13.07.2013 Views

Universidade Estadual Paulista UNESP Instituto de Artes UMA ...

Universidade Estadual Paulista UNESP Instituto de Artes UMA ...

Universidade Estadual Paulista UNESP Instituto de Artes UMA ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Uma História Íntima do Desenho<br />

e os momentos <strong>de</strong> reflexão e apreciação estética servem <strong>de</strong> motivos para as<br />

ativida<strong>de</strong>s em questão. Para tratar <strong>de</strong>las, penso ser necessária uma primeira<br />

reflexão sobre essa questão que se revelou – até <strong>de</strong> forma surpreen<strong>de</strong>nte para mim<br />

– uma questão bastante <strong>de</strong>licada e merecedora <strong>de</strong> enorme atenção conceitual.<br />

Como já citado na introdução – em O tempo e o lugar <strong>de</strong>sta pesquisa – a reação<br />

mo<strong>de</strong>rnista com relação à forma do ensino <strong>de</strong> artes no Brasil pós Missão Francesa<br />

levou a uma resistência e, a meu ver, até mesmo um preconceito contra a palavra<br />

técnica.<br />

Em <strong>de</strong>senho, como em outras áreas da educação, o ensino <strong>de</strong> questões<br />

técnica ou <strong>de</strong> conceitos científicos – para usar a expressão <strong>de</strong> Vigotski - exige<br />

cuidados com a didática, quer dizer, um princípio que pressupõe uma série <strong>de</strong> ações<br />

facilitadoras do aprendizado, e por parte do professor, método - domínio da técnica<br />

em si e conhecimento sobre os alunos. Didática é o campo da educação que lida<br />

com algo como a “técnica do ensino” – que a própria expressão grega techné<br />

didaktiké que dá origem à palavra didática já sugere: arte ou técnica <strong>de</strong> ensinar.<br />

Isto não significa, <strong>de</strong> forma alguma, que o método possa ser explicado como<br />

se fosse uma espécie <strong>de</strong> fórmula <strong>de</strong> ensino, sendo que cada grupo e cada aluno<br />

apresentam processos específicos <strong>de</strong> interação e aprendizado e isto <strong>de</strong>ve ser<br />

levado em conta a cada momento <strong>de</strong> atuação pedagógica. Isto segue <strong>de</strong> acordo<br />

com a atual perspectiva fundamental da didática, que assume a multifuncionalida<strong>de</strong><br />

do processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, englobando à dimensão técnica, a humana e<br />

a política, no sentido da ampliação do sentido da palavra didática.<br />

As turmas <strong>de</strong> meus cursos livres tinham em média <strong>de</strong> 5 a 15 alunos, e sendo<br />

o curso <strong>de</strong> brevíssima duração e tendo a maior parte <strong>de</strong> seus participantes com<br />

pouca vivência artística, optei cada vez mais por focar o curso na apresentação <strong>de</strong><br />

diferentes técnicas do <strong>de</strong>senho. Percebi, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início que precisaria <strong>de</strong> uma<br />

constante reflexão pedagógica a cada grupo, a cada aula e com cada aluno, sendo<br />

que as turmas eram sempre heterogêneas, e cada aluno vinha com expectativas<br />

específicas e diferentes níveis <strong>de</strong> experiência no tema.<br />

No livro Arte/Educação Contemporânea – Consonâncias Internacionais,<br />

organizado por Ana mãe Barbosa (2005), há um artigo produzido por dois<br />

professores doutores em arte da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> do Texas, Maurice J. Sevigny e<br />

Marguerite Fairchild (2005, p.388)), chamado <strong>de</strong> Aprendizado Visual: uma análise<br />

sócio-linguistica sobre acrítica <strong>de</strong> arte no ensino <strong>de</strong> artistas em que analisam o<br />

166

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!