Universidade Estadual Paulista UNESP Instituto de Artes UMA ...
Universidade Estadual Paulista UNESP Instituto de Artes UMA ...
Universidade Estadual Paulista UNESP Instituto de Artes UMA ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Uma História Íntima do Desenho<br />
possuía o mesmo repertório <strong>de</strong> memórias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> corpos e rostos como o <strong>de</strong><br />
paisagens.<br />
Ostrower (2009) supõe que os processos <strong>de</strong> memória “se baseiam na<br />
ativação <strong>de</strong> certos contextos e não em fatos isolados” (2009, p.19). O chamado<br />
<strong>de</strong>senho <strong>de</strong> memória não é jamais o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> alguma experiência que possamos<br />
ter tido sem o contato com o <strong>de</strong>senho. Ao contrário, o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> memória é a<br />
memória <strong>de</strong> nossa própria experiência <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho.<br />
Por essa razão, eu penso que o “<strong>de</strong>senho <strong>de</strong> memória” seria mais<br />
a<strong>de</strong>quadamente chamado <strong>de</strong> “memória <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho”. Essa mesma questão<br />
provavelmente se aplicaria a outras linguagens das artes, mas vejo no <strong>de</strong>senho uma<br />
condição básica, verificável nos estilos e características pessoais presentes na<br />
expressão individual dos corpos, como na caligrafia, na voz e na dança.<br />
53