journal for general style.<br />
The various sections of the manuscript should be assembled in the following sequence:<br />
Title and authorship (single page)<br />
Abstract and keywords (single page)<br />
Introduction<br />
Materials and Methods<br />
Results /Discussion<br />
Abbreviations Used<br />
Safety<br />
Acknowledgment<br />
Supporting Information description<br />
Literature Cited<br />
Figure captions<br />
Tables<br />
Figures<br />
Graphic for table of contents<br />
TITLE AND AUTHORSHIP<br />
The title, authorship, and institutional affiliations should be included on a single page.<br />
Title. The title should be specific, informative, and concise. Keywords in the title<br />
assist in effective literature retrieval. If a plant is referred to in the title or elsewhere in the text<br />
by its common or trivial name, it should be identified by its scientific name in parentheses<br />
immediately following its first occurrence. This term should also be provided as one of the<br />
keywords. If trade names are mentioned, give generic names in parentheses.<br />
Authorship. Be consistent in authorship designation on the manuscript and on all<br />
correspondence. First name, middle initial, and last name are generally adequate for correct<br />
identification, but omit titles. Give the complete mailing address of all institutions where<br />
work was conducted and identify the affiliation of each author. If the current address of an<br />
author is different, include it in a footnote on the title page. The name of the author to whom<br />
inquiries about the paper should be addressed must be marked with an asterisk; provide the<br />
telephone and fax numbers and e-mail address of this correspondent.<br />
ABSTRACT AND KEYWORDS<br />
Abstract. Authors’ abstracts are used directly for Chemical Abstracts. The abstract<br />
should be a clear, concise (100–150 words), one-paragraph summary, informative rather than<br />
descriptive, giving scope and purpose, experimental approach, significant results, and major<br />
conclusions. Write for literature searchers as well as journal readers.<br />
Keywords. Provide significant keywords to aid the reader in literature retrieval. The<br />
keywords are published immediately before the text, following the abstract.<br />
INTRODUCTION<br />
Discuss relationships of the study to previously published work, but do not reiterate or<br />
attempt to provide a complete literature survey. Use of Chemical Abstracts/Scifinder and<br />
other appropriate databases is encouraged to ensure that important prior publications or
patents are cited and that the manuscript does not duplicate previously published work. The<br />
purpose or reason for the research being reported, and its significance, originality, or<br />
contribution to new knowledge in the field, should be clearly and concisely stated.<br />
Do not include or summarize current findings in this section.<br />
MATERIALS AND METHODS<br />
Apparatus, reagents, and biological materials used in the study should be incorporated<br />
into a general section. List devices of a specialized nature or instruments that may vary in<br />
performance,<br />
such that the model used may affect the quality of the data obtained (e.g.,<br />
spectroscopic resolution).<br />
List and describe preparation of special reagents only. Reagents normally found in the<br />
laboratory and preparations described in standard handbooks or texts should not be listed.<br />
Specify the source, vendor [city and state (or city and country if non-U.S.)], and<br />
availability of special equipment, reagents, kits, etc. Do not include catalog numbers.<br />
Biological materials should be identified by scientific name (genus, species, authority,<br />
and family) and cultivar, if appropriate, together with the site from which the samples were<br />
obtained. Specimens obtained from a natural habitat should be preserved by deposit of<br />
samples in an herbarium for plants or in a culture collection for microorganisms, with a<br />
corresponding collection or strain number listed.<br />
Manuscripts describing studies in which live animals or human subjects are used must<br />
include a statement that such experiments were performed in compliance with the appropriate<br />
laws and institutional guidelines and also name the institutional committee that approved the<br />
experiments. Authors are encouraged to note the approval code or number or give the name of<br />
the approving office or official. (See Reporting Specific Data: Animal or Human Studies.)<br />
Manuscripts reporting data from inhumane treatment of experimental animals will be rejected.<br />
Specific experimental methods should be sufficiently detailed for others to repeat the<br />
experiments unequivocally. Omit details of procedures that are common knowledge to those<br />
in the field. Brief highlights of published procedures may be included, but details must be left<br />
to the Literature Cited, and verbatim repeat of previously published methods, even if done by<br />
the authors, will not be permitted unless a quotation from a published work is included, and<br />
placed in quotation marks, with the reference to the source included at the end of the<br />
quotation. Describe pertinent and critical factors involved in reactions so the method can be<br />
reproduced, but avoid excessive description. For information on the reporting of certain types<br />
of data see Reporting Specific Data.<br />
Describe statistical design and methods in this section.<br />
RESULTS/DISCUSSION<br />
Results and discussion may be presented in separate sections or combined into a single<br />
section, whichever format conveys the results in the most lucid fashion without redundancy.<br />
Be complete but concise in discussing findings, comparing results with previous work and<br />
proposing explanations for the results observed.<br />
All data must be accompanied by appropriate statistical analyses, including complete<br />
information on sampling, replication, and how the statistical method employed was chosen.<br />
Avoid comparisons or contrasts that are not pertinent, and avoid speculation<br />
unsupported by the data obtained.<br />
A separate summary or conclusion section is not to be used; any concluding<br />
statements are to be incorporated under Results and Discussion.<br />
ABBREVIATIONS AND NOMENCLATURE<br />
129
130<br />
Standard abbreviations, without periods, should be used throughout the manuscript.<br />
Refer to The ACS Style Guide for the preferred forms of commonly used<br />
abbreviations. Specialized abbreviations may be used provided they are placed in parentheses<br />
after the word(s) for which they are to substitute at first point of use and are again defined in<br />
this section. Avoid trivial names and “code” abbreviations (e.g., NAR for naringenin) unless<br />
such codes are in common usage (e.g., MTBE for methyl tert-butyl ether).<br />
If trade names are used, define at point of first use. If nomenclature is specialized,<br />
include a “Nomenclature” section at the end of the paper, giving definitions and dimensions<br />
for all terms. Use SI units insofar as possible. Refer to The ACS Style Guide for lists of SI<br />
units and a discussion of their use.<br />
Write all equations and formulas clearly and number equations consecutively. Place<br />
superscripts and subscripts accurately; avoid superscripts that may be confused with<br />
exponents. Identify typed letters and numbers that might be misinterpreted, such as “oh” for<br />
zero or “ell” for one. Chemistry numbering requiring primes should be identified as such (i.e.,<br />
3,3´-dihydroxy-), not by an apostrophe (e.g., 3,3’-dihydroxy- ).<br />
It is the authors’ responsibility to provide correct nomenclature. Structures should be<br />
included for uncommon chemicals, particularly when the systematic or common name is too<br />
complex or unclear to readily denote the structure. Such structures should be included as a<br />
figure or table. All nomenclature must be consistent and unambiguous and should conform<br />
with current American usage. Insofar as possible, authors should use systematic names similar<br />
to those used by Chemical Abstracts Service, the International Union of Pure and Applied<br />
Chemistry, and the International Union of Biochemistry and Molecular Biology. Chemical<br />
Abstracts (CA) nomenclature rules are described in Appendix IV of the Chemical Abstracts<br />
Index Guide. For CA nomenclature advice, consult the Manager of Nomenclature Services,<br />
Chemical Abstracts Service, P.O. Box 3012, Columbus, OH 43210-0012. A name generation<br />
service is available for a fee through CAS Client Services,<br />
2540 Olentangy River Road, P.O. Box 3343, Columbus, OH 43210-0334 [telephone<br />
(614) 447-3870; fax (614) 447-3747; e-mail answers@cas.org]. In addition, the ACS Web site<br />
has links to nomenclature recommendations at http://chemistry.org.<br />
SAFETY<br />
Authors are required to call special attention in their manuscripts to safety<br />
considerations such as explosive tendencies, special precautionary handling procedures, and<br />
toxicity.<br />
ACKNOWLEDGMENT<br />
Include essential credits but hold to an absolute minimum. Omit academic and social<br />
titles. Meeting presentation data and acknowledgment of financial support of the work should<br />
not be included here; give these instead in a note following the Literature Cited. It is the<br />
responsibility of the corresponding author to notify individuals named in the<br />
Acknowledgment.<br />
LITERATURE CITED<br />
Consult The ACS Style Guide and current issues of the Journal for examples of<br />
reference format.<br />
Authors should cite all prior published work directly pertinent to the manuscript.<br />
However, extensive bibliographies that go beyond a direct connection with the manuscript are<br />
discouraged. Prior work can often be covered by citation of a few leading references or of<br />
review articles. As a general guideline, authors should attempt to limit the literature cited to<br />
approximately 50 or fewer citations.
Authors are responsible for the accuracy of their references. References taken from a<br />
review or other secondary source should be checked for accuracy with the primary source.<br />
References should be listed on a separate page and numbered in the order in which<br />
they are cited in the text.<br />
References should be cited in the text by superscript numbers, for example, 1,2–5, etc.<br />
Give complete information, using the last name and initials of the author, patentee, or<br />
equivalent; do not use “Anonymous”.<br />
Follow Chemical Abstracts Service Source Index for abbreviations of journal titles.<br />
Because subscribers to the Web edition of the Journal are now able to click on the<br />
“Chemport” or other tag following each reference to retrieve the corresponding abstract from<br />
various Web resources, reference accuracy is critical.<br />
Typical references follow the styles given below.<br />
For journals:<br />
1. Brown, J.; Jones, M.; Green, D. Article title. J. Agric. Food Chem. 1980, 28, 1–4.<br />
(Use issue number only if each issue of the periodical begins with page 1.)<br />
For books:<br />
2. Smith, L; Caldwell, A. Chapter title. In Book Title, edition no.; Keys, F., Park, G.,<br />
Eds.; Publisher: City, State (or Country if non-U.S.), Year; Vol. no., pp.<br />
For Web pages:<br />
3. Black, A.; White, B. Page title. URL (http://etc.) (most recent access date).<br />
Papers should not depend for their usefulness on unpublished material, and excessive<br />
reference to material “in press” is discouraged. Reference to the authors’ own unpublished<br />
work is permitted if the subject is of secondary importance to the manuscript in question, but<br />
any unpublished results of central importance must be described in sufficient detail within the<br />
manuscript. If pertinent references are “in press” or unpublished for any reason, furnish copies<br />
to enable reviewers to evaluate the manuscript. An electronic copy of these materials should<br />
be uploaded according to the directions for review-only Supporting Information. “In press”<br />
references should include the Digital Object Identifier (DOI) assigned by the potential<br />
publisher.<br />
TABLES AND ARTWORK<br />
The tables and graphics (illustrations) should be inserted in the manuscript file after<br />
the Literature Cited section. Do not upload tables and graphics which are to be published in<br />
the manuscript as Supporting Information files.<br />
Tables and figures should be carefully designed to maximize presentation and<br />
comprehension of the experimental data with superfluous information excluded. Useful<br />
information not directly relevant to the discussion may be included under Supporting<br />
Information.<br />
Tables. Tables may be created using a word processor’s text mode or table format<br />
feature. The table format feature is preferred. Ensure each data entry is in its own table cell. If<br />
the text mode is used, separate columns with a single tab and use a line feed (enter) at the end<br />
of each row.<br />
Tables should be numbered consecutively with Arabic numerals and should be<br />
grouped after the Literature Cited section. Footnotes in tables should be given letter<br />
designations and be cited in the table by italic superscript letters. The sequence of letters<br />
should proceed by row rather than by column. Each table should be provided with a<br />
descriptive heading, which, together with the individual column headings, should make the<br />
table, as nearly as possible, self-explanatory. In setting up tabulations, authors are requested to<br />
131
132<br />
keep in mind the type area of the journal page (17.8 × 25.4 cm), and the column width (8.5<br />
cm), and to make tables conform to the limitations of these dimensions. Arrangements that<br />
leave many columns partially filled or that contain much blank space should be avoided.<br />
Conversely, arrangements that include >20 columns should be broken into two tables if<br />
possible. If significance of values is to be indicated, use a lower case letter, on line, one space<br />
after the value.<br />
Figures and Artwork. Insert the illustrations into the word-processing file following<br />
the Literature Cited. Artwork should be sequentially numbered using Arabic numbers.<br />
Schemes and charts may have titles and footnotes; figures should have captions.<br />
For bar charts, bars with hatching patterns generally reproduce well. Bars that range in<br />
shading from light to dark gray to black can usually be reproduced successfully, although we<br />
do not recommend any more that two shades of gray. A legend needs to be included within<br />
the figure itself rather than the patterns or shades included in the caption.<br />
For manuscripts containing gel patterns, use of a high-resolution digital scanner is<br />
recommended. Only high-quality digital reproductions will allow reviewers to correctly verify<br />
the experimental results. For an example of gel patterns see J. Agric. Food Chem. 2004, 52,<br />
5717–5723, Figures 2 and 3.<br />
Only readable and accurately represented images are acceptable; the Editors reserve<br />
the option to reject images that do not satisfactorily support points made in the manuscript or<br />
that are not of satisfactory quality for publication.<br />
The quality of the illustrations published in the Journal largely depends on the quality<br />
of the originals provided. Figures cannot be modified or enhanced by the journal production<br />
staff. Contrast is important. Each figure or photograph should be properly labeled.<br />
Illustrations must fit a one- or two-column format on the journal page. For efficient<br />
use of journal space, single-column illustrations are preferred.<br />
For best results, submit illustrations in the actual size at which they should appear in<br />
the journal. Illustrations that do not need to be reduced to fit a single or double column will<br />
yield the best quality. Lettering should be no smaller than 4.5 points. (Helvetica or Arial type<br />
works well for lettering.) Lines should be no thinner than 0.5 point. Lettering and lines should<br />
be of uniform density. Avoid the use of very large and very small lettering within the same<br />
figure.<br />
If artwork that must be reduced will be submitted, use larger lettering and thicker lines<br />
so that, when reduced, the artwork meets the above-mentioned parameters.<br />
Avoid using complex textures and shading to achieve a three-dimensional effect. To<br />
show a pattern, choose a simple crosshatch design.<br />
Color illustrations should be submitted only if they are essential for clarity of<br />
communication. Reproduction of color illustrations will be provided at no cost to the author.<br />
Do not submit color prints to be printed in black and white.<br />
Structural Formulas. Structural formulas should be included for all new chemicals and<br />
for existing chemicals for which chemical nomenclature and/or trivial names do not convey<br />
the structure adequately. Structural formulas are valuable in expressing concisely the precise<br />
nature of the compounds under discussion and revealing the essence of the subject to readers<br />
unfamiliar with the topic, without their necessary recourse to reference materials. The use of
chemical names without accompanying structures may cause readers to overlook the<br />
significance of the paper.<br />
Structures should be produced with the use of a drawing program such as ChemDraw.<br />
Structure drawing preferences (preset in the ACS Stylesheet in ChemDraw) are as follows:<br />
Using the ChemDraw ruler or appropriate margin settings, create structure blocks,<br />
schemes, and equations having maximum widths of 11.3 cm (one-column format) or 23.6 cm<br />
(two-column format). Note: if the foregoing preferences are selected as cm values, the<br />
ChemDraw ruler is calibrated in cm. Also note that a standard sheet of paper is only 21.6 cm<br />
wide, so all graphics submitted in two-column format must be prepared and printed in<br />
landscape mode.<br />
Use boldface type for compound numbers but not for atom labels or captions.<br />
Authors using other drawing packages should, as far as possible, modify their<br />
program’s parameters to reflect the above guidelines.<br />
TABLE OF CONTENTS GRAPHICS<br />
Authors of research articles, perspectives, and reviews are required to include a<br />
suitable graphic for publication in the table of contents (TOC) in the Web edition of the<br />
Journal. Submission of this graphic is mandatory. This graphic should capture the reader’s<br />
attention and, in conjunction with the manuscript’s title, give the reader a quick visual<br />
impression of the type of chemistry described. Structures should be constructed as specified<br />
under Structural Formulas above. The TOC graphic may be up to 4.7 in. (12.0 cm) wide and<br />
1.8 in. (4.6 cm) tall. (See detailed instructions at the Paragon Plus Web site.) Text should be<br />
limited to labels for compounds, reaction arrows, and figures. The use of color to enhance the<br />
scientific value is encouraged. The TOC graphic should be inserted on a separate page at the<br />
end of the manuscript file.<br />
SUPPORTING INFORMATION<br />
Extensive tables, graphs, spectra, calculations, and other material beyond a modest<br />
content in the published paper may be included in the Web edition of the Journal. These will<br />
not be part of the published article but can be accessed separately on the Web by readers.<br />
Supporting Information must be submitted at the same time as the manuscript and<br />
uploaded separately to the ACS Paragon Plus environment. A list of acceptable file types is<br />
available on the Web. All Supporting Information files of the same type should be prepared as<br />
a single file (rather than submitting a series of files containing individual images or<br />
133
134<br />
structures). For example, all Supporting Information available as PDF files should be<br />
contained in one PDF file.<br />
The material should be described in a paragraph inserted between the<br />
Acknowledgment and the Literature Cited sections, using the following format: “Supporting<br />
Information Available: Description. This material is available free of charge via the Internet at<br />
http://pubs.acs.org.”<br />
Components of the Supporting Information should be clearly labeled.<br />
DO NOT UPLOAD FIGURES AND TABLES THAT ARE TO BE PUBLISHED IN<br />
THE ARTICLE INTO THE SUPPORTING INFORMATION FILE. Figures and tables that<br />
will appear in the published article are to be inserted in the manuscript directly after the<br />
Literature Cited section.<br />
CURRENTLY ACCEPTABLE WORD-PROCESSING PACKAGES<br />
Refer to the Paragon Plus environment Web site for acceptable software packages.<br />
LaTeX users should follow the guidelines given on the Web.<br />
REVISIONS AND RESUBMISSIONS<br />
For all revisions:<br />
• Clearly identify the manuscript as a revision; reference the manuscript number.<br />
• Include an itemized list of changes, with a response to each comment made by the<br />
Editor and by each reviewer.<br />
• Be aware that the manuscript may be sent for additional review, to the same or<br />
additional reviewers, at the discretion of the Editor.<br />
• Please upload the signed Journal Publishing Agreement or fax it to the assigned<br />
Editor.<br />
For all resubmissions:<br />
• Clearly identify all resubmissions; reference the previous manuscript number.<br />
• Include an itemized list of changes, including a response to each comment made by<br />
the Editor and by each reviewer.<br />
• Please upload the signed Journal Publishing Agreement or fax it to the assigned<br />
Editor.<br />
JOURNAL PUBLISHING AGRE<strong>EM</strong>ENT<br />
A properly completed and signed Journal Publishing Agreement (JPA) must be<br />
submitted for each manuscript. ACS Paragon Plus provides an electronic version of the JPA<br />
that will be available on the My Authoring Activity tab of the Corresponding Author's Home<br />
page once the manuscript has been assigned to an Editor. A PDF version of the Agreement is<br />
also available, but authors are strongly encouraged to use the electronic JPA. If the PDF<br />
version is used, all pages of the signed PDF JPA must be submitted. If the corresponding<br />
author cannot or should not complete either the electronic or PDF version for any reason,<br />
another author should complete and sign the PDF version of the form. Forms and complete<br />
instructions are available at http://pubs.acs.org/page/copyright/journals/index.html. For<br />
questions about the form or about signing the form, contact the ACS Copyright Office at<br />
(202) 872-4368 or -4367.<br />
Note: Authors who are not U.S. Government employees or bona fide agents should<br />
sign Part A of the form only. If ALL of the authors were employees or bona fide agents of the<br />
U.S. Government when the paper was prepared, the work is a work of the U.S. Government<br />
and only Part B, “U.S. Government Employees”, should be signed if BOTH of the following<br />
circumstances apply:
• ALL authors are or were bona fide officers or employees of the U.S. Government<br />
when the paper was prepared.<br />
• The work is a work of the U.S. Government, prepared by an officer/employee of the<br />
U.S. Government as part of official duties.<br />
If the work was prepared under a U.S. Government contract or is coauthored by a non-<br />
U.S. Government employee, the work is not a work of the U.S. Government; DO NOT SIGN<br />
PART B. Sign only Part A of the form. Call the ACS Copyright Office at the above telephone<br />
number for assistance.<br />
PROOFS AND REPRINTS<br />
Proofs. The corresponding author of an accepted manuscript will receive e-mail<br />
notification and complete instructions when page proofs are available for review via a secure<br />
Web site. It is the responsibility of the corresponding author to ascertain that all coauthors<br />
agree with the corrections before the corrections are returned. Corrections should be<br />
designated by galley proof line number. Galley proof corrections should be returned within 48<br />
h of receipt to ensure timely publication of the manuscript. Routine rephrasing of sentences or<br />
additions are not permitted at the page proof stage. Alterations should be restricted to serious<br />
changes in interpretation or corrections of data. Extensive or important changes on page<br />
proofs, including changes to the title or list of authors, are subject to Editorial review.<br />
ACS Policies for E-prints and Reprints. Under the ACS Articles on Request policy,<br />
the Society will provide (free of charge) to all contributing authors a unique URL within the<br />
ACS Web site that they may e-mail to colleagues or post on external Web sites. These authordirected<br />
links are designed to facilitate distribution of an author’s published work to interested<br />
colleagues in lieu of direct distribution of the PDF file by the author. The ACS Articles on<br />
Request policy allows 50 downloads within the first year after Web publication and unlimited<br />
access via the same author-directed links 12 months after Web publication.<br />
The ACS AuthorChoice option establishes a fee-based mechanism for authors or their<br />
research funding agencies to sponsor the open availability of their articles on the Web at the<br />
time of online publication. Under this policy, the ACS as copyright holder will enable<br />
unrestricted Web access to a contributing author’s publication from the Society’s Web site in<br />
exchange for a fixed payment from the sponsoring author. ACS AuthorChoice will also<br />
enable participating authors to post electronic copies of published articles on their own<br />
personal Web sites and institutional repositories for noncommercial scholarly purposes and<br />
allow immediate open access to an article as soon as it is published on the ACS Web site.<br />
When authors are sent the proof of their paper, they will receive a link to a Web site<br />
where they may order author reprints. They may also call Cierant Corporation, (866) 305-<br />
0111, from 9 a.m. to 5 p.m. EST. Reprints will be shipped within two weeks after the issue<br />
publication date. Neither the Editors nor the Washington ACS Office keeps a supply of<br />
reprints; requests for single copies of papers should be addressed to the corresponding author<br />
of the paper concerned.<br />
REPORTING SPECIFIC DATA<br />
Bioactivity. Manuscripts reporting on bioactivity of plant-derived or other extracts<br />
must also include identification and characterization of individual chemicals responsible for<br />
the observed bioactivity.<br />
Gas Chromatographic Methods. For manuscripts in which gas chromatographic<br />
methods are used, see “Reporting of Gas Chromatographic Methods”, by Morton Beroza and<br />
Irwin Hornstein [J. Agric. Food Chem. 1973, 21, 7A (located at the back of the January 1973<br />
135
136<br />
issue or as a link from the Journal’s Author Information page)]. Consult recent issues for<br />
examples of GC, LC, and other instrument parameter descriptions.<br />
Spectroscopic Data. This is a guide only; in certain cases different methods of data<br />
presentation may be more suitable. Authors are encouraged to consult examples of data<br />
presentation published in recent issues of the Journal for appropriate style and format.<br />
Complete infrared, NMR, mass, or other spectra will be published only if novel or necessary<br />
to substantiate points made under the Results or Discussion sections. Such presentations take<br />
up valuable space, and essentially the same information can frequently be put into a much<br />
more compact form by simply listing the position and intensity of the maxima. It is usually<br />
not necessary to list all of the maxima in the spectra to provide an adequate description.<br />
Report the type of instrument used (e.g., in mass spectrometry, whether magnetic, quadrupole,<br />
etc.) and also the type of cell, the solvent (if any), and the state of the sample (whether liquid,<br />
gas, solution, etc.).<br />
Mass Spectra. List the molecular ion and about 10 of the major ions with their<br />
intensities in parentheses, or more preferably use the method outlined by H. S. Hertz, R. A.<br />
Hites, and K. Biemann (Anal. Chem. 1971, 43, 681–691). This method involves dividing the<br />
spectrum into consecutive regions of 14 mass units starting at m/z 6 (i.e., 6–19, 20–33, 34–47,<br />
48–61, etc.). The two most intense ions in each region are then listed. Intensities, relative to<br />
the most intense ion, the intensity of which is taken as 100, are shown in parentheses<br />
immediately following the m/z value; for example: hexanal, mass spectrum found (70 eV, two<br />
most intense ions each 14 mass units above m/z 34): 43 (86), 44 (100), 56 (86), 57 (65), 71<br />
(28), 72 (33), 82 (18), 85 (5), 97 (2), 100 (2). If the molecular ion does not appear in this<br />
presentation, the author should indicate it separately.<br />
Nuclear Magnetic Resonance (1H NMR or 13C NMR) Spectra. The frequency used,<br />
the solvent, and also temperature (if other than ambient) are first specified. The type of unit<br />
used (δ or τ) is then stated, followed by the position of the center of gravity of the sharp line,<br />
broad line, or spin–spin multiplet in these units. This is then followed by information in<br />
parentheses which (1) describes the type of splitting, that is, singlet as s, doublet as d, triplet<br />
as t, quadruplet as qd, multiplet as m; (2) gives the value of the number of protons the area<br />
represents; (3) gives the coupling constant J; and (4) gives the part of the molecule connected<br />
with the particular absorption with the protons involved underlined.<br />
An example would be 1H NMR for ethanol (60 MHz, CCl4): δ 1.22 (t, 3, J = 7 Hz,<br />
CH2CH3), 2.58 (s, 1, OH), 3.70 (qd, 2, J = 7 Hz, OCH2CH3).<br />
Other Spectra. In general, list position and intensity of the maxima. In some cases it<br />
may be desirable to list points of inflection.<br />
A brief explanation should be given for any abbreviations not in common use.<br />
Examples:<br />
• Reporting liquid chromatography (HPLC) and HPLC/MS: “Analysis of Polyphenolic<br />
Antioxidants from the Fruits of Three Pouteria Species by Selected Ion Monitoring Liquid<br />
Chromatography–Mass Spectrometry”, by Jun Ma et al. J. Agric. Food Chem. 2004, 52,<br />
5873–5878.<br />
• Reporting data in detail, including UV shifts and IR spectra: “Characterization of<br />
Vegetable Oils: Detailed Compositional Fingerprints Derived from Electrospray Ionization<br />
Fourier Transform Ion Cyclotron Resonance Mass Spectrometry”, by Zhigang Wu et al. J.<br />
Agric. Food Chem. 2004, 52, 5322–5328.<br />
Novel Compound Characterization. For a discussion of the Journal’s expectations for<br />
compound characterization, please read “Compound Identification: A Journal of Agricultural<br />
and Food Chemistry Perspective” by R. J. Molyneux and P. Schieberle. J. Agric. Food Chem.<br />
2007, 55, 4625–4629 (DOI: 10.1021/jf070242j). It is essential that novel compounds, either
synthetic or isolated from natural sources, be characterized rigorously and unequivocally.<br />
Supporting data normally include physical form, melting point (if solid), UV/IR spectra if<br />
appropriate, 1H and 13C NMR, mass spectrometric data, and optical rotation (when<br />
compounds have chiral centers).<br />
Examples:<br />
• Reporting X-ray data: “Racemic and Enantiopure Synthesis and Physicochemical<br />
Characterization of the Novel Taste Enhancer N-(1-Carboxyethyl)-6-<br />
(hydroxymethyl)pyridinium-3-ol Inner Salt”, by Renaud Villard et al. J. Agric. Food Chem.<br />
2004, 51, 4040–4045.<br />
• Reporting data in detail, including UV shifts: “Novel Flavonol Glycoside, 7-O-Methyl<br />
Mearnsitrin, from Sageretia theezans and Its Antioxidant Effect”, by Shin-Kyo Chung et al. J.<br />
Agric. Food Chem. 2004, 52, 4664–4668.<br />
• Reporting data for previously known compounds: “Phenolic Constituents and<br />
Antioxidant Activity of Wendita calysina Leaves (Burrito), a Folk Paraguayan Tea”, by Anna<br />
Lisa Piccinelli et al. J. Agric. Food Chem. 2004, 52, 5863–5868.<br />
Flavor Constituents. Manuscripts reporting on flavor constituents should conform to<br />
the recommendations made by the International Organization of the Flavor Industry [for<br />
details, see the Editorial in the October 1996 issue of J. Agric. Food Chem. (44, 2941–2941)].<br />
In brief, any identification of a flavoring substance must pass scrutiny of the latest forms of<br />
available analytical techniques. In practice, this means that any particular substance must have<br />
its identity confirmed by at least two methods, for example, comparison of chromatographic<br />
and spectrometric data (which may include GC, MS, IR, and NMR) with those of an authentic<br />
sample. If only one method has been applied (MS data alone or retention index or Kovats<br />
index alone), the identification shall be labeled “tentative”. In addition, authors are<br />
encouraged to include at least semiquantitative data on the concentration of an identified<br />
component in the original source, for example, foodstuff or plant part. Ranges such as
138<br />
or similarities in data sets. Refer to a standard statistics reference such as Statistical Methods,<br />
8th ed.; Snedecor, G. W., Cochran, W. G., Eds.; University Press: Ames, IA, 1989.<br />
Animal or Human Studies. Manuscripts describing studies in which the use of live<br />
animals or human subjects is involved must include under Materials and Methods a statement<br />
that such experiments were performed in compliance with the appropriate laws and<br />
institutional guidelines, and also name the institutional committee that approved the<br />
experiments. For experiments with human subjects, a statement that informed consent was<br />
obtained from each individual must be included and the consent forms made available to the<br />
Journal on request. Reviewers of manuscripts involving animal or human experiments will be<br />
asked to comment specifically on the appropriateness and conformity to regulations of such<br />
experiments. Authors are encouraged to note the approval code or number or give the name of<br />
the approving office of official.<br />
Animal Subjects. The use of animals in a study should be employed only when there<br />
are no alternative methods for investigating the fundamental questions of the study. In such<br />
cases, it is the ethical responsibility of all authors to ensure that the care of animals is of the<br />
highest possible order, that pain and/or distress is minimized, and that the numbers involved<br />
are strictly limited to those essential to fulfill the experimental design. In the United States the<br />
care and use of laboratory animals is regulated by the U.S. Department of Agriculture<br />
(USDA) under the Animal Welfare Act. Links to the regulations and other information are<br />
available at http://www.aphis.usda.gov/animal_welfare/links.shtml. It is recognized that<br />
researchers in other countries may be governed by different laws and regulations. In such<br />
cases, experiments should be designed to conform either to the above USDA regulations or to<br />
the International Guiding<br />
Principles for Biomedical Research Involving Animals (1985), available at<br />
http://www.cioms. ch/publications/guidelines/1985_texts_of_guidelines.htm.<br />
Human Subjects. The use of human subjects in experimental studies requires informed<br />
consent. Such consent requires that the subjects be informed completely not only about the<br />
procedures involved but also about the aims, design, and expected outcomes of the study.<br />
Consent must be obtained not only when subjects are involved directly in the study but also<br />
when samples (tissue, blood, plasma, etc.) are required for in vitro experiments. In the United<br />
States the protection of human research subjects is regulated by the U.S. Department of<br />
Health and Human Services (HHS). Regulations are available at http://www.hhs.gov/ohrp/ .<br />
Laws and regulations governing researchers in other countries must be observed, but<br />
experiments should be designed to conform to the intent of the HHS regulations as far as<br />
possible.<br />
In relation to the subject matter of the Journal, experiments involving taste and food<br />
quality evaluation and consumer acceptance are exempt from the above regulations [CFR<br />
46.101 (b) (6)]. However, it should be noted that this would not exempt studies in which<br />
extracts, isolates, pure compounds, etc., obtained from conventional food sources are<br />
subjected to such evaluation.<br />
The Journal will reject any manuscript for which there is reason to believe that animals<br />
have been subjected to unnecessary pain or distress or when informed consent of human<br />
subjects is absent or incomplete.<br />
Editor Contact Information:<br />
James N. Seiber, Editor<br />
Journal of Agricultural and Food Chemistry<br />
Department of Environmental Toxicology<br />
University of California – U.S.A.<br />
One Shields Avenue; Davis, California 95616<br />
Telephone (530) 754-7005 E-mail jafc@jafc.acs.org
ANEXO C - Manual para publicação na Revista Instituto Adolfo Lutz<br />
INSTRUÇÕES AOS AUTORES<br />
A Revista do Instituto Adolfo Lutz (RIAL), iniciada em 1941, é uma publicação trimestral<br />
com a missão de divulgar resultados de investigações científicas relacionadas às ações de<br />
promoção à saúde, prevenção e controle de agravos e doenças de interesse em saúde pública,<br />
além de incentivar a produção de artigos científicos nas áreas de vigilância epidemiológica e<br />
sanitária e de proporcionar a atualização e aprimoramento de profissionais da área em âmbito<br />
nacional e internacional.<br />
A RIAL é inter e multidisciplinar, arbitrada, aberta a contribuições de autores nacionais e<br />
estrangeiros. Publica prioritariamente pesquisas originais com contribuições relevantes na<br />
área laboratorial em saúde pública, realizadas com rigor científico e que possam ser replicadas<br />
e generalizadas.<br />
Política Editorial<br />
Editada nos formatos impresso e eletrônico, a RIAL tem interesse por trabalhos originais em<br />
todas as áreas laboratoriais em saúde púbica. São também publicadas outras contribuições<br />
inéditas, desde que sobre temas atuais e importantes – revisões de literatura, comunicações<br />
breves e notas científicas – além de resumos de teses e dissertações.<br />
Os manuscritos devem destinar-se exclusivamente à RIAL, não sendo permitida sua<br />
apresentação simultânea a outro periódico. As contribuições podem ser apresentadas em<br />
português ou inglês.<br />
Os manuscritos submetidos são analisados inicialmente pelos editores quanto ao atendimento<br />
aos padrões da RIAL e às normas para o envio dos originais. Aqueles manuscritos<br />
selecionados são encaminhados para avaliação por pares externos de área pertinente, sempre<br />
de instituições distintas àquela da origem do manuscrito, sendo garantido o anonimato e a<br />
confidencialidade durante todo o processo de avaliação. Após receber os pareceres, o Corpo<br />
Editorial, que detém a decisão final sobre a publicação ou não do texto, avalia a aceitação do<br />
texto sem modificações, a recusa ou a devolução ao autor com as sugestões apontadas pelos<br />
relatores.<br />
Os manuscritos submetidos devem atender à política editorial da RIAL e às Instruções aos<br />
Autores, que seguem os Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical<br />
Journals: Writing and Editing for Biomedical Publication (http://www.icmje.org).<br />
139
140<br />
Os critérios éticos da pesquisa devem ser respeitados. Os autores devem explicitar em<br />
MÉTODOS que a pesquisa foi conduzida dentro dos padrões exigidos pela Declaração de<br />
Helsink e aprovada por comissão de ética (CEP) reconhecida pela Comissão Nacional de<br />
Ética em Pesquisa (CONEP) – vinculada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS) – bem como<br />
registro dos estudos de ensaios clínicos em base de dados, conforme recomendação aos<br />
editores da Lilacs e Scielo, disponível em: http://bvsmodelo.bvsalud.org/site/lilacs/<br />
homepage.htm.<br />
O nome da base de dados, sigla e/ou número do ensaio clínico, assim como o número do<br />
processo e o nome da comissão de ética que aprovou o projeto, deverão ser colocados ao final<br />
do RESUMO. Nos casos de ensaios envolvendo animais, estes deverão atender a Lei Federal<br />
9605 contra crimes ambientais, a Lei Federal 6638/76 e a Lei 11.794/08, que normatiza a<br />
utilização de animais em pesquisa científica. Os autores deverão ter em seu poder todos os<br />
documentos referentes a este procedimento, que poderão ser solicitados em qualquer<br />
momento pelos editores.<br />
Os autores serão responsáveis por reconhecer e revelar conflitos financeiros, de interesse<br />
comercial e/ou associativo, relacionados ao material de trabalho ou outros que possam<br />
influenciá-los, apresentando uma declaração sobre a existência ou não de tais conflitos. Os<br />
relatores também devem revelar aos editores qualquer conflito que possa influir ou impedir as<br />
suas avaliações.<br />
Os manuscritos publicados são de propriedade da RIAL. A transferência de direitos autorais<br />
será solicitada após a aprovação do manuscrito para publicação.<br />
Informações Gerais<br />
Os manuscritos submetidos à publicação na RIAL devem ser apresentados de acordo com as<br />
Instruções aos Autores.<br />
São aceitos manuscritos nos idiomas: português e inglês.<br />
O manuscrito deve ser encaminhado em formato eletrônico (e-mail) ou impresso, aos<br />
cuidados do editor-chefe da RIAL, no seguinte endereço:<br />
Revista do Instituto Adolfo Lutz (RIAL)<br />
Núcleo de Acervo<br />
Av. Dr. Arnaldo, 355 - Cerqueira César - São Paulo - SP - Brasil - CEP: 01246-902<br />
Ou por meio eletrônico em rial@saude.sp.gov.br<br />
Pormenores sobre os itens exigidos para apresentação do manuscrito estão descritos a seguir.<br />
1. Categoria de artigos
1.1 Artigos Originais: Incluem estudos relacionados à prevenção e controle de agravos e à<br />
promoção à saúde. Devem ser baseados em novos dados ou perspectivas relevantes para<br />
saúde pública. Cada artigo deve conter objetivos e hipóteses claras, desenho e métodos<br />
utilizados, resultados, discussão e conclusões.<br />
Informações complementares:<br />
■ Devem ter até 20 laudas impressas, excluindo resumos, tabelas, figuras e referências.<br />
■ As tabelas, figuras, gráficos e fotos, limitadas a 05 no conjunto, devem incluir apenas os<br />
dados imprescindíveis. As figuras não devem repetir dados já descritos em tabelas.<br />
■ As referências bibliográficas, limitadas a 40, devem incluir apenas aquelas estritamente<br />
pertinentes e relevantes à problemática abordada. Deve-se evitar a inclusão de número<br />
excessivo de referências numa mesma citação. Citações de documentos não publicados e não<br />
indexados na literatura científica (teses, relatórios e outros) devem ser evitadas.<br />
■ Os resumos em português e em inglês (abstract) devem ter até 200 palavras, com a<br />
indicação de 3 a 6 palavras-chave (key words).<br />
A estrutura dos artigos originais de pesquisa é a convencional: Introdução, Material e<br />
Métodos, Resultados, Discussão e Conclusão, embora outros formatos possam ser aceitos,<br />
mas respeitando a lógica da estrutura de artigos científicos.<br />
2. Apresentação do manuscrito: Os textos devem ser redigidos em processador de texto<br />
Word for Windows 2003 ou compatível, no formato A4, espaço duplo, fonte Times New<br />
Roman, tamanho 12. Devem ser evitados arquivos compactados. A estrutura do manuscrito<br />
deve estar em conformidade com as normas do Sistema Vancouver – Título; Autores e<br />
Instituições; Resumo e Abstract; Introdução; Material e Métodos; Resultados; Discussão;<br />
Conclusão; Agradecimentos; Referências; Tabelas; Figuras e Fotografias.<br />
2.1 Página de Identificação: Deve constar: Título em português e em inglês: O título deve<br />
ser conciso, completo e conter informações. Se o manuscrito for submetido em inglês, deve<br />
ser fornecido um título em português.<br />
Autores: De acordo com o International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), são<br />
considerados autores aqueles que contribuíram substancialmente para a concepção e<br />
planejamento, ou análise e interpretação dos dados; contribuíram significativamente na<br />
elaboração do rascunho ou na revisão crítica do conteúdo e participaram da aprovação da<br />
versão final do mesmo. Somente a aquisição de financiamento, a coleta de dados ou<br />
supervisão geral de grupos de pesquisa não justificam autoria – maiores esclarecimentos sobre<br />
autoria podem ser encontrados na página do ICMJE (http://www.icjme.org). Deve constar o<br />
nome completo, sem abreviações e com último sobrenome em caixa alta (exemplo: Ana<br />
Maria Camargo da SILVA) e o e-mail de todos os autores. O autor responsável para troca de<br />
correspondência deve estar assinalado com asterisco (*) e apresentar também o endereço<br />
completo.<br />
141
142<br />
Afiliação: Deve ser indicada a instituição à qual cada autor está afiliado, na seguinte<br />
ordem de hierarquias institucionais de afiliação: laboratório, setor, seção, serviço,<br />
divisão, departamento, instituto, faculdade e universidade.<br />
Financiamento da pesquisa: Se a pesquisa foi subvencionada, indicar o tipo de auxílio, o<br />
nome da agência financiadora e o respectivo número do processo.<br />
Apresentação prévia: Quando baseado em tese ou dissertação, indicar o nome do autor,<br />
título, ano, nome do programa de pós-graduação e instituição onde foi apresentada.<br />
Quando apresentado em evento científico, indicar o nome do evento, local e ano da<br />
realização.<br />
2.2 Preparo do manuscrito:<br />
Resumo/Abstract: Todos os textos deverão ter resumos em português e inglês,<br />
dimensionados para ter até 200 palavras. Como regra geral, o resumo deve incluir<br />
objetivos do estudo, principais procedimentos metodológicos, principais resultados e<br />
conclusões.<br />
Palavras-chave/key words: Devem ser indicados entre 3 a 6 descritores do conteúdo,<br />
extraídos do vocabulário Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da Bireme (disponível em<br />
http://www.bireme.br) nos idiomas português e inglês. Em inglês, com base no Medical<br />
Subject Headings (MeSH).<br />
Caso não sejam encontrados descritores adequados para a temática do manuscrito, poderão ser<br />
indicados termos não existentes nos conjuntos citados.<br />
Estrutura do texto:<br />
A) Introdução: Deve ser breve, relatando o contexto e a justificativa do estudo, apoiados em<br />
referências pertinentes ao objetivo do manuscrito, sintetizando a importância e destacando as<br />
lacunas do conhecimento abordadas. Não deve incluir dados ou conclusões do estudo em<br />
referência<br />
B) Material e Métodos: Os procedimentos adotados devem ser descritos claramente, bem<br />
como as variáveis analisadas, com a respectiva definição, quando necessária, e a hipótese a<br />
ser testada. Devem ser descritas a população e a amostra, instrumentos de medida, com a<br />
apresentação, se possível, de medidas de validade e conter informações sobre a coleta e<br />
processamento de dados. Deve ser incluída a devida referência para os métodos e técnicas<br />
empregados, inclusive os métodos estatísticos; métodos novos ou substancialmente<br />
modificados devem ser descritos, justificando as razões para seu uso e mencionando suas<br />
limitações. Os critérios éticos da pesquisa devem ser respeitados; os autores devem explicitar<br />
que a pesquisa foi conduzida dentro de padrões éticos e foi aprovada por comitê de ética,<br />
indicando o nome do comitê de ética, número e data do registro.<br />
C) Resultados: Devem ser apresentados em uma sequência lógica, iniciando-se com a<br />
descrição dos dados mais importantes. Tabelas e figuras devem ser restritas àquelas<br />
necessárias para argumentação e a descrição dos dados no texto deve ser restrita aos mais<br />
importantes. Os gráficos devem ser utilizados para destacar os resultados mais relevantes e<br />
resumir relações complexas. Dados em gráficos e tabelas não devem ser duplicados nem<br />
repetidos no texto. Os resultados numéricos devem especificar os métodos estatísticos<br />
utilizados na análise.<br />
D) Discussão: A partir dos dados obtidos e resultados alcançados, os novos e importantes<br />
aspectos observados devem ser interpretados à luz da literatura científica e das teorias
existentes no campo. Argumentos e provas baseadas em comunicação de caráter pessoal ou<br />
divulgadas em documentos restritos não podem servir de apoio às argumentações do autor.<br />
Tanto as limitações do trabalho quanto suas implicações para futuras pesquisas devem ser<br />
esclarecidas. Incluir somente hipóteses e generalizações baseadas nos dados do trabalho. As<br />
conclusões podem finalizar esta parte, retomando o objetivo do trabalho ou serem<br />
apresentadas em item separado.<br />
E) Agradecimentos: Este item é opcional e pode ser utilizado para mencionar os nomes de<br />
pessoas que, embora não preencham os requisitos de autoria, prestaram colaboração ao<br />
trabalho. Será preciso explicitar o motivo do agradecimento, por exemplo, consultoria<br />
científica, revisão crítica do manuscrito, coleta de dados, etc. Deve haver permissão expressa<br />
dos nomeados e o autor responsável deve anexar a Declaração de Responsabilidade pelos<br />
Agradecimentos. Também pode constar desta parte apoio logístico de instituições.<br />
2.3 Citação no texto: A exatidão das referências é de responsabilidade dos autores.<br />
Devem ser indicadas pelo seu número na listagem, na forma de expoente, sem uso de<br />
parênteses, colchetes e similares. Nos casos em que há citação do nome do autor, o<br />
número da referência deve ser colocado a seguir do nome do autor. Trabalhos com dois<br />
autores devem fazer referência aos dois autores ligados por "e". Nos outros casos<br />
apresentar apenas o primeiro autor (seguido de et al, em caso de autoria múltipla).<br />
Exemplos: Nos Estados Unidos e Canadá, a obrigatoriedade da declaração dos nutrientes no<br />
rótulo do alimento é mais antiga e foram desenvolvidos métodos hidrolíticos, como o AOAC<br />
996.061, de extração e determinação da GT por cálculo a partir dos AG obtidos por<br />
cromatografia gasosa com detector de ionização em chama (GC/DIC)2,3.<br />
Segundo Chang et al31 , o aumento do tamanho das partículas resulta numa redução da área<br />
de superfície conferindo uma melhora na retenção e estabilidade das mesmas.<br />
2.4 Referências: Listadas ao final do texto, devem respeitar a quantidade definida para cada<br />
categoria de artigos aceitos pela RIAL. As referências devem ser normalizadas de acordo com<br />
o estilo Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals: Writing<br />
and Editing for Biomedical Publication, numeradas consecutivamente na ordem em que<br />
foram mencionadas a primeira vez no texto.<br />
Os títulos de periódicos devem ser referidos de forma abreviada, de acordo com o Medline,<br />
disponível no endereço http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?db=journals. Para consultar<br />
periódicos nacionais e latino-americanos: http://portal.revistas.bvs.br/<br />
main.php?home=true&lang=pt.<br />
No caso de publicações com até seis autores, citam-se todos; acima de seis, citam-se os seis<br />
primeiros, seguidos da expressão latina "et al". Referências de um mesmo autor devem ser<br />
organizadas em ordem cronológica crescente.<br />
Exemplos:<br />
Artigos de periódicos:<br />
Aued-Pimentel S, Zenebon O. Lipídios totais e ácidos graxos na informação nutricional do<br />
rótulo dos alimentos embalados: aspectos sobre legislação e quantificação. Rev Inst Adolfo<br />
Lutz. 2009;68(2):121-6.<br />
143
144<br />
Weihrauch JL, Posati LP, Anderson BA, Exler J. Lipid conversion factors for calculating fatty<br />
acids contents of foods. J Am Oil Chem Soc. 1977;54:36-40.<br />
Hennington EA. Acolhimento como prática interdisciplinar num programa de extensão. Cad<br />
Saude Coletiva [Internet]. 2005;21(1):256-65. Disponível em:<br />
[http://www.scielo.br/pdf/csp/v21n1/28.pdf].<br />
Livros:<br />
Ringsven MK, Bond D. Gerontology and leadership skills for nurses. 2ª ed. Albany<br />
(NY):Delmar Publishers;1996.<br />
Lopez D, organizador. Estudos epidemiológicos qualitativos. São Paulo: James Martim; 2009.<br />
Institute of Medicine (US). Looking at the future of the Medicaid program. Washington (DC):<br />
The Institute; 1992.<br />
Foley KM, Gelband H, editors. Improving palliative care for cancer. Washington: National<br />
Academy Press 2001[acesso 2003 Jul 13]. Disponível em:<br />
[http://www.nap.edu/catalog.php?record_id=10149].<br />
Capítulos de livro:<br />
Wirdh L. História da Epidemiologia. In: Lopez D, organizador. Estudos epidemiológicos<br />
qualitativos. São Paulo: James Martim; 2009.p.64-76.<br />
Dissertações, teses e monografias:<br />
Santos EP. Estabilidade química da manteiga da terra [dissertação de mestrado]. Bananeiras<br />
(PB): Universidade Federal da Paraíba;1995.<br />
Moreschi ECP. Desenvolvimento e validação de métodos cromatográficos e avaliação da<br />
estabilidade de vitaminas hidrossolúveis em alimentos [tese de doutorado]. São Paulo (SP):<br />
Universidade de São Paulo; 2006.<br />
Trabalhos de congressos, simpósios, encontros, seminários e outros:<br />
Barboza et al. Descentralização das políticas públicas em DST/Aids no Estado de São Paulo.<br />
III Encontro do Programa de Pós-Graduação em Infecções e Saúde Pública; agosto de 2004;<br />
São Paulo: Rev Inst Adolfo Lutz. p. 34 [resumo 32-SC].<br />
Dados eletrônicos:<br />
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP. O que<br />
fazemos/Qualidade da água. [acesso 2008 Set 17]. Disponível em:<br />
[http://www.sabesp.com.br/CalandraWeb/CalandraRedirect/?temp=4&proj=sabesp&pub=T&<br />
db=&doci].<br />
Legislação:
Brasil. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o<br />
Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial [da]<br />
Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF, 10 jan. 2001. Seção 1, nº7-E. p.45-53.<br />
Autoria institucional:<br />
Instituto Adolfo Lutz (São Paulo - Brasil). Métodos físico-químicos para análise de alimentos:<br />
normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. 4ª ed. Brasília (DF): ANVISA; 2005.<br />
Organización Mundial de la Salud – OMS. Como investigar el uso de medicamentos em los<br />
servicios de salud. Indicadores seleccionados del uso de medicamentos. Ginebra; 1993. (DAP.<br />
93.1).<br />
Patente:<br />
Larsen CE, Trip R, Johnson CR, inventors: Novoste Corporation, assignee. Methods for<br />
procedures related to eletrophysiology of the heart. US patent 5,529,067. 1995 Jun 25.<br />
Casos não contemplados nesta instrução devem ser citados conforme indicação do Committee<br />
of Medical Journals Editors (Grupo Vancouver), disponível em: http://www.cmje.org.<br />
Referências a documentos não indexados na literatura científica mundial, em geral de<br />
divulgação circunscrita a uma instituição ou a um evento (teses, relatórios de pesquisa,<br />
comunicações em eventos, dentre outros) e informações extraídas de documentos eletrônicos,<br />
não mantidas permanentemente em sites, se relevantes, devem figurar no rodapé das páginas<br />
do texto onde foram citadas.<br />
2.5 Números de figuras e tabelas: A quantidade de figuras e tabelas de cada manuscrito<br />
deve respeitar a quantidade definida para cada categoria de artigos aceitos pela RIAL. Todos<br />
os elementos gráficos ou tabulares apresentados serão identificados como figura ou tabela, e<br />
numerados seqüencialmente a partir de um, e não como quadros, gráficos, etc.<br />
A) Tabelas: Devem ser apresentadas em arquivos separados, numeradas consecutivamente<br />
com algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no texto. A cada uma deve-se<br />
atribuir um título breve, não se utilizando traços internos horizontais ou verticais. As notas<br />
explicativas devem ser limitadas ao menor número possível e colocadas no rodapé das tabelas<br />
e não no cabeçalho ou título. Se houver tabela extraída de outro trabalho, previamente<br />
publicado, os autores devem solicitar formalmente autorização da revista que a publicou, para<br />
sua reprodução.<br />
B) Figuras: As ilustrações (fotografias, desenhos, gráficos, etc.) devem ser citadas como<br />
Figuras apresentadas em arquivos separados e numeradas consecutivamente com algarismos<br />
arábicos, na ordem em que foram citadas no texto. Devem conter título e legenda<br />
apresentados na parte inferior da figura. Só serão admitidas para publicação figuras<br />
suficientemente claras e com qualidade digital que permitam sua impressão, preferentemente<br />
no formato vetorial. No formato JPEG, a resolução mínima deve ser de 300 dpi. Figuras em<br />
cores serão publicadas quando for necessária à clareza da informação e os custos deverão ser<br />
cobertos pelos autores. Se houver figura extraída de outro trabalho, previamente publicado, os<br />
autores devem solicitar autorização, por escrito, para sua reprodução.<br />
3. Declarações e documentos solicitados: Em conformidade com as diretrizes do<br />
International Committee of Medical Journal Editors, são solicitados alguns documentos e<br />
145
146<br />
declarações do(s) autor(es) para a avaliação de seu manuscrito. Observe a relação dos<br />
documentos abaixo e, nos casos em que se aplique, anexe o documento ao processo. O<br />
momento em que tais documentos serão solicitados é variável:<br />
Documento/declaração<br />
Quem assina Quando anexar<br />
Carta de Apresentação Todos Submissão<br />
Responsabilidade pelos<br />
Agradecimentos<br />
Transferência de Direitos<br />
Autorais<br />
Autor responsável Aprovação<br />
Todos Aprovação<br />
A carta de Apresentação do manuscrito, assinada por todos os autores, deve conter:<br />
■ Um parágrafo declarando a responsabilidade de cada autor: ter contribuído<br />
substancialmente para a concepção e planejamento ou análise e interpretação dos dados; ter<br />
contribuído significativamente na elaboração do rascunho ou na revisão crítica do conteúdo; e<br />
ter participado da aprovação da versão final do manuscrito. Para maiores informações sobre<br />
critérios de autoria, consulte a página do ICMJE (http://www.icjme.org).<br />
■ Um parágrafo contendo a declaração de potenciais conflitos de interesses dos autores.<br />
■ Um parágrafo contendo a declaração que o trabalho não foi publicado, parcial ou<br />
integralmente, em outro periódico. Todos os autores devem ler, assinar e enviar documento<br />
transferindo os direitos autorais. O artigo só será liberado para publicação quando esse<br />
documento estiver de posse da RIAL .<br />
4. Verificação dos itens exigidos na submissão:<br />
1. Nome e instituição de afiliação de cada autor, incluindo e-mail e telefone.<br />
2. Título do manuscrito, em português e inglês.<br />
3. Texto apresentado em letras Times New Roman, corpo 12, em formato Word ou similar<br />
(doc, txt, rtf).<br />
4. Resumos em dois idiomas, um deles obrigatoriamente em inglês.<br />
5. Carta de Apresentação assinada por todos os autores.<br />
6. Nome da agência financiadora e número(s) do processo(s).<br />
7. No caso de artigo baseado em tese/dissertação, indicar o nome da instituição/Programa,<br />
grau e o ano de defesa.<br />
8. Referências normalizadas segundo estilo Vancouver, ordenadas pela citação no texto e<br />
numeradas, e se todas estão citadas no texto.<br />
9. Tabelas numeradas sequencialmente, com título e notas, e no máximo com 12 colunas.<br />
10. Figura no formato vetorial ou em pdf, ou tif, ou jpeg ou bmp, com resolução mínima 300<br />
dpi.<br />
5. Revisão da redação científica: Para ser publicado, o manuscrito aprovado é submetido à<br />
revisão da redação científica, gramatical e de estilo. A RIAL se reserva o direito de introduzir<br />
alterações nos originais, visando a manutenção da homogeneidade e qualidade da publicação,<br />
respeitando, porém, o estilo e as opiniões dos autores. Inclusive a versão em inglês do artigo<br />
terá esta etapa de revisão.<br />
6. Provas: Após sua aprovação pelos editores, o manuscrito será revisado quanto à redação<br />
científica. O autor responsável pela correspondência receberá as provas gráficas para revisão<br />
por correio eletrônico em formato pdf (portable document format). O prazo máximo para a
evisão da prova é de dois dias. É importante cumprir os prazos de revisão para garantir a<br />
publicação no fascículo programado. Atrasos nesta fase poderão resultar em remanejamento<br />
do artigo para fascículos subsequentes.<br />
7. Publicação e distribuição: Os artigos serão publicados em ordem cronológica de<br />
aprovação. As datas de recebimento e de aprovação do artigo constarão obrigatoriamente no<br />
mesmo.<br />
É permitida a reprodução, no todo ou em parte, de artigos publicados na RIAL, desde que<br />
sejam indicados a origem e o nome do autor, de conformidade com a legislação sobre os<br />
direitos autorais. A Revista do Instituto Adolfo Lutz é distribuída gratuitamente a entidades<br />
governamentais, culturais ou em permuta de periódicos nacionais ou estrangeiros.<br />
147
APÊNDICES<br />
APÊNDICE A – Ficha de avaliação sensorial de aceitação por escala hedônica.<br />
Avaliação de Aceitação<br />
Nome: Amostra:<br />
Data:<br />
Você está recebendo uma amostra codificada. Deguste e marque a resposta que melhor reflita seu julgamento sobre<br />
cada característica do produto.<br />
Obs: A aceitação global corresponde a quanto você gostou os desgostou da amostra de um modo geral.<br />
Característica Desgostei<br />
muitíssimo<br />
Desgostei<br />
muito<br />
Desgostei<br />
moderadamente<br />
Indiferente Gostei<br />
moderadamente<br />
Gostei<br />
muito<br />
Gostei<br />
muitíssimo<br />
Cor ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )<br />
Aroma ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )<br />
Sabor ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )<br />
Textura ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )<br />
Aceitação<br />
Global<br />
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
150<br />
APÊNDICE B ‒ Ficha de avaliação sensorial de ordenação.<br />
Nome: Data:<br />
Você está recebendo 3 amostras codificadas de barra de cereal. Por favor,<br />
avalie as amostras e coloque-as em ordem crescente de preferência.<br />
_________ __________ __________<br />
- preferida + preferida<br />
Comentários: