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Universidade Estadual Paulista UNESP Instituto de Artes UMA ...

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Uma História Íntima do Desenho<br />

outro há gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>svalorização da autorida<strong>de</strong> e da imagem do professor na<br />

socieda<strong>de</strong>.<br />

- Somos hoje orientados para dizer como faremos a avaliação e os<br />

pressupostos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira aula. Os alunos reclamam muito da maneira como<br />

professores avaliam, algumas são sem sentido, mas algumas são justificadas. O que<br />

eu percebia, somando as experiências, é que é extremamente complicado, mas<br />

você po<strong>de</strong> ter uma postura positiva. A maneira como se fala muda tudo.<br />

Com relação a essa mesma questão, a avaliação <strong>de</strong> seus alunos nas aulas,<br />

perguntei-lhe se havia <strong>de</strong>senvolvido um método eficaz e como lidava com a questão<br />

<strong>de</strong> ensinar conceitos e técnicas para alunos que possuíam claras dificulda<strong>de</strong>s<br />

nessas ativida<strong>de</strong>s. Alexandre explicou-me a <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za <strong>de</strong> cada processo e que<br />

havia modificado sua forma <strong>de</strong> trabalho com o passar dos anos por conta das<br />

instituições on<strong>de</strong> trabalhou e do próprio resultado com os alunos a cada turma;<br />

- Num primeiro momento, em uma linha construtivista, eu tinha postura mais<br />

complacente. Mas vi que o resultado não era bom. Achavam (os alunos) que podiam<br />

passar <strong>de</strong> qualquer jeito. Eu era visto como um cara que gostava <strong>de</strong> dar aulas, sabia<br />

o que fazia, mas que “dava para enganar” sem fazer nada. Isso era contra normas<br />

da faculda<strong>de</strong>, como funcionário eu <strong>de</strong>via seguir certas regras. A maneira era<br />

positiva, mas alguns alunos agiam <strong>de</strong> má fé, pois não entregavam trabalhos<br />

inventando <strong>de</strong>sculpas. Mu<strong>de</strong>i, estabeleço datas agora. Dou notas <strong>de</strong> zero a <strong>de</strong>z. E<br />

sempre explico o porquê. Já fiz a experiência <strong>de</strong> dar a opção a alunos que já tinham<br />

médias (notas suficientes para serem aprovados) a não virem mais à aula. Foi bom<br />

por um lado, pois fiquei com turma <strong>de</strong> <strong>de</strong>z alunos que estavam dispostos, pois<br />

tinham interesse. Mas por outro lado, isto foi mal interpretado. Por alunos e pela<br />

direção. Não posso fazer esse acordo, pois é fora das regras da faculda<strong>de</strong>. Hoje eu<br />

diminuo o ritmo com turmas assim.<br />

Voltei à questão do estímulo, questionando-lhe se as notas, caso fossem<br />

baixas, não seriam um fator <strong>de</strong>sestimulador para o aluno.<br />

- Nunca uso falas <strong>de</strong>spreocupadas. Já vi muita gente ficar bloqueada. Já vi<br />

muitos professores agirem <strong>de</strong> forma humilhante (para os alunos). Tenho uma<br />

postura intermediaria com relação à nota. Vejo <strong>de</strong> maneira positiva os aspectos<br />

todos, vejo o processo. Às vezes ele foi além do que ele faria antes. Em minha<br />

opinião, mesmo sem um resultado bom, não darei nota dois. Pessoas com notas<br />

melhores do que os trabalhos em si muitas vezes melhoram. Outros com notas ruins<br />

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