13.07.2013 Views

19 Rococo - Histeo.dec.ufms.br

19 Rococo - Histeo.dec.ufms.br

19 Rococo - Histeo.dec.ufms.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Antoine Watteau – Desenho de uma Concha<<strong>br</strong> />

Este desenho foi provavelmente feito por razões de<<strong>br</strong> />

documentação, mas a concha aqui ilustrada pode quase ser<<strong>br</strong> />

considerada um microcosmo do Rococó.<<strong>br</strong> />

Muitas das características do estilo estão expostas: a curva - S<<strong>br</strong> />

irregular, as frondes e picos, a assimetria, a sensação de<<strong>br</strong> />

desenvolvimento e o fascínio com o mundo natural e o exótico.<<strong>br</strong> />

Os motivos de conchas ocorrem freqüentemente na <strong>dec</strong>oração<<strong>br</strong> />

rococó alemã, embora não tanto na francesa.<<strong>br</strong> />

Antoine Watteau<<strong>br</strong> />

Desenho de uma concha<<strong>br</strong> />

(Giz / 29,6x18,6cm: 1715)


Meissonier<<strong>br</strong> />

Desenho de uma terrina<<strong>br</strong> />

(Livre d’Ornaments / 18,5x26cm: 1735)<<strong>br</strong> />

Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Meissonier – Desenho de uma Terrina<<strong>br</strong> />

As formas intricadas desta fantástica<<strong>br</strong> />

terrina, que teria sido executada em<<strong>br</strong> />

prata, refletem as formas naturais da<<strong>br</strong> />

concha desenhada por Watteau.<<strong>br</strong> />

Há também uma semelhança em<<strong>br</strong> />

espírito. O trabalho de Meissonier é<<strong>br</strong> />

representativo do genre pittoresque,<<strong>br</strong> />

uma fase do Rococó caracterizada pelo<<strong>br</strong> />

amor à assimetria e um grande<<strong>br</strong> />

interesse pelo mundo da vida marinha<<strong>br</strong> />

e vegetal como fonte de motivos<<strong>br</strong> />

<strong>dec</strong>orativos.


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Joseph Willians – Pastores em trajes turcos<<strong>br</strong> />

Meissen, o mais importante centro<<strong>br</strong> />

europeu de manufatura de porcelana na<<strong>br</strong> />

primeira metade do séc. XVIII, estimulou o<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de fá<strong>br</strong>icas de porcelana<<strong>br</strong> />

na Inglaterra.<<strong>br</strong> />

Chelsea, a mais antiga de todas, foi<<strong>br</strong> />

fundada, segundo parece, pouco depois<<strong>br</strong> />

de 1745, sendo o seu mestre-modelador o<<strong>br</strong> />

flamengo Joseph Willems.<<strong>br</strong> />

O estilo de Willems é uma elaborada<<strong>br</strong> />

interpretação do rococó.<<strong>br</strong> />

Joseph Willems<<strong>br</strong> />

Pastores em trajes turcos<<strong>br</strong> />

(Porcelana /32,4cm: 1765)


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

René Dubois – Mesa Tilsit<<strong>br</strong> />

Essa mesa parece ter sido feita para Luiz<<strong>br</strong> />

XV, que a deu ou vendeu à Imperatriz<<strong>br</strong> />

Catarina II da Rússia.<<strong>br</strong> />

Recebeu o seu nome do fato suposto de<<strong>br</strong> />

ter sido nela assinado o Tratado Franco-<<strong>br</strong> />

Russo de Tilsit (1807), sendo o seu<<strong>br</strong> />

proprietário de então o Príncipe<<strong>br</strong> />

Kurakine, embaixador russo na côrte<<strong>br</strong> />

imperial francesa.<<strong>br</strong> />

Os intricados ornamentos em relevo e as<<strong>br</strong> />

elaboradas cariátides das pernas (já<<strong>br</strong> />

atribuídas ao escultor Étienne Falconet)<<strong>br</strong> />

dão a esta peça uma qualidade rica e algo<<strong>br</strong> />

austera, apesar de toda a sua elegância,<<strong>br</strong> />

embora o laqueado tenha escurecido.<<strong>br</strong> />

René Dubois –<<strong>br</strong> />

Mesa Tilsit ( Carvalho laqueado –<<strong>br</strong> />

76x143cm: 1770)<<strong>br</strong> />

Carvalho, laqueado em verniz ouro e<<strong>br</strong> />

verde, e parcialmente dourado, com<<strong>br</strong> />

molduras de <strong>br</strong>onze marchetado e<<strong>br</strong> />

dourado; o tampo é formado de<<strong>br</strong> />

marroquim verde.


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Claude Audran – Desenho de um teto<<strong>br</strong> />

Este desenho para parte da <strong>dec</strong>oração de um<<strong>br</strong> />

teto é semelhante aos produzidos por Audran<<strong>br</strong> />

para o Château de Ia Ménagerie.<<strong>br</strong> />

Os motivos são adaptados de arabescos (um<<strong>br</strong> />

tipo tradicional de desenho intricado usando<<strong>br</strong> />

uma mistura de formas abstratas com figuras,<<strong>br</strong> />

animais e plantas) mas tudo ficou mais leve,<<strong>br</strong> />

mais livre e alegre.<<strong>br</strong> />

Tais desenhos foram uma importante fonte de<<strong>br</strong> />

inspiração do Rococó.<<strong>br</strong> />

Claude Audran<<strong>br</strong> />

Desenho de um teto<<strong>br</strong> />

(Detalhe / 20,1x34,3cm: 1709)


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Robert Adam – A Sala Etrusca<<strong>br</strong> />

Adam afirmou que “um modo de <strong>dec</strong>oração foi aqui<<strong>br</strong> />

tentado, que difere de tudo o que até agora se praticou<<strong>br</strong> />

na Europa", isto é, a aplicação de motivos de vasos<<strong>br</strong> />

gregos à <strong>dec</strong>oração de um interior.<<strong>br</strong> />

De fato, a sala tem uma leveza rococó e as formas e<<strong>br</strong> />

cores usadas têm uma semelhança mais próxima com os<<strong>br</strong> />

grotesques de Pompéia e da Renascença do que com<<strong>br</strong> />

qualquer coisa encontrada na cerâmica grega;<<strong>br</strong> />

mas o espírito arqueológico subentendido nos desenhos,<<strong>br</strong> />

estimulado pelas descobertas realizadas em Herculano e<<strong>br</strong> />

Pompéia, mostra-nos um aspecto do movimento<<strong>br</strong> />

neoclássico.<<strong>br</strong> />

Robert Adam<<strong>br</strong> />

A Sala Etrusca<<strong>br</strong> />

(Inglaterra - 1775)


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Robert Adam – Syon House<<strong>br</strong> />

O arquiteto Robert Adam (1728-92) está indissoluvelmente ligado ao<<strong>br</strong> />

movimento neoclássico inglês, e o seu nome ficou associado a um<<strong>br</strong> />

estilo de <strong>dec</strong>oração interior.<<strong>br</strong> />

O estilo Adam alia a compreensão da proporção a um apuro nos mais<<strong>br</strong> />

ínfimos pormenores, como o puxador de uma porta ou um vaso.<<strong>br</strong> />

Adam foi freqüentemente encarregado de remodelar edifícios - e não<<strong>br</strong> />

tanto de construí-los - e o seu talento residia na capacidade de criar<<strong>br</strong> />

seqüências de divisões bem proporcionadas e com formas<<strong>br</strong> />

interessantes que eram um prazer para a vista e atraíam o visitante.<<strong>br</strong> />

A este conceito, chamou ele «movimento», afirmando que ele era «a<<strong>br</strong> />

ascensão e a queda, o avanço e o recuo em relação a outras formas,<<strong>br</strong> />

nas diversas componentes de um edifício, para aumentar<<strong>br</strong> />

substancialmente a componente pictórica da composição).<<strong>br</strong> />

Estes pormenores de Syon House, em Middlesex, que sofreu uma<<strong>br</strong> />

remodelação entre 1761 e 1771, mostram como ele criou o seu estilo.<<strong>br</strong> />

Robert Adam<<strong>br</strong> />

Syon House ( Middlesex – Inglaterra: 1761)


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Cabinet de la Pendule – Versalhes<<strong>br</strong> />

O Cabinet de Ia Pendule faz<<strong>br</strong> />

parte dos "Petits<<strong>br</strong> />

appartements" criados na<<strong>br</strong> />

década de 1730 por Luís XV na<<strong>br</strong> />

ala norte de Versalhes, de<<strong>br</strong> />

frente para a Cour de Mar<strong>br</strong>e.<<strong>br</strong> />

Essas salas foram<<strong>br</strong> />

deliberadamente projetadas de<<strong>br</strong> />

modo a serem mais leves, mais<<strong>br</strong> />

agradáveis e mais íntimas do<<strong>br</strong> />

que os "grands Appartements"<<strong>br</strong> />

feitos para Luís XIV e são típicos<<strong>br</strong> />

do rococó francês.<<strong>br</strong> />

A lareira e o mobiliário são da<<strong>br</strong> />

época mas o fundo da sala,<<strong>br</strong> />

originalmente oval, foi<<strong>br</strong> />

modificado em 1760.<<strong>br</strong> />

Cabinet de la Pendule<<strong>br</strong> />

(Versalhes - 1738)


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Germain Boffran – Palais Soubise<<strong>br</strong> />

Germain Boffran<<strong>br</strong> />

Salão da Princesa/ Palais Soubise<<strong>br</strong> />

( Paris - 1732)


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Germain Boffran – Palais Soubise<<strong>br</strong> />

Germain Boffran<<strong>br</strong> />

Salão da Princesa/ Palais Soubise<<strong>br</strong> />

( Paris - 1732)


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Jacob Prandtauer – Basílica de Wallfahrst<<strong>br</strong> />

Jakob Prandtauer<<strong>br</strong> />

Basílica de Wallfahrts<<strong>br</strong> />

(Áustria - 1729)


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Baltazar Neumann – Sala do Imperador<<strong>br</strong> />

Balthasar Neumann<<strong>br</strong> />

Sala do Imperador<<strong>br</strong> />

(Alemanha - 1744)


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Baltazar Neumann -Igreja de Vierzahnheiligen<<strong>br</strong> />

Balthasar Neumann<<strong>br</strong> />

Igreja de Vierzahnheiligen<<strong>br</strong> />

(Alemanha - 1743)


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Baltazar Neumann - Igreja de Vierzahnheiligen<<strong>br</strong> />

Balthasar Neumann<<strong>br</strong> />

Igreja de Vierzahnheiligen<<strong>br</strong> />

(Alemanha - 1743)


Jakob Prandtauer<<strong>br</strong> />

Mosteiro de Melk<<strong>br</strong> />

(Áustria - 1702)<<strong>br</strong> />

Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Jacob Prandtauer – Mosteiro de Melk<<strong>br</strong> />

A Igreja fez uso de efeitos<<strong>br</strong> />

impressionantes em suas construções. O<<strong>br</strong> />

mosteiro de Melke, às margens do<<strong>br</strong> />

Danúbio, com sua cúpula e torres de<<strong>br</strong> />

formato insólito, ergue-se so<strong>br</strong>e a colina<<strong>br</strong> />

como uma aparição irreal, para quem<<strong>br</strong> />

navega rio abaixo.<<strong>br</strong> />

Foi edificado por um construtor local<<strong>br</strong> />

Jakob Prandtauer (falecido em 1726) e<<strong>br</strong> />

<strong>dec</strong>orado por alguns dos virtuosi<<strong>br</strong> />

itinerantes italianos que estavam sempre<<strong>br</strong> />

dispostos a retirar novas idéias e novos<<strong>br</strong> />

projetos do incomensurável repertório de<<strong>br</strong> />

modelos barrocos. Com que maestria<<strong>br</strong> />

esses humildes artistas tinham aprendido<<strong>br</strong> />

a difícil arte de agrupar e compor um<<strong>br</strong> />

edifício, dando-lhe uma aparência de<<strong>br</strong> />

grandeza sem monotonia! Também eram<<strong>br</strong> />

cuidadosos ao graduar a <strong>dec</strong>oração e ao<<strong>br</strong> />

usar com parcimônia as formas mais<<strong>br</strong> />

extravagantes, mas sempre com a maior<<strong>br</strong> />

eficácia, nas partes do edifício que<<strong>br</strong> />

queriam destacar.


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Jacob Prandtauer – Mosteiro de Melk<<strong>br</strong> />

No interior, porém, abandonavam todas as limitações. Nem<<strong>br</strong> />

mesmo Bernini ou Borromini, em seus dias de humor mais<<strong>br</strong> />

exuberante, teriam ido tão longe.<<strong>br</strong> />

Uma vez mais, devemos imaginar o que significa para um simples<<strong>br</strong> />

camponês austríaco deixar sua humilde casa na granja e penetrar<<strong>br</strong> />

nesse estranho mundo encantado.<<strong>br</strong> />

Há nuvens por toda parte, com anjos tocando música e<<strong>br</strong> />

gesticulando na bem-aventurança do Paraíso.<<strong>br</strong> />

Alguns pousaram no púlpito, tudo parece mover-se e dançar, e a<<strong>br</strong> />

arquitetura que cerca o suntuoso altar parece oscilar ao ritmo dos<<strong>br</strong> />

cânticos jubilosos.<<strong>br</strong> />

Nada é "natural" ou "normal" em semelhante igreja... nem<<strong>br</strong> />

pretendia ser. A intenção é fazer-nos antegozar a glória do Paraíso.<<strong>br</strong> />

Talvez não seja essa a idéia que o homem comum faz do Paraíso,<<strong>br</strong> />

mas, quando está envolvida por tudo aquilo, qualquer pessoa<<strong>br</strong> />

sentir-se-á feliz, pondo de lado todas as interrogações.<<strong>br</strong> />

É como se penetrasse num mundo em que as nossas regras e<<strong>br</strong> />

nossos padrões simplesmente não se aplicam.<<strong>br</strong> />

Jakob Prandtauer<<strong>br</strong> />

Mosteiro de Melk<<strong>br</strong> />

(Áustria - 1702)


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Baltazar Neumann - Escadaria / Würzburg<<strong>br</strong> />

Balthasar Neumann<<strong>br</strong> />

Escadaria / Würzburg<<strong>br</strong> />

(Alemanha - 1744)


Rococó<<strong>br</strong> />

Brasil - século XVIII<<strong>br</strong> />

Aleijadinho – Igreja de N. Sra. do Monte do Carmo<<strong>br</strong> />

Aleijadinho<<strong>br</strong> />

Coro da igreja de N. Sra. do Monte do Carmo (Sabará - 1770)


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Jean Honoré Fragonard – O Balanço<<strong>br</strong> />

O jovem pretendente está aos pés de um monumento de<<strong>br</strong> />

pedra - incidentalmente coroado por Amor, o deus do amor -<<strong>br</strong> />

como se acidentalmente tivesse tropeçado e caído nos<<strong>br</strong> />

arbustos, onde, como por acaso, consegue vislum<strong>br</strong>ar as saias<<strong>br</strong> />

interiores da bela mulher no balanço.<<strong>br</strong> />

No entanto a cena mostra mais do que um jogo de namorico<<strong>br</strong> />

entre o voyeurismo e o exibicionismo.<<strong>br</strong> />

O rosto do jovem deitado entre as rosas é iluminado como se<<strong>br</strong> />

fosse por uma fonte de luz invisível - como um santo perante<<strong>br</strong> />

uma visão celestial. No entanto, não é uma verdade divina que<<strong>br</strong> />

se lhe revela, mas algo muito mais humano: o que ele<<strong>br</strong> />

vislum<strong>br</strong>a é o paraíso na terra, e as alegrias que promete são<<strong>br</strong> />

de natureza muito mundana.<<strong>br</strong> />

O olhar da bela mulher é inexpressivo, e os seus olhos<<strong>br</strong> />

parecem vidrados no rubor encantador do seu rosto. O que<<strong>br</strong> />

está acontecendo aqui, já está simbolizado pelo balanço a<<strong>br</strong> />

alcançar o ponto mais alto do seu arco. Dentro em pouco,<<strong>br</strong> />

cairá novamente, recolhido pelo homem idoso no fundo<<strong>br</strong> />

escuro: uma fração de segundo de arrebatamento erótico, tão<<strong>br</strong> />

feliz e arriscado como o próprio Rococó.<<strong>br</strong> />

Jean Honore Fragonard<<strong>br</strong> />

O Balanço<<strong>br</strong> />

(Óleo s/ tela: 83x63cm – 1767)


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Jean-Antoine Watteau – Festas Venezianas<<strong>br</strong> />

Nesta festa, nada nem ninguém parece ser o centro das<<strong>br</strong> />

atenções.<<strong>br</strong> />

O casal que dança um minueto parece completamente<<strong>br</strong> />

absorto, o tocador de gaita de foles olha fixamente para o<<strong>br</strong> />

espaço com ar sonhador, um cavalheiro ocupa-se da<<strong>br</strong> />

conquista de uma mulher bonita, um casal passeia frente à<<strong>br</strong> />

fonte, duas mulheres e um ator estão envolvidos numa<<strong>br</strong> />

conversa profunda.<<strong>br</strong> />

De um forma geral, os materiais apresentam certa<<strong>br</strong> />

semelhança e todos contribuem para o sentimento de<<strong>br</strong> />

cele<strong>br</strong>ação.<<strong>br</strong> />

Jean-Antoine Watteau<<strong>br</strong> />

Festas Venezianas<<strong>br</strong> />

(Óleo s/ tela: 56x46cm – 17<strong>19</strong>: Edimburgo)


Rococó<<strong>br</strong> />

Primeira metade do século XVIII<<strong>br</strong> />

Jean-Baptiste Oudry – Natureza morta com pato <strong>br</strong>anco<<strong>br</strong> />

Oudry era um profundo conhecedor das naturezas-mortas do século<<strong>br</strong> />

XVII, de origem holandesa. Ele tinha-as visto e sabido da sua<<strong>br</strong> />

existência através dos seus professores, Michel Serre e Nicolas de<<strong>br</strong> />

Largilliere.<<strong>br</strong> />

No entanto, neste trabalho tardio, Oudry mostra, de forma radical,<<strong>br</strong> />

que as naturezas-mortas da França do século XVIII revestem uma<<strong>br</strong> />

índole completamente diversa. O conteúdo da tela não só não<<strong>br</strong> />

antecipa qualquer sugestão alegórica, antes pelo contrário, a vê<<strong>br</strong> />

virtualmente negada. A escolha dos objetos - o pato <strong>br</strong>anco, a<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>emesa <strong>br</strong>anca em taça de porcelana <strong>br</strong>anca, a toalha <strong>br</strong>anca de<<strong>br</strong> />

damasco, a vela <strong>br</strong>anca em castiçal de prata, o pedaço de papel<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>anco assinado e datado, tudo disposto so<strong>br</strong>e uma parede<<strong>br</strong> />

es<strong>br</strong>anquiçada - não nos deixa qualquer dúvida: esta tela não trata do<<strong>br</strong> />

significado dos objetos em si, mas sim da exploração de um complexo<<strong>br</strong> />

jogo de tonalidades <strong>br</strong>ancas e prateadas. É uma pintura<<strong>br</strong> />

monocromática com uma diferença: em vez de retratar objetos<<strong>br</strong> />

coloridos já privados das suas cores, retrata objetos cuja cor original é<<strong>br</strong> />

o <strong>br</strong>anco.<<strong>br</strong> />

A artificialidade do Rococó, tantas vezes citada como a sua principal<<strong>br</strong> />

característica, é aqui totalmente destruída com ironia e perícia. O que<<strong>br</strong> />

aqui vemos não nos é apresentado como sendo algo fantástico, mas<<strong>br</strong> />

sim como objetos reais, numa situação real. O fato é que a<<strong>br</strong> />

artificialidade e finesse são desta forma apresentadas como<<strong>br</strong> />

realidade. Por outras palavras, a realidade jaz no olhar do espectador.<<strong>br</strong> />

Jean-Baptiste Oudry<<strong>br</strong> />

Natureza morta com pato <strong>br</strong>anco<<strong>br</strong> />

(Óleo s/ tela: 95x63cm – 1753)


Francisco José de Goya<<strong>br</strong> />

Peru depenado<<strong>br</strong> />

(Óleo s/ tela: 44,8x62,4cm – 1753)<<strong>br</strong> />

Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Francisco José de Goya – Peru depenado<<strong>br</strong> />

No seu ciclo de gravuras intitulado<<strong>br</strong> />

Caprichos, Goya retrata prostitutas<<strong>br</strong> />

extorquindo os seus clientes e<<strong>br</strong> />

escorraçando-os com os bolsos<<strong>br</strong> />

vazios.<<strong>br</strong> />

A palavra espanhola para isto é<<strong>br</strong> />

desplumar, que significa “depenar”.<<strong>br</strong> />

Ele mostra-as como aves feias e<<strong>br</strong> />

depenadas com cabeça de homens,<<strong>br</strong> />

como metáfora de exploração e<<strong>br</strong> />

revelação, expondo-as em toda a<<strong>br</strong> />

sua mediocridade.<<strong>br</strong> />

Nesta natureza morta, a ave<<strong>br</strong> />

depenada e nua representa a<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>utalidade da verdade tão<<strong>br</strong> />

violentamente revelada.<<strong>br</strong> />

Tal como esta pintura não permite<<strong>br</strong> />

ao espectador refugiar-se nos<<strong>br</strong> />

confortos da edificação moral,<<strong>br</strong> />

também torna impossível evitar a<<strong>br</strong> />

verdade nua e crua.


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Francisco José de Goya – A Maja Vestida e A Maja Desnuda<<strong>br</strong> />

Maja é a palavra espanhola para descrever uma<<strong>br</strong> />

rapariga vulgar das classes mais baixas quando<<strong>br</strong> />

se veste com a última moda e elegância.<<strong>br</strong> />

Ela é igualmente simples e especial, do povo, e<<strong>br</strong> />

um regalo para os olhos ao mesmo tempo.<<strong>br</strong> />

A Maja de Goya não é nenhuma Vênus; o que<<strong>br</strong> />

vemos aqui não é sensualidade sublimada na<<strong>br</strong> />

forma de antiguidade, mas a própria<<strong>br</strong> />

sensualidade. A sua pose é inequívoca, o seu<<strong>br</strong> />

desafio arrojado. Goya mostra-a vestida e<<strong>br</strong> />

despida: a nudez não é aqui um atributo<<strong>br</strong> />

mitológico, mas apenas um estado de<<strong>br</strong> />

vulgaridade.<<strong>br</strong> />

Dispensando os padrões tradicionais, o artista<<strong>br</strong> />

cria uma cena de realidade provocante.<<strong>br</strong> />

Francisco José de Goya<<strong>br</strong> />

A Maja Vestida<<strong>br</strong> />

(Óleo s/ tela: 95x<strong>19</strong>0cm – 1797: Museu do<<strong>br</strong> />

Prado)<<strong>br</strong> />

A Maja Desnuda<<strong>br</strong> />

(Óleo s/ tela: 97x<strong>19</strong>0cm – 1797: Museu do<<strong>br</strong> />

Prado)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Francisco José de Goya – O fuzilamento dos rebeldes a 3 de maio de 1808<<strong>br</strong> />

Francisco José de Goya<<strong>br</strong> />

O Fuzilamento dos rebeldes a 3 de Maio de 1808<<strong>br</strong> />

(Óleo s/ tela: 266x345m – <strong>19</strong>14: Museu do Prado)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Eugéne Delacroix – A Liberdade liderando o povo<<strong>br</strong> />

Eugène Delacroix<<strong>br</strong> />

A Liberdade Liderando o Povo (Óleo s/ tela, 260x325 cm: 1830)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Eugéne Delacroix – Órfã no cemitério<<strong>br</strong> />

Eugène Delacroix<<strong>br</strong> />

Órfã no cemitério<<strong>br</strong> />

(Óleo s/ tela, 66x54 cm: 1823)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Ingres – A banhista de Valpinçon<<strong>br</strong> />

Além da arte retratista, um dos principais gêneros pictóricos do<<strong>br</strong> />

século XIX, Ingres concentrou-se so<strong>br</strong>etudo nos nus femininos.<<strong>br</strong> />

Na sua cele<strong>br</strong>ada A Banhista de Valpinçon, o arrojado espírito<<strong>br</strong> />

inovador que permeou as pinturas de David do período<<strong>br</strong> />

revolucionário continua patente, refletido na monumentalidade<<strong>br</strong> />

neoclássica de motivos insignificantes, sem os elementos<<strong>br</strong> />

<strong>dec</strong>orativos mitológicos ou orientais, pelos quais Ingres veio a<<strong>br</strong> />

desenvolver mais tarde um certo gosto. Atendendo a que, antes<<strong>br</strong> />

da Revolução Francesa, a representação na pintura rococó de<<strong>br</strong> />

corpos femininos nus tivera um cunho claramente erótico, tornase<<strong>br</strong> />

evidente o novo sentido moral deste artista.<<strong>br</strong> />

A sensualidade das suas o<strong>br</strong>as reside no prazer contemplativo da<<strong>br</strong> />

beleza tranqüila dos objetos numa sala banhada de luz, cuja<<strong>br</strong> />

estrutura vertical e horizontal eles absorvem. A pintura<<strong>br</strong> />

assemelha-se a uma natureza-morta. Só a presença dos objetos<<strong>br</strong> />

importa.<<strong>br</strong> />

A figura humana converte-se ela própria num objeto, na medida<<strong>br</strong> />

em que o rosto, enquanto símbolo de individualidade, se desvia<<strong>br</strong> />

do espectador, emprestando ao corpo a mesma existência<<strong>br</strong> />

silenciosa da materialidade ambiente, transfigurada pela luz.<<strong>br</strong> />

Jean Auguste Dominique Ingres<<strong>br</strong> />

A banhista de Valpinçon<<strong>br</strong> />

(Óleo s/ tela, 146x97,5 cm, 1808: Louvre)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Jacques-Louis David – A morte de Marat<<strong>br</strong> />

Em 12 de Julho de 1793, David visitou o seu camarada<<strong>br</strong> />

jacobino Marat. “Encontrei-o”, relatou: “numa situação que<<strong>br</strong> />

me espantou.<<strong>br</strong> />

A seu lado estava uma caixa de madeira, so<strong>br</strong>e ela um<<strong>br</strong> />

tinteiro e papel e, durante o banho, anotava os seus últimos<<strong>br</strong> />

pensamentos para bem do povo.” No dia seguinte, Marat<<strong>br</strong> />

foi assassinado por Charlotte Corday e David foi<<strong>br</strong> />

encarregado pela Convenção de o pintar.<<strong>br</strong> />

David registra as suas últimas impressões. A caneta está a<<strong>br</strong> />

escorregar da mão de Marat, e a cabeça cai para o lado. A<<strong>br</strong> />

mão moribunda de Marat segura ainda um pedido<<strong>br</strong> />

enganador de Charlotte Corday para uma audiência; na<<strong>br</strong> />

caixa de madeira está uma carta de um filantropo anônimo;<<strong>br</strong> />

no chão jaz a arma do crime.<<strong>br</strong> />

À primeira vista a pintura aparenta ser demasiado privada<<strong>br</strong> />

para um memorial oficial. Porém, numa inspeção mais<<strong>br</strong> />

próxima, a sua composição rigorosa faz com que pareça um<<strong>br</strong> />

memorial propagandístico: a caixa de madeira com a sua<<strong>br</strong> />

inscrição torna-se uma lápide tumular e o banho em que jaz<<strong>br</strong> />

o homem assassinado num caixão.<<strong>br</strong> />

Jacques-Louis David<<strong>br</strong> />

A Morte de Marat<<strong>br</strong> />

(Óleo s/ tela, 165x128cm: 1793)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Jacques-Louis David – Napoleão atravessando os Alpes<<strong>br</strong> />

Este retrato eqüestre de Napoleão atravessando os Alpes<<strong>br</strong> />

não o retrata como um estrategista inteligente, nem como<<strong>br</strong> />

um general destemido e sem escrúpulos, mas como um<<strong>br</strong> />

herói romântico elevado à figura mítica atravessando uma<<strong>br</strong> />

fronteira mítica - os Alpes.<<strong>br</strong> />

David glorifica Napoleão como um herói incansável, cujo<<strong>br</strong> />

rosto une os ideais de beleza e determinação neoclássicos.<<strong>br</strong> />

Napoleão não posou como modelo para ele nesta pintura.<<strong>br</strong> />

Mas em 1797 ele tinha concedido posar durante duas horas<<strong>br</strong> />

para o estimado pintor da corte. O esboço a óleo criado<<strong>br</strong> />

nessa sessão de pose tem menos pathos, e a expressão do<<strong>br</strong> />

general é menos heróica, mas mesmo nesse retrato<<strong>br</strong> />

Napoleão pode ser visto como um homem elegante, de<<strong>br</strong> />

maxilar forte, olhar forte e forte vontade.<<strong>br</strong> />

O esboço apenas serviu como esboço preparatório para<<strong>br</strong> />

uma pintura planeada que pretendia mostrar Napoleão<<strong>br</strong> />

contemplando os Alpes e que nunca foi executada.<<strong>br</strong> />

Jacques-Louis David<<strong>br</strong> />

Napoleão atravessando os Alpes<<strong>br</strong> />

(Óleo s/ tela, 259x221cm: 1799)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Jacques-Louis David – Napoleão no seu escritório<<strong>br</strong> />

Os contemporâneos de David admiravam a perfeição da sua técnica. tal<<strong>br</strong> />

como o fariam as gerações posteriores. Todavia, ele não é geralmente<<strong>br</strong> />

considerado como um artista de grande empatia psicológica. Mesmo<<strong>br</strong> />

assim, se examinarmos este famosíssimo retrato de Napoleão com um<<strong>br</strong> />

olhar imparcial, podemos detectar a profundidade psicológica por trás da<<strong>br</strong> />

superfície suave.<<strong>br</strong> />

Foi pintado em 1812, um ano fatídico para Napoleão. Em 1804 ele tinhase<<strong>br</strong> />

coroado a si mesmo imperador na presença do papa, e David, que<<strong>br</strong> />

tinha sido nomeado pintor da corte imperial nesse mesmo ano, registrou<<strong>br</strong> />

este ato oficial de pompa fria e egomania. Em 1812, a vida do militar<<strong>br</strong> />

corso tinha chegado a um ponto de viragem.<<strong>br</strong> />

Foi o ano em que o seu triunfo se transformou em derrota pela primeira<<strong>br</strong> />

vez. Na retirada de Moscou, o exército foi esmagado. Nesta pintura,<<strong>br</strong> />

Napoleão não se parece com um herói. A sua cara pálida está inchada, o<<strong>br</strong> />

seu corpo disforme, o seu olhar melancólico em vez de vitorioso. E a pose<<strong>br</strong> />

que devia parecer confiante, parece incerta.<<strong>br</strong> />

O imperador não está firme e dinâmico, mas ligeiramente curvado para a<<strong>br</strong> />

frente, entre a sua mobília suntuosa de estilo oriental. Vemos um homem<<strong>br</strong> />

que já passou certamente o zênite da sua vida e do seu sucesso aos 43<<strong>br</strong> />

anos. Já quase não resta nada do arrojado herói, o conquistador ao<<strong>br</strong> />

assalto pintado por David em 1799/1800.<<strong>br</strong> />

Jacques-Louis David<<strong>br</strong> />

Napoleão no seu escritório<<strong>br</strong> />

(Óleo s/ tela, 204x125cm: 1812)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Soufflot – Santa Genoveva/ Panthéon<<strong>br</strong> />

Na França. o Neoclassicismo romântico começa com a edificação da maior o<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

da época, o Panteão. Os contemporâneos de Soufflot caracterizavam o<<strong>br</strong> />

Panteão como sendo "o primeiro exemplo da arquitetura perfeita".<<strong>br</strong> />

Jacques-Germain Soufflot<<strong>br</strong> />

Santa Genoveva / Panthéon<<strong>br</strong> />

(Paris:1764-1790)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Soufflot – Santa Genoveva/ Panthéon<<strong>br</strong> />

A cúpula gigantesca deste edifício que concorre com as de São Pedro em Roma,<<strong>br</strong> />

São Paulo em Londres e a dos Inválidos em Paris, deveria exceder em muito a<<strong>br</strong> />

altura do bairro e identificar o local do túmulo da padroeira da cidade.<<strong>br</strong> />

Jacques-Germain Soufflot<<strong>br</strong> />

Santa Genoveva / Panthéon<<strong>br</strong> />

(Paris:1764-1790)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Soufflot – Santa Genoveva/ Panthéon<<strong>br</strong> />

Jacques-Germain Soufflot<<strong>br</strong> />

Santa Genoveva /<<strong>br</strong> />

Panthéon<<strong>br</strong> />

(Paris:1764-1790)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Soufflot – Santa Genoveva/ Panthéon<<strong>br</strong> />

A renúncia, por parte de Soufflot, a um sistema de colunas, contrafortes e<<strong>br</strong> />

paredes mestras, assim como a racionalidade e pureza da forma, produzem uma<<strong>br</strong> />

construção de grande efeito.<<strong>br</strong> />

Jacques-Germain Soufflot<<strong>br</strong> />

Santa Genoveva / Panthéon<<strong>br</strong> />

(Paris:1764-1790)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Soufflot – Santa Genoveva/ Panthéon<<strong>br</strong> />

Soufflot procurou criar uma síntese entre a leveza das<<strong>br</strong> />

construções góticas e as formas da Antiguidade Clássica: a planta<<strong>br</strong> />

em cruz grega persegue os ideais do Renascimento.<<strong>br</strong> />

Os elementos de suporte já não são as paredes, mas as colunas. O<<strong>br</strong> />

concreto armado, aplicado nas 22 colunas que formam o pórtico,<<strong>br</strong> />

é um elemento precursor da arquitetura moderna.<<strong>br</strong> />

Jacques-Germain Soufflot<<strong>br</strong> />

Santa Genoveva / Panthéon (Paris:1764-1790)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Soufflot – Santa Genoveva/ Panthéon<<strong>br</strong> />

Jacques-Germain Soufflot<<strong>br</strong> />

Santa Genoveva / Panthéon (Paris:1764-1790)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Chalgran – Arco do Triunfo<<strong>br</strong> />

Chalgrin<<strong>br</strong> />

Arco do Triunfo ( Paris:1806-1836)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Chalgran – Arco do Triunfo<<strong>br</strong> />

Chalgrin<<strong>br</strong> />

Arco do Triunfo ( Paris:1806-1836)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Robert Smirke – Museu Britânico<<strong>br</strong> />

Na Inglaterra. o inicio do séc. XIX é caracterizado pelo chamado (Greek<<strong>br</strong> />

Revival - revivalismo grego). o estudo da arquitetura da Grécia Clássica,<<strong>br</strong> />

que toma rapidamente o lugar de paradigma.<<strong>br</strong> />

A linguagem formal exterior exprime a função e a história do edifício. Os<<strong>br</strong> />

edifícios públicos não só competem com as o<strong>br</strong>as sacras ou os palácios,<<strong>br</strong> />

como também tentam excedê-los arquitetonicamente.<<strong>br</strong> />

Sir Robert Smirke<<strong>br</strong> />

Museu Britânico<<strong>br</strong> />

(Londres:1823-1847)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Robert Smirke – Museu Britânico<<strong>br</strong> />

A fachada sul do edifício segue o estilo da arquitetura dos templos gregos,<<strong>br</strong> />

com uma poderosíssima colunata de 48 colunas jônicas.<<strong>br</strong> />

Sir Robert Smirke<<strong>br</strong> />

Museu Britânico<<strong>br</strong> />

(Londres:1823-1847)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Séculos XVIII e XIX<<strong>br</strong> />

Robert Smirke – Museu Britânico<<strong>br</strong> />

Sir Robert Smirke<<strong>br</strong> />

Museu Britânico<<strong>br</strong> />

(Londres:1823-1847)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Arquitetura na América (Séculos XVIII e XIX)<<strong>br</strong> />

Willian Thornton – Capitólio / Congresso Americano<<strong>br</strong> />

A construção de um Capitólio estatal agitou os ânimos<<strong>br</strong> />

na América. O modelo seguido foi o Capitólio da<<strong>br</strong> />

antiguidade romana, como local privilegiado do poder<<strong>br</strong> />

democrático.<<strong>br</strong> />

A linguagem arquitetônica inspira-se no classicismo de<<strong>br</strong> />

Palladio e na sua teoria das proporções.<<strong>br</strong> />

William Thornton<<strong>br</strong> />

Capitólio / Congresso Americano<<strong>br</strong> />

( Washington: 1793 - 1865)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Arquitetura na América (Séculos XVIII e XIX)<<strong>br</strong> />

Willian Thornton – Capitólio / Congresso Americano<<strong>br</strong> />

A cúpula monumental de Thomas Walter é o símbolo da cidade.<<strong>br</strong> />

Personifica o sonho americano de liberdade e de possibilidades<<strong>br</strong> />

ilimitadas e representou, também, uma façanha técnica.<<strong>br</strong> />

Walter utilizou, pela primeira vez. o ferro fundido. Como proteção<<strong>br</strong> />

contra as forças de expansão deste material construiu dois cascos,<<strong>br</strong> />

cintados de modo complicado e encavilhados um no outro.<<strong>br</strong> />

William Thornton<<strong>br</strong> />

Capitólio / Congresso Americano ( Washington:1793 - 1865)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Arquitetura na América (Século XX)<<strong>br</strong> />

Lincoln Memorial<<strong>br</strong> />

Classicismo nos Estados Unidos<<strong>br</strong> />

Lincoln Memorial ( Washington: <strong>19</strong>11)


John Russel Pope<<strong>br</strong> />

Arquivo Nacional ( Washington: <strong>19</strong>34)<<strong>br</strong> />

Neoclássico<<strong>br</strong> />

Arquitetura na América (Século XX)<<strong>br</strong> />

John Russel Pope - Arquivo Nacional


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Arquitetura na América (Século XX)<<strong>br</strong> />

John Russel Pope – Thomas Jefferson Memorial<<strong>br</strong> />

Classicismo nos Estados Unidos<<strong>br</strong> />

Thomas Jefferson Memorial ( Washington: <strong>19</strong>08)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Arquitetura Neoclássica no Brasil (Séculos XVII e XIX)<<strong>br</strong> />

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária<<strong>br</strong> />

A fachada possui dois pavimentos,<<strong>br</strong> />

definidos pelas cimalhas robustas que<<strong>br</strong> />

percorrem toda a sua extensão e que são<<strong>br</strong> />

divididas, nos dois pisos, por pilastras<<strong>br</strong> />

do<strong>br</strong>adas que entalam os vãos de portas e<<strong>br</strong> />

janelas. Pilastras e cimalhas são de<<strong>br</strong> />

cantaria, de gnaisse carioca.<<strong>br</strong> />

O corpo central da fachada é ladeado pelas<<strong>br</strong> />

torres sineiras que, nos topos, têm bulbos<<strong>br</strong> />

com contornos caprichosos revestidos de<<strong>br</strong> />

azulejo.<<strong>br</strong> />

Três períodos de o<strong>br</strong>as podem ser<<strong>br</strong> />

definidos por suas diferentes<<strong>br</strong> />

características: um barroco, visível no<<strong>br</strong> />

corpo frontal, na fachada e nas torres<<strong>br</strong> />

sineiras; um neoclássico, na cúpula semiesférica<<strong>br</strong> />

apoiada no tambor de base<<strong>br</strong> />

poligonal e no interior das naves e do<<strong>br</strong> />

transepto; e um eclético, nos corredores<<strong>br</strong> />

que ladeiam as naves.<<strong>br</strong> />

Neoclássico no Brasil<<strong>br</strong> />

Igreja Matriz da Nossa Senhora da Candelária<<strong>br</strong> />

( Rio: 1775 - 1811)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Arquitetura Neoclássica no Brasil (Séculos XVII e XIX)<<strong>br</strong> />

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária<<strong>br</strong> />

Neoclássico no Brasil<<strong>br</strong> />

Igreja Matriz da Nossa Senhora da Candelária<<strong>br</strong> />

( Rio: 1775 - 1811)


Neoclássico no Brasil<<strong>br</strong> />

Igreja Matriz da Nossa Senhora da Candelária<<strong>br</strong> />

( Rio: 1775 - 1811)<<strong>br</strong> />

Neoclássico<<strong>br</strong> />

Arquitetura Neoclássica no Brasil (Séculos XVII e XIX)<<strong>br</strong> />

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária<<strong>br</strong> />

A Igreja da Candelária tem três naves,<<strong>br</strong> />

transepto e cruzeiro encimado pela cúpula<<strong>br</strong> />

e capela-mor ladeada pelas sacristias.


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Arquitetura Neoclássica no Brasil (Séculos XVII e XIX)<<strong>br</strong> />

Grandjean de Montigny _ Palácio do Comércio<<strong>br</strong> />

O arquiteto que maior importância teve na implantação da arquitetura<<strong>br</strong> />

neo-clássica aqui - Grandjean de Montigny -, verdadeiro chefe de<<strong>br</strong> />

escola cuja atuação começou em 1816, com a chegada da missão<<strong>br</strong> />

Le<strong>br</strong>eton de que ele fazia parte e se estendeu até a sua morte, em<<strong>br</strong> />

1850, ocorrida no Rio de Janeiro, de que jamais se afastou.<<strong>br</strong> />

Aluno de Percier na Escola de Belas-Artes de Paris, Grandjean<<strong>br</strong> />

entregou-se, na Itália, primeiro com seu colega de premiação Famin,<<strong>br</strong> />

depois, sozinho, a levantamentos reunidos em livro, de o<strong>br</strong>as de<<strong>br</strong> />

Benedeto da Maiano, Micheloso, Antonio da San Galo, Michelangelo,<<strong>br</strong> />

Palladio e muitos outros grandes arquitetos da Renascença, de cuja<<strong>br</strong> />

influência se deixou impregnar e transparece em muitas das o<strong>br</strong>as que<<strong>br</strong> />

realizou no Rio de Janeiro, principalmente, no projeto para a Academia<<strong>br</strong> />

de Belas-Artes, o qual, na versão, originalmente construída, revela,<<strong>br</strong> />

pelo apuro de proporção e elegância requintada de linhas, inequívoco<<strong>br</strong> />

parentesco com a arquitetura de Andréa Palladio na Vila Rotonda.<<strong>br</strong> />

É igualmente, reconhecível, em Grandjean, a influência da arquitetura<<strong>br</strong> />

francesa da sua época, em particular a de seu mestre Percier, um dos<<strong>br</strong> />

criadores do estilo Império (na técnica de execução dos desenhos a<<strong>br</strong> />

bico de pena e até na composição).<<strong>br</strong> />

Neoclássico no Brasil – Missão Francesa (Rio de Janeiro - Séc. XVIII)<<strong>br</strong> />

Grandjean de Montigny / Palácio do Comércio: atual Casa França-Brasil ( Rio: 18<strong>19</strong> - 1820)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Arquitetura Neoclássica no Brasil (Séculos XVII e XIX)<<strong>br</strong> />

Grandjean de Montigny _ Palácio do Comércio<<strong>br</strong> />

Neoclássico no Brasil – Missão Francesa (Rio de Janeiro - Séc. XVIII)<<strong>br</strong> />

Grandjean de Montigny / Palácio do Comércio: atual Casa França-Brasil ( Rio: 18<strong>19</strong> - 1820)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

Arquitetura Neoclássica no Brasil (Séculos XVII e XIX)<<strong>br</strong> />

Grandjean de Montigny _ Palácio do Comércio<<strong>br</strong> />

Neoclássico no Brasil<<strong>br</strong> />

Grandjean de Montigny / Casa França-Brasil<<strong>br</strong> />

( Rio: 1820)


Gian Lorenzo Bernini<<strong>br</strong> />

Praça de São Pedro/Colunata ( Roma: 1568)<<strong>br</strong> />

Neoclássico<<strong>br</strong> />

O Classicismo na Arquitetura


Aldo Rossi - Edifício de Habitação (Berlim, <strong>19</strong>88)<<strong>br</strong> />

Neoclássico<<strong>br</strong> />

O Classicismo na Arquitetura<<strong>br</strong> />

Hotel Il Palazzo (Fukuoka, Japão, <strong>19</strong>98)<<strong>br</strong> />

“A forma da cidade é sempre a forma de um tempo de cidade, e<<strong>br</strong> />

existem muitos tempos na forma da cidade.<<strong>br</strong> />

No próprio <strong>dec</strong>orrer da vida de um homem, a cidade muda de<<strong>br</strong> />

fisionomia em volta dele, as referências não são as mesmas.<<strong>br</strong> />

Baudelaire escreveu: “a velha Paris já não existe (a forma de<<strong>br</strong> />

uma cidade/ muda mais depressa, ai de nós, que o coração de<<strong>br</strong> />

um mortal)” (3)<<strong>br</strong> />

(3) Aldo Rossi (<strong>19</strong>31– <strong>19</strong>97): A Arquitetura da Cidade (Pádua: <strong>19</strong>66)<<strong>br</strong> />

Aldo Rossi - Edifício de Habitação (Milão, <strong>19</strong>73)


Neoclássico<<strong>br</strong> />

O Classicismo na Arquitetura<<strong>br</strong> />

Élvio Garbini / Eduardo Facchini<<strong>br</strong> />

Museu do Índio (Campo Grande: 2006)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!