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Universidade Estadual Paulista UNESP Instituto de Artes UMA ...

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Uma História Íntima do Desenho<br />

isomórfica no <strong>de</strong>senho infantil - uma representação ou tentativa <strong>de</strong> imitação -, mas<br />

sim uma re-significação dos objetos. Nessa linha, dizem que os mo<strong>de</strong>los a serem<br />

seguidos são essenciais para a realização <strong>de</strong> signos visuais nas crianças.<br />

Os autores apresentam, a seguir, sua visão sobre o processo <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a<br />

<strong>de</strong>senhar da mente humana, buscando um paralelo com a programação <strong>de</strong> um<br />

computador. Respaldam sua teoria no livro “Behavior, The Control of Mind” <strong>de</strong><br />

William Powers, trazendo a pesquisa <strong>de</strong> Powers, que nada se refere a <strong>de</strong>senho, ao<br />

tema em si. Em resumo, os autores afirmam que a mente age como programadora<br />

do cérebro, sendo a fonte <strong>de</strong> sinais que sinalizam como as formas dos objetos<br />

<strong>de</strong>vam parecer. Sobre o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhar, explicam que “à medida que um<br />

instrumento seguro pela mão começa a marcar uma superfície, o receptor sensorial<br />

vivencia um fluxo <strong>de</strong> energia ou intensida<strong>de</strong> assim como uma sensação ou a<br />

qualida<strong>de</strong> da intensida<strong>de</strong>. A configuração (do objeto a ser <strong>de</strong>senhado) é lembrada e<br />

as transições são feitas, conduzindo a seqüências <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namentos para<br />

<strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> subconfigurações, até que sejam percebidas relações ou<br />

regularida<strong>de</strong>s entre os elementos do <strong>de</strong>senho” (1999, p.63).<br />

Os pesquisadores chamam esses processos <strong>de</strong> “programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho”.<br />

Esse novo conceito é a base <strong>de</strong> suas formulações a respeito do processo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senhar, algo que acabou por se confirmar em entrevistas feitas com 147 alunos<br />

<strong>de</strong> 1° e 2° graus, primeiro sobre <strong>de</strong>senhos antigos e <strong>de</strong>pois sendo acompanhados<br />

em ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho realizadas para as investigações. Dessas entrevistas, os<br />

autores dividiram suas impressões em quatro gran<strong>de</strong>s observações a respeito do<br />

processo do aprendizado do <strong>de</strong>senho.<br />

A primeira foi a respeito da origem dos <strong>de</strong>senhos. Revelou-se – por<br />

intermédio dos entrevistados - a “fonte gráfica previamente existente” <strong>de</strong> cada um<br />

<strong>de</strong>les. Além do fato <strong>de</strong> constatarem a influência mínima das chamadas Belas <strong>Artes</strong><br />

na produção dos <strong>de</strong>senhos, também verificaram como constantemente as crianças –<br />

irmãos, amigos, colegas - apren<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>senhar com outras, a partir da observação<br />

dos <strong>de</strong>senhos alheios. Afirmam ainda nessa parte que “configurações gráficas são<br />

imobilizadas no tempo e no espaço”, e por essa razão, elas garantem uma<br />

“rememoração mais fácil da percepção <strong>de</strong> configurações gráficas do que aquela<br />

possibilitada pela observação <strong>de</strong> objetos reais” (1999, p.66).<br />

A segunda observação dos autores, <strong>de</strong> acordo com sua teoria dos<br />

“programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho”, foi que “a representação <strong>de</strong> objetos específicos é feita por<br />

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