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Universidade Estadual Paulista UNESP Instituto de Artes UMA ...

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Uma História Íntima do Desenho<br />

mais facilida<strong>de</strong>. Pois essas áreas são admitidas pelo senso comum como áreas <strong>de</strong><br />

conhecimento, e não como dons inatos que, como sujeitos normais, não possuem.<br />

Esta pesquisa buscará indícios para a compreensão da forma com que se dá<br />

o aprendizado <strong>de</strong>ssa linguagem. Essa escolha implica também uma mudança <strong>de</strong><br />

conceitos acerca da pesquisa do <strong>de</strong>senho em si. Ao tratarmos do <strong>de</strong>senho infantil,<br />

faz-se um estudo sobre as diferentes fases <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da criança e, <strong>de</strong>ssa<br />

maneira, trata-se o <strong>de</strong>senho como meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo na formação<br />

geral do sujeito. Ao tratarmos o <strong>de</strong>senho em si, temos uma análise da linguagem e<br />

da história <strong>de</strong>ssa linguagem. Não obstante, ao tratarmos da experiência e da<br />

educação <strong>de</strong> adultos e tomarmos como ponto <strong>de</strong> partida para a discussão a<br />

experiência <strong>de</strong> aprendizado <strong>de</strong> profissionais da área – como é o caso <strong>de</strong>ste trabalho<br />

-, lidamos com o <strong>de</strong>senho não somente como meio para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

individual, mas, sobretudo como uma linguagem particular e um campo <strong>de</strong><br />

conhecimento. Essa última recebe pouca ou nenhuma atenção da maior parte das<br />

escolas <strong>de</strong> ensino médio e, muitas vezes, acaba por ser <strong>de</strong>sprezada em sua<br />

pedagogia até mesmo por faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> arte e <strong>de</strong>sign.<br />

Ainda por outro lado, ao lidarmos com experiências <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> uma série<br />

<strong>de</strong> artistas, não se po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> lado a questão do quão in<strong>de</strong>cifrável é o<br />

processo pelo qual somente algumas pessoas seguem o caminho da arte; observo<br />

que a maior parte dos sujeitos sequer se aplica a <strong>de</strong>senvolver a linguagem do<br />

<strong>de</strong>senho. Dentre os <strong>de</strong>senhistas, muitos aceitam a idéia <strong>de</strong> possuírem um dom,<br />

conceito presente em seu discurso <strong>de</strong> maneira explícita ou implícita, mas constante.<br />

Contudo, daqueles com quem conversei ao longo <strong>de</strong>sta pesquisa, os que não se<br />

assumiram <strong>de</strong>ssa forma trouxeram elementos mais esclarecedores para a questão<br />

do aprendizado sobre a qual este texto versa.<br />

Este texto divi<strong>de</strong>-se essencialmente em cinco partes – excluindo-se<br />

introdução e as notas finais. As primeiras quatro trazem entrevistas realizadas com<br />

nove <strong>de</strong>senhistas em diferentes níveis e áreas <strong>de</strong> profissionalização, e a busca <strong>de</strong><br />

uma reflexão sobre questões que ali me parecerem subjacentes. Em cada entrevista<br />

busquei, em um primeiro momento, enten<strong>de</strong>r como se <strong>de</strong>u o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

técnica e, em um segundo, como se compôs o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> cada um, fenômeno<br />

expresso por estilos e processos <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> linguagens pessoais. Por meio<br />

<strong>de</strong> discursos muito particulares, busquei pesquisar a partir da noção que cada um<br />

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