15.07.2013 Views

RESÍDUO DE GOIABA: METABOLISMO EM RATOS E ... - UFSM

RESÍDUO DE GOIABA: METABOLISMO EM RATOS E ... - UFSM

RESÍDUO DE GOIABA: METABOLISMO EM RATOS E ... - UFSM

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL <strong>DE</strong> SANTA MARIA<br />

CENTRO <strong>DE</strong> CIÊNCIAS RURAIS<br />

PROGRAMA <strong>DE</strong> PÓS-GRADUAÇÃO <strong>EM</strong> CIÊNCIA E TECNOLOGIA<br />

DOS ALIMENTOS<br />

<strong>RESÍDUO</strong> <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong>: <strong>METABOLISMO</strong> <strong>EM</strong> <strong>RATOS</strong><br />

E APLICABILIDA<strong>DE</strong> <strong>EM</strong> BARRAS <strong>DE</strong> CEREAIS<br />

DISSERTAÇÃO <strong>DE</strong> MESTRADO<br />

Bruna Sampaio Roberto<br />

Santa Maria, RS, Brasil<br />

2012


<strong>RESÍDUO</strong> <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong>: <strong>METABOLISMO</strong> <strong>EM</strong> <strong>RATOS</strong> E<br />

APLICABILIDA<strong>DE</strong> <strong>EM</strong> BARRAS <strong>DE</strong> CEREAIS<br />

Bruna Sampaio Roberto<br />

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação<br />

em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Área de Concentração em Qualidade<br />

de Alimentos, da Universidade Federal de Santa Maria (<strong>UFSM</strong>, RS), como<br />

requisito parcial para a obtenção do grau de<br />

Mestre em Ciência e Tecnologia dos Alimentos<br />

Orientadora: Profª. Drª. Leila Picolli da Silva<br />

Santa Maria, RS, Brasil<br />

2012


Universidade Federal de Santa Maria<br />

Centro de Ciências Rurais<br />

Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos<br />

A Comissão Examinadora, abaixo assinada,<br />

Aprova a Dissertação de Mestrado<br />

<strong>RESÍDUO</strong> <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong>: <strong>METABOLISMO</strong> <strong>EM</strong> <strong>RATOS</strong> E<br />

APLICABILIDA<strong>DE</strong> <strong>EM</strong> BARRAS <strong>DE</strong> CEREAIS<br />

Elaborada por<br />

Bruna Sampaio Roberto<br />

como requisito parcial para obtenção do grau de<br />

Mestre em Ciência e Tecnologia dos Alimentos<br />

COMISSÃO EXAMINADORA:<br />

____________________________________<br />

Leila Picolli da Silva, Drª (<strong>UFSM</strong>)<br />

(Presidente/Orientadora)<br />

____________________________________<br />

Erna Vogt de Jong, Drª (UFRGS)<br />

_____________________________________________<br />

Luisa Helena Rychecki Hecktheuer, Drª (<strong>UFSM</strong>)<br />

Santa Maria, 28 de fevereiro de 2012


À minha mãe, Beatriz Roberto,<br />

e à minha avó, Zilda Roberto (in memorian),<br />

que sempre me mostraram que o maior<br />

bem que se pode ter é<br />

a educação.<br />

Dedico


AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />

A Deus, primeiramente, pela vida e pela saúde. Pelas oportunidades que me tem concedido,<br />

assim como por me dar determinação e persistência. Obrigada por me mostrar o caminho nas<br />

horas incertas. Com certeza, os trabalhos aos quais me dediquei foram profícuos graças a Tua<br />

proteção.<br />

A minha mãe, Beatriz, pelo amor incondicional. Por ser de coração: força, coragem e<br />

inspiração para tudo que almejo. Agradeço os princípios, o exemplo de profissional e os<br />

valores a mim transmitidos. Meu eterno agradecimento pela dedicação, pelo investimento,<br />

pelo apoio, pelo conforto e pelo suprimento de todas as minhas necessidades. Obrigada por<br />

fazer do meu sonho o teu sonho, sem medir esforços, sendo pai e mãe por natureza, opção e<br />

amor!<br />

À minha orientadora, Drª. Leila Picolli da Silva, pela sensibilidade, que a diferencia como<br />

educadora, pela confiança, incentivo, amadurecimento dos meus conhecimentos, conceitos<br />

que me levaram à execução e à conclusão deste mestrado e, principalmente, por ter acreditado<br />

no meu trabalho. Obrigada pela amizade, pelos conselhos e pelo carinho a mim transmitidos<br />

nesses anos de convivência.<br />

À minha querida avó Zilda Sampaio Roberto (in memorian) que, por vontade maior, foi me<br />

tirada tão cedo. Obrigada pelo amor, por sempre acreditar na minha capacidade. És parte do<br />

que me faz forte, sei que seu desejo era o meu sucesso, e que lá de cima estás me abençoando<br />

e iluminando.<br />

À minha família, a qual amo muito, pelo carinho, amor, compreensão e incentivo.<br />

Ao Alessandro Castilhos, pelo amor, paciência, compreensão, palavras de incentivo e<br />

companheirismo. Por entender os finais de semana dedicados à pesquisa e me acompanhar até<br />

o biotério em seus dias de folga. Muito Obrigada.<br />

Ao programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, aos professores e<br />

funcionários, pela oportunidade de aperfeiçoamento e por minha formação.<br />

À Ana Paula Daniel e ao Professor Diniz Fronza, que me ajudaram no fornecimento das<br />

amostras de goiaba, possibilitando este trabalho.<br />

À CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela bolsa<br />

concedida.<br />

Aos colegas do Laboratório de Piscicultura, doutorandos, mestrandos e ICs, pela ajuda nas<br />

análises, pelo convívio e bons momentos compartilhados. Em especial, agradeço a Naglezi<br />

Lovatto, Fernanda Goulart, Ana Betine Bender, Tiago Kaminski, Fernanda Moura, Bruno<br />

Loureiro, Lucciélli Rodrigues, Bruna Alves e Caroline Speroni. Vocês foram muito<br />

importantes nessa caminhada.<br />

À minha colega e amiga Fernanda Macagnan, considerando que esta parceria é resultado de<br />

uma caminhada que não começou na <strong>UFSM</strong>, agradecer pode não ser tarefa fácil, nem justa.


Agradeço pela amizade, carinho, conselhos, dedicação, por ter tornado o trabalho no<br />

laboratório alegre e leve. Obrigada pelas discussões, que sempre resultaram em aprendizado e<br />

conhecimento e, principalmente, obrigada pela inspiração e ajuda nas horas mais difíceis.<br />

À minha amiga e IC, Marília Bizzani, pela responsabilidade, dedicação e empenho.<br />

À minha grande amiga (irmã) Bel, pelo privilégio de ter ao meu lado pessoa tão maravilhosa<br />

como você. Quero agradecer-lhe o apoio que me ofereceu em todos os momentos em que eu<br />

tanto precisei, por ter me aliviado quando o fardo estava pesado. Sou grata pela paciência,<br />

compreensão, zelo, atenção, amizade, enfim, não teria como descrever uma amizade tão<br />

sincera.<br />

À minha amada colega e amiga Carine Comarella, que sempre foi exemplo de dedicação,<br />

força e disciplina à pesquisa e estudos. Obrigada pelas conversas, risadas, conselhos, ajuda em<br />

trabalhos, provas e projeto e por sempre estar disponível quando precisei.<br />

A todos os meus amigos, que acreditaram em mim e me incentivaram, e que sempre me<br />

transmitiram força.<br />

Agradeço a todos que, de alguma forma, passaram pela minha vida e contribuíram para a<br />

construção de quem sou hoje.


“Não basta ensinar ao homem uma especialidade.<br />

Porque se tornará assim uma máquina utilizável<br />

e não uma personalidade.<br />

É necessário que adquira um sentimento,<br />

um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido,<br />

daquilo que é belo,<br />

Do que é moralmente correto.”<br />

Albert Einsten


RESUMO<br />

Dissertação de Mestrado<br />

Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos<br />

Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil<br />

<strong>RESÍDUO</strong> <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong>: <strong>METABOLISMO</strong> <strong>EM</strong> <strong>RATOS</strong> E<br />

APLICABILIDA<strong>DE</strong> <strong>EM</strong> BARRAS <strong>DE</strong> CEREAIS<br />

AUTORA: BRUNA SAMPAIO ROBERTO<br />

ORIENTADORA: LEILA PICOLLI DA SILVA<br />

Data e Local da Defesa: Santa Maria, 28 de fevereiro de 2012<br />

Durante as etapas de processamento da goiaba nas agroindústrias, são desperdiçados materiais<br />

como a casca e a semente, os chamados resíduos. No entanto, eles possuem volumes consideráveis de<br />

fontes alternativas de nutrientes para a nutrição humana e são descartados. Nesse contexto, o presente<br />

trabalho teve como objetivo não só determinar a composição e as propriedades físico-químicas e<br />

tecnológicas do resíduo de goiaba, casca e semente, como também avaliar o efeito de dietas elaboradas<br />

com esse resíduo, como fonte de fibras, sobre parâmetros de resposta biológica em ratos Wistar.<br />

Adicionalmente, objetivou-se desenvolver barras de cereais, utilizando a farinha de semente e casca de<br />

goiaba como fonte de fibra alimentar. Os resíduos foram analisados quanto aos teores de matéria-seca,<br />

cinzas, proteína bruta, lipídeos, fibra alimentar, pectina, compostos fenólicos, capacidade de ligação ao<br />

cobre, capacidade de ligação à água, sinérese e capacidade de ligação à gordura. O ensaio biológico foi<br />

conduzido utilizando 40 ratos Wistar machos, distribuídos em 4 tratamentos de 10 animais, variando a<br />

fonte de fibra alimentar: CONT, ração AIN93G; TC, ração com casca de goiaba; TS, ração com<br />

semente de goiaba; TCS, ração com casca e semente de goiaba. Posteriormente, desenvolveram-se<br />

barras de cereais ricas em fibras, que foram avaliadas sensorialmente e nutricionalmente através de sua<br />

composição química. Os resultados mostraram a casca como material rico em fibras alimentares,<br />

destacando o alto teor em fibra solúvel e pectina. Ela é fonte natural de energia, bem como de<br />

minerais; tem alta capacidade de hidratação e baixa sinérese. A semente mostrou bom rendimento<br />

como fonte de fibras, principalmente insolúveis, proteínas e óleo. Casca e semente apresentaram valor<br />

expressivo de CLC e de compostos fenólicos. Como fonte de fibras em dietas para ratos, casca e<br />

semente de goiaba não afetaram ganho de peso, consumo alimentar médio, conversão alimentar,<br />

gordura epididimal, peso do pâncreas e fígado, colesterol total, glicose e proteínas totais. Os animais<br />

submetidos ao tratamento apenas com casca apresentaram maior digestibilidade das fibras, maior teor<br />

de nitrogênio nas fezes, maior HDL e maior peso de intestino. O tratamento apenas com semente<br />

como fonte de fibra possibilitou menor tempo de trânsito. Independentemente da proporção de casca<br />

na dieta, observou-se menor pH das fezes, já a diminuição de triglicerídeos foi maior à medida que a<br />

semente foi introduzida na dieta. As formulações de barras de cereais testadas apresentaram em média<br />

10,93% de umidade, 60,55% de carboidratos totais, 9,62% de lipídeos, 8,41% de proteínas, 1,38% de<br />

cinzas e 20,02% de fibra alimentar, aumentando o teor de fibras em relação à formulação padrão. As<br />

formulações teste apresentaram aceitabilidade satisfatória em todos os atributos sensoriais, sem<br />

preferência por formulação e sem influência significativa da proporção de resíduos, exceto na textura,<br />

na qual a formulação com maior percentual de resíduos proporcionou menores médias. O trabalho<br />

demonstrou que casca e semente de goiaba, usualmente desperdiçados, têm ampla aplicabilidade na<br />

indústria alimentícia, sendo materiais nutritivos, fonte de fibras, que podem auxiliar na escolha de<br />

alternativas com vista no controle de parâmetros bioquímicos relevantes e que as formulações de barra<br />

de cereal contendo casca e semente de goiaba, são fonte de fibras e condizentes com as exigências dos<br />

consumidores atuais que desejam produtos com qualidade sensorial e nutricional.<br />

Palavras-chave: Casca. Semente. Fibra Alimentar. Análise sensorial. Composição química. Parâmetros<br />

biológicos.


ABSTRACT<br />

Master Dissertation<br />

Graduate Program in Food Science and Technology<br />

Federal University of Santa Maria, RS, Brasil<br />

WASTE OF GUAVA: METABOLISM IN RATS AND<br />

APPLICABILITY IN CEREAL BARS<br />

AUTHOR: BRUNA SAMPAIO ROBERTO<br />

ADVISER: LEILA PICOLLI DA SILVA<br />

Date and Place of the defense: Santa Maria, February 28 , 2012<br />

During the agroindustrial processing steps of guava, are wasted materials such as peel<br />

and seed that are considered waste. However, waste represent considerable volumes of<br />

alternative sources of nutrients for human nutrition and that are discarded. In this context, this<br />

study aimed to determine the composition, physico-chemical and technological properties of the<br />

residue of guava, peel and seed, as well as evaluate the effect of diets prepared with this residue<br />

as a source of fiber parameters on biological response in Wistar rats. Additionally, cereal bars<br />

were developed, using seed meal and peel meal of guava as source of dietary fiber. The<br />

residues were analyzed for dry-matter content, ash, protein, lipids, dietary fiber, pectin, phenolic<br />

compounds, the copper binding capacity, hidration capacity, syneresis and fat binding capacity.<br />

The biological assay was conducted using 40 male Wistar rats, divided into four treatments of<br />

10 animals, with different dietary fiber source: CONT, feed with AIN93G, TC, feed with guava<br />

peel, TS, feed with guava seed, TCS, feed with peel and seeds of guava. Later, cereal bars with<br />

high fiber content were developed, which were evaluated sensorially and nutritionally by<br />

chemical composition. The results showed the peel is a material rich in dietary fiber,<br />

highlighting the high content of soluble fiber and pectin. The guava peel is natural source of<br />

energy and minerals, with high hydration capacity and low syneresis. The seed showed good<br />

yield as a source of fiber, especially insoluble, protein and oil. Peel and seed showed significant<br />

value of copper binding capacity and phenolic compounds. Peel and seeds of guava as fiber<br />

source in diets of rats did not affect weight gain, average feed intake, feed conversion,<br />

epididymal fat, weight of liver and pancreas, total cholesterol, glucose and total protein. The<br />

animals submitted to treatment only with peel fibers had higher digestibility, higher content of<br />

nitrogen in the faeces, greater weight of the intestine and HDL increased. Treatment only with<br />

seed as fiber source allowed shortest time of transit. Regardless of the proportion of peel in the<br />

diet, the faces pH waslower. The decrease of triglycerides was greater when seed was<br />

introduced into the diet. The formulations of cereal bars tested had an average of 10,93%<br />

moisture, 60,55% of total carbohydrates, 9,62% lipids, 8,41% protein, 1,38% ash and 20,02%<br />

dietary fiber, increasing the fiber content in relation to the standard formulation. The test<br />

formulations showed satisfactory acceptability in all sensory attributes. Was not observed<br />

preference by formulation or significant influence of the proportion of waste, except for the<br />

texture, for the which the formulation with the highest percentage of waste had the smaller<br />

values. The study showed that peel and seeds of guava, usually wasted, have wide applicability<br />

in the food industry, being materials nutritious and source of fiber, which can assist be<br />

alternatives in order to control of biochemical parameters relevant. The formulations of cereal<br />

bar containing peel and seed of guava are source of fiber, consistent with the requirements of<br />

today's consumers who want products with nutritional and sensory quality.<br />

Keywords: Peel. Seed. Dietary fiber. Sensory analysis. Chemical composition. Biological<br />

Parameters.


LISTA <strong>DE</strong> ILUSTRAÇÕES<br />

Figura 1 ‒ Área plantada de goiabas (hectares) por região geográfica do Brasil...........<br />

Figura 2 ‒ Produção brasileira de goiabas (toneladas) por região geográfica................<br />

Figura 3 ‒ Valor da produção brasileira (mil reais) de goiaba por região geográfica....<br />

Artigo 1<br />

Figura 1 ‒ Percentual de Pectina em relação à fibra solúvel..........................................<br />

Artigo 2<br />

Figura 1 ‒ Digestibilidade aparente da fibra alimentar dos ratos alimentados com<br />

diferentes fontes de fibra..............................................................................<br />

Figura 2 ‒ Concentração plasmática pós-prandial de glicose em resposta ao consumo<br />

Artigo 3<br />

de rações com diferentes fontes de fibra......................................................<br />

Figura 1 ‒ Frequência das ordens das formulações de barras de cereais pela avaliação<br />

dos provadores.............................................................................................<br />

19<br />

20<br />

20<br />

54<br />

79<br />

79<br />

101


Artigo 1<br />

LISTA <strong>DE</strong> TABELAS<br />

Tabela 1 ‒ Teor de umidade na amostra integral (AI) e composição química na<br />

farinha dos resíduos...................................................................................<br />

Tabela 2 ‒ Capacidade de Ligação à gordura (CLG), Capacidade de Hidratação<br />

Artigo 2<br />

(CH), Capacidade de Ligação ao cobre (CLC) Pectina (PCT), Sinérese e<br />

Composto Fenólicos (CF) da farinha da casca e semente de goiaba.........<br />

Tabela 1 ‒ Composição química da farinha da casca e da semente utilizadas...............<br />

Tabela 2 ‒ Composição (g/Kg) das rações experimentais fornecidas aos ratos.............<br />

Tabela 3 ‒ Ganho de peso no período, consumo médio diário e conversão alimentar<br />

dos animais em resposta ao consumo de rações com casca de goiaba<br />

(TC), semente (TS), casca + semente (TCS) e ração padrão (CONT).........<br />

Tabela 4 ‒ Efeito das diferentes fontes de fibra sobre a digestibilidade aparente da<br />

matéria seca (DA), digestibilidade aparente proteica (DAP),<br />

digestibilidade aparente da fibra alimentar (DAFA), tempo de<br />

aparecimento (TAP), produção de fezes úmidas (FU), produção de fezes<br />

secas (FS), pH fecal, nitrogênio fecal, peso do intestino, gordura<br />

epididimal, pâncreas, rim e fígado, expressos em g/100g de peso<br />

corporal........................................................................................................<br />

Tabela 5 ‒ Concentração de colesterol total (COLT), HDL, triglicerídeos (TGL),<br />

Artigo 3<br />

glicose, proteínas totais (PROT), albumina, ácido úrico dos animais<br />

após condicionamento a rações com casca de goiaba (TC), semente<br />

(TS), casca+semente (TCS) e ração controle (CONT)..............................<br />

Tabela 1 ‒ Composição química da farinha da casca e da semente de goiaba...............<br />

Tabela 2 ‒ Formulação utilizada na elaboração das barras de cereal.............................<br />

Tabela 3 ‒ Composição química das formulações de barras de cereais.........................<br />

Tabela 4 ‒ Valores médios da escala hedônica de 1 a 7 referentes a cor, aroma, sabor,<br />

textura e aceitação global em formulações de barras de cereais.................<br />

52<br />

53<br />

77<br />

77<br />

77<br />

78<br />

78<br />

97<br />

98<br />

99<br />

100


LISTA <strong>DE</strong> ABREVIATURAS E SIGLAS<br />

AGCC: Ácidos Graxos de cadeia curta<br />

AGRIANUAL: Anuário da agricultura Brasileira<br />

AOAC: Association of Official Analytical Chemists<br />

CF: Compostos fenólicos<br />

CH: Capacidade de Hidratação<br />

CLC: Capacidade de ligação ao cobre<br />

CLG: Capacidade de ligação à gordura<br />

COLT: Colesterol Total<br />

CONEP: Conselho Nacional de Ética em Pesquisa<br />

DA: Digestibilidade aparente<br />

DAFA: Digestibilidade aparente da fibra alimentar<br />

DAP: Digestibilidade aparente proteica<br />

FDA: Food and Drug Administration<br />

FS: Fezes secas<br />

FU: Fezes úmidas<br />

GOIABRAS: Associação Brasileira dos Produtores de Goiaba<br />

HDL: Lipoproteína de alta densidade<br />

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística<br />

LDL: Lipoproteína de baixa densidade<br />

MS: Matéria seca<br />

NF: Nitrogênio fecal<br />

NIDA: Nitrogênio insolúvel em detergente ácido<br />

PCT: Pectina<br />

PROT: Proteínas Totais<br />

RDA: Recommended Dietary Allowances<br />

TAP: Tempo de aparecimento<br />

TGL: Triglicerídeos<br />

<strong>UFSM</strong>: Universidade Federal de Santa Maria


LISTA <strong>DE</strong> ANEXOS<br />

ANEXO A ‒ Manual para publicação na Revista Alimentos e Nutrição.......................<br />

ANEXO B ‒ Manual para publicação na Revista Journal of Agicultural and Food<br />

Chemestry................................................................................................<br />

ANEXO C ‒ Manual para publicação na Revista Instituto Adolfo Lutz......................<br />

119<br />

124<br />

139


LISTA <strong>DE</strong> APÊNDICE<br />

APÊNDICE A ‒ Ficha de avaliação sensorial de aceitação em escala hedônica..........<br />

APÊNDICE B ‒ Ficha de avaliação sensorial de ordenação........................................<br />

149<br />

150


SUMÁRIO<br />

1 INTRODUÇÃO......................................................................................<br />

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..............................................................<br />

2.1 Goiaba (Psidium guajava).......................................................................................<br />

2.1.1 Resíduo agroindustrial...........................................................................................<br />

2.2 Fibra Alimentar......................................................................................................<br />

2.2.1 Propriedades Físico-químicas das fibras................................................................<br />

2.2.2 Classificação..........................................................................................................<br />

2.2.2.1 Fibra Solúvel.......................................................................................................<br />

2.2.2.2 Fibra Insolúvel....................................................................................................<br />

2.2.3 Propriedades tecnológicas......................................................................................<br />

2.3 Barra de Cereal.......................................................................................................<br />

3 ARTIGOS CIENTÍFICOS....................................................................<br />

3.1 Artigo 1 – Resíduo de goiaba: relação entre composição físico-química e<br />

potencial funcional............................................................................<br />

Resumo...........................................................................................................................<br />

Abstract...........................................................................................................................<br />

Introdução.......................................................................................................................<br />

Material e métodos..........................................................................................................<br />

Resultados e discussão....................................................................................................<br />

Conclusão........................................................................................................................<br />

Referências bibliográficas...............................................................................................<br />

3.2 Artigo 2 – Metabolismo de ratos wistar submetidos à dieta com fonte de<br />

fibras provenientes de resíduos de goiaba......................................<br />

Resumo...........................................................................................................................<br />

Abstract...........................................................................................................................<br />

Introdução.......................................................................................................................<br />

Material e métodos..........................................................................................................<br />

Resultados e discussão....................................................................................................<br />

Literatura Citada.............................................................................................................<br />

3.3 Artigo 3 – Qualidade nutricional e aceitabilidade de barras de cereais<br />

formuladas com casca e semente de goiaba.................................<br />

Resumo...........................................................................................................................<br />

Abstract...........................................................................................................................<br />

Introdução.......................................................................................................................<br />

Material e métodos..........................................................................................................<br />

Resultados e discussão....................................................................................................<br />

Conclusão........................................................................................................................<br />

Referências bibliográficas...............................................................................................<br />

4 DISCUSSÃO GERAL............................................................................<br />

5 CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS................................................................<br />

REFERÊNCIAS BIBLIORÁFICAS.......................................................<br />

ANEXOS....................................................................................................<br />

APÊNDICES..............................................................................................<br />

15<br />

19<br />

19<br />

21<br />

23<br />

25<br />

26<br />

27<br />

29<br />

30<br />

31<br />

33<br />

33<br />

34<br />

35<br />

36<br />

36<br />

38<br />

45<br />

46<br />

55<br />

56<br />

57<br />

58<br />

60<br />

63<br />

73<br />

80<br />

81<br />

82<br />

83<br />

84<br />

87<br />

93<br />

94<br />

103<br />

107<br />

109<br />

119<br />

149


1 INTRODUÇÃO<br />

A fruticultura apresenta inúmeras vantagens econômicas e sociais, como elevação do<br />

nível de emprego, fixação do homem no campo, melhor distribuição da renda regional,<br />

geração de produtos de alto valor comercial e expectativas de mercado interno e externo. Os<br />

excelentes índices de produtividade e os resultados comerciais obtidos nas últimas safras são<br />

fatores que demonstram a vitalidade desse setor, que só tende a crescer e a se desenvolver<br />

(IBGE, 2011).<br />

De uma maneira geral, as agroindústrias têm se preocupado pouco com o destino dos<br />

resíduos gerados pelo processamento dos frutos, os quais geralmente são amontoados em<br />

áreas próximas às unidades processadoras, onde entram em decomposição, causando sérios<br />

danos ao meio ambiente. No entanto, há um enorme potencial no estudo e uso desses resíduos<br />

na nutrição humana (NEIVA et al., 2002).<br />

Dentre as várias frutas destinadas ao processamento, a goiaba mostra-se altamente<br />

promissora pela sua alta rentabilidade e grande possibilidade de expansão no Brasil, gerando<br />

resíduos de fácil manipulação (NEIVA et al., 2002). Embora haja disparidade nos dados<br />

relatados na literatura sobre constituição, composição química e porcentagem do fruto que<br />

não é aproveitado pelas indústrias, Prasad e Azeemoddin (1994) afirmam que esses resíduos<br />

possuem grande quantidade de nutrientes que são desperdiçados, como quantidades<br />

significativas de ácido graxo insaturado e matéria fibrosa.<br />

Nas últimas décadas, grandes modificações ocorreram no aspecto social e econômico<br />

da população, ocasionando significativas mudanças no estilo de vida (KAC; VELASQUEZ-<br />

MELÉN<strong>DE</strong>Z, 2003), como maior consumo de produtos refinados e industrializados e a<br />

diminuição da ingesta de alimentos naturais (BUENO, 2005; MATTOS; MARTINS, 2000). A<br />

alimentação inadequada reflete na incidência de muitas doenças, algumas delas relacionadas<br />

ao consumo insuficiente de fibras, desestruturando o pilar da promoção da saúde (MAYER,<br />

2007). O que norteia a concepção de alimentação saudável desde os anos 90 é o que ela pode<br />

eventualmente evitar. Nesse aspecto, incluem-se doenças crônicas relacionadas à alimentação<br />

(GARCIA, 2000).<br />

Dessas doenças, em estudo multicêntrico, revela-se nítida tendência de aumento da<br />

prevalência da diabetes mellitus nas regiões mais industrializadas, como o Sudeste e Sul.<br />

Hoje, sabe-se que a doença é um problema de saúde pública, cuja importância vem crescendo<br />

em virtude do aumento de sua prevalência e incidência, sua elevada taxa de morbimortalidade


16<br />

com reflexos sociais e econômicos, como o absenteísmo e incapacidade para o trabalho<br />

(BRASIL, 1991). O diabetes mellitus, juntamente com hiperlipidemias, está entre os fatores<br />

de risco envolvidos na etiologia de doenças cardiovasculares.<br />

Hiperlipidemias, como níveis sanguíneos aumentados de colesterol e triglicerídeos<br />

podem ocorrer pela ingestão excessiva de calorias, gorduras saturadas e colesterol dietético e,<br />

possivelmente, por proteína animal. Sabe-se que a redução de níveis de colesterol sanguíneo,<br />

particularmente a fração da lipoproteína de baixa densidade (LDL), está associada ao<br />

decréscimo significativo de risco de doença cardiovascular (BELL et al., 1990). De acordo<br />

com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2000) a média brasileira do coeficiente de mortalidade<br />

por doenças do aparelho circulatório é de 169 mortes/100 mil habitantes. A Sociedade<br />

Brasileira de Cardiologia, em 2000, afirmou que as doenças cardiovasculares foram<br />

responsáveis pela principal alocação de recursos públicos em hospitalizações no Brasil e<br />

foram a terceira causa de permanência hospitalar prolongada. Entre 1991 e 2000, os custos<br />

hospitalares atribuídos às doenças cardiovasculares aumentaram cerca de 176% no País<br />

(BRASIL, 2000; CASTRO et al., 2004).<br />

Nesse cenário, fundamenta-se a importância da alimentação saudável e equilibrada<br />

para diminuir o risco de doenças, bem como, para promover especialmente a ingestão de<br />

fibras alimentares continuamente como meio de prevenção de enfermidades como doença<br />

cardiovascular, câncer de cólon, diabetes e hipercolesterolemia (FIETZ E SALGADO, 1999).<br />

Segundo Dutra e Marchini (1998), a fibra alimentar é considerada alimento funcional, uma<br />

vez que desempenha no organismo funções importantes no metabolismo dos lipídios e<br />

carboidratos e na fisiologia do trato gastrintestinal, além de assegurar absorção mais lenta dos<br />

nutrientes e promover a sensação de saciedade. Dentre as disfunções do trato gastrintestinal,<br />

as fibras agem na regulação da função intestinal, na constipação, no melhoramento da flora<br />

bacteriana intestinal, na inibição da absorção de substâncias prejudiciais e na prevenção de<br />

câncer de cólon (SOUSA et al., 2003). Adicionalmente, correlaciona-se o aumento da<br />

incidência de divertículos no cólon com a redução na ingestão de fibras, particularmente no<br />

mundo ocidental e em países industrializados e desenvolvidos (PETRUZZIELO; IACOPINI;<br />

BULAJIC, 2006).<br />

Assim, a dieta habitual parece ser elemento fundamental da susceptibilidade para essas<br />

doenças. Considerando o exposto e com a intenção de atuar no eixo dieta-doença com<br />

medidas clínico-educativas, a proposta do presente trabalho foi avaliar a composição e<br />

propriedades físico-químicas da casca e da semente de goiaba, admitindo que são incipientes<br />

as informações a cerca da constituição das porções descartadas pelas agroindústrias (SALES


et al.,2004). Na medida em que o comportamento alimentar deverá sofrer eventuais mudanças<br />

tanto para prevenção quanto no controle das morbidades em questão, aliou-se ao estudo a<br />

comprovação dos benefícios da fibra alimentar a partir de experimento conduzido com ratos<br />

recebendo dietas com diferentes fontes de fibra de goiaba (semente e casca), abundantes e de<br />

baixo custo para a população. Os resultados obtidos subsidiaram a proposta de elaboração de<br />

barras de cereais ricas em fibras dos resíduos de goiaba, com potencial sensorial, nutricional e<br />

mercadológico.<br />

17


2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />

2.1 Goiaba (Psidium guajava)<br />

A goiabeira pertence ao gênero Psidium, da família Myrtaceae, que é composta por<br />

mais de 70 gêneros e 2.800 espécies, sendo que 110 a 130 espécies são naturais da América<br />

Tropical e Subtropical. No entanto, hoje esta espécie (Psidium guajava) encontra-se<br />

amplamente difundida por todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo (MEDINA,<br />

1988).<br />

Os frutos, quando maduros, são muito aromáticos e variáveis em tamanho, forma,<br />

sabor e peso. A cor da polpa pode apresentar diversas tonalidades (branca, creme, amarelada,<br />

amarelo-ouro, rósea, vermelha-escura), sendo sucosas e doces, com numerosas sementes<br />

reniformes, duras, com tamanho de 2 a 3 mm (NETO; SOARES, 1995; ZAMBÃO;<br />

BELLINTANI NETO, 1998).<br />

O Brasil é o maior produtor mundial de goiabas vermelhas, com produção de 316.363<br />

ton/ano no ano de 2010 distribuídos em 15.375 ha de área colhida (IBGE, 2011). A maior<br />

área plantada do Brasil (Figura 1) concentra-se na região Sudeste e Nordeste, destacando-se<br />

São Paulo e Pernambuco. Nas regiões Centro-oeste e Sul, os principais estados produtores são<br />

Goiás e Rio Grande do Sul (AGRIANUAL, 2009).<br />

Figura 1 ‒ Área plantada de goiabas (hectares) por região geográfica do Brasil.<br />

Fonte: IBGE (2011).


20<br />

A produção brasileira nos últimos anos tem sido relativamente estável, os dados<br />

(Figura 2) mostram a produção de 2001 a 2010. Em termos monetários, a goiaba gerou<br />

para o Brasil um valor de R$ 1.734.622 no período de 2001 a 2011 (Figura 3) (IBGE,<br />

2011).<br />

Figura 2 ‒ Produção brasileira de goiabas (toneladas) por região geográfica.<br />

Fonte: IBGE (2011).<br />

Figura 3 ‒ Valor da produção brasileira (mil reais) de goiaba por região<br />

geográfica.<br />

Fonte: IBGE (2011).


A goiaba é uma das frutas de maior importância nas regiões subtropicais e tropicais,<br />

pois se desenvolve em condições adversa de clima, apresenta elevado valor nutritivo e<br />

excelente aceitação do consumo in natura, pelo seu sabor e aroma característicos que lhe<br />

conferem qualidade organoléptica, e grande aplicação industrial (GONGATTI NETTO et al.,<br />

1996; SILVA, 2007). Esse fruto contém quatro vezes mais vitamina C do que a laranja e<br />

quatro vezes mais cálcio do que o tomate. O teor de vitamina C decresce de fora para dentro<br />

do fruto; nessas condições, a casca é mais rica do que a polpa interna. Complementando<br />

ainda, ela é um fruto rico em fibras, vitamina E, e apresenta o dobro da quantidade de<br />

licopeno presente no tomate (SILVA, 2007; MATTIUZ, 2004). A assertiva de IHA, et al.<br />

(2008) é de que essa fruta possui quantidade regular de ácidos, açúcares, e pectinas, além de<br />

taninos, flavonoides, óleos essenciais, álcoois sesquiterpenoides e ácidos triterpenoides.<br />

Pereira e Matinez Jr. (1986) afirmam também que a goiaba é rica em vitaminas A, B1<br />

(tiamina), B2 (riboflavina) e B6 (piridoxina).<br />

A expansão da produção de goiaba no Brasil deve-se não só ao crescente aumento do<br />

consumo de fruta fresca, mas também aos produtos de sua industrialização, como sucos,<br />

geleias, sorvetes, frutas cristalizadas e doces, como a goiabada (MARANCA, 1993). ‘Paluma’<br />

é uma das cultivares mais utilizada nos pomares brasileiros (principalmente no Estado de São<br />

Paulo), por apresentar dupla aptidão, sendo destinada ao consumo in natura e, atualmente,<br />

considerada a mais adequada às indústrias de processamento (KAVATI, 1997; PE<strong>DE</strong>AG,<br />

2007). Apresenta como características principais coloração vermelha em sua polpa, alta<br />

capacidade produtiva, frutos com bom rendimento de polpa e alto teor de sólidos solúveis.<br />

2.1.1 Resíduo agroindustrial<br />

Constantemente, as agroindústrias investem no aumento da capacidade de<br />

processamento, gerando grandes quantidades de resíduos que, em muitos casos, são<br />

considerados custo operacional para as empresas ou fonte de contaminação ambiental<br />

(LOUSADA et al. 2005). Como sintoma de desorganização e desestruturação, o desperdício<br />

está incorporado à cultura brasileira, ao sistema de produção e à engenharia do País,<br />

provocando perdas irrecuperáveis na economia, ajudando o desequilíbrio do abastecimento,<br />

diminuindo a disponibilidade de recursos para a população (BORGES, 1991). No entanto,<br />

21


22<br />

alguns produtores conscientes tentam minimizar os impactos, destinando estes materiais à<br />

produção de fertilizantes ou ração animal (LIMA, 2001).<br />

Segundo o IBGE (1996), o direcionamento da produção de goiabas é de 57% para<br />

comercialização sob forma in natura e 43% na forma industrializada. Não há uma<br />

padronização quanto à constituição e à identidade do resíduo, dificultada pelos vários modos<br />

de processamento do fruto, resultando em informações controversas, ainda que sejam<br />

incipientes estudos detalhados da composição química desta promissora matéria-prima. O fato<br />

é visualizado em trabalhos como o de Lima (2001), que relata o resíduo obtido na produção<br />

de polpas e sucos como sendo composto de casca, sementes e bagaço. Já Mantovani et al.<br />

(2004) afirma que, no processamento da goiaba, após o despolpamento e a lavagem com água<br />

clorada, obtém-se resíduo composto principalmente por sementes, na proporção de 8% da<br />

massa total dos frutos beneficiados. Pelizer, Pontieri e Moraes, 2007 afirmam que, na<br />

agroindústria de produção de polpas, durante o processo de despolpamento, obtém-se como<br />

resíduo casca e sementes, que ficam retidas na despolpadeira. Silva et al. (2007) relata que, no<br />

caso da goiaba destinada à produção de sucos e doces, aproximadamente 30% do peso do<br />

fruto é resíduo, constituído, principalmente, por sementes. A Associação Brasileira dos<br />

Produtores de goiaba (GOIABRAS, 2003) estima que, no Brasil, são processadas cerca de<br />

200 mil ton/ano de goiaba, gerando aproximadamente 12 mil ton/ano de resíduos,<br />

correspondente à semente.<br />

Quanto à composição química, Silva (1999), em estudos sobre as sementes de goiaba<br />

provenientes de duas empresas de beneficiamento de Pernambuco, obteve os seguintes<br />

valores: 91,9 e 93% de matéria seca (MS); 8,6 e 9,4% de proteína bruta; 9,8 e 11,3% de<br />

extrato etéreo; 77,1 e 74,2% de fibra em detergente neutro; 58,7 e 56,9% de fibra em<br />

detergente ácido; 18,4 e 17,3% de hemicelulose; 6,6 e 7,7% de lignina; 34,3 e 33,2% de<br />

celulose, 17,6 e 15,7% de cutina; 1,4 e 1,6% de cinzas. Já Lousada et al. (2006), ao analisar<br />

resíduos de goiaba, obteve 86,3% de MS; 8,5% de proteína bruta; 73,4% de fibra em<br />

detergente neutro; 54,6% de fibra em detergente ácido; 37,2% de celulose; 18,5% de lignina;<br />

18,8% de hemiceulose; 12,7% de carboidratos não fibrosos; 82,1% de carboidratos totais;<br />

15,6% de pectina; 6% de extrato etéreo e 3,4% de cinzas.<br />

Vários estudos vêm demonstrando que este material ainda contém quantidades<br />

significantes de fitoquímicos, dentre os quais se destacam os polifenóis. Segundo Hassimotto,<br />

Genovese e Lajolo (2005), o teor de fenólicos totais em polpa de goiaba vermelha (124,0 mg<br />

100-1g) foi menor do que o encontrado na casca desta fruta (420 mg 100-1g). Em função da


presença destes fotoquímicos, os resíduos agroindustriais de frutos apresentam-se como fonte<br />

potencial antioxidante (NASCIMENTO, 2010).<br />

Alguns estudos destacam o potencial de uso desses resíduos como fontes alternativas<br />

de nutrientes (óleo, fibras e proteína) (EL AAL, 1992). Embora os dados sobre a composição<br />

química e propriedades funcionais deste resíduo não sejam completos, a literatura indica alto<br />

conteúdo de fibras (50-60%), sendo estes valores variáveis em função de variedade,<br />

processamento e condições de cultura. (NICANOR et. al., 2001; PEREIRA; CARVALHO;<br />

NACHTIGAL, 2003).<br />

Alternativa que pode ser perfeitamente bem-sucedida para a indústria de alimentos e<br />

bebidas seria a utilização deste material como matéria-prima no desenvolvimento de novos<br />

produtos alimentícios, aumentando seu valor agregado, devido aos altos teores de fibra<br />

alimentar e à relação balanceada entre as frações solúvel e insolúvel, principalmente quando<br />

comparadas a fibras de cereais, amplamente utilizadas para enriquecer alimentos, porém com<br />

baixos teores de fibra solúvel (BORTOLUZZI, 2009; CÓRDOVA et al., 2005; UCHOA et al.,<br />

2008).<br />

Por serem resíduos ricos em nutrientes, toda e qualquer técnica que vislumbre seu<br />

aproveitamento é importante (MATOS, 2005). É interessante também lembrar que o<br />

aproveitamento desses resíduos irá contribuir para a melhoria do meio ambiente, tendo em<br />

vista os grandes volumes produzidos pelas indústrias, que são eliminados em locais<br />

inadequados. Esta iniciativa, além de reduzir a poluição ambiental, pode agregar valor ao<br />

produto, diminuir o custo de industrialização e, por conseguinte, o preço, bem como aumentar<br />

as oportunidades de trabalho nas indústrias. (AMANTE et al., 1999; HENNINGSSON et al.,<br />

2004; UCHOA et al., 2008).<br />

Ações que minimizem o volume desses resíduos tornam-se imperativas nos dias<br />

atuais, o que somente será possível através de pesquisas, que ainda são insuficientes, a fim de<br />

identificar potenciais aplicabilidades na nutrição humana.<br />

2.2 Fibra Alimentar<br />

São vários os autores que definem a fibra alimentar, sendo difícil chegar ao conceito<br />

ideal. Conforme Association of Official Analytical Chemists (AOAC, 2005) a fibra alimentar<br />

é a parte comestível de plantas (ou análogos aos carboidratos) que não são digeridos pelas<br />

23


24<br />

enzimas digestivas humanas, com fermentação parcial ou total no intestino grosso. Como não<br />

são digeridas, passam para as fezes e são degradadas no intestino grosso, sua decomposição<br />

ocorre na maior parte do cólon quando sofrem a fermentação das bactérias colônicas<br />

anaeróbicas (POURCHET-CAMPOS, 1990). Segundo CUPPARI (2005), trata-se de<br />

elementos estruturais responsáveis pela manutenção da forma da célula das plantas e pelos<br />

elementos não estruturais formados por substâncias secretadas pela planta em resposta às<br />

agressões ou lesões sofridas.<br />

Do ponto de vista químico, a fibra alimentar é constituída de celulose, lignina, pectina,<br />

inulina, goma, mucilagens, frutooligossacarídeos, amido resistente, além de outras substâncias<br />

não glicídicas tais como ácido fítico, cutina e taninos, que têm diferentes propriedades físico-<br />

químicas (LAJOLO; SAURA-CALIXTO, 2001; ARRUDA et al. 2003). Em associação as<br />

fibras alimentares, pode-se encontrar ainda substâncias bioativas, como carotenoides,<br />

fitoesteróis e polifenóis, que atuarão juntamente com a fibra, trazendo benefícios ao<br />

organismo. Esses compostos estão ligados quimicamente ou através de interações com a<br />

parede celular vegetal. (CAVALCANTI, 1989; MATUSHESKI; JEFFERY, 2001;<br />

FAGUN<strong>DE</strong>S; COSTA, 2003; SAURA-CALIXTO; JIMÉNEZ-ESCRIG, 2001). Moléculas<br />

tão diferentes estão unidas em uma rede mediante forças de Van der Walls, pontes de<br />

hidrogênio, ligações covalente e iônica, o que torna difícil isolar e analisar os componentes<br />

sem provocar modificações durante a extração (OLSON; GREGORY; MEI-CHEN, 1987;<br />

HERNÁN<strong>DE</strong>Z; HERNÁN<strong>DE</strong>Z; MARTÍNEZ, 1995).<br />

O incentivo de incluírem-se fibras alimentares, em quantidades adequadas à dieta<br />

humana, ocorreu a partir da década de 1970, quando se comprovou os benefícios delas na<br />

prevenção de uma série de doenças no trato intestinal e na redução dos riscos de doenças,<br />

como diabetes e colesterol elevado. Até então o único papel atribuído à fibra dos alimentos<br />

estava ligado ao peristaltismo, aumentando, também, o volume fecal, sendo determinada<br />

apenas para descontar do valor nutritivo (POURCHET-CAMPOS, 1990; RAUPP et al, 2002;<br />

SALGADO, 2001). Em uma dieta equilibrada, sua ingestão pode reduzir o risco de algumas<br />

doenças, como as coronarianas e certos tipos de câncer. Para a Food and Drug Administration<br />

(FDA, 1998), esse fato permitiu que alimentos como cereais integrais, frutas e vegetais, os<br />

quais contêm como principal elemento a fibra, pudessem ser incluídos na categoria de<br />

alimentos funcionais.<br />

Hábitos alimentares errôneos têm refletido negativamente sobre a saúde humana,<br />

aumentando a incidência de muitas doenças, algumas delas relacionadas ao consumo<br />

insuficiente de fibras (YUE, 1998 apud MAYER, 2007). O baixo consumo é relatado em


vários estudos como de Mattos e Martins (2000) que apontam a existência de práticas<br />

alimentares que levam a baixo consumo de fibras alimentares, sendo a maior fonte de fibra da<br />

dieta habitual o feijão, único classificado na categoria "muito alto" teor de fibras (igual ou<br />

superior a 7%). Isso pode ser atribuído à urbanização, tendência generalizada da menor<br />

contribuição dos carboidratos no consumo calórico total e sua substituição por gorduras,<br />

podendo somar ainda as facilidades atualmente encontradas para a aquisição de alimentos pré-<br />

preparados, prontos e congelados disponíveis no mercado, bem como as inúmeras opções<br />

oferecidas por restaurantes "fast food" e "self-service", como favorecedores dessas mudanças.<br />

Nesse sentido, é possível que o consumo de fibras alimentares também tenha diminuído com<br />

a modernização (MATTOS; MARTINS, 2000).<br />

2.2.1 Propriedades Físico-químicas das fibras<br />

Estudos existentes até o momento relatam que as fibras alimentares exercem funções<br />

fisiológicas através de sua capacidade de hidratação, de aumentar o volume e regular a<br />

velocidade de trânsito do bolo alimentar e fecal, além de possuir a capacidade de complexar-<br />

se com outros constituintes da dieta através de vários mecanismos, podendo arrastá-los em<br />

maior ou menor quantidade na excreção fecal, dependendo do tipo de fibra, possibilitando a<br />

excreção de substâncias tóxicas (TOMA; CURTIS, 1986; RAUPP; SGARBIERI, 1996). As<br />

propriedades físico-químicas da fibra se caracterizam por influir o trânsito digestivo das<br />

dietas, a absorção de minerais e a absorção dos sais biliares e metabolismo dos lipídios<br />

(ARRUDA et al., 2003).<br />

As fibras possuem a capacidade, em meio aquoso, de atrair a água até certo limite. A<br />

adsorção de água ocorre por fixação na superfície da fibra e a absorção no interior da estrutura<br />

macromolecular. As fibras solúveis apresentam estrutura de polissacarídeos possibilitando a<br />

fixação de água, que pode ocorrer por diferentes mecanismos (via química, fixando a fibra aos<br />

grupos hidrófilos dos polissacarídeos; por acúmulo na matriz da fibra fora da célula e por<br />

acúmulo nos espaços interparietais). Essa propriedade física, além de influenciar o efeito<br />

nutricional, também é de suma importância na formulação e no processamento de alimentos<br />

ricos em fibra (BUENO, 2005).<br />

A capacidade higroscópica ou de retenção de água da fibra está particularmente<br />

relacionada com o seu conteúdo de hemiceluloses e pectinas. As substâncias pécticas, entre os<br />

25


26<br />

polissacarídeos da parede celular vegetal, são as que têm mais importância no processo de<br />

retenção de água, alterando decisivamente a viscosidade da digesta. Porém, sua degradação<br />

tende a ser quase completa pela microflora do intestino grosso, ocorrendo liberação das<br />

substâncias complexadas à parede celular, contribuindo para um trânsito mais lento devido à<br />

maior atividade fermentativa. Já a lignina influencia negativamente a extensão da atividade<br />

fermentativa por dois mecanismos: a) impedindo que as enzimas dos microrganismos atuem<br />

nos polissacarídeos (incrustação); b) ligando-se covalentemente aos polissacarídeos<br />

(ARRUDA et al. 2003).<br />

As fibras possuem também forte capacidade de ligação catiônica, fazendo com que as<br />

dietas ricas em fibra interfiram negativamente na absorção de minerais (ARRUDA et al.,<br />

2003). A capacidade de ligação catiônica está relacionada com a habilidade da fibra em ligar-<br />

se a íons metálicos através de grupos situados em sua superfície (RETORE, 2009). Certos<br />

tipos de fibra são capazes de formar complexos insolúveis com compostos inorgânicos ou<br />

orgânicos que apresentam cargas e, assim, incrementam sua excreção fecal. Essa propriedade<br />

pode também ser favorável, ao ligar-se aos sais biliares, impedindo de serem reabsorvidos<br />

pelo epitélio intestinal, mobilizando mais colesterol circulante para a produção de novos sais<br />

biliares. (RETORE, 2009). Carboxilas, aminas, hidroxilas alifáticas e fenólicas são os<br />

principais grupos funcionais capazes de exercer troca catiônica na parede celular e estão<br />

presentes em maior quantidade nas pectinas, ligninas e taninos (JERACI; VAN SOEST, 1990;<br />

CERQUEIRA, 2006). Essa propriedade também é citada por Wascheck et al. (2008) ao<br />

enfatizar a reconhecida capacidade de trocas catiônicas em pectinas.<br />

Diante do exposto, ressalta-se que, além dos teores, as propriedades físico-químicas<br />

das fibras devem ser intimamente conhecidas, uma vez que produzem diferentes efeitos<br />

fisiológicos e metabólicos no organismo humano (MOMM, 2007).<br />

2.2.2 Classificação<br />

As fibras são diferenciadas conforme seu comportamento frente à solubilidade em<br />

água, dividindo-se em duas frações: solúvel e insolúvel. Ambas, ao serem ingeridas na<br />

alimentação humana, não são hidrolisadas até chegar ao intestino delgado, mas, já a partir da<br />

porção terminal do intestino delgado e, principalmente, alcançando o intestino grosso, a<br />

fração solúvel é extensamente fermentada pela flora natural microbiana, enquanto que a


fração insolúvel permanece quase que totalmente intacta. Entretanto, os diversos constituintes<br />

da fibra alimentar não têm o mesmo efeito ou ação fisiológica (HERNAN<strong>DE</strong>Z;<br />

HERNAN<strong>DE</strong>Z; MARTINEZ, 1995; RAUPP; SGARBIERI, 1997).<br />

2.2.2.1 Fibra Solúvel<br />

Em contato com a água, as fibras solúveis formam uma rede na qual a água fica retida<br />

gelificando a mistura. Este grupo é composto pelas gomas, mucilagens, pectina e algumas<br />

hemiceluloses (MARQUEZ, 2001). São encontradas principalmente em vegetais, podendo<br />

também ser encontradas nos grãos de cereais e leguminosas (TUNGLAND; MEYER, 2002).<br />

Para os mesmos autores, a composição da fibra solúvel de um fruto pode ser afetada<br />

por processos intrínsecos e pela maturação que ele experimenta depois de sua colheita. Por<br />

outro lado, fatores externos como as condições de armazenamento e/ou processamento podem<br />

modificar a natureza da fibra solúvel.<br />

O primeiro aspecto relevante das fibras solúveis é a redução no esvaziamento gástrico<br />

(maior saciedade), aumentando o volume intraluminal e o tempo de exposição dos nutrientes<br />

no estômago. No entanto, o aumento da viscosidade atua como barreira física capaz de<br />

dificultar a ação de enzimas e sais biliares no bolo alimentar, podendo causar redução na<br />

digestão e na absorção de nutrientes. A capacidade de promover saciedade é fator ponderável<br />

para o combate à obesidade, além de sua ingestão reduzir a densidade calórica da refeição.<br />

Esses elementos agem também no retardo da absorção de glicose ao formar uma camada<br />

superficial suave ao longo da mucosa do intestino delgado, que serve de barreira na absorção,<br />

atrasando o metabolismo essencialmente dos açúcares e das gorduras. Assim, facilita a<br />

estabilização do metabolismo energético, controlando os aumentos bruscos da taxa de<br />

glicemia (STELLA, 2004; HERNAN<strong>DE</strong>Z; HERNAN<strong>DE</strong>Z; MARTINEZ, 1995, FERREIRA,<br />

1994).<br />

Outra ação de extrema relevância é a redução dos níveis de colesterol sanguíneo,<br />

sendo que diversos mecanismos já foram propostos. Um dos mecanismos propostos para esse<br />

efeito se baseia na ação das fibras solúveis de sequestrar ácidos biliares no duodeno. Em<br />

consequência, a excreção fecal de ácidos biliares aumenta nas fezes, diminuindo a quantidade<br />

que chega ao fígado pela via entero-hepática. Esse aumento de excreção leva à maior<br />

conversão do colesterol hepático em ácidos biliares, reduzindo a concentração intra-hepática<br />

27


28<br />

de colesterol. Uma das consequências da redução do colesterol intracelular é o aumento dos<br />

receptores LDL do fígado, aumentando o clearance dessa lipoproteína do sangue (FARMER;<br />

GOTTO, 1995 apud FERNAN<strong>DE</strong>S et. al., 2006; TOPPING, 1991). As fibras solúveis podem<br />

atuar também alterando a digestão e a absorção dos lipídeos dietéticos (TOPPING, 1991).<br />

Outra forma seria a capacidade das fibras de reduzir as taxas de aumento da insulina pela<br />

redução da velocidade de absorção de carboidratos, retardando, assim, a síntese de colesterol<br />

(JONES; KUBOW, 2003).<br />

Existem indícios de que a diminuição da concentração de colesterol também é devido<br />

à ação do ácido propiônico gerado pela fermentação microbiana, o qual parece possuir efeito<br />

inibitório sobre a síntese nos hepatócitos (FERREIRA, 1994). As fibras solúveis, tais como a<br />

pectina, goma guar, farelo de aveia, casca de psilium, feijões, leguminosas, frutas e hortaliças,<br />

parecem diminuir especificamente o colesterol LDL (HENRIQUES et al. 2008).<br />

Por outro lado, é importante ressaltar uma das propriedades mais interessantes das<br />

fibras solúveis: sua elevada fermentabilidade no intestino grosso. Essa fração fibrosa é<br />

seletivamente fermentada por bactérias acidolíticas, produzindo altas concentrações de ácidos<br />

graxos de cadeia curta (AGCC). Esses elementos são os principais promotores da motilidade<br />

do conteúdo fecal, regularizam o trânsito intestinal de forma suave e influenciam a<br />

proliferação das células epiteliais (SAKATA, 1987; WASCHECK et al. 2008). Os AGCC são<br />

utilizados como fonte de energia, porém com eficiência menor do que a glicose, suprindo de 5<br />

a 30% das necessidades energéticas de mantença (ARRUDA et al., 2003). No intestino, essas<br />

substâncias funcionam como fonte de energia para a mucosa e como agentes protetores de<br />

várias doenças, como diarreia, inflamações intestinais e câncer de cólon. A fermentação<br />

destas fibras pelas bactérias da flora permite diminuir o pH deste meio, favorecendo a saúde<br />

do organismo sob vários aspectos. Concomitante, fibras fermentadas convertem-se em<br />

nutrientes necessários para um melhor desenvolvimento das bactérias bífidas e lactobacilos,<br />

aumentando favoravelmente a flora bacteriana. O crescimento deste tipo de microflora<br />

intestinal promove a inibição do crescimento de bactérias patogênicas. Com isso, o sistema<br />

imunológico do órgão também torna-se fortalecido, prevenindo casos de infecção<br />

gastrintestinais e, até mesmo, de câncer de cólon (HERNAN<strong>DE</strong>Z; HERNAN<strong>DE</strong>Z;<br />

MARTINEZ, 1995).<br />

Arruda et al. (2003) afirmam que a fermentação dos componentes da fibra pode dar<br />

lugar à produção de CO2, hidrogênio, metano e ácidos graxos de cadeia curta. A taxa de<br />

fermentação dos polissacarídeos estruturais parece não estar associada a fatores isolados.<br />

Assim, a natureza química da fibra, o nível dietético dos componentes fibrosos, a forma de


apresentação do alimento fibroso, o grau de moagem da fonte de fibra e o estado fisiológico<br />

do consumidor são as variáveis mais importantes a serem consideradas.<br />

2.2.2.2 Fibra Insolúvel<br />

É encontrada nas verduras, frutas e hortaliças, composta por lignina, celulose e<br />

hemicelulose (maioria). São porções que captam pouca água e formam misturas de pouca<br />

viscosidade, não são digeridas nem absorvidas, são lentamente fermentadas no cólon e, sem<br />

dúvida, são excelentes formadoras de massas. (HERNÁN<strong>DE</strong>Z; HERNÁN<strong>DE</strong>Z; MARTÍNEZ,<br />

1995; MÁRQUEZ, 2004).<br />

A capacidade de retenção de água da fibra insolúvel é mais dependente do tamanho<br />

dos espaços intracelulares, definido pela coesão e organização estrutural das moléculas, do<br />

que da superfície de contato com a água, uma vez que possui quantidade muito pequena de<br />

grupos hidrofílicos. (VAN SOEST, 1994; STEPHEN; CUMMINGS, 1979). A fibra<br />

proveniente de células com moléculas de pequenos espaços intracelulares limitam não só a<br />

hidratação, como a ação das enzimas bacterianas sobre o substrato (GRENET; BESLE, 1991).<br />

A ação fundamental destas fibras é o estimulo do bom funcionamento do trânsito<br />

intestinal, que pode provocar diminuição no tempo de passagem da digesta pelo trato<br />

gastrintestinal. Possivelmente, esse efeito seja decorrente do aumento do volume fecal<br />

distendendo a parede do cólon e da estimulação física da fibra insolúvel sobre as paredes do<br />

trato gastrintestinal, que tende a aumentar a motilidade e a taxa de passagem (WARNER,<br />

1981; STELLA, 2004). Hillman et al. (1983) observaram que a celulose em dietas<br />

consumidas por humanos diminui o tempo de retenção da digesta, sendo que Guillon e<br />

Champ (2000) citam que o trânsito mais acelerado geralmente está associado ao aumento da<br />

quantidade de substratos que chegam ao cólon, provocando o aumento no volume fecal.<br />

Um dos mecanismos que explica o papel das fibras na profilaxia do câncer de cólon<br />

diz respeito ao seu efeito mecânico, no qual o aumento do volume fecal e a diminuição do<br />

tempo de trânsito intestinal facilitariam a remoção dos carcinógenos e/ou promotores do<br />

tumor, diminuindo o tempo de contato desses agentes com a mucosa do intestino<br />

(MONTEIRO, 2005).<br />

Outro benefício apontado pela porção insolúvel da fibra é a capacidade de se ligar aos<br />

ácidos biliares e outros compostos orgânicos (por exemplo, o colesterol), retardando ou<br />

29


30<br />

diminuindo a absorção desses componentes no intestino delgado. No entanto, estudos com<br />

fibras insolúveis nem sempre alteram os níveis de colesterol sérico, porque a síntese de<br />

colesterol hepático pode compensar a má absorção de colesterol (HENRIQUES et al., 2008).<br />

2.2.3 Propriedades tecnológicas<br />

Thebaudin et al. (1997) afirmam que as fibras alimentares são desejáveis não apenas<br />

por suas propriedades nutricionais, mas também por apresentarem propriedades tecnológicas e<br />

econômicas. De maneira geral, as propriedades das fibras permitem inúmeras aplicações na<br />

indústria de alimentos, substituindo gordura ou atuando como agente estabilizante,<br />

espessante, emulsificante; desta forma, podem ser aproveitadas na produção de diferentes<br />

produtos: bebidas, sopas, molhos, sobremesas, derivados de leite, biscoitos, massas e pães<br />

(CHO; DREHER, 2001).<br />

De acordo com Larrauri (1999), a fibra ideal deve ser bem concentrada, não ter<br />

componentes antinutricionais, não comprometer a vida de prateleira do produto a ser<br />

adicionado, apresentar boa proporção de fibra solúvel e insolúvel e apresentar características<br />

organolépticas suaves. Além disso, deve ser aceita pelo consumidor como um produto<br />

saudável, apresentar positivos efeitos fisiológicos e ter custo razoável.<br />

O conhecimento das propriedades físico-químicas é importante para a produção de<br />

alimentos com boa textura e sabor, porque a simples adição de elevadas quantidades de fibra<br />

nem sempre resulta em produtos com características sensoriais desejáveis (DREHER, 1995).<br />

Além de possibilitar suas inúmeras aplicações da indústria, é utilizada em substituição à<br />

gordura, ao amido ou atua como agente estabilizante, espessante e emulsificante (CHO;<br />

DREHER, 2001).<br />

VEIGA et al. (2000) analisaram amostras de queijo “petit suisse” quanto à presença de<br />

hidrocolóides proteicos do soro, capacidade de retenção de água, relação proteína/gordura e<br />

pectina. A amostra com maior teor de pectina apresentou maior viscosidade aparente,<br />

confirmando a influência do produto na elasticidade e na estrutura do queijo “petit suisse”.<br />

Em geral, alimentos como sopas, molho e polpa concentrada são rigorosamente avaliados<br />

quanto à viscosidade e à consistência sendo a viscosidade, em grande parte, função da<br />

concentração de moléculas de pectina, enquanto que a consistência depende da quantidade e<br />

da estruturação dos sólidos solúveis (WASCHECK et al. 2008).


O potencial tecnológico aliado à possibilidade da utilização das fibras alimentares no<br />

enriquecimento de produtos ou como ingrediente e a necessidade de suprir o consumo<br />

insuficiente de fibras pela população levaram as indústrias a desenvolver grande mercado de<br />

produtos enriquecidos com fibra.<br />

2.3 Barra de Cereal<br />

Barras de cereais foram introduzidas nos anos 90 como alternativa “saudável” de<br />

confeito, quando consumidores se mostravam mais interessados em saúde e dietas (BOWER;<br />

WHITTEN, 2000). A associação entre barra de cereais e alimentos saudáveis é tendência<br />

desde os primórdios do produto, já documentada no setor de alimentos, o que beneficia o<br />

mercado desse tipo de alimento (MITCHELL; BOUSTAIN, 1990; BALESTRO et al., 2011).<br />

Primeiro foram lançadas as barras de cereais, que são compostas por diversos tipos de<br />

cereais misturados a um xarope de glucose e extrusados para tomarem a forma de barras<br />

cortadas em mono-porção. Posteriormente, o produto se desenvolveu no mercado com o<br />

lançamento de novos itens. Em seu desenvolvimento, é interessante se destacar dois<br />

lançamentos. O primeiro deles foi o produto Diet, sem a adição de açúcar, portanto poderia<br />

ser considerado mais saudável do que os produtos originais. A segunda extensão foi cobrir as<br />

barras com chocolate, segundo os executivos, feito em função das barras de cereais não serem<br />

vistas pelos consumidores como produtos saborosos. Ou seja, a barra era apenas uma maneira<br />

de matar a fome com um produto saudável, mas não trazia nenhuma característica<br />

sensorialmente atrativa (BE<strong>DE</strong>NDO, 2010).<br />

O questionamento dos fatores atrativos do produto foi observado pelos pesquisadores<br />

Bower e Whitten (2000), ao afirmarem que o atributo “saudável” não é tão importante. As<br />

características de textura, preço e aparência mostraram-se relevantes na aquisição desses<br />

produtos. No entanto, a preocupação por uma alimentação saudável, que além de saciar<br />

promova a saúde, torna alguns alimentos e ingredientes preferenciais para um número cada<br />

vez maior de consumidores brasileiros, como soja, alimentos ricos em fibra e antioxidantes.<br />

Bedendo (2010) relata que as barras de cereais elegíveis são as com apelo saudável, que<br />

oferecem a possibilidade de matar a fome fora de hora com um produto que não causa dano<br />

para a saúde, no caso, com baixa quantidade de gorduras e açúcares e grande quantidade de<br />

fibras.<br />

31


32<br />

Consolidado o mercado das barras de cereais, a popularidade desses produtos reflete<br />

em tabelas nutricionais, que recomendam o aumento do consumo de fibras alimentares, pois<br />

se constatou que o baixo consumo deste nutriente pode implicar fator de riscos de doenças,<br />

como diverticulose, síndrome do cólon irritado e até mesmo o câncer (DUTCOSKY, 2006).<br />

Foi verificado por O’Neill et al. (2001) que barras de cereais administradas para pacientes<br />

hipercolesterolêmicos ajudam a reduzir os níveis do LDL.<br />

Os principais aspectos considerados na elaboração desse produto incluem a escolha do<br />

cereal (aveia, trigo, arroz, cevada, milho), a seleção do carboidrato apropriado e demais<br />

ingredientes de forma a manter o equilíbrio entre o sabor, a textura e a vida útil, além do<br />

enriquecimento com vários nutrientes, sua estabilidade no processamento, o uso de fibra<br />

dietética e o papel de isoflavonas como ingrediente funcional (O’CARROL, 1999;<br />

ESTELLER et al. 2004).<br />

Com base nos relatos acima e considerando que o consumo de barras de cereais vem<br />

conquistando grande importância e que há aumento no consumo de alimentos com alegação<br />

funcional, o presente projeto apresentou como proposta estudar a viabilidade de uso do<br />

resíduo da industrialização da goiaba, a partir do estabelecimento de informações sobre suas<br />

características, visando à formulação de barras de cereais de elevado teor de fibras. Além dos<br />

benefícios para a saúde, a proposta torna-se inovadora uma vez que usa ingredientes<br />

normalmente não utilizados nas formulações convencionais de barras de cereais encontradas<br />

no mercado, agregando valor mercadológico e reduzindo impactos ambientais causados pela<br />

subutilização desses resíduos.


3 ARTIGOS CIENTÍFICOS<br />

3.1 Artigo 1<br />

(Configuração conforme normas da Revista Alimentos e Nutrição – ANEXO A)<br />

<strong>RESÍDUO</strong> <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong>: RELAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO FÍSICO-<br />

QUÍMICA E POTENCIAL FUNCIONAL<br />

GUAVA WASTE: RELATIONSHIP BETWEEN PHYSICO-CH<strong>EM</strong>ICAL<br />

COMPOSITION AND FUNCTIONAL POTENTIAL<br />

SHORT LITTLE: <strong>RESÍDUO</strong> <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong><br />

Bruna Sampaio ROBERTO 1*<br />

Leila Picolli da SILVA 2<br />

Marília BIZZANI 3<br />

Bruna Mendonça ALVES 4<br />

*Autor para correspondência:<br />

GUAVA WASTE<br />

Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciência Rurais, Departamento de Zootecnia,<br />

Laboratório de Piscicultura.<br />

Av. Roraima s/n, Campus Universitário, Santa Maria, RS, Brasil. CEP 97105900<br />

E-mail: bruna_sampaio@ymail.com Telefone: (55)32208365<br />

1<br />

1 Mestranda no Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos (PPGCTA) - <strong>UFSM</strong>.<br />

2 Professora do Departamento de Zootecnia, Centro de Ciências Rurais (CCR)- <strong>UFSM</strong><br />

3 Aluna da Graduação de Tecnologia em Alimentos, Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos<br />

(DTCA), Centro de Ciências Rurais (CCR) – <strong>UFSM</strong><br />

4 Mestranda no Programa de Pós-graduação em Agronomia (PPGAGRO) - <strong>UFSM</strong>.


34<br />

RESUMO<br />

O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química e físico-química de casca e<br />

semente de goiaba (Paluma), a fim de vislumbrar propriedades funcionais e tecnológicas. Foi<br />

determinada matéria seca, proteína bruta, fibra alimentar, minerais totais, lipídios, capacidade<br />

de ligação à gordura e ao cobre, capacidade de hidratação, pectina, sinérese e compostos<br />

fenólicos das amostras. A semente e a casca apresentaram 9,6% e 3,8% de proteína,<br />

respectivamente. A semente apresentou 64,7% de fibra total e 59,6% de fibra insolúvel, mais<br />

representativa que a casca com respectivamente 54,5% e 39,46%, entretanto, mostrou menor<br />

teor de fibra solúvel. A composição lipídica da casca (1%) apresentou menores valores que a<br />

semente (11,3%). Minerais totais representaram 2,2% na casca e 0,8% na semente.<br />

Capacidade de ligação à gordura, capacidade de ligação ao cobre e compostos fenólicos são<br />

propriedades mais eminentes na casca (2,11g, 518mg e 2,08g, respectivamente), e repercutem<br />

em benefícios à saúde humana. Embora a semente forneça elementos potencialmente<br />

nutritivos, os dados de pectina (2,06%), capacidade de ligação à gordura (1,79%), capacidade<br />

de hidratação (1,60g/g) e sinérese (não formou gel) demonstram menor potencial tecnológico<br />

em relação à casca (9,83%, 3,39g/g e 0g/g, respectivamente). Esses resíduos são alternativas<br />

de baixo custo para o incremento de nutrientes nos alimentos, já que juntamente com o<br />

combate à deficiência nutricional da população, podem agir no controle glicêmico,<br />

dislipidemias e prevenção da constipação. Além disso, a casca demonstrou alta aplicabilidade<br />

na indústria alimentícia, podendo fornecer compostos formadores de gel, com baixa sinérese e<br />

boa capacidade de hidratação.<br />

Palavras-chave: Semente; casca; perfil nutricional; perfil tecnológico; fibra alimentar.


ABSTRACT<br />

The objective of this study was to evaluate the chemical composition and physico-<br />

chemical peel and seed of guava (Paluma), in order to discern functional and technological<br />

properties. Was determined dry matter, crude protein, dietary fiber, minerals, total lipids, fat<br />

binding capacity, the copper binding capacity, hydration capacity, pectin, phenolic<br />

compounds and syneresis of samples. The seed and peel showed 9.6% and 3.8% protein,<br />

respectively. The seed had 64.7% of total fiber and 59.6% insoluble fiber, more representative<br />

that the peel, with respectively 54.5% and 39.46%. However, seed showing lower content of<br />

soluble fiber. The lipid composition of the peel (1%) had values lower than the seed (11.3%).<br />

Minerals total represented 2.2% in the peel and 0.8% in the seed. The most prominent<br />

properties in the peel are the fat binding capacity, the copper binding capacity and phenolic<br />

compounds (2.11 g, 2.08 g and 518mg, respectively), which impact on human health<br />

benefits. Although the seed provide potentially nutritious elements, the content of pectin<br />

(2.06%), fat binding capacity (1.79%), hydration capacity (1.60 g/g) and syneresis (no gel<br />

formed) show less technological potential in relation to the peel (9.83%, 3.39 g/g, 0 g/g,<br />

respectively). These wastes are low-cost alternatives to increase the nutrients in foods, and<br />

coupled with the combat of nutritional deficiency of the population, can act also in control of<br />

glycemia, dyslipidemia and prevention of constipation. In addition, the peel showed high<br />

applicability in the food industry and can provide gel forming compounds with low syneresis<br />

and good hydration capacity.<br />

Keywords: Seed; peel; nutritional profile; technological profile; dietary fiber<br />

35


36<br />

INTRODUÇÃO<br />

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de goiaba, com volume de produção<br />

316.363 ton/ano no ano de 2010, em uma área de 15.375 ha, concentrada principalmente nas<br />

regiões sudeste e nordeste do País. 3, 27 A maior parte desta produção é destinada à fabricação<br />

de doce, suco, geleia, polpa congelada, entre outros.<br />

No processo de beneficiamento, há o descarte das sementes, que junto com a parte da<br />

fração da pele não separada no processo físico de despolpamento, compõem o resíduo (de 10<br />

a 30% do peso dos frutos), usualmente descartado pela agroindústria a céu aberto ou em<br />

aterros sanitários. 37, 46, 54 Essa ação resulta em desperdício de grande quantidade de nutrientes<br />

que poderiam ser utilizados na promoção da saúde e na melhoria tecnológica de produtos.<br />

Atualmente a busca de soluções para reduzir impactos ambientais aponta para um<br />

maior empenho em aproveitar os efluentes gerados pelo setor agroindustrial, bem como<br />

agregar valor a matérias-primas que antes eram descartadas. No entanto, o fato de não haver<br />

homogeneidade entre os resíduos gerados por diferentes beneficiamentos e a escassez de<br />

estudos que relatem de forma fiel a sua composição são entraves ao seu uso racional. Nesse<br />

sentido, o presente estudo foi conduzido com o objetivo de analisar a composição físico-<br />

química da casca e da semente da goiaba, a fim de identificar seus respectivos potenciais<br />

tecnológicos e funcionais, o que pode gerar informações para aplicabilidade direcionada<br />

destes resíduos.<br />

MATERIAIS E MÉTODOS<br />

Foram utilizados frutos do genótipo de polpa vermelha Psidium guajava "Paluma",<br />

produzidos na área experimental do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa


Maria (<strong>UFSM</strong>), Santa Maria – RS, colhidos com ponto de maturação semelhante (antes da<br />

maturação completa), admitindo como padrão a aparência do produto (casca levemente<br />

amarelada e polpa firme).<br />

Os frutos foram lavados em água corrente, submersos por 15 minutos em solução<br />

0,025% de hipoclorito de sódio e novamente enxaguados a fim de retirar os resíduos de cloro.<br />

Manualmente, foram descascados, sendo polpa e sementes separadas, com uso de<br />

peneiras (0,425mm). As sementes foram colocadas na estufa de circulação de ar por 2h<br />

(55°C) para retirar o excesso de água, a fração casca permaneceu na estufa de circulação de ar<br />

por 72h para pré-secagem (55 o C). As porções foram moídas em micromoinho (0,5mm à<br />

0,3mm) para transformação em farinha e armazenadas em sacos plásticos, sob congelamento,<br />

até o momento das análises.<br />

Para caracterização das amostras, realizaram-se, de acordo com as técnicas descritas<br />

pela AOAC, 5 as análises de matéria seca (MS) (105ºC/12h), matéria mineral (550ºC/5h),<br />

proteína bruta através da determinação de nitrogênio pelo método de Kjeldahl (N x 6,25) e os<br />

teores de fibra total, insolúvel e solúvel foram determinados conforme o método enzimático-<br />

gravimétrico 991.43, corrigida para proteína e cinzas. O conteúdo de fibra solúvel foi<br />

estimado pela diferença entre fibra total e insolúvel. As enzimas utilizadas nos métodos<br />

enzimáticos foram a -amilase Termamyl 120L®, protease Flavourzyme 500L® e<br />

amiloglicosidase AMG 300L®; fabricadas pela Novozymes Latin American Limited. Os<br />

lipídeos foram analisados conforme o método de Bligh & Dyer. 6 Os carboidratos não fibrosos<br />

foram calculados de acordo com Valadares Filho: 59 onde Carboidratos (%) = 100 – (%Fibra<br />

total + %Proteína bruta + %Lipídeos + %matéria mineral). A determinação de pectina foi<br />

realizada pelo método que se baseia na neutralização das cargas dos resíduos de ácido<br />

galacturônico livres pelos íons cálcio, provocando a geleificação da pectina e sua<br />

precipitação. 10<br />

37


38<br />

A determinação do teor de fenólicos totais foi determinada após extração exaustiva<br />

com solução metanólica. A quantificação foi efetuada por método espectrofotométrico com<br />

reagente Folin-Ciocalteau, 32, 41 utilizando curva padrão de ácido gálico. 5<br />

A capacidade de ligação a cobre (CLC) foi determinada pelo método de McBurney et<br />

al. 38 e a capacidade de hidratação (CH), avaliada pelo método de McConnell et al. . 39 A<br />

capacidade de ligação à gordura (CLG) foi determinada de acordo com Abdul-Hamid &<br />

Luan, 1 sendo o resultado expresso pela quantidade de gramas de óleo absorvida em um grama<br />

de amostra. O poder de sinérese de géis das amostras foi determinado pelo percentual de<br />

perda de líquido do gel durante seu período de geleificação por perda de peso. 7 O método<br />

realizado foi adaptado, utilizando a concentração de amostra de 5%, obtendo a formação de<br />

gel firme.<br />

Todas as determinações foram efetuadas em triplicata e os resultados submetidos à<br />

análise de variância (ANOVA) e Teste-F ao nível de 5% de significância, utilizando o<br />

programa de estatística SPSS 8.0 para Windows.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Os resultados da umidade da casca in natura e da composição química da farinha da<br />

semente e da casca de goiaba estão descritos na Tabela 1. A elevada umidade da casca de<br />

goiaba é o principal fator limitante para seu uso in natura, demonstrando a necessidade do<br />

emprego adequado de tecnologias visando aumentar o período de conservação, como a<br />

secagem, adotada no presente estudo após o descascamento. Como vantagens de se utilizar o<br />

processo de secagem há a facilidade na conservação do produto; a estabilidade dos<br />

componentes aromáticos à temperatura ambiente por longos períodos de tempo; a proteção<br />

contra degradação enzimática e oxidativa; a redução do seu peso; a economia de energia. 47 A


utilização de temperaturas mais elevadas durante o processo reduz significativamente o tempo<br />

necessário para a secagem, no entanto há escassez de trabalhos que relatem a temperatura<br />

máxima do processo. A desidratação realizada em estufa com circulação de ar forçada a 55 °C<br />

caracteriza a temperatura ideal para a manutenção de compostos e qualidade do produto final.<br />

2 Temperaturas altas podem acarretar problemas de ordem nutricional, como a degradação de<br />

vitamina C e compostos fenólicos, e alterações organolépticas, como o escurecimento.<br />

Em contrapartida, a semente possui baixo teor de umidade, o que a torna mais estável.<br />

39<br />

16, 20, 55<br />

Não foi encontrado na literatura dados referentes à composição centesimal completa<br />

da farinha da casca e da semente da goiaba, apenas de alguns parâmetros químicos, ou de<br />

subprodutos (casca e semente em proporções não estabelecidas) e fruto in natura, o que<br />

explica as diferenças encontradas entre os dados determinados e os disponíveis na literatura.<br />

Conforme apresentado na Tabela 1, na farinha de semente constatou-se conteúdo<br />

proteico expressivamente maior do que o valor de proteína na farinha da casca. O teor<br />

proteico da semente condiz com os trabalhos na literatura que indicam conteúdo de 7,6 a 9,8%<br />

17, 45, 49 e superior ao conteúdo do subproduto da goiaba relatado por Lousada et al. 36<br />

Conforme Fontanari et al., 18 a proteína da semente possui propriedades funcionais similares a<br />

outras sementes que vêm sendo utilizadas como ingrediente alimentar, podendo ser<br />

importante fonte alternativa de proteína para aplicação em futuros alimentos processados.<br />

A casca, que possui sabor adocicado, apresentou valores bem mais elevados de<br />

carboidratos (2,6 vezes maior) do que os encontrados para semente. O alto teor é explicado<br />

pelo fato de o amido ser o carboidrato de reserva energética nos vegetais, que é convertido em<br />

açúcares solúveis no decorrer do desenvolvimento dos frutos, tendo efeito no sabor e na<br />

textura dos frutos. 35 Lousada et. al. 36 analisando subprodutos da goiaba, encontrou 12,70%<br />

de carboidratos, valores próximos aos da farinha da semente, porém bem inferiores aos da<br />

casca.


40<br />

Resíduos agroindustriais ainda contêm quantidades significantes de fibras alimentares,<br />

como foi evidenciado nesse estudo com percentual de 54,49% e 64,73% de fibra total para<br />

casca e semente, respectivamente, em concordância com vários estudos. 57, 52, 48 O benefício<br />

dela está na prevenção de uma série de doenças no trato intestinal, reduzindo riscos de<br />

doenças, como diabetes e colesterol elevado. 50, 53 Conforme as recomendações da Food and<br />

Drug Administration (FDA), deve-se incluir o consumo de quatro porções diárias de fibras<br />

por dia que equivalem de 25g a 35g/dia, 14 as quais estão contidas em 53,3g a 74,62g de<br />

farinha da casca e 41,02g a 57,44g de farinha da semente.<br />

No entanto, nem todas as fibras atuam da mesma forma. As fibras alimentares<br />

compõem-se fundamentalmente de duas categorias: insolúveis e solúveis. Dentre as fibras<br />

insolúveis, a semente foi majoritária, perfazendo 59,59% da MS, e a casca, 39,46%,<br />

viabilizando os resíduos como fonte deste nutriente. Resíduos de goiaba são melhores fontes<br />

de FI que as frações de semente e casca de jabuticaba, fruto pertencente à mesma família, que<br />

conforme Lima et al. 34 possui 26,93% e 26,43%, respectivamente. Porção composta por<br />

lignina, celulose e hemicelulose (maioria), a fibra insolúvel forma mistura de pouca<br />

viscosidade e apresenta efeito mecânico no trato gastrintestinal: age como uma “esponja”,<br />

retendo grandes quantidades de água que aumentam o volume fecal, distendendo a parede do<br />

cólon. Como consequência, aumenta a motilidade intestinal, diminui o tempo de trânsito no<br />

cólon, aumentando a frequência da evacuação por fornecer a massa necessária para a ação<br />

peristáltica do intestino, melhorando ou prevenindo a constipação. 12, 26 Por acelerarem o<br />

trânsito fecal, as fibras insolúveis agem reduzindo a formação e consequente contato de<br />

agentes cancerígenos com a mucosa intestinal. 22 Esses benefícios levam ao incentivo de<br />

modificações dietéticas planejadas, com aumento de ingestão de fibra alimentar, podendo<br />

aliviar sintomas, corrigir deficiências nutricionais e minimizar a causa primária da dificuldade<br />

gastrintestinal. 33


A fibra solúvel, fração composta por pectinas, beta-glicanas, gomas, mucilagens, e<br />

algumas hemiceluloses, 21 pode ser encontrada em maior concentração na casca que na<br />

semente do fruto. A superioridade quanto à fibra solúvel da casca também é observada na<br />

casca de jabuticaba (6,80%), 34 no resíduo de abacaxi (2,16%) cujo teor também é inferior ao<br />

da semente estudada. 60 Esta porção aumenta a viscosidade do conteúdo intestinal, reduz o<br />

colesterol, e também apresenta efeito metabólico no trato gastrintestinal retardando o<br />

esvaziamento gástrico e o tempo de trânsito intestinal. 9 Vale destacar o melhor controle<br />

glicêmico e reduzida hiperinsulinemia, verificados em estudos randomizados de Chandalia et<br />

al. 11 com alto consumo de fibras. Esses efeitos das fibras solúveis repercutem diretamente no<br />

combate a doenças cardiovasculares como demonstrado por Jenkins et al., 28 utilizando como<br />

desenlace pressão arterial, colesterol total, LDL-c, HDL-c dos pacientes e a relação entre estes<br />

parâmetros.<br />

A casca apresentou valores ínfimos de gordura comparada à semente. Nenhum dos<br />

valores obtidos é semelhante aos valores de subprodutos de goiaba (sem definição da<br />

proporção de casca e semente), 6,01% e 9,74% de lipídios, encontrados respectivamente por<br />

Lousada et al. 36 e Uchoa et al. 58 . Quando a casca é comparada ao trabalho de Souza et al. 57<br />

com casca de maracujá 1,64% e ao trabalho de Costa et al. 13 com casca de abacaxi 1,60%, os<br />

valores são mais aproximados. Na semente, os teores descobertos são próximos aos 12,3%<br />

encontrados por Kobori & Jorge 31 e bem inferiores aos relatados por Prasad & Azeemoddin<br />

49 que obtiveram um valor em torno de 16%, ambos analisando sementes de goiaba.<br />

Conforme estes autores, a disparidade dos resultados deve-se às tecnologias mais modernas,<br />

aos novos cultivares altamente produtivos após o enxerto e aos fatores ambientais.<br />

Favoravelmente Prasad & Azeemoddin 49 constataram que o óleo de goiaba é uma boa fonte<br />

de ácido linoleico, como ácido graxo essencial, tendo então vantagens nutricionais, uma vez<br />

41


42<br />

que, ao ser misturado com outros óleos comestíveis de alta saturação, resultará num novo óleo<br />

com valores nutricionais modificados.<br />

O valor do material mineral variou de 0,82% para a semente e 3,42% para a casca.<br />

Prasad & Azeemoddin, 49 avaliando a semente, obtiveram valores próximos, 0,93%. Valores<br />

mais próximos foram confirmados por Munhoz et al. 42 que relataram 3,38% na fração casca<br />

do fruto, teor semelhante também ao trabalho de Kliemann 30 analisando farinha de casca de<br />

maracujá. O autor conclui que o produto com 3,36% é uma boa fonte de minerais. Ao<br />

comparar aos dados avaliados por Uchoa et al. 58 quanto ao teor mineral no resíduo do fruto<br />

(sem separação das porções), o material apresenta valores intermediários ao deste trabalho,<br />

totalizando 2,14% de minerais. Variações são condicionadas por fatores como a variedade do<br />

fruto, incluindo a proporção de sementes e cascas; estado de maturação dos frutos; tratos<br />

culturais, como reposição mineral no solo exigido pela cultura e nível tecnológico das<br />

unidades beneficiadoras na separação das sementes das cascas e outros; quantidade de água<br />

utilizada durante o processamento, podendo dissolver componentes. 56<br />

Resultados avaliados quanto aos parâmetros que conferem propriedades tecnológicas<br />

juntamente com os demais compostos que atribuem perfil funcional ao alimento estão<br />

apresentados na Tabela 2.<br />

Além dos benefícios fisiológicos das fibras, deve-se ressaltar suas propriedades<br />

tecnológicas que viabilizam amplamente a utilização dos resíduos. Redução de retrogradação,<br />

melhoria da textura, somadas a um ganho em água e a uma redução da gordura foram<br />

características descobertas por vários estudos ao usar resíduos. Em produtos de panificação,<br />

há vantagens técnicas como melhoria no batimento da massa e melhor maciez. 19 A<br />

capacidade de ligação à gordura mede a quantidade de lipídeos que um determinado produto é<br />

capaz de absorver, relacionando-se com a capacidade de manter sistemas de emulsões e com a<br />

capacidade da fibra em unir-se a substâncias no intestino, como sais biliares e colesterol. O


valor deste parâmetro encontrado para a farinha da casca foi expressivamente maior que para<br />

a farinha da semente. Ambos são menores do que no estudo de Monego 40 para a goma da<br />

linhaça, que tem capacidade de ligação à gordura igual a 2,81. Entretanto, comparado aos<br />

farelos de milho, trigo e soja, e a casca de maracujá, a casca da goiaba possui o maior<br />

potencial, uma vez que esses apresentam CLG de 1,7; 1,9; 0,5 e 1,17 gramas de óleo/grama de<br />

amostra, respectivamente. Implica assim potencial utilização na tentativa de redução do<br />

colesterol sanguíneo, bem como, comparado a estes subprodutos, possui maior viabilidade no<br />

uso como estabilizante de emulsões.<br />

57, 61<br />

A capacidade de hidratação (CH) mede a quantidade máxima de água absorvida que é<br />

retida pela amostra. Essas propriedades estão diretamente relacionadas com o teor de fibras<br />

solúveis presentes no alimento. Visivelmente a casca da goiaba possui maior capacidade de<br />

hidratação que a semente do fruto, facilmente explicado pelo expressivo teor de fibras<br />

solúveis na casca. Os valores encontrados para a farinha da casca da goiaba foram maiores do<br />

que os valores encontrados para fontes de fibras do estudo de Zaragoza et al. 61 , em virtude<br />

das frutas e suas cascas possuírem teores de fibras solúveis maiores do que os de farelos de<br />

cereais e de leguminosas utilizados no estudo. Comparada à casca de maracujá, a CH da casca<br />

de goiaba foi menor, a qual apresentou valor de 4,8, proporcionado pelo maior aporte de<br />

fibras do subproduto do maracujá, que o autor relatou em 70,67%. 57 Maior CH da fibra<br />

ingerida propicia maior volume do bolo alimentar, maior sensação de saciedade, aumenta a<br />

viscosidade das soluções no trato gastrintestinal, retardando o esvaziamento gástrico de<br />

refeições ricas em carboidratos, reduzindo assim a resposta glicêmica. 29 Os efeitos<br />

tecnológicos da CH se relacionam com a capacidade de formar géis, aumentar a viscosidade<br />

e, dessa forma, influenciar na textura do produto e estabilidade da emulsão. 15<br />

A casca teve melhor desempenho também analisando a capacidade de ligação ao<br />

cobre, demonstrando que possui diferente comportamento aniônico do da semente, tendo uma<br />

43


44<br />

melhor capacidade de formar complexos insolúveis com os mais variáveis íons, aumentando<br />

sua excreção fecal. 61 Em ambos os materiais analisados, a CLC foi relativamente elevada,<br />

quando comparada a subprodutos de linhaça no estudo de Monego 40 com valores de 83 a<br />

88mg de cobre/100g de amostra, valores que, conforme Jorge & Monteiro 29 , estão<br />

intimamente relacionados à porcentagem de pectinas. A semente tem 40% de pectina em sua<br />

fibra solúvel, como demonstrado no gráfico 1. Já a casca, além de possuir maior teor em fibra<br />

solúvel, tem maior representatividade em relação à pectina, a qual representa 65% da FS. A<br />

pectina vem sendo aplicada na dieta devido aos efeitos fisiológicos benéficos no organismo<br />

humano, pois evita resultados nocivos de patologias tendo influência na redução dos níveis de<br />

colesterol, lipoproteínas, ácidos biliares e glicose, além de promover complexação de metais<br />

pesados e seus isótopos. 8 Munhoz et al. 43 destacaram também que a pectina extraída da casca<br />

de goiaba é de grau de esterificação inferior a 50%, sendo considerada de baixa esterificação,<br />

com teor de ácido galacturônico próximo à pectina comercial. Os autores ainda ressaltaram<br />

que as pectinas extraídas podem ser empregadas na geleificação de alimentos com baixo teor<br />

de açúcar, como fibra dietética solúvel, espessante e estabilizante em alimentos.<br />

Avaliando a sinérese, mesmo reproduzindo em várias concentrações de amostra, não<br />

houve formação de gel utilizando a semente. Todavia, quando utilizada a concentração de 5%<br />

de casca, obteve-se a formação de gel firme, favoravelmente capaz de impedir a liberação de<br />

água após ciclos de resfriamento (sinérese). Logo, observou-se que são necessárias altas<br />

concentrações de casca para a formação do gel, diferentemente da força de gel da goma de<br />

linhaça, quando Monego 40 obteve géis firmes com 2 e 2,5% de amostra, obtendo a mesma<br />

redução de sinérese.<br />

Não há relatos na literatura quanto ao teor de compostos fenólicos na farinha da casca,<br />

todavia apresenta valores (Tabela 2) bem abaixo do encontrado em cascas de vários frutos da<br />

família Myrtaceae, como jabuticaba (499,10mg%), jambolão (455,78 mg%), araçá-vermelho


(608,73 mg%) e a própria goiaba (420mg%). 23, 24 Uma vez comparado a materiais in natura,<br />

a discrepância dos resultados de CF pode ser atribuído ao tratamento térmico (secagem) que a<br />

casca sofreu para transformação em farinha, podendo ocorrer a degradação desses compostos.<br />

Estudos têm revelado que as cascas e as sementes de certos frutos exibem quantidade de<br />

compostos bioativos mais elevada do que a da polpa. Este fato é ratificado ao analisar que a<br />

farinha da casca apresenta valores que merecem destaque comparado à polpa de goiaba, que,<br />

em estudo de Kuskosky et.al., 32 apresentou 83,0mg%. Cascas possuem maior teor de fenóis<br />

totais, pois na polpa podem sofrer alterações químicas e enzimáticas durante o processo de<br />

amadurecimento, incluindo hidrólises de glicosídeos por glicosidases, oxidação de fenóis por<br />

fenoloxidases e polimerização de fenóis livres. 51 O teor de fenólicos presentes em sementes<br />

de goiaba deste estudo (125mg%) foi superior ao encontrado em polpa utilizada pelos autores<br />

já citados, porém inferior ao da casca em estudo e ao detectado em semente (250,53mg%) por<br />

Nascimento 44 . Esses compostos conferem a esses resíduos valor em prol da saúde uma vez<br />

que são os maiores responsáveis pela atividade antioxidante em frutos, 25 tese reafirmada por<br />

Kuskoski et.al., 32 que demonstraram correlação direta entre o conteúdo total de compostos<br />

fenólicos e a atividade antioxidante.<br />

CONCLUSÃO<br />

A casca, porção não comestível do fruto, mostrou-se rica em fibras alimentares,<br />

destacando o alto teor em fibra solúvel e pectina. Adicionalmente, pode ser uma fonte natural<br />

de energia, bem como de minerais. Essa porção proporciona também aproveitamento<br />

tecnológico, baseado na sua alta capacidade de hidratação, capacidade de ligação à gordura e<br />

baixa sinérese. A semente mostrou bom rendimento no fornecimento de elementos<br />

potencialmente nutritivos como fonte de fibras, principalmente insolúveis, proteínas e óleo.<br />

45


46<br />

Além dos nutrientes essenciais e de micronutrientes como minerais, a casca e a semente<br />

apresentaram valor expressivo de CLC e de compostos secundários de natureza fenólica, os<br />

polifenóis.<br />

Admitindo os bons resultados analíticos, existe o potencial para utilização da farinha<br />

de casca e semente de goiaba no enriquecimento de produtos, como por exemplo, pães,<br />

biscoitos e barras de cereais, melhorando suas qualidades nutricionais e tecnológicas, além de<br />

ser uma alternativa para reduzir o descarte de nutrientes desperdiçados pela agroindústria.<br />

AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />

À Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior<br />

(CAPES), ao suporte financeiro na forma de bolsa de mestrado, ao Conselho Nacional de<br />

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelas bolsas de produtividade em<br />

pesquisa da Professora Leila Picolli da Silva e pela bolsa de iniciação científica. Ao Colégio<br />

Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria, pelo fornecimento das amostras de<br />

goiaba.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

1. ABDUL-HAMID, A.; LUAN, Y.S. Functional properties of dietary fibre prepared from<br />

defatted rive bran. Food Chem., v. 68, issue 1, p.15-19. 2000.<br />

2. ABUD, A. K. S.; SILVA, G. F.; NARAIN, N. Influência da secagem na atividade de<br />

enzimas presentes nos resíduos de processamento de frutas. In: SIMPÓSIO NACIONAL<br />

<strong>DE</strong> BIOPROCESSOS – SINAFERM. Curitiba. Anais... Curitiba: UFPR. 2007.<br />

3. ANUÁRIO ESTATÍSTICO DA AGRICULTURA BRASILEIRA. São Paulo, FNP<br />

Consultoria e Comércio. p. 325-328, 2009.<br />

4. ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CH<strong>EM</strong>ISTS. Official methods of<br />

analysis of the association of official analitical chemists. 15 th ed.. Arlington, 1990, v. 1,<br />

p. 685-1213.


5. ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CH<strong>EM</strong>ISTS. Official Methods of<br />

Analysis of the AOAC International. 16 th ed., supplement 1998. Washington: AOAC,<br />

1018p. 1995.<br />

6. BLIGH, E. C.; DYER, W. J. A rapid method of total lipid. Extraction and purification.<br />

Can. J. Biochem. Physiol. v. 37, p. 911-917. 1959.<br />

7. BOURNE, M. C. Food texture and viscosity: Concept and Measurement. Cornell<br />

University, Geneva, New York. Academic. Press. Mayo, 1986.<br />

8. CANTERI-SCH<strong>EM</strong>IN, M.H. Obtenção de pectina alimentícia a partir de bagaço de<br />

maçã. 2003. 83f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) – Setor de<br />

Tecnologia, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2003.<br />

9. CARUSO, L.; LAJOLO, M. F.; MENEZES, E.W. Modelos esquemáticos para avaliação<br />

da qualidade analítica dos dados nacionais de fibra alimentar. Ciênc. Tecnol. Aliment.,<br />

v. 19, n.3, set/dez. 1999.<br />

10. CARVALHO, H. H.; JONG, E. V.; BELLO, R. M. Alimentos: Métodos físicos e<br />

químicos de análises. 1 ed. 180 p. Porto Alegre: Universidade/UFRGS, 2002.<br />

11. CHANDALIA, M. et al. Beneficial effects of high dietary fiber intake in patients with<br />

type 2 diabetes mellitus. N. Engl. J. Med. v. 342, n.19, p.1392-1398. May.2000.<br />

12. COPPINI, L Z. Fibra Alimentar. Congresso Brasileiro de Nutrição e Câncer. São Paulo,<br />

2004.<br />

13. COSTA, J.M.C. et al. Comparação dos parâmetros físico-químicos e químicos de pós<br />

alimentícios obtidos de resíduos de abacaxi. Rev. Ciênc. Agron., v.38, n.2, p.228-232,<br />

2007.<br />

14. CUPPARI, L. Nutrição clínica do adulto: guias de medicina ambulatorial e hospitalar.<br />

São Paulo: Manole, p.337-338, 2002.<br />

15. DIEPENMAAT-WOLTERS, M. G. E. Functional proprieties of dietary fibre in foods: In:<br />

Food Ingredients Europe, Paris, 1993. Proceeding. Maarssen: Expoconsult, p. 44-56,<br />

1993.<br />

16. FENN<strong>EM</strong>A, O.R. Química de los Alimentos. Zaragoza: Editorial Acribia S.A., 1993.<br />

17. FONTANARI, G. G. et al. Thermal study and physico-chemical characterization of some<br />

functional properties of guava seeds protein isolate (Psidium guajava). J. Therm. Anal.<br />

Calorim., v. 83, n. 3, p. 709-713, 2006.<br />

18. FONTANARI, G. G. et al. Isolado protéico de semente de goiaba (Psidium guajava):<br />

caracterização de propriedades funcionais. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, v. 27,<br />

supl., p.73-79, ago. 2007.<br />

19. FOOD INGREDIENTS BRASIL. Dossiê: Fibras alimentares. n. 8, p. 42-65, 2008<br />

47


48<br />

20. GABAS, A. L.; TELIS-ROMERO, J; MENEGALLI, F. C. Cinética de degradação do<br />

ácido ascórbico em ameixas liofilizadas. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, v. 23,<br />

Supl., p.66-70, dez. 2003.<br />

21. GUTKOSKI, L. C.; TROMBETTA, C. Avaliação dos teores de fibra alimentar e de betaglicanas<br />

em cultivares de aveia (Avena sativa L). Ciênc. Tecnol. Aliment., v.19, n.3,<br />

p.387-390, set./dez. 1999.<br />

22. HAAS, P.; ANTON, A.; FRANCISCO, A. Câncer de colo retal no Brasil: consumo de<br />

grãos integrais como prevenção. Rev. Bras. Anál. Clín., v. 39, n. 3, p. 231-235, 2007.<br />

23. HAMM, J. H. G. et al. Estudo fitoquímico em frutos da família myrtaceae. XVIII<br />

Congresso de Iniciação Científica, o XI Encontro de Pós-Graduação e a I Mostra<br />

Científica. Anais eletrônicos... Pelotas, RS. Outubro, 2009. Disponível em:<br />

http://www.ufpel.tche.br/cic/2009/cd/ pdf/CA/CA_01712.pdf Acessado em: dez/2011<br />

24. HASSIMOTTO, N. M. A.; GENOVESE, M. I.; LAJOLO, F. M. Antioxidant activity of<br />

dietary fruits, vegetables, and commercial frozen fruit pulps, J. Agric. Food Chem., v.<br />

53, n. 8, p. 2928-2935, 2005.<br />

25. HEIM, K.E. et al. Flavonoid antioxidants: chemistry, metabolism and structure-activity<br />

relationships. J. Nutr. Biochem., v.13, p.572-584, 2002.<br />

26. INNOCENTE, L. R.; LEITE, J. I. A. Alimentos Funcionais e Atividade Física. Rev.<br />

Pulsar. Jundiaí/SP, v. 2, n. 2, p. 1-9 , 2010.<br />

27. INSTITUTO BRASILEIRO <strong>DE</strong> GEOGRAFIA E ESTATISTICA. Pesquisa Agricola<br />

Municipal. Disponivel em: Acessado em: 30 de novembro de<br />

2011.<br />

28. JENKINS, D.J. et al. Soluble fiber intake at a dose approved by the US Food and Drug<br />

Administration for a claim of health benefits: serum lipid risk factors for cardiovascular<br />

disease assessed in a randomized controlled crossover trial. Am. J. Clin. Nutr. v.75, n.5,<br />

p. 834-839, 2002.<br />

29. JORGE, J.S.; MONTEIRO, J.B.R. O efeito das fibras alimentares na ingestão, digestão e<br />

absorção de nutrientes. Nutr. Brasil, v. 4, n. 4, p.218-229, 2005.<br />

30. KLI<strong>EM</strong>ANN, E. Extração e caracterização da pectina da casca do maracujá amarelo<br />

(Passiflora edulis flavicarpa). Florianópolis, 2006. 75 p. Dissertação (Mestrado em<br />

Ciência dos Alimentos) – Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, 2006.<br />

31. KOBORI, C.N.; JORGE, N. Caracterização dos óleos de algumas sementes de frutas<br />

como aproveitamento de resíduos industriais. Rev. Ciênc. Agrotec., Lavras, v. 29, n.<br />

5, p. 1008-1014, Set. /Out. 2005.<br />

32. KUSKOSKI, E. A. et al. Frutos tropicais silvestres e polpas de frutas congeladas:<br />

atividade antioxidante, polifenóis e antocianinas. Ciênc. Rural, v.36, n.4, p.1285-1286,<br />

2006.


33. LAJOLO, F. M. et al. Fibra dietética en Iberoamerica: tecnología y salud. Obtención,<br />

caracterización, efecto fisiológico y aplicación en alimentos. [Projeto CYTED<br />

XI.6/CNPq. Obtención y caracterización de fibra dietética para su aplicación en<br />

regímenes especiales]. 469p. São Paulo: Varela; 2001.<br />

34. LIMA, A. J. B. et al. Caracterização química do fruto jabuticaba (Myrciaria cauliflora<br />

Berg) e de suas frações. Arch Latinoam. Nutr., v. 58, n. 4, p. 416-421, 2008.<br />

35. LIMA, G. P. P. et al. Parâmetros bioquímicos em partes descartadas de vegetais. In:<br />

Programa Alimente-se Bem: tabela de composição química das partes não<br />

convencionais dos alimentos. São Paulo: SESI, 2008.<br />

36. LOUSADA, J. E.Jr. et al. Caracterização físico-química de subprodutos obtidos do<br />

processamento de frutas tropicais visando seu aproveitamento na alimentação animal.<br />

Rev. Ciênc. Agron., v.37, n.1, p.70-76, 2006<br />

37. MANTOVANI, J. R. et al. Uso fertilizante de resíduo processadora de goiabas. Rev.<br />

Bras. Frutic., Jaboticabal – SP, v. 26, n.2, p.339-342, Agosto, 2004.<br />

38. McBURNEY, M. I.; VAN SOEST, P. J.; CHASE, L. E. Cation exchange capacity and<br />

buffering capacity of neutral-detergent fibres. J. Sci. Food Agric., v. 34, issue 9, p. 910-<br />

916, 1983.<br />

39. McCONNELL, A. A.; EASTWOOD, M. A.; MITCHELL, W. D. Physical characteristics<br />

of vegetable foodstuffs that could influence bowel function. J. Sci. Food Agric., Mysore,<br />

v.25, n. 12, p. 1457-1464, 1974.<br />

40. MONEGO, M.A. Goma de Linhaça (Linum usitatissimum L.) para uso como<br />

hidrocolóide na Indústria Alimentícia. 2009. 87p. Dissertação (Mestrado em Ciência e<br />

Tecnologia dos alimentos) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2009.<br />

41. MOYER, R.A. et al. Anthocyanins, phenolics, and Antioxidants capacity in diverse small<br />

fruits: Vaccinium, Rubus, and Ribes. J. Agric. Food Chem., v.50, n. 3, p.519-525, 2002.<br />

42. MUNHOZ, C.L. Efeito das condições de extração sobre o rendimento e<br />

características da pectina obtida de diferentes frações de goiaba CV Pedro Sato.<br />

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás. Escola de Agronomia e<br />

Engenharia de Alimentos, 2008. 57p. Goiânia-GO, 2008.<br />

43. MUNHOZ, C. L.; SANJINEZ-ARGANDOÑA, E.J.; SOARES-JÚNIOR, M.S. Extração<br />

de pectina de goiaba desidratada. Ciênc. Tecnol. Aliment., v.30, n.1, p. 119-125,<br />

Jan./Mar. 2010.<br />

44. NASCIMENTO, R. Potencial antioxidante de resíduo agroindustrial de goiaba. 2010.<br />

110f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) Universidade<br />

Federal Rural de Pernanbuco, Recife, PE, 2010.<br />

45. NICANOR, A. B. et al. Guava seed storage protein: Fractionation and characterization.<br />

LWT- Food Sci. and Technol., v. 39, n. 8, p. 902-910, 2006.<br />

49


50<br />

46. NUTRISCIENCE. Proteína da semente de goiaba pode ser alternativa à da soja.<br />

Nutriscience, março de 2010. Disponível em: Acessado em: 27 de setembro<br />

de 2011.<br />

47. PARK, K. J.; YADO, M. K. M.; BROD, F. P. R. Estudo de secagem de pêra bartlett<br />

(pyrus sp.) em fatias. Ciênc. Tecnol. Aliment., v. 21, n. 3, p.288-292, set-dez. 2001.<br />

48. PIEDA<strong>DE</strong>, J.; CANNIATTI-BRAZACA, S. G. Comparação entre o efeito do resíduo do<br />

abacaxizeiro (caules e folhas) e da pectina cítrica de alta metoxilação no nível de<br />

colesterol sangüíneo em ratos. Ciênc. Tecnol. Aliment., v.23, n.2, p. 149-156, 2003.<br />

49. PRASAD, N.B.L.; AZE<strong>EM</strong>ODDIN, G. Characteristics and composition of guava<br />

(Psidium guajava L.) seed and oil. J. Am. Oil Chem. Soc., Chicago, v. 71, n. 4, p. 457-<br />

458, 1994.<br />

50. RAUPP, D.S; PAULA, S.H.; ROSA, D.A.; CALDI, C.M.; CR<strong>EM</strong>ASCO, A.C.V.;<br />

BANZATTO, D.A. Arraste fecal de Nutrientes da Ingestão Produzido por Bagaço de<br />

Mandioca Hidrolizado. Sci. Agric., Piracicaba, v. 59, n. 2, p. 235-242, abr/jun. 2002.<br />

51. ROBARDS, K. et al. Phenolic compounds and their role in oxidative processes in fruits.<br />

Food Chem., v. 66, n. 4, p. 401–436, 1999.<br />

52. RODRIGUEZ, R. et al. Dietary fibers from vegetable products as source of functional<br />

ingredients. Trends Food Sci. Tech., Sevilla, Spain, v.17, issue 1, p.3-15, 2006.<br />

53. SALGADO, J.M. Pharmacia de Alimentos, 5ª ed, São Paulo: Editora Madras, 2001.<br />

54. SILVA, J.D.A. Composição química e Digestibilidade in situ de semente de goiaba<br />

(Psidium guajava L.). 1999. 34f. Dissertação (Mestrado em Produção Animal) –<br />

Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 1999.<br />

55. SILVA, R. A.; BORSATO, D.; SILVA, R. S. S. F. Método simplex supermodificado<br />

como estratégia de otimização para respostas combinadas em sistemas alimentares.<br />

Ciênc. Tecnol. Aliment., v. 20, n. 3, p. 329-336, 2000.<br />

56. SILVA, D.A.T. et al. Efeito de dois métodos de pré-secagem na composição<br />

bromatológica do resíduo do farelo de goiaba para frango de corte In: Jornada de Ensino,<br />

Pesquisa e Extensão da UFRPE - congresso de iniciação científica. 6., 2006, Recife.<br />

Anais. Recife: Universidade Federal Rural de Pernambuco (2006). (CD-ROM).<br />

57. SOUZA, M. W. S.; FERREIRA, T. B. O.; VIEIRA, I. F. R. Composição centesimal e<br />

propriedades funcionais tecnológicas da farinha da casca do maracujá. Alim. Nutr., v.19,<br />

n.1, p. 33-36, jan./mar. 2008.<br />

58. UCHOA, A. M. A.; COSTA, J. M. C.; MAIA, G. A.; SILVA, E. M. C., CARVALHO, A.<br />

F. F. U.; MEIRA, T. R. Parâmetros Físico-Químicos, Teor de Fibra Bruta e Alimentar de<br />

Pós Alimentícios Obtidos de Resíduos de Frutas Tropicais. Seg. Alim. Nutr., v. 15, n. 2,<br />

p. 58-65, 2008.


51<br />

50<br />

59. VALADARES FILHO, S. C. Nutrição, Avaliação de alimentos e tabelas de composição<br />

de alimentos para bovinos. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDA<strong>DE</strong> BRASILEIRA <strong>DE</strong><br />

ZOOTECNIA, 37., 2000, Viçosa. Anais... Viçosa: SBZ, p.267-337, 2000.<br />

60. WAUGHON, T. G. M.; PENA, R. S. Estudo da Secagem da fibra residual do abacaxi.<br />

Alim. Nutr., v.17, n.4, p.373-379, out./dez. 2006.<br />

61. ZARAGOZA, M.L.Z.; PÉREZ, R.M.; NAVARRO, Y.T.G. Propiedades funcionales y<br />

metodologia para su evaluación en fibra dietética. In: LAJOLO, F.M. et al. Fibra<br />

dietética en Iberoamérica: tecnologia y salud. São Paulo: Varela, 2001. p.195-209,<br />

2001.


52<br />

Tabela 1 ‒ Teor de umidade na amostra in natura (AI) e composição química na farinha dos<br />

resíduos de goiaba.<br />

Parâmetros (%) Casca Semente<br />

Umidade AI 89,08±1,38 -<br />

Umidade farinha 13,93±0,52 a 5,87±1,51 b<br />

........% da matéria seca.......<br />

Proteína 4,40±0,05 a 9,60±0,07 b<br />

Carboidratos 36,42±1,2 a<br />

13,55±0,08 b<br />

Fibra Total 54,49±1,8 b 64,73±1,74 a<br />

Fibra Insolúvel 39,46±4,1 b 59,59±1,68 a<br />

Fibra Solúvel 15,03±2,47 a 5,13±0,29 b<br />

Lipídios 1,27±0,1 b 11,30±0,03 a<br />

Matéria Mineral 3,42±0,05 a 0,82±0,05 b<br />

Resultados expressos em média ± desvio padrão. As médias seguidas de diferentes letras na linha diferem<br />

significativamente pelo Teste-F ao nível de 5% de significância.


Tabela 2 ‒ Capacidade de Ligação à gordura (CLG), Capacidade de Hidratação (CH),<br />

Capacidade de Ligação ao cobre (CLC) Pectina (PCT), Sinérese e Composto Fenólicos (CF)<br />

da farinha da casca e semente de goiaba.<br />

Parâmetros Casca Semente<br />

CLG (g de gordura/g de amostra) 2,11±0,03 a 1,79±0,01 b<br />

CH (g de água/g de amostra) 3,39±0,34 a<br />

1,60±0,07 b<br />

CLC (mg de cobre/100g de amostra) 518±58,29 a<br />

PCT (g Pectato de cálcio (100 -1 ) 9,83±0,45 a<br />

2,06±0,21 b<br />

376,71±12,09 b<br />

Sinérese (% de água liberada) 0 -<br />

CF (mg de ácido gálico/100g) 208±0,19<br />

Resultados expressos em média ± desvio padrão. As médias seguidas de diferentes letras na linha diferem<br />

significativamente pelo Teste-F ao nível de 5% de significância.<br />

a<br />

125±0,04 b<br />

53


54<br />

Figura 1 ‒ Percentual de Pectina presente na fibra solúvel de casca e semente de goiaba.


3.2 Artigo 2<br />

Artigo em fase final de revisão pelos autores para ser sumetido à Revista Journal of<br />

Agricultural and Food Chemestry<br />

(Configuração conforme normas da revista – Anexo B)<br />

<strong>METABOLISMO</strong> <strong>DE</strong> <strong>RATOS</strong> WISTAR SUBMETIDOS À DIETA COM<br />

FONTE <strong>DE</strong> FIBRAS PROVENIENTES <strong>DE</strong> <strong>RESÍDUO</strong>S <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong><br />

METABOLISM OF WISTAR RATS SUBMITTED TO DIET WITH<br />

FIBER SOURCE FROM GUAVA WASTE<br />

Bruna Sampaio Roberto 1*<br />

Leila Picolli da Silva 2<br />

Fernanda Teixeira Macagnan 1<br />

Fernanda Aline de Moura 1<br />

Marília Bizzani 3<br />

Naglezi de Menezes Lovatto 4<br />

*Autor para correspondência:<br />

Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciência Rurais, Departamento de Zootecnia,<br />

Laboratório de Piscicultura.<br />

Av. Roraima s/n, Campus Universitário, Santa Maria, RS, Brasil. CEP: 97105900<br />

E-mail: bruna_sampaio@ymail.com Telefone: (55)32208365<br />

2<br />

1<br />

Aluna do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos (PPGCTA) – Universidade<br />

Federal de Santa Maria (<strong>UFSM</strong>).<br />

2<br />

Departamento de Zootecnia, Centro de Ciências Rurais (CCR) - Universidade Federal de Santa Maria (<strong>UFSM</strong>).<br />

3<br />

Aluna da Graduação de Tecnologia em Alimentos - Universidade Federal de Santa Maria (<strong>UFSM</strong>)<br />

4<br />

Aluna do Programa de Pós-graduação em Zootecnia (PPGZOOT) - Universidade Federal de Santa Maria<br />

(<strong>UFSM</strong>)<br />

55


56<br />

RESUMO<br />

O trabalho teve por objetivo avaliar o efeito das fibras alimentares presentes no<br />

resíduo de goiaba, casca e semente, no metabolismo bioquímico e gastrintestinal de ratos<br />

Wistar. Foram utilizados ratos machos Wistar alimentados com rações experimentais com<br />

farinha de casca, semente e casca+semente de goiaba. Os animais que ingeriram apenas casca<br />

como fonte de fibra apresentaram maior digestibilidade das fibras, teor de nitrogênio nas<br />

fezes, HDL e peso do intestino. A semente como única fonte de fibra possibilitou menor<br />

tempo de trânsito. Nas dietas contendo casca observou-se menor pH fecal, já a diminuição de<br />

triglicerídeos foi maior à medida que a semente foi introduzida na dieta. As fibras advindas da<br />

casca e da semente de goiaba são capazes de influenciar nos parâmetros biologicamente<br />

relevantes e no metabolismo do trato intestinal. Desta forma podem auxiliar na escolha de<br />

alternativas no controle de doenças dependentes de níveis bioquímicos e do trato<br />

gastrintestinal.<br />

Palavras-chave: Resíduo agroindustrial; Psidium Guajava; fibras alimentares; parâmetros<br />

bioquímicos.


ABSTRACT<br />

This study aimed to evaluate the effect of fiber present in the residue of guava, peel<br />

and seed, and your effect in biochemical and gastrointestinal metabolism of Wistar rats. Male<br />

Wistar rats were fed with experimental diets prepared with peel, seed and peel+seed of guava.<br />

The animals that ingested only peel as source of fiber had a higher fiber digestibility, nitrogen<br />

content in feces, HDL and weight of the intestine. The seed as the only fiber source, allowed<br />

shortest time of intestinal transit. Regardless of the proportion of peel in the diet, the pH of<br />

feces was lower, and the decrease in triglycerides was greater when seed was introduced into<br />

the diet. The fibers arising from the peel and seeds of guava are able to influence in<br />

biologically relevant parameters and in metabolism of the intestinal tract. So, these fibers<br />

could help in disease control dependent of biochemical levels and gastrointestinal tract.<br />

Keyword: Agroindustrial waste; Psidium guajava; dietary fiber; biochemical parameters.<br />

57


58<br />

INTRODUÇÃO<br />

A fibra alimentar constitui-se quimicamente de polissacarídeos estruturais fibrosos<br />

como a celulose e hemicelulose, que normalmente encontram-se associados a substâncias<br />

pécticas, além de outros compostos não glicídicos tais como ligninas, sílica, ácido fítico,<br />

cutina e taninos. As frações que constituem a fibra dos alimentos caracterizam-se por não<br />

serem digeridas pelas enzimas dos animais, porém são susceptíveis à degradação em<br />

intensidade variável pela atuação microbiana simbiótica do ceco-cólon. 1<br />

O incentivo à inclusão de fibras alimentares em quantidades adequadas na dieta<br />

humana ocorreu a partir da década de 1970, quando se comprovaram os benefícios delas na<br />

prevenção de uma série de doenças no trato intestinal, de diabetes e de hipercolesterolemia. 2,3<br />

A fibra alimentar solúvel é composta por pectinas, beta-glicanas, gomas, mucilagens, e<br />

algumas hemiceluloses. 4 Elas aumentam a viscosidade do conteúdo intestinal, provocam a<br />

redução do colesterol e da absorção de glicose em diabéticos e também apresentam efeito<br />

metabólico no trato gastrintestinal, retardando o esvaziamento gástrico. 5 Sua degradação<br />

ocorre principalmente no cólon, onde são fermentadas por bactérias anaeróbicas, como<br />

Lactobacilos e Bifidobactérias, produzindo ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), gases e<br />

energia, importantes para o metabolismo intestinal. 2<br />

As fibras insolúveis destacam-se principalmente pelo estímulo do bom funcionamento<br />

do trânsito intestinal. O mecanismo é através da grande capacidade de retenção de água capaz<br />

de formar fezes volumosas e macias, acelerando o tempo de trânsito intestinal. 6,7 Devido a<br />

esta característica, os benefícios das fibras insolúveis estão envolvidos no tratamento e<br />

prevenção de distúrbios graves no trato digestório, incluindo câncer de cólon. 2,3<br />

Na alimentação, essas duas frações são ingeridas concomitantemente, mas são suas<br />

proporções em relação à fibra alimentar, e não apenas os seus teores individuais, que alteram


expressivamente as respostas biológicas de mamíferos. Sabe-se que o padrão alimentar<br />

brasileiro tem apresentado mudanças, sendo os alimentos industrializados os mais<br />

consumidos, enquanto que as comidas caseiras, alimentos integrais, frutas e verduras tiveram<br />

seu consumo diminuído, fazendo-se necessária maior conscientização da importância de ter<br />

uma ingesta adequada de fibras em suas refeições diárias. 8<br />

A grande maioria das cascas e das sementes de várias frutas e hortaliças contêm<br />

nutrientes e fibras em quantidades maiores do que as encontradas nas partes consumidas dos<br />

seus respectivos produtos industrializados. 9 No entanto, normalmente essas partes são<br />

desprezadas pelas indústrias processadoras, gerando grande quantidade de resíduos que<br />

podem se tornar contaminantes ambientais. 10<br />

Entre as frutas tropicais, a goiaba (Psidium guajava) é uma das mais apreciadas pelas<br />

suas características de sabor, aroma e pelo seu elevado valor nutritivo. O fruto é rico em<br />

fibras, vitamina E, vitamina C e licopeno. 11 Conforme o IBGE, 12 a produção de goiaba no ano<br />

de 2010 foi de aproximadamente 316.363 toneladas e seu resíduo corresponde de 8% a 30%<br />

da massa total dos frutos beneficiados. Desta forma, grande quantidade de nutrientes é<br />

desperdiçado. 13, 14 Estudos evidenciam que a casca de goiaba apresenta maior teor de ácido<br />

ascórbico, fibras alimentares e até 1,7 vezes mais minerais que a polpa. 15,16 Comprovou-se<br />

também que a semente possui conteúdo significativo de ácidos graxos insaturados e matéria<br />

fibrosa (50-60%), além de apresentar até 9,8% de proteínas. 17-19 Porém são poucos os<br />

trabalhos que discriminaram individualmente o perfil da semente e da casca de goiaba, não<br />

sendo conclusivos sobre os benefícios destes resíduos para a saúde.<br />

Nesta perspectiva, o presente estudo tem por objetivo avaliar a influência das fibras<br />

alimentares oriundas de resíduos de goiaba (casca e semente) no metabolismo bioquímico e<br />

no trato gastrintestinal de ratos wistar.<br />

59


60<br />

MATERIAIS E MÉTODOS<br />

Para compor as rações experimentais foram utilizadas farinhas de cascas e de sementes<br />

de frutos do genótipo de polpa vermelha Psidium guajava "Paluma", produzidos na área<br />

experimental do colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (<strong>UFSM</strong>), Santa<br />

Maria - RS. As goiabas foram colhidas com ponto de maturação semelhante (antes da<br />

maturação completa), admitindo como padrão a aparência do produto, quando a casca estava<br />

amarelada e a polpa ainda firme. As farinhas foram produzidas depois dos frutos lavados um a<br />

um em água corrente, higienizados em solução diluída de hipoclorito de sódio e descascados<br />

manualmente. A separação das sementes foi feita através da utilização manual de peneiras<br />

(0,425mm) e retirado o excesso de água em estufa de circulação de ar (55°C/2h). Em seguida,<br />

a fração casca foi pré-seca em estufa de circulação de ar (55°C/72h). Posteriormente, cascas e<br />

sementes foram moídas em micromoinho (0,5mm a 0,3mm), resultando nas farinhas dos<br />

resíduos de goiaba. Com base na análise química das farinhas de casca e semente de goiaba<br />

(Tabela 1), formularam-se quatro dietas experimentais.<br />

Quatro dietas experimentais compuseram os tratamentos e foram formuladas mediante<br />

substituição total da celulose da ração basal purificada, 20 pelas farinhas dos resíduos<br />

selecionados. As dietas foram isocalóricas, isoproteicas, isolipídicas e isofibrosas, variando<br />

apenas as proporções de fibra insolúvel e solúvel (Tabela 2).<br />

Os tratamentos foram denominados de CONT (ração controle); TC (ração composta<br />

por 11,01% de casca de goiaba); TS (ração composta por 9,2% de semente de goiaba) e TCS<br />

(ração composta por 5,03% de casca e 5,03% de semente de goiaba).<br />

O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Bem-estar Animal da<br />

Universidade Federal de Santa Maria (<strong>UFSM</strong>) sob parecer de n° 005/2011, estando de acordo<br />

com os procedimentos éticos preconizados pelo Colégio Brasileiro de Experimentação


Animal (COBEA). No experimento foram utilizados 40 ratos machos (Rattus norvegicus<br />

Wistar albino), sendo 10 animais por tratamento, recém-desmamados, com peso médio geral<br />

de 47,92g. Os animais foram dispostos em gaiolas metabólicas individuais, equipadas com<br />

bebedouro, comedouro e bandeja para coleta de fezes, em local arejado com temperatura de<br />

22±2°C, sendo expostos a ciclos de claro/escuro de 12 horas cada um. Aos animais, foram<br />

ofertadas ração e água à vontade.<br />

O ensaio biológico foi realizado entre os meses de maio e junho de 2011, nas<br />

dependências do Laboratório de Ensaios Biológicos no Biotério Central da <strong>UFSM</strong>. O<br />

experimento teve duração de 33 dias, sendo que, durante os primeiros cinco dias, os animais<br />

foram submetidos a período de aclimatização ao ambiente e a dieta experimental (período pré-<br />

experimental).<br />

Durante o período experimental, diariamente, foi realizada a determinação da<br />

quantidade de ração consumida e a coleta de fezes. O peso corporal dos animais foi<br />

determinado a cada três dias. Esses dados e amostras foram coletados a fim de determinar<br />

consumo, ganho de peso, produção de fezes úmidas e secas, conversão alimentar,<br />

digestibilidade aparente da matéria seca, digestibilidade aparente de proteína, digestibilidade<br />

aparente da fibra alimentar, pH das fezes e excreção de nitrogênio nas fezes.<br />

Do 24° ao 28° dia de experimento, os animais foram selecionados aleatoriamente entre<br />

os tratamentos em grupos de 10 indivíduos para análise da concentração plasmática pós-<br />

prandial de glicose, sendo os animais submetidos à intervenção em um dia, excluídos na<br />

seleção seguinte. Após 12h de jejum, os animais receberam 2g de ração que foi totalmente<br />

consumida em prazo de 20 minutos. A glicemia de jejum de 15, 30, 60, 90 e 180 minutos após<br />

a ingestão foi determinada por coleta de sangue da veia caudal utilizando o aparelho Accu-<br />

Chek Active ® (Roche). Após a análise da curva glicêmica dos animais foi preservado um dia<br />

61


62<br />

de recuperação do estresse pelo jejum e pelo manuseio, para depois seguirem normalmente as<br />

coletas de dados e amostras do período experimental.<br />

No 30º dia experimental, realizou-se a determinação do tempo do primeiro<br />

aparecimento do marcador nas fezes realizada através da identificação da coloração do cromo.<br />

Primeiramente, os animais ficaram em jejum durante 24 horas e, logo em seguida, receberam<br />

20g das rações experimentais contendo 0,5% de óxido de cromo, sendo registrado o horário<br />

de início da ingestão da ração e a primeira excreção de fezes esverdeadas de cada indivíduo.<br />

Os procedimentos cirúrgicos, a coleta de material biológico e a eutanásia foram<br />

realizados nos animais em jejum de 12h. A dosagem sanguínea de glicose foi realizada por<br />

coleta de sangue da veia caudal utilizando o aparelho Accu-Chek Active ® (Roche). Para as<br />

demais análises bioquímicas a coleta de sangue foi realizada por punção cardíaca nos animais<br />

previamente anestesiados via intraperitoneal (tiopental sódico 50mg/Kg) e a eutanásia por<br />

dose letal do fármaco. Foram coletadas amostras de sangue heparinizado (Heparina -<br />

5.000UI/mL) e sem anticoagulante, imediatamente centrifugadas para obtenção do plasma e<br />

do soro, respectivamente, e então armazenadas sob refrigeração para posteriores análises<br />

bioquímicas.<br />

As determinações de umidade (105°C/12h), nitrogênio nas fezes e proteína (Micro-<br />

Kjeldahl) foram realizadas segundo metodologias descritas pela AOAC. 21 O pH fecal foi<br />

determinado em solução de 1g de fezes parcialmente secas (60°C/48h) em 10mL de água<br />

destilada. A análise de fibra foi realizada de acordo com o método enzimático gravimétrico<br />

991.43 da AOAC. 21 Para definir a conversão alimentar, foi observada a relação entre matéria<br />

seca ingerida e o ganho de peso dos animais. A digestibilidade aparente na matéria seca foi<br />

determinada como a proporção de alimento consumido não recuperado nas fezes, da mesma<br />

maneira foi avaliada a digestibilidade aparente proteica e digestibilidade aparente das fibras.<br />

Também foram determinadas as dosagens sanguíneas de colesterol total, lipoproteínas de alta


densidade (HDL), triglicerídeos, proteínas totais, albumina e ácido úrico através dos kits<br />

Labtest®. O peso dos órgãos, fígado, pâncreas, intestino e a gordura epididimal isolada foram<br />

calculados como g/100g de peso animal.<br />

O experimento foi conduzido em delineamento completamente casualizado. Os<br />

resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, sendo as médias dos tratamentos<br />

comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. As análises de correlação foram<br />

realizadas por método de Pearson.<br />

Parâmetros Fisiológicos<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

O consumo alimentar e o ganho de peso dos animais apresentaram resultados<br />

semelhantes entre os tratamentos avaliados, demonstrando que as fontes de fibra advindas do<br />

processamento da goiaba não provocam alterações no crescimento dos animais, quando<br />

comparadas a ração controle. Da mesma maneira, Monteiro, 22 em seu estudo com níveis<br />

diferentes de FI e FS advindos de aveia, não constatou alterações no consumo e ganho de<br />

peso. Estudos indicam que as fibras insolúveis causam diminuição do ganho de peso e<br />

conversão alimentar, 23 no entanto as dietas oferecidas apresentavam concomitantemente<br />

frações de fibra solúvel e insolúvel. Nesse aspecto, pressupõe-se que as proporções de fibra<br />

insolúvel e solúvel presentes foram adequadas, havendo interações entre as fibras<br />

proporcionando alterações nas suas propriedades físico-químicas, como capacidade de ligação<br />

catiônica, capacidade de hidratação, e/ou inibição de alguma porção fibrosa pela presença de<br />

outra fibra, de forma que não afetaram significativamente o aproveitamento dos nutrientes<br />

24, 25<br />

comparado ao controle.<br />

63


64<br />

A digestibilidade aparente da matéria seca foi significativamente maior no tratamento<br />

sem adição de resíduos (CONT) e menor nos tratamentos que continham resíduo de semente,<br />

TS e TCS (Tabela 4). A composição da matriz insolúvel da semente, mais complexa que a<br />

celulose presente na ração controle, dificultou o acesso das enzimas digestivas ao conteúdo<br />

interno das células (açúcares, proteína, polissacarídeos, etc) diminuindo a digestão desses<br />

nutrientes. Arruda et al. 1 enfatiza ainda que a lignina influencia negativamente na<br />

digestibilidade por dois mecanismos: a) impedindo que as enzimas dos microrganismos atuem<br />

nos polissacarídeos (incrustação); b) ligando-se covalentemente aos polissacarídeos. À fibra<br />

solúvel também pode ser atribuída essa depressão, quando a digestibilidade em TC foi<br />

significativamente menor que na dieta CONT. A porção solúvel está associada à maior<br />

viscosidade da digesta atuando como barreira física capaz de dificultar a ação de enzimas no<br />

bolo alimentar causando redução na digestão. 26 Diferenças que, no entanto, não resultaram em<br />

alteração no crescimento dos animais.<br />

A diferença da digestibilidade aparente proteica foi substancial na dieta controle,<br />

provavelmente pelo efeito da fonte de fibra adicionada nos demais tratamentos, eu pode<br />

causar menor digestibilidade total dos nutrientes, incluindo proteínas. A dieta TS resultou em<br />

valores intermediários de digestibilidade aparente da proteína. Essa formulação não foi<br />

suficientemente capaz de aumentar a retenção proteica pelo organismo como o controle,<br />

entretanto, sem maiores influências antinutricionais. A diminuição do coeficiente de DAP<br />

pode ser atribuída ao seu alto teor em fibra insolúvel oriundo da semente, vindo a interferir<br />

negativamente na digestão e na absorção de nutrientes como já observado. A menor<br />

digestibilidade aparente proteica dos tratamentos TCS e TC, que não diferiram entre si,<br />

supostamente foi causada pelo maior teor de pectinas da casca que tem maior potencial de<br />

ligação catiônica determinada pela CLC. A relação entre capacidade de ligação catiônica e<br />

digestibilidade proteica também foi observada por outros pesquisadores, como Retore, 27 que


avaliou o comportamento de polpa de citrus e casca de soja em ração para coelho observando<br />

que esta porção fibrosa pode ter influenciado negativamente na digestibilidade dos nutrientes,<br />

quelando/indisponibilizando cofatores de enzimas digestivas e sais biliares. Outro fator<br />

limitante é o valor aminoacídico inferior e/ou aos prováveis teores de nitrogênio insolúvel em<br />

detergente ácido (NIDA) da casca da goiaba que aumentaram com adição do resíduo a estas<br />

duas dietas. O aumento do NIDA promove queda na digestibilidade e pode ocorrer nas<br />

operações de preparo e de secagem da casca e é causado pela ação de enzimas do grupo das<br />

polifenoloxidases (reação de Maillard) responsável, principalmente, pelo escurecimento das<br />

cascas durante o seu processamento. 28<br />

A seletividade dos microrganismos da flora intestinal em fermentar fibras solúveis<br />

pode ser apontada como fator causal da maior digestibilidade das fibras no tratamento com<br />

maior resíduo da casca de goiaba. No intestino grosso, as porções solúveis são desdobradas<br />

em hexoses, pentoses e álcoois, sendo utilizadas como substratos das bactérias, que as<br />

degradam a ácido láctico, água, CO2, metano e ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). Os<br />

AGCC são absorvidos no cólon e metabolizados pelo fígado e outros tecidos periféricos,<br />

produzindo energia para o metabolismo animal. O butirato exerce efeito trófico sobre o<br />

epitélio intestinal, por estimular sua proliferação tanto no jejuno como no íleo e cólon. 29 Os<br />

colonócitos utilizam primeiro o butirato, seguido pelo acetato e propionato. Durante o<br />

processo fermentativo, são produzidos também corpos cetônicos, CO2 e água, os quais são<br />

muito importantes para o funcionamento da mucosa, uma vez que interferem em todo<br />

mecanismo funcional, como a produção de muco, absorção de íons, formação de bicarbonato<br />

e produção de energia. 30,31 Esse comportamento prebiótico favorece a proliferação de<br />

bactérias bífidas em detrimento de bactérias patogênicas, beneficiando a saúde do intestino. 32<br />

Pode-se explicar assim a correlação positiva (P


66<br />

(P


que CONT. Isso pode ser explicado pelo fato de que, apesar do TC apresentar maior teor de<br />

fibra solúvel e esta fração aumentar de forma significativa a microflora intestinal, a fibra<br />

insolúvel encontrada na semente, em combinação com a encontrada na casca (menos coesa),<br />

além de contribuir para o aumento da massa microbiana, também apresentou maior<br />

capacidade de hidratação, possibilitando maior volume de fezes. Após a secagem das fezes,<br />

TS perdeu menos massa fecal, devido à menor umidade que TCS e TC, assemelhando-se ao<br />

peso das fezes secas do TCS e permanecendo semelhante ao TC. Para o CONT, admite-se que<br />

a celulose possua pequena quantidade de grupos hidrofílicos que dificultam a hidratação<br />

explicando sua baixa hidratação. 34 As fezes secas condizem com os resultados da<br />

digestibilidade aparente da matéria seca, quando no tratamento controle maior digestibilidade<br />

resulta em menor eliminação de fezes e consequentemente a menor digestibilidade em TCS<br />

resultou em aumento de fezes secas. O maior peso das fezes secas em dietas com maior teor<br />

de fibra insolúvel, TS e TCS, confirma a menor digestibilidade dessa porção no trato<br />

gastrintestinal.<br />

O comportamento da fibra solúvel ainda pode explicar os diferentes reflexos da dieta<br />

sobre a acidificação fecal, quando a maior atividade bacteriana nos tratamentos TC e TCS<br />

possibilitou maior acidificação do meio (pH fecal = 6,55) e excreção de nitrogênio (TC=6,93<br />

> TCS=5,99), devido à produção dos ácidos orgânicos que além de fornecerem energia para o<br />

cólon, modulam a resposta imune e a flora intestinal. 35<br />

A correlação negativa (P


68<br />

que pode auxiliar no controle de doença renal crônica. 37 Enfatiza-se ainda que a presença de<br />

substâncias fermentáveis neutralizam efeitos deletérios baseada no crescimento rápido<br />

bacteriano através de fontes de nitrogênio como fenol, cresol, indol, aminas e amônia. 38<br />

O peso da gordura epididimal, do pâncreas e do fígado não foi influenciado pelo tipo<br />

de fibra ofertada. O maior peso dos rins na dieta controle pode ser explicado pela maior<br />

excreção de ácido úrico proveniente do catabolismo dos aminoácidos, provocando uma<br />

hipertrofia ou acúmulo de uratos no sistema renal.<br />

Parâmetros bioquímicos<br />

Observou-se que a combinação de fibras solúvel e insolúvel proposta na dieta TC foi<br />

capaz de modificar a curva glicêmica mantendo maior estabilidade da glicemia,<br />

proporcionando variação tênue após os 15’ (Figura 2). Provavelmente esta resposta possa ser<br />

atribuída à maior concentração de fibra solúvel, que forma uma camada superficial suave ao<br />

longo da mucosa do intestino delgado, agindo como barreira na absorção de alguns nutrientes<br />

e atrasando o metabolismo essencialmente dos açúcares. 39 Nesse âmbito, a combinação de<br />

fibras testada em TC mostrou-se favorável ao controle do quadro de diabetes, bem como pode<br />

evitar hiperinsulinemia pós-prandial, disfunção ou desregulação das células β pancreáticas.<br />

No entanto, existe dependência da dose utilizada de casca de goiaba para que o efeito<br />

hipoglicemiante ocorra. A dieta TCS, contendo fibra advinda da casca e da semente e CONT<br />

tiveram comportamentos semelhantes, no entanto o tratamento CONT apresentou a elevação<br />

da glicemia mais rapidamente, necessitando maior atividade das células β pancreáticas.<br />

Segundo Higgins et. al. 40 a fonte da fibra pode influenciar na resposta glicêmica/insulinêmica,<br />

devido às suas diferente propriedades físico-químicas.


A dieta TS (fibra advinda da semente) demonstrou o maior retardo no início de<br />

absorção da glicose, e a relação fibra insolúvel/solúvel permitiu o efeito hipoglicemiante<br />

quando se obteve a menor variação de glicemia. No entanto, o retardo da absorção não<br />

resultou em efeito contínuo de absorção lenta, havendo brusco aumento glicêmico, com pico<br />

glicêmico nos 60’.<br />

Ao avaliar a glicemia e o colesterol total, no final do experimento, a farinha da casca e<br />

da semente de goiaba não provocou efeitos hipoglicemiantes e hipocolesterolêmicos nos<br />

animais (Tabela 5). Vale ressaltar que os ratos alimentados com fibra oriunda da casca e da<br />

semente não tiveram a indução à hiperglicemia e que o tratamento TC tende a apresentar<br />

valores mais baixos de glicose e de colesterol. O comportamento da glicemia é condizente<br />

com estudo feito por Nunes et al., 41 testando a fibra da casca do maracujá após período<br />

experimental de 30 dias, sem resultados significativos. Esses resultados podem ser explicados<br />

pelo período experimental insuficiente para reproduzir mudanças no metabolismo da glicose e<br />

pela relação existente entre as frações lipídicas. No entanto, as fontes de fibras em teste<br />

podem ser utilizadas como substituto de fibra nas dietas sem comprometerem a normalidade<br />

da glicemia, mantida nos valores normais para a espécie, faixa de 50mg/dl a 120mg/dl,<br />

indiferentemente da dieta que consumiram. O comportamento do colesterol não alcança os<br />

resultados de Piedade e Canniatti-Brazaca 42 que, no mesmo espaço de tempo, demonstrou que<br />

o resíduo de abacaxi foi efetivo na diminuição do colesterol total. Coelho 43 , também, relatou<br />

resultados efetivos na diminuição de colesterol total e LDL-c com farinha de bagaço de maçã<br />

para idosos. Ele atribuiu a redução não somente às fibras, mas também aos teores de taninos e<br />

fenóis totais e a capacidade antioxidante dessa fruta.<br />

A fração de HDL-colesterol teve resultados satisfatórios, sendo a fibra oriunda da<br />

casca responsável pelo incremento, prioritariamente na dieta TC e em menor quantidade em<br />

TCS. Esses resultados estão de acordo com o trabalho de Piedade e Canniatti-Brazaca 42 que,<br />

69


70<br />

através da substituição da celulose por outra fonte de fibra, também obteveram maior valor de<br />

HDL. O tratamento com a fibra da semente assemelhou-se ao comportamento de fibras do<br />

resíduo de tomate do estudo de Friedman; Fitch e Levin 44 que não se mostrou diferente dos<br />

valores obtidos em animais alimentados com dietas contendo celulose. O aumento de HDL, a<br />

manutenção do colesterol total e a relação destes com o LDL, subsidia a afirmação de que a<br />

fibra da casca possibilitou a diminuição do LDL através das propriedades da fibra solúvel,<br />

prevenindo as doenças cardiovasculares. 45 A fração LDL é responsável pela formação de<br />

placas de ateroma que bloqueiam a passagem da corrente sanguínea, 46 assim, através da<br />

alimentação regular de dietas contendo casca de goiaba, é possível obter fibra solúvel<br />

suficiente para diminuir esse composto. As pesquisas demonstram que elas podem diminuir<br />

especificamente o colesterol LDL, pois estas fibras possuem a capacidade de absorver os<br />

ácidos biliares do duodeno, aumentando a mobilização deste colesterol para nova síntese de<br />

ácidos biliares, pelo fígado, para formação de bile. A formação de propionato pela<br />

fermentação bacteriana no cólon também exerce controle na síntese de colesterol diminuindo<br />

a síntese de colesterol pelo fígado, por inibir a enzima hidroximetilglutaril CoA-redutase. 47<br />

Os níveis de triglicerídeos foram maiores nos animais alimentados com os tratamentos<br />

controle e com adição de casca de goiaba, reduzindo significativamente quando a semente foi<br />

adicionada como fonte de fibra nas dietas. Sirtori et al. 48 atribui ao perfil de ácidos graxos,<br />

com alto teor de poli-insaturados, mudanças nos triglicerídeos séricos. Esse fato explica os<br />

resultados expostos, uma vez que é considerável o teor de ácidos graxos poli-insaturados nas<br />

sementes de goiaba, com maior ocorrência dos ácidos graxos linoleico e o oleico. 19<br />

Nota-se que a menor digestão proteica das fibras oriundas do resíduo da goiaba não<br />

alterou a qualidade da proteína, pois não houve diferença nos valores séricos de proteína nas<br />

dietas estudadas. A albumina apenas apresentou níveis inferiores nas análises em ratos que<br />

consumiram a ração TCS comparado à ração controle. Concentrações séricas de albumina são


o marcador comumente utilizado para avaliar o estado nutricional. A ingestão alimentar<br />

insuficiente causa redução de 50% na síntese hepática de albumina logo nas primeiras 24<br />

horas, 49 demonstrando que a nutrição dos ratos de TCS não afetou drasticamente os níveis de<br />

albumina, apresentando média de queda de 4,4%. Segundo Malafaia; Martins e Silva, 50 a<br />

albumina é sintetizada no fígado e a diminuição de sua quantidade no plasma, pode ser<br />

produto de uma doença hepática. No entanto, não foi verificada anomalia metabólica. No que<br />

tange à avaliação da massa desse órgão, também não houve alteração que afirmasse essa<br />

disfunção.<br />

A concentração de ácido úrico é decorrente da catálise de nucleotídeos com<br />

degradação de purinas. Estudos têm demonstrado que a quantidade e a qualidade das<br />

proteínas presentes na dieta afetam a produção de ácido úrico. 51 Portanto, a correlação<br />

positiva (p


72<br />

também influencia positivamente em parâmetros de suma importância para a manutenção da<br />

saúde e da prevenção de doenças: constituição das fezes, pH fecal, nitrogênio fecal, peso do<br />

intestino, tempo de trânsito fecal, concentração plasmática de HDL e triglicerídeos, assim<br />

como manteve a concentração de glicose dentro dos níveis normais de glicemia.<br />

Desta forma, a fibra da casca e da semente de goiaba, usualmente desperdiçadas, pode<br />

auxiliar na escolha de alternativas com vista ao controle de parâmetros bioquímicos relevantes<br />

e ainda intervir na constipação intestinal auxiliando na evacuação normal e frequente.


LITERATURA CITADA<br />

1. Arruda, A. M. V.; Pereira, E. S.; Mizubuti, I. Y.; Silva, L. D. F. Importância da fibra na<br />

nutrição de coelhos. Sem. Ciênc. Agr. 2003, 24, 181-190.<br />

2. Raupp, D. S; Paula, S. H.; Rosa, D. A.; Caldi, C. M.; Cremasco, A. C. V.; Banzatto, D.A.<br />

Arraste via fecal de Nutrientes da Ingestão Produzido por Bagaço de Mandioca<br />

Hidrolizado. Sci. Agric. 2002, 59, 235 - 242.<br />

3. Salgado, J. M. Pharmacia de Alimentos, 5ª ed, São Paulo: Editora Madras, 2001.<br />

4. Gutkoski, L. C.; Trombetta, C. Avaliação dos teores de fibra alimentar e de beta-glicanas<br />

em cultivares de aveia (Avena sativa L). Ciênc. Tecnol. Aliment. 1999, 19, 387-390.<br />

5. Caruso, L.; Lajolo, M. F.; Menezes, E. W. Modelos esquemáticos para avaliação da<br />

qualidade analítica dos dados nacionais de fibra alimentar. Ciênc. Tecnol. Aliment. 1999,<br />

19, 406 - 412.<br />

6. Innocente, L. R.; Leite, J. I. A. Alimentos Funcionais e Atividade Física. Rev. Pulsar.<br />

2010, 2, 1 – 9.<br />

7. Krause, L. L. K. Alimentos, Nutrição & Dietoterapia, 9ª ed, São Paulo: Editora Roca,<br />

2002.<br />

8. Lima, S.C.V.C.; Arrais, R.F.; Pedrosa, C.F. Avaliação da dieta habitual de crianças e<br />

adolescentes com sobrepeso e obesidade. Rev. Nutr. 2004, 17, 469 - 477.<br />

9. Karam, K. M.; Barboza, L. M. V. Estudo dos hábitos alimentares na educação de jovens e<br />

adultos. Portal da Secretaria da Educação do Paraná, 2010. Disponível em:<br />

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/ arquivos/968-4.pdf. Acessado em<br />

20/10/2011.<br />

10. Martins, C. R.; Farias, R. M. Produção de alimentos X desperdícios: tipos, causas e como<br />

reduzir perdas na produção agrícola - Revisão. Rev. Fac. Zoot. Vet. Agr. 2002, 9, 83 - 93.<br />

11. Monteiro, S. Esperança das goiabas. Revista Frutas e Derivados. 2006, 03, 27 – 30.<br />

12. IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO <strong>DE</strong> GEOGRAFIA E ESTATISTICA. Pesquisa<br />

Agricola Municipal. Disponivel em www.sidra.ibge.gov.br – Acessado em: 30 de<br />

novembro de 2011.<br />

13. Mantovani, J. R.; Corrêa, M. C. M.; Da Cruz, M. C. P.; Ferreira, M. E. E.; Natale, W.<br />

Uso fertilizante de resíduo da indústria processadora de goiabas. Rev. Bras. Frutic. 2004,<br />

26, 339-342.<br />

14. Silva, J. D. A. Composição química e digestibilidade in situ de semente de goiaba<br />

(Psidium guajava L.). 1999. 34f. Dissertação (Mestrado em Produção Animal) –<br />

Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 1999.<br />

73


74<br />

15. Munhoz, C. L. Efeito das condições de extração sobre o rendimento e características da<br />

pectina obtida de diferentes frações de goiaba CV Pedro Sato. Dissertação (Mestrado) –<br />

Universidade Federal de Goiás. Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos, 2008.<br />

57p. Goiânia-GO, 2008.<br />

16. Kohatsu, D. S.; Evangelista, R. M.; Leonel, S. Características de qualidade da casca,<br />

polpa e miolo de goiaba em diferentes estádios de Maturação. Rev. Cultivando o Saber.<br />

2009, 2, 86-91.<br />

17. Fontanari, G. G.; Jacon, M. C.; Pastre, I. A.; Fertonani, F. L.; Neves, V. A.; Batistuti, J.<br />

P. Isolado protéico de semente de goiaba (Psidium guajava): caracterização de<br />

propriedades funcionais. Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Campinas, 27(supl.): 73-<br />

79, ago. 2007.<br />

18. Prassad N. B. L.; Azeemoddin, G. Characteristics and composition of guava (Psidium<br />

guajava L.) seed and oil. J. Am. Oil Chem. Soc. 1994, 71, 457-458.<br />

19. Santos, C. X. Caracterização físico-química e análise da composição química da semente<br />

de goiaba oriunda de resíduos agroindustriais. / Cristina Xavier dos Santos. – Itapetinga,<br />

BA: UESB, 61p. 2011.<br />

20. Reeves, P. G.; Nielsen, F. H.; Fahey Jr., G. C. AIN-93 purified diets for laboratory<br />

rodents: final report of the American Institute of Nutrition ad hoc writing committee on<br />

the reformulation of the AIN-76A rodent diet. J Nutr. 1993, 23,1939-1951.<br />

21. AOAC – Association of Official Analytical Chemists. Official Methods of Analysis of<br />

the AOAC International. 16th ed., supplement 1998. Washington: AOAC, 1018p. 1995.<br />

22. Monteiro, F. Diferentes proporções de fibra insolúvel e solúvel de grãos de aveia sobre a<br />

resposta biológica de ratos. Dissertação (mestrado). Universidade Federal de Santa Maria<br />

(<strong>UFSM</strong>). 42p. Santa Maria-RS, 2005.<br />

23. Choct, M.; Annison, G. Anti-nutritive activity of wheat pentosans in broiler diets. Br.<br />

Poult. Sci. 1990, 31, 811-821.<br />

24. Johanse, H. N.; Knudsen, K. E.; Sandström, B. ; Skjoth, F. Effects of varying content of<br />

soluble dietary fibre from wheat flour and oat milling fractions on gastric emptying in<br />

pigs. Br. J. Nutr. 1996, 75, 339-351.<br />

25. Monro, J. A. Evidence-based food choise: the need for new measures of food effects.<br />

Trends Food Sci. Tech. 2000, 11, 136-144.<br />

26. Almirall, M.; Esteve-Garcia, E. Rate of passage of barley diets with chromium oxide:<br />

influence of age and poultry strain and effect ok β-glucanase supplementation. Poult. Sci.<br />

1994, 73, 1433-1440.<br />

27. Retore, M. Caracterização da fibra de co-produtos agroindustriais e sua avaliação<br />

nutricional para coelhos em crescimento.2007. 69f. Dissertação (Mestrado em Ciência e<br />

Tecnologia de Alimentos) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2009.


28. Clementino, R. H. Utilização de subprodutos agroindustriais em dietas de ovinos de<br />

corte: consumo, digestibilidade, desempenho e características de carcaça. Tese de<br />

Doutorado em Zootecnia. Universidade Federal do Ceará. 116p. Fortaleza, Ceará. 2008.<br />

29. Kumar, C. M.; Rachappaji, K. S.; Nandini, C. D.; Sambaiah, K.; Salimath, P. V.<br />

Modulatory effect of butyric acid - a product of dietary fiber fermentation in<br />

experimentally induced diabetic rats. J. Nutr. Biochem. 2002, 13, 522-527.<br />

30. Jones, P. J. H.; Kubow, S. Lipídios, esteróis e seus metabólitos. In: Shils, M. E; Olson, J.<br />

A.; Shike, M.; Ross, A. C. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. 9ª ed. São<br />

Paulo: Manole; p. 83-84. 2003.<br />

31. Li, J.; Wang, J.; Kaneko, T.; Qin, L. Q.; Sato, A. Effects of fiber intake on the blood<br />

pressure, lipids, and heart rate in Goto Kakizaki rats. Nutr. 2004, 20, 1003-1007.<br />

32. Cozzolino, S. M. F. Biodisponibilidade de nutrientes. Barueri, SP: Manole, 2005.<br />

33. Passos, L. M. L.; Park, Y. K. Frutooligossacarídeos: implicações na saúde humana e<br />

utilização em alimentos. Ciênc. Rural. 2001, 33, 385-390.<br />

34. Stephen, A. M.; Cummings, J. H. Water-holding by dietary fibre in vitro and its<br />

relationship to faecal output in man. Gut. 1979, 20, 722-729.<br />

35. Brouns, F.; Kettlitz, B.; Arrigoni, E. Resistant starch and “the butyrate revolution”.<br />

Trends Food Sci. Tech. 2002, 13, 251-261.<br />

36. Demigné, C.; Rémésy, C. Influence of unrefined potato starch on cecal fermentations ans<br />

volatile fatty acid absorption in rats. J. Nutr. 1982, 112, 2227-2234.<br />

37. Younes, H.; Demigné, C.; Behr, S.; Rémésy, C. Resistant starch exerts a lowering effect<br />

on plasma urea by enhancing urea N transfer into the large intestine. Nutr. Res. 1995, 15,<br />

1199-1210.<br />

38. Tharanathan, R. N. Food-derived carbohydrates – Structural complexity and functional<br />

diversity. Crit. Rev. Biotechnol. 2002, 22, 65-84.<br />

39. Hernandez, T.; Hernandez, A.; Martinez, C. Concepto, propiedades y metodos de<br />

analisis. Rev. Alimentaria. 1995, 4, 19-30.<br />

40. Higgins, J. A.; Higbee D. R.; Donahoo, W. T.; Brown, I. L; Beel, M. L.; Bessesen, D. H.<br />

Resistant starch consumption promotes lipid oxidation. Nutr. Metab. 2004, 1(8):1-11.<br />

41. Nunes, D. V. ; Moura, F. A. ; Amaral, S. A. ; Lameiro, M. G. S. ; Costa, M. D. ; Helbig,<br />

E. Efeito da farinha de casca de maracujá amarelo (Passiflora alata) na glicemia de ratos.<br />

In: XVI Congresso de iniciação científica e XI Encontro de pós-graduação, 2007,<br />

Pelotas. XVI Congresso de iniciação científica e XI Encontro de pós-graduação, 2007.<br />

42. Piedade, J.; Canniatti-Brazaca, S. G. Comparação entre o efeito do resíduo do<br />

abacaxizeiro (caules e folhas) e da pectina cítrica de alta metoxilação no nível de<br />

colesterol sanguíneos em ratos. Ciênc. Tecnol. Alim. 2003, 23, 149-156.<br />

75


76<br />

43. Coelho, L. M. Potencial da farinha de bagaço de maçã no tratamento dietoterápico de<br />

pessoas idosas. 2007. 110 f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de<br />

Alimentos)–Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2007.<br />

44. Friedman, M.; Fitch, T. E.; Levin, C. E.; Yokoyama, W. H. Feeding tomatoes to hamster<br />

reduces their plasma low-density-lipoprotein cholesterol and triglycerides. J. Food Sci.<br />

2000, 65, 897-900.<br />

45. Jenkins, D. J. A., Kendall, C. W. C.; Vuksan, V.; Vidgen, E.; Parker, T.; Faulkner, D.;<br />

Mehling, C. C.; Garsetti, M.; Testolin, G.; Cunnane, S. C.; Ryan, M. A.; Corey, P. N.<br />

Soluble fiber intake at a dose approved by the US Food and Drug Administration for a<br />

claim of health benefits: serum lipid risk factors for cardiovascular disease assessed in a<br />

randomized controlled crossover trial. Am. J. Clin. Nutr. 2002, 75, 834 - 839.<br />

46. Pimentel, C. V. M. B.; Francki, V. M.; Gollücke, A. P. B. Alimentos funcionais:<br />

Introdução às principais substâncias bioativas em alimentos. São Paulo: Livraria Varela,<br />

2005.<br />

47. Gregorio, S. R.; Areas, M. A.; Reyes, F. G. R. Dietary fibers and cardiovascular disease.<br />

J. Braz. Soc. Food Nutr. 2001, 22, 109-120.<br />

48. Sirtori, C. R.; Lovati, M. R.; Manzoni, C.; Castiglioni, S.; Duranti, M.; Magni, C.;<br />

Morandi, S.; D´Agostina, A. D.; Arnoldi, A. Proteins of white lupin seed, a naturally<br />

isoflavone-poor legume, reduce cholesterolemia in rats and increase LDL-receptor<br />

activity in hepG2 cells. J. Nutr. 2004, 134, p. 18-23.<br />

49. Rothschild, M. A.; Oratz, M.; Schreiber, S. S. Albumin synthesis. N. Engl. J. Med. 1972,<br />

286, 748-750.<br />

50. Malafaia, G.; Martins, R. F.; Silva, M. E. Avaliação dos efeitos, em curto prazo, da<br />

eficiência protéica nos parâmetro físicos e bioquímicos de camundongos vivos. SaBios:<br />

Rev. Saúde e Biol. 2009, 4, 21-33.<br />

51. Breslau, N. A., Pak, C. Y. C. Lack of effect of salt intake on urinary uric acid excretion.<br />

J. Urol. 1983, 129, 531-532.<br />

52. Leningher, A.L.; Nelson, D.L.; Cox, M.M. Lehninger: princípios de bioquímica. 3. ed.<br />

975p. São Paulo: Editora Sarvier, 2002.<br />

53. Champe, Pamela C.; Harvey, Richard A.; Ferrier, Denise R. Bioquímica ilustrada. 4. ed.<br />

Porto Alegre: Artmed, 2009.<br />

Nota: Agradecimento à Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível<br />

Superior (CAPES), ao suporte financeiro na forma de bolsa de mestrado, ao Conselho<br />

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelas bolsas de produtividade<br />

em pesquisa da Professora Leila Picolli da Silva e pela bolsa de iniciação científica.


Tabela 1. Composição química da farinha da casca e da semente de goiaba empregadas no<br />

ensaio biológico.<br />

Composição Casca Semente<br />

............% da matéria seca...........<br />

Proteína Bruta 4,40 9,60<br />

Fibra Total 54,49 64,73<br />

Fibra Insolúvel 39,47 59,60<br />

Fibra Solúvel 15,03 5,13<br />

Cinzas 3,42 0,82<br />

Lipídios 1,27 11,3<br />

Carboidratos 36,42 13,55<br />

Umidade 13,93 5,87<br />

Tabela 2. Composição (g/Kg) das rações experimentais elaboradas fornecidas aos ratos.<br />

Ingredientes CONT TC TS TCS<br />

Caseína 200 199 191 194<br />

Sacarose 100 76 86,5 76,8<br />

Óleo de soja 70 73 65 70<br />

Celulose microcristalina 50 0 0 0<br />

Amido 529,5 491,4 515 508<br />

Mix Mineral* 35 35 35 35<br />

Mix Vitamínico** 10 10 10 10<br />

L-Metionina 3 3 3 3<br />

Bitartarato de colina 2,5 2,5 2,5 2,5<br />

Casca de goiaba 0 110,1 0 50,35<br />

Semente de goiaba 0 0 92,0 50,35<br />

Composição das Rações<br />

Fibra alimentar (%) 6,02 6,29 6,31 6,33<br />

Fibra insolúvel (%) 5,90 4,56 5,81 5,21<br />

Fibra solúvel (%) 0,12 1,73 0,50 1,12<br />

Proteína (%) 21,12 21,12 21,08 21,08<br />

Energia Bruta (kcal) 3733,1 3680,4 3695,0 3692,5<br />

Tabela 3. Ganho de peso no período, consumo médio diário e conversão alimentar dos<br />

animais em resposta ao consumo de rações com casca de goiaba (TC), semente (TS), casca +<br />

semente (TCS) e ração padrão (CONT).<br />

Parâmetros CONT TC TS TCS<br />

Ganho de peso (g) 134,71±9,11 ns<br />

77<br />

129,01±12,51 ns 141,19±13,32 ns 132,66±13,25 ns<br />

Consumo médio (g) 17,00±1,15 ns 17,33±1,00 ns 17,2±0,76 ns 17,52±0,75 ns<br />

Conversão alimentar 3,43±0,35 ns 3,78±0,29 ns 3,42±0,21 ns 3,72±0,33 ns<br />

Resultados expressos em média ± desvio padrão.<br />

ns: Não significativo, na linha, pelo teste de Tukey ao nível 5% de significância


78<br />

Tabela 4. Efeito das diferentes fontes de fibra, advindas da casca e da semente de goiaba,<br />

sobre a digestibilidade aparente da matéria seca (DA), digestibilidade aparente proteica<br />

(DAP), digestibilidade aparente da fibra alimentar (DAFA), tempo de aparecimento (TAP),<br />

produção de fezes úmidas (FU), produção de fezes secas (FS), pH fecal, nitrogênio fecal<br />

(NF), peso do intestino, gordura epididimal, pâncreas, rim e fígado, expressos em g/100g de<br />

peso corporal.<br />

Parâmetros CONT TC TS TCS<br />

DA (%) 92,69±0,33 a 91,93±0,26 b 91,53±0,28 c 91,27±0,42 c<br />

DAP (%) 90,06±0,81 a 85,68±0,79 c 88,35±0,51 b<br />

86,68±0,60 c<br />

DAFA (%) 22,46±3,10 b 32,20±2,52 a 20,79±1,49 b 24,01±3,16 b<br />

TAP (t) 6,62±0,60 b 8,74±0,53 a 6,82±0,75 b 8,40±0,97 a<br />

FU (g) 1,71±0,17 c 2,19±0,28 ab 1,99±0,08 b 2,38±0,17 a<br />

FS (g) 1,24±0,07 c 1,40±0,08 b 1,46±0,05 ab 1,53±0,07 a<br />

pH 6,89±0,16 a 6,55±0,12 c 6,71±0,12 b 6,55±0,08 c<br />

NF (%) 5,37±0,22 c 6,93±0,15 a 5,43±0,13 c 5,99±0,19 b<br />

Intestino 4,50±0,42 ab 5,08±0,93 a 4,33±0,32 b 4,87±0,46 ab<br />

Gordura epididimal 1,42±0,25 ns 1,31±0,32 ns 1,17±0,34 ns 1,31±0,14 ns<br />

Pâncreas 0,45±0,05 ns 0,46±0,07 ns 0,43±0,06 ns 0,42±0,01 ns<br />

Rim 0,76±0,02 a 0,75±0,02 ab 0,72±0,01 b 0,72±0,02 b<br />

Fígado 3,52±0,83 ns 3,69±0,56 ns 3,47±0,72 ns 3,42±0,41 ns<br />

Resultados expressos em média ± desvio padrão.<br />

ns= Amostras não diferem estatisticamente<br />

As médias seguidas de diferentes letras, na linha, diferem significativamente pelo teste de Tukey ao nível 5% de<br />

significância.<br />

Tabela 5. Concentração de colesterol total (COLT), HDL, triglicerídeos (TGL), glicose,<br />

proteínas totais (PROT), albumina, ácido úrico dos animais após condicionamento a rações<br />

com casca de goiaba (TC), semente (TS), casca+semente (TCS) e ração controle (CONT).<br />

Parâmetros CONT TC TS TCS<br />

COLT (mg/dL) 77,24±1,89 ns 74,82±4,60 ns 77,31±0,63 ns 74,89±1,59 ns<br />

HDL (mg/dL) 53,77±4,30 bc 63,76±5,69 a 51,29±2,91 c 57,41±1,61 b<br />

TGL (mg/dL) 71,89±5,56 a 71,00±3,40 a 59,63±3,81 b 63,88±5,71 b<br />

Glicose (mg/dL) 92,56±11,10 ns 87,11±14,19 ns 89,89±13,95 ns 89,00±9,25 ns<br />

PROT (g/dL) 5,82±0,49 ns 5,72±0,67 ns 5,45±0,65 ns 5,58±0,59 ns<br />

Albumina (g/dL) 3,19±0,14 a 3,14±0,061 ab 3,11±0,054 ab 3,05±0,12 b<br />

Ácido Úrico (mg/dL) 1,91±0,058 a 1,37±0,11 c 1,49±0,092 b 1,16±0,071 d<br />

Resultados expressos em média ± desvio padrão.<br />

ns= Amostras não diferem estatisticamente<br />

As médias seguidas de diferentes letras, na linha, diferem significativamente pelo teste de Tukey ao nível 5% de<br />

significância.


Figura 1. Digestibilidade aparente da fibra alimentar dos ratos alimentados com diferentes<br />

fontes de fibra, oriundas de resíduo de goiaba.<br />

Figura 2. Concentração plasmática pós-prandial de glicose em resposta ao consumo de rações<br />

com diferentes fontes de fibra.<br />

79


80<br />

3.3 Artigo 3<br />

(Configuração conforme normas da Revista Instituto Adolfo Lutz – ANEXO C)<br />

QUALIDA<strong>DE</strong> NUTRICIONAL E ACEITABILIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> BARRAS <strong>DE</strong><br />

CEREAIS FORMULADAS COM CASCA E S<strong>EM</strong>ENTE <strong>DE</strong> <strong>GOIABA</strong><br />

NUTRITIONAL QUALITY AND ACCEPTABILITY OF CEREAL BARS<br />

AD<strong>DE</strong>D OF PEEL AND SEED OF GUAVA<br />

Bruna Sampaio ROBERTO 1 *<br />

Leila Picolli da SILVA 2 ‒ leilasliva@yahoo.com.br<br />

Fernanda Teixeira MACAGNAN 1 ‒ femacagnan@yahoo.com.br<br />

Marília BIZZANI 3 ‒ maribizzani@hotmail.com<br />

Ana Betine Beutinger BEN<strong>DE</strong>R 4 ‒ betinebender@hotmail.com<br />

*Autor para correspondência:<br />

Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciência Rurais, Departamento de Zootecnia,<br />

Laboratório de Piscicultura.<br />

Av. Roraima s/n, Campus Universitário, Santa Maria, RS, Brasil. CEP 97105900<br />

E-mail: bruna_sampaio@ymail.com Telefone: (55)32208365<br />

3<br />

1 Mestranda no Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos (PPGCTA), Departamento<br />

de Tecnologia e Ciência dos Alimentos, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.<br />

2 Departamento de Zootecnia, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.<br />

3 Aluna da Graduação de Tecnologia em Alimentos, Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos<br />

(DTCA), Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.<br />

4 Aluna da Graduação de Farmácia, Departamento de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Maria,<br />

Santa Maria, RS, Brasil.


RESUMO<br />

O trabalho foi conduzido com objetivo de avaliar a utilização de resíduo de goiaba (casca e<br />

semente) na formulação de barras de cereais com qualidade nutricional, fonte de fibras e boa<br />

aceitabilidade sensorial. Foram formuladas quatro barras de cereais com proporções crescentes de<br />

resíduos de goiaba em substituição à aveia, flocos de arroz e gergelim (B15% – 15% de resíduos nos<br />

ingredientes secos, B30% - 30% de resíduos nos ingredientes secos, B50% - 50% de resíduos nos<br />

ingredientes secos, Padrão – sem resíduos). As formulações foram analisadas quanto aos teores de<br />

umidade, cinzas, proteínas, lipídeos, carboidratos totais e fibra alimentar. Adicionalmente, realizaram-<br />

se os testes de aceitabilidade e ordenação de preferência. As formulações apresentaram em média<br />

10,93% de umidade, 60,55% de carboidratos, 9,62% de lipídeos, 8,41% de proteínas e 1,38% de<br />

cinzas. A adição de resíduos às barras de cereais aumentou o teor de fibras e apresentou aceitabilidade<br />

satisfatória em todos os atributos sensoriais sem influência significativa da proporção de resíduos,<br />

exceto na textura, quando B50% proporcionou menores médias. Adicionalmente, não houve<br />

preferência por formulações específicas. A adição de resíduos proporcionou produto com qualidade<br />

nutricional, incremento de fibras alimentares e aceitabilidade sensorial, contribuindo para valorização<br />

de partes do fruto desperdiçadas pelas agroindústrias.<br />

Palavras-chave: Resíduo agroindustrial, barra de cereal, composição química, análise<br />

sensorial.<br />

81


82<br />

ABSTRACT<br />

This study was conducted to evaluate the use of guava waste (peel and seed) in the<br />

formulation of cereal bars with nutritional quality, good fiber source and sensory<br />

acceptability. Were formulated four cereal bars with increasing proportions of guava waste<br />

instead of oats, rice flakes and sesame (B15% - 15% of waste into the dry ingredients, B30% -<br />

30% of waste into the dry ingredients, B50% - 50 % of waste into the dry ingredients,<br />

Standard - without "waste"). The formulations were analyzed for moisture, ash, protein,<br />

lipids, total carbohydrates and dietary fiber. Additionally, tests of acceptability and preference<br />

ordering were performed. The formulations had an average of 10.93% moisture, 60.55%<br />

carbohydrate, 9.62% lipid, 8.41% protein and 1.38% ash. The addition of waste in cereal bars<br />

increased the level of fiber and showed satisfactory acceptability in all sensory attributes. Was<br />

not observed significant influence of the proportion of waste, except in texture, when B50%<br />

provided lower mean. Additionally, there was no preference for specific formulations. The<br />

addition of waste in cereal bars provides products with nutritional quality, increased dietary<br />

fiber and sensory acceptability, contributing to recovery of parts of the fruit wasted by<br />

agroindustries.<br />

Keywords: Agroindustrial waste, cereal bar, chemical composition, sensory analysis.


INTRODUÇÃO<br />

A demanda por alimentos nutritivos, seguros e balanceados está crescendo<br />

mundialmente, e a ingestão de alimentos balanceados é a maneira correta de evitar ou mesmo<br />

corrigir problemas de saúde, como obesidade, diabetes, desnutrição, cardiopatias, entre<br />

outros, os quais têm origem, em grande parte, nos erros alimentares 1, 2 .<br />

As barras de cereais podem atender a esta tendência já que são elaboradas a partir da<br />

extrusão da massa de cereais de sabor adocicado e agradável, fonte de fibras, vitaminas, sais<br />

minerais, proteínas e carboidratos digestíveis 2 . A expansão do mercado de barras de cereais<br />

vem se mostrando favorável até agora e no contexto de produtos saudáveis tem levado a<br />

indústria alimentícia à diversificação de sabores e atributos dos mesmos 3 . O crescimento da<br />

comercialização desse produto é o resgate por hábitos alimentares saudáveis, bem como da<br />

recomendação do consumo regular de fibras por nutricionistas e órgãos oficiais. Este<br />

incentivo é baseado na constatação de que esse nutriente, embora não forneça energia, é<br />

responsável por alterações benéficas nas funções gastrointestinais, regulando os níveis<br />

plasmáticos de glicose, colesterol e triglicerídeos 4,5,6,7 , desta forma, controlando e/ou<br />

prevenindo certas enfermidades crônicas e degenerativas 7 . Em uma dieta equilibrada, sua<br />

ingestão pode reduzir o risco de algumas doenças, como as coronarianas e certos tipos de<br />

câncer 8 .<br />

Admitindo atributos sensoriais e benefícios à saúde, é pertinente reportar a<br />

necessidade em pesquisar novos ingredientes alimentícios, que permitam melhorar<br />

características nutritivas a baixo custo e ampla aplicabilidade industrial. Nesse contexto, as<br />

indústrias beneficiadoras de frutas produzem grandes quantidades de resíduos que podem ser<br />

aplicados em benefício da saúde humana 9 , por apresentarem elevadas taxas de proteínas,<br />

fibras, minerais e vitamina C 10,11 . Além disso, o aproveitamento racional de tais resíduos<br />

83


84<br />

contribuirá para redução de seu descarte inadequado, minimizando os efeitos poluentes ao<br />

meio ambiente 12 .<br />

A goiaba (Psidium guajava) pode ser considerada uma alternativa viável para a<br />

transformação de seus resíduos agroindustriais em produtos comercializáveis, devido ao seu<br />

alto valor nutritivo em relação aos flocos de arroz, gergelim e aveia, constituintes<br />

normalmente utilizados em barras de cereais, à sua excelente aceitação do consumo in natura,<br />

às suas características de sabor apreciadas para o consumo 13 e, sobretudo, pela facilidade de<br />

manipulação de seus resíduos 14 . Considerando o exposto, este trabalho foi conduzido com a<br />

proposta de avaliar a utilização do residual industrial de goiaba (casca e semente) na<br />

formulação de barra de cereais como fonte de fibras, produto sólido com mínimo de 3% 15 , e<br />

aceitação sensorial satisfatória.<br />

Matéria-Prima<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

Para extração de casca e sementes de goiaba, foram utilizados frutos do genótipo de<br />

polpa vermelha Psidium guajava "Paluma", produzidos na área experimental do Colégio<br />

Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (<strong>UFSM</strong>), Santa Maria - RS.<br />

Os frutos, colhidos no início da maturação, foram lavados um a um em água corrente.<br />

Posteriormente, em solução preparada com 10mL de hipoclorito de sódio (2,5%) em um litro<br />

de água, os frutos foram submersos durante 15 minutos, em seguida foram enxaguados a fim<br />

de retirar os resíduos de cloro, separados manualmente em casca e sementes. Em seguida, as<br />

frações casca e semente foram pré-secas em estufa de circulação de ar (55 o C) por 72h e 2h,<br />

respectivamente. Posteriormente, essas porções foram moídas em micromoinho (0,5mm a<br />

0,3mm). O material foi armazenado em sacos plásticos, sob congelamento, até o momento da


confecção das barras de cereais. A composição química dos resíduos utilizados está descrito<br />

na Tabela 1.<br />

Os ingredientes complementares para a elaboração das barras de cereais (xarope,<br />

açúcar, gordura, lecitina de soja, castanha, flocos de arroz, aveia, gergelim, uva passa,<br />

essência de baunilha e chocolate) foram obtidos no comércio da cidade de Santa Maria, RS.<br />

Elaboração das barras de cereais<br />

Foram elaboradas formulações de barra de cereais com crescentes proporções de<br />

substituição das fontes de fibras (flocos de arroz, aveia e gergelim) de uma formulação padrão<br />

de barra de cereal, por farinha de casca de goiaba e farinha de semente de goiaba, obedecendo<br />

a proporção de 50% para cada porção de resíduo, perfazendo 15%, 30% e 50% de substituição<br />

dos ingredientes secos. As formulações teste foram desenvolvidas a fim de obter um produto<br />

com maior aporte de fibras e com características sensoriais aceitáveis.<br />

Como ingredientes para elaboração das barras de cereal, foram utilizados, além dos<br />

resíduos de goiaba, xarope de milho, gordura vegetal, açúcar, lecitina, castanha, flocos de<br />

arroz, aveia, gergelim, uva passa, essência de baunilha e chocolate (Tabela 2).<br />

Inicialmente a castanha, flocos de arroz, aveia e gergelim foram “tostados” em forno a<br />

180°C durante 15 minutos. Após, aqueceu-se o xarope, gordura vegetal, açúcar e lecitina em<br />

fogo brando até atingir “ponto de fio”. Incorporaram-se os ingredientes “tostados”, a essência,<br />

as farinhas de casca e de semente de goiaba aos componentes que foram ao fogo, misturando<br />

bem todos os ingredientes. Colocou-se a massa em forma refratária coberta com papel<br />

vegetal, para prensagem até espessura de aproximada de 1,5 cm e moldagem, deixando-a<br />

firme e lisa. O chocolate derretido em banho-maria foi colocado sobre essa massa, que, após<br />

repouso por cerca de 3h, foi cortada em cubos e embalada em papel alumínio. As barras de<br />

85


86<br />

cereais foram elaboradas com formato e sabor de maneira a torná-las atrativas, com boas<br />

características organolépticas e semelhantes ao produto convencional encontrado no mercado.<br />

Caracterização química das formulações de barras de cereais<br />

A determinação da composição química das formulações teste e padrão foi realizada<br />

de acordo com métodos analíticos propostos pela AOAC 16 em triplicata, no qual a matéria<br />

seca foi realizada em estufa a 105ºC durante 12h. As cinzas foram obtidas por meio da<br />

incineração em mufla a 550°C por 5h. O teor de proteína bruta foi determinado pelo método<br />

de Kjeldahl (N x 6,25). O teor de fibra alimentar foi determinado conforme o método<br />

enzimático-gravimétrico 991.43, obtendo-se as frações de fibra alimentar total, solúvel e<br />

insolúvel nas amostras, sendo que o conteúdo de fibra solúvel foi determinado observando-se<br />

a diferença entre fibra total e insolúvel.<br />

O teor de lipídeos foi determinado pelo método de Bligh e Dyer 17 , os carboidratos<br />

foram estimados por diferença, subtraindo-se de cem os valores obtidos para umidade,<br />

proteínas, lipídios, fibra alimentar e cinzas. Para determinar o valor energético das barras de<br />

cereais, foram considerandos os fatores de conversão de Atwater segundo Wilson, Santos e<br />

Vieira 18 de 4 kcal/g de proteína, 4 kcal/g de carboidrato e 9 kcal/g de lipídeo.<br />

Análise Sensorial<br />

As formulações com resíduo de goiaba foram submetidas aos testes: afetivo de<br />

aceitação e de ordenação quanto à preferência. Os testes foram realizados em sala com<br />

cabines individuais, no laboratório de Análise Sensorial do Departamento de Tecnologia e<br />

Ciência dos Alimentos da <strong>UFSM</strong>, conduzido em grupo de 50 adultos não treinados, de ambos<br />

os sexos. No teste afetivo de aceitação 19 as amostras foram apresentadas separadamente e<br />

codificadas com número de três dígitos aleatórios. O grupo de provadores avaliou cada


amostra quanto aos atributos aparência, aroma, sabor, textura (sensação na boca), utilizando<br />

uma escala hedônica de 7 pontos (1 = desgostei muitíssimo, 4 = indiferente e 7 = gostei<br />

muitíssimo), além de avaliar a aceitação global do produto, atribuindo uma nota desta mesma<br />

escala.<br />

O teste de ordenação quanto à preferência 20 foi realizado em dia distinto da primeira<br />

análise. Nesse teste, as três amostras codificadas aleatoriamente foram apresentadas ao<br />

provador para que ele as ordenasse conforme a intensidade de sua preferência de forma geral<br />

(menos preferida a mais preferida).<br />

Para a avaliação sensorial, o projeto foi submetido à aprovação do Comitê de Ética em<br />

Pesquisa – <strong>UFSM</strong>, reconhecido pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa –<br />

(CONEP/MS), sendo aprovado (CAAE: 0171.0.243.000-11) em seus aspectos éticos e<br />

metodológicos de acordo com as Diretrizes estabelecidas na Resolução 196/96 e<br />

complementares do Conselho Nacional de Saúde.<br />

Análise estatística<br />

Os dados das análises químicas e afetivo de aceitação das formulações de barras de<br />

cereais foram expressos por meio de média, desvio-padrão e submetidos à análise de variância<br />

(ANOVA). A análise comparativa dos resultados foi realizada por meio do teste de Tukey ao<br />

nível de significância de 5%, utilizando-se o software SPSS versão 8.0. O teste de ordenação<br />

por preferência foi avaliado através do teste de Friedman, utilizando a tabela de Newell e<br />

MacFarlane 20 para verificar se existe diferença entre as amostras.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Composição química das formulações de barra de cereal<br />

87


88<br />

Na Tabela 3, é possível visualizar os resultados da análise química das barras de<br />

cereais formuladas com 15%, 30% e 50% de substituição das fontes de fibra por casca e<br />

semente de goiaba, assim como a composição da formulação padrão (sem acréscimo dos<br />

resíduos).<br />

A umidade das formulações testadas variaram entre 9,14% a 13,71%, apresentando<br />

valores estatisticamente inferiores aos da formulação padrão (14,5%), mas todas em<br />

concordância com o valor de 15% controlado pela legislação: Resolução CNNPA nº12 de<br />

1978, referente aos produtos à base de cereais 21 . Através dos resultados obtidos por Gutkoski<br />

et al. 1 , observa-se que a umidade de barras de cereais aumenta com as reduções de açúcar e da<br />

concentração de fibra alimentar, ratificando a menor umidade para amostras contendo casca e<br />

sementes de goiaba, que incrementaram a porção fibrosa das barras.<br />

Analisando os nutrientes, as formulações teste apresentaram comportamento favorável<br />

na maioria dos parâmetros avaliados, principalmente analisando o crescimento no valor de<br />

fibra alimentar. As formulações teste apresentaram valores de cinzas, que correspondem aos<br />

teores de minerais, superiores ao valor da formulação padrão, assemelhando-se aos<br />

encontrados na literatura para barras de cereais, cujos valores em g.100g -1 foram 1,13 22 ; 1,40 a<br />

1,61 23 ; 1,18 a 1,21 24 . O fator desencadeante do melhor aporte de minerais foi a casca utilizada<br />

nas substituições, com 3,42% de minerais, aliado ao baixo teor de minerais presente no arroz<br />

e na aveia, uma vez que o conteúdo de cinzas totais em cereais podem variar de 0,3 a<br />

3,3g/100g -125 . Considerando a disposição de proteínas nas formulações, casca e semente<br />

proporcionaram aumento de 1,63% a 9,43% no aporte proteico, comparado à formulação<br />

padrão. Esse efeito se deve ao maior teor de proteínas da semente, substituta dos flocos de<br />

arroz que apresentam menor teor proteico. Os resultados são maiores quanto à formulação<br />

apresentada por Guimarães e Silva 26 e Silva et al. 27 e menores que as formulações com polpa<br />

de Baru 28 .


Ao observar os lipídios, fração mais calórica dos constituintes presentes nos alimentos,<br />

a quantidade presente é avaliada com maior rigor, em especial quando se trata de alimentos<br />

funcionais ou de reduzido valor calórico 1 . A formulação padrão apresentou valor lipídico<br />

superior aos valores das formulações teste, que não diferiram entre si. Este alto valor<br />

encontrado pode ser explicado pela maior concentração de aveia nesta formulação visto que<br />

esta contribui com conteúdo de óleo entre 4,00 e 11,00% 29 e pelo alto teor de lipídios do<br />

gergelim representando em torno de 50% de sua composição 30 .<br />

As barras de cereais apresentaram elevação no teor de fibras à medida que se<br />

aumentou o percentual de resíduos, favorecendo as formulações B30% e B50%, não diferindo<br />

a formulação B15% do padrão. Ressalta-se a importância desses resultados sabendo da<br />

carência do consumo de fibras pela população e de que várias doenças, como câncer de cólon<br />

e do reto, câncer de mama, diabetes, aterosclerose, apendicite, doença de Crohn, síndrome do<br />

intestino irritável, hemorroidas e diverticulite têm sido relacionadas com uma baixa ingestão<br />

de fibras alimentares 1 . Os elevados teores de fibras alimentares permitem afirmar que as<br />

barras de cereais estudadas apresentam a alegação de alimento funcional, pois se obtiveram<br />

formulações classificadas como ricas em fibras alimentares, de acordo com a legislação<br />

brasileira 15 , que exige mínimo de 6 g de fibras/100g (para alimentos sólidos) para tal<br />

classificação. As formulações testadas apresentaram teor de fibras alimentares de 2 a 3,8<br />

vezes superior aos valores reportados por Guimarães e Silva 26 , trabalhando com murici-passa<br />

e banana-passa. Ao comparar as barras de cereais já existentes no mercado, como as de frutas<br />

vermelhas com chocolate, que possuem 4,9g de fibras em porção de 25g (tamanho<br />

convencional de uma barra de cereal), as propostas de B30% e B50% fornecem 5,0g e 6,1g<br />

fibras por unidade de 25 gramas, respectivamente, atendendo às expectativas do consumidor.<br />

Adicionalmente, a ingestão de uma unidade de 25g de qualquer produto testado perfaz, no<br />

89


90<br />

mínimo, 12% da ingestão diária necessária, admitindo a formulação B15% e a ingestão diária<br />

recomendada de 30g (Recommended Dietary Allowances (RDA) : 25g à 30g) 31 .<br />

Deve-se salientar o ponto crucial deste aumento da fibra alimentar que ocorreu devido<br />

ao incremento notório das fibras insolúveis nas formulações teste. O teor variou de 8,23% a<br />

19,22% entre os produtos testados, potencializado com o maior incremento de casca e<br />

semente em vista de serem materiais ricos na porção insolúvel das fibras. Essa porção das<br />

fibras age sobre a motilidade e sobre o tônus da musculatura do cólon, regulando o tempo de<br />

permanência do seu conteúdo e aumentando o volume fecal 32 . De fato, o aumento de volume<br />

de fezes reduz o tempo de trânsito, corrige a constipação e inibe o aparecimento de alterações<br />

patológicas no intestino e no cólon, prevenindo, o aparecimento de hemorroidas ou de câncer<br />

ligado à presença de substâncias carcinogênicas estacionadas nessa fração do intestino por<br />

tempo mais ou menos longo, tais como NH3 e ácidos biliares degradados 33 . A porção solúvel,<br />

responsável por retardar o esvaziamento gástrico, a absorção da glicose e por reduzir o<br />

colesterol no soro sanguíneo 34,35 , não teve resposta na substituição das fontes de fibras por<br />

ingredientes secos de casca e semente de goiaba, embora a formulação B15% tenha<br />

apresentado valores numericamente maiores. Resultados semelhantes podem ser explicados<br />

pela alta representatividade da fibra solúvel, como β-glicanas na aveia 36 . Por outro lado, a<br />

formulação B30% teve a melhor relação fibras solúveis/insolúveis, que, conforme Figuerola<br />

et al. 37 , a relação recomendada para uma boa dieta é de 1:2. Com base apenas nessa relação, a<br />

aplicabilidade dietética dessa formulação seria melhor indicada.<br />

Como observado na Tabela 3, houve decréscimo do valor calórico à medida que se<br />

adicionou resíduos da industrialização da goiaba às formulações, perfazendo redução<br />

energética de 11,2% a 20,4%, o que foi decorrente do incremento de fibras nas formulações.<br />

Em estudo de Silva et al. 27 , avaliando barra de cereal com resíduo de maracujá, o<br />

comportamento foi condizente com o presente estudo, encontrando valores de 363,9 e 344,2


kcal.100g -1 , sendo a barra com adição de fibras advindas do resíduo capaz de reduzir o valor<br />

calórico do produto em 5,4%.<br />

Análise sensorial<br />

Análise Sensorial é uma metodologia destinada a avaliar a aceitação de produtos no<br />

mercado, pesquisando os gostos e as preferências de consumidores. Com base nos resultados,<br />

é possível medir, avaliar e interpretar a percepção sensorial em relação ao produto analisado.<br />

O teste realizado pelo grupo de 50 adultos não treinados demonstrou boa aceitabilidade das<br />

formulações testadas para todas as características avaliadas.<br />

Não houve diferença significativa nos atributos testados, exceto na textura, entre as<br />

formulações de barras de cereais, mostrando grande similaridade entre as formulações. Esse<br />

fato demonstra que a casca e a semente adicionadas na barra de cereal acentuam a textura das<br />

barras, porém não são suficientes para alterar substancialmente os outros atributos sensoriais,<br />

admitindo produtos com boa qualidade sensorial e com a vantagem de possuírem apelo<br />

funcional (maior aporte de fibra).<br />

Nota-se que o possível escurecimento enzimático e caramelização dos açúcares não<br />

afetaram a aceitabilidade quanto à cor das barras. O aroma condizente com a casca da goiaba<br />

foi visivelmente aceito pelos provadores oscilando entre médias de 5,78 a 5,80, valores esses<br />

entre 1 e 7.<br />

O sabor é uma das características principais para a boa aceitação. Nesse parâmetro,<br />

preconiza-se que a formulação conserve as características particulares do produto tradicional,<br />

no caso barra de cereal. As formulações desenvolvidas obtiveram as menores médias em<br />

relação ao sabor, comportamento também analisado em barras de cereais com resíduo de<br />

maracujá 13 . As médias variaram entre 5,42 e 5,60, sem diferenças significativas, indicando<br />

que o maior aporte de fibras e o aumento da adstringência das barras, atribuído à presença de<br />

91


92<br />

taninos 38 , ao incorporar o resíduo nas formulações, interferiram de forma similar na<br />

aceitabilidade do sabor das formulações.<br />

A textura pode ser designada como atributo físico, perceptível pelos receptores<br />

mecânicos, táteis e eventualmente pelos receptores visuais e auditivos. Segundo Bourne 39 ,<br />

esse parâmetro é o principal fator de rejeição em um produto e, neste estudo, foi o único<br />

parâmetro que apresentou diferença significativa, admitindo que a maior quantidade<br />

adicionada de resíduos, B50%, altera a textura da formulação, ainda que na escala utilizada de<br />

1 a 7 esta concentração testada não desclassifique o produto, com média de 5,06 que equivale<br />

a “gostei moderadamente”. Os valores discrepantes quanto à textura relacionam-se com o<br />

maior percentual de fibras, que segundo Izzo e Niness 2 , a adição de fibra na formulação<br />

normalmente aumenta a dureza das barras de cereais, afetando diretamente sua textura e,<br />

possivelmente, com a adstringência proporcionada pelos taninos.<br />

Analisando a aceitação global, as médias ficaram acima da intersecção que classifica<br />

as formulações como aceitáveis. Visivelmente as formulações são favoráveis em relação à<br />

formulação proposta por Silva et al. 27 com resíduo de maracujá o qual sofreu alteração<br />

negativa significativa na avaliação global com a maior adição (40%) de resíduo.<br />

Os resultados obtidos no presente trabalho demonstraram que as formulações<br />

propostas apresentam viabilidade tecnológica, de forma a garantir qualidade organoléptica,<br />

além de serem condizentes com as exigências dos consumidores atuais que desejam produtos<br />

com qualidade sensorial, nutricional, e que agreguem benefícios à saúde, com baixo custo.<br />

Na avaliação sensorial pelo teste de ordenação, comparando-se os módulos da<br />

diferença com a diferença mínima significativa (DMS) de 24, conforme a tabela de Newell e<br />

MacFarlane 20 , não houve diferença estatística significativa entre as amostras ao nível de 5% de<br />

significância (dados não apresentados).


Para melhor visualização dos resultados, o número de vezes escolhido em cada ordem<br />

foi transformado em escala percentual na construção do gráfico de perfil de preferência<br />

(Figura 4). Assim, verificou-se que a amostra B15% ficou em primeiro lugar o maior número<br />

de vezes, porém a formulação com maior incidência nas mais preferidas foi observada na<br />

amostra B30%, a qual, embora tenha sido mais frequentemente escolhida como preferência<br />

secundária, poucas vezes foi escolhida como a pior amostra, ratificando os resultados<br />

encontrados na aceitação global dos produtos.<br />

CONCLUSÃO<br />

Os resultados obtidos neste trabalho permitem concluir que os percentuais de resíduo<br />

da industrialização da goiaba (casca e semente) utilizados aliam viabilidade tecnológica e<br />

nutricional às formulações de barra de cereal, apresentando incremento no teor de fibra<br />

alimentar, baixo valor lipídico e calórico, características organolépticas satisfatórias de modo<br />

que garantiram boa aceitação pelos provadores. Permite-se concluir também que o maior teor<br />

de casca e sementes nas barras de cereais não afetam a preferência dos consumidores.<br />

Portanto, essas constatações tornam-se satisfatórias à medida que destacam novas<br />

fontes de fibras, desenvolvimento de novos produtos funcionais com baixo custo e potencial<br />

solução para o descarte de resíduos agroindustriais de goiaba.<br />

AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />

À Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior<br />

(CAPES), ao suporte financeiro na forma de bolsa de mestrado, ao Conselho Nacional de<br />

93


94<br />

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelas bolsas de produtividade em<br />

pesquisa da Professora Leila Picolli da Silva e pela bolsa de iniciação científica.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

1. Gutkoski LC, Bonamigo JMA, Teixeira DMF, Pedó I. Desenvolvimento de barras de<br />

cereais à base de aveia com alto teor de fibra alimentar. Ciênc. Tecnol. Alim. 2007;<br />

27(2): 355-63.<br />

2. Izzo M, Niness, K. Formulating Nutrition Bars with Inulin and Oligofructose. Cer Foods<br />

World. 2001; 46(3):102-05.<br />

3. Sampaio CRP, Ferreira, SMR, Canniatti-brazaca SG. Perfil sensorial e aceitabilidade de<br />

barras de cereais fortificadas com ferro, Alim Nutr. jan./mar. 2009; 20(1):95-106.<br />

4. López G, Ros G, Rincón F, Periago MJ, Martínez C, Ortuño J. Propiedades funcionales<br />

de la fibra dietética. Mecanismos de acción en el tracto gastrintestinal. Arch Latinoam<br />

Nutr. 1997; 47(3):203-07.<br />

5. Penteado, R.L.B. Fibras vegetais na alimentação humana. Bol SBCTA. 1995; 15(3):279-<br />

302.<br />

6. Schinell, M. Efectos de la fibra dietética sobre la absorción de glucosa. Boletim<br />

Informativo de la Riare. 1995; (5):22-30.<br />

7. Stella R. Fibras para seu intestino. 2004. Disponível em: http://www1.uol.com.br/<br />

cyberdiet/colunas/010921_nut_fibra_intestino.htm.<br />

8. Anjo, DFC. Alimentos funcionais em angiologia e cirurgia vascular. J. Vasc Br. 2004;<br />

3(2):145-54.<br />

9. Silva filho JCS, Armelin MAJA, Silva AG. Determinacao da composicao mineral de<br />

subprodutos agroindustriais utilizados na alimentação animal pela tecnica de ativacao<br />

neutronica. Pesq Agrop Bras. 1999; 34(2):235-41.<br />

10. Pereira FM, Carvalho CA, Nachtigal JC. Seculo XXI: nova cultivar de goiabeira de dupla<br />

finalidade. Rev Bras Frutic. 2003; 25(3):498-500.<br />

11. Uchoa AMA, Costa JMC, Maia GA, Silva <strong>EM</strong>C, Carvalho AFFU, Meira TR. Parâmetros<br />

Físico-Químicos, Teor de Fibra Bruta e Alimentar de Pós Alimentícios Obtidos de<br />

Resíduos de Frutas Tropicais. Seg Alim Nutr. 2008; 15(2):58-65.<br />

12. Neto ACG, Silveira A.; Pezzato, L. E.; Barros, M. M.; Padovani, C. R. 1988 Subproduto<br />

da indústria de gelatina como sucedâneo protéico na alimentação da Tilápia do Nilo. In:<br />

SIMPÓSIO LATINOAMERICANO <strong>DE</strong> AQÜICULTURA, 6. 1988.


13. Silva DS. Estabilidade de suco tropical de goiaba (Psidium guajava L.) não-adoçado<br />

obtido pelos processos de Enchimento a quente e asséptico. [Dissertação]. 98p. Fortaleza:<br />

Universidade Federal do Ceará; 2007.<br />

14. Neiva JNM, Vieira NF, Pimentel JCM, Gonçalves JS, Oliveira Filho GS, Lôbo RNB et<br />

al. Avaliação do valor nutritivo de silagens de capim elefante (Pennisetum purpureum)<br />

com diferentes níveis de subproduto da goiaba In: 39a Reunião Anual da Sociedade<br />

Brasileira de Zootecnia, Recife. Anais, SBZ. 2002. CD ROM.<br />

15. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria nº 27, de<br />

13 de janeiro de 1998. Regulamento técnico referente à informação nutricional<br />

complementar. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, p. 1-3. Brasília, 16 jan.<br />

1998. Disponível em Acesso<br />

em: out de 2010.<br />

16. Association Of Official Analytical Chemists (AOAC). Official Methods of Analysis of<br />

the AOAC International. 16th ed., Supplement 1998. 1018p. Washington: 1995.<br />

17. Bligh EG, Dyer W. J. A rapid method of total lipid extraction and purification. Can J<br />

Biochem Physiol. 1959; (37): 911-917.<br />

18. Wilson ED, Santos AC, Vieira EC. Energia. In: Dutra-de-Oliveira, JE, Santos AC,<br />

Wilson ED, editors. Nutrição básica. São Paulo: Sarvier; 1982. p. 79 - 97.<br />

19. Chaves JBP, Sproesser RL. Práticas de laboratório de análise sensorial de alimentos e<br />

bebidas. 1ª ed. Viçosa: UFV; 2002.<br />

20. Associação brasileira de normas técnicas (ABNT). NBR 13170. Teste de ordenação em<br />

análise sensorial. Rio de Janeiro, 1994.<br />

21. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução<br />

CNNPA n. 12, de 1978: Normas Técnicas Especiais. Disponível em:<br />

. Acesso em: março de 2010.<br />

22. Brito IP, Campos JM, Sousa TFL, Wakiyama C, Azeredo GA. Elaboração e avaliação<br />

global de barras de cereais caseira. Bol Centro Pesqui Process Aliment. 2004; 22(1):35-<br />

50.<br />

23. Dutcosky SD, Grossman MVE, Silva RSSF, Welsch AK. Combined sensory optimization<br />

of a prebiotic cereal product using multicomponent mixture experiments. Food chem.<br />

Article in press. 2005; 1 - 9. Disponível em: http://www.sciencedirect.com>. Acesso em<br />

29 0ut. 2011<br />

24. Bueno ROG, Características de qualidade de biscoitos e barras de cereais ricos em fibra<br />

alimentar a partir de farinha de semente e polpa de nêspera. [dissertação]. Setor de<br />

Tecnologia: Universidade Federal do Paraná; 2005.<br />

25. Cecchi HM, Fundamentos Teóricos e Práticos de Análise de Alimentos. 2ª ed. Campinas:<br />

UNICAMP; 2003.<br />

95


96<br />

26. Guimarães MM, Silva MS. Qualidade nutricional e aceitabilidade de barras de cereais<br />

adicionadas de frutos de murici-passa. Rev Inst Adolfo Lutz. 2009; 68(3): 426-433.<br />

27. Silva IQ, Oliveira BCF, Lopes AS, Pena RS. Obtenção de barra de cereal dicionada do<br />

resíduo industrial de maracujá. Alim e Nutr. abr/jun 2009; 20(2):321-329.<br />

28. Lima JCR, Freitas JB, Czeder LP, Fernandes DC, Naves MV. Qualidade microbiológica,<br />

aceitabilidade e valor nutricional de barras de cereais formuladas com polpa e amêndoa<br />

de baru. Bol Centro Pesqui Process Aliment. 2010; 28(2): 331-43.<br />

29. Sarantópoulos CIGL, Oliveira LM, Canavesi E. Requisitos de conservação de alimentos<br />

em embalagens flexíveis. Campinas: CETEA / ITAL, 2001.<br />

30. Vieira JD. Cultivo de gergelim. Brasília. Centro de apoio ao Desenvolvimento<br />

Tecnológico – CDT/uNb, 2007<br />

31. Committee On Dietary Allowances, Food And Nutrition Board. Recommended Dietary<br />

Allowances (RDA), 10th revised edition, National Academy of Science (NAS),<br />

Washington D.C., 1989<br />

32. Read NW. Dietary and bowel transit. In Vahouny, G.V.; Kritchevsky, D.: Dietary Fiber.<br />

Basic ans clinical aspects. Plenum Press, N.York and London, 1986, págs. 81-100.<br />

33. Pourchet-Campos MA. Fibra: A fração que desafia os estudiosos. Rev Alim Nutr. 1990;<br />

2: 53-63.<br />

34. Anderson JW. Tratamento nutricional do Diabetes Mellitus. In: Shils ME, Olson JA,<br />

Shike M. Ross AC. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. 9ª ed. p. 1473-5.<br />

São Paulo: Manole; 2003.<br />

35. Henriques GS, Scorsin NT, Cassim ALO, Simeone MLF. Avaliação da influência<br />

dietética de uma ração à base de mix de fibras sobre a glicemia e o perfil metabólico de<br />

lipídios em ratos wistar. Rev Méd Res. Abr/jun 2008; 10(258):58-66.<br />

36. Fujita AH, Figueroa MOR. Composição centesimal e teor de β-glucanas e cereais e<br />

derivados. Rev Ciênc Tecnol Alim. maio/ago 2003; 23(2): 116-20.<br />

37. Figuerola F, Hurtado ML, Estévez AM, Asenjo ICFA. Fibre concentrates from apple<br />

pomace and citrus peel as pontential fi bres sources for food enrichment. Food Chem.<br />

2005; 91(3): 395-401.<br />

38. Iha MS, Migliato KF, Vellosa JCR, Sacramento LVS, Pietro RCLR, Isaac VLB et al.<br />

Estudo fitoquímico de goiaba (Psidium guajava L.) com potencial antioxidante para o<br />

desenvolvimento de formulação fitocosmética. Braz J Pharmac. 2008; 18(3): 387-93.<br />

39. Bourne MC. Food texture and viscosity: Concept and Measurement. Cornell University,<br />

Geneva, New York. Academic Press. May 1986.


Tabela 1. Composição química da farinha da casca e da semente de goiaba.<br />

Parâmetros Casca Semente<br />

........% da material seca.......<br />

Proteína 4,4 9,6<br />

Fibra Total 54,49 64,73<br />

Fibra Insolúvel 39,46 59,59<br />

Fibra Solúvel 15,03 5,13<br />

Lipídios 1,27 11,3<br />

Cinzas 3,42 0,82<br />

Umidade 13,93 5,87<br />

97


98<br />

Tabela 2. Formulação utilizada na elaboração das barras de cereal.<br />

INGREDIENTES Padrão B15% B30% B50%<br />

XAROPE <strong>DE</strong> AGLUTINAÇÃO g%<br />

Xarope 31,00 31,00 31,00 31,00<br />

Gordura 1,20 1,20 1,20 1,20<br />

Açúcar 5,30 5,30 5,30 5,30<br />

Lecitina 1,00 1,00 1,00 1,00<br />

Total Xarope 38,5% 38,5% 38,5% 38,5%<br />

INGREDIENTES SECOS g%<br />

Castanha 1,00 1,00 1,00 1,00<br />

Flocos 24,00 19,96 15,50 10,00<br />

Aveia 24,00 19,20 15,50 9,80<br />

Gergelim 4,00 3,20 2,40 1,20<br />

Uva passa 1,10 1,10 1,10 1,10<br />

Casca pó 0,00 4,82 9,30 15,49<br />

Semente pó 0,00 4,82 9,30 15,50<br />

Essência 0,20 0,20 0,20 0,20<br />

Chocolate 7,20 7,20 7,20 7,20<br />

Total ing. secos 61,5% 61,5% 61,5% 61,5%


Tabela 3. Composição química das formulações de barras de cereais elaboradas.<br />

B15% B30% B50% Padrão<br />

Umidade 9,14±0,16 d 13,71±0,09 b 9,94±0,16 c 14,50±0,07 a<br />

Cinzas 1,28±0,00 c 1,41±0,01 b 1,45±0,01 a 1,13±0,01 d<br />

Proteína 8,08±0,26 ab 8,70±0,05 a 8,46±0,08 ab 7,95±0,14 c<br />

Lipídios 9,50±0,17 b 10,13±0,86 b 9,22±0,46 b 12,75±0,22 a<br />

Fibra Total 15,41±3,51 ab 19,94±3,22 a 24,71±2,95 a 7,6±0,37 b<br />

Fibra Insolúvel 8,23±1,51 bc 14,45±1,27 ab 19,22±3,82 a 4,46±0,09 c<br />

Fibra Solúvel 7,18±1,99 ns 5,48±1,93 ns 5,49±0,87 ns 3,1±0,28 ns<br />

Carboidratos 65,72±3,94 ab 59,80±4,02 ab 56,14±2,58 b 70,55±0,44 a<br />

Valor Calórico 380,73±13,19 b 365,21±8,51 b 341,43±14,15 b 428,72±0,39 a<br />

ns: não significativo (p ≤ 0,05)<br />

Médias com letras iguais na mesma linha não diferem entre si (p ≤ 0,05) pelo teste de Tukey<br />

Resultados expressos em base úmida (média ± desvio padrão).<br />

Teor de carboidratos calculado por diferença excluindo as fibras.<br />

Valor calórico expresso em kcal/100g da barra de cereal.<br />

99


100<br />

Tabela 4. Valores médios da aceitabilidade referentes a cor, aroma, sabor, textura e aceitação<br />

global em formulações de barras de cereais.<br />

Médias B15% B30% B50%<br />

Cor 5,78±0,79 ns<br />

5,64±0,80 ns 5,58±0,95 ns<br />

Aroma 5,80±0,76 ns 5,78±0,81 ns 5,80±1,07 ns<br />

Sabor 5,58±1,27 ns 5,60±1,03 ns 5,42±1,07 ns<br />

Textura 5,70±0,99 a 5,96±0,86 a 5,06±1,08 b<br />

Aceitação Global 5,68±0,91 ns 5,72±0,72 ns 5,52±0,78 ns<br />

ns: médias não diferem significativamente pelo teste de Tukey a 5% de significância.<br />

Médias com letras diferentes na mesma linha diferem entre si (p ≤ 0,05) pelo teste de Tukey


Figura 1. Frequência das ordens das formulações de barras de cereais pela avaliação dos<br />

provadores.<br />

101


4 DISCUSSÃO GERAL<br />

Visando à elevada produção de resíduo agroindustrial da goiaba e à possibilidade deste<br />

material conter nutrientes e propriedades tecnológicas, foram avaliados em farinha de casca e<br />

semente de goiaba parâmetros de composição química, capacidade de hidratação, capacidade<br />

de ligação ao cobre, capacidade de ligação à gordura e sinérese.<br />

Em relação aos resultados da farinha de semente, constatou-se conteúdo proteico<br />

expressivamente maior ao valor de proteína na farinha da casca. Conforme Fontanari et al.<br />

(2007), a semente de goiaba é considerada uma ótima fonte alternativa de proteína e possui<br />

propriedades funcionais similares a outras sementes que vêm sendo utilizadas como<br />

ingrediente alimentar. O estudo verificou quantidades significantes de fibras alimentares, com<br />

percentual de 54,49% e 64,73% de fibra total para casca e semente, respectivamente. O<br />

benefício dela está na prevenção de uma série de doenças no trato intestinal, e na redução dos<br />

riscos de doenças, como diabetes e o colesterol elevado (RAUPP et al, 2002; SALGADO,<br />

2001). Dentre as fibras insolúveis, a semente foi majoritária perfazendo 59,59% da MS, e a<br />

casca 39,46%, viabilizando o resíduo como fonte deste nutriente. Esta porção aumenta a<br />

motilidade intestinal, diminui o tempo de trânsito no cólon, aumentando assim a frequência da<br />

evacuação e melhorando ou prevenindo a constipação (INNOCENTE; LEITE, 2010;<br />

COPPINI, 2004). Por acelerarem o trânsito fecal, agem reduzindo a formação e o consequente<br />

contato de agentes cancerígenos com a mucosa intestinal (HASS et. al., 2007). Esses<br />

benefícios levam ao incentivo de modificações dietéticas planejadas, com aumento de<br />

ingestão de fibra alimentar, podendo aliviar sintomas, corrigir deficiências nutricionais e<br />

minimizar a causa primária da dificuldade gastrintestinal (LAJOLO; SAURA-CALIXTO,<br />

2001). A fibra solúvel pôde ser encontrada em maior concentração na casca. Ela aumenta a<br />

viscosidade do conteúdo intestinal, reduz o colesterol e também apresenta efeito metabólico<br />

no trato gastrintestinal retardando o esvaziamento gástrico e o tempo de trânsito intestinal<br />

(CARUSO; LAJOLO; MENEZES, 1999). A casca apresentou valores ínfimos de gordura<br />

comparada à semente. O alto valor de lipídios na semente se deve ao considerável teor de<br />

ácidos graxos poli-insaturados, com maior ocorrência dos ácidos graxos linoleico e oleico<br />

(PRASAD; AZE<strong>EM</strong>ODDIN, 1994; SANTOS, 2011).<br />

O teor mineral variou de 0,82% para a semente e 3,42% para a casca. Prasad e<br />

Azeemoddin (1994), avaliando a semente, obtiveram valores próximos, 0,93%. Os valores


104<br />

relatados por Munhoz et al. (2008) quanto ao teor mineral na casca, de 3,38%, também foram<br />

próximos ao encontrado neste estudo.<br />

A capacidade de ligação à gordura relaciona-se com a capacidade da fibra em unir-se a<br />

substâncias no intestino, como ácidos e sais biliares e colesterol. O valor de CLG encontrado<br />

na casca da goiaba foi expressivamente maior que na semente, potencializando sua utilização<br />

na tentativa de redução do colesterol sanguíneo, bem como viabilizando o uso como<br />

estabilizante de emulsões. (SOUZA; FERREIRA; VIEIRA, 2008; ZARAGOZA; PÉREZ;<br />

NAVARRO, 2001). A capacidade de hidratação está relacionada com o teor de fibras solúveis<br />

presentes no alimento. A casca da goiaba possui maior capacidade de hidratação que a<br />

semente do fruto, facilmente explicado pelo expressivo teor de fibras solúveis na casca. Os<br />

efeitos tecnológicos da CH, propriedades mais notórias na casca, relacionam-se com a<br />

capacidade de formar géis, aumentar a viscosidade e assim influenciar na textura do produto e<br />

na estabilidade da emulsão (DIEPNMAAT-WOLTERS et al., 1993).<br />

Embora ambos os materiais analisados apresentem CLC elevada, a casca teve melhor<br />

comportamento, demonstrando uma melhor capacidade de formar complexos insolúveis com<br />

os mais variáveis íons, aumentando sua excreção fecal (ZARAGOZA; PÉREZ; NAVARRO,<br />

2001). A casca, tendo maior representatividade em relação à pectina, a qual representa 65%<br />

da FS, pode ser eficiente tanto para a saúde humana, ao promover complexação de metais,<br />

como para a indústria alimentícia, podendo ser empregada na geleificação de alimentos com<br />

baixo teor de açúcar, como fibra dietética solúvel, espessante e estabilizante em alimentos.<br />

Ao se optar pelo ensaio biológico em ratos para refletir o potencial destes resíduos<br />

como fonte de fibras pôde-se vislumbrar a possibilidade do controle de parâmetros<br />

bioquímicos relevantes e ainda a contribuição para a saúde intestinal.<br />

O consumo alimentar e o ganho de peso dos animais apresentaram resultados<br />

semelhantes entre os tratamentos avaliados, demonstrando que as fontes de fibra advindas do<br />

processamento da goiaba não provocam alterações no crescimento dos animais, quando<br />

comparadas à ração controle.<br />

A diferença da digestibilidade aparente proteica foi substancial na dieta controle,<br />

provavelmente pelo efeito da fonte de fibra adicionada nos demais tratamentos, eu pode<br />

causar menor digestibilidade total dos nutrientes, incluindo proteínas. A seletividade dos<br />

microrganismos da flora intestinal em fermentar fibras solúveis pode ser apontada como fator<br />

causal da maior digestibilidade das fibras no tratamento com maior resíduo da casca de<br />

goiaba. A fibra solúvel influenciou no tempo de aparecimento do marcador nas fezes. O<br />

tempo maior observado nos tratamentos com maior fibra solúvel se deve ao aumento da


viscosidade da digesta e ao processo de fermentação pela microflora gastrintestinal tornando o<br />

processo mais lento, ao contrário de outras fibras que apresentam menor fermentabilidade,<br />

passando rapidamente pelo intestino delgado e promovendo efeito laxativo.<br />

Visualiza-se uma melhor manutenção do equilíbrio da microbiota no tratamento TC,<br />

uma vez que, conforme Demigné e Rémésy (1982), maior excreção de nitrogênio e pH mais<br />

baixo indicam aumento na excreção fecal de proteínas bacterianas e troca da excreção de<br />

nitrogênio da urina para as fezes. O nitrogênio necessário para o crescimento bacteriano é<br />

fornecido pelas proteínas não digeridas e endógenas, ou pela ureia sanguínea transferida para<br />

o ceco, o que pode auxiliar no controle de doença renal crônica (YOUNES et al., 1995).<br />

O aumento do intestino, maior em TC, está intimamente ligado à alta fermentabilidade<br />

das fibras solúveis, mais presentes na casca, as quais são desdobradas em hexoses, pentoses e<br />

álcoois, sendo utilizadas como substratos das bactérias, que as degradam a ácido láctico, água,<br />

CO2, metano e ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). Butirato (um AGCC) exerce efeito<br />

trófico sobre o epitélio intestinal, por estimular sua proliferação tanto no jejuno como no íleo<br />

e cólon (KUMAR et al., 2002).<br />

A farinha da casca e da semente de goiaba não provocou efeitos hipoglicemiantes e<br />

hipocolesterolêmicos nos animais. Vale ressaltar que os ratos alimentados com fibra oriunda<br />

da casca e da semente não tiveram indução à hiperglicemia. A fração de HDL-colesterol teve<br />

resultados satisfatórios, sendo a fibra oriunda da casca responsável pelo incremento,<br />

prioritariamente na dieta TC e em menor quantidade em TCS. Esses resultados estão de<br />

acordo com o trabalho de Piedade e Canniatti-Brazaca (2003) e de Henriques et al. (2008)<br />

que, através da substituição da celulose por outras fontes de fibras, também obtiveram maior<br />

valor de HDL. O tratamento com a fibra da semente assemelhou-se ao comportamento de<br />

fibras do resíduo de tomate do estudo de Friedman; Fitch e Levin (2000) que não se mostrou<br />

diferente dos valores obtidos em animais alimentados com dietas contendo celulose. Os níveis<br />

de triglicerídeos foram maiores nos animais alimentados com os tratamentos controle e com<br />

adição de casca de goiaba, reduzindo significativamente quando adicionada a semente como<br />

fonte de fibra nas dietas. Sirtori et al. (2004) relatam que o perfil de ácidos graxos é<br />

responsável por mudanças nos triglicerídeos séricos, o que explica os resultados expostos,<br />

uma vez que é considerável o teor de ácidos graxos poli-insaturados nas sementes de goiaba,<br />

com maior ocorrência dos ácidos graxos oleico e linoleico (SANTOS, 2011). Nota-se que a<br />

menor digestão proteica das fibras oriundas do resíduo da goiaba não alterou a qualidade da<br />

proteína, pois não houve diferença nos valores séricos de proteína nas dietas estudadas.<br />

105


106<br />

Após a invasão da indústria alimentícia com vários produtos enriquecidos em fibras, é<br />

comum surgirem dúvidas sobre que tipo escolher, como aumentar a ingestão de fibra através<br />

do consumo de alimentos naturais. Nesse contexto, as formulações propostas apresentaram<br />

elevação no teor de fibras à medida que se aumentou o percentual de resíduos, favorecendo as<br />

formulações B30% e B50%, não diferindo a formulação B15% do padrão. Os elevados teores<br />

de fibras alimentares permitem afirmar que as barras de cereais estudadas apresentam a<br />

alegação de alimento funcional, pois se obtiveram formulações classificadas como ricas em<br />

fibras alimentares, de acordo com a legislação brasileira (BRASIL, 1998), que exige mínimo<br />

de 6 g de fibras/100 g (para alimentos sólidos) para tal classificação. As formulações testadas<br />

apresentaram teor de fibras alimentares de 2 a 3,8 vezes superiores aos valores reportados por<br />

Guimarães e Silva (2009), trabalhando com murici-passa e banana-passa. A ingestão de uma<br />

unidade de 25g de qualquer produto testado perfaz, no mínimo, 12% da ingestão diária<br />

necessária, admitindo a formulação B15% e a ingestão diária recomendada de 30g (RDA: 25g<br />

a 30g) (COMMITTEE ON DIETARY ALLOWANCES, FOOD AND NUTRITION<br />

BOARD, 1989).<br />

O ponto crucial deste aumento da fibra alimentar ocorreu devido ao incremento<br />

notório das fibras insolúveis nas formulações teste. O teor variou de 8,23% a 19,22% entre os<br />

produtos testados, potencializado com o maior incremento de casca e semente em vista de<br />

serem materiais ricos na porção insolúvel das fibras. A porção solúvel não teve resposta na<br />

substituição das fontes de fibras por ingredientes secos de casca e semente de goiaba, embora<br />

a formulação com B15% tenha apresentado valores numericamente maiores. Resultados<br />

semelhantes podem ser explicados pela alta representatividade da fibra solúvel, como β-<br />

glicanas na aveia (FUJITA; FIGUEROA, 2003). Por outro lado, a formulação B30% teve a<br />

melhor relação fibras solúveis/insolúveis e que conforme Figuerola et al. (2005), a relação<br />

recomendada para uma boa dieta é de 1:2. Com base apenas nessa relação, a aplicabilidade<br />

dietéticas desta formulação seria melhor indicada.<br />

Quanto à aceitabilidade sensorial, pôde-se verificar que as formulações propostas<br />

tiveram boa aceitabilidade para todas as características avaliadas, independente do teor de<br />

resíduos acrescentados, adicionalmente não houve diferença na preferência quanto às<br />

diferentes formulações.


5 CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />

A casca de goiaba é rica em fibras alimentares, com destaque para o teor de fibra<br />

solúvel e pectina. Pode ser uma fonte natural de energia, bem como de minerais, proporciona<br />

aproveitamento tecnológico, baseado na sua alta capacidade de hidratação, capacidade de<br />

ligação à gordura e baixa sinérese. A semente apresenta potencial como fonte de fibras,<br />

principalmente insolúveis, proteínas e óleo. Além dos nutrientes essenciais e de<br />

micronutrientes, a casca e a semente apresentaram valor expressivo de CLC e de compostos<br />

secundários de natureza fenólica, os polifenóis.<br />

A fibra advinda da casca e da semente influencia positivamente em parâmetros de<br />

suma importância para a manutenção da saúde e da prevenção de doenças como digestão<br />

aparente de proteína e fibras, efeito trófico do intestino, concentração plasmática de HDL e<br />

triglicerídeos, assim como mantém a concentração de glicose dentro dos níveis normais de<br />

glicemia. Logo, pode auxiliar na escolha de alternativas com vista no controle de parâmetros<br />

bioquímicos relevantes e ainda ajudar na manutenção da saúde intestinal.<br />

Os percentuais de resíduo da industrialização da goiaba (casca e semente) utilizados<br />

aliam viabilidade tecnológica e nutricional às formulações de barras de cereais. Elas<br />

apresentaram incremento no teor de fibra alimentar e características sensoriais satisfatórias de<br />

modo que garantiram boa aceitação pelos provadores. Permite-se concluir, também, que o<br />

maior teor de casca e sementes nas barras de cereais não afetam a preferência dos<br />

consumidores.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

AGRIANUAL, Anuário da agricultura Brasileira. Instituto FNP: São Paulo, 497p, 2009.<br />

AMANTE, E.R.; CASTILHO JUNIOR, A.B.; KANZAWA, A.; ENSSLIN, L.; MURAKI, M.<br />

Um panorama da tecnologia limpa na industria de alimentos. Revista da Sociedade<br />

Brasileira de Alimentos, Campinas, v. 33, n. 1, p. 16-21, 1999.<br />

AOAC. ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CH<strong>EM</strong>ISTS. 17ª ed. Official<br />

Methods of Analysis. Arlington, 2005.<br />

ARRUDA, A. M. V. et al. Importância da fibra na nutrição de coelhos. Semina: Ciências<br />

Agrárias, Londrina, v. 24, n. 1, p. 181-190, jan./jun. 2003.<br />

BALETRO, E. A.; SANDRI, I. G.; FONTANA, R. C. Utilização de bagaço de uva com<br />

atividade antioxidante na formulação de barra de cereais. Revista Brasileira de Produtos<br />

Agroidustriais, Campina Grande, v.13, n.2, p.203-209, 2011.<br />

BELL, L. H. et al. Cholesterol - lowering effects of soluble-fiber cereals as part of a prudent<br />

diet for patients with mild to moderate hypocholesterolemia. American Journal Clinical<br />

Nutrition, v. 52, n. 6, p. 1020-1026, 1990.<br />

BEN<strong>DE</strong>NDO, M. H. Tendência sócio-cultural da alimentação saudável no brasil e sua resignifcação<br />

a partir da publicidade: um estudo de caso da campanha maxi-goiabinha da<br />

bauducco. Dissertação (mestrado) - Fundação Getúlio Vargas, Escola de Administração de<br />

Empresas de São Paulo. 2010.<br />

BORGES, R. F. Panela Furada: o incrível desperdício de alimentos no Brasil, 3ed. 124p.<br />

São Paulo: Columbus, 1991.<br />

BORTOLUZZI, R. C. Aplicação da fibra da polpa da laranja na elaboração de mortadela<br />

de frango. 2009. 112 f. Tese (Doutorado em Ciência dos Alimentos) - Universidade de São<br />

Paulo, São Paulo, SP, 2009.<br />

BOWER, J.A.; WHITTEN, R. Sensory characteristics and consumer linking for cereal bar<br />

snack foods. Journal of Sensory Studies. v. 15, n. 3, p. 327-345, 2000.<br />

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚ<strong>DE</strong> / INAMPS / DPS / CDCD. Estudo multicêntrico<br />

sobre a prevalência do Diabetes mellitus no Brasil. Brasília, 1991, 33p.<br />

BRASIL. Ministério da Saúde. Brasil. Informações em Saúde — Mortalidade. 2000<br />

Disponível em: http://www.saude.gov.br/inform/indica/indica.<br />

BUENO, R. O. G. Características de qualidade de biscoitos e barras de cereais ricos em<br />

fibra alimentar a partir de farinha de semente e polpa de nêspera. 2005. 103f.<br />

Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) – Universidade Federal do Paraná,<br />

Curitiba, 2005.


110<br />

CARUSO, L.; LAJOLO, M. F.; MENEZES, E.W. Modelos esquemáticos para avaliação da<br />

qualidade analítica dos dados nacionais de fibra alimentar. Ciência e Tecnologia dos<br />

Alimentos. v. 19, n.3, Campinas set/dez. 1999.<br />

CASTRO, L. C. V.; FRANCESCHINI, S. C. C.; PRIORE, S. E.; PELÚZIO M. C. G. Nutrição<br />

e doenças cardiovasculares: os marcadores de risco em adultos. Revista Nutrição. V.17,<br />

n3.p.369-377. Campinas Jul/Set. 2004.<br />

CAVALCANTI, M. L. F. Fibras alimentares. Revista de Nutrição, PUCCAMP, Campinas,<br />

v.2, n.1, p.88-97, 1989.<br />

CERQUEIRA, P. M. Avaliação da farinha de semente de abóbora (Cucurbita máxima, L.)<br />

no trato intestinal e no metabolismo glicídico e lipídico em ratos. 2006. 68f. Dissertação<br />

(Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) – Universidade Federal Rural do Rio de<br />

Janeiro, Seropédica, RJ, 2006.<br />

CHO, S.S., DREHER M.L. Handbook of Dietary Fiber. New York, NY: Marcel Dekker,<br />

Inc; 2001.<br />

COMMITTEE ON DIETARY ALLOWANCES, FOOD AND NUTRITION BOARD.<br />

Recommended Dietary Allowances (RDA), 10th revised edition, National Academy of<br />

Science (NAS), Washington D.C., 1989.<br />

COPPINI, L Z. Fibra Alimentar. Congresso Brasileiro de Nutrição e Câncer. São<br />

Paulo,2004.<br />

CÓRDOVA, K. R. V. et al. Características Físico-Químicas da Casca do Maracujá Amarelo<br />

(Passiflora edulis Flavicarpa Degener) Obtida por Secagem. Boletim do Centro de Pesquisa<br />

de Processamento de Alimentos, v. 23, n. 2, p. 221-230, jan./jun. 2005.<br />

CUPPARI L. Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. 2ª Edição Barueri, SP; Manole,<br />

2005.<br />

DIAS, J. C. T.; REZEN<strong>DE</strong>, R. P.; LINARDI, V. R. Biodegradação de acetonitrilas por células<br />

de Candida guilli ermondii UFMG-Y65 imobilizadas em alginato, k-carrageno e pectina<br />

cítrica. Brazilian Journal Microbiology. v. 31, n.1, 2000.<br />

DIEPENMAAT-WOLTERS, M. G. E. Functional proprieties of dietary fibre in foods. In:<br />

Food Ingredients Europe, Paris, 1993. Proceeding. Maarssen: Expoconsult, p. 44-56. 1993.<br />

<strong>DE</strong>MIGNÉ, C.; RÉMÉSY, C. Influence of unrefined potato starch on cecal fermentations ans<br />

volatile fatty acid absorption in rats. Journal of Nutrition, 112, 2227-2234, 1982.<br />

DREHER, M. L. Food industry perspective: functional properties and food uses of dietary<br />

fiber. In: Kritchevsky, D, Bonfield, C, editores. Dietary fiber in health & disease. Minnesota:<br />

Eagan Press; p. 467-74, 1995.<br />

DUTCOSKY, S. D. et al. Combined sensory optimization of a prebiotic cereal product using<br />

multicomponent mixture experiments. Food Chemistry, v. 98, n. 4, p. 630-638, 2006.


DUTRA O.J.E; MARCHINI J.S. Ciências Nutricionais. São Paulo: Ed. Sarvier, 1998.<br />

EL AAL, M. H. Production of guava seed protein isolates: Yield, composition and protein<br />

quality. Die Nahrung. v. 36, n. 1, p. 50-55, 1992.<br />

ESTELLER, M. S. et al. Uso de açúcares em produtos panificados. Ciência e Tecnologia de<br />

Alimentos, Campinas, v.24, n.4, p.602-607, 2004.<br />

FAGUN<strong>DE</strong>S, R. L. M.; COSTA, Y. R. Uso dos alimentos funcionais na alimentação.<br />

Higiene Alimentar, v. 17, n. 108, p.42-48. 2003.<br />

FDA. FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. Center for Food Safety & Applied.<br />

Nutrition. A good labelling guide: appendix C Health Claims. 1998 Disponível em:<br />

http://www.fda.gov/Food/default.htm Acesso em: 12/5/2010.<br />

FERREIRA, W. M. Os componentes da parede celular vegetal na nutrição de não-ruminantes.<br />

In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL <strong>DE</strong> PRODUÇÃO <strong>DE</strong> NÃORUMINANTES, 31., 1994,<br />

Maringá. Anais... Maringa: SBZ, p.85-113, 1994.<br />

FERNA<strong>DE</strong>S, L. R. et al. Efeito da goma guar parcialmente hidrolisada no metabolismo de<br />

lipídeos e na aterogênese de camundongos. Revista de Nutrição, Campinas, v. 19, n. 5, p.<br />

563-571, 2006.<br />

FIETZ, V.R.; SALGADO, J.M. Efeito da pectina e da celulose nos níveis séricos de colesterol<br />

e triglicerídeos em ratos hiperlipidêmicos. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 19, n. 3, p.<br />

318-321, set./dez. 1999.<br />

FIGUEROLA, F. et al. Fibre concentrates from apple pomace and citrus peel as pontential fi<br />

bres sources for food enrichment. Food Chemestry, v. 91, n. 3, p. 395-401, 2005.<br />

FONTANARI, G. G et al. Isolado protéico de semente de goiaba (Psidium guajava):<br />

caracterização de propriedades funcionais. Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Campinas,<br />

27(supl.): 73-79, ago. 2007.<br />

FRIEDMAN, M.; FITCH, T. E.; LEVIN, C. E. et al. Feeding tomatoes to hamster reduces<br />

their plasma low-density-lipoprotein cholesterol and triglycerides. Journal of Food Science,<br />

v. 65, n. 5, p. 897-900, 2000.<br />

FUJITA, A. H.; FIGUEROA, M. O. R. Composição centesimal e teor de β-glucanas e cereais<br />

e derivados. Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 23, n. 2, p. 116-120, maio/ago,<br />

2003.<br />

GARCIA, R. W. D. A culinária subvertida pela ordem terapêutica: um modo de se relacionar<br />

com a comida. In: Simpósio Sul-Brasileiro de Alimentação e Nutrição: história, ciência e arte,<br />

1, 2000, Florianópolis. Anais... Florianópolis: UFSC, Departamento de Nutrição, p. 13- 21.<br />

2000.<br />

GOIABRAS. Associação Brasileira dos Produtores de Goiaba. 2003. Disponível em:<br />

http://www.goiabras.org.br Acesso em: 2/4/2010<br />

111


112<br />

GONGATTI NETTO, A. et al. Goiaba para exportação: procedimentos de colheita e póscolheita.<br />

Brasilia: <strong>EM</strong>BRAPA – SPI, 35p.: il. (Publicacoes Tecnicas FRUPEX; 20) 1996.<br />

GRENET, E.; BESLE, J. M. Microbes and fibre degradation. In: JOUANY, J.P. Rumen<br />

Microbial Metabolism and Ruminant Digestion. P. 107-129. 1991.<br />

GUILLON, F.; CHAMP, M. Structural and physical properties of dietary fibres, and<br />

consequences of processing on human physiology. Food Fes. Int., v. 33, n. 3-4, p. 233-245,<br />

2000.<br />

GUIMARÃES, M. M.; SILVA, M.S. Qualidade nutricional e aceitabilidade de barras de<br />

cereais adicionadas de frutos de murici-passa. Revista do Instituto Adolfo Lutz. V. 68. n. 3.<br />

São Paulo, SP. 2009<br />

HAAS, P.; ANTON, A.; FRANCISCO, A. Câncer de colo retal no Brasil: consumo de grãos<br />

integrais como prevenção. Revista Brasileira de Análises Clínicas, v. 39, n. 3, p. 231-235,<br />

2007.<br />

HASSIMOTTO, N.M.A.; GENOVESE, M.I.; LAJOLO, F.M. Antioxidant activity of dietary<br />

fruits, vegetables, and commercial frozen fruit pulps, Journal of Agricultural and Food<br />

Chemistry, Chicago, v.53, n.8, p.2928-2935, 2005.<br />

HENNINGSSON, S. et al. The value of resource efficiency in food industry: a waste<br />

minimization project in East Anglia, UK. Journal of Cleaner Production, v. 12, n.5, p. 505-<br />

512, 2004.<br />

HENRIQUES, G. S. et al. Avaliação da influência dietética de uma ração à base de mix de<br />

fibras sobre a glicemia e o perfil metabólico de lipídios em ratos wistar. Revista Médio<br />

Residente, v. 10, n 258, p. 58 - 66. abr/jun 2008.<br />

HERNAN<strong>DE</strong>Z, T.; HERNAN<strong>DE</strong>Z, A.; MARTINEZ, C. Concepto, propiedades y metodos de<br />

analisis. Alimentaria, v.4, p.19-30, 1995.<br />

HILLMAN, L. et al. Differing effects of pectin, cellulose and lignin on stool pH, transit time<br />

and weight. Brasilian Journal Nutrition., v. 50, n. 2, p. 189-195, 1983.<br />

IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO <strong>DE</strong> GEOGRAFIA E ESTATISTICA Pesquisa Agricola<br />

Municipal. Rio de Janeiro, 1996. Disponivel em www.sidra.ibge.gov.br - acessado: setembro<br />

de 2010.<br />

IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO <strong>DE</strong> GEOGRAFIA E ESTATISTICA Pesquisa Agricola<br />

Municipal. Disponivel em www.sidra.ibge.gov.br - acessado: 30 de novembro de 2011.<br />

IHA, M.S. et al. Estudo fitoquímico de goiaba (Psidium guajava L.) com potencial<br />

antioxidante para o desenvolvimento de formulação fitocosmética. Brazian Journal<br />

Pharmaceutical. v.18, n.3, p387-93, 2008.;<br />

INNOCENTE, L. R.; LEITE, J. I. A. Alimentos Funcionais e Atividade Física. Revista<br />

Pulsar. Vol. 2, N°2. Jundiaí - SP, 2010.


JERACI, J. L.; VAN SOEST, P. J. Improved methods for analysis and biological<br />

characterization of fiber. Advances in Experimental Medicine and Biology, New York, v.<br />

270, p. 245-263, 1990.<br />

JONES, P. J. H; KUBOW S. Lipídios, esteróis e seus metabólitos. In: Shils ME, Olson JA,<br />

Shike M, Ross AC. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. 9ª ed. São Paulo:<br />

Manole; p. 83-4, 2003.<br />

KAC, G.; VELASQUEZ-MELÉN<strong>DE</strong>Z,G. A Transição Nutricional e a epidemiologia da<br />

Obesidade na América Latina. Caderno Saúde Pública. Rio de janeiro, v.19 (Sup 1): s4-s5.<br />

2003.<br />

KAVATI, R. Cultivares. In: 1º Simpósio Brasileiro sobre a cultura da goiabeira, Jaboticabal.<br />

Anais, FUNEP-GOIABRAS. p.1-16. 1997.<br />

KUMAR, C. M.; RACHAPPAJI, K. S.; NANDINI, C. D.; SAMBAIAH, K.; SALIMATH, P.<br />

V.; Modulatory effect of butyric acid - a product of dietary fiber fermentation in<br />

experimentally induced diabetic rats. Journal of Nutritional Biochemistry, v.13, p.522-527,<br />

2002.<br />

LAJOLO, F.M. E SAURA-CALIXTO, F. Obtención, caracterización, efecto fisiológico y<br />

aplicación em alimentos. Fibra Dietética em Iberoamérica: Tecnología e Salud. Varela<br />

Editora e Livraria Ltda, São Paulo, 469p, 2001.<br />

LARRAURI, J. A. New approaches in the preparation of high dietary fibre powders from fruit<br />

by products. Trends in Food Science e Technology. v.10, Issue 1, p. 3-8, 1999.<br />

LIMA, L. M. O. Estudo do aproveitamento dos bagaços de frutas tropicais, visando a<br />

extração de fibras. (2001) Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do Rio Grande do<br />

Norte. <strong>DE</strong>Q/PPGEQ. Natal, 2001.<br />

LOUSADA, J. E. et al. Consumo e digestibilidade de subprodutos do processamento de frutas<br />

em ovinos. Revista Brasileira de Zootecnia. v.34 n.2 Viçosa mar/abr 2005.<br />

LOUSADA, J. E. et al. Caracterização físico-química de subprodutos obtidos do<br />

processamento de frutas tropicais visando seu aproveitamento na alimentação animal. Revista<br />

Ciência Agronômica, Ceará, v. 37, n. 1, p. 70 -76, 2006.<br />

MANTOVANI, J. R. et al. Uso fertilizante de resíduo da indústria processadora de goiabas.<br />

Revista Brasileira de Fruticultura, v.26, p.339-342. 2004.<br />

MARANCA, G. Fruticultura Comercial: mamão, goiaba, abacaxi. São Paulo, Nobel. 118p.<br />

1993.<br />

MARQUEZ, L.R. A Fibra Terapêutica, 2º edição. Departamento Médico do Laboratório<br />

Mandaus, p. 55-61, 2001.<br />

MARQUEZ, L.R. Propriedades da fibra dietética. 2004 Disponível em:<br />

http://www.veleiro.com/fibrasaude/fibra05.htm Acesso em 4/2010<br />

113


114<br />

MATOS, A. T. Tratamento de Residuos Agroindustriais. Vicosa: Fundacao Estadual do<br />

Meio Ambiente, 2005.<br />

MATTOS, L. L.; MARTINS, I. S. Consumo de fibras alimentares em população adulta.<br />

Revista Saúde Pública, v.34, n.1, p.50-55, 2000.<br />

MATTIUZ, B. H. Processamento mínimo de frutas tropicais: goiaba: Encontro nacional<br />

sobre processamento mínimo de frutas e hortaliças. Viçosa – MG. Palestras, resumos e<br />

oficinas, p.96-99. UFV, 2004<br />

MATUSHESKI, N. V.; JEFFERY, E. H. Comparison of the bioactivity of two glucoraphanin<br />

hydrolysis product found in broccoli, sulforaphane and sulforaphane nitrile. Journal of<br />

Agricultural and Food Chemistry, v.49, n.12, p.5743-9, 2001.<br />

MAYER, E. T. Caracterização bromatológica de grãos de cevada e efeito da fibra na<br />

resposta biológica de ratos. 2007. p.75. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de<br />

Alimentos) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2007.<br />

MEDINA, J.C. Cultura. In: INSTITUTO <strong>DE</strong> TECNOLOGIAS <strong>DE</strong> ALIMENTOS. Goiaba.<br />

2. ed. Campinas: ITAL, p.1-21, 1988.<br />

MITCHELL, V. W; BOUSTAIN, P. Cereal bars: a perceptual, chemical and sensory analysis.<br />

British Food Journal, v. 92, n. 5, p.17-22, 1990.<br />

MOMM, A. N. Efeito do bagaço de maçã sobre a glicemia, lipidemia, peroxidação de<br />

lipídeos e peso corporal em ratos obesos. 2007. 76f. Dissertação (Mestrado em Ciência e<br />

Tecnologia de Alimentos) – Universidade estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2007.<br />

MONTEIRO, F. Diferentes proporções de fibra insolúvel e solúvel de grãos de aveia<br />

sobre a resposta biológica de ratos. Dissertação (mestrado). Universidade Federal de Santa<br />

Maria (<strong>UFSM</strong>). 42p. Santa Maria-RS, 2005.<br />

MUNHOZ, C.L. Efeito das condições de extração sobre o rendimento e características da<br />

pectina obtida de diferentes frações de goiaba CV Pedro Sato. 2008. Dissertação<br />

(Mestrado) – Universidade Federal de Goiás. Escola de Agronomia e Engenharia de<br />

Alimentos. 57p. Goiânia-GO, 2008.<br />

NASCIMENTO, R. Potencial antioxidante de resíduo agroindustrial de goiaba. 2010. 110<br />

f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) Universidade Federal Rural<br />

de Pernanbuco, Recife, PE, 2010<br />

NEIVA J. N. M. et al. Avaliação do valor nutritivo de silagens de capim elefante (Pennisetum<br />

purpureum) com diferentes níveis de subproduto da goiaba In: 39a Reunião Anual da<br />

Sociedade Brasileira de Zootecnia, Recife. Anais, SBZ. 2002. CD ROM.<br />

NETO, L. G.; SOARES, J.M. A cultura a goiaba. Brasília: <strong>EM</strong>BRAPA – SPI, 1995.<br />

NICANOR, A. B. et al. Guava seed protein isolate: Function and nutritional characterization.<br />

Journal Food Biochemestry. v. 25, p. 77-90, 2001.


O’CARROL, P. Boosting cereal bars. World of Ingredients, p.36-38, Mar./Apr., 1999.<br />

OLSON, A.; GREGORY, M.G.; MEI-CHEN, C. Chemistry and analysis of soluble dietary<br />

fiber. Food Techology, p. 71-80, fev. 1987.<br />

O’NEILL, F.H.; MAN<strong>DE</strong>NO, R.; THOMPSON, G.R.; SEED, M. Enhancement of<br />

cholesterol-lowering effect of atorvastatin by stanol ester cereal bars. Atherosclerosis<br />

Supplements, v.2, n.1, p. 110, May 2001.<br />

PE<strong>DE</strong>AG. PLANO ESTRATÉGICO <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA<br />

CAPIXABA. ESTUDO SETORIAL. Novo PE<strong>DE</strong>AG 2007-2025. FRUTICULTURA.<br />

Vitória, ES. Dezembro, 2007. Disponível em www.seag.es.gov.br/pedeag/setores/<br />

fruticultura.pdf. Acesso em 30/11/2011.<br />

PELIZER, L. H; PONTIERI, M. H; MORAES, I. O. Utilizacao de Residuos Agro-Industriais<br />

em Processos Biotecnologicos como perspectiva de reducao do Impacto Ambiental. Journal<br />

of Technology Management & Innovation, v. 2, 2007.<br />

PEREIRA, F.M.; CARVALHO, C.A.; NACHTIGAL, J.C. Seculo XXI: nova cultivar de<br />

goiabeira de dupla finalidade. Revista Brasileira de Fruticultura, Jabuticabal, SP, v.25,<br />

n.3,p.498-500, 2003.<br />

PEREIRA, F.M.; MARTINEZ JUNIOR, H. Goiabas para industrialização. Jaboticabal:<br />

UNESP, 142p, 1986.<br />

PETRUZZIELLO, L.; IACOPINI, F.; BULAJIC, M. Review article: uncomplicated<br />

diverticular disease of the colon. Aliment Pharmacol Ther. v.23, n.10, p.1379-91. 2006<br />

PIEDA<strong>DE</strong>, J.; CANNIATTI-BRAZACA, S.G. Comparação entre o efeito do resíduo do<br />

abacaxizeiro (caules e folhas) e da pectina cítrica de alta metoxilação no nível de colesterol<br />

sanguíneos em ratos. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.23, n.2, p.149-156,<br />

2003.<br />

POURCHET-CAMPOS, M. A. Fibra: A fração que desafia os estudiosos. Revista Alimentos<br />

e Nutrição, São Paulo, v.2, p. 53-63, 1990.<br />

PRASSAD N. B. L.; AZE<strong>EM</strong>ODDIN, G. Characteristics and composition of guava (Psidium<br />

guajava L.) seed and oil. Journal of the American Oil Chemists' Society, v.71, n.4, p.457-<br />

458, 1994.<br />

RAUPP, D. S. et al. Arraste fecal de Nutrientes da Ingestão Produzido por Bagaço de<br />

Mandioca Hidrolizado. Sciencia Agrícola. V 59 n 2 Piracicaba abr/jun. 2002.<br />

RAUPP, D. S.; SGARBIERI, V.C. Efeitos de frações fibrosas extraídas de feijão (Phaseolus<br />

vulgaris, L.) na utilização de macro e micronutrientes da dieta pelo rato. Ciência e<br />

Tecnologia de Alimentos, v.16, p.100-107, 1996<br />

RAUPP, D. S.; SGARBIERI, V. C. Efeito da fibra solúvel de alta viscosidade na ingestão de<br />

alimentos, na excreção fecal e no peso corpóreo, em ratos. Brazilian Archives of Biology<br />

and Technology, v.40, p.863-874, 1997.<br />

115


116<br />

RETORE, M. Caracterização da fibra de co-produtos agroindustriais e sua avaliação<br />

nutricional para coelhos em crescimento. 2009. 69f. Dissertação (Mestrado em Ciência e<br />

Tecnologia de Alimentos) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2009.<br />

SAKATA, T. Stimulatory effect of short-chain fatty acids on epitelial cell proliferation in the<br />

rat intestine: a possible explanation for trophic effects of fermentable fibre, gut microbes and<br />

luminal trophic factors, Brazilian Journal of Nutrition., v. 58, n. 1, p. 95-103, 1987.<br />

SALES, P. J. P. et al. Valor nutritivo do subproduto industrial do tomate (Lycopersicum<br />

esculentum) e da goiaba (Psidium guajava) para a tilápia do Nilo (Oreochromis<br />

niloticus).In.:Anais..., 41º Reunião da Sociedade Brasileira de Zootecnia, Campo Grande-<br />

MS.Brasil. 2004. CD-ROM.<br />

SALGADO, J. M. Pharmacia de Alimentos, 5ª ed, São Paulo: Editora Madras, 2001.<br />

SANTOS, C. X. Caracterização físico-química e análise da composição química da<br />

semente de goiaba oriunda de resíduos agroindustriais. Cristina Xavier dos Santos. –<br />

Itapetinga, BA: UESB, 61p. 2011.<br />

SAURA-CALIXTO, F.; JIMÉNEZ-ESCRIG, A. Compuestos bioactivos asociados a La<br />

fibra dietética. In: LAJOLO, F.M. et al. Fibra dietética em Iberoamerica. Tecnologia y salud:<br />

obtencion, caracterization, efecto fisiológico y aplicación en alimentos. São Paulo: Varela,<br />

2001. Cap.7, p.103-126.<br />

SILVA, D. S. Estabilidade de suco tropical de goiaba (Psidium guajava L.) não-adoçado<br />

obtido pelos processos de enchimento a quente e asséptico. 2007 [Dissertação]. Fortaleza:<br />

Universidade Federal do Ceará; 2007. 98p.<br />

SILVA, J. D. A. Composição química e digestibilidade in situ de semente de goiaba<br />

(Psidium guajava L.). 1999. 34f. Dissertação (Mestrado em Produção Animal) –<br />

Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 1999.<br />

SIRTORI, C. R. et al. Proteins of white lupin seed, a naturally isoflavone-poor legume, reduce<br />

cholesterolemia in rats and increase LDL-receptor activity in hepG2 cells1. Journal of<br />

Nutrition., n. 134, p. 18- 23, 2004.<br />

SOUSA, P. H. M.; SOUZA NETO, M. A.; MAIA, G. A. Componentes funcionais nos<br />

alimentos. Boletim da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos. v.37,<br />

n2, p. 127 – 135. 2003.<br />

SOUZA, M. W. S.; FERREIRA, T. B. O.; VIEIRA, I. F. R. Composição centesimal e<br />

propriedades funcionais tecnológicas da farinha da casca do maracujá. Alimentos e Nutrição.<br />

Araraquara, v.19, n.1, p. 33-36, jan./mar. 2008.<br />

STELLA, R. Fibras para seu intestino. 2004 Disponível em:<br />

http://www1.uol.com.br/cyberdiet/colunas/010921_nut_fibra_intestino.htm Acesso em<br />

3/2010


STEPHEN, A. M.; CUMMINGS, J. H. Water-holding by dietary fibre in vitro and its<br />

relationship to faecal output in man. Gut, v. 20, n. 5, p. 722-729, 1979.<br />

THEBAUDIN, J. Y et al. Dietary fibres: nutritional and technological interest. Trends in<br />

Foods Science &Technology, v. 8, p. 41-48, 1997.<br />

TOMA, R.B.; CURTIS, D.J. Dietary fiber: effect on mineral bioavailability. Food<br />

Technology, v.2, p.111-116, 1986.<br />

TOPPING, D. L. Soluble fiber polysaccharides: effects on plasma cholesterol and colonic<br />

fermentation. Nutrition Reviews. v. 49, p. 195-203, 1991.<br />

TUNGLAND, B.C., MEYER, D. Nondigestible oligo and polysaccharides (dietary fiber):<br />

their physiology and role in human and health food. Comprehensive reviews in food science<br />

and food safety. v.1, p.73-77, 2002.<br />

UCHOA, A. M. A. et al. Parâmetros Físico-Químicos, Teor de Fibra Bruta e Alimentar de<br />

Pós Alimentícios Obtidos de Resíduos de Frutas Tropicais. Segurança Alimentar e<br />

Nutricional, Campinas, 15(2): 58-65, 2008<br />

VAN SOEST, P. J. Nutritional ecology of the ruminant. 2ª ed. Ithaka: Cornell University<br />

Press. 476p. 1994.<br />

VEIGA, P. G. et al. Caracterização química, reológica e aceitação sensorial do queijo petit<br />

suisse brasileiro. Ciência Tecnologia de Alimentos, v. 20, n. 3, 2000.<br />

WARNER, A. C. I. Rate of passage of digesta through the gut of mammals and birds.<br />

Nutricion Abstracts & Reviews. Farnham Royal. V. 51, n. 12, p. 789-975, 1981.<br />

WASCHECK, R. C. et al. Pectina: um carboidrato complexo e suas aplicações. Estudos,<br />

Goiânia, v. 35, n. 3, p. 343-355, maio/jun. 2008.<br />

YOUNES, H. et al. Resistant starch exerts a lowering effect on plasma urea by enhancing<br />

urea N transfer into the large intestine. Nutrition Reserch, v. 15, p. 1199-1210, 1995<br />

ZAMBÃO, J. C.; BELLINTANI NETO, A. M. Cultura da goiaba. 23p. Campinas: CATI,<br />

1998.<br />

ZARAGOZA, M.L.Z.; PÉREZ, R.M.; NAVARRO, Y.T.G. Propiedades funcionales y<br />

metodologia para su evaluación en fibra dietética. In: LAJOLO, F.M. et al. Fibra dietética<br />

en Iberoamérica: tecnologia y salud. São Paulo: Varela, 2001. p.195-209.<br />

117


ANEXOS<br />

ANEXO A - Manual para publicação na Revista Alimentos e Nutrição<br />

SUBMISSÃO <strong>DE</strong> TRABALHO<br />

Os manuscritos deverão ser submetidos de preferência no formato eletrônico da revista no<br />

seguinte endereço: http://serv-bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/alimentos<br />

A submissão eletrônica deve ser realizada na seguinte ordem:<br />

A página de identificação deve ser enviada como arquivo suplementar contendo:<br />

A): 1 - Título completo do artigo em português e inglês. 2. Título Resumido. 3 - Os nomes<br />

dos autores, títulos acadêmicos máximos. 4 - A Instituição a que estão vinculados e<br />

respectivas funções. 5 - O endereço completo do autor correspondente, seus telefones, emails.<br />

6 - Suporte financeiro se houver.<br />

B): O arquivo texto do manuscrito deve incluir o Título do artigo em português e inglês<br />

omitindo a autoria do artigo e da opção Propriedades no Word, informações Institucionais<br />

garantindo desta forma o critério de sigilo da revista, a fim de que fique assegurado o<br />

anonimato no processo de avaliação.<br />

C): As tabelas, figuras e gráficos e outros documentos referentes ao manuscrito também<br />

podem ser submetidos como arquivos suplementar com indicação do local no texto,<br />

respeitando sempre o limite de 2MB por arquivo. Cada manuscrito deve ser acompanhado de<br />

carta de apresentação assinada pelo autor correspondente.<br />

Preparação de artigo original<br />

Os manuscritos devem ser digitados em fonte Times New Roman 12, formato A4<br />

(210x297mm), mantendo margens laterais de 3 cm e espaço duplo em todo o texto. Todas as<br />

páginas devem ser numeradas a partir da página de identificação. O manuscrito deve ser<br />

organizado de acordo com a seguinte ordem: página de identificação, resumo, palavras-chave,<br />

introdução, material e métodos, resultados, discussão, agradecimentos, "abstract", referências,<br />

tabelas e figuras com legendas.<br />

Página de identificação<br />

a) Título do artigo: deve ser conciso, informativo e completo, evitando palavras supérfluas.<br />

Os autores devem apresentar versão para o inglês, quando o idioma do texto for português ou<br />

espanhol e para o português, quando redigido em inglês ou espanhol. Uso de um asterisco<br />

para indicação de apoio financeiro, caso haja (a indicação da Instituição de fomento aparecerá<br />

no rodapé da página).<br />

b) Autores: nome e sobrenome de cada autor por extenso, sendo apenas o sobrenome em<br />

maiúsculo.<br />

c) Afiliação: indicar a afiliação institucional de cada um dos autores.<br />

d) Autor correspondente: indicar o autor para o qual a correspondência deve ser enviada, com<br />

endereço completo, incluindo e-mail, telefone e fax.<br />

e) Título resumido: o título resumido será usado como cabeçalho em todas as páginas<br />

impressas, não deve exceder 40 caracteres.<br />

RESUMO e ABSTRACT<br />

Os artigos deverão vir acompanhados do resumo em português e do abstract em inglês.<br />

Devem apresentar os objetivos do estudo, abordagens metodológicas, resultados e as<br />

conclusões e conter no máximo 250 palavras.<br />

PALAVRAS-CHAVE e KEYWORDS


120<br />

Deve ser apresentada uma lista de 3 a 6 termos indexadores em português e inglês de acordo<br />

com Tesaurus da área, por ex. FSTA, Medline, DeCS-BIR<strong>EM</strong>E Lilacs, etc.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Deve determinar o propósito do estudo e oferecer uma breve revisão da literatura, justificando<br />

a realização do estudo e destacando os avanços alcançados através da pesquisa.<br />

MATERIAL e MÉTODOS<br />

Devem oferecer, de forma breve e clara, informações suficientes para permitir que o estudo<br />

possa ser repetido por outros pesquisadores. Técnicas padronizadas podem ser apenas<br />

referenciadas.<br />

RESULTADOS<br />

Devem oferecer uma descrição clara e concisa dos resultados encontrados, evitando-se<br />

comentários e comparações. Não repetir no texto todos os dados contidos nas figuras e<br />

tabelas.<br />

DISCUSSÃO<br />

Deve explorar o máximo possível os resultados obtidos, relacionado-os com os dados já<br />

registrados na literatura. Somente as citações indispensáveis devem ser incluídas.<br />

AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />

Devem se restringir ao necessário (nome de empresas e/ou pessoas que auxiliaram na<br />

execução do trabalho).<br />

REFERÊNCIAS<br />

Devem ser citadas apenas aquelas essenciais ao conteúdo do artigo. Devem ser ordenadas<br />

alfabeticamente de acordo com a norma NBR 6023 da ABNT.<br />

INFORMAÇÕES ADICIONAIS<br />

Recomenda-se fortemente que o(s) autor(es) busque(m) assessoria lingüística profissional<br />

(revisores e/ou tradutores certificados em língua portuguesa e inglesa) antes de submeter(em)<br />

originais que possam conter incorreções e/ou inadequações morfológicas, sintáticas,<br />

idiomáticas ou de estilo. Devem ainda evitar o uso da primeira pessoa "meu estudo...", ou da<br />

terceira pessoa do plural "percebemos....", pois em texto científico o discurso deve ser<br />

impessoal, sem juízo de valor e na terceira pessoa do singular. Originais identificados com<br />

incorreções e/ou inadequações morfológicas ou sintáticas serão devolvidos antes mesmo de<br />

serem submetidos à avaliação quanto ao mérito do trabalho e à conveniência de sua<br />

publicação.<br />

Referências<br />

Devem ser dispostas em ordem alfabética pelo sobrenome do primeiro autor e numeradas<br />

consecutivamente; seguir a NBR 6023 (agosto 2002) da ABNT. Os autores são responsáveis<br />

pela exatidão das referências .<br />

Livros e outras monografias (até 3 autores colocar todos os nomes separados por “;”,<br />

quando tiver mais que 3 colocar o nome do 1º e usar et al.)<br />

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, A. S. Metodologia científica: para uso dos<br />

estudantes universitários. 2.ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978. 144p.


Capítulos de livros<br />

BENAVI<strong>DE</strong>S, H. et al. An exceptional bloom of Alexandrium catenella in the Beagle<br />

Channel, Argentina. In: LASSUS, P. et al. (Ed.) Harmful marine algal blooms. 2nd ed.<br />

Paris: Lavoisier Intercept, 1995. p.113-119.<br />

Entidades<br />

ASSOCIATION OF ANALYTICAL COMMUNITIES. Official methods of analysis:<br />

method 959.08 paralytic shellfish poison – biological method. Washington, DC, 2000. cap.<br />

49, p.49-51.<br />

Meio eletrônico<br />

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, A. S. Metodologia científica: para uso dos<br />

estudantes universitários. 2.ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978. Disponível em:<br />

http://www.cerbrasil.com.br. Acesso em: 22 ago. 2007.<br />

Dissertações e teses<br />

VEIGA NETO, E. R. Aspectos anatômicos da glândula lacrimal e de sua inervação no<br />

macaco-prego (Cebus apella), (Linnaeus, 1758). 1988. 63f. Dissertação (Mestrado em<br />

Ciências Biológicas) – Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Botucatu,<br />

1988.<br />

Artigos de periódicos<br />

Abreviaturas.<br />

Os títulos de periódicos deverão ser abreviados conforme o Biological Abstracts, Chemical<br />

Abstracts, Index Medicus, Current Contents:<br />

<strong>DE</strong>LGADO, M.C. Potassium in hypertension. Curr. Hypertens. Rep., v.6, p.31-35, 2004.<br />

Trabalho de congresso ou similar (publicado)<br />

TRAINA JÚNIOR, C. GEO: um sistema de gerenciamento de base de dados orientado a<br />

objeto: estado atual de desenvolvimento e implementação. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO <strong>DE</strong><br />

BANCOS <strong>DE</strong> DADOS, 6, 1991, Manaus. Anais... Manaus: Imprensa Universitária da FUA,<br />

1991. p.193-207.<br />

Legislação<br />

BRASIL. Medida provisória nº 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Estabelece multa em<br />

operações de importação, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República<br />

Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 1997. Secção 1, p. 29514.<br />

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução. RDC n.<br />

216, 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre regulamento técnico de boas práticas para<br />

serviços de alimentação. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 16<br />

set. 2004. p. 1-10.<br />

BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Portaria n°368, de 04/09/1997.<br />

Regulamento técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de elaboração<br />

para estabelecimentos elaboradores/industrializadores de alimentos. Diário Oficial [da]<br />

Republica Federativa do Brasil, Brasília, 1997. p.60.<br />

Citação no texto<br />

Utilizar sistema numérico. A citação de um autor no texto (quando necessária) deverá ser pelo<br />

sobrenome e o número da referência sobrescrito. Ex: ...entendido por Silva. 3 No caso de dois<br />

121


122<br />

autores, os sobrenomes devem ser separados por &. Ex: ... entendido por Silva & Rocha. 3<br />

Mais de dois autores, indicar apenas o sobrenome do primeiro seguido de et al. Ex:<br />

...entendido por Silva et al., 3 ou ainda, apenas pelo número de referência sobrescrito. Ex:<br />

...entendido pelos autores. 2,3,4<br />

Notas<br />

Devem ser reduzidas ao mínimo e colocadas no pé de página. As remissões para o rodapé<br />

devem ser feitas por asteriscos, na entrelinha superior.<br />

Anexos e/ou Apêndices<br />

Serão incluídos somente quando imprescindíveis à compreensão do texto.<br />

Ilustrações<br />

Figuras: Fotografias, gráficos, mapas ou ilustrações com as respectivas legendas, devem ser<br />

apresentadas em arquivos separados, numeradas consecutivamente em algarismos arábicos<br />

segundo a ordem que aparecem no texto. Os locais aproximados das figuras deverão ser<br />

indicados no texto. A elaboração dos gráficos, mapas e ilustrações deverá ser feita em preto e<br />

branco ou em tons de cinza. As fotografias deverão ser encaminhadas em preto e branco, em<br />

cópia digitalizada em formato .tif ou .jpg com no mínimo 300dpi.<br />

Tabelas: Devem complementar e não duplicar o texto. Elas devem ser numeradas em<br />

algarismos arábicos. Um título breve e descritivo deve constar no alto de cada tabela. Se<br />

necessário, utilizar notas de rodapé identificadas.<br />

Unidades de medida e símbolos<br />

Devem restringir-se apenas àqueles usados convencionalmente ou sancionados pelo uso.<br />

Unidades não-usuais devem ser claramente definidas no texto. Nomes comerciais de drogas<br />

citados entre parênteses, utilizando-se no texto o nome genérico das mesmas. Fórmulas e<br />

equações escritas em linha, por exemplo, escreva a/b, escreva ex/2<br />

Ética: Os pesquisadores que utilizam em seus trabalhos experimentos com seres humanos, ou<br />

material biológico humano, devem observar as normas vigentes editadas pelos órgãos oficiais.<br />

Os trabalhos que envolvem experimentos que necessitam de avaliação do Comitê de Ética<br />

deverão ser acompanhados de cópia do parecer favorável.<br />

Os manuscritos que não estiverem de acordo com as Instruções aos autores não serão<br />

analisados. Envio dos artigos: Os manuscritos devem ser submetidos online: http://servbib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/alimentos/<br />

Itens de Verificação para Submissão<br />

Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade da<br />

submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não estiverem de<br />

acordo com as normas serão devolvidas aos autores.<br />

1. A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação por outra<br />

revista; caso contrário, justificar em "Comentários ao Editor". / The contribution is original<br />

and unpublished, and not being evaluated for publication by another journal, otherwise<br />

explain in "Comments to the Editor."<br />

2. Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word, (não ultrapassar os 2MB).<br />

A identificação de autoria deste trabalho foi removida do arquivo, da opção Propriedades no<br />

Word e notas de rodapé do trabalho garantindo desta forma o critério de sigilo da revista,<br />

quando submetido para avaliação por pares (ex.: artigos). / The submission file is in Microsoft


Word format (do not exceed 2MB). The identification of authorship of this work was removed<br />

from the file, the Properties option in Word footnotes and the work thus ensuring the<br />

confidentiality of the revised criteria, when subjected to peer review (eg articles).<br />

3. O texto está em espaço duplo; usa uma fonte de 12-pontos; emprega itálico ou negrito ao<br />

invés de sublinhar (exceto em endereços URL); com a página de identificação, figuras e<br />

tabelas em arquivos complementares. / The text is double spaced; uses a 12-point font;<br />

employs italics or bold rather than underlining (except with URL addresses), with the<br />

identification page of figures and tables in supplemental files.<br />

4. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos em Diretrizes para<br />

Autores, na seção Sobre no site da Revista. Os dados e conceitos emitidos nos trabalhos, bem<br />

como a exatidão das referências são de inteira responsabilidades dos autores. Os trabalhos que<br />

não se enquadrarem nas normas da revista serão devolvidos aos autores para adaptações. / The<br />

text adheres to the stylistic and bibliographic requirements outlined in For Authors under<br />

About on the website of the Journal. The data and concepts presented in the work and the<br />

accuracy of the references are the sole responsibility of the authors. Papers that do not meet<br />

the standards of the magazine will be returned to authors for changes.<br />

Declaração de Direito Autoral<br />

Os manuscritos aceitos e publicados são de propriedade da revista Alimentos e Nutrição. Os<br />

originais deverão ser acompanhados de documentos de transferência de direitos autorais<br />

contendo assinatura dos autores. É vedada a submissão integral ou parcial do manuscrito a<br />

qualquer outro periódico. A responsabilidade do conteúdo dos artigos é exclusiva dos autores.<br />

É vedada a tradução para outro idioma sem a autorização escrita do Editor ouvida a Comissão<br />

Editorial.<br />

ENGLISH<br />

Manuscripts accepted and published are the property of the journal Food and Nutrition. The<br />

originals must be accompanied by documentation of copyright transfer containing the<br />

signature of the authors. You may not submit full or partial manuscript to another journal. The<br />

responsibility of the article's content is exclusive of the authors. You may not translating into<br />

another language without the written permission of the Editor after consultation with the<br />

Editorial Board.<br />

123


124<br />

ANEXO B – Manual para publicação na Revista Journal of Agricultural and Food<br />

Chemestry.<br />

IMPORTANT MANUSCRIPT SUBMISSION REQUIR<strong>EM</strong>ENTS<br />

Manuscripts and revised manuscripts must be submitted via the ACS Paragon Plus Web site<br />

(http://paragonplus.acs.org/login). E-mailed submissions and hardcopy submissions will not<br />

be processed. An overview of and complete instructions for the Web submission process are<br />

available at the ACS Paragon Plus Web site.<br />

The Paragon Plus Web site employs state-of-the-art security mechanisms to ensure that all<br />

electronically submitted papers are secure. These same security mechanisms are also utilized<br />

throughout the peer-review process, permitting access only to editors and reviewers who are<br />

assigned to a particular paper.<br />

When submitting, please be aware of the following requirements.<br />

• All manuscripts must be accompanied by a cover letter that includes an explanation of the<br />

manuscript’s significance, including its originality, its contribution to new knowledge in the<br />

field, and its relevance to research in agricultural and food chemistry.<br />

• The system requires authors to supply the names, e-mail addresses and affiliations of at least<br />

four recommended reviewers. The recommended reviewers should not be anyone who is or,<br />

in the previous two years, has been a former adviser/advisee, colleague in the same institution,<br />

research collaborator, and/or coauthor of papers and patents or in any other way has a conflict<br />

of interest.<br />

• The author’s preference for manuscript category is indicated during the submission process.<br />

However, the final decision on the category under which the manuscript will be listed lies<br />

with the Editor.<br />

• The manuscript abstract and text must appear in a single, double-spaced column; lines in the<br />

abstract and text must be numbered consecutively from beginning to end in a separate column<br />

at the left.<br />

• All coauthors listed on the title page of the manuscript must be entered into the Paragon Plus<br />

System at step 2 in the manuscript submission process. Only one corresponding author is<br />

allowed for each manuscript in Paragon Plus. Additional corresponding authors may be<br />

designated on the manuscript title page.<br />

• Authors selecting the Just Accepted manuscript option when submitting should be sure that<br />

the form of author and coauthor names as entered into the Paragon Plus System matches the<br />

form on the manuscript title page.<br />

• References must be numbered in the order in which they appear in the text.<br />

• All of the text (including the title page, abstract, all sections of the body of the paper, figure<br />

captions, scheme or chart titles and footnotes, and references) and tabular material should be<br />

in one file, with the complete text first followed by the tabular material.<br />

• A separate conclusion section is not to be used. Conclusions should be incorporated into the<br />

results and discussion section.<br />

Complete instructions for manuscript preparation and a Journal Publishing Agreement form<br />

are available at the Journal’s Web site. Please conform to these instructions when submitting<br />

manuscripts.<br />

Authors whose manuscripts are published in the Journal will be expected to review<br />

manuscripts submitted by other researchers from time to time.<br />

JOURNAL SCOPE<br />

The Journal of Agricultural and Food Chemistry publishes high-quality, cutting edge<br />

original research representing complete studies and research advances dealing with the


chemistry and biochemistry of agriculture and food. The Journal also encourages papers with<br />

chemistry and/or biochemistry as a major component combined with<br />

biological/sensory/nutritional/toxicological evaluation related to agriculture and/or food. As a<br />

general rule, manuscripts dealing with herbal remedies or those testing specific compounds in<br />

cell-based assays related to disease states (e.g., “anticancer” activity) will no longer be<br />

considered within the scope of the Journal and should be submitted elsewhere. Manuscripts<br />

describing properties of extracts, without detailing the chemical composition of the extracts<br />

responsible for the described properties, will generally not be accepted for review.<br />

The Journal is organized into the following sections:<br />

Analytical Methods<br />

Bioactive Constituents<br />

Biofuels and Bioproducts Chemistry<br />

Chemical Aspects of Biotechnology/Molecular Biology<br />

Chemical Aspects of Food Safety<br />

Chemical Changes Induced by Processing/Storage<br />

Chemical Composition of Foods/Feeds<br />

Crop and Animal Protection Chemistry<br />

Environmental Chemistry<br />

Flavors and Aromas/Chemosensory Perception<br />

Food Chemistry/Biochemistry<br />

Molecular Nutrition<br />

Toxicology in Agriculture and Food<br />

MANUSCRIPT TYPES<br />

Research articles must report original research that is expected to have a definable<br />

impact on the advancement of science and technology, incorporating a significant component<br />

of innovative chemistry. Originality will be documented by novel experimental results,<br />

theoretical treatments, interpretations of data, and absence of prior publications on the<br />

same/similar topics. Fragmentation of work into an incremental series of manuscripts is not<br />

acceptable.<br />

Expedited Handling. There is no separate Rapid Communications, Notes, or Letters<br />

section. However, manuscripts describing results deemed to be highly important and urgent in<br />

a field of research will be considered for expedited processing and review. Only manuscripts<br />

reporting complete research, as opposed to preliminary results, will be considered. A request<br />

for expedited handling, along with justification for the request, must be included in the cover<br />

letter accompanying the manuscript.<br />

Review articles will be considered that summarize information in a field in which the<br />

literature is scattered and/or treat published data or other information so as to provide a new<br />

approach or stimulate further research. Authors considering the preparation of a review should<br />

submit a synopsis to the Editor before submission to establish whether the manuscript will<br />

meet these guidelines.<br />

Perspectives, which explore needs and opportunities in agricultural and food chemistry<br />

in a less technical format than a review article, will be considered. Authors should contact the<br />

Editor to outline the area to be covered before submitting a Perspectives manuscript. For an<br />

example, see J. Agric. Food Chem. 2008, 56, 7587–7592.<br />

Comments related to published papers will be considered from readers if the<br />

correspondence is received within six months of the date of publication of the original paper;<br />

the authors of the original paper will be given the opportunity to reply to such comments<br />

within two months, if they so desire. Both comments and replies should not exceed 1000<br />

words each, including citations, and will be published consecutively in the same issue of the<br />

125


126<br />

Journal after peer review. For examples, see J. Agric. Food Chem. 2007, 55, 7213–7214 and<br />

J. Agric. Food Chem. 2007, 55, 7215–7216.<br />

Symposia or Topical Collections. The Editor will consider publication of a series of<br />

manuscripts reporting or synthesizing original research that are presented in a symposium or<br />

otherwise clustered around a single topic. Prospective organizers should contact the Editor<br />

well in advance to determine whether the subject matter conforms to the Journal’s goals,<br />

criteria, and available space and to obtain specific instructions for submission of the<br />

manuscripts. For an example, see J. Agric. Food Chem. 2008, 56, 5983–6184. Each<br />

manuscript will be subject to the normal peer-review process.<br />

Additions/Corrections. Corresponding authors wishing to submit a correction to a<br />

paper already published in print should submit the item via the Paragon Plus Web site. In your<br />

cover letter, include the manuscript number of the paper to be corrected. In the correction<br />

document, include the full title of the original publication, all author names, the volume and<br />

page numbers of the print publication, the original manuscript number, and a brief description<br />

of the correction(s) needed. If a figure is to be corrected, please include the figure in the<br />

correction document. Please note that the Editor has final approval as to whether an<br />

addition/correction will be published.<br />

ETHICS, CONFLICT OF INTEREST<br />

Authors and coauthors are responsible for the integrity of their manuscripts. The<br />

Editor may impose a two year submission moratorium on authors and coauthors that are<br />

found to be in violation of the ethical guidelines.<br />

Authors and coauthors should familiarize themselves by reading the entire Ethical<br />

Guidelines to Publication of Chemical Research, which is available at the Journal’s Web site.<br />

A statement describing any financial conflicts of interest or lack thereof is published<br />

with each manuscript. During the submission process, the corresponding author must provide<br />

this statement on behalf of all authors of the manuscript. The statement should describe all<br />

potential sources of bias, including affiliations, funding sources, and financial or management<br />

relationships, that may constitute conflicts of interest (please see http://pubs.acs.org/ethics,<br />

ACS Ethical Guidelines). The statement will be published in the final paper. If no conflict of<br />

interest is declared, the following statement will be published in the paper: “The authors<br />

declare no competing financial interest.”<br />

EDITORIAL PEER REVIEW PROCESS<br />

Peer review is used to help ensure the highest possible quality in published<br />

manuscripts. For a discussion of this, see “The Importance of Peer Review” by H. L. Wheeler<br />

and W. B. Wheeler, J. Agric. Food Chem. (Editorial) 2006, 54, 8983–8983. Scientists with<br />

expertise in the subject matter being treated will evaluate the manuscript for validity of the<br />

experimental design and results, originality, significance, and appropriateness to the Journal.<br />

The Editors may exercise their prerogative to decline a manuscript without peer review if that<br />

paper is judged to be outside the scope of the Journal (lacks significant<br />

chemistry/biochemistry), poorly written or formatted, fragmentary and marginally<br />

incremental, or lacking in significance. Manuscripts describing properties of extracts, without<br />

detailing the chemical composition of the extracts responsible for the described properties,<br />

will generally not be accepted for review.<br />

All manuscripts submitted are reviewed and handled by the Editor-in-Chief or<br />

assigned to one of the Associate Editors. The Associate Editor and Editorial Assistant are then<br />

responsible for the assigned manuscripts, including evaluating the content and format of the<br />

paper, selecting reviewers, monitoring the progress of the review process, evaluating the<br />

comments of reviewers and forwarding them to the authors for their response, communicating


ultimate acceptance or rejection to the corresponding author, and carrying out a final check of<br />

accepted manuscripts for appropriate format and style.<br />

Typically, three reviewers are selected per paper on the basis of the subject matter,<br />

available expertise, and the Editor’s knowledge of the field. Potential reviewers for each paper<br />

are identified by various means, including a computerized search of the subject area. Authors<br />

must submit the names and addresses (including e-mail addresses) of at least four potential<br />

reviewers who do not have conflicts of interest with the authors or manuscript content;<br />

however, the Editors are under no obligation to use specific individuals. Reviewers are<br />

normally asked to<br />

provide their assessments within two to three weeks. Anonymous copies of the<br />

reviews and the Editor’s decision regarding the acceptability of the manuscript are sent to the<br />

corresponding author. If the reviewers’ evaluations of the manuscript disagree, or if<br />

reviewer’s and Editor’s comments are not satisfactorily addressed by the authors, the Editor<br />

may reject the manuscript or select additional reviewers. These additional reviews are used by<br />

the Editor to assist in reaching the final decision regarding disposition of the manuscript.<br />

The obligations of the Editors and Reviewers are outlined in the Ethical Guidelines.<br />

Aids for reviewers titled “A Guide to a Review” and “Components of a Manuscript to be<br />

Considered in a Review” are available at the Reviewer Information Web site<br />

(http://pubs.acs.org/4authors).<br />

Just Accepted Manuscripts. Just Accepted manuscripts are peer-reviewed, accepted<br />

manuscripts that are published on the ACS Publications Web site prior to technical editing,<br />

formatting for publication, and author proofing—usually within 30 minutes to 24 hours of<br />

acceptance by the editorial office. During the manuscript submission process, authors can<br />

choose to have their manuscript published online as a Just Accepted manuscript. Authors<br />

choosing this option must ensure that all intellectual property/patent issues are resolved. To<br />

ensure rapid delivery of the accepted manuscript to the Web, authors must adhere carefully to<br />

all requirements in the journal’s Scope, Policy, and Instructions for authors. For further<br />

information, please refer to the Just Accepted FAQ, at http://services.acs.org/pubshelp/<br />

passthru.cgi?action=kb&item=244.<br />

Note that publishing a manuscript as Just Accepted is not a means by which to comply<br />

with the NIH Public Access Mandate.<br />

ASAP Publication. Accepted manuscripts will be published on the “Articles ASAP”<br />

page on the Journal’s Web site as soon as page proofs are corrected and all author concerns<br />

are resolved. Publication on the Web usually occurs within 4 working days of receipt of page<br />

proof corrections, and this can be anywhere from 2 to 6 weeks in advance of the cover date of<br />

the issue. Manuscripts assigned to a special issue often remain published ASAP for several<br />

months. Authors should take this schedule into account when planning intellectual and patent<br />

activities related to a manuscript. The date on which an accepted paper is published on the<br />

Web is recorded on the Web version of the manuscript and on the first page of the PDF<br />

version.<br />

MANUSCRIPT PREPARATION<br />

Manuscript Format. Manuscripts must be prepared using accepted word-processing<br />

software, and all parts must be double-spaced. All pages must be numbered consecutively<br />

starting with the title page and including tables and figures. Lines in the abstract and text<br />

should be numbered consecutively from beginning to end in a separate column at the left. Do<br />

not put line numbers on pages with tables or figures. A standard font, in a size of 12 points or<br />

greater, must be used. The Journal requires authors to stay within a 20 typed page limit, not<br />

including references, tables, and figures.<br />

127


128<br />

Standard American English usage is required. Authors who are not familiar with<br />

standard American English are urged to seek assistance; deficiencies in grammar may be a<br />

serious hindrance during the review process.<br />

The ACS Style Guide (3rd ed., 2006; ISBN 0-8412-3999-1), available from Oxford<br />

University Press, Order Department, 201 Evans Road, Cary, NC 27513, provides a detailed<br />

treatment of the fundamentals of manuscript preparation. Refer to a current issue of the<br />

Journal for general style.<br />

The various sections of the manuscript should be assembled in the following sequence:<br />

Title and authorship (single page)<br />

Abstract and keywords (single page)<br />

Introduction<br />

Materials and Methods<br />

Results /Discussion<br />

Abbreviations Used<br />

Safety<br />

Acknowledgment<br />

Supporting Information description<br />

Literature Cited<br />

Figure captions<br />

Tables<br />

Figures<br />

Graphic for table of contents<br />

TITLE AND AUTHORSHIP<br />

The title, authorship, and institutional affiliations should be included on a single page.<br />

Title. The title should be specific, informative, and concise. Keywords in the title<br />

assist in effective literature retrieval. If a plant is referred to in the title or elsewhere in the text<br />

by its common or trivial name, it should be identified by its scientific name in parentheses<br />

immediately following its first occurrence. This term should also be provided as one of the<br />

keywords. If trade names are mentioned, give generic names in parentheses.<br />

Authorship. Be consistent in authorship designation on the manuscript and on all<br />

correspondence. First name, middle initial, and last name are generally adequate for correct<br />

identification, but omit titles. Give the complete mailing address of all institutions where<br />

work was conducted and identify the affiliation of each author. If the current address of an<br />

author is different, include it in a footnote on the title page. The name of the author to whom<br />

inquiries about the paper should be addressed must be marked with an asterisk; provide the<br />

telephone and fax numbers and e-mail address of this correspondent.<br />

ABSTRACT AND KEYWORDS<br />

Abstract. Authors’ abstracts are used directly for Chemical Abstracts. The abstract<br />

should be a clear, concise (100–150 words), one-paragraph summary, informative rather than<br />

descriptive, giving scope and purpose, experimental approach, significant results, and major<br />

conclusions. Write for literature searchers as well as journal readers.<br />

Keywords. Provide significant keywords to aid the reader in literature retrieval. The<br />

keywords are published immediately before the text, following the abstract.<br />

INTRODUCTION<br />

Discuss relationships of the study to previously published work, but do not reiterate or<br />

attempt to provide a complete literature survey. Use of Chemical Abstracts/Scifinder and<br />

other appropriate databases is encouraged to ensure that important prior publications or


patents are cited and that the manuscript does not duplicate previously published work. The<br />

purpose or reason for the research being reported, and its significance, originality, or<br />

contribution to new knowledge in the field, should be clearly and concisely stated.<br />

Do not include or summarize current findings in this section.<br />

MATERIALS AND METHODS<br />

Apparatus, reagents, and biological materials used in the study should be incorporated<br />

into a general section. List devices of a specialized nature or instruments that may vary in<br />

performance,<br />

such that the model used may affect the quality of the data obtained (e.g.,<br />

spectroscopic resolution).<br />

List and describe preparation of special reagents only. Reagents normally found in the<br />

laboratory and preparations described in standard handbooks or texts should not be listed.<br />

Specify the source, vendor [city and state (or city and country if non-U.S.)], and<br />

availability of special equipment, reagents, kits, etc. Do not include catalog numbers.<br />

Biological materials should be identified by scientific name (genus, species, authority,<br />

and family) and cultivar, if appropriate, together with the site from which the samples were<br />

obtained. Specimens obtained from a natural habitat should be preserved by deposit of<br />

samples in an herbarium for plants or in a culture collection for microorganisms, with a<br />

corresponding collection or strain number listed.<br />

Manuscripts describing studies in which live animals or human subjects are used must<br />

include a statement that such experiments were performed in compliance with the appropriate<br />

laws and institutional guidelines and also name the institutional committee that approved the<br />

experiments. Authors are encouraged to note the approval code or number or give the name of<br />

the approving office or official. (See Reporting Specific Data: Animal or Human Studies.)<br />

Manuscripts reporting data from inhumane treatment of experimental animals will be rejected.<br />

Specific experimental methods should be sufficiently detailed for others to repeat the<br />

experiments unequivocally. Omit details of procedures that are common knowledge to those<br />

in the field. Brief highlights of published procedures may be included, but details must be left<br />

to the Literature Cited, and verbatim repeat of previously published methods, even if done by<br />

the authors, will not be permitted unless a quotation from a published work is included, and<br />

placed in quotation marks, with the reference to the source included at the end of the<br />

quotation. Describe pertinent and critical factors involved in reactions so the method can be<br />

reproduced, but avoid excessive description. For information on the reporting of certain types<br />

of data see Reporting Specific Data.<br />

Describe statistical design and methods in this section.<br />

RESULTS/DISCUSSION<br />

Results and discussion may be presented in separate sections or combined into a single<br />

section, whichever format conveys the results in the most lucid fashion without redundancy.<br />

Be complete but concise in discussing findings, comparing results with previous work and<br />

proposing explanations for the results observed.<br />

All data must be accompanied by appropriate statistical analyses, including complete<br />

information on sampling, replication, and how the statistical method employed was chosen.<br />

Avoid comparisons or contrasts that are not pertinent, and avoid speculation<br />

unsupported by the data obtained.<br />

A separate summary or conclusion section is not to be used; any concluding<br />

statements are to be incorporated under Results and Discussion.<br />

ABBREVIATIONS AND NOMENCLATURE<br />

129


130<br />

Standard abbreviations, without periods, should be used throughout the manuscript.<br />

Refer to The ACS Style Guide for the preferred forms of commonly used<br />

abbreviations. Specialized abbreviations may be used provided they are placed in parentheses<br />

after the word(s) for which they are to substitute at first point of use and are again defined in<br />

this section. Avoid trivial names and “code” abbreviations (e.g., NAR for naringenin) unless<br />

such codes are in common usage (e.g., MTBE for methyl tert-butyl ether).<br />

If trade names are used, define at point of first use. If nomenclature is specialized,<br />

include a “Nomenclature” section at the end of the paper, giving definitions and dimensions<br />

for all terms. Use SI units insofar as possible. Refer to The ACS Style Guide for lists of SI<br />

units and a discussion of their use.<br />

Write all equations and formulas clearly and number equations consecutively. Place<br />

superscripts and subscripts accurately; avoid superscripts that may be confused with<br />

exponents. Identify typed letters and numbers that might be misinterpreted, such as “oh” for<br />

zero or “ell” for one. Chemistry numbering requiring primes should be identified as such (i.e.,<br />

3,3´-dihydroxy-), not by an apostrophe (e.g., 3,3’-dihydroxy- ).<br />

It is the authors’ responsibility to provide correct nomenclature. Structures should be<br />

included for uncommon chemicals, particularly when the systematic or common name is too<br />

complex or unclear to readily denote the structure. Such structures should be included as a<br />

figure or table. All nomenclature must be consistent and unambiguous and should conform<br />

with current American usage. Insofar as possible, authors should use systematic names similar<br />

to those used by Chemical Abstracts Service, the International Union of Pure and Applied<br />

Chemistry, and the International Union of Biochemistry and Molecular Biology. Chemical<br />

Abstracts (CA) nomenclature rules are described in Appendix IV of the Chemical Abstracts<br />

Index Guide. For CA nomenclature advice, consult the Manager of Nomenclature Services,<br />

Chemical Abstracts Service, P.O. Box 3012, Columbus, OH 43210-0012. A name generation<br />

service is available for a fee through CAS Client Services,<br />

2540 Olentangy River Road, P.O. Box 3343, Columbus, OH 43210-0334 [telephone<br />

(614) 447-3870; fax (614) 447-3747; e-mail answers@cas.org]. In addition, the ACS Web site<br />

has links to nomenclature recommendations at http://chemistry.org.<br />

SAFETY<br />

Authors are required to call special attention in their manuscripts to safety<br />

considerations such as explosive tendencies, special precautionary handling procedures, and<br />

toxicity.<br />

ACKNOWLEDGMENT<br />

Include essential credits but hold to an absolute minimum. Omit academic and social<br />

titles. Meeting presentation data and acknowledgment of financial support of the work should<br />

not be included here; give these instead in a note following the Literature Cited. It is the<br />

responsibility of the corresponding author to notify individuals named in the<br />

Acknowledgment.<br />

LITERATURE CITED<br />

Consult The ACS Style Guide and current issues of the Journal for examples of<br />

reference format.<br />

Authors should cite all prior published work directly pertinent to the manuscript.<br />

However, extensive bibliographies that go beyond a direct connection with the manuscript are<br />

discouraged. Prior work can often be covered by citation of a few leading references or of<br />

review articles. As a general guideline, authors should attempt to limit the literature cited to<br />

approximately 50 or fewer citations.


Authors are responsible for the accuracy of their references. References taken from a<br />

review or other secondary source should be checked for accuracy with the primary source.<br />

References should be listed on a separate page and numbered in the order in which<br />

they are cited in the text.<br />

References should be cited in the text by superscript numbers, for example, 1,2–5, etc.<br />

Give complete information, using the last name and initials of the author, patentee, or<br />

equivalent; do not use “Anonymous”.<br />

Follow Chemical Abstracts Service Source Index for abbreviations of journal titles.<br />

Because subscribers to the Web edition of the Journal are now able to click on the<br />

“Chemport” or other tag following each reference to retrieve the corresponding abstract from<br />

various Web resources, reference accuracy is critical.<br />

Typical references follow the styles given below.<br />

For journals:<br />

1. Brown, J.; Jones, M.; Green, D. Article title. J. Agric. Food Chem. 1980, 28, 1–4.<br />

(Use issue number only if each issue of the periodical begins with page 1.)<br />

For books:<br />

2. Smith, L; Caldwell, A. Chapter title. In Book Title, edition no.; Keys, F., Park, G.,<br />

Eds.; Publisher: City, State (or Country if non-U.S.), Year; Vol. no., pp.<br />

For Web pages:<br />

3. Black, A.; White, B. Page title. URL (http://etc.) (most recent access date).<br />

Papers should not depend for their usefulness on unpublished material, and excessive<br />

reference to material “in press” is discouraged. Reference to the authors’ own unpublished<br />

work is permitted if the subject is of secondary importance to the manuscript in question, but<br />

any unpublished results of central importance must be described in sufficient detail within the<br />

manuscript. If pertinent references are “in press” or unpublished for any reason, furnish copies<br />

to enable reviewers to evaluate the manuscript. An electronic copy of these materials should<br />

be uploaded according to the directions for review-only Supporting Information. “In press”<br />

references should include the Digital Object Identifier (DOI) assigned by the potential<br />

publisher.<br />

TABLES AND ARTWORK<br />

The tables and graphics (illustrations) should be inserted in the manuscript file after<br />

the Literature Cited section. Do not upload tables and graphics which are to be published in<br />

the manuscript as Supporting Information files.<br />

Tables and figures should be carefully designed to maximize presentation and<br />

comprehension of the experimental data with superfluous information excluded. Useful<br />

information not directly relevant to the discussion may be included under Supporting<br />

Information.<br />

Tables. Tables may be created using a word processor’s text mode or table format<br />

feature. The table format feature is preferred. Ensure each data entry is in its own table cell. If<br />

the text mode is used, separate columns with a single tab and use a line feed (enter) at the end<br />

of each row.<br />

Tables should be numbered consecutively with Arabic numerals and should be<br />

grouped after the Literature Cited section. Footnotes in tables should be given letter<br />

designations and be cited in the table by italic superscript letters. The sequence of letters<br />

should proceed by row rather than by column. Each table should be provided with a<br />

descriptive heading, which, together with the individual column headings, should make the<br />

table, as nearly as possible, self-explanatory. In setting up tabulations, authors are requested to<br />

131


132<br />

keep in mind the type area of the journal page (17.8 × 25.4 cm), and the column width (8.5<br />

cm), and to make tables conform to the limitations of these dimensions. Arrangements that<br />

leave many columns partially filled or that contain much blank space should be avoided.<br />

Conversely, arrangements that include >20 columns should be broken into two tables if<br />

possible. If significance of values is to be indicated, use a lower case letter, on line, one space<br />

after the value.<br />

Figures and Artwork. Insert the illustrations into the word-processing file following<br />

the Literature Cited. Artwork should be sequentially numbered using Arabic numbers.<br />

Schemes and charts may have titles and footnotes; figures should have captions.<br />

For bar charts, bars with hatching patterns generally reproduce well. Bars that range in<br />

shading from light to dark gray to black can usually be reproduced successfully, although we<br />

do not recommend any more that two shades of gray. A legend needs to be included within<br />

the figure itself rather than the patterns or shades included in the caption.<br />

For manuscripts containing gel patterns, use of a high-resolution digital scanner is<br />

recommended. Only high-quality digital reproductions will allow reviewers to correctly verify<br />

the experimental results. For an example of gel patterns see J. Agric. Food Chem. 2004, 52,<br />

5717–5723, Figures 2 and 3.<br />

Only readable and accurately represented images are acceptable; the Editors reserve<br />

the option to reject images that do not satisfactorily support points made in the manuscript or<br />

that are not of satisfactory quality for publication.<br />

The quality of the illustrations published in the Journal largely depends on the quality<br />

of the originals provided. Figures cannot be modified or enhanced by the journal production<br />

staff. Contrast is important. Each figure or photograph should be properly labeled.<br />

Illustrations must fit a one- or two-column format on the journal page. For efficient<br />

use of journal space, single-column illustrations are preferred.<br />

For best results, submit illustrations in the actual size at which they should appear in<br />

the journal. Illustrations that do not need to be reduced to fit a single or double column will<br />

yield the best quality. Lettering should be no smaller than 4.5 points. (Helvetica or Arial type<br />

works well for lettering.) Lines should be no thinner than 0.5 point. Lettering and lines should<br />

be of uniform density. Avoid the use of very large and very small lettering within the same<br />

figure.<br />

If artwork that must be reduced will be submitted, use larger lettering and thicker lines<br />

so that, when reduced, the artwork meets the above-mentioned parameters.<br />

Avoid using complex textures and shading to achieve a three-dimensional effect. To<br />

show a pattern, choose a simple crosshatch design.<br />

Color illustrations should be submitted only if they are essential for clarity of<br />

communication. Reproduction of color illustrations will be provided at no cost to the author.<br />

Do not submit color prints to be printed in black and white.<br />

Structural Formulas. Structural formulas should be included for all new chemicals and<br />

for existing chemicals for which chemical nomenclature and/or trivial names do not convey<br />

the structure adequately. Structural formulas are valuable in expressing concisely the precise<br />

nature of the compounds under discussion and revealing the essence of the subject to readers<br />

unfamiliar with the topic, without their necessary recourse to reference materials. The use of


chemical names without accompanying structures may cause readers to overlook the<br />

significance of the paper.<br />

Structures should be produced with the use of a drawing program such as ChemDraw.<br />

Structure drawing preferences (preset in the ACS Stylesheet in ChemDraw) are as follows:<br />

Using the ChemDraw ruler or appropriate margin settings, create structure blocks,<br />

schemes, and equations having maximum widths of 11.3 cm (one-column format) or 23.6 cm<br />

(two-column format). Note: if the foregoing preferences are selected as cm values, the<br />

ChemDraw ruler is calibrated in cm. Also note that a standard sheet of paper is only 21.6 cm<br />

wide, so all graphics submitted in two-column format must be prepared and printed in<br />

landscape mode.<br />

Use boldface type for compound numbers but not for atom labels or captions.<br />

Authors using other drawing packages should, as far as possible, modify their<br />

program’s parameters to reflect the above guidelines.<br />

TABLE OF CONTENTS GRAPHICS<br />

Authors of research articles, perspectives, and reviews are required to include a<br />

suitable graphic for publication in the table of contents (TOC) in the Web edition of the<br />

Journal. Submission of this graphic is mandatory. This graphic should capture the reader’s<br />

attention and, in conjunction with the manuscript’s title, give the reader a quick visual<br />

impression of the type of chemistry described. Structures should be constructed as specified<br />

under Structural Formulas above. The TOC graphic may be up to 4.7 in. (12.0 cm) wide and<br />

1.8 in. (4.6 cm) tall. (See detailed instructions at the Paragon Plus Web site.) Text should be<br />

limited to labels for compounds, reaction arrows, and figures. The use of color to enhance the<br />

scientific value is encouraged. The TOC graphic should be inserted on a separate page at the<br />

end of the manuscript file.<br />

SUPPORTING INFORMATION<br />

Extensive tables, graphs, spectra, calculations, and other material beyond a modest<br />

content in the published paper may be included in the Web edition of the Journal. These will<br />

not be part of the published article but can be accessed separately on the Web by readers.<br />

Supporting Information must be submitted at the same time as the manuscript and<br />

uploaded separately to the ACS Paragon Plus environment. A list of acceptable file types is<br />

available on the Web. All Supporting Information files of the same type should be prepared as<br />

a single file (rather than submitting a series of files containing individual images or<br />

133


134<br />

structures). For example, all Supporting Information available as PDF files should be<br />

contained in one PDF file.<br />

The material should be described in a paragraph inserted between the<br />

Acknowledgment and the Literature Cited sections, using the following format: “Supporting<br />

Information Available: Description. This material is available free of charge via the Internet at<br />

http://pubs.acs.org.”<br />

Components of the Supporting Information should be clearly labeled.<br />

DO NOT UPLOAD FIGURES AND TABLES THAT ARE TO BE PUBLISHED IN<br />

THE ARTICLE INTO THE SUPPORTING INFORMATION FILE. Figures and tables that<br />

will appear in the published article are to be inserted in the manuscript directly after the<br />

Literature Cited section.<br />

CURRENTLY ACCEPTABLE WORD-PROCESSING PACKAGES<br />

Refer to the Paragon Plus environment Web site for acceptable software packages.<br />

LaTeX users should follow the guidelines given on the Web.<br />

REVISIONS AND RESUBMISSIONS<br />

For all revisions:<br />

• Clearly identify the manuscript as a revision; reference the manuscript number.<br />

• Include an itemized list of changes, with a response to each comment made by the<br />

Editor and by each reviewer.<br />

• Be aware that the manuscript may be sent for additional review, to the same or<br />

additional reviewers, at the discretion of the Editor.<br />

• Please upload the signed Journal Publishing Agreement or fax it to the assigned<br />

Editor.<br />

For all resubmissions:<br />

• Clearly identify all resubmissions; reference the previous manuscript number.<br />

• Include an itemized list of changes, including a response to each comment made by<br />

the Editor and by each reviewer.<br />

• Please upload the signed Journal Publishing Agreement or fax it to the assigned<br />

Editor.<br />

JOURNAL PUBLISHING AGRE<strong>EM</strong>ENT<br />

A properly completed and signed Journal Publishing Agreement (JPA) must be<br />

submitted for each manuscript. ACS Paragon Plus provides an electronic version of the JPA<br />

that will be available on the My Authoring Activity tab of the Corresponding Author's Home<br />

page once the manuscript has been assigned to an Editor. A PDF version of the Agreement is<br />

also available, but authors are strongly encouraged to use the electronic JPA. If the PDF<br />

version is used, all pages of the signed PDF JPA must be submitted. If the corresponding<br />

author cannot or should not complete either the electronic or PDF version for any reason,<br />

another author should complete and sign the PDF version of the form. Forms and complete<br />

instructions are available at http://pubs.acs.org/page/copyright/journals/index.html. For<br />

questions about the form or about signing the form, contact the ACS Copyright Office at<br />

(202) 872-4368 or -4367.<br />

Note: Authors who are not U.S. Government employees or bona fide agents should<br />

sign Part A of the form only. If ALL of the authors were employees or bona fide agents of the<br />

U.S. Government when the paper was prepared, the work is a work of the U.S. Government<br />

and only Part B, “U.S. Government Employees”, should be signed if BOTH of the following<br />

circumstances apply:


• ALL authors are or were bona fide officers or employees of the U.S. Government<br />

when the paper was prepared.<br />

• The work is a work of the U.S. Government, prepared by an officer/employee of the<br />

U.S. Government as part of official duties.<br />

If the work was prepared under a U.S. Government contract or is coauthored by a non-<br />

U.S. Government employee, the work is not a work of the U.S. Government; DO NOT SIGN<br />

PART B. Sign only Part A of the form. Call the ACS Copyright Office at the above telephone<br />

number for assistance.<br />

PROOFS AND REPRINTS<br />

Proofs. The corresponding author of an accepted manuscript will receive e-mail<br />

notification and complete instructions when page proofs are available for review via a secure<br />

Web site. It is the responsibility of the corresponding author to ascertain that all coauthors<br />

agree with the corrections before the corrections are returned. Corrections should be<br />

designated by galley proof line number. Galley proof corrections should be returned within 48<br />

h of receipt to ensure timely publication of the manuscript. Routine rephrasing of sentences or<br />

additions are not permitted at the page proof stage. Alterations should be restricted to serious<br />

changes in interpretation or corrections of data. Extensive or important changes on page<br />

proofs, including changes to the title or list of authors, are subject to Editorial review.<br />

ACS Policies for E-prints and Reprints. Under the ACS Articles on Request policy,<br />

the Society will provide (free of charge) to all contributing authors a unique URL within the<br />

ACS Web site that they may e-mail to colleagues or post on external Web sites. These authordirected<br />

links are designed to facilitate distribution of an author’s published work to interested<br />

colleagues in lieu of direct distribution of the PDF file by the author. The ACS Articles on<br />

Request policy allows 50 downloads within the first year after Web publication and unlimited<br />

access via the same author-directed links 12 months after Web publication.<br />

The ACS AuthorChoice option establishes a fee-based mechanism for authors or their<br />

research funding agencies to sponsor the open availability of their articles on the Web at the<br />

time of online publication. Under this policy, the ACS as copyright holder will enable<br />

unrestricted Web access to a contributing author’s publication from the Society’s Web site in<br />

exchange for a fixed payment from the sponsoring author. ACS AuthorChoice will also<br />

enable participating authors to post electronic copies of published articles on their own<br />

personal Web sites and institutional repositories for noncommercial scholarly purposes and<br />

allow immediate open access to an article as soon as it is published on the ACS Web site.<br />

When authors are sent the proof of their paper, they will receive a link to a Web site<br />

where they may order author reprints. They may also call Cierant Corporation, (866) 305-<br />

0111, from 9 a.m. to 5 p.m. EST. Reprints will be shipped within two weeks after the issue<br />

publication date. Neither the Editors nor the Washington ACS Office keeps a supply of<br />

reprints; requests for single copies of papers should be addressed to the corresponding author<br />

of the paper concerned.<br />

REPORTING SPECIFIC DATA<br />

Bioactivity. Manuscripts reporting on bioactivity of plant-derived or other extracts<br />

must also include identification and characterization of individual chemicals responsible for<br />

the observed bioactivity.<br />

Gas Chromatographic Methods. For manuscripts in which gas chromatographic<br />

methods are used, see “Reporting of Gas Chromatographic Methods”, by Morton Beroza and<br />

Irwin Hornstein [J. Agric. Food Chem. 1973, 21, 7A (located at the back of the January 1973<br />

135


136<br />

issue or as a link from the Journal’s Author Information page)]. Consult recent issues for<br />

examples of GC, LC, and other instrument parameter descriptions.<br />

Spectroscopic Data. This is a guide only; in certain cases different methods of data<br />

presentation may be more suitable. Authors are encouraged to consult examples of data<br />

presentation published in recent issues of the Journal for appropriate style and format.<br />

Complete infrared, NMR, mass, or other spectra will be published only if novel or necessary<br />

to substantiate points made under the Results or Discussion sections. Such presentations take<br />

up valuable space, and essentially the same information can frequently be put into a much<br />

more compact form by simply listing the position and intensity of the maxima. It is usually<br />

not necessary to list all of the maxima in the spectra to provide an adequate description.<br />

Report the type of instrument used (e.g., in mass spectrometry, whether magnetic, quadrupole,<br />

etc.) and also the type of cell, the solvent (if any), and the state of the sample (whether liquid,<br />

gas, solution, etc.).<br />

Mass Spectra. List the molecular ion and about 10 of the major ions with their<br />

intensities in parentheses, or more preferably use the method outlined by H. S. Hertz, R. A.<br />

Hites, and K. Biemann (Anal. Chem. 1971, 43, 681–691). This method involves dividing the<br />

spectrum into consecutive regions of 14 mass units starting at m/z 6 (i.e., 6–19, 20–33, 34–47,<br />

48–61, etc.). The two most intense ions in each region are then listed. Intensities, relative to<br />

the most intense ion, the intensity of which is taken as 100, are shown in parentheses<br />

immediately following the m/z value; for example: hexanal, mass spectrum found (70 eV, two<br />

most intense ions each 14 mass units above m/z 34): 43 (86), 44 (100), 56 (86), 57 (65), 71<br />

(28), 72 (33), 82 (18), 85 (5), 97 (2), 100 (2). If the molecular ion does not appear in this<br />

presentation, the author should indicate it separately.<br />

Nuclear Magnetic Resonance (1H NMR or 13C NMR) Spectra. The frequency used,<br />

the solvent, and also temperature (if other than ambient) are first specified. The type of unit<br />

used (δ or τ) is then stated, followed by the position of the center of gravity of the sharp line,<br />

broad line, or spin–spin multiplet in these units. This is then followed by information in<br />

parentheses which (1) describes the type of splitting, that is, singlet as s, doublet as d, triplet<br />

as t, quadruplet as qd, multiplet as m; (2) gives the value of the number of protons the area<br />

represents; (3) gives the coupling constant J; and (4) gives the part of the molecule connected<br />

with the particular absorption with the protons involved underlined.<br />

An example would be 1H NMR for ethanol (60 MHz, CCl4): δ 1.22 (t, 3, J = 7 Hz,<br />

CH2CH3), 2.58 (s, 1, OH), 3.70 (qd, 2, J = 7 Hz, OCH2CH3).<br />

Other Spectra. In general, list position and intensity of the maxima. In some cases it<br />

may be desirable to list points of inflection.<br />

A brief explanation should be given for any abbreviations not in common use.<br />

Examples:<br />

• Reporting liquid chromatography (HPLC) and HPLC/MS: “Analysis of Polyphenolic<br />

Antioxidants from the Fruits of Three Pouteria Species by Selected Ion Monitoring Liquid<br />

Chromatography–Mass Spectrometry”, by Jun Ma et al. J. Agric. Food Chem. 2004, 52,<br />

5873–5878.<br />

• Reporting data in detail, including UV shifts and IR spectra: “Characterization of<br />

Vegetable Oils: Detailed Compositional Fingerprints Derived from Electrospray Ionization<br />

Fourier Transform Ion Cyclotron Resonance Mass Spectrometry”, by Zhigang Wu et al. J.<br />

Agric. Food Chem. 2004, 52, 5322–5328.<br />

Novel Compound Characterization. For a discussion of the Journal’s expectations for<br />

compound characterization, please read “Compound Identification: A Journal of Agricultural<br />

and Food Chemistry Perspective” by R. J. Molyneux and P. Schieberle. J. Agric. Food Chem.<br />

2007, 55, 4625–4629 (DOI: 10.1021/jf070242j). It is essential that novel compounds, either


synthetic or isolated from natural sources, be characterized rigorously and unequivocally.<br />

Supporting data normally include physical form, melting point (if solid), UV/IR spectra if<br />

appropriate, 1H and 13C NMR, mass spectrometric data, and optical rotation (when<br />

compounds have chiral centers).<br />

Examples:<br />

• Reporting X-ray data: “Racemic and Enantiopure Synthesis and Physicochemical<br />

Characterization of the Novel Taste Enhancer N-(1-Carboxyethyl)-6-<br />

(hydroxymethyl)pyridinium-3-ol Inner Salt”, by Renaud Villard et al. J. Agric. Food Chem.<br />

2004, 51, 4040–4045.<br />

• Reporting data in detail, including UV shifts: “Novel Flavonol Glycoside, 7-O-Methyl<br />

Mearnsitrin, from Sageretia theezans and Its Antioxidant Effect”, by Shin-Kyo Chung et al. J.<br />

Agric. Food Chem. 2004, 52, 4664–4668.<br />

• Reporting data for previously known compounds: “Phenolic Constituents and<br />

Antioxidant Activity of Wendita calysina Leaves (Burrito), a Folk Paraguayan Tea”, by Anna<br />

Lisa Piccinelli et al. J. Agric. Food Chem. 2004, 52, 5863–5868.<br />

Flavor Constituents. Manuscripts reporting on flavor constituents should conform to<br />

the recommendations made by the International Organization of the Flavor Industry [for<br />

details, see the Editorial in the October 1996 issue of J. Agric. Food Chem. (44, 2941–2941)].<br />

In brief, any identification of a flavoring substance must pass scrutiny of the latest forms of<br />

available analytical techniques. In practice, this means that any particular substance must have<br />

its identity confirmed by at least two methods, for example, comparison of chromatographic<br />

and spectrometric data (which may include GC, MS, IR, and NMR) with those of an authentic<br />

sample. If only one method has been applied (MS data alone or retention index or Kovats<br />

index alone), the identification shall be labeled “tentative”. In addition, authors are<br />

encouraged to include at least semiquantitative data on the concentration of an identified<br />

component in the original source, for example, foodstuff or plant part. Ranges such as


138<br />

or similarities in data sets. Refer to a standard statistics reference such as Statistical Methods,<br />

8th ed.; Snedecor, G. W., Cochran, W. G., Eds.; University Press: Ames, IA, 1989.<br />

Animal or Human Studies. Manuscripts describing studies in which the use of live<br />

animals or human subjects is involved must include under Materials and Methods a statement<br />

that such experiments were performed in compliance with the appropriate laws and<br />

institutional guidelines, and also name the institutional committee that approved the<br />

experiments. For experiments with human subjects, a statement that informed consent was<br />

obtained from each individual must be included and the consent forms made available to the<br />

Journal on request. Reviewers of manuscripts involving animal or human experiments will be<br />

asked to comment specifically on the appropriateness and conformity to regulations of such<br />

experiments. Authors are encouraged to note the approval code or number or give the name of<br />

the approving office of official.<br />

Animal Subjects. The use of animals in a study should be employed only when there<br />

are no alternative methods for investigating the fundamental questions of the study. In such<br />

cases, it is the ethical responsibility of all authors to ensure that the care of animals is of the<br />

highest possible order, that pain and/or distress is minimized, and that the numbers involved<br />

are strictly limited to those essential to fulfill the experimental design. In the United States the<br />

care and use of laboratory animals is regulated by the U.S. Department of Agriculture<br />

(USDA) under the Animal Welfare Act. Links to the regulations and other information are<br />

available at http://www.aphis.usda.gov/animal_welfare/links.shtml. It is recognized that<br />

researchers in other countries may be governed by different laws and regulations. In such<br />

cases, experiments should be designed to conform either to the above USDA regulations or to<br />

the International Guiding<br />

Principles for Biomedical Research Involving Animals (1985), available at<br />

http://www.cioms. ch/publications/guidelines/1985_texts_of_guidelines.htm.<br />

Human Subjects. The use of human subjects in experimental studies requires informed<br />

consent. Such consent requires that the subjects be informed completely not only about the<br />

procedures involved but also about the aims, design, and expected outcomes of the study.<br />

Consent must be obtained not only when subjects are involved directly in the study but also<br />

when samples (tissue, blood, plasma, etc.) are required for in vitro experiments. In the United<br />

States the protection of human research subjects is regulated by the U.S. Department of<br />

Health and Human Services (HHS). Regulations are available at http://www.hhs.gov/ohrp/ .<br />

Laws and regulations governing researchers in other countries must be observed, but<br />

experiments should be designed to conform to the intent of the HHS regulations as far as<br />

possible.<br />

In relation to the subject matter of the Journal, experiments involving taste and food<br />

quality evaluation and consumer acceptance are exempt from the above regulations [CFR<br />

46.101 (b) (6)]. However, it should be noted that this would not exempt studies in which<br />

extracts, isolates, pure compounds, etc., obtained from conventional food sources are<br />

subjected to such evaluation.<br />

The Journal will reject any manuscript for which there is reason to believe that animals<br />

have been subjected to unnecessary pain or distress or when informed consent of human<br />

subjects is absent or incomplete.<br />

Editor Contact Information:<br />

James N. Seiber, Editor<br />

Journal of Agricultural and Food Chemistry<br />

Department of Environmental Toxicology<br />

University of California – U.S.A.<br />

One Shields Avenue; Davis, California 95616<br />

Telephone (530) 754-7005 E-mail jafc@jafc.acs.org


ANEXO C - Manual para publicação na Revista Instituto Adolfo Lutz<br />

INSTRUÇÕES AOS AUTORES<br />

A Revista do Instituto Adolfo Lutz (RIAL), iniciada em 1941, é uma publicação trimestral<br />

com a missão de divulgar resultados de investigações científicas relacionadas às ações de<br />

promoção à saúde, prevenção e controle de agravos e doenças de interesse em saúde pública,<br />

além de incentivar a produção de artigos científicos nas áreas de vigilância epidemiológica e<br />

sanitária e de proporcionar a atualização e aprimoramento de profissionais da área em âmbito<br />

nacional e internacional.<br />

A RIAL é inter e multidisciplinar, arbitrada, aberta a contribuições de autores nacionais e<br />

estrangeiros. Publica prioritariamente pesquisas originais com contribuições relevantes na<br />

área laboratorial em saúde pública, realizadas com rigor científico e que possam ser replicadas<br />

e generalizadas.<br />

Política Editorial<br />

Editada nos formatos impresso e eletrônico, a RIAL tem interesse por trabalhos originais em<br />

todas as áreas laboratoriais em saúde púbica. São também publicadas outras contribuições<br />

inéditas, desde que sobre temas atuais e importantes – revisões de literatura, comunicações<br />

breves e notas científicas – além de resumos de teses e dissertações.<br />

Os manuscritos devem destinar-se exclusivamente à RIAL, não sendo permitida sua<br />

apresentação simultânea a outro periódico. As contribuições podem ser apresentadas em<br />

português ou inglês.<br />

Os manuscritos submetidos são analisados inicialmente pelos editores quanto ao atendimento<br />

aos padrões da RIAL e às normas para o envio dos originais. Aqueles manuscritos<br />

selecionados são encaminhados para avaliação por pares externos de área pertinente, sempre<br />

de instituições distintas àquela da origem do manuscrito, sendo garantido o anonimato e a<br />

confidencialidade durante todo o processo de avaliação. Após receber os pareceres, o Corpo<br />

Editorial, que detém a decisão final sobre a publicação ou não do texto, avalia a aceitação do<br />

texto sem modificações, a recusa ou a devolução ao autor com as sugestões apontadas pelos<br />

relatores.<br />

Os manuscritos submetidos devem atender à política editorial da RIAL e às Instruções aos<br />

Autores, que seguem os Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical<br />

Journals: Writing and Editing for Biomedical Publication (http://www.icmje.org).<br />

139


140<br />

Os critérios éticos da pesquisa devem ser respeitados. Os autores devem explicitar em<br />

MÉTODOS que a pesquisa foi conduzida dentro dos padrões exigidos pela Declaração de<br />

Helsink e aprovada por comissão de ética (CEP) reconhecida pela Comissão Nacional de<br />

Ética em Pesquisa (CONEP) – vinculada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS) – bem como<br />

registro dos estudos de ensaios clínicos em base de dados, conforme recomendação aos<br />

editores da Lilacs e Scielo, disponível em: http://bvsmodelo.bvsalud.org/site/lilacs/<br />

homepage.htm.<br />

O nome da base de dados, sigla e/ou número do ensaio clínico, assim como o número do<br />

processo e o nome da comissão de ética que aprovou o projeto, deverão ser colocados ao final<br />

do RESUMO. Nos casos de ensaios envolvendo animais, estes deverão atender a Lei Federal<br />

9605 contra crimes ambientais, a Lei Federal 6638/76 e a Lei 11.794/08, que normatiza a<br />

utilização de animais em pesquisa científica. Os autores deverão ter em seu poder todos os<br />

documentos referentes a este procedimento, que poderão ser solicitados em qualquer<br />

momento pelos editores.<br />

Os autores serão responsáveis por reconhecer e revelar conflitos financeiros, de interesse<br />

comercial e/ou associativo, relacionados ao material de trabalho ou outros que possam<br />

influenciá-los, apresentando uma declaração sobre a existência ou não de tais conflitos. Os<br />

relatores também devem revelar aos editores qualquer conflito que possa influir ou impedir as<br />

suas avaliações.<br />

Os manuscritos publicados são de propriedade da RIAL. A transferência de direitos autorais<br />

será solicitada após a aprovação do manuscrito para publicação.<br />

Informações Gerais<br />

Os manuscritos submetidos à publicação na RIAL devem ser apresentados de acordo com as<br />

Instruções aos Autores.<br />

São aceitos manuscritos nos idiomas: português e inglês.<br />

O manuscrito deve ser encaminhado em formato eletrônico (e-mail) ou impresso, aos<br />

cuidados do editor-chefe da RIAL, no seguinte endereço:<br />

Revista do Instituto Adolfo Lutz (RIAL)<br />

Núcleo de Acervo<br />

Av. Dr. Arnaldo, 355 - Cerqueira César - São Paulo - SP - Brasil - CEP: 01246-902<br />

Ou por meio eletrônico em rial@saude.sp.gov.br<br />

Pormenores sobre os itens exigidos para apresentação do manuscrito estão descritos a seguir.<br />

1. Categoria de artigos


1.1 Artigos Originais: Incluem estudos relacionados à prevenção e controle de agravos e à<br />

promoção à saúde. Devem ser baseados em novos dados ou perspectivas relevantes para<br />

saúde pública. Cada artigo deve conter objetivos e hipóteses claras, desenho e métodos<br />

utilizados, resultados, discussão e conclusões.<br />

Informações complementares:<br />

■ Devem ter até 20 laudas impressas, excluindo resumos, tabelas, figuras e referências.<br />

■ As tabelas, figuras, gráficos e fotos, limitadas a 05 no conjunto, devem incluir apenas os<br />

dados imprescindíveis. As figuras não devem repetir dados já descritos em tabelas.<br />

■ As referências bibliográficas, limitadas a 40, devem incluir apenas aquelas estritamente<br />

pertinentes e relevantes à problemática abordada. Deve-se evitar a inclusão de número<br />

excessivo de referências numa mesma citação. Citações de documentos não publicados e não<br />

indexados na literatura científica (teses, relatórios e outros) devem ser evitadas.<br />

■ Os resumos em português e em inglês (abstract) devem ter até 200 palavras, com a<br />

indicação de 3 a 6 palavras-chave (key words).<br />

A estrutura dos artigos originais de pesquisa é a convencional: Introdução, Material e<br />

Métodos, Resultados, Discussão e Conclusão, embora outros formatos possam ser aceitos,<br />

mas respeitando a lógica da estrutura de artigos científicos.<br />

2. Apresentação do manuscrito: Os textos devem ser redigidos em processador de texto<br />

Word for Windows 2003 ou compatível, no formato A4, espaço duplo, fonte Times New<br />

Roman, tamanho 12. Devem ser evitados arquivos compactados. A estrutura do manuscrito<br />

deve estar em conformidade com as normas do Sistema Vancouver – Título; Autores e<br />

Instituições; Resumo e Abstract; Introdução; Material e Métodos; Resultados; Discussão;<br />

Conclusão; Agradecimentos; Referências; Tabelas; Figuras e Fotografias.<br />

2.1 Página de Identificação: Deve constar: Título em português e em inglês: O título deve<br />

ser conciso, completo e conter informações. Se o manuscrito for submetido em inglês, deve<br />

ser fornecido um título em português.<br />

Autores: De acordo com o International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), são<br />

considerados autores aqueles que contribuíram substancialmente para a concepção e<br />

planejamento, ou análise e interpretação dos dados; contribuíram significativamente na<br />

elaboração do rascunho ou na revisão crítica do conteúdo e participaram da aprovação da<br />

versão final do mesmo. Somente a aquisição de financiamento, a coleta de dados ou<br />

supervisão geral de grupos de pesquisa não justificam autoria – maiores esclarecimentos sobre<br />

autoria podem ser encontrados na página do ICMJE (http://www.icjme.org). Deve constar o<br />

nome completo, sem abreviações e com último sobrenome em caixa alta (exemplo: Ana<br />

Maria Camargo da SILVA) e o e-mail de todos os autores. O autor responsável para troca de<br />

correspondência deve estar assinalado com asterisco (*) e apresentar também o endereço<br />

completo.<br />

141


142<br />

Afiliação: Deve ser indicada a instituição à qual cada autor está afiliado, na seguinte<br />

ordem de hierarquias institucionais de afiliação: laboratório, setor, seção, serviço,<br />

divisão, departamento, instituto, faculdade e universidade.<br />

Financiamento da pesquisa: Se a pesquisa foi subvencionada, indicar o tipo de auxílio, o<br />

nome da agência financiadora e o respectivo número do processo.<br />

Apresentação prévia: Quando baseado em tese ou dissertação, indicar o nome do autor,<br />

título, ano, nome do programa de pós-graduação e instituição onde foi apresentada.<br />

Quando apresentado em evento científico, indicar o nome do evento, local e ano da<br />

realização.<br />

2.2 Preparo do manuscrito:<br />

Resumo/Abstract: Todos os textos deverão ter resumos em português e inglês,<br />

dimensionados para ter até 200 palavras. Como regra geral, o resumo deve incluir<br />

objetivos do estudo, principais procedimentos metodológicos, principais resultados e<br />

conclusões.<br />

Palavras-chave/key words: Devem ser indicados entre 3 a 6 descritores do conteúdo,<br />

extraídos do vocabulário Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da Bireme (disponível em<br />

http://www.bireme.br) nos idiomas português e inglês. Em inglês, com base no Medical<br />

Subject Headings (MeSH).<br />

Caso não sejam encontrados descritores adequados para a temática do manuscrito, poderão ser<br />

indicados termos não existentes nos conjuntos citados.<br />

Estrutura do texto:<br />

A) Introdução: Deve ser breve, relatando o contexto e a justificativa do estudo, apoiados em<br />

referências pertinentes ao objetivo do manuscrito, sintetizando a importância e destacando as<br />

lacunas do conhecimento abordadas. Não deve incluir dados ou conclusões do estudo em<br />

referência<br />

B) Material e Métodos: Os procedimentos adotados devem ser descritos claramente, bem<br />

como as variáveis analisadas, com a respectiva definição, quando necessária, e a hipótese a<br />

ser testada. Devem ser descritas a população e a amostra, instrumentos de medida, com a<br />

apresentação, se possível, de medidas de validade e conter informações sobre a coleta e<br />

processamento de dados. Deve ser incluída a devida referência para os métodos e técnicas<br />

empregados, inclusive os métodos estatísticos; métodos novos ou substancialmente<br />

modificados devem ser descritos, justificando as razões para seu uso e mencionando suas<br />

limitações. Os critérios éticos da pesquisa devem ser respeitados; os autores devem explicitar<br />

que a pesquisa foi conduzida dentro de padrões éticos e foi aprovada por comitê de ética,<br />

indicando o nome do comitê de ética, número e data do registro.<br />

C) Resultados: Devem ser apresentados em uma sequência lógica, iniciando-se com a<br />

descrição dos dados mais importantes. Tabelas e figuras devem ser restritas àquelas<br />

necessárias para argumentação e a descrição dos dados no texto deve ser restrita aos mais<br />

importantes. Os gráficos devem ser utilizados para destacar os resultados mais relevantes e<br />

resumir relações complexas. Dados em gráficos e tabelas não devem ser duplicados nem<br />

repetidos no texto. Os resultados numéricos devem especificar os métodos estatísticos<br />

utilizados na análise.<br />

D) Discussão: A partir dos dados obtidos e resultados alcançados, os novos e importantes<br />

aspectos observados devem ser interpretados à luz da literatura científica e das teorias


existentes no campo. Argumentos e provas baseadas em comunicação de caráter pessoal ou<br />

divulgadas em documentos restritos não podem servir de apoio às argumentações do autor.<br />

Tanto as limitações do trabalho quanto suas implicações para futuras pesquisas devem ser<br />

esclarecidas. Incluir somente hipóteses e generalizações baseadas nos dados do trabalho. As<br />

conclusões podem finalizar esta parte, retomando o objetivo do trabalho ou serem<br />

apresentadas em item separado.<br />

E) Agradecimentos: Este item é opcional e pode ser utilizado para mencionar os nomes de<br />

pessoas que, embora não preencham os requisitos de autoria, prestaram colaboração ao<br />

trabalho. Será preciso explicitar o motivo do agradecimento, por exemplo, consultoria<br />

científica, revisão crítica do manuscrito, coleta de dados, etc. Deve haver permissão expressa<br />

dos nomeados e o autor responsável deve anexar a Declaração de Responsabilidade pelos<br />

Agradecimentos. Também pode constar desta parte apoio logístico de instituições.<br />

2.3 Citação no texto: A exatidão das referências é de responsabilidade dos autores.<br />

Devem ser indicadas pelo seu número na listagem, na forma de expoente, sem uso de<br />

parênteses, colchetes e similares. Nos casos em que há citação do nome do autor, o<br />

número da referência deve ser colocado a seguir do nome do autor. Trabalhos com dois<br />

autores devem fazer referência aos dois autores ligados por "e". Nos outros casos<br />

apresentar apenas o primeiro autor (seguido de et al, em caso de autoria múltipla).<br />

Exemplos: Nos Estados Unidos e Canadá, a obrigatoriedade da declaração dos nutrientes no<br />

rótulo do alimento é mais antiga e foram desenvolvidos métodos hidrolíticos, como o AOAC<br />

996.061, de extração e determinação da GT por cálculo a partir dos AG obtidos por<br />

cromatografia gasosa com detector de ionização em chama (GC/DIC)2,3.<br />

Segundo Chang et al31 , o aumento do tamanho das partículas resulta numa redução da área<br />

de superfície conferindo uma melhora na retenção e estabilidade das mesmas.<br />

2.4 Referências: Listadas ao final do texto, devem respeitar a quantidade definida para cada<br />

categoria de artigos aceitos pela RIAL. As referências devem ser normalizadas de acordo com<br />

o estilo Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals: Writing<br />

and Editing for Biomedical Publication, numeradas consecutivamente na ordem em que<br />

foram mencionadas a primeira vez no texto.<br />

Os títulos de periódicos devem ser referidos de forma abreviada, de acordo com o Medline,<br />

disponível no endereço http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?db=journals. Para consultar<br />

periódicos nacionais e latino-americanos: http://portal.revistas.bvs.br/<br />

main.php?home=true&lang=pt.<br />

No caso de publicações com até seis autores, citam-se todos; acima de seis, citam-se os seis<br />

primeiros, seguidos da expressão latina "et al". Referências de um mesmo autor devem ser<br />

organizadas em ordem cronológica crescente.<br />

Exemplos:<br />

Artigos de periódicos:<br />

Aued-Pimentel S, Zenebon O. Lipídios totais e ácidos graxos na informação nutricional do<br />

rótulo dos alimentos embalados: aspectos sobre legislação e quantificação. Rev Inst Adolfo<br />

Lutz. 2009;68(2):121-6.<br />

143


144<br />

Weihrauch JL, Posati LP, Anderson BA, Exler J. Lipid conversion factors for calculating fatty<br />

acids contents of foods. J Am Oil Chem Soc. 1977;54:36-40.<br />

Hennington EA. Acolhimento como prática interdisciplinar num programa de extensão. Cad<br />

Saude Coletiva [Internet]. 2005;21(1):256-65. Disponível em:<br />

[http://www.scielo.br/pdf/csp/v21n1/28.pdf].<br />

Livros:<br />

Ringsven MK, Bond D. Gerontology and leadership skills for nurses. 2ª ed. Albany<br />

(NY):Delmar Publishers;1996.<br />

Lopez D, organizador. Estudos epidemiológicos qualitativos. São Paulo: James Martim; 2009.<br />

Institute of Medicine (US). Looking at the future of the Medicaid program. Washington (DC):<br />

The Institute; 1992.<br />

Foley KM, Gelband H, editors. Improving palliative care for cancer. Washington: National<br />

Academy Press 2001[acesso 2003 Jul 13]. Disponível em:<br />

[http://www.nap.edu/catalog.php?record_id=10149].<br />

Capítulos de livro:<br />

Wirdh L. História da Epidemiologia. In: Lopez D, organizador. Estudos epidemiológicos<br />

qualitativos. São Paulo: James Martim; 2009.p.64-76.<br />

Dissertações, teses e monografias:<br />

Santos EP. Estabilidade química da manteiga da terra [dissertação de mestrado]. Bananeiras<br />

(PB): Universidade Federal da Paraíba;1995.<br />

Moreschi ECP. Desenvolvimento e validação de métodos cromatográficos e avaliação da<br />

estabilidade de vitaminas hidrossolúveis em alimentos [tese de doutorado]. São Paulo (SP):<br />

Universidade de São Paulo; 2006.<br />

Trabalhos de congressos, simpósios, encontros, seminários e outros:<br />

Barboza et al. Descentralização das políticas públicas em DST/Aids no Estado de São Paulo.<br />

III Encontro do Programa de Pós-Graduação em Infecções e Saúde Pública; agosto de 2004;<br />

São Paulo: Rev Inst Adolfo Lutz. p. 34 [resumo 32-SC].<br />

Dados eletrônicos:<br />

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP. O que<br />

fazemos/Qualidade da água. [acesso 2008 Set 17]. Disponível em:<br />

[http://www.sabesp.com.br/CalandraWeb/CalandraRedirect/?temp=4&proj=sabesp&pub=T&<br />

db=&doci].<br />

Legislação:


Brasil. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o<br />

Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial [da]<br />

Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF, 10 jan. 2001. Seção 1, nº7-E. p.45-53.<br />

Autoria institucional:<br />

Instituto Adolfo Lutz (São Paulo - Brasil). Métodos físico-químicos para análise de alimentos:<br />

normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. 4ª ed. Brasília (DF): ANVISA; 2005.<br />

Organización Mundial de la Salud – OMS. Como investigar el uso de medicamentos em los<br />

servicios de salud. Indicadores seleccionados del uso de medicamentos. Ginebra; 1993. (DAP.<br />

93.1).<br />

Patente:<br />

Larsen CE, Trip R, Johnson CR, inventors: Novoste Corporation, assignee. Methods for<br />

procedures related to eletrophysiology of the heart. US patent 5,529,067. 1995 Jun 25.<br />

Casos não contemplados nesta instrução devem ser citados conforme indicação do Committee<br />

of Medical Journals Editors (Grupo Vancouver), disponível em: http://www.cmje.org.<br />

Referências a documentos não indexados na literatura científica mundial, em geral de<br />

divulgação circunscrita a uma instituição ou a um evento (teses, relatórios de pesquisa,<br />

comunicações em eventos, dentre outros) e informações extraídas de documentos eletrônicos,<br />

não mantidas permanentemente em sites, se relevantes, devem figurar no rodapé das páginas<br />

do texto onde foram citadas.<br />

2.5 Números de figuras e tabelas: A quantidade de figuras e tabelas de cada manuscrito<br />

deve respeitar a quantidade definida para cada categoria de artigos aceitos pela RIAL. Todos<br />

os elementos gráficos ou tabulares apresentados serão identificados como figura ou tabela, e<br />

numerados seqüencialmente a partir de um, e não como quadros, gráficos, etc.<br />

A) Tabelas: Devem ser apresentadas em arquivos separados, numeradas consecutivamente<br />

com algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no texto. A cada uma deve-se<br />

atribuir um título breve, não se utilizando traços internos horizontais ou verticais. As notas<br />

explicativas devem ser limitadas ao menor número possível e colocadas no rodapé das tabelas<br />

e não no cabeçalho ou título. Se houver tabela extraída de outro trabalho, previamente<br />

publicado, os autores devem solicitar formalmente autorização da revista que a publicou, para<br />

sua reprodução.<br />

B) Figuras: As ilustrações (fotografias, desenhos, gráficos, etc.) devem ser citadas como<br />

Figuras apresentadas em arquivos separados e numeradas consecutivamente com algarismos<br />

arábicos, na ordem em que foram citadas no texto. Devem conter título e legenda<br />

apresentados na parte inferior da figura. Só serão admitidas para publicação figuras<br />

suficientemente claras e com qualidade digital que permitam sua impressão, preferentemente<br />

no formato vetorial. No formato JPEG, a resolução mínima deve ser de 300 dpi. Figuras em<br />

cores serão publicadas quando for necessária à clareza da informação e os custos deverão ser<br />

cobertos pelos autores. Se houver figura extraída de outro trabalho, previamente publicado, os<br />

autores devem solicitar autorização, por escrito, para sua reprodução.<br />

3. Declarações e documentos solicitados: Em conformidade com as diretrizes do<br />

International Committee of Medical Journal Editors, são solicitados alguns documentos e<br />

145


146<br />

declarações do(s) autor(es) para a avaliação de seu manuscrito. Observe a relação dos<br />

documentos abaixo e, nos casos em que se aplique, anexe o documento ao processo. O<br />

momento em que tais documentos serão solicitados é variável:<br />

Documento/declaração<br />

Quem assina Quando anexar<br />

Carta de Apresentação Todos Submissão<br />

Responsabilidade pelos<br />

Agradecimentos<br />

Transferência de Direitos<br />

Autorais<br />

Autor responsável Aprovação<br />

Todos Aprovação<br />

A carta de Apresentação do manuscrito, assinada por todos os autores, deve conter:<br />

■ Um parágrafo declarando a responsabilidade de cada autor: ter contribuído<br />

substancialmente para a concepção e planejamento ou análise e interpretação dos dados; ter<br />

contribuído significativamente na elaboração do rascunho ou na revisão crítica do conteúdo; e<br />

ter participado da aprovação da versão final do manuscrito. Para maiores informações sobre<br />

critérios de autoria, consulte a página do ICMJE (http://www.icjme.org).<br />

■ Um parágrafo contendo a declaração de potenciais conflitos de interesses dos autores.<br />

■ Um parágrafo contendo a declaração que o trabalho não foi publicado, parcial ou<br />

integralmente, em outro periódico. Todos os autores devem ler, assinar e enviar documento<br />

transferindo os direitos autorais. O artigo só será liberado para publicação quando esse<br />

documento estiver de posse da RIAL .<br />

4. Verificação dos itens exigidos na submissão:<br />

1. Nome e instituição de afiliação de cada autor, incluindo e-mail e telefone.<br />

2. Título do manuscrito, em português e inglês.<br />

3. Texto apresentado em letras Times New Roman, corpo 12, em formato Word ou similar<br />

(doc, txt, rtf).<br />

4. Resumos em dois idiomas, um deles obrigatoriamente em inglês.<br />

5. Carta de Apresentação assinada por todos os autores.<br />

6. Nome da agência financiadora e número(s) do processo(s).<br />

7. No caso de artigo baseado em tese/dissertação, indicar o nome da instituição/Programa,<br />

grau e o ano de defesa.<br />

8. Referências normalizadas segundo estilo Vancouver, ordenadas pela citação no texto e<br />

numeradas, e se todas estão citadas no texto.<br />

9. Tabelas numeradas sequencialmente, com título e notas, e no máximo com 12 colunas.<br />

10. Figura no formato vetorial ou em pdf, ou tif, ou jpeg ou bmp, com resolução mínima 300<br />

dpi.<br />

5. Revisão da redação científica: Para ser publicado, o manuscrito aprovado é submetido à<br />

revisão da redação científica, gramatical e de estilo. A RIAL se reserva o direito de introduzir<br />

alterações nos originais, visando a manutenção da homogeneidade e qualidade da publicação,<br />

respeitando, porém, o estilo e as opiniões dos autores. Inclusive a versão em inglês do artigo<br />

terá esta etapa de revisão.<br />

6. Provas: Após sua aprovação pelos editores, o manuscrito será revisado quanto à redação<br />

científica. O autor responsável pela correspondência receberá as provas gráficas para revisão<br />

por correio eletrônico em formato pdf (portable document format). O prazo máximo para a


evisão da prova é de dois dias. É importante cumprir os prazos de revisão para garantir a<br />

publicação no fascículo programado. Atrasos nesta fase poderão resultar em remanejamento<br />

do artigo para fascículos subsequentes.<br />

7. Publicação e distribuição: Os artigos serão publicados em ordem cronológica de<br />

aprovação. As datas de recebimento e de aprovação do artigo constarão obrigatoriamente no<br />

mesmo.<br />

É permitida a reprodução, no todo ou em parte, de artigos publicados na RIAL, desde que<br />

sejam indicados a origem e o nome do autor, de conformidade com a legislação sobre os<br />

direitos autorais. A Revista do Instituto Adolfo Lutz é distribuída gratuitamente a entidades<br />

governamentais, culturais ou em permuta de periódicos nacionais ou estrangeiros.<br />

147


APÊNDICES<br />

APÊNDICE A – Ficha de avaliação sensorial de aceitação por escala hedônica.<br />

Avaliação de Aceitação<br />

Nome: Amostra:<br />

Data:<br />

Você está recebendo uma amostra codificada. Deguste e marque a resposta que melhor reflita seu julgamento sobre<br />

cada característica do produto.<br />

Obs: A aceitação global corresponde a quanto você gostou os desgostou da amostra de um modo geral.<br />

Característica Desgostei<br />

muitíssimo<br />

Desgostei<br />

muito<br />

Desgostei<br />

moderadamente<br />

Indiferente Gostei<br />

moderadamente<br />

Gostei<br />

muito<br />

Gostei<br />

muitíssimo<br />

Cor ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )<br />

Aroma ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )<br />

Sabor ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )<br />

Textura ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )<br />

Aceitação<br />

Global<br />

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )


150<br />

APÊNDICE B ‒ Ficha de avaliação sensorial de ordenação.<br />

Nome: Data:<br />

Você está recebendo 3 amostras codificadas de barra de cereal. Por favor,<br />

avalie as amostras e coloque-as em ordem crescente de preferência.<br />

_________ __________ __________<br />

- preferida + preferida<br />

Comentários:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!