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Universidade Estadual Paulista UNESP Instituto de Artes UMA ...

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Uma História Íntima do Desenho<br />

pessoal dos artistas. Evi<strong>de</strong>ntemente, algumas questões - levantadas nas entrevistas<br />

e que busquei por fim problematizá-las - não seguirão rigorosamente o tema<br />

nomeado em cada capítulo por terem vindo em meio à conversa com os<br />

entrevistados e por conterem em si outras questões inerentes ao assunto <strong>de</strong>sta<br />

pesquisa. Entre essas estarão temas como: as questões particulares do aprendizado<br />

pessoal dos entrevistados; a relação entre <strong>de</strong>senho, memória e corpo; o processo<br />

<strong>de</strong> construção <strong>de</strong> poéticas pessoais; o <strong>de</strong>senho na infância dos <strong>de</strong>senhistas e; a<br />

relação entre <strong>de</strong>senho e pensamento.<br />

III. Do processo <strong>de</strong> pesquisa<br />

Em um primeiro momento, pensei em conversar indistintamente com<br />

pessoas que me relatassem sua experiência com o <strong>de</strong>senho, ainda que tivessem,<br />

por ventura, cessado seu processo no <strong>de</strong>senho ainda na fase escolar. Mas a<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se traçar um plano <strong>de</strong> entrevistas com um número alto <strong>de</strong> pessoas<br />

sem o tempo necessário para sua análise me <strong>de</strong>sviou <strong>de</strong>ssa idéia.<br />

Aos poucos fui <strong>de</strong>finindo que as entrevistas seriam realizadas com pessoas<br />

ligadas intensamente à prática do <strong>de</strong>senho. A intenção <strong>de</strong> analisar o discurso <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<br />

<strong>de</strong>senhistas foi focar a reflexão sobre pessoas que, exatamente por não seguirem a<br />

trajetória comum – <strong>de</strong> cessar seu processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho em certo momento da<br />

infância – po<strong>de</strong>m servir <strong>de</strong> referência para a compreensão dos processos <strong>de</strong><br />

aquisição <strong>de</strong>ssa linguagem; à margem das estatísticas que po<strong>de</strong>riam vir a<br />

estabelecer como regra o caminho oposto ao <strong>de</strong>ssas pessoas, busquei observar os<br />

sujeitos – como autores <strong>de</strong> si mesmos - e as suas subjetivida<strong>de</strong>s como a base <strong>de</strong>sta<br />

pesquisa.<br />

Ao <strong>de</strong>finir meu método com base nas entrevistas, precisei <strong>de</strong>finir também um<br />

critério para a escolha dos entrevistados, sendo que um recorte seria inevitável e, no<br />

entanto, seria interessante que agregasse pessoas que pu<strong>de</strong>ssem me ajudar a<br />

verificar minhas hipóteses a respeito do processo <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>senhar.<br />

De início, cogitei a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conversar com arquitetos e até<br />

engenheiros para discutir o <strong>de</strong>senho em suas áreas, mas logo percebi que, dado o<br />

caráter pragmático do <strong>de</strong>senho em tais campos <strong>de</strong> trabalho, seria mais difícil abarcar<br />

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