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discursos

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- 22-<br />

o SR. ZAOA.RIAS: - Se os votantes prestam para a.lguma cousa, sendo<br />

devidamente classificados, prestam para eleger o deputa:do ou o senador<br />

e não sómente para eleger o eleitor.<br />

O SR. BARROS BARRETO: - Teremos o· facto da Guaratiba na administração<br />

nacional.<br />

O SR. ZAOARIAS : - Entende que o nobre senador não deve referir-se<br />

á eleição de Guaratiba, porque é historia de uma administração a que<br />

S. Elr. pertenclill.<br />

O SR. BARROS BARRETO: - Eu não.<br />

O Sllr. ZA.OA.RIAS: - Occorreu esse facto durante a administração que<br />

acabou ha pouco, a de 7 de Março, que o nobre senador pelo menos<br />

sinceramente apoiava. E' verdade que o ex-ministro do Imperio já<br />

alludiu na camara ao facto da Guaratiba, como'o nobre ex-ministro da<br />

guElrra levantou-se em uma das ultimas sessões. e pediu ao nobre ministro<br />

da fazenda que cuidasse no Banco do Brasil, o qual recebe do<br />

governo muitos favores e'não os paga. Não ha excl!ntricidade maior do<br />

que o Sr. João Alfredo faUar de Guaratiba e o nobre ex-ministro da<br />

guerra faUar dos favores feitos ao Banco do Brasil, favores feitos com<br />

prodigalidade pelo ex-ministro da fazenda e combatidos pela opposição<br />

do senado. Foi esta uma censura grave, de que o orador se occupará<br />

opportunamente, feita pelo nobre ex-ministro da guerra ao ex-ministro<br />

da fazenda: acabou-se já o coUeguismo e S. Ex. deu-lhe alfinetadas.<br />

Mas disse hontem o honrado ex-ministro da guerra, que a opposição<br />

tem a eleição directa como uma panacéa. Quem o disse? Onde o nobre<br />

senador achou isso? E quando em apartes foi chamado á lealdade de<br />

argumentação, respondeu S. Ex. : « Se eu estou alterando, melhor para<br />

a resposta. )'<br />

Mas não é assim. Em todo o caso á necessario que haja lealdade na<br />

exposição dos factos, dos argumentos, porque de outra maneu'a o debate<br />

azeda-se e não se podem evitar os apartes. E' muito natural que o enador,<br />

a quem se empresta uma proposição inteiramente diversa da que<br />

enunciou, não se cale quando está ouvindo sobre essa proposição falsa<br />

instituir-se uma argumentação.<br />

Portanto, estava o orader no seu direito hontem, como hoje está, de<br />

perguntar: « Quem é que disse que a eleição directa é uma panacéa ? »<br />

O SR.. NUNES GONÇALVES: -Todos teem protestado contra isto.<br />

O SR. ZA.OARllS: - Não é uma panacéa ; cura um mal. O mal é o<br />

rebaL"'{amento do povo, é a aniquilação do espirito publico, é a indifferença<br />

do paiz pelos seus negocios (Apoiados). A reforma eleitoral directa<br />

tende a estimular, o espirito publico, a fazeI-o apparecer, prjlcisamente

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