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NT 224 - CET

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<strong>NT</strong> <strong>224</strong><br />

O FFENÔMEENO<br />

DA REGRES R SSÃO PA ARA A MÉDIA<br />

EMM<br />

ESTUD DOS<br />

OBSERVAACIONAIS<br />

DE SEEGURANÇ<br />

ÇA DE TRÁFEGO T O DO TIP PO<br />

“A<strong>NT</strong>TES-DEP<br />

POIS”<br />

1.<br />

I<strong>NT</strong>RODUÇÇÃO<br />

Com a crescentee<br />

necessida ade de desloocamento<br />

de<br />

pessoas e de bens e o conseq quente<br />

aumeento<br />

da frotaa<br />

circulante de d veículos, houve aum mento substancial<br />

na expposição<br />

de risco<br />

a<br />

acideentes<br />

de trâânsito,<br />

com crescimentto<br />

preocupa ante de vítimas<br />

e dannos<br />

materia ais. A<br />

mortaalidade<br />

no ttrânsito<br />

ating giu intensidaade<br />

tal que é consider rado um prooblema<br />

de saúde s<br />

públicca,<br />

superanddo<br />

muitas vezes<br />

o númerro<br />

de homicíd dios [1].<br />

Para combater taal<br />

problema, autoridades de trânsito têm investido<br />

cada vez mmais<br />

em políticas,<br />

progrramas,<br />

tratammentos<br />

ou in ntervenções em locais com c alta inci idência de aacidentes,<br />

vis sando<br />

melhoorar<br />

o nível dde<br />

segurança<br />

viária. Dadda<br />

a diversidade<br />

de alternativas<br />

posssíveis<br />

para tr ratar o<br />

mesmmo<br />

problemaa,<br />

é fundame ental avaliar de forma qu uantitativa a eficiência daa<br />

medida ap plicada<br />

para permitir commparações<br />

com outras soluções, bem b como para p subsidiiar<br />

decisões s para<br />

implaantações<br />

futuuras<br />

em outro os locais.<br />

Um mmétodo<br />

normmalmente<br />

utilizado<br />

para mmedir<br />

o efeit to de uma medida m aplicaada<br />

é o estu udo do<br />

tipo “antes-depois”,<br />

que con nsiste, basiccamente,<br />

em m comparar o número de acidente es do<br />

períoodo<br />

antes daa<br />

aplicação da d medida ccom<br />

o períod do depois da<br />

aplicação da medida. Esse<br />

método<br />

é conheccido<br />

como “Método “ Ingêênuo”<br />

(Naïve e Method). Contudo, essse<br />

método, entre<br />

outraas<br />

deficiênciaas,<br />

está suje eito ao efeitoo<br />

da Regress são para a Média, M fenômmeno<br />

que te ende a<br />

superrestimar<br />

a efficiência<br />

da medida m aplicaada.<br />

O preesente<br />

trabalho<br />

tem com mo objetivo apresentar<br />

um ma explanaç ção sobre o qque<br />

é o fenô ômeno<br />

da Reegressão<br />

paara<br />

a Média, a sua natureeza<br />

e a sua influência i no os resultadoss<br />

de um estu udo do<br />

tipo “ “antes-depoiis”.<br />

São apr resentados neste trabalho<br />

exemplo os utilizandoo<br />

dados rea ais de<br />

acideentes<br />

para coomprovar<br />

a existência e deesse<br />

fenômeno.<br />

Não ffaz<br />

parte do escopo dest te trabalho aapresentar,<br />

propor p ou ana alisar metodoologias<br />

que visam<br />

neutrralizar<br />

o efeeito<br />

do fenômeno<br />

da RRegressão<br />

pa ara a Média a nos resulttados<br />

obtido os em<br />

estuddos<br />

do tipo “ antes-depois s”. Contudo, na parte fin nal do trabalh ho são menccionadas<br />

alg gumas<br />

alternnativas<br />

para evitar ou con ntornar o prooblema<br />

da Re egressão para<br />

a Média.<br />

Em pparticular,<br />

o trabalho<br />

prete ende:<br />

SUUN<br />

HSIEN MING<br />

2012


a)<br />

b)<br />

c)<br />

d)<br />

Com o presente trabalho, es spera-se podder<br />

contribui ir para uma discussão mmais<br />

aprofun ndada<br />

sobree<br />

o tema, coom<br />

o objetivo<br />

de aperfeiçoar<br />

cada vez v mais as ferramentass<br />

de análise e e de<br />

avaliaação<br />

de projeetos<br />

em engenharia<br />

de tráfego.<br />

2.<br />

tecer algumas<br />

considerações<br />

sobre<br />

estudos s do tipo “a antes-depoiss”<br />

para ava aliar a<br />

eficiência dde<br />

medidas ou o tratamento tos que visam m melhorar a segurança viária;<br />

explicar o qque<br />

é o fenô ômeno da Reegressão<br />

para<br />

a Média e a sua influêência<br />

nos es studos<br />

“antes-depois”;<br />

fazer uma reflexão sobre<br />

o que é “uum<br />

local perigoso”;<br />

mostrar que<br />

o simples uso do histórico<br />

de acide entes para de efinir a “pericculosidade”<br />

de d um<br />

local pode levar a “falsos-positivoos”<br />

(consider rar um local como “periigoso”<br />

quando<br />

na<br />

verdade nãão<br />

é) e “falso os negativos” ” (considerar r um local co omo “não perrigoso”<br />

quan ndo na<br />

verdade é) .<br />

ESTUDOSS<br />

OBSERVAC CIONAIS<br />

Em uum<br />

experimeento<br />

de labor ratório, há coontrole<br />

de to odas as variá áveis que poodem<br />

influen nciar o<br />

resulttado,<br />

de formma<br />

que elas são mantidaas<br />

constante es ao longo de d todo o exxperimento.<br />

Assim, A<br />

pode-se<br />

garantir que o resu ultado obtidoo<br />

é devido, única e exc clusivamentee,<br />

à grandez za em<br />

estuddo.<br />

Em eexperimentoss<br />

estatísticos s, a seleção ddos<br />

indivíduo os é feita de forma aleatóória,<br />

de form ma que<br />

qualqquer<br />

indivíduo<br />

tem a mes sma probabilidade<br />

de ser r escolhido.<br />

Um eestudo<br />

obserrvacional<br />

é um u estudo emmpírico<br />

onde e não se tem m o controle das variáveis<br />

que<br />

podem<br />

influenciar<br />

o resultado o (como se ttem<br />

em expe erimentos de e laboratórioo)<br />

e a escolh ha dos<br />

indivííduos<br />

não é aaleatória<br />

(co omo ocorre eem<br />

experimen ntos estatísti icos).<br />

Seguundo<br />

[2], um estudo obse ervacional é uma investi igação empí írica dos efeeitos<br />

causado os por<br />

um trratamento,<br />

ppolítica<br />

ou in ntervenção nna<br />

qual não o é possível selecionar aaleatoriamen<br />

nte os<br />

indivííduos<br />

a serem<br />

tratado os e tampoouco<br />

haver controle do o ambiente como seria<br />

em<br />

experrimentos<br />

conntrolados.<br />

Estuddos<br />

do tipoo<br />

“antes-dep pois” para mmedir<br />

a efic ciência de medidas dee<br />

segurança a são<br />

essenncialmente<br />

eestudos<br />

obs servacionais,<br />

pois não é possível ter o contrrole<br />

de toda as as<br />

variávveis<br />

que afeetam<br />

a segu urança (chuvva,<br />

estaciona amento, uso o do solo, fluuxo<br />

de veícu ulos e<br />

pedestres,<br />

condiçções<br />

de pav vimento, etc.)<br />

e os locais<br />

não são escolhidos ppor<br />

aleatorie edade,<br />

mas pelo seu hhistórico<br />

de acidentes ( (normalment te, são esco olhidos os llocais<br />

com maior<br />

frequência<br />

de acidentes).<br />

Quanndo<br />

não háá<br />

o controle e sobre ass<br />

variáveis que podem m influenciarr<br />

o resultad do do<br />

experrimento,<br />

o reesultado<br />

obti ido é mascaarado<br />

pela in nfluência des ssas variáveiis.<br />

Neste cas so, as<br />

variávveis<br />

não conntroladas<br />

qu ue afetaram o resultado obtido são conhecidas como “fator res de<br />

confuusão”<br />

(confouunding<br />

factor rs) [3].


Quanndo<br />

os locaiss<br />

não são selecionados<br />

ppor<br />

aleatoried dade, o corre espondente eestudo<br />

fica sujeito s<br />

ao feenômeno<br />

de Regressão para a Média<br />

(Regressio on to the Me ean ou Regrression<br />

toward<br />

the<br />

Meann<br />

– RTM), o qual, se não o tratado, proovoca<br />

resulta ados viciados s, geralmentte<br />

superestim mando<br />

a eficciência<br />

da mmedida<br />

de segurança<br />

applicada.<br />

Emb bora a existê ência desse e fenômeno esteja<br />

amplaamente<br />

commprovada,<br />

ob bserva-se, nna<br />

prática, que<br />

uma gra ande parte ddas<br />

avaliações<br />

de<br />

tratammentos<br />

que visam melho orar a segurrança<br />

viária é conduzida ignorando a influência desse<br />

fenômmeno<br />

nos rresultados<br />

obtidos. o Comm<br />

isso, os resultados obtidos sãoo,<br />

indevidam mente,<br />

atribuuídos<br />

à eficiêência<br />

da med dida aplicadaa.<br />

3.<br />

ESTUDOSS<br />

“A<strong>NT</strong>ES-DE EPOIS”<br />

A ideeia<br />

básica de<br />

um estudo o “antes-deppois”<br />

é comp parar o núm mero de aciddentes<br />

no pe eríodo<br />

“depoois”<br />

com o traatamento<br />

efe etivamente aaplicado<br />

com m o número de d acidentes que teria oc corrido<br />

no peeríodo<br />

“depois”<br />

se o trata amento não ttivesse<br />

sido aplicado. a<br />

A exppressão<br />

maiss<br />

correta par ra “antes-depois”<br />

talvez fosse “depoi is com tratammento-depois<br />

sem<br />

tratammento”<br />

(ou, aabreviadame<br />

ente, “depoiss-depois”).<br />

A rigor, não há á o período “ “antes”.<br />

O prooblema<br />

fundaamental<br />

de um u estudo “aantes-depois”<br />

é que não é possível coonhecer<br />

o nú úmero<br />

de accidentes<br />

que teriam ocorr rido no períoodo<br />

“depois” se o tratame ento não tiveesse<br />

sido aplicado.<br />

Esse número sóó<br />

pode ser estimado. e Toodo<br />

o proble ema deriva do fato de como fazer r essa<br />

estimmativa.<br />

A origgem<br />

do termmo<br />

“antes” ve em do fato dde<br />

que o núm mero de acid dentes que tteriam<br />

ocorri ido no<br />

períoodo<br />

“depois” se o tratame ento não tiveesse<br />

sido apl licado é gera almente estimmado<br />

como sendo s<br />

igual ao número dde<br />

acidentes s que ocorrerram<br />

no perío odo “antes” da<br />

aplicação do tratamento.<br />

AAntes<br />

DDepois<br />

Númeero<br />

de acid dentes<br />

que ocorreram m no<br />

perríodo<br />

“dep pois”<br />

comm<br />

o tratam mento<br />

aplicado<br />

Com<br />

tratamento<br />

‐‐‐<br />

144<br />

Figur ra 1. Ideia bássica<br />

de um est tudo “antes-de epois”.<br />

Sem<br />

tratamento<br />

173<br />

?<br />

Antes<br />

Depois<br />

Núme ero de aciddentes<br />

que teriam<br />

ocoorrido<br />

no pe eríodo “deepois”<br />

se o tratamento<br />

não<br />

tivess se sido apllicado<br />

Com<br />

tratamento t o<br />

Figurra<br />

2. Estimativva<br />

do número de d acidentes qque<br />

teriam oc corrido no período<br />

“depois” sse<br />

o tratamento<br />

não<br />

tivesse<br />

sido apliccado<br />

é estimad do como senddo<br />

igual ao núm mero de acide entes que ocorrreram<br />

no per ríodo<br />

“antes” da aplicação do tratamento.<br />

‐‐‐<br />

144<br />

Sem<br />

tratamen nto<br />

173<br />

173


Entreetanto,<br />

essa não é uma boa estimattiva.<br />

De fato,<br />

se ocorreram<br />

173 aciddentes<br />

no pe eríodo<br />

“antees”,<br />

nada gaarante<br />

que também t ocoorrerão<br />

173 acidentes no n período sseguinte.<br />

Um m dos<br />

princiipais<br />

problemmas<br />

dessa es stimativa é a Regressão para a Médi ia.<br />

4.<br />

O FENÔMEENO<br />

DA RE EGRESSÃO PARA A MÉ ÉDIA<br />

Seguundo<br />

[4], em Estatística, Regressão ppara<br />

a Média<br />

é o fenôm meno em quee,<br />

se uma va ariável<br />

assumme<br />

um valorr<br />

extremo nu uma primeiraa<br />

medida, o seu s valor ten nderá a estarr<br />

mais próxim mo da<br />

médiaa<br />

numa seguunda<br />

medida a.<br />

Uma outra definiçção<br />

poderia ser: s<br />

“Regrressão<br />

para a Média é um<br />

fenômenoo<br />

estatístico segundo s o qual,<br />

tomada uma amostr ra não<br />

aleatóória<br />

de daddos<br />

de uma a variável alleatória<br />

com m média am mostral distannte<br />

da méd dia da<br />

população,<br />

a méddia<br />

de uma amostra a seguuinte<br />

tenderá á para a méd dia da populaação.”<br />

O mootivo<br />

é que a tendência dos<br />

dados daa<br />

população é a de gravit tar em torno da sua média.<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

1998 1999 9 2000 20001<br />

2002 2003 2 2004<br />

Figura 3. Os dados graavitam<br />

ou osci ilam em torno da média.<br />

2005 20066<br />

2007<br />

Um eexemplo<br />

da ooscilação<br />

do os valores poode<br />

ser enco ontrado no mercado m de ações. A ide eia de<br />

“comprar<br />

na baixaa”<br />

e “vender na alta” temm<br />

por base o fato de que após um perríodo<br />

de alta a pode<br />

sucedder<br />

um períoodo<br />

de baixa e vice-versaa,<br />

de acordo com as oscilações<br />

do mmercado.<br />

Figura 4. Evolução E do IBBOVESPA<br />

no período de 19 968 a 2008.


Seguundo<br />

Hauer [ [5], o fenôme<br />

Franccis<br />

Galton em<br />

1877. Ga<br />

baixoos<br />

que os seuus<br />

pais 1 eno da Regrressão<br />

para a Média foi relatado pelaa<br />

primeira ve ez por<br />

lton constatoou<br />

que os filhos<br />

de pais s altos eramm,<br />

em média, , mais<br />

.<br />

O fennômeno<br />

ocoorre<br />

quando a amostra não é aleat tória. Quand do a amostrra<br />

é escolhid da de<br />

acorddo<br />

com algumm<br />

critério que<br />

não a aleaatoriedade,<br />

os o resultados s poderão esstar<br />

contaminados<br />

pela Regressão para a Méd dia. Por issoo,<br />

o fenômeno<br />

também é conhecido<br />

como “víc cio de<br />

seleçção”<br />

(selectioon<br />

bias). Uma a amostra nãão<br />

aleatória é estatisticam mente viciadda.<br />

Em [ [6] há um eexemplo<br />

que e ilustra a ocorrência do fenômen no. Numa saala<br />

de aula a, 100<br />

estuddantes<br />

fazemm<br />

uma prova a com questõões<br />

do tipo “ Verdadeiro/F Falso”. Supoonha<br />

que tod dos os<br />

estuddantes<br />

respoondam<br />

a tod das as quesstões<br />

de for rma aleatória a (“no puro chute”). A média<br />

esperrada<br />

dos 1000<br />

estudantes s é 50. Naturralmente,<br />

alg guns estudan ntes terão nootas<br />

acima de e 50 e<br />

outroos<br />

abaixo dee<br />

50. Se pe egarmos os 10 estudan ntes que tiraram<br />

as nootas<br />

mais altas<br />

e<br />

submmetê-los<br />

a umma<br />

nova pro ova (onde vãão<br />

responder<br />

novamente e de forma aaleatória),<br />

é de se<br />

esperrar<br />

que a méédia<br />

desses 10 alunos seeja<br />

menor do o que a sua média m anterioor,<br />

uma vez que a<br />

médiaa<br />

esperada ddesses<br />

10 estudantes<br />

taambém<br />

é de 50. Então, a média dos 10 estudant tes no<br />

segunndo<br />

teste “reegressaria”<br />

de d volta à mmédia<br />

espera ada da classe<br />

inteira (dee<br />

100 estuda antes),<br />

não importando<br />

sse<br />

esses 10 estudantes oobtiveram<br />

no otas bem acima<br />

de 50 noo<br />

primeiro te este. A<br />

reduçção<br />

da médiia<br />

dos 10 es studantes noo<br />

segundo te este se deve eu ao critériio<br />

de escolh ha dos<br />

mesmmos<br />

(as 10 mmaiores<br />

nota as do primeirro<br />

teste). Se a escolha dos<br />

10 estudaantes<br />

tivesse<br />

sido<br />

aleatóória,<br />

não havveria<br />

o efeito o da Regresssão<br />

para a Média. M<br />

Numaa<br />

amostra aleatória<br />

sufic cientemente grande, a média m da am mostra repressenta<br />

a méd dia da<br />

população<br />

da quaal<br />

a amostra a foi extraída.<br />

Neste caso o, normalmente,<br />

é usadoo<br />

o valor da média<br />

da ammostra<br />

comoo<br />

uma estima ativa da média<br />

da popula ação (geralme ente desconhecida).<br />

Quanndo<br />

a amostrra<br />

não é alea atória, a méddia<br />

da amostra<br />

não repre esenta a méédia<br />

da população,<br />

de foorma<br />

que nãão<br />

se pode usar a méédia<br />

da amo ostra como uma u estimattiva<br />

da méd dia da<br />

população.<br />

Nestee<br />

caso, exist te uma tendêência<br />

de que e a média da a amostra fiqque<br />

mais próxima<br />

da média<br />

da popuulação<br />

numa a medida segguinte.<br />

No exemplo<br />

de FFrancis<br />

Galton,<br />

a amosttra<br />

dos pais não foi esc colhida de foorma<br />

aleatór ria, de<br />

modoo<br />

que a méddia<br />

dos pais s escolhidoss<br />

não repres senta a média<br />

da populaação<br />

(“pais altos”<br />

signiffica<br />

que a mmédia<br />

da altura<br />

dos paiss<br />

selecionad dos é maior que a média<br />

da popula ação).<br />

Logo,<br />

a altura mmédia<br />

dos seus s filhos (uma amos stra seguinte e) tenderá ppara<br />

a méd dia da<br />

população<br />

(a quaal<br />

é menor qu ue a média dda<br />

altura dos seus pais).<br />

1<br />

A rigoor,<br />

a altura dos filhos pode ser determinada poor<br />

fatores hered ditários dos pais s, alimentação melhor que a dos d pais<br />

durantte<br />

a fase de deesenvolvimento,<br />

prática de espportes<br />

e atividad des físicas e ou utros fatores ammbientais.<br />

Contudo,<br />

foi<br />

por mmeio<br />

dessa connstatação<br />

que o Galton desccobriu<br />

o fenôm meno da Regressão<br />

para a MMédia<br />

no sécu ulo XIX,<br />

permanecendo<br />

o exemmplo<br />

válido para a efeitos didáticcos.


Num estudo de ssegurança<br />

de e tráfego do tipo “antes- depois”, surg ge como nattural<br />

a escol lha do<br />

histórrico<br />

de acideentes<br />

como a variável mmais<br />

adequad da para medir<br />

a eficiência<br />

da aplicaç ção de<br />

um ttratamento,<br />

pois o objetivo<br />

do traatamento<br />

é justamente e a reduçãoo<br />

dos acide entes.<br />

Obviaamente,<br />

os loocais<br />

onde será s aplicadaa<br />

a medida de d segurança a cuja eficiênncia<br />

quer se medir<br />

não ssão<br />

escolhidoos<br />

de forma aleatória, maas<br />

sim, pelo seu histórico o de acidentees.<br />

Fazendo-se<br />

umaa<br />

analogia com c o exemmplo<br />

de Francis<br />

Galton, , o número de acidente es do<br />

períoodo<br />

“antes” da<br />

aplicação da medida dde<br />

segurança a equivale à altura dos paais<br />

(assim co omo o<br />

Galtoon<br />

escolheu os pais ma ais altos, o engenheiro de tráfego escolhe os locais com maior<br />

frequência<br />

de accidentes).<br />

O número de acidentes do<br />

período “d depois” da immplementação<br />

da<br />

medidda<br />

de segurrança<br />

equiva ale à altura dos filhos. Assim A como a altura méédia<br />

dos filh hos foi<br />

menoor<br />

que a altuura<br />

média dos d pais, a mmédia<br />

de ac cidentes do período “deepois”<br />

tender rá ser<br />

menoor<br />

que a méédia<br />

de acid dentes do pperíodo<br />

“ante es”, indepen ndentementee<br />

da eficiênc cia da<br />

medidda<br />

de seguraança<br />

aplicada.<br />

Seguundo<br />

[6], Hauuer<br />

(1980) de escreveu o ffenômeno<br />

da a Regressão para a Méddia<br />

com o seg guinte<br />

exemmplo:<br />

“ ... cconsidere<br />

umm<br />

grupo de 100 pessoaas<br />

lançando um dado não n viciado, um de cada a vez.<br />

Supoonha<br />

que tira rar 6 no lançamento<br />

doo<br />

dado seja indesejável e a pessoaa<br />

que obter r esse<br />

resulttado<br />

é consiiderado<br />

‘doe ente’. Selecioone<br />

do grupo o aqueles qu ue obtiveramm<br />

6. Suponh ha que<br />

esse grupo de ‘doentes’ se eja de 16 ppessoas.<br />

Nu um esforço para ‘curar essa doença’,<br />

é<br />

adminnistrado<br />

a caada<br />

uma des ssas 16 pesssoas<br />

um cop po de água e,<br />

em seguidaa,<br />

é solicitad do que<br />

essass<br />

16 pessoass<br />

joguem o dado d mais umma<br />

vez. Pod de-se espera ar que, das 116<br />

pessoas, 2 ou 3<br />

obtennham<br />

novammente<br />

6 e que<br />

todas ass<br />

demais pe essoas desse<br />

grupo esttejam<br />

‘curad das da<br />

doença<br />

de obter 6’ devido ao o efeito do ccopo<br />

de água a (o copo de e água teria uma eficiênc cia de<br />

‘cura’<br />

de mais dee<br />

81%!...). Es sse ‘sucessoo’<br />

do copo de e água é dev vido inteirammente<br />

ao pro ocesso<br />

de seeleção<br />

das pessoas<br />

para o tratamentto.”<br />

Aindaa<br />

segundo [66],<br />

o exemplo<br />

de Hauer pode, a grosso<br />

modo, ser s comparaddo<br />

com a es scolha<br />

de 166%<br />

de locaiss<br />

onde ocorre eram mais aacidentes<br />

(“pontos<br />

negros s” – black sppots)<br />

para re eceber<br />

um tratamento de segurança.<br />

É poossível<br />

obte er resultados<br />

estatisticaamente<br />

bas stante<br />

signifficativos<br />

(taiss<br />

como os 81% 8 do exeemplo<br />

do dad do) para tratamentos<br />

tootalmente<br />

inó ócuos.<br />

Avaliaações<br />

de proogramas<br />

de segurança ppara<br />

pontos negros, realizadas<br />

com base em his stórico<br />

de acidentes,<br />

quue<br />

não levem<br />

em conssideração<br />

o efeito da Regressão R ppara<br />

a Média<br />

são<br />

viciaddas<br />

e tendemm<br />

a superestimar<br />

a eficiêência<br />

do prog grama avaliad do.<br />

5.<br />

JOGO DE DADOS E ACIDE<strong>NT</strong>ES<br />

A<br />

Na seeção<br />

anterioor<br />

foram dados<br />

dois exemplos<br />

para ilustrar o fen nômeno da RRegressão<br />

para p a<br />

Médiaa.<br />

O primeiro<br />

exemplo o envolve uum<br />

teste co om questões<br />

do tipo “ “verdadeiro-f falso”,<br />

respoondidas<br />

ao aacaso,<br />

e o se egundo exemmplo<br />

envolve lançamentos s de dado.


Entreetanto,<br />

pode-se<br />

perguntar:<br />

Os acidentes<br />

devem ser s tratados como c se fosssem<br />

lançame entos<br />

de daado?<br />

Existemm<br />

diferenças entre lançammentos<br />

de da ado e os acid dentes?<br />

O lannçamento<br />

de dado é um evento e purammente<br />

aleató ório. Não há relações de causa-efeito o.<br />

Na ocorrência<br />

dee<br />

acidentes, podem-se cconstatar<br />

rela ações de ca ausa-efeito. AAs<br />

causas são s os<br />

fatorees<br />

de risco. Por exemplo,<br />

a falta dee<br />

visibilidade e pode ser um u fator paraa<br />

a ocorrênc cia de<br />

acideentes<br />

(causa = falta de visibilidade;<br />

effeito<br />

= acidente).<br />

Entreetanto,<br />

apessar<br />

dessa diferença,<br />

oss<br />

acidentes apresentam a mesma natureza qu ue os<br />

lançaamentos<br />

de dado, pois o acidente também é um evento o aleatório e não um evento e<br />

deterrminístico.<br />

Asssim,<br />

os acid dentes devemm<br />

ser tratado os da mesma a forma commo<br />

lançament tos de<br />

dado,<br />

isto é, a occorrência<br />

de e acidente é um evento aleatório e o número dee<br />

acidentes é uma<br />

variávvel<br />

aleatória (assim com mo o lançameento<br />

de um dado é um evento e aleattório<br />

e o resultado<br />

obtidoo<br />

no lançamento<br />

é uma variável v aleaatória).<br />

Aciddente<br />

= evennto<br />

aleatório o<br />

Nú úmero de acidentes<br />

= varriável<br />

aleatória<br />

Figgura<br />

5. Acidennte<br />

como um evento e aleatórrio<br />

e o número o de acidentes s como uma vvariável<br />

aleató ória.<br />

Uma variável aleeatória<br />

possu ui uma distrribuição<br />

de probabilidade<br />

p es e os seuus<br />

dois mom mentos<br />

princiipais:<br />

esperaança<br />

e variân ncia.<br />

A disstribuição<br />

dee<br />

probabilida ades é umaa<br />

associação o entre o va alor da variáável<br />

aleatória<br />

e a<br />

probaabilidade<br />

de sua ocorrên ncia. A Figura<br />

6a mostra<br />

a distribuição<br />

de probbabilidades<br />

de d um<br />

lançaamento<br />

de daado<br />

e a Figura<br />

6b a distriibuição<br />

de pr robabilidades<br />

de acidente tes.<br />

FFigura<br />

6a. Dis stribuição de pprobabilidades<br />

s de um lançam mento de daddo<br />

Figura 6b. Distribuiçãão<br />

de probabi ilidades de aci identes.<br />

.


Na Fiigura<br />

6b, X é o número de d acidentes e P(X) é a probabilidade<br />

p e de ocorrereem<br />

X acidentes.<br />

A essperança<br />

E{ {X} e a va ariância VARR{X}<br />

de um ma variável<br />

expreessões:<br />

A espperança<br />

é a média teórica<br />

(ou a média<br />

esperada) ) da distribuiç ção.<br />

Usanndo<br />

as expresssões<br />

(1), a esperança nno<br />

lançamento<br />

de dado é 21/6 = 3,5 e a variância a é<br />

35/122<br />

= 2,92.<br />

6.<br />

RELAÇÕEES<br />

DE CAUS SA-EFEITO<br />

aleatória ssão<br />

dadas<br />

Foi ddito<br />

na seçãão<br />

anterior que q os acideentes<br />

devem m ser tratado os da mesmma<br />

forma co omo o<br />

lançaamento<br />

de daado,<br />

apesar da existênccia<br />

de relações<br />

de causa a-efeito nos aacidentes.<br />

Aqui, A a<br />

perguunta<br />

é: onde entram as re elações de ccausa<br />

e efeito o?<br />

No laançamento<br />

de<br />

dado, a es sperança e a variância da d distribuiçã ão são invariiáveis<br />

ao lon ngo do<br />

tempo.<br />

Desde quue<br />

não sejam m alteradas aas<br />

caracterís sticas do dad do, a esperaança<br />

e a var riância<br />

semppre<br />

serão 3,55<br />

e 2,92, resp pectivamentee.<br />

Com relação aoss<br />

acidentes, a esperança<br />

e a variân ncia da distr ribuição variaam<br />

em funç ção da<br />

alteraação<br />

dos faatores<br />

de risco ao loongo<br />

do tempo<br />

(chuva a, condiçõess<br />

de pavim mento,<br />

estaccionamento,<br />

uso de solo, fluxo, etc.).<br />

Os faatores<br />

de riscco<br />

(causas) aumentam a ass<br />

chances de e ocorrência de acidentees<br />

(efeito).<br />

pelas<br />

O aparecimento<br />

dde<br />

um novo fator de riscco<br />

ou o agravamento<br />

de um fator exiistente<br />

aume enta o<br />

valor da esperançça<br />

e altera o valor da varriância<br />

da dis stribuição da variável aleeatória.<br />

A elimminação<br />

ou redução de um fator dee<br />

risco reduz o valor da esperança e altera o va alor da<br />

variânncia<br />

da distribuição<br />

da va ariável aleatóória.<br />

Quannto<br />

maior o pperíodo<br />

de observação,<br />

o<br />

maior é a ch hance de oco orrerem variações<br />

dos fa atores<br />

de rissco.<br />

O objjetivo<br />

de qualquer<br />

tratam mento que vvisa<br />

melhorar<br />

a seguranç ça viária é eeliminar<br />

ou reduzir<br />

um oou<br />

mais fatores<br />

de risco.<br />

Em conseqquência,<br />

a eficiência e do o tratamento deve ser medida m<br />

pela redução do valor da esp perança da ddistribuição.<br />

Assim, o be enefício real de um tratam mento<br />

deve ser medido pela diferen nça entre a eesperança<br />

antes a do trata amento e a esperança depois d<br />

do traatamento<br />

e nnão<br />

pela dife erença entre o número de e acidentes do d período “aantes”<br />

e o nú úmero<br />

de accidentes<br />

do pperíodo<br />

“dep pois”. O valorr<br />

da esperan nça não depe ende de osccilações<br />

aleat tórias,<br />

enquanto<br />

que o nnúmero<br />

de acidentes a osccila<br />

em torno o do valor da a esperança. . Medir o efe eito de


um trratamento<br />

peelo<br />

número de d acidentess<br />

“antes” e “d depois” é atribuir<br />

ao trataamento<br />

aplic cado o<br />

efeitoo<br />

da oscilaçãão<br />

aleatória ( que iria ocorrrer<br />

independ dentemente do tratamentto<br />

aplicado).<br />

As Figuras<br />

7a a 7d ilustram m as diversaas<br />

possibilida ades de influência<br />

da RRegressão<br />

para p a<br />

Médiaa<br />

e têm coomo<br />

hipótes se que, excceto<br />

o trata amento, toda as as demaais<br />

variáveis s que<br />

influeenciam<br />

a seggurança<br />

perm manecem coonstantes<br />

ao longo do tem mpo, de formma<br />

que a variação<br />

da essperança<br />

é ddevida<br />

única e exclusivammente<br />

ao trat tamento aplicado.<br />

A Figgura<br />

7a mosttra<br />

uma situa ação em quee<br />

a esperança<br />

antes do tr ratamento é igual à espe erança<br />

depois<br />

do tratammento.<br />

O be enefício aparrente<br />

verificado<br />

pela re edução de aacidentes<br />

an ntes e<br />

depois<br />

do tratamento<br />

é devid do exclusivaamente<br />

à flut tuação aleatória<br />

do númmero<br />

de acide entes.<br />

Mesmmo<br />

que nadaa<br />

tivesse sid do feito, teriaa<br />

ocorrido a redução de e acidentes observada. Neste<br />

caso, , o tratamentto<br />

foi totalme ente inócuo.<br />

Figgura<br />

7a. A redu ução observadda<br />

de acident tes é devida ex xclusivamentee<br />

ao<br />

fenômeno dde<br />

regressão para p a média.<br />

Na mmelhor<br />

das hipóteses,<br />

a re edução obseervada<br />

de ac cidentes pode<br />

ser devidaa<br />

parcialment te aos<br />

efeitoos<br />

da medidda<br />

aplicada e parcialmennte<br />

aos efeitos<br />

da Regr ressão para a Média, não<br />

se<br />

podendo<br />

determiinar,<br />

entretanto,<br />

o grau de influência<br />

de cada um dos fatoores.<br />

A Figu ura 7b<br />

mostrra<br />

uma situaação<br />

em que e nem toda a redução de<br />

acidentes observada ppode<br />

ser atribuída<br />

ao traatamento<br />

aplicado.<br />

A red dução devidaa<br />

ao tratamento<br />

(diferenç ça entre a essperança<br />

ant tes do<br />

tratammento<br />

e a eesperança<br />

depois d do traatamento)<br />

é menor do que a redução<br />

de acid dentes<br />

obserrvada.


Figura 7b.<br />

Apenas partee<br />

da redução de acidentes observada<br />

é devida d ao efeiito<br />

da aplicaçã ão do tratamen nto.<br />

Na piior<br />

das hipótteses,<br />

é poss sível que a mmedida<br />

ou o tratamento aplicado, emm<br />

vez de me elhorar<br />

a seggurança,<br />

aummenta<br />

as ch hances de oocorrência<br />

de e acidentes, de forma qque<br />

a redução<br />

de<br />

acideentes<br />

observada<br />

seria ain nda maior see<br />

a medida ou o o tratame ento não tivessse<br />

sido aplicado.<br />

A Figgura<br />

7c mosttra<br />

que o trat tamento apliicado,<br />

na verdade,<br />

piorou<br />

as condiçõões<br />

de segur rança,<br />

pois o tratamentoo<br />

elevou o va alor da esperrança,<br />

apesa ar da redução<br />

de acidenttes<br />

observad da. Se<br />

nada tivesse sidoo<br />

feito, a redu ução de acidentes<br />

teria sido s ainda ma aior.<br />

Figurra<br />

7c – Apesaar<br />

da redução de acidentes observada, o tratamento piorou<br />

as condiições<br />

de segurança<br />

porque a essperança<br />

depo ois do tratameento<br />

é maior do o que a esper rança antes doo<br />

tratamento.<br />

A Figgura<br />

7d mosstra<br />

uma situação<br />

em quue<br />

não há o efeito da regressão<br />

parra<br />

a média, sendo<br />

s<br />

que o benefício oobservado<br />

foi i obtido efetivvamente<br />

pelo<br />

tratamento o aplicado.


Figuura<br />

7d. Sem effeito<br />

da regres ssão para a mmédia.<br />

A redução<br />

de acidentes<br />

observada a pode ser atrib buída<br />

integralmennte<br />

ao tratamento<br />

aplicado.<br />

O efeeito<br />

da Regreessão<br />

para a Média é meenor<br />

quando se aumenta o período de<br />

observaçã ão.<br />

Seguundo<br />

[6], em um estudo em dois conndados<br />

(cou unties), Abbessetal<br />

et al (1981) estim maram<br />

que a regressão para a média a apresenta os seguintes<br />

efeitos em locais com alta frequência<br />

de<br />

acideentes<br />

em função<br />

do perío odo de obserrvação<br />

(Tabe ela 1):<br />

TTabela<br />

1 - Effeito<br />

da Reg gressão paraa<br />

a Média em m função do o período dee<br />

observaçã ão<br />

Efeito da regressão par ra a média<br />

15 a 26%<br />

7 a 15%<br />

5 a 11%<br />

Período<br />

de observvação<br />

Um ano<br />

Dois anos<br />

Três anos<br />

A Figgura<br />

8 [6] moostra<br />

um grá áfico com a vvariação<br />

do erro devido à regressão para a méd dia em<br />

funçãão<br />

do períodoo<br />

de observa ação e do núúmero<br />

de acidentes.<br />

Figura 8 – Variação do eerro<br />

devido à Regressão pa ara a Média


7 - EXXEMPLOS<br />

DDE<br />

REGRES SSÃO PARAA<br />

A MÉDIA USANDO U DA ADOS REAISS<br />

DE ACIDE<strong>NT</strong>ES<br />

Em [55],<br />

podem-see<br />

encontrar dados d reais de acidentes<br />

em 1142 interseções<br />

eem<br />

São Fran ncisco<br />

– EUA<br />

nos anos de 1974 e 1975.<br />

Todas as interseçõ ões tinham a sinalização de PARE (S STOP)<br />

nas dduas<br />

aproximmações<br />

com o menor fluuxo.<br />

Na Tabe ela 2, a Colu una 1 apreseenta<br />

o núme ero de<br />

intersseções<br />

[n(K) K)] nas quais s o número dde<br />

acidentes s [K] em 197 74 foi de 0, 1, 2, … con nforme<br />

mostrrado<br />

na Coluna<br />

2. A Co oluna 3 apreesenta<br />

a mé édia de acide entes por innterseção<br />

[avg(k)]<br />

para as mesmas [n(K)] inters seções durannte<br />

o ano de 1975.<br />

* Há mmais<br />

2 interseções<br />

que tiver ram 13 acidenntes<br />

cada uma a e uma inters seção que tevee<br />

16 acidentes s.<br />

Supoonha<br />

que useemos<br />

K (núm mero de aciddentes<br />

ocorridos<br />

em 197 74) para estimmar<br />

k (núme ero de<br />

acideentes<br />

ocorridos<br />

em 1975).<br />

Isso signifficaria<br />

que, se s uma inters seção registrrou,<br />

em 1974,<br />

por<br />

exemmplo,<br />

K = 3 aacidentes,<br />

então<br />

3 seria uma estimat tiva de acide entes para esssa<br />

interseçã ão em<br />

1975.<br />

Essa estimmativa<br />

valeria a para todass<br />

as 65 inte erseções que e registraramm<br />

3 acidente es em<br />

1974.<br />

Entretanto, , o que de fato<br />

ocorreu com esse grupo g de inte erseções é qque<br />

em 1975 5 elas<br />

registtraram<br />

uma média de 1,9 97 acidentess/interseção,<br />

havendo, po ortanto, uma redução de 34%.<br />

Podee-se<br />

formularr<br />

as seguinte es questões:<br />

a)<br />

b)<br />

Tabela 2 – Acidente es em 1142 interseções s de São Fra ancisco – 19974/1975.<br />

Se houvesse<br />

sido aplic cada uma meedida<br />

de seg gurança ness sas 65 intersseções,<br />

a red dução<br />

de 34% poderia<br />

ter sido o atribuída à aplicação dessa<br />

medida a?<br />

Se não foi aplicada nen nhuma medidda<br />

de segura ança nessas 65 interseçõões,<br />

essa red dução<br />

de 34% poode<br />

ser atri ibuída às fluutuações<br />

do o acaso? Em m vez de uma<br />

redução o, não<br />

poderia terr<br />

havido um aumento, a daddo<br />

o caráter aleatório dos<br />

acidentes? ?


A ressposta<br />

à priimeira<br />

quest tão é óbvia,<br />

já que nã ão foi feita nenhuma n inttervenção<br />

nas<br />

65<br />

intersseções.<br />

Se aalguma<br />

medid da tivesse sido<br />

aplicada, a mesma te eria sido totallmente<br />

inócu ua.<br />

A ressposta<br />

à seggunda<br />

quest tão também é: NÃO<br />

acasoo<br />

ou à aleatoriedade.<br />

De D fato, em<br />

intersseções,<br />

com média de 1,1<br />

acidentes<br />

se veerificar<br />

que a redução é verificada s<br />

K > 1,1, isto é, ppara<br />

K > 1,1 1, então 1,1<br />

variarram<br />

desde 66%<br />

a 53%.<br />

2 . Essa reduçã ão não podee<br />

ser atribuída<br />

ao<br />

1974 ocorre eu um total de 1253 accidentes<br />

nas 1142<br />

s/interseção. Pela Tabela a 2 (parte emm<br />

amarelo), pode-<br />

sistematicamente<br />

para to odos os valoores<br />

de K, qu uando<br />

< avg(k) < K. As reduç ções no exeemplo<br />

da Tab bela 2<br />

Portaanto,<br />

devido ao critério de d seleção ddos<br />

locais, há h uma forte e probabilidaade<br />

de haver<br />

uma<br />

reduçção<br />

no períoodo<br />

seguinte se a média dos locais selecionados<br />

s s for maior ddo<br />

que a méd dia da<br />

população.<br />

É posssível<br />

obter reduções alltamente<br />

significativas<br />

(c como os 53% % no exemp plo da<br />

Tabeela<br />

2 para o ggrupo<br />

de K = 8 acidentees),<br />

sem, no entanto, possuir<br />

qualquuer<br />

significad do real<br />

em teermos<br />

de meelhoria<br />

de seg gurança.<br />

Em [77],<br />

há outro eexemplo<br />

ond de foram usaados<br />

dados reais<br />

de acide entes de Phiiladelphia<br />

de e 1969<br />

e 19770,<br />

os quais foram dispos stos da mesmma<br />

forma co omo na Tabela<br />

2.<br />

Tabela T 3. Accidentes<br />

de Philadelphia a.<br />

A méédia<br />

é de 2 acidentes po or ano por interseção.<br />

Pela P Tabela 3, pode-se verificar que e para<br />

todoss<br />

os grupos eem<br />

que o nú úmero médioo<br />

de acidente es em 1969 foi superior a 2 acidente es por<br />

ano ppor<br />

interseçãão<br />

(parte amarela<br />

da Tabbela<br />

3), houv ve reduções em 1970 quue<br />

variaram de 21<br />

a 71% %.<br />

2<br />

A rigoor,<br />

a chance de<br />

grandee,<br />

essa chance<br />

16 pesssoas<br />

que obtiv<br />

pequenna<br />

(1/6<br />

vez de<br />

repetir<br />

tipo “v<br />

média<br />

16 ocorrer um aum mento em vez dde<br />

redução não é nula. Entreta anto, se a amosstra<br />

for suficient temente<br />

pode ser muito o pequena. No eexemplo<br />

do lançamento<br />

de dad do da Seção 4, a probabilidade<br />

de as<br />

veram 6 repetire em o mesmo reesultado<br />

numa segunda tentat tiva não é nula, , mas é extremamente<br />

), senddo<br />

que, para efe eitos práticos, poode<br />

ser desprez zada. Se a amo ostra não for graande,<br />

por exem mplo, em<br />

e 16 pessoas, aapenas<br />

uma pe essoa consegui uiu 6 numa prim meira tentativa, então a probabbilidade<br />

dessa pessoa<br />

r o mesmo resuultado<br />

numa seg gunda tentativaa<br />

já não é despr rezível (1/6). Da a mesma formaa,<br />

no exemplo do d teste<br />

verdadeiro/falso”,<br />

a chance de as 10 pessoass<br />

que tiraram as<br />

notas mais altas<br />

no primeiroo<br />

teste consegu uir uma<br />

ainda mais altaa<br />

no segundo te este é muito peqquena.


O exercício<br />

seguuinte<br />

reprodu uz as Tabelaas<br />

2 e 3, rela ativas às interseções<br />

dee<br />

São Francisco<br />

e<br />

Philadephia,<br />

paraa<br />

as interseçõ ões da cidadde<br />

de São Pa aulo.<br />

Seguundo<br />

estimattiva<br />

feita co om base noo<br />

“Mapa Digital<br />

da Cid dade – MDCC”,<br />

adotada a pela<br />

Prefeeitura<br />

de Sãoo<br />

Paulo, há cerca de 1335259<br />

interse eções na cid dade de Sãoo<br />

Paulo. Os dados d<br />

dispooníveis<br />

[9] fornecem<br />

os dados d de aciidentes<br />

(acid dentes com vítima v e atroopelamentos)<br />

para<br />

os annos<br />

de 2005 a 2010 para todas as intterseções<br />

da a cidade de São S Paulo (TTabela<br />

4).<br />

Tabelaa<br />

4 – Total de d acidentess<br />

em interse eções na cid dade de Sãoo<br />

Paulo.<br />

Total de acidentes<br />

Média por interseção<br />

Média anuual<br />

por interseç ção<br />

2005<br />

5619<br />

2006 2007 2 2008<br />

5177 5819 5 5292<br />

0,04155<br />

0,0383 0,043 0 0,0391<br />

2009 20010<br />

Total<br />

5133 57716<br />

32756<br />

0,0379 0,00423<br />

0,2422<br />

0,0404<br />

Pela Tabela 4, a média da população<br />

(número<br />

médio<br />

de acident tes por interrseção<br />

por ano a da<br />

cidadde<br />

de São Paulo) pode e ser estimada<br />

em 0,0 0404 em função<br />

do coonjunto<br />

de dados d<br />

dispoonível.<br />

A Taabela<br />

5 mosttra<br />

os grupo os de interseeções<br />

em que<br />

ocorreram<br />

0 acidenttes,<br />

1 acidente,<br />

2<br />

acideentes,<br />

..., maais<br />

de 10 acid dentes, no ano<br />

de 2005 (período “antes”)<br />

e o númmero<br />

de acid dentes<br />

ocorrridos<br />

em 20006<br />

(período “d depois”) nass<br />

mesmas int terseções.<br />

TTabela<br />

5 - Accidentes<br />

em m 135.259 intterseções<br />

na n cidade de e São Paulo – 2005/2006 6.<br />

Pela Tabela 5, poode-se<br />

obse ervar que o úúnico<br />

grupo em que hou uve um aumento<br />

na méd dia de<br />

acideentes<br />

de 20005<br />

para 2006 6 foi o grupoo<br />

“com 0 acidentes”,<br />

que e passou dee<br />

uma média a de 0


acideentes/interseçção<br />

em 200 05 para umaa<br />

média de 0,018 0 aciden ntes/interseçção<br />

em 2006 6. Em<br />

todoss<br />

os demais grupos, houve<br />

reduçãoo<br />

na média de acidentes<br />

(reduções s que variara am de<br />

24% a 59%).<br />

Logo,<br />

quando a mmédia<br />

K = 0 < 0,0404, ttemos<br />

avg (k) (k = 0,018 > K = 0. Quando<br />

K > 0, ,0404,<br />

entãoo<br />

avg (k) < KK.<br />

Podee-se<br />

argumenntar<br />

que, como<br />

houve uma<br />

queda de d 8% no tot tal de acidenntes<br />

de 2005 5 para<br />

2006 (5619 paraa<br />

5177), ha averia uma tendência de d queda de d acidentess<br />

nos grupo os de<br />

intersseções.<br />

Paraa<br />

mostrar que e a redução é sistemátic ca, independentemente<br />

sse<br />

houve aum mento<br />

ou reedução<br />

no tootal<br />

de acide entes de umm<br />

ano para outro, o a Tabela<br />

5 foi repproduzida<br />

pa ara os<br />

períoodos<br />

2005-20006,<br />

2006-20 007, ..., 20009-2010.<br />

Os resultados obtidos estãão<br />

sintetizados<br />

na<br />

Tabeela<br />

6.<br />

Tabela 6 – Resultado os para os pperíodos<br />

200 05-2006, 200 06-2007, ..., 22009-2010<br />

0 acidentes<br />

1 acidente<br />

2 acidentes<br />

3 acidentes<br />

4 acidentes<br />

5 acidentes<br />

6 acidentes<br />

7 acidentes<br />

8 acidentes<br />

9 acidentes<br />

100<br />

acidentes<br />

> 110<br />

acidentes<br />

Totall<br />

de acidentes<br />

2005‐2006 22006‐2007<br />

20 007‐2008 200 08‐2009 20099‐2010<br />

‐ 59%<br />

‐ 53%<br />

‐ 40%<br />

‐36%<br />

‐ 34%<br />

‐ 40%<br />

‐ 42%<br />

‐24%<br />

‐ 31%<br />

‐ 36%<br />

‐ 30%<br />

‐ 8%<br />

‐ 50%<br />

‐ 41%<br />

‐ 44%<br />

‐ 21%<br />

‐ 27%<br />

‐ 45%<br />

‐ 28%<br />

‐ 17%<br />

‐ 19%<br />

‐ 60%<br />

‐ 2%<br />

12%<br />

‐ 58% ‐ 57% ‐ 555%<br />

‐ 53% ‐ 53% ‐ 442%<br />

‐ 42% ‐ 50% ‐ 445%<br />

‐ 40% ‐ 39% ‐ 337%<br />

‐ 37% ‐ 45% ‐ 225%<br />

‐ 41% ‐ 43% ‐ 333%<br />

‐ 23% ‐ 37% ‐ 11%<br />

‐ 38% ‐23% ‐<br />

‐ 225%<br />

‐ 33% ‐ 18% ‐ 111%<br />

‐ 24% ‐ 40% ‐ 227%<br />

Comoo<br />

pode-se oobservar<br />

pela<br />

Tabela 6, houve redu ução no tota al de acidenntes<br />

nos per ríodos<br />

2005-2006<br />

(- 8% ), 2007-2008 8 (- 9%) e 22008-2009<br />

(- - 3%). Porém m, houve aumento<br />

no to otal de<br />

acideentes<br />

nos peeríodos<br />

2006 6-2007 (12% ) e 2009-2010<br />

(11%). Entretanto,<br />

inddependentem<br />

mente<br />

de teer<br />

havido reddução<br />

ou aum mento no tottal<br />

de aciden ntes, houve redução r siste temática em todos<br />

os peeríodos<br />

e emm<br />

todos os grupos<br />

em quue<br />

K > 0,04 404, variando o essas reduuções<br />

desde 1% a<br />

60%.<br />

Em toodos<br />

os exeercícios,<br />

foi considerado<br />

c<br />

um período de um ano “antes” e umm<br />

ano “depo ois”. A<br />

perguunta<br />

que se ssegue<br />

é: ser rá que essass<br />

reduções ta ambém se ve erificam quanndo<br />

se aume enta o<br />

períoodo<br />

de observvação<br />

dos períodos<br />

“antees”<br />

e “depois s”?<br />

‐ 42%<br />

‐ 9%<br />

‐ 9% ‐ 115%<br />

‐ 3% 111%


Para responder a essa quest tão, foi realizzado<br />

um exe ercício considerando<br />

o pperíodo<br />

2005 5-2007<br />

(3 annos)<br />

como o período “an ntes” e 20088-2010<br />

(3 anos)<br />

como o período “deepois”.<br />

A Tab bela 7<br />

mostrra<br />

os resultaados<br />

obtidos.<br />

TTabela<br />

7 – PPeríodo<br />

de 3 anos “antees”<br />

(2005-20 007) e 3 ano os “depois” (2008-2010) ).<br />

Com períodos dee<br />

observação o de 3 anos “antes” e 3 anos a “depois s’, as reduçõões<br />

se mantiv veram<br />

para os grupos emm<br />

que K > 0,0404 0 e variaaram<br />

desde 2% a 34%.<br />

Para comprovar qque<br />

as reduç ções são sisttemáticas<br />

e que não são o por acaso, fica o convit te aos<br />

leitorees<br />

de outraas<br />

cidades para repetirr<br />

o exercício o usando dados d reais de acidente es de<br />

intersseções<br />

de suuas<br />

cidades.<br />

8 - IDDE<strong>NT</strong>IFICAÇÇÃO<br />

DE LOC CAIS PERIGOSOS<br />

Em [88],<br />

foram proopostos<br />

méto odos para ideentificar<br />

loca ais onde poss sa haver poteencial<br />

significativo<br />

de reedução<br />

de aacidentes<br />

com<br />

vítima ennvolvendo<br />

pe edestres e ciclistas. c Seggundo<br />

os au utores<br />

dessee<br />

artigo:<br />

“Até rrecentementte,<br />

a abordag gem para ideentificar<br />

loca ais de alto ris sco de acideentes<br />

obedec cia ao<br />

seguiinte<br />

procedimmento:<br />

(1) – escolha de locais específicos:<br />

tipicame ente, a ocorrência<br />

dee<br />

acidente com<br />

pedestres/biciclettas<br />

é um eve ento raro, o qque<br />

pode lev var a “falsos positivos” (iddentificar<br />

um m local<br />

de alto<br />

risco quando<br />

de fato não é) e “faalsos<br />

negativ vos” (falha na a identificaçãão<br />

de um loc cal de<br />

alto risco);<br />

(2) – critério de esscolha:<br />

esco olha por históórico<br />

de acide entes – Regressão<br />

para a Média.”


O esttudo<br />

abrangeeu<br />

o corredo or San Pablo Ave. em San<br />

Francisco East Bay:<br />

•<br />

•<br />

•<br />

•<br />

•<br />

Trecho de 16,5 milhas (26,6 km)<br />

180 interseeções<br />

203 acidenntes<br />

“antes” (5 ( anos: 19988<br />

– 2002)<br />

210 acidenntes<br />

“depois” (5 anos: 20003<br />

– 2007)<br />

Média de 00,2294<br />

acidentes<br />

por inteerseção<br />

por ano a<br />

No eestudo,<br />

os acidentes<br />

(en nvolvendo peedestre<br />

e/ou u bicicleta) ocorridos o forra<br />

de interseções<br />

foramm<br />

contabilizaddos<br />

para a in nterseção maais<br />

próxima.<br />

Os daados<br />

de aciddentes<br />

apresentados<br />

no aartigo<br />

foram tabulados co onforme a Taabela<br />

8.<br />

Tabbela<br />

8. Dado os de acidenntes<br />

envolvendo<br />

pedes stres/biciclettas.<br />

Podee-se<br />

observar<br />

pela Tabel la 8 (parte eem<br />

amarelo) que as 51 interseções<br />

qque<br />

apresen ntaram<br />

uma média de acidentes<br />

ma aior ou igual a 0,2294, experimentar<br />

e ram uma reddução<br />

de 25 5% no<br />

períoodo<br />

seguinte. .<br />

Na Figura<br />

9, os aacidentes<br />

no o período 19998-2002<br />

est tão represen ntados no eixxo<br />

horizonta al e os<br />

acideentes<br />

no perríodo<br />

2003-2 2007 estão nno<br />

eixo vertic cal. O taman nho dos círcculos<br />

represe enta a<br />

quanttidade<br />

de intterseções.


O númmero<br />

de aciddentes<br />

não é uma boa indicação<br />

para a identificar locais<br />

perigoosos.<br />

A Figgura<br />

9 apresenta<br />

dois exemplos dee<br />

“falsos-po ositivos” (loca ais que seriiam<br />

conside erados<br />

perigosos<br />

quandoo<br />

na realida ade não são).<br />

O primeiro<br />

grupo de falsos-positivos<br />

apresen ntou 6<br />

acideentes<br />

no perííodo<br />

1998-20 007, mas no período seg guinte (2003-2007)<br />

esse grupo apres sentou<br />

apenas<br />

1 acidentte.<br />

No segun ndo exemploo,<br />

ocorreram m 4 acidentes s no períodoo<br />

1998-2002 2, mas<br />

nos 5 anos seguintes<br />

apresen ntaram 0 aciddentes.<br />

A Figgura<br />

9 aindda<br />

apresent ta 2 exempplos<br />

de “fals sos-negativo os” (locais cconsiderados<br />

s não<br />

perigosos<br />

quandoo<br />

na realidade<br />

são). Noo<br />

primeiro ex xemplo, há um u grupo dee<br />

interseçõe es que<br />

apressentaram<br />

1 acidente no o período 1998-2002<br />

e nos 5 ano os seguintess<br />

apresentar ram 5<br />

acideentes.<br />

No seggundo<br />

exemplo,<br />

um gruppo<br />

de interse eções aprese entaram 1 accidente<br />

no pe eríodo<br />

1998-2002<br />

e nos 5 anos segu uintes apreseentaram<br />

4 ac cidentes.<br />

Dois outros trabaalhos<br />

que mo ostram que há necessidade<br />

de meto odologias maais<br />

elaborad das do<br />

que o simples número<br />

de acidentes<br />

para identificar os<br />

locais com m maior potenncial<br />

de acid dentes<br />

são [ 10] e [11].<br />

9.<br />

Falssos‐negativos<br />

CONCLUUSÕES<br />

FFigura<br />

9. Dad dos de acidenntes<br />

no perío odo 1998-2002 2 e 2003-20077.<br />

Falsoos‐positivos<br />

Deviddo<br />

ao fato de<br />

a escolha dos locais para tratame ento com medidas<br />

de seegurança<br />

nã ão ser<br />

aleatóória<br />

e sim conduzida para considderar<br />

só os locais que tiveram maais<br />

acidente es, os<br />

resulttados<br />

de quualquer<br />

estud do observaccional<br />

do tipo o “antes-dep pois” baseaddo<br />

exclusivam mente<br />

em hhistórico<br />

de acidentes sã ão contaminnados<br />

pelo efeito e da Re egressão parra<br />

a Média. Se a<br />

Regreessão<br />

para a Média não<br />

for devidamente<br />

tra atada, os re esultados seerão<br />

viciado os (ou<br />

envieesados)<br />

e nãão<br />

poderão ser s atribuídoss,<br />

pelo meno os em sua to otalidade, aoo<br />

efeito da medida<br />

m


de segurança<br />

applicada.<br />

Um m resultado, embora es statística e altamente a significativo<br />

(como (<br />

aqueles<br />

mostradoos<br />

neste trab balho, da orddem<br />

de 53% % da Tabela 2, 71% da TTabela<br />

3, 60 0% da<br />

Tabeela<br />

6 e 31% dda<br />

Tabela 7) , mas que essteja<br />

contam minado pela Regressão R paara<br />

a Média, , pode<br />

não rrepresentar<br />

oou<br />

refletir nen nhum significcado<br />

real.<br />

Teoricamente,<br />

o efeito da Regressão R paara<br />

a Média a pode ser minimizado<br />

m aumentando o-se o<br />

tempo<br />

de observaação.<br />

No ent tanto, há quee<br />

se considerar<br />

duas ress salvas:<br />

a)<br />

b)<br />

mesmo quee<br />

o efeito da a Regressão para a Méd dia seja reduzido<br />

pelo auumento<br />

do pe eríodo<br />

de observaação,<br />

não po oderá ser detterminada<br />

co om exatidão qual a parccela<br />

remanes scente<br />

do efeito daa<br />

Regressão o para a Méddia<br />

e, mais im mportante,<br />

aumentanddo<br />

o períod do de obseervação,<br />

au umentam-se as chancees<br />

de ocor rrerem<br />

mudanças de fatores de d confusão ttais<br />

como o fluxo (de veí ículos e de ppedestres),<br />

uso u do<br />

solo, nível pluviométric co, ocorrênciia<br />

de obras, mudanças de pontos dde<br />

ônibus, et tc., de<br />

forma que o resultado o obtido nãão<br />

pode ser r atribuído exclusivamen<br />

e nte à medid da de<br />

segurança aplicada, pois p está mmascarado<br />

por p outros fatores f que não o efei ito da<br />

aplicação dda<br />

medida de e segurança cuja eficiênc cia quer-se medir m ou avaaliar.<br />

Existeem<br />

técnicas,<br />

como o mé étodo empíricco<br />

de Bayes (Empirical Bayes B methood),<br />

que cont trolam<br />

o efeeito<br />

do fenômmeno<br />

da Reg gressão paraa<br />

a Média em<br />

estudos observaciona<br />

o ais do tipo “a antes-<br />

depois”.<br />

Entretannto,<br />

essas metodologias<br />

m<br />

exigem uma a série de dados<br />

adicionnais,<br />

nem se empre<br />

dispooníveis.<br />

Uma outra alternnativa<br />

é conduzir<br />

um esstudo<br />

do tipo o “antes-dep pois” baseaddo<br />

em parâm metros<br />

operaacionais<br />

relaacionados<br />

co om segurançça<br />

e que pos ssam ser observados<br />

e ccontados,<br />

em m vez<br />

de uttilizar<br />

apenass<br />

o histórico de acidentess.<br />

Por exemplo,<br />

quer-se medir a eficciência,<br />

em te ermos<br />

de ssegurança,<br />

de uma reprogramaçção<br />

do tempo<br />

de entreverdes<br />

e<br />

em interseções<br />

semaaforizadas.<br />

EEm<br />

vez de comparar c o nnúmero<br />

de acidentes a an ntes e depoiss<br />

da aplicaç ção da<br />

medidda,<br />

pode-se comparar o número de transgressões<br />

ao sinal vermelho, v núúmero<br />

de co onflitos<br />

traseiros<br />

e angulares,<br />

etc. Neste N caso, pode-se co oletar, em períodos<br />

relaativamente<br />

curtos, c<br />

amosstras<br />

suficienntemente<br />

gra andes para evitar as oscilações<br />

aleatórias,<br />

evitaando-se,<br />

ass sim, o<br />

efeitoo<br />

da Regressão<br />

para a Média. Alémm<br />

de o estud do não ser contaminadoo<br />

com o efe eito da<br />

Regreessão<br />

para a Média, ess sas técnicass<br />

alternativas s possuem a importante vantagem de d não<br />

necesssitar<br />

de pperíodos<br />

de observaçãoo<br />

extensos. Enquanto que estudoos<br />

baseado os em<br />

acideentes<br />

precisaam<br />

de perío odos de observação<br />

“an ntes” e “depo ois” de um oou<br />

mais ano os, as<br />

técniccas<br />

alternativvas<br />

baseada as em eventoos<br />

observáve eis necessita am de períoddos<br />

de obser rvação<br />

da orrdem<br />

de semmanas<br />

ou meses.<br />

Isso rreduz<br />

drastic camente a possibilidade<br />

de influênci ia dos<br />

fatorees<br />

de confuusão,<br />

não controláveis<br />

c<br />

e não me ensuráveis, nos resultaddos<br />

obtidos s. Um<br />

imporrtante<br />

beneffício,<br />

decorre ente de curttos<br />

períodos de observa ação, é a obbtenção<br />

rápida<br />

do<br />

resulttado<br />

do estuudo,<br />

permitin ndo eventuaiis<br />

correções s (antes que os acidentees<br />

ocorram) e não<br />

apenas<br />

após a ocorrência<br />

do os acidentes,<br />

como é o caso c de estu udos “antes-depois”<br />

base eados<br />

apenas<br />

em númeero<br />

de acide entes, com pperíodos<br />

de observação o de um ou mais anos. Além


dissoo,<br />

os dados referentes a parâmetroos<br />

operacion nais são ma ais completoos<br />

e confiáveis<br />

(a<br />

extennsão<br />

e a quaalidade<br />

dos dados d dependdem<br />

só do próprio p pesqu uisador que eestá<br />

conduzindo<br />

o<br />

estuddo<br />

e dos reccursos<br />

tecno ológicos dispponíveis<br />

par ra a coleta dos d dados), enquanto que<br />

os<br />

dados<br />

de acidenttes<br />

são precá ários em termmos<br />

da confi iabilidade da a informação e geralment te não<br />

identiificam<br />

o tipo de acidente.


REFERÊNCIAS<br />

[1]<br />

[2]<br />

[3]<br />

[4]<br />

[5]<br />

[6]<br />

[7]<br />

[8]<br />

[9]<br />

[10]<br />

[11]<br />

Acidente coom<br />

mortes no<br />

trânsito suupera<br />

número o de homicíd dios no Estaado<br />

de São Paulo.<br />

http://noticiaas.r7.com/sao-paulo/noticiass/acidente-com<br />

m-mortes-no-t transito-superaam-numero-de<br />

homicidios-nno-estado-de<br />

sao-paulo-201110825.html<br />

( acessado em 15/02/2012).<br />

Rosenbaumm,<br />

Paul R. – Ob bservational SStudies<br />

– Sprin nger Series in Statistics – SSecond<br />

Edition n.<br />

Elvik, Rune – The Import tance of Conffounding<br />

in Observational<br />

Before-and-Af<br />

B<br />

fter Studies of f Road<br />

Safety Meassures<br />

– Accide ent Analysis aand<br />

Prevention n 34 (2002) 63 31–635, 2001. .<br />

Wikipedia – Regression Toward T the Meean<br />

http://en.wikkipedia.org/wik<br />

ki/Regression__toward_the_m<br />

mean (acessa ado em 02/11/2 /2011).<br />

Hauer, Ezraa<br />

– Observat tional Before-After<br />

Studies s in Road Sa afety – Estimmating<br />

the Eff ffect of<br />

Highway andd<br />

Traffic Engin neering Measuures<br />

on Road Safety, 1997.<br />

Safe Speedd<br />

– Regressio on to the Meean<br />

– http://w www.safespeed.org.uk/rttm.hhtml<br />

(acessad do em<br />

09/04/11).<br />

Persaud, Bhhagwant<br />

– Re elating the Effe fect of Safety Measures to Expected Nummber<br />

of Accid dents –<br />

Transport Saafety<br />

Studies Group, Univeersity<br />

of Toron nto, Departme ent of Civil Enggineering,<br />

Tor ronto –<br />

Aug 1985.<br />

Ragland, Daavid;<br />

Grembek k, Offer; Orricck,<br />

Phyllis – Srategies S for Reducing R Pedeestrian<br />

and Bicyclist<br />

Injury at thee<br />

Corridor Lev vel: Final Techhnical<br />

Report – UC Berkele ey Safe Transsportation<br />

Research<br />

and Education<br />

Center for the Californiaa<br />

Department of o Transportat tion (July 20111).<br />

Sistema de AAcidentes<br />

de Trânsito – SAAT<br />

– <strong>CET</strong>-SP.<br />

Brijsy, Tom;<br />

Karlisz, Dim mitris; Bosscheey,<br />

Filip Van den; Wetsy, Geert – A BBayesian<br />

Model<br />

for<br />

Ranking Hazzardous<br />

Sites.<br />

Hauer, Ezraa;<br />

Persaud, Bhagwant B – PProblem<br />

of Ide entifying Haza ardous Locatio ions Using Ac ccident<br />

Data. Transpportation<br />

Rese earch Record 975, 36-43, 1984.<br />

Os coonceitos<br />

aqui emmitidos<br />

não refleetem,<br />

necessarriamente,<br />

o ponto de vista da CEET,<br />

sendo<br />

de respponsabilidade<br />

ddo<br />

autor.<br />

Revisãoo/Edição<br />

– NCTT/SES/DP<br />

GESTÃOO<br />

DO CONHECCIME<strong>NT</strong>O<br />

Diaggramação:<br />

GMC/ /Dma

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