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Nosso Tempo Digital

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I<br />

I<br />

A pro fessora que virou prostituta; a muiher<br />

violentacla e difamada que buscou refügio na<br />

Zona; a menina que procurou trabaiho em<br />

lanchonete e, sem saber,<br />

ganhou o emprego de<br />

"Bailarina" E a Zona de Trés<br />

Lagoas Páginas 12, 13, 14 e 15<br />

Sol ecachaçafazem a primeira vitima de 81 • Página 19<br />

Argentinos deixarão de vir ao Brash? Página 7<br />

Vereadores insistem em cortar a cabeça de Bonatto-Página 16


<strong>Nosso</strong><br />

tempo Foz. 7/1/8<br />

Pimenta nos olhos dos outros é ref rescol Comissão vai buscar mais grana<br />

EDITORA NOSSO TEMPO<br />

CGC - 75088427/001 -92<br />

Rua Cândido Ferreira, 811.<br />

Vila lolanda<br />

(85890) Foz do !guacu - Pr.<br />

Telefone: (0442) 74-2344<br />

Sócios proprietários<br />

Evandro SteVe Teixeira<br />

Eloy Adail Brandt<br />

José Cláudio Rorato<br />

José Leopoldino Neto<br />

Jesse Vidigal<br />

JoAo Adeliro de Souza<br />

Juvénclo Mazzarollo<br />

Severino Sacomori<br />

Sérgio Spada<br />

SOcio-gerente:<br />

"cé Claudio Rorato<br />

No&%<br />

Lditores<br />

João Adelino de Souza<br />

duizio Ferreira Palmar<br />

Juvéncio Mazzarollo<br />

DiagrarnacãO:<br />

Jesse Vidigal<br />

ColaboradOreS.<br />

Rainildes da Silva<br />

Antonio Vanderli Moreira<br />

Moacyr de Souza<br />

Ajvaio Si pueira Martins<br />

Representante em Curitiba:<br />

G. Cadamuro, Pr pca caria<br />

70 andar conj.708. Fone: 23-952<br />

Corn posicão:<br />

Editora <strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong><br />

ImpreSSãO<br />

J. S. Impressora Ltda.<br />

Rua 6, Jardim Maria<br />

de Fatima - Cascavel - Pr.<br />

A<br />

Por quem<br />

os sinos<br />

não dobram<br />

s reacöes dos leitores frente as<br />

matérias veiculadas por este<br />

join a! tern servido de termOrnetro<br />

para ident/ficar os pontos<br />

em que a tern peratura sobe nos pu/sos da<br />

corn un/dade. Os mais diversos interesses<br />

vêrn tona ao menor cotuCão. A/guns<br />

desses interesseS são escusos, out ros<br />

ainda conSeguem ser sad/os. De modo<br />

gera/, porérn, as reaçOes id/cam para o<br />

caminho do"salve-se quem puder".<br />

Algumas situaçOes criadas pelo<br />

<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong> merecem uma avaliação.<br />

Raramente urn terna tatado aqui é receb/do<br />

pe/o pUb//co na razão direta de sua<br />

irnportãncia ou gravidade.<br />

Os diversos setores da corn un/dade<br />

parecem de fato ma/s empenhados em<br />

resgua rdar deterrninadoS interesses exc/us/vistas<br />

do que descobrir onde estão<br />

os ma/es ma/ores..<br />

Os Orgãos policiais, por exemplo, receberarn<br />

inUmeras saraivadas contra Seus<br />

métodos brutais de repressão. Por mais<br />

procedentes que fossem as acusaçoes<br />

contra tal conduta, foram praticarnente<br />

flu/as as reaçöes voltadas para a proteção<br />

as vitimas da tortura e tantas formas<br />

de tratamento desurnano dispensado .a<br />

presos, detidos, suspe/tos em geral. Entretanto,<br />

muitas vozes se erguerarn tentando<br />

sa/var a irna gem dos Orgãos p0/ic/a/s.<br />

Apesar de todo o Irabaiho de desmascaramento<br />

da best/al/dade p0//c/a//nd/car<br />

resultados positivos pe/a suspensão<br />

(pelo menos aparente) daqueles métodos<br />

bárbaros, a/nda assirn persiste 0 irnobilisrno<br />

da sociedade no sent/do de urna tomada<br />

de posição em defesa das vit/maS<br />

violadas em seus direitos humanos. Os diversos<br />

setores da sociedade, p0/s, mostraram-se<br />

ma/s preocupados corn os arranhöes<br />

so fr/dos pe/a p0/Ic/a através da imprensa<br />

do que corn os so fr/dos pelos infe-<br />

1/zes que caem em suas mãos che/as de<br />

instrurnentos de suo/ic/o.<br />

e veicu/amos cr/ticas as injUSt!ças<br />

cometidas por Itaipu, muitos<br />

/eitores não se surpreen-<br />

S dem corn as injustiças, mas<br />

apenas corn as.çrificas. Poss/ve/mente<br />

estão con vencidos de que tudo 0 que<br />

vêern de born na obra - a/nda que disc Ut!ve/<br />

- just/f/ca todos os me/os maus para<br />

que e/a at/n/a seus fins.<br />

Quando urna outoridade ou uma a/ta<br />

personal/dade do meja_social O crit/cada<br />

por sua conduta contrár/a a /nteresSeS<br />

de certas camadas soclais, e determinadas<br />

v/olências são p/amente descu/padaS<br />

em nome de algurna outra coisa que esteja<br />

certa, f/ca c/aro que sempre se procura<br />

urn tábua de sa/vação Para 0 a!goz, nunca<br />

Para a vit/ma.<br />

Ade<br />

inca na 7 eciicao publicamoS<br />

vast. mater/a alertando para 0<br />

problema que estao tenao ma/s<br />

100 agricu/tores do Lote<br />

Grande, d/ante de /m/nência de perderem<br />

seu me/o de vida. Apesar da gra v/dade do<br />

prob/erna e do nUmero de pessoas ameacadas<br />

vita/mente, a On/ca reação observada<br />

fo/ de urn advoQado que se sent/u<br />

ofend/do por alguma critica clisparada<br />

contra ele pe/os co/onos. Já a s/tuação di-<br />

ficil em que estão os agr/cu!tores não<br />

despertou o menor gesto de boa-von tade<br />

da parte dos que nas situaçOes cômodas<br />

passarn por 'llderanças da comunidade.'<br />

Nesta edicão, o Nn.cso Temoo volta<br />

ao rema co wie u,ande. Em norne da<br />

Just/ca of/cia!, tao quest/onável como o<br />

dire/to de pro priedade da terra que ela<br />

procura garant/r de rnodo altarnente<br />

suspe/to, é certo que o problema aqui<br />

exposto ,Iuvdrnente não val sens/bilizar a<br />

n/n guem capaz de inter ferir favo rave/ -<br />

mente aos colonos. 0 Incra, que tern razOes<br />

de sobra Para desapropriar a area<br />

em //tig/o atendendo o interesse das duas<br />

partes con f//tan tes (herdeiros de Jorge<br />

Schimmelpfeng e os posseiros), vai conti -<br />

nuar na eterna sono/éncia, enquanto as<br />

"/ideranças da comunidade" estarão<br />

ma/s preocupadas em saber se a Ponte<br />

Brasil/Argentina e 0 Centro de Con yencoes<br />

vao ser construldos.<br />

O<br />

s que act?am que Fozdo /guaçu<br />

precisa de pontes e centros de<br />

nao se sabe o quO, não devern<br />

ter tempo Para seocupar de te-<br />

mas ligados a just/ca social. No dia 5 embarcaram<br />

9 pessoas para o Rio de Janeiro<br />

a procura de dinheiro da Embratur, necessár/o<br />

para o Centro de Convenç6es.<br />

A/gum dia, quem sabe?. via jará alguëm a<br />

a/gum lugar para interceder junto a alguma<br />

autoridade corn petente para não permit/i<br />

que os agricultores do Lote Grande<br />

deixern de cult/var a terra, parem de produzir<br />

a//men tos e partam para a miser/a.<br />

om tr/steza, teremos que continuar<br />

assistindo ao enriquec/mento<br />

de a/guns ambiciosos<br />

C med/ante o sacrifIc/o de mu/los<br />

empurrados ao encontro corn a marginal/dade.<br />

E, assim, corn preenderemos sempie<br />

me/hor que a soc/edade se motiva<br />

rnesmo ë quando ye aberto e seguro 0 Cam/nho<br />

para o //vre curso de seus v/c/os e<br />

caprichos. (Os Editores)<br />

PRECISO URGENTE<br />

OTIMO SALARIO<br />

Importante emresa Daraauala corn<br />

silos em Presidente Stroessner e<br />

Encarnaciôn oferece vaga para<br />

comprador de soja experto em anáuse<br />

de gräos, especialmente soja,<br />

milho, alaodão e girassol. Enviar<br />

currIculo corn antecedéncia para<br />

rua Caigangues, 180 - COHAPAR 1<br />

Fone 73-1401.<br />

Embratur<br />

recebe<br />

delegacão<br />

iguacuense<br />

Para tratar da construco<br />

do Centro de ConvencOes e fazer<br />

urn convite a Miguel<br />

Colassuono para que visite Foz<br />

do lguacu, embarcou para o Rio<br />

de Janeiro uma deieQaQäo de 9<br />

pessoas no tiitimo dia 5,.Segunda-teira.<br />

Representando Foz do<br />

lguacu no encontro corn o presidente<br />

da Embratur estiveram no<br />

Rio de Janeiro o preteito Clôvis<br />

Cunha Vianna, o presidente da<br />

Cia. Meihoramentos Cataratas<br />

Sérgio Lobato Machado, Wadis<br />

Benvenutti, presidente da AOl Fl.<br />

Julio César Gomes de Oliveia,<br />

presidente do Sindicato de Hotéts<br />

e Similares de Foz do lgyau,<br />

0 vereador Alberto KoelbI, o<br />

presidenle do Conseiho de Administraço<br />

da Cia. Melhoramenlos<br />

Cataratas, José Bento Vidal,<br />

Newton Parodi, presidente do<br />

Conseiho Fiscal da Cia. Meihoramentos,<br />

Ozires Santos, empresário.<br />

e Xenoforrte Villanueva,<br />

também empresário<br />

No Rio essa delegacao juntou-se<br />

a uma equipe de Curitiba<br />

composta pot Véspero Mendes.<br />

secretàro do Plariejamento do<br />

Governo do Estado. Ernesto Valente<br />

Gubert. presidente da Paranatur,<br />

Wilson Portes, diretor técnico<br />

da Paranatur. Italo Conhi.<br />

deputado federal, Antonio Mazureck.<br />

deputado federal pelo Qeste<br />

do Paraná. Jonel Chede. piesidente<br />

da Federação Paranaense<br />

de Hotels, José Carlos da Rocha,<br />

jornalisla,e Ramalho. arquiteto<br />

autor do projeto do Centro<br />

de Convençôes de Foz do lguacu<br />

No mesmo enconhro estayam<br />

present es os pauhistas Waldemar<br />

Albien. presidente da Fe-<br />

Jeração Nactonal dos HotOis. e<br />

Fgueitedo Ferraz, empresaro<br />

Tambèm acompanharam a reun'.io<br />

na Embratur 0 empesário<br />

carioca Albino Lobo. sôcio da<br />

Cia Melhora rnentos Catarahas<br />

A delegacào de Foz do<br />

lguaçu embarcou as 18 horas do<br />

dia 5 e chegou ao Rio as 22 hoi<br />

ds hospedando-se no Hotel Excelsior<br />

Copacabana<br />

As 14 Colas do tha 6 on-<br />

') OS componentes da rniSSdO<br />

pro-Construcào do Centro de<br />

Cor;vencoes em Foz do lguaCu<br />

forarn reCebdos em audiencia<br />

pelo presidente Colassuono na<br />

sedr' cia Eribratur<br />

Na prOxima ediçao. 0 Nos-<br />

<strong>Tempo</strong> estar a publicando a<br />

obertutil COtlir)l '1., dos r esiiltdlii'.<br />

00 t'trCir'''('I


Foz, 71/81<br />

Nob-so<br />

tempo<br />

Salada geral: John Lennon, Lorscheider, Dobrandino e Chico Alencar<br />

PS U<br />

)?Tc t<br />

Epara<br />

comprar<br />

o Iivro<br />

Pedimos encarecidamente<br />

a todas as pessoas de bern e de<br />

mat que comprem 0 tivrinho do<br />

Juvêncio, 'A Taipa da tnustiça"<br />

otrabalho fol mat impresso por<br />

urna gráfica ai que mancou corn<br />

o rapaz, mas o que está escrito è<br />

bern legivet e muito interessante.<br />

0 escrito está nas bancas<br />

da cidade. Noite de autôgratos<br />

vai ter so depois de vendidos todos<br />

os exernptares - sO para Variar.<br />

Coisa<br />

séria esse<br />

bispo<br />

0 cardeal de Fortatm<br />

dorn Aloisio Lorscheiter, depcic<br />

de visitar as vitimas da seca, deu<br />

entrevista a TV Verdes Mares e<br />

descarregou: "0 PDS reüne c<br />

que havia de mais reacionàrio,<br />

bajulador e carreirista na antiga<br />

Arena; o PP e 0 porta-voz da<br />

grande burguesia associada ao<br />

irnperalisrno; o PTB da ex-deputada<br />

Ivete Vargas age rnanejado<br />

peto Ptanalto" Disse airida que<br />

o PDT de Brzoi eoresenta a<br />

Este carninhâo da Prefeitura estava puxanao inauelra<br />

para urn funcionário do DRM.<br />

Eta<br />

funcionário<br />

trabaihador<br />

Esse funcionário do DRM<br />

(tdto) é rnuito trabathador. Em<br />

pteno dia 30, 19 horas da tarde,<br />

encherrdo urn caminhão e carr-<br />

gando a madeira vetha. 0 pessoat<br />

aqui da casa, que é rnuito<br />

maticioso e negativista, chegou<br />

a pensar quo o rapaz estava se<br />

utitizando do carninhão da Prefeitura<br />

para carregar madeira<br />

em sua casa. Maginern. Em tempo:<br />

a ptaca do caminhão é Ft -<br />

8641. Depois não venharn chorar<br />

quando fatta gasotina para tazer<br />

obras<br />

s'jciat-dernocracLa alemã e que 0<br />

PMDB tern na "teridéncia popular<br />

o estandarte da verdadeira<br />

oposicão. Para dom .AJoisio, po<br />

rem, é o PT que está reatmente<br />

corn a "oposiçao consequente".<br />

Bravo. Lorscheiter! Deç5ois<br />

dizem que a tgreja se mete orie<br />

não é competente. Ninguém tot<br />

ate hoje capaz do fazer uma sintese<br />

tao sãbia sobre Os partidos<br />

politicos. 0 PDS, então. recebeu<br />

trés adjet 'vos insubstituivies. Rá<br />

o sonho<br />

acabou<br />

de vez<br />

0 sonho acabou<br />

iJobn Lennon)<br />

Voto<br />

para<br />

governador<br />

"SO este and, a ctasse media<br />

toi atacada nos satários, nas<br />

cadernetas do poupança, nos<br />

impostoS, nos alugueis, nos juros,<br />

no TRU e na gasottna, que<br />

dobrou de preço em onze meses.<br />

Em troca, ganhou apenas o<br />

voto direto para governador."<br />

(Marcos Sâ Corrêa, VEJA - 17 de<br />

Dezembro de 1980).<br />

Tadinha da ctasse media.<br />

As<br />

IN<br />

ocasiöes<br />

navida<br />

Andando peto Paraguai, dia A rua<br />

desses nos deparamos corn urn<br />

pensamento nteressante: dos<br />

"En la vida se presentan<br />

dos o tres ocasiones do sen<br />

Rua Xavier da Silva ou cratera lunar?<br />

pessoat já está corn entando quo<br />

prefeito fez urn acerto corn a<br />

Cofap pars vender maus amortéedores.<br />

Se o senhor der urn jeito,<br />

coronet Prefeito. os proprretáros<br />

de carros, penhoradarnente<br />

agradecem.<br />

Se não liver verbas para<br />

mandar arrumar (deve custar<br />

mutto caro, né). feche a rua, mis<br />

­ Ac de'xe a povo softer<br />

Penitência<br />

prá<br />

mastodonte<br />

Sabre a rua Xavier da Silva,<br />

3IiS, o Chico Atencar escreveu<br />

muito bern no "Estado". Mais ou<br />

menos assim: 0 rapaz lot confessar<br />

e, como castigo, o padre<br />

rnandou dar dez vottas naquele<br />

trecho esburacado. 0 rapaz<br />

achou a penttência muito grande<br />

e trocou de retigião.<br />

los dias export adores<br />

se presenta la ocasiôn de no ser 0 agtomerado de casas cocobarde."<br />

merciats dedicadas a esporta-<br />

E isso ai. çâo para o Paraguai nas proximi-<br />

D a urn<br />

elto au, ptesmerites vergonhosas.<br />

uma - a que fica entre a c oronel<br />

dades da Ponte da Arnizade,<br />

esquerda de quern se dirige para<br />

U U là, està tadeado 01 ruaS sim-<br />

concentracão de exportadores -<br />

A rua Xavier da Siva, entre quo pode concorrer ao prêmio<br />

a Anirante Barroso e a Ave"ida de pior rua do Brasil. Duvidamos<br />

Brasil esta intransilàvel Buracos que urn povoado qualquer tenha<br />

DOt loda a parte, truto da ma tanta grana coma aqueles exporauatidade<br />

dc asfalto, urna heran- tadores e ruas tao escandatosas.<br />

do tarnoso Levy RahoHU r E nada de cutpar a Prefeitu-<br />

ci<br />

M U1_1<br />

ra, Corn Os dOlares, cruzeiros e<br />

guaranis quo passam pelas<br />

mãos desses afortunados, quem<br />

tern que criar vergonha e dar urn<br />

jeito naquito são etes mesmos.<br />

Tomern jeito, exportadores,<br />

e exibam ao Paraguai uma magem<br />

urn pouco methor do nosso<br />

Baunão - como diria o Edétsio<br />

Tavare<br />

Bomo<br />

Pagador<br />

de Promessas<br />

Quern viu na tetevisào "0<br />

Pagador oe Prornessas" pOde<br />

perceoer que ê uma das raras Iitas<br />

cern par cento do nosso cinema<br />

brasiteiro Uma perfeiçao totat.<br />

Ate o desempenho da Gtôria<br />

Menezes e do Leonardo Vitar fat<br />

Otimo, muito methor do que etes<br />

reoresentarn hoje em tetenoveas.<br />

E olha que 0 fitme foi fedo ha<br />

20 anos aträs<br />

Dobrandino<br />

ataca<br />

Sacomori<br />

Na Oltima reuniac da Càmara<br />

de Vereadores em 1980 o ve•<br />

reador Dobrandino Gustavo da<br />

Silva, que assurniu o posto aberto<br />

peta saida de Severino Sacomon,<br />

subiu a Tribunal para tirar 0<br />

cisco que Sacomori the jogou<br />

nos othos através deste jornat<br />

Dobrandino refutou as<br />

acusacOes formutadas pot Sacomori<br />

e contra-atacou, quatificando<br />

seu desafeto de "politico que<br />

puta de gatho em gatho sem saber<br />

onde se tirmar".<br />

NOs aqul so esperamos que<br />

a rinha continue para termos<br />

pratos semore quentes<br />

I Sacaneararn<br />

N_<br />

16' ^ 11 CHOPP CENTEF<br />

UTO<br />

PE ONDE VOCE<br />

MARCELO LTDA .<br />

Po<br />

• %<br />

<strong>Tempo</strong><br />

TOMA 0 MELHOR<br />

CHOPE DA CIDADE<br />

IdmmstracaoCiovisCunha<br />

BR. 277- No. 1033 Fone: 73-2531 .. :r' I:. UUV' .-. r '. '...4It L /' i')63 Sacanagern n° 1 0 arocuista<br />

de 0 Estado do Parana tot<br />

110 0 melhor e mais bern localizado<br />

loteamento da cidade, Entre as<br />

avenidas Paraná e Juscelino Kubitschek, Próximo a hospital e<br />

repartiçöes püblicas. C o m p I e t a urbanização,<br />

corn água, Iuz, esgoto, ruas asfaltadas e condução na port a.<br />

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.móucis


Foz. 7/1<br />

<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong> Ihe dã o direito do voto. Faça urn "X" no cupom desta página<br />

S.0<br />

0 nosso fotografo .iaboratorista Alvaro Martins foi<br />

curtir urn domingo no "Recanto Paga 50", de proprleda•<br />

de de seu Joäo Batinick. Parece que aos domingos<br />

chegam a Ir 200 carros e umas 600 pessoas passar o<br />

dia por là. Cada carro paga 50 pratas.<br />

rtcapaz de anotar em seu artigo<br />

ue o debate a que se referiu foi<br />

Dromovido por iniciativa do jor-<br />

'ral <strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong>,<br />

Sacanagem n° 2: Na maéria,<br />

o Chico deixou de mencioar<br />

do's lideres politicos que par-<br />

:iciparam do debate - Sérqio Spaia<br />

e Alberto KoelbI.<br />

No mais, o artigo estava tao<br />

orn Que o vereador Teixeira reiuereu<br />

a Câmara que arquivase<br />

a trabalho nos anais da Casa.<br />

Tibiriçá<br />

ganhou<br />

urn banco<br />

0 Tibiriçà Botto Guimaràes<br />

Tiriba) é urn felizardo. Reparem<br />

) presente que o hornem ganhou<br />

,o Natal: urn banco. Sim, urn<br />

anco em miniatura. Podem carar<br />

ate nossas cabecas, mas näo<br />

iarnos revelar que foi o Teixeira<br />

ue dedurou. A propôsito: Tibira<br />

? o gerente do Banco Auxiiiar<br />

Buzanello<br />

ficou<br />

branco<br />

0 comunisia. quer uLer. 0<br />

olunista social, Sady Buzanello.<br />

icou branco coma roupa lavada<br />

orno aquele troco de prova da<br />

anela. Foi durante o casarnento<br />

ealizado em Sao Miguel do lgua-<br />

;u. Não se sabe se a mudança<br />

Je cor aconteceu porque o Sady<br />

stava tornando leite ou porqUe<br />

) Aldivo Wegner estava sentado<br />

o se ado.<br />

Nomes<br />

que devern<br />

mudar<br />

Escola Bartolomeu Mitre,<br />

raça Almirante Tamandare.<br />

)lha ai uns nornes felos que pieisarn<br />

ser abolidos de escolas e<br />

'macas. Esses dais caras ai foam<br />

criminosos na Guerra da In-<br />

)lice Aliança em que Brash. Arentina<br />

e Uruaguai cometeram<br />

ima das maiores chacinas da<br />

história latino-americana. Tamandaré<br />

e Mitre foram dos<br />

maiores assassinos no que conhecernos<br />

como Guerra do Paraguai.<br />

Somos tao sern-vergonhas<br />

que enaltecemos as matadores<br />

de nossos vizirihos. Ha tanto nome<br />

bonito e digno par substituir 0<br />

desses inirnigos da humanidade.<br />

Prëmios para quem conseguir<br />

mudar Os nomes dessas escolas<br />

e da pnaça.<br />

Tércio<br />

dizque<br />

não disse<br />

o deputado Tércio Abuquenque<br />

higou para cá danado da<br />

vida. Reclarnou a parlamentar<br />

que jamais falou que lila techar<br />

este jornal e muito menos pediu<br />

para quem quer que seja deixar<br />

de anunciar nestas páginas.<br />

Olha, Tércio, quem trouxe a noticia<br />

para cá loi urn mancha branca<br />

do jornal que dificilmente traz<br />

noticia furada. De qualquer forma,<br />

está feito o registro. As pàginas<br />

deste pasquirn estão abenlas<br />

a qualquer pessoa. Use e abuse.<br />

Roubaram<br />

o carro<br />

do Vanes<br />

Os ladrôes "aliviaram" a<br />

carro do diretor do Depto. de<br />

Saüde da Prefeitura, Vanes Bonotto.<br />

E urn Corcel II L, ano 80,<br />

car verde metálico, placaS FS -<br />

4095. Quern souber alguma Ca'sa<br />

sobre o veiculo, informar a<br />

Deleqacia de Policra<br />

Negôcio de<br />

oportunidade<br />

Por motivo de mudanca<br />

vendo, pela meta<br />

de do preço, 2 terrenoS<br />

no Jardim Petrópolis.<br />

Aceito carro ou moto no<br />

negócio. Tratar pelo tone<br />

74-2344 corn Adelino.<br />

IELEIQOES GERAIS NO CONE SUL<br />

1 2 fl<br />

LA<br />

5<br />

Olhe bern para essas figuras. Observe detaihadathente uma a<br />

uma. Já? Agora ponha a mao no peito e sinta se sua pulsacao nao<br />

disparou.<br />

Continua normal? Então vocé é ø urn cara preparado para enfrentar<br />

o ano novo.<br />

Você tremeu? Entrou em pãnico? Então você é urna pessoa<br />

normal.<br />

Como ye, esses homens governam os paises do Cone Sul da<br />

America. Eles odeiam eleiçöes. Vamos nôs praticar democracia em<br />

dma deles, là que eles não se adptam a isso. Vamos votar. Sim, votar!<br />

Olhe de novo urna por uma essas figuras. Outra vez.<br />

Pronto?<br />

Agora assinale corn urn X o nome da fisionomia, dissemos 111<br />

sionornia",mais assustadora desses presldentes e depols responda<br />

para si mesmo: Por que os ditadores dos palses subdesenvolvidos<br />

tern que ser tao sombrios desde sua ima gem fisica?<br />

Meu voto é para<br />

(faca urn "x" no quadradinho preferido)<br />

1j) Jorge Rafael Videla(Argentina)<br />

2. ()Roberto Viola (substitu/ra Videla em marco)<br />

3.()João Figue/redo - conhecem? - (Brasil)<br />

4. )Aparicio Mendez (Urugua/)<br />

5. ()Garcia Meza (Bolivia)<br />

6. (' ,) Augusto Pinochet (Chile)<br />

L -J2 AoStroee(Paragua/)<br />

7<br />

Mande seu voto para este jornal. Nao precisa colocar o norne.<br />

Seja dernocrata. Vote conscientemente! A


Foz, 7/1/81<br />

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<strong>Nosso</strong><br />

6 tefflpO Foz, 7/1/81<br />

C) ansino de 1 0 grau deixa agora de ser responsabilidade do Estado<br />

Escolas<br />

municipals<br />

passam<br />

a "Adefi"<br />

Lei 5692. de 1971<br />

q ije impiantou a Refor<br />

ma de Ensino de 1 0 I<br />

2 0 grauS inclul um<br />

A_d<br />

e t e r rn i n a çã o<br />

segundo o qual 0 antigo ensin<br />

prirnário. agora denominado dl<br />

1 0 Grau, deveria passar paulat<br />

namente a responsabilidade ex<br />

clusiva das prefeitura:<br />

municipais. comecando pelo n<br />

vet da 11 a 4a sérIe<br />

As preie'turaS, porém, da<br />

quela epoca ate o presente, to<br />

ram sendo progreSSiVarneflt(<br />

pauperizadas, näo perrnittn&<br />

sequer pudessem pagar saIàrio<br />

urn pouco acima da vergonha to<br />

tal as professoras rnilitantes err<br />

suas escolas.<br />

Foz do iguacu näo escapoL,<br />

desse massacre da educaçáo<br />

Pode ter havido verba para tudo<br />

menos para elevar o nivel educacional<br />

e remunerar corn justça<br />

a professora, rnuito menoL<br />

para a Preteitura assumir a res<br />

ponsabilidade total corn o ensi<br />

no elementar. E náo é so. A Pre<br />

feitura de Foz do lguaçu encon<br />

trou uma forma, agora, de prat<br />

camente se desobrigar de todo e<br />

qualquer tipo de ensino.<br />

0 prefeito ClOvis Cunh<br />

Vianna enviou a Cámara de Ve<br />

readores a Mensagern n o 43/80,<br />

em 16 de dezembro, apresentando<br />

o Projeto de Lei no 50/80, que<br />

petha a autorizaçaO para a Prefeitura<br />

firmar convênio e transfent<br />

escolas de 1 0 Grau a Associacáo<br />

de Desenvolvimento Educacional<br />

de Foz do lguacu - ADEFI.<br />

o Projeto foi votado e aprovado<br />

por unanirnidade na Câmara. em<br />

23 de dezembro de 80.<br />

Corn essa lei, 0 Prefeito fica<br />

autonizado a 'unman convênio de<br />

cooperacáo mUtua corn a<br />

ADEFI, objetivando administrar e<br />

rnanter escolas de 1 0 Grau, corn<br />

recur sos do salário educação".<br />

Significa que serão passadas<br />

a junisdicação, responsabilidade,<br />

administração e manutencáo<br />

daquela Associação, mediante<br />

contrato de cornodato,<br />

quantas escolas de 1 0 Grau de<br />

responsabilidade do Municipio<br />

aquela Associacão filantrôpica<br />

puder manter corn recursos onundos<br />

do salario-educaçào.<br />

Explicou a Prefeito, em sua<br />

Mensagem a Cãmara, que corn<br />

essas providéncias, o salãnioeducação<br />

das empresas de Foz<br />

do lguacu poderá ser pago diretamente<br />

a ADEFI, na mportãncia<br />

aproximada de 350 cruzeiros<br />

por aluno. Considerando-se que<br />

cerca de 10 mil alunos de 10<br />

Grau podero sen rnantidos pela<br />

ADEFI, conclui-se que mais ou<br />

menos 3 milhOes e 500 mil cruzeinos<br />

serao repassados mensalmente<br />

àqueta Entidade, resultando<br />

numa economia anual para 0<br />

Municipto na ordem de 40 mlhOes<br />

de cruzeiros. Corn esse total<br />

- conclui a Mensagem - rnuitas<br />

outras obras de grande importància<br />

para Foz do lguacu poderão<br />

ser realizadas sern sacnificioS<br />

para o setor mais importante<br />

da administração - a educaçào'<br />

EOONOMIA DE 40 MILHOES<br />

salanio-educacao representa<br />

a<br />

importância de 2,5% a<br />

O sobre a fotha de pagamenlo<br />

dos empregadoS nas em-<br />

presas, incluido nos 8 1/o pagos<br />

ao INPS e repassado ao Ministério<br />

da Educaçao.<br />

Essa irnportância, que sempre<br />

saiu do Municipio, pode agora<br />

set ret ida aqui através do programa<br />

ora dotado, pela habilitacáo<br />

que tern a ADEFI de receber<br />

diretamente das empresas Os<br />

2,5% representados pelo salánio-educação<br />

no lirnite de alunos<br />

do 1 °Grau que a entidade estiver<br />

rnantendo. Se a ADEFI passar a<br />

rnanter todos o alunos das escolas<br />

rnunicipais, nem assim reterá<br />

todo o rnontante que sai do municipio<br />

na forma de salãr,o-educacáo,<br />

pois a Prefeitura não mantern<br />

mais de 7 mil alunos, enquanto<br />

o total pago pelas empresas<br />

de Foz do Iguacu ao salãnioeducaçáo<br />

podenia manter mais<br />

de 10 mil alunos.<br />

As escolas particulares de<br />

Foz do lguaçu ja vem utulizando<br />

verbas do salario-educaçáo, especialmente<br />

para garantir bolsas<br />

de estudo para alunos carentes.<br />

As bolsas, entretanto, não SO<br />

passadas aos alunos, como mullos<br />

reivindicam, rnas são retudas<br />

na prôpria escola para sua maniitençaO<br />

e pagarnento de professores.<br />

A Cinica escola que vem se<br />

mantendo exciusivamente com<br />

essa verba é a Panigot de Souza,<br />

que norrnalmente começa o ano<br />

corn pento de mil alunos, dimunuindo<br />

para puco mais de 600 no<br />

firn do ano por causa das mansferências<br />

e evasOes.<br />

A associação de Desenvotvirnento<br />

Educacional de Foz do<br />

lguaçu foi cniada juntamente<br />

corn o projeto do implantação da<br />

Faculdade de Ciéncias Sociais<br />

Aplicadas (FACISA), que ocupa o<br />

prédio da Escola Parigot de Souza,<br />

construido pon ltaipu, rnas<br />

que passou a Prefeitura Municipal.<br />

Cniada em dezembro de<br />

1978 em uma assembléia realizada<br />

na Assoc p ação Cornercial i<br />

Industrial de Fez do Iguacu,<br />

ADEFI passou a manter Escola<br />

Panigot de Souza através de yen-<br />

oa do salário-educacão recoihida<br />

junto a Panaguaçu de Autornôveis<br />

Ltda e a CAHEB, firma<br />

ligada as obras de Itaipu.<br />

AMB IcOEs FRUSTRADAS<br />

Airavés da<br />

Associação, aquela<br />

escola passou a sen re-<br />

A gida polo sisterna de<br />

uma ernpnesa pnivada, sem tins<br />

ucrativos, tendo urn Conselho<br />

Direton eleito para urna gestáo<br />

de dois anos. e urn quadro de<br />

funcionánios e professores no regime<br />

da CLI.<br />

A ambicao rnaiorda ADEFI<br />

era onientada pana o setor pedagôgico,<br />

em que se projetOu a<br />

pretensão do construin urna escola<br />

modelo. Para isso a entidade<br />

pantiu da ilusäo do remunerar<br />

Os professores em niveis exemplates<br />

para notivá-los ao trabalho<br />

e sarvar-Ihes a dignidade.<br />

Embora os salànios recebidoS<br />

pelos professones lotados na escola<br />

da ADEFI tenham sido me- ,`<br />

lhores que Os dos humilhados<br />

professones municipais. ainda<br />

assirn nião neconduziram<br />

queles profissionatS a<br />

dignidade salanial e muito menos<br />

colocaram a Escola Panigot de<br />

Sou. na condicaO de estabelecimenlo<br />

de ensino modelar<br />

As diticuidades para que Os<br />

ambiciosos objetivos da ADEFI<br />

fossern alcancados são atn,buidas<br />

ao péssimo desempenho do<br />

presidente do Conselho Diretor<br />

da Entidade, Paulo Macdonald<br />

Ghisi - decididamente um vistonario<br />

capaz de engenhar rnilagnosas<br />

conquistas educacionais,<br />

mas incapaz de pot em práttca a<br />

menor idéia que Ihe passa pela<br />

cabeça. Plot que isso. Ghisi to'<br />

capaz de dificultar ate mesrnO a<br />

nealtzaçao dos modestOS 0<br />

realistas pianos de trabalbo da<br />

diretonta da Escola. protessora<br />

Terezinha Sprcigo Zanatta. que<br />

assumiu em setembro do 1979.<br />

depois que o professor Juvénclo<br />

Mazzarolo foi for çado a deixar a<br />

funçáo devido a pressoes teitas<br />

pelos ôrgãos do seguranca que<br />

o constueram suoverstvo na -<br />

0 Conselho Dinetor da<br />

ADEFI eleito na assembléia de<br />

constutuiçao da entidade, foi formada<br />

por Paulo Macdonald Ghisi,<br />

José Kuiava, juvénclo Mazzarollo,<br />

Sadi Carvaiho e Izolete Maria<br />

Nieradka. Mais tarde, contrariando<br />

Os estatutos.<br />

o presidente do Conseiho. Paulo<br />

Macdonald Ghisi, dectdiu inclui<br />

também Seabastiana Aires de<br />

Aguirre Martinelli. Mas a primetna<br />

surpresa foi a presença de Juvêncio<br />

Mazzarollo no Conselho,<br />

tornada incompreensivel quando<br />

o mesmo foi indicado diretor da<br />

Escola - isso alguns moses depots<br />

de let sido cassado do sua<br />

tunçao de professor do Colégio<br />

Agricola pot ten dinigido cnittcas<br />

ao governadon Canet Junior e a<br />

Secretãnia de Educaçao. Depois<br />

do alguns moses. o diretor teve<br />

quo sen afastado pana pnoteger a<br />

segunança naional do sua "subvensão".<br />

Rá' RA Ra!<br />

Mas paulo Ghisi mostrar-sea<br />

mais annombador que a detesa<br />

da segurança nacional através<br />

de sua prepoméncia, intratabilidado<br />

e tetmosia Em pouco tempo<br />

ficou disputando corn Sad' Carya<br />

Iho a capacidade mator de atrapalhan<br />

as trabalhos da diretora<br />

quo assumiu, Terezinha Zanaha,<br />

e dos professores da Escola<br />

Os outros membros, incompat'bilizados,<br />

abandonanam a entidade.<br />

Apesar desses entraves, a<br />

pnotessora Ieneztnha ainda pode<br />

osmentar urn trabalho educactonal<br />

em que o indice de reprovacáo<br />

no üItimo ano letivo tot de<br />

22%, enquanto o das outnas escolas<br />

foide4Qa 50% -salientando<br />

mats que 0 nivel de aprendizagem<br />

em sua escQla ulinapassa<br />

o das out ras do Municipto<br />

Nesses dots anos (1979 e<br />

1980). a ADEFI teve ainda o neditismo<br />

de set uma assoctacão<br />

sem ten urn sôcto seauer Na assembléta<br />

cle consttiutcáo OS parenies<br />

asstnararn uma lsta de<br />

oresonça que náo the tiava a<br />

condtçaO de sOcios. Depois daquela<br />

reunião, em dois anos, o<br />

presidente nunca convocou ou-<br />

Ira reunião pana dan caráter de<br />

associaçã) a entidade - para o<br />

que prec sania. no minimo, ton<br />

sôctos.<br />

EXPERIENCIA PIONEIRA<br />

eixando do lado essa<br />

singular maneira do<br />

conduzir associaçOes<br />

D registna-se quo em 5<br />

de dezembro de 1980 foi feita<br />

nova assernbléia e ali foram eleitos<br />

os novos mernbros do Conseiho<br />

Dirotor: Joni do Jesus<br />

Campos Marques (presidente),<br />

Izolete Maria Nieradka, Torezinha<br />

Spnicigo Zanatta, Wilson<br />

Stank Batista, Miguel Gerson Aires<br />

dos Santos, Marcia Elias Carrenho,<br />

Paulo Ghisi, Sadi Canvaho<br />

e Leopoldo Rozza, este Ultimo,<br />

presidente da Associação<br />

de Pais e Professores da Escola<br />

Partgot do Souza, organizada<br />

exemplarmente pea dinetora.<br />

Sob out ra onientação e corn<br />

novas rnotivaçOes tot possive<br />

chegan a aprovaçáo da Lei<br />

50/80, que faculta a ADEFI assumir<br />

quantas escolas municipais<br />

puder manter polo salário-educacao.<br />

A exponléncia senâ pionetra<br />

no Brasil. Ha muitas escolas no<br />

Pais mantendo-se por esses sistema,<br />

parctal ou integralmente,<br />

mas nenhum municipio o adotou,<br />

como o MEC faculta, para todas<br />

as escolas.<br />

Não serã possivel a ADEFI<br />

administrar todas as escolas municipais<br />

do Foz do iguaçu no proximo<br />

ano, pela falta de tempo<br />

para dar entrada com os proje- -<br />

los na Secnetaria de Educaçäo<br />

do Estado. Entretanto. rnais algumas<br />

escolas devenão passar a<br />

ADEFI ainda nesse peniodo elivo,<br />

ftcando pana os anos seguintes<br />

a tnclusáo das dernais no<br />

programa.<br />

As vantagens disso sertam<br />

bastcamente estas: 1 0 - As professoras<br />

municipais poderáo sen<br />

melhor remuneradas - no Oltimo<br />

ano lelivo as professoras municipals<br />

recebiam 4,500 cnuzeinos<br />

enquanto a ADEFI pagava 7.000<br />

pot peniodo: 21 - A Prefeitura praticamente<br />

náo precisará mais<br />

gastar em Educacao. 3 1' - A probabilidade<br />

de haver uma moihora<br />

na qualidade do ensino<br />

As duas primeiras vantagens<br />

serão garantidas A terceira<br />

também é possivel, desde quo<br />

náo so dé mats responsabtlidades<br />

dessas a um Paulo<br />

Macdonald Ghisi e urn Sadt Carvalho<br />

- dtstantes alguns anos-luz<br />

da realidade educactOflal bras,let<br />

ra.<br />

Cursos<br />

no Senac<br />

O Centro de Desenvolvtmento<br />

Protissional de Foz do Iguaçu<br />

- SENAC, estara promovendo<br />

durante o rnes de lanetro Os<br />

segutnies cursos<br />

Dta 5- Datilografo<br />

- Auxiliar do Pessoal<br />

Dia 12 - Dattlograto em<br />

Máquina Elétrtca<br />

-Operation de Caixa de Superrhercado<br />

Da 19-Vendedor Exierno<br />

lniormacOes no SENAC-<br />

Rua Vereador Moactr Pereira<br />

Centro Socta: Urbano-<br />

Vita lolanda - Forte 74-1


Foz, 7/1/81<br />

Prof essora é reconhecida por sua participação na educação de Foz do Iguacu<br />

g<br />

Hospital da ItaiDu<br />

recusa atendimento<br />

uando precisam contratar<br />

peOes, a Itaipu e a Unicon<br />

prometem todo 0 tipo de<br />

vantagens Depois, quando<br />

o o äo é contratado e começa a<br />

preciasar das vantagens prometi<br />

das, normalmente vem a decepção.<br />

Uma das promessas é o<br />

transporte gratuito, e C serviço é<br />

realmente prestado, so que nos<br />

moldes adotados Para a circulaçào<br />

de animals a caminho do<br />

matadouro. Os tuncionários graduados<br />

se locomoverrern luxuosas<br />

e confortáveis vituras, enquanto<br />

Os pees são arrebanhados<br />

nas nojentas carretas que leyam<br />

o nome burlesco de 'papafila"<br />

nurna alusão a sua capacidade<br />

do recoirer Os mais intermináveis<br />

aglomerados junta aos<br />

pontos do embarque.<br />

As jamantas quo circulam<br />

de Foz do lguacu a Medaneira<br />

transportando Os construtores<br />

da Itaipu mais se parecem corn<br />

carretas 00 gado ou câmaras frigorificas<br />

indo de acougues a supermercados.<br />

Feitas Para o<br />

transporte de passageiros em<br />

pé, sern a minimo de conforto, Os<br />

carretOes papa-filas tern capacidade<br />

para umas 200 pessoas dovidamente<br />

empacotadas, mas os<br />

seus condutores conseguem a<br />

façanha de compactar 300 passageiros<br />

empacotando-os como<br />

se fossem cigarros dentro do<br />

rnaço ainda fechado.<br />

De qualquer modo, seja como<br />

gente Cu como animals, Os<br />

operários do monstrengo de ltai-<br />

Pu conseguem ir de casa Para o<br />

trabalho sem gastar mais que<br />

a paciénica e dignidade. Já Cu.<br />

traS 'vantagens" sad mais<br />

dificeis do conquistar.<br />

Ao ser admitido, o trabaihador<br />

recebe a garantia de tratamento<br />

médico-tospitalar gratuito<br />

Para si e seus dependentes, e<br />

isso nem sempre acontece,<br />

coma foi a caso de urn peao que<br />

encontrou neste jornal a caixa<br />

de ressonância Para suas queixas.<br />

O operário da Unicon não<br />

quis se identificar, ternoroso de<br />

perder o emprego, mas contou<br />

corn mágoa quo o caso comporta<br />

a que se passou corn ele e sua<br />

esposa.<br />

Ele não e casado, mas ha 3<br />

anos vive corn uma mulher que<br />

não está tendo menstruação<br />

desde trés moses sem que estivesse<br />

grávida, conlorme<br />

atestam exames medicos em poder<br />

" csaI.<br />

o rnarido colocara a cornpanheira<br />

coma dependente sua<br />

no ato de sua contrataçáo coma<br />

motorista da Unicon, dirigiu-se<br />

ao hospital Madeiraão do Conjunta<br />

Habitacional 'C" urna vez<br />

Quo o operàrio do nivel de urn<br />

motorista não pode consultar no<br />

Madeirinha, do Conjunto 'A',<br />

este reservado aos mais privilegiados.<br />

A mulher, apesar de constar<br />

coma dependente do operario<br />

em sua ficha de contrato,<br />

náo foi atendida no hospital da<br />

Itaipu -Cu será da Unicon? 0 estado<br />

da muiher foi so agravando.<br />

Fortes dares no Otero e nos ovarios<br />

despertaram no casal a suspeita<br />

de infecção forcando a mu-<br />

Iher a ir ao medico do INPS, 0<br />

casat foi ao Hospital Sao Vicente<br />

de Paula onde o dr. Adir da Rocha<br />

Saldanha, clinico e cirurgião<br />

gerai, atendeu a mulrier e ine<br />

passou uma receita. Eta tomou<br />

Darte dc, - rer a d ' .rdna-<br />

dos e ficou corn 0 corpo coberto<br />

do feridas. Diante disso, ela voltou<br />

ao medico, que não mais<br />

aceitou ateridé-la polo INPS, fazendo-a<br />

pagar a consulta. Sem<br />

dinheiro suficionte para a consulta<br />

particular, a rnarido a levou<br />

novamente ao hospital da Itaipu.<br />

Para atender a doonte, no<br />

hospital Madeirão<br />

apresentaram-tho oxigências<br />

quo, para serem atendidas, dariam<br />

tempo a que a mulher morresse<br />

ou ficasse curada por uma<br />

questäo de sane. 0 casal dovena<br />

ter pelo menos urn filho, uma<br />

conta conjunta nurn dos bancos<br />

da cidado, devenia apresentar titub<br />

de sócios do algum clube,<br />

urn documento em quo as dois<br />

provassem ten algurna compra a<br />

crédito em lojas da cidade, urn<br />

documento carimbado polo INPS<br />

e declaracão de rerida em que a<br />

muther aparecesse coma dependente<br />

do operânio.<br />

Bern, para ter urn filho, a<br />

muiher precisaria justamente<br />

desobstruir seu Otero e sanar<br />

seus ovánios - motivo pebo qual<br />

buscava tratamento medico;<br />

para ter declaracão de renda o<br />

casal precisava, antes de tudo,<br />

ter renda. e assim corn as out ras<br />

exigéncias.<br />

Desse modo, a muiher do<br />

operário continuou sem tratarnento,<br />

seu estado de saüde continuou<br />

se agravando enquanto<br />

os medicos tranquilizarn sua<br />

consciência escondidos atrás da<br />

muralha burocrática e respaldados<br />

polo pnincipio que justifica a<br />

desigualdade social corn todas<br />

as injustiqas e ela inerentes<br />

Embaraços<br />

para o<br />

turista<br />

argentino<br />

Se for aprovado o projoto<br />

de lei enviado pela Presidéncia<br />

cia Hepulica cia Argentina a omissão<br />

de Assessoramento Legislalivo,<br />

a nümero de turistas<br />

a rgentinos receberá urn carte<br />

catastrófico Para as paises<br />

acostumacios a recebé-los em<br />

piofusão, notadamente o Brash.<br />

A relaçao da cotacao da<br />

moeda brasileira corn a argentina<br />

está nos dais Ultimos anos<br />

dando aos tunistas daquele Pals<br />

as maiores facilidacs Para Sc<br />

deslocarem Para o Brasil tanto<br />

para passelos coma para cornpras.<br />

Existem pontos turiSticos<br />

brasileiros que estão vitalmenle<br />

dependentes do fluxo tunistico<br />

de argentinos. Foz do lguacu é<br />

um exemplo claro disso.<br />

Sern a presenca dos<br />

argentinos, Foz do lguacu ticaria<br />

amontecido em sua economia<br />

dependente do turismo. A crise<br />

econômica que afeta o Brasil es-<br />

IA reduzindo a presenca de brasileiros<br />

em viagem turistica a<br />

Foz do lgauçu ao limite do ace-<br />

Sional. Hotels, casas comercias,<br />

restaurantes agências de viagem<br />

ficam asfixiados no mome<br />

em quo so reduz significativamente<br />

a presença dos vizinho<br />

do Prata.<br />

E o quo poderá acontece'<br />

se ap ovada a lei encaminhada<br />

Pr esidéncia da RepCJbI!c<br />

Argentina pelo Ministério<br />

Eriom :-. ' a<br />

cobrada urn imposto direto a todos<br />

as quo viajarn ao exterior. As<br />

taxas propostas vaniam entre<br />

350 a 750 dolares par viajante<br />

rnaior de 18 anos, a que comesponde<br />

a aproximadamerite 24 e<br />

40 mil cruzeiros.<br />

Esse irnposto não serâ urna<br />

retenção a ser devolvida, mas<br />

uma importância paga diretamenlo<br />

ao fisco.<br />

Para viagens a paises Iirnitrofes<br />

corn a durção de 5 a<br />

30 dias a projeto prove a cobraca<br />

de urn mithão do pesos (perto<br />

de 30 mil cruzeiroS) por pessoa;<br />

Para viagens de 30 a 60 dias, urn<br />

milhão e meio do pesos (cor.<br />

ca de 45 mil cruzeiros<br />

Para viagens a paises limitrofes<br />

a taxa serâ 30/c mais<br />

baixa em ambos as casos.<br />

0 tunista argentina que vier<br />

ao Brasil pagarà urn imposto de<br />

700 mil pesos (perto de 22 mil<br />

cnuzeiros) Para ficar entre 5 a 30<br />

dias, e 1 milhão e 50 mil pesos<br />

(quase 32 mil cruzeiros) so vier<br />

ficar entre 30 e 60 dias, Os<br />

vjantes de 6 a 18 anos pagarão<br />

aenias 50%<br />

ale<br />

A promulgacão da Aei era<br />

esperada em Buenos Aires Para<br />

o dia 10 de janeino de 81, mas difbcutdades<br />

de publicacao no<br />

"Boletin Oficial" devido as festas<br />

de fim do and, netardaram a<br />

vigència.<br />

A lei, quando promulgada,<br />

não terã efeito retroativo,<br />

significando que os que estiverem<br />

em viagem a época da publicacao<br />

da lei nãa serão afetados.<br />

Eta e, entretanto, inevitável, segundo<br />

acreditam empresánios Iigadas<br />

ao turismo na Argentina, e<br />

deve entrar em vigor nos primeiros<br />

dias do ano entrante.<br />

Através desse imposto, a<br />

governo argentino espera necoher<br />

cerca de 500 milhOes de doares<br />

na atuat temporada turistica<br />

- o que indica que, mesmo assirn,<br />

as argentinos tern muito dinheiro<br />

Para gastar em tunismo,<br />

especialmente em direçäo ao<br />

exterior.<br />

Não ha düvidas, porém,que<br />

essa medida restningirã bastante<br />

o nUmero dos turistas argentinos<br />

tao esperados em Foz do Iguacu<br />

e em todo a Brash.<br />

Prof essora<br />

IF<br />

cidadã<br />

benemérita<br />

A Cámara de<br />

Vereadores de Foz do lguaçu<br />

concedeu o tituto de Cidadä<br />

Benernérita a professora<br />

Agripina Vera, mais conhecida<br />

coma "Ilka".<br />

A solenidade oco' rou na<br />

Cãmara corn a presença<br />

dos vereadores, do prefejto<br />

Cunha Vianna e alguns amigos<br />

da hornenageada no dia<br />

30 de dezembro üItirno. Não<br />

foi uma solenidade. Foi urna<br />

dernonstração de caninho e<br />

gratidào.<br />

Associando-se aos que<br />

homenagearam a professora<br />

ltka, o <strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong> publica<br />

o pronunciamento da professora<br />

naquele ato. E uma homenagem<br />

a ltka e a todos Os<br />

professores nela representados.<br />

"Acredito quo nao exista<br />

satisfaçao ma/or e tao gra lit/cante<br />

para qualquer cidadào que a<br />

de receber homena gem de sua<br />

c/dade. Não ha modest/a que<br />

possa esconder o orgulho quo<br />

sinto neste momento, ao receber<br />

dos representantes de Foz do<br />

lguaçu a f/lu/a de C/dada Benemér/ta.<br />

Sei, também. que esta é<br />

a forma que encontraram de homeragoar<br />

todas as pro fessoras<br />

pr/mar/as quo, coma eu, dodicaram<br />

boa parte de suas vidas a a/fabet/zar,<br />

a ens/nar. E em nome<br />

de todas essas mestras, portanto,<br />

que recebo esta honraria. E<br />

embora não tenha recebido esta<br />

delegaçao, e em nome de todas<br />

que fa/arei, acredilando que a<br />

condiçao de ma/s ant/ga me permite<br />

cumprir este papel.<br />

Durante todos estes anos,<br />

desde 1947, quando comece/ a<br />

lecionar, eu nao apenas ensinei.<br />

Aprendi, pela experiéncia que a<br />

vida me proporcionou, que näo<br />

basta ensinar a ler e escrever<br />

E necessário, sennores, formar<br />

homens capazes do Contribuir<br />

para a construçao de urn mundo<br />

me/hor, onde este jam presentes<br />

e assegurados os ideals de liberdade,<br />

democracia e just/ca social.<br />

Os mesmos idea/s quo fazem<br />

sobreviver esta inst/tu/ção -<br />

a Cämara do Vereadores<br />

do nossa cidade quo ho/e me<br />

presta esta homena gem.<br />

Não sei se curnpr/ da me-<br />

Ihor forma minha tarefa. Mas espero<br />

que entre as centenas de<br />

crianças quo passaram pelos<br />

bancos de minha sala de au/a tenham<br />

frut/ficado homens e mu-<br />

Iheres aptos a exercer sua funçäo<br />

social, qualquer quo e/a<br />

se/a, corn espirito elevado do<br />

just/ca e arnor a Pair/a. Se /sio<br />

aconteceu, e creio aue sirn. trei<br />

umpr'do meu papel e honraclO a<br />

missào de mestra<br />

Denise Campana. Agripina (Ilka) Vera e Terezinha Vera<br />

apOs a sobenidade na Cârnara de Vereadores.<br />

Nem sempre, senhores,<br />

conseguimos fazer o me/hot. Para<br />

nos, pro fessoras dedicadas a<br />

alfabetizaçao a aos ensinarnenlos<br />

pr/mar/os. a educaçao so tona<br />

seu senfido p/eno se todas as<br />

cr/an ças tivessem acesso as esca/as.<br />

E se todas tivessem condiçOes<br />

do acorn panhar a que Ihes<br />

oferecemos como aprend/zado<br />

necessánio'a sua formaçao. Infelizmonto<br />

ainda vivemos os Was<br />

em quo uma grande parcela da<br />

infância náo chega a escola. E<br />

outra boa parce/a, entre aque/as<br />

quo chegam, nao passa dos primeiros<br />

meses coma aluno. As<br />

condiçOes soc/a/s näo permit em<br />

cond/coes de saUde e do equilibn/o<br />

ernoc/onal para essas cr/anças<br />

continual-em aprendencjo,<br />

<strong>Nosso</strong> traba/ho, portanto, dependo<br />

do tudo aqu/lo que a soc/odedo<br />

pode oferecer a seus fi/ho. E<br />

muitas vezes é urustrado ou não<br />

se realiza pot quo não fomos capazes<br />

de providenciar a necessár/o<br />

para construir novas geracoos,<br />

cada vez me/hares e ma/s<br />

capazes do fazer desta cidado e<br />

desa naçao aquilo quo sonhamos<br />

Sei quo todos as sonhores<br />

convivem ostas preocupaçOos o<br />

procuram, na medida das possibilidades<br />

do quo hole dispoem,<br />

encontrar -So/u coos a altura.<br />

Cre/o quo a homonagem quo<br />

prestam hole as pro fessoras,<br />

através desto thu/a que recebo,<br />

rove/a a importáncia quo dao a<br />

oducaçáo e consciência dos<br />

obstáculos para quo 0/a se realize<br />

corn plenitude. Tonho conteza<br />

quo os senhores, representantes<br />

log/limos de nossa c/dade, encontraräo<br />

as caminhos para<br />

tanto.<br />

Antes do (tj,minar, quero<br />

agradecor aqui as contr/bu/çOes<br />

quo recebi para minha formaçao<br />

coma pro fessora com carinho.<br />

Lembro corn crinho de rninha<br />

pnirneira pro fessora, D • 0111/a<br />

Sch/mmelpfeng, Lembro<br />

também do mou quenido pai,<br />

operário argentino que habitou<br />

esta c/dade quaso toda sua vida<br />

e do/a fez sua terra. Ele ensinoume<br />

a ama-la e ao seu povo.<br />

E a pensar sempre em<br />

construir, corn o minima<br />

quo tosse, para tornã-/a sernpre<br />

me/hor. Nào poderramos<br />

esquecor de todos as que ajudaram<br />

a construir esta cidade,<br />

onde nasci e sempre vivi, onde<br />

me real/zei coma pessoa e coma<br />

rnestra. E principalrneni'e todos<br />

Os pro fessores quo onsinaram<br />

geraçOes do /guacuenses e gue<br />

par sua dedicação e empenho<br />

sem pro fizeram sentir orgu/ho de<br />

ser uma delas.<br />

Mu/to obrigada a todos"


oi<br />

Si<br />

<strong>Nosso</strong><br />

tempo Foz, 7/1/81<br />

Encerrei acampanha corn o major corn icio que jã vi em Foz do Iguaçu<br />

0 Ultimo<br />

prefeito eleito A<br />

A receita do rnunicipio era de 36 contos de réis.<br />

Ozires Santos<br />

fol o ültimo prefeito<br />

eleito pelo povo em<br />

Foz do Iguaçu. Fol<br />

no ano de 1962,<br />

uma eleição das<br />

mais disputadas<br />

Concorreram seis<br />

candidatos para<br />

dividir 3.600 votos<br />

Ozires Santos<br />

consegulu quase<br />

dois ml! votos<br />

PrósperO<br />

empresário do<br />

setor imobiliário,<br />

Ozires diz que não<br />

pretende voltar as<br />

lides politicas. Está<br />

cansado e<br />

"esperando que os<br />

que me criticaram<br />

façam alguma<br />

coisa por Foz do<br />

Iguaçu".<br />

Pensando em<br />

dar continuidade ao<br />

debate sobre a<br />

autonomia politica<br />

dos municipios em<br />

Faixa de Fronteira,<br />

<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong><br />

ouviu Ozires<br />

Santos.


Fz 7/1/81<br />

<strong>Nosso</strong><br />

tempo<br />

Sempre tive a minoria na Câmara./Não estou filiado em partido nenhum<br />

<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong> 0 senhor foi o ultimo prefeito<br />

eleito pelo povo em Foz do Iguaçu. Quando foi<br />

isso?<br />

OSIRES - A eleicao foi em 1962 r eu tomel posse<br />

em 1963<br />

NT- Quantos partidos havia naquela época?<br />

OZIRES - Aqui em Foz funcionavam legalmente a<br />

UDN, pela quat eu fui eleito, o PIB, que dom!nava a<br />

Prefeitura, o PDS, PR, PDC, PSP.<br />

NT . Quem foi seu antecessor?<br />

OZIRES - Era Emilio Hoffmann. eleito pelo Partido<br />

Trabalhista.<br />

NT- Como foram disputadas as elelçöes?<br />

OZIRES - Naquela época Foz do Iguaçu era nexpressiva<br />

em termos de potitica. 0 Colégio Eleitorat<br />

contava corn 4 a 5 mil eleitores. Naquela eteiçao<br />

me parece que deram 3.600 votos válidos.<br />

NT- Foram muito concorridas as elelçoes?<br />

OZIRES - Foram muito disputaas. Havia seis candidatos.<br />

Pelo PTB concorreu o irio Manganelti: pelo<br />

PSD, o caitäo Becker: pelo PDSo Julio Rocha Neto.<br />

pea UDN eu concorri e pelo PR concorreu o<br />

Joâo Lobato Machado.<br />

NT - Parente do Sérgio?<br />

OZIRES - Pat do Sé rgio Próximo ao dia das elecOes<br />

ele veio me apoiar.<br />

NT- Quantos votos o Sr. fez?<br />

OZIRES - Otha, eu fui muito votado. Contra cinco<br />

candidatos eu fiz quase a metade da \'otacao.<br />

Devo ter feito 1800 a 1900 votos.<br />

NT - Os seus votos foram mais na cidade ou no<br />

interior?<br />

OZIRES - Os eleitores estavam mais na cidade,<br />

principalmente nos bairros, 0 pessoa! mais humildee<br />

que votou em mim.<br />

NT - Parece qua na Vila lolanda o senhor fol mu!to<br />

bern votado.<br />

OZIRES - A Vita lolanda era pequena, estava comecando.<br />

Eu live apoio maciço da perifeira da cidade.<br />

A sociedade em si apoiou o trio Manganelti e c JUlio<br />

Rocha Neto.<br />

NT . A legenda a qua o senhor pertencia era urn<br />

tanto oligárquica, mas quem votou no senhor<br />

toi o povão?<br />

OZIRES - Foi o povão. A legenda näo<br />

irnoortava muito, eles votavam na pessoa e entenderam<br />

que eu era o candidato mais comum, mais<br />

simples, igual a eles.<br />

NT - 0 senhor esperava essa votaçao esrnagadora<br />

ou to! surpresa?<br />

OZIRES - Eu já esperava porque havia sido candidato<br />

a vereador em Cascavel e fui o mais votado<br />

Posteriormente. para deputado estadual, ful o mais<br />

votado em Cascavel e em Foz do Igaçu também<br />

NT - onde fob o seu comlcio de encerrarnento?<br />

OZIRES - Foi ali no bairro M'Boici<br />

NT - Ecorno to!?<br />

OZIRES - foi urn dos rneihores comicios que eu já v<br />

em Foz do Iguaçu.<br />

NT - Não sente saudades daqueles tempos?<br />

OZIRES - Tenho muita saudade, principalmente<br />

quando lembro clue live a apoio de todo o povo mais<br />

humilde, inclusive durante a minha administracáo.<br />

NT - Essa saudade não faria o senhor retornar a<br />

atividade politico parfldária?<br />

OZIRES - Hoje estou meio fora da politica.<br />

NT - E se fosse con v!dado, entrarla novamente?<br />

OZIRES - Eu estou meio cansado de politica. Estou<br />

esperando que aqueles que não me apoiaram e sO<br />

me criticaram façam alguma coisa, porque nesses<br />

20 anos eles so tizeram complicaçáo, fofoca, criticas<br />

destruitivas e maldosas.<br />

NT . 0 senhor lembra de algurn fato pitoresco<br />

ocorrido durante as eleiçoes?<br />

OZIRES - Houve várias passagens. Aqui foi disputado<br />

voto por voto. Imagine clue eram seis candidatos.<br />

a municipio era pobre, a eleitorado pequeno,<br />

foi a rinha mais linda clue já se viu.<br />

NT - Dava muita briga nos comicios?<br />

OZIRES - Bastante. E como no futebol, as ânimos<br />

váo se acirrando... Agente pregava uma placa e Os<br />

outros tiravam. 0 nosso pessoal pagava corn a<br />

rnesma mnda.<br />

NT - Ouvimos dizer qua houve ate tirotelo.<br />

OZIRES - Acredito clue tenha havido, mas, feuizmente,<br />

nào houve vitimas.<br />

NT - Na época da cam panha quern era 0 governador?<br />

OZIRES - Era a Ney Braga.<br />

NT - E durante o seu mandato tarnbém?<br />

OZIRES - Sim.<br />

NT - 0 senhor sendo de urn partido e o governador<br />

de outro, não houve bolcote, corte de varbas?<br />

OZIRES - 0 Ney Braga apoiou a rninha administracáo.<br />

Lógico, durante a campanha ele apoiou o candidao<br />

do seu partido, a JUlia Rocha Neto, do PDC.<br />

NT - Parece qua houve prorrogação de seu mandato,<br />

não?<br />

OZIRES - Depots que passaram Os 4 anos eu fiquei<br />

ainda mats urn ano e urn rnês, quando namearam o<br />

JUlio Verner<br />

NT - Deu pare fazer alguma coisa para o munlclplo<br />

durante a sua administração?<br />

c)zIRES - Fiz aquilo que estava ao meu aicance. A<br />

r-relertura sempr Ioi pobre. 0 Municiplo náo tinha<br />

autonomia finandeira para resolver a sua problemâtica.<br />

A receita sernpre tot menor que a despesa.<br />

Naquela época me parece que a receita era de 36<br />

cantos de réis e ja havia urn gasto forçaclo de 60<br />

cantos de réls. A Prefeitura estava deficitária em<br />

200 cantos de réls, quase urn caos. Nôs consequimas<br />

equitibrar as finanças e deixamos urn saldo de<br />

480 cantos do réis.<br />

Foz do Iguaçu tern urn futuro grand ioso pela frente.<br />

NT- Ea Cãmara como era?<br />

OZIRES - Funcionava no mesmo prédio da Prefeitu<br />

ra -<br />

NT - Eram quantos vereadores?<br />

OZIRES - Eram nove.<br />

NT E como era o sou relacionamento coni<br />

ales?<br />

OZIRES - Eu sempre live a minoria na Camara. Ha.<br />

via urn vereador que sempre trabalhou ao meu lado<br />

em favor de Foz do lguaçu. Foi o Percilia da Silva<br />

Gusmáo. Os demais vereadores já começaram<br />

corn uma campanha de destruição, de oposição<br />

gratuita contra mirn. Eu fiquet sO corn a apoia dos<br />

que votaram em mim, que era o povo mats humilde<br />

da cidade.<br />

NT - Como 0 senhor ye a atual administração?<br />

OZIRES - Corn a advento de Itaipu e corn esse regime<br />

de prefeitos nomeados eu quase clue fugi da pa-<br />

Utica. No aue se refere a Prefeitura, acho que o coronet<br />

Clóvis Vianna está fazendo uma das melhores<br />

administracOes gue Foz do Iguaçu já teve. Acho<br />

o prefeito urn hornem equitibrado, ponderado, náo<br />

politico, mas adrninisI.dor.<br />

NT . Se hole o senhor estivesse frente a chefia<br />

do Executivo, agiria do rnesmo modo como ale<br />

vem aglndo?<br />

OZIRES - Acho clue agiria de forma mats agressiva.<br />

na forçar mais as paderes governamentais, tanta<br />

estaduais como tederais, buscando mats verbas<br />

para acompanhar o advento de Itaipu.<br />

NT - Por falar em ltaipu, o senhor acredita no futuro<br />

do cidade apôs a conclusão da obra?<br />

OZIRES - Essas Trés Fronteiras tern urn futuro<br />

grandioso pela frente no que diz respeito a turismo,<br />

comércio, indiistria. Itaipu acendeu a progresso e<br />

Foz do Iguaçu precisa dar continuidade. Esse municipia<br />

está rnuita bern posicionado geograficamente,<br />

tern essas belezas flat urais que são as Cataratas<br />

do Iquaçu e tern condiçOes de ii prá frente.<br />

NT - 0 senhor tern fe qua haveré eleiçoes diretas<br />

para prefeito em Foz do lguaçu?<br />

OZIRES - Eu vejo urn homern ernpenhado em democratzar<br />

a pals, que é o Presidente da RepUblica.<br />

Eu falo isso porque civis da minha épaca, que se diziam<br />

politicos e idealistas, entregararn a poder nas<br />

rnãos dos militares par näo terem campeténcia.<br />

Corn isso frustraram m'Jita gente que era ideahsta.<br />

Acho que a presidente Figueiredo está querendo<br />

que a poaer volte as mãos dos civis.<br />

NT - No caso especifico de Foz, o senhor acha<br />

qua dove haver eleicöes diretas para prefeito?<br />

OZIRES - Uma vez aue estamos nurn processo de<br />

volta a dernocracia, nao vejo razão para Foz nâo<br />

ser arrolaaa neste contexto<br />

NT - Em qua partido o senhor está filiado?<br />

OZIRES - Eu não tenho pensado em me fihar em nenhum<br />

pirt;do ité a 'no.n to<br />

NT - 0 senhor se situaria mais ao lado da Oposicao<br />

ou da Situaçao?<br />

OZIRES - For enguano es:ou araiisanclo Os fatos<br />

NT - A juventude de Foz do Iguaçu não sabe o<br />

qua é e o qua significa uma eleiçao direta para<br />

prefeito, uma vez qua ha 20 anos isso nâo axis-<br />

!a. Esta mesma juventude estâ ansiosa para qua<br />

isso aconteça. 0 senhor estaria disposto a se<br />

engajar nesta luta?<br />

OZIRES - 0 Brasil asIa passanco pci uma fase e<br />

certamente voltara as suas bases politicas Entendo<br />

q luveritude de Foz do Iguaçu deva assumir<br />

essa r espo-sao i urdade e lutar peas seus deais<br />

NT - 0 senhor acha que Foz do lgauçu tern nomes<br />

capazes para assumir o comando no municipio?<br />

OZIRES To :,. trncipalmerrte os jovens<br />

NT - Poderia citar exemplos?<br />

C)ZtRES - Não you .-xmOloS. mas existem JO<br />

vnc cor' c'ani hiuqer ' r nriia cau


<strong>Nosso</strong><br />

I Q tempo Foz, 7/1/81<br />

17 familias ameaçadas de serem expulsas da terra donde tiram o seu sustento<br />

o ponto<br />

de<br />

encontro<br />

da ala<br />

jovem<br />

EçJ<br />

.11<br />

Posseiros resistirão ate a morte<br />

serão expu/sas d<br />

serem jogados a<br />

do lose uma hdbil manobra<br />

do advogado Alvaro de<br />

Albuquerque,as 17 families<br />

N ocupanteS de uma area em<br />

litiglo no Late Grande, a 15 quitometros<br />

da cidade de Foz do<br />

Iguacu, estariam levantando<br />

acampamento e mudando-se<br />

sem rumo para a periferia das cidades<br />

ou para engrossar o contin<br />

genie de bOias-frias que aumentam<br />

diariamente nas<br />

lavouras paranaenses.<br />

Depois que o Tribunal de<br />

Justiça julgou e deu ganho de<br />

causa aos herdeiros de Jorge<br />

Schirnmelpfeng, que disputam a<br />

posse legitima da area de 54 atqueires,<br />

o que restava (azer era<br />

o levantamento e avaliação das<br />

benleitorias introduzidas pelos<br />

posseiros e passar a indenizacáo<br />

e imediata retirada dos ocupanles<br />

da terra.<br />

No dia 17 de dezembro de<br />

1980, as colonos do Late Grande<br />

foram acordados as 6 horas da<br />

manhd pot of/cia/s de Justiça da<br />

Comarca de Foz do Iguacu.que<br />

levavam uma c/ta cáo do Juiz<br />

convocando as cotonos a urna<br />

série de audiéncias marcadas<br />

para aquele mesmo dia e nos<br />

dias 18 e 19. Causou muita estranheza<br />

e suspeita entre as<br />

agricu/tores o inusitado horatio<br />

em que as of/cia/s apareceram<br />

(6 horas da manhá), fato agra-<br />

I NI 11<br />

o Lote Grande e o con f/ito que envo/ve os agricultores da<br />

I<br />

rea num /itqio pela posse da terra corn os<br />

77 7 -herdeiros de Jorge<br />

t \ \'<br />

Schimrne/pfeng foi o tema de amp/a<br />

'* reporta gem da primeira edicao do<br />

J<br />

I : No so <strong>Tempo</strong>. Atualmente, a questão<br />

•<br />

__<br />

.•.•<br />

está<br />

.<br />

adquirindo conto'rnos<br />

Jma's decisivos e drama ticos<br />

Enquanto está sendo definida a<br />

indenizacão das farnf/ias cue<br />

terra, os co/onos se armam para "resistir ate rnorrer"para nao<br />

desgraça porforça de discutIveis direitos de propriedacie.<br />

vado pela ins/sf ência corn que rança de/es tern 4 suportes Pr,- tao a possibilidade de urn deste- o que vamos tazer? A 'dade ja<br />

pediam o comparecimento im- metro, o alto custo da indeniza- cho mats trdgico. rido perm tie a genie voltar a derprovisado<br />

ao FOrum naquelo cdo, talvez insuportável para a 'Ninguëm tern interesse o rubar mato em out ro lugar. Ir parnesmo<br />

dia. Mais: 0 advogado familia Schimmeipleng. Em 15 deixar a terra par preço ne- ra a c/dade? Fazer o que na cidados<br />

colonos,di'. Alvaro Albuquer- do outubro de 1980, data do en- nhurn afirrna o agricu/for Pedro, de, se corn do/s ou trés mi/hOes<br />

que, sequer fora noticiado da ci- cerrarnento dos trabaihos de corn a (ran quilidade do quem mat dd para erguer urn baraco<br />

iaçao, embora fosse ele quern avaliaçao as benfeitorias foram nao espera ser expulso da terra caso a genie queira se dedicar<br />

deveria receber a cita cáo como orcadas pe/a per/ta gem em em hipOtese alguma. "A genie ao comérico? Entáo you vi vet de<br />

orocurador que ë dos citados aproxirnadamente 25 mi/hOes de estd bern colocado aqui, sabe o qué so sair daqul? 0 mesmo pro-<br />

Os colonos, ao invés de cruzoiros, devendo aumontarpa- traba/ho que passou, então a blema vão ter as outros que v/item<br />

ao Juiz, dirigiram-se irnedia- ra perto de 40 mi/hOes em abril genie quer cult/var e ficar corn vern e trabalharn aqu, no Late<br />

tamente ao advogado. Este, sur- prOxirno - época fixada para 0 iSSO al' - argurnenla ele. "Pra Grande" - diz Afonso corn umas<br />

preso e indignado, dtrigiu-se ao des (echo da in'r'ga. Segundo, as genie se coiocar de nova corno conias iargas de cansaço.<br />

Juiz reclarnando do comport a- colonos estáo de posse de docu- estd colocado aqu' nào tern ma.(r<br />

menlo da Justiça e .rnosrrando mentos que Ihes däo certeza de ne/ra, ne?'<br />

ser irnpraticdve/ a avalia cáo das totem sucesso na Just/ca corn Esse pensarnento é invaria- 0<br />

benfeitorias nessas condicOes. urn processo r/cisOrio da decisdo vet entre as 17 familias ameaça-<br />

A/em da precipita cáo, persisiem do Tribunal do Justica do Esrafr das de perder a terra. 0 lider dos<br />

aspectos a serem discutidos en- Terceira, esperam uma açao do- colonos. Afonso Lopes, que de -- ()<br />

ire as partes con (litanies, como sapropriatOria do Incta. E, quar- tan to perambular par escritOr'os<br />

é 0 case de certas benfeitorias to,. prometem fazer urn intenso de advocacia, gab/notes de jul<br />

que as Schimmolpfeng se trabaiho de mob//iza cáo que pos- zes. escrit'Ortos do Incra e do<br />

recusam a pagar - custos da des- sa atrair o apoio de !/deranças e ITC, alêrn de outras autoridades<br />

toca, plant/os ex/stentes na épo- entidades no sent/do de garant/r politicas e religiosas, ja é capaz<br />

ca em que se efetivar a indeniza- sua permanéncia na terra de misturar ao seu hngajar cabo- cáo e outras. do uma boa dose de vocabuldr'o 0<br />

De qua/quer forma, o advo- tëcnico-uridico, é ainda mats in-s rneses que separam as<br />

gado conseguiu junto ao juiz Ro- (><br />

cistvo "Eu jd tenho 48 anos de I U colonos das audiéncias de<br />

berto Sampaio da Costa Barros, 'U idade. Vamos supor que eu rece- abril e mate proximos mdiembargar<br />

as audiënc/as maica- ba urna tndenização de uns 3 ml- - cam que serâo bern aprodas<br />

pare dezembro passado e C/) ThOes de cruzeiros - o que duv/do ' ados par eles e seus detentransfer/-las<br />

pare as dias 13 e 17 0 rnu,to Onde e que you me sores. Nos ternos ainda aguns<br />

do abr/l e 4 do ma/ode 1981. "Se colocar? Meus f//tics Ia O5(O co- cartuchos e vamos Mar ate o<br />

isto nào servir para outra coisa, locadoS na c/dade. Mas, e eu e a ftm -garante Afonso, enquanto<br />

dizem as color'os, polo menos (,) Q) e';posa cue so sabemos cultivar, descarrega asUlt'rr7asSemeflteS<br />

estamos ganhando tempo"<br />

Ut? d(IUL Ut? )Ud I!Id(.jU!fld fIdFIUdI<br />

Nosse tempo, eles ac/tame nerthuma dessas altorna- -<br />

do planito Ele seca o suor do<br />

que podem fazer valor a/guns ',vas der resultados posit i- 0 Dr. Alvaro<br />

trunfos pare não perderem a ter-vos, as agricultores ndo W. Albuquerque<br />

ra que amam e dondo (tram seu dispostos a deso-<br />

Dr. Adoipho<br />

sustento e de seus fi/hos. A espe- upar a area, antevendo-se en Dr. Agenor<br />

- de Paula MarJns Mariano<br />

Reportagens fotográficas<br />

Materials Fotográficos<br />

AF0t<br />

em Geral<br />

Av. Brash, 706- Fones: 73 . 1012 e 73-1646 - Foz do lguaçu<br />

Dr. José<br />

_Claudio Rorato<br />

Dr. Antonio<br />

Vanderli Moreira<br />

Dr. Santo<br />

Rat agnin<br />

Dr. Ademir<br />

Flor<br />

C,, • t.i.'t1 45<br />

LU<br />

da Costa<br />

Advocacia em geral<br />

Rua Minas Gerais, 1699<br />

Medianeira.<br />

Dr. Jose'<br />

Antonio<br />

Fonseca<br />

Advocacla em<br />

geral e trabaihista<br />

Rua Rio Branco<br />

Fone 64-1948 Medianeira


1osso<br />

tempo<br />

Ate o ITC forneceu mapa demonstrando que a area dos Schimmelpfeng é outra<br />

---<br />

Foz, 7/1/81<br />

rostc e con vida o ti/ho de 7 anos,<br />

que o a,udou o dia inte/ro no<br />

plantio de arroz sob o sol causticante,<br />

e vão para casa tomar urn<br />

banho, preparar urn chimarrão e<br />

con versar corn Qs repOrteres do<br />

<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong>.<br />

Na casa de Afonso reUnemse<br />

em seguida alguns vizinhos,<br />

sempre atenciosos corn todas as<br />

pessoas que as procuram quando<br />

notam que vai se tratar do<br />

problema de sua permanéncia<br />

Oil flãO na tPrr.<br />

Os "cartuchos" de que falam<br />

as posseiros as vezes parecern<br />

fazer parte de uma linguagem<br />

figurada, outras vezes barecern<br />

id/car o ponto extremo a<br />

que estão dispostos a chegar se<br />

de fato acontecer aquilo que<br />

cons/deram a ma/or /njustiça:<br />

sua expulsao.<br />

• 'NOs vamos teirná. Eu, prá<br />

sair daqu/, sO tocado pela<br />

Just/ca. Acordo eu não faço.<br />

Näo e o Ju/z, nem o advogado,<br />

nem são as Schimme/pfeng e<br />

mu/to menos o Incra que prec/sam<br />

dessa terra. Quern precisa<br />

é n6/s' - d/z Afonso Lopes, ao<br />

que outro acrescenta: "Não estamos<br />

nem corn /déia de sa/r<br />

daqu/. São anos e anos de sacrific/o.<br />

Vejam essas bavouras...<br />

Nessas alturas a pessoa resolve<br />

morrer em c/ma da terra e não<br />

sa/, ne?'<br />

Os posseiros adrnitem que<br />

as Sch/mmelpfeng reivind/quem<br />

e fiquem corn a terra caso a<br />

Just/ca defina o modo /rretorquiyel<br />

a procedência da re/v/ndicaçao.<br />

Mas e prec/samente essa<br />

procedOncia que as colonos negam.<br />

Eies não cansam de ex/bir<br />

rnapas ind,cat/vos de que a area<br />

dos Schimmelpfeng não e aque-<br />

Ia pleiteada. 0 prOprio ITC<br />

(Inst it uto de Terras e Cartograf/a)<br />

forneceu aos cobonos urn<br />

mapa demonstrando que a area<br />

de S/xto Aquino, que passou aos<br />

Schimme/pfeng, f/ca localizda<br />

ma/s a !este do Lore Grande, ou<br />

se!. 'ea colon/zada pe/a P/nhoe<br />

ierra, nas proxirnidades<br />

do que hole é conhec/do como<br />

R/ncão São Francisco. (Vd. edi-<br />

:.<br />

ção n do <strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong><br />

Baseados n/sso e em outros<br />

detalhes, as colonos estão<br />

decididos a entrar corn açao rec/<br />

sOria da decisão do Tribunal de<br />

Just/ca do Estado, que deu ganho<br />

de causa aos herdeiros de<br />

Jorge Schimmelpfeng. Embora o<br />

chefe do lncra no Paraná, Jose<br />

Gui!herme,ache isso inUtil par ter<br />

s/do d/scut/do durante a (ram/taçao<br />

do processo, as colonos tern<br />

orientaçãoes de /u/zes e<br />

advogados de outras comarcas<br />

Segundo OS qua/s a acaO recisOna<br />

é viáve/ e just/f/cáve/<br />

0<br />

00<br />

rá e/es reconheçë nosso<br />

dire/to e não së tao<br />

provalec/do, tern que 0<br />

P Incra se ernpenhá" - diz<br />

Atonso Lopes. "Se a terra é<br />

rnesmo dos Sch/mmelpteng,<br />

apesar de que as documentos<br />

d/z que não é, quern pode audar<br />

nOis é 0 Incra, o Orgao competente<br />

para desapropr/ar a area.<br />

Se o Incra não se manifesta e<br />

continua ajudando outra parte,<br />

onde as homens . São<br />

funcionár/os pUblicos<br />

aposentados e que não sabem e<br />

não precisam cult/var a terra,<br />

então quem pode fazer alguma<br />

coisa pelo colono que treabaia a<br />

terra"? - pergunta Atonso<br />

Para i bncra 'se<br />

empenhá". porern. nào C fác/l,<br />

rnesmc sendo esse Orgão urn<br />

dos pr iricipa/s responsáveis pela<br />

presença de vários posseiros<br />

ex/stentes no Late Grande. Al-<br />

de/es, ha Q.';ie 1C a:io:,<br />

quando estavarn para adqurir<br />

terras nessa local/dade, foram<br />

ao Incra em Cascavel inforrnarse<br />

sabre a con ven/éncia de<br />

corn prar terras aqu/ em Foz do<br />

lguaçu. No Incra, através do dr.<br />

Aristides, receberam orientaçao<br />

no sent/do de não adquirirem<br />

terras em Santo Alberto, po/s<br />

poder/am estar adquirindo area<br />

do Parque Nacional do lguaçu.<br />

Fora de Ia poder/am comprar<br />

Iran qumlamente, inclusive no<br />

Lore Grande- garantia 0 !ncra<br />

pois essa area era do Estado n<br />

sua regularizaçào fund/aria corn -<br />

petia ao prOprio Orgão do Governo<br />

EQtão, as agricultores<br />

compraram a terra e o Incra nada<br />

fez senão urn logo de deixa<br />

estar para ver como fica 'Se<br />

nOs não tivéssemos consu/tado,<br />

ainda và Mas consultamos o !p<br />

Lra, que rnandou no/s compra A<br />

juern deviamos pedir<br />

iriforrnacOes senão a esse órgdo<br />

oue agora lava as rnãos?<br />

nergunta /ndignado urn dos agri-<br />

C uiiores.<br />

0 lncra concluiu que nao<br />

cabe uma desapropriacao par ineresse<br />

social. sob o argumento<br />

c/c que rnuitos dos ocupantes do<br />

Late Grande já fizerarn acerto<br />

corn as Schimrnelpteng e Que as<br />

rem anescenfes são poucos. rAo<br />

'nfigurando urn prob'erra<br />

social. Restaria saber o cue re<br />

presenta urn problerna Social pu<br />

ra os tcnicos do Incra Depe'<br />

de do nurnero de pess-Tuprob!ernatizadas<br />

ou de uma c<br />

moçào social, de preterCicu<br />

Corn conotaçOes tragicas en<br />

que OcOrrern mortes e oul'i:<br />

das barbaridades tao Ire quer' te<br />

no caos lid/ário do Paraná° Nao<br />

se sabe, mas o certo é que 0<br />

Incra comunicou par telefonc' a<br />

decisão de não desapropr/a r as<br />

terras e recusou-se ate hote a<br />

dar decisäo par escrito de medo<br />

de que o documerto seja usado<br />

contra o orgão<br />

Esta cerro que a/guns rc;<br />

seiros fizeram acordos corn<br />

milia Schirnrneipteng mas k'<br />

acordos em QLJC -uuu<br />

men tes prejud,cados: Perdera. .1<br />

grande parte da area que<br />

possu lam sob prornesa de receberem<br />

escr/tura da parte corn<br />

que ficaram e ate t'ije náo tern<br />

documento em macs, estando<br />

novamerite expostos a sanha Ce<br />

impiedosos apropriadores,<br />

Mais urna mágoa as cobnos<br />

tern do Incra:<br />

kites de ser julgada a açao pelo<br />

Tribunal de Just/ca do Estado, o<br />

dr. Germano, advogado do lncra,<br />

prometeu a Afonso Lopes que<br />

acompanharia passo a passe 0<br />

processo e que tudo far/a pelos<br />

colonos, inclusive a,'udarido numa<br />

acao em que se con figurasse<br />

o usucapião. Como se sabe, as<br />

colonos perderam na Just/ca.<br />

Tao logo souberam disso, lelefonaram<br />

ao dr. Germano e este<br />

Ihes disse que não ha y/a prome-<br />

'do nada a ninguém. '0/a<br />

desses - conta Afonso estava<br />

no escritOrio do nosso advogado<br />

e là estava tambëm o dr. Germano,<br />

,ncapaz de olhar para m/nha<br />

cara, envergonhado do papelão<br />

que fez conosco'<br />

Urn possivel aliado dos colonos<br />

dever:a ser o S/ndica(o dos<br />

Trabalhadores Rurais, mas a<br />

exper/ênica que as colonos tern<br />

corn essa ent/dade é lamentávei<br />

Traga urn novo<br />

cl/ma Para dentro do<br />

seu automOveL..<br />

Urn prsvilégio de pc<br />

No tempo em que Cleodor<br />

Albuquerque era pres/denle, C<br />

Sindicato sO pre/udicou as cob<br />

nos Agora. 0 presidente Joác<br />

Sarnek parece interessado err<br />

audar as colonos mas eles pou<br />

co con f/am depois de tantasperi<br />

pee/as.<br />

Dentro de poucos dias, o<br />

posseiros prornoverão uma<br />

assemble/a em que esperarn<br />

contar corn a presença do bispe<br />

de Foz do lguaçu, dom 0//vie<br />

Fazza, do nücleo local da<br />

Comissão Justiça e Paz e outras<br />

pessoas para fazerem uina<br />

carla-abeqa a ser enviada as<br />

autor/dades do governo e do<br />

Incra.<br />

De tudo isso se Cone/ui que<br />

a questão do Late Grande foi<br />

Iulgada de modo pouco<br />

recomendávef e que a so/u cac<br />

pralicamente consumada da expu/são<br />

dessas fam il/as da terra<br />

representa ma's 1.,ima violéncia<br />

em name do principlo da propriedade<br />

privada. mesmo sabendose<br />

que. no caso presente,<br />

esse dire/to està sendo<br />

garan 1/do de forma altamente<br />

4questionável a quem menos<br />

precisa da propriedade em<br />

Refresca nos dias quentes.<br />

...e sinta a<br />

s'ua v/dade<br />

Proxima de voce"".<br />

Ge du 0<br />

Av.<br />

AR<br />

Pre%udene<br />

CO". c"O'V'-P)"ARA<br />

Juscelino Kubitschek<br />

Ar.' ro:;<br />

Telefones (0455) 73-4832 - 734783 -<br />

1969<br />

73 4793<br />

HR 469 km 15<br />

Cx. Postal 514 . 85.890 FOZ 00 IGUACU PR


<strong>Nosso</strong><br />

I 2 tempo Foz, 7/1/81<br />

"Tern urn alemãozão meio tarado que dá banho de champagne em nos"<br />

A Zona de MeretrIclo de Foz do<br />

/guacu, expu/sa por Ita/pu para Três<br />

Lagoas, é para muitos urn tabu e<br />

para outros urn ponto de algazzara,<br />

festa e bestial/dade. 0 des prezo, o<br />

desrespeito humano são as pa/a vras<br />

que rnelhor expressam o tratamento<br />

dispensado pela sociedade as<br />

prostitutas. 0 relato Que segue pode<br />

nao acrescentar nada<br />

ao que todos sabem<br />

sobre isso. Mas uma<br />

zona de meretrIclo é<br />

sempre o motivo para<br />

pensar sobre o que se<br />

chama de "va/ores<br />

hurnanos" -<br />

ameçados, quando não<br />

destruIdos de todo.


Foz. 7/1181<br />

Isto<br />

aqul é uma<br />

zona<br />

Sao peuo ce quarena c,.sas<br />

Boite Chanel, Casa Julia,<br />

Boite Iguacu. Cant inho do Amor,<br />

0 Sambão Urnas 200 prostitutas<br />

se escondem corn Os mats diversos<br />

nornes 'tudo de guerra)<br />

Tània, Kàtia. Regina, Tere. Perla,<br />

Ldia.. £ Trés Lagoas, a vila destinadaa<br />

prostituicão.<br />

Na parte da manhã é urn siléncto<br />

total. Todo mundo dormindo,<br />

descansando depois de uma<br />

longa rioite, Ao meio-dia é que<br />

etas (e eles também) corneçarn a<br />

acordar estregando Os olhos tomando<br />

banho... Logo é hora do<br />

almoço. A tarde, as que estäc<br />

cansadas puxarn mais uma soneca,<br />

outras descem a cidade<br />

fazer compras ou ii a piscina<br />

descansar, depos logo a seguIr<br />

uma longa noite novamente as<br />

espera<br />

Na parte Ca manhã a grande<br />

maioria dos rostos que pela<br />

noite estão belos e alegres ref letern<br />

a realidade. São rostos cansados,<br />

abatidos, desiludidos.<br />

Por volta das 14 horas é<br />

que consiguimos entrevistar algumas,<br />

Nenhuma fornece o nome<br />

verdadeiro. Poucas querem<br />

falar. Muitas. quando sabem que<br />

se trata de jornal, se escondem<br />

Fotografia, então, é urna<br />

bataiha para conseguir. Tern medo<br />

de aparecer no jornal. Medo e<br />

vergonl-ia de serern reconhecidas<br />

pelos parentes e amigos.<br />

Pc' que elas foram parar<br />

au 7 As histôrias sac incriveis.<br />

Pensou<br />

que era<br />

lanchonete<br />

Eu vim parar aqui porque<br />

penset que era urna lanchonete.<br />

Quando vim pedir emprego eles<br />

disseram que so ia atender fregueses<br />

ali no bar. Logo euvi que<br />

o atendimento não era so servir<br />

bebidas. Meus pais moram là no<br />

Riricão São Francisco e pensam<br />

que eu estou trabalhando numa<br />

larchonete. Deus me livre se<br />

descobrem que estou aaui'<br />

<strong>Nosso</strong><br />

tempo<br />

"OIha, eu não vou pro "uarto por menos de mill cruzeiros"<br />

Lenita<br />

foi expulsa<br />

de casa<br />

Eu eslava apalxonaaa put<br />

urn carinha. E'e era legal pacas<br />

NOs jà tinhamos ;ornbinado ate<br />

a època do casamento Urn dia<br />

ele estava meio de pore, narnorando<br />

no sala Ca nossa casa e<br />

me pegou quase na marra Eu<br />

nào quis gritar ooaue ia acorc,i:<br />

o oat e a mae. Depois da prim,:..<br />

ra vez, continuarnos a transa<br />

Urn dia o pat levanta da came cpega<br />

nôs no flagrante. Deu urna<br />

surra nele e rnandou embora<br />

Fiquet alguns meses morando<br />

junto mas ele uomeçou a bete'<br />

dernats e a ficar insuporfãve<br />

Quase todas as noites tinhamon<br />

brigs. Ele voltava tard€<br />

prà casa, béhado e ainda por ci.<br />

ma queria me surrar. Uma noite<br />

quando ele chegou farCe, na.'<br />

me enconlrou mats em casa Perarnbulei<br />

por al e decidi ii pta<br />

zona de Cascavel là na Chiquinha.<br />

Fiquet là uns trés rneses e<br />

depoi. vifl pra ca £ urn pouco<br />

meihor, mis nac i?soi gosten<br />

do<br />

Se perdeu<br />

como<br />

namorado<br />

"Eu faz pouco tem po que<br />

estou aqut. Näo gc:J mutto.<br />

rnas o que se vat fazer7 Namoret<br />

trés anos urn cara là em Realeza<br />

Ele prorneteu casar comigo. Dc<br />

pois que ele se aproveitou de<br />

mirn não quis mats me ver Con<br />

tou para todos Os amigos e eli<br />

fiquei mal falada, sabe corno é.<br />

cidade pequena Os boatos correm<br />

depressa. Eu poderia ter ido<br />

a policia, porque naquele tempo<br />

ainda era de menor. Acho que<br />

nao se deve segurar nomern na<br />

marra. 0 dia que eu liver urn so<br />

pra mim sera na base do arnor<br />

,,ão na maria"<br />

Lidia<br />

foi<br />

violentada<br />

''0 rneu caso to a em Cueréncta<br />

do Norte. Quando eu voitava<br />

da escola, urn rapaz me olereceu<br />

carona num baita carrão.<br />

Como eu estava cansada e ele<br />

parecia boa pessoa, resolvi<br />

entrar no cairo Depots de murto<br />

;ero-lero e;e me ievou prum lugai<br />

escuro e là tinha mats dois me<br />

esperando. Me arnecaram de<br />

morte e fizerarn de tudo comigo,<br />

depots me largaram sem roupa<br />

na estrada. Urn carro passou e<br />

me levou para o hospital. Toda a<br />

c'dade ficou sahendo e eu fiquel<br />

corn vergonha de ericarar as<br />

pessoas Vim embora, nào<br />

consegui emprego e cal na vida<br />

0 rapaz que me violentou<br />

ntnguém mats viu, mas dizem<br />

cue era urn ftlhinho tie papa'<br />

Marina<br />

estava no<br />

Paraguai<br />

Eu tava numa zone a perto<br />

de Encarnaciôn Dai fecharam<br />

.asa e eu vim parar aqui. Co-<br />

-* eu entrei na vida Foi 16 no<br />

Paraguat mesmo. Meu pai me leyou<br />

là pra ganhar dinheiro. Depots<br />

que fechararn a zona nào<br />

quts in pra casa dos meus pats.<br />

Estava corn nojo da cara deles<br />

de tanto que eu passei Ia. Decidi<br />

yin pra Foz do lguacu, mas como<br />

r.ão sei ter rem escrever, não<br />

consegut arrumar trabalho em<br />

ugar nenhum Arrumei emprego<br />

coma empregada doméstica,<br />

mas não deu certo. Corisegui<br />

uns biqutnhos aqut e alt, lavando<br />

casas ou roupas, mas o que eu<br />

ganhava não dava nem prâ pagar<br />

a pensão. Resolvi vir prã Ca.<br />

Sofro ba:ante mas pe k't menos<br />

tenbo came e corniCe'<br />

Geni esta<br />

là porqu<br />

gosta<br />

01 r a. mccc, se eu CS'Ou<br />

aqut e porque gosto e nrrguérn<br />

tern nada a ver corn a minha yr<br />

da Eu sempre gostel de transa'<br />

Começei corn 15 anos e hole a<br />

enho vinte A mae jâ veto diversas<br />

vezes me buscar. Eu you pr,<br />

casa e depois voIle. Acho Que è<br />

costume, né? jà passei pc<br />

mas dez casas de prostituiçãc<br />

i rodei a bolsinha na rua, ja<br />

salão em boate. 0 meu negóc.<br />

é esse mesmo, nâo tenr'to vergc<br />

nr'e Ce set prostitute ec'-e cue<br />

urna DrOf,SSO qua' as can<br />

Rose<br />

fugiu do<br />

marido<br />

Eu rnc'ava en<br />

Urn ano que se renova traz con-<br />

a proposta de renovação de to- \<br />

dos nossos sentimentos de lea/dade,<br />

just/ca e 1/berdade. Que o ano de<br />

1981 seja produt/vo sobre todos Os<br />

ángu/os- F o que Os diretores e fun-<br />

_deselam/'<br />

Catanduvac Fjot do meu manido<br />

porque ele me maltratava muito.<br />

Ele tern urna zona ia em Catanduvas<br />

Tenho certeza que se ele<br />

souber onde eu estou va norrendo<br />

atrãs de mim, pois ja faz<br />

trés meses que eu fugi de là. SO<br />

que agora não vai adiantar mats.<br />

El e se arrependeu tarde. 0 unico<br />

probiema que eu tenho é saudades<br />

do meu IjIho. Ele tern dois<br />

anos e acho que pro ano novo<br />

you là yen ete. Para nao ver o<br />

meu marido you ficar na casa de<br />

urna amiga e pedir prà ela ir bus<br />

a' "cenno Ore Cu ver'<br />

Cada<br />

urn corn<br />

sua mania<br />

As muiheres tern Os goston<br />

mats variados pelos clentes A<br />

matoria prefere Os garotoes jovens<br />

e bontlos. "JDesses eu Co.<br />

bro so a melade" diz Tãnia.<br />

Marcia, por sua '-iez. ja prefere<br />

Os coroas "Prâ mim homem bão<br />

é de 40 anon. São mats expententes<br />

e nãcr são afoba,ios comoos<br />

garotos<br />

Já Leticia pretere os argentinos<br />

e es paraguatos ''Sao pessoas<br />

mats fact de se relactonar<br />

0 brastleiro é muito machão n<br />

quer receber e rae là naoa em<br />

t'oca'<br />

Em se tratando de dinne c<br />

Os tunistas são os que meihor pagam.<br />

se bern que "tern turista<br />

rnjto pao-duro prtnctpalmertre<br />

on alernães"<br />

Regina lembra que é dificil<br />

r elactonarnento corn turtstas<br />

"strangetros "Eles não sabern<br />

urna palavra em portugués.<br />

- fibs também não enledemos<br />

'ada o cue etes falarn Esses<br />

dias ptriteu urn ingles ou urn<br />

americano Set l, e passou a<br />

rote ccrnigo Ele fatava e eu -Co<br />

,r rp n,j,a eu 'atava e etc nan On'<br />

13<br />

Lendla nada. Ele ficou o tempo<br />

todo dizendo 'Love, love",<br />

Efizabete, conhecicja como<br />

Beth, grandona, tern histôrias interessantes<br />

sobre Os "clientes".<br />

"lh, rapaz, se eu te confer vocè<br />

cal Cure. Urna vez pintou urn figurão<br />

aqui Ca city, encheu a cara<br />

e velo pro quarto comigo.<br />

Deitou na cama e, enquanto eu<br />

tomava banho ele dormtu. Roncou<br />

a noite inteira. Quando eu<br />

acordei no outro dia ele ja tinha<br />

do embora". Outro case da<br />

Beth. "Tern urn alemãozão ai na<br />

odade que é rneio tarado EIe<br />

vern mais ou menos uma vez per<br />

m èS e terra uma grana lascada<br />

Des atrás ele comprou meta di)za<br />

de champanhas, foi urn pouco<br />

antes do Natal. Pegou trés<br />

muiheres e velo pro quarto Fot<br />

aquela farra. EIe dave banho de<br />

champanha em nós No final Ca<br />

festa nOs contamos duas düzias<br />

de garrafa"<br />

Tereza conheceu urn cara<br />

que era esqutsofrCnico. Entre<br />

as mutuas que ele faz:a, a sua<br />

prefertda era ir oara a cama,<br />

mandar a rnufher war a roupa, ficar<br />

olhando pa'a eta e se masturbar"<br />

E Inequente também "o<br />

Oessoal gra-ftno pegar meta c16-<br />

Zia de mulheres e levar Para a<br />

chàcara para fazer bacanal Sei<br />

de casos de a r reotar os cabe-<br />

Movimento<br />

cam<br />

muito<br />

A u ise ''lance,' cue assoa<br />

0 aes esta Sc reotindo tarnoem<br />

na area Ca prostturcão 0<br />

rnovtmento Ca zona de Trés Lagoas<br />

cau perle de SO°/c. "Urn<br />

couco catu porgue o pessoal näo<br />

em dinhetro rnesrno, Outro pou-<br />

To DQrOL.e a tCOu mandou muita<br />

Desejamos aos amigos e<br />

clientes paz e prosperidade<br />

para o anode 1981. Sao os<br />

votos da OFICINA ZANIN.<br />

RuaUni - Vjlapéropa.<br />

Fone: 74-4452.<br />

COMERCIO<br />

UNIVERSAL DE<br />

PNEUS<br />

EXPORTADORA<br />

UNIVERSAL<br />

DE PNEUS LTDA<br />

Av. Juscelino Kubitschek, 1646<br />

Em frente ao Bordin.<br />

Fozdolguacu.Pr.


Noo<br />

1 4 ti'fl1O Foz, 7/1/81<br />

"Ha tam bern as lésbicas. Elas vern aqui e pagam pr6 gente dormir corn elas"<br />

genie embora, relata uma proprietària<br />

de casa que nào quer<br />

se identilicar,<br />

Na Casa Julia a movirnersto<br />

continua 0 mesmo Aqui nào<br />

mudou nada - relata a tilha da<br />

propretãria - porque nóS não dependemos<br />

dos peOes. <strong>Nosso</strong>s<br />

clientes são mass selecionados.<br />

Geralmente engenheiros e Co.<br />

merciantes. Temos aqul uns 20<br />

apartamentos. tudo Corn banhelro<br />

privativo. As rnulheres fazem<br />

exarne medico a cada 20 dias.<br />

Elas ganharn comida e cama e<br />

não pagam nada".<br />

Se o movimento nao toi ate.<br />

tado na Casa JUlia e em outras<br />

casas de nivel superior, as casas<br />

menores mal estão ganhando<br />

para viver. Meu patrão está se<br />

vendo as voltas para pagar o aluguel.<br />

Ontem a noite foi vendida<br />

so uma cerveja. Se continua,<br />

desse jeito 0 negOcio é trocar de<br />

profissão. Assim näo dà' , at Irma<br />

Regina, urna proslituta de uma<br />

Boite de terceira categoria.<br />

Kãtia, da boite Sambão, diz<br />

que o rnovimento näo foi afetado<br />

nada. 'Continua tudo normal. 0<br />

pessoal que frequenta esta casa<br />

é gente do dinheiro e pot isso<br />

näo depende muito da crise e<br />

nem de Jtaipu. SAO, na sua malona.<br />

ComercianleS bern de vida,<br />

advogados. engenheiros e ate<br />

medicos<br />

o preco dos aluguéis em<br />

Trés Lagoas está nivelando Corn<br />

o preço de casas do Centro da cidade.<br />

Qualquer casa de médio<br />

porte està custando uma media<br />

de 30 mil cruzeiros. Ha casas de<br />

ate 60 mil Cruzeiros por més,<br />

corno ha também casas de 7 mu<br />

pot més, mas são muito rebas. A<br />

grande maionia, porém, tern suas<br />

prôprias casas.<br />

o pneco das bebidas é alto.<br />

Uma cerveja, pot exemplo,<br />

CuSta 150 a 200 cruzeiros. Urn<br />

refrigerante em certos lugares<br />

chega a custan 100 cruzeiros,<br />

Uma dose de uisque também e<br />

dowoo-<br />

cara: 200 cruzeiros<br />

As casas pequenas, trequentadas<br />

par pessoas de baixo<br />

poden aquisituvo, estão a beira da<br />

faléncia. E raro alguém ir là e<br />

gastar mil cruzeiros numa noite.<br />

"Aqui dava bern quando vinha<br />

toda aquela pionada da lialpu<br />

Corn OS bolsos cheios de dinheiro.<br />

Todo o dia de pagamento a<br />

gente fatunava alto. Tinha peão<br />

que gastava todoa salário nurna<br />

sO noite. Hoje so aparecem uns<br />

gatos pingados pechinchando a<br />

preço. Tern semanas Clue a gente<br />

näo Ira nem pro cigarro".<br />

Conta Helena, uma prostituta<br />

Clue esta em Trés Lagoas desde<br />

o iflicio.<br />

Hole em dia não està tacil<br />

arrumar empnego. Qualquer u<br />

gar, além da eficiéncia, exige<br />

boa aparéncia e rnais uma sénie<br />

do catatau. Na zona as exigências<br />

são maiores<br />

Para urna pnostituta conseguir<br />

emprego" é necessànio<br />

preencher urna sénie do requisitos.<br />

Ela se apresenta a propnietäna<br />

da casa que observa ludo.<br />

Para conseguir a vaga, precisa<br />

ter born papo. beleza, ser espenta<br />

e boazuda. "Os peitos nOs não<br />

othamos muito porque tern home<br />

que gosta de pequenos, outros<br />

de grandes, mas a bunda tern<br />

que set grande e bern dun inha".<br />

Chocante' E a tniste nealidado.<br />

SAO escolhidas como animals.<br />

Existe ainda urn outno nequisito<br />

Clue é exigido corn rnuito rigor:<br />

a rnulher precisa beber bastante.<br />

Bebendo bastante a sujeito<br />

gasta bastante. São as charnadas<br />

'esponjas". bebem ate<br />

urn litro de uisque, se o cara<br />

topar.<br />

RUBI<br />

MOVEIS<br />

Móveis novos e usados a precos baixos<br />

Vendemos a crédito e trocamos<br />

móveis novos por móveis usados<br />

Av. Paraná, 531<br />

Fone: 73-4421 Foz do Iguacu - Pr.<br />

Muiher<br />

também<br />

vai a zona<br />

Uma rodinha do rnulhenes<br />

tormada numa das casas revelou<br />

algo interessarite: mulher<br />

tambCm vai na zona. "Clara que<br />

mulher da cidade também vem<br />

aqul E não 0 para espionar as<br />

mar dos. não. Elas vOrn aqui parquo<br />

querem Curtir uma coisa diferenje,<br />

sei là. Ha também as<br />

lCsbicas. Essas vOm aquu e pagam<br />

para a gente dormir corn<br />

elas. Eu nâo gosto disso, mas<br />

tern muitas que topam, é so pagan<br />

bern. Tern urna loirosa là da<br />

cidade quo vem quase toda a Semana<br />

aqui. Parece ate quo ela<br />

està apaixonada pan uma mulhen<br />

dada boste Chanel".<br />

Prof essora<br />

virou<br />

prostituta<br />

Terezinha, a Tere, é uma<br />

das mais belas prostitutas da<br />

Boate Sambão. Ela veio do litoral<br />

cataninense. Antes de cair na<br />

pnostituicào ela lecionava. Tere<br />

tern uma visão diterente das demais:<br />

culta, encara a pnostituicão<br />

como uma profissão normal<br />

e acha ate quo deveria ser formado<br />

urn sindicado em Foz do<br />

lguacu. Ela concodeu uma entrevista<br />

ao <strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong>.<br />

- E entáo, Tere. o que vocé faza<br />

antes?<br />

- Eu era pro fessora, mas gonhava<br />

muito pouco.<br />

- Coma é hole a seu relacionamento<br />

corn os homens?<br />

- Eu me relaciono multo bern<br />

corn eles. E ciaro quo eu nao<br />

you corn quaiquer urn. Para<br />

come car, aqul nesta case so<br />

frequenta gente boa.<br />

- Par que vocC acha quo o'<br />

C<br />

nomens vem para a zona?<br />

- Em busca do maiores praze.<br />

res. Tern casais quo sO sabern<br />

pretalcar "papai-rnarnãe" e pot<br />

isso vérn procurer coisa dii 0rente.<br />

0 homem quer mudar,<br />

sair do rotina. As muiheres não<br />

sabem con quistar os maridos,<br />

não se arrumarn direito e, corn<br />

o tempo, perdern eles.<br />

- Vocé íé mu/to?<br />

- Sim, eu gosto do ler. Lelo<br />

muito a Adelaide Carraro, uma<br />

literature liberal, som preconceito.<br />

- E a que vocé acha co Brasif,<br />

uma boa?<br />

- No sentido financeiro tá feb.<br />

o Pals mudou rnuito do uns<br />

tempos para cá e a tendência e<br />

piorar. Quem fez a vida ate 80<br />

fez, quern não fez, Mruco.<br />

- Quem vocé acha gue deveria<br />

assumir a governo?<br />

- 0 Jãnio Quadros. So ele assumisse<br />

a situacão iria melhorar.<br />

Corno e esse negdcio do carteirushas<br />

de bat/ar/na '7<br />

- Eu acho urn grande absurdo.<br />

Veja você quo no dia quo a poucla<br />

bate aqul quern não tern<br />

LOTEADORA<br />

00110 LTDA<br />

o MELHOR<br />

IMOVEL DA CIDADE<br />

Av. Juscei'io Kut,ic re. 1295<br />

carteirinha vab em cana. Se a<br />

done não deixar a rnulhe it<br />

prose tern quo pager mu e quinhentv'<br />

,ru7ejros.<br />

- voce rtn anna qur' devera nave'<br />

iegistrc' em carte/Ta?<br />

- Acho quo as putas devern ter<br />

o seu sindicato e receber<br />

os beneficios do INPS, porque<br />

medico particular não dã para<br />

encarar. Näo precisava as donas<br />

des casas pagar. NOs rnes<br />

mas paqariarn'<br />

- Ta feta a na.' . ado an<br />

- Olha, pré vocé ter urna idéla,<br />

nós somos tratadas corno mar<br />

ginais. Ate as carteiras do saüde<br />

e exames do prevenção do<br />

cancer ginecolôgico são feitos<br />

através da policia.<br />

Ca rnu:;n ,r,'sta pci aqu<br />

- Bastante, principalmente argentino<br />

e paraguaio.<br />

)siaJ 'c.vi an na '"eThor'<br />

- Os argentinos são mais liberals<br />

que os brasileiros em matéria<br />

de sexo. 0 brasileiro ondo<br />

ye urn buraco quer toper.<br />

Ele não quer dar nada, so receber.<br />

Corn o argontlno o o paragualo<br />

a colsa 6 dlferonte.<br />

1<br />

utri?<br />

- OIha, eu não you pro quarto<br />

pot menos do ml! cruzeiros.<br />

' na:) tO ' r. --" aigolu'<br />

- 'irupo 0 dia que eu five, que<br />

manter urn hornem eu you Irabaihar<br />

de empregada domésti•<br />

ca ou voltar pra casa da minha<br />

lam lila.<br />

'n-<br />

.''d C/;.......<br />

- Nào teria duvida nenhuma,<br />

prefiro a zona.<br />

n 2 I ,"---':1/Itt<br />

- O!ha, é muito relativo, ne? Se<br />

a mulher souber, ela consegue<br />

algum dinheiro, mas o caso é<br />

que geralmente elas gastam<br />

m ult 0.<br />

ft j<br />

- Se for para ganhar dinheiro<br />

eu pego quantos fl yer. Normalirente<br />

são dais ou trés pot nolte,<br />

Mas JA cheguel a pegar ate<br />

ClIC')<br />

E '- ' [()Q<br />

- Foi quando eu estava garnada<br />

num cara. Demos nove.<br />

- Qa-n a ssia ')..'r..- -<br />

- Pta mim tudo bern, echo quo<br />

em sexo tudo é vâlido. Eu mesmo<br />

já transei corn muiheres.<br />

Pizzas<br />

Sucos = Bat idas<br />

Aberto<br />

dia e noite<br />

Av. Cataratas<br />

Frente ao Center Foz<br />

Forte: 73-5046


Foz, 7/1/81<br />

Nos'o<br />

tempo<br />

"Os argentinos são rnii liberais que os brasileiros em matéria de sexo"<br />

E<br />

• Não vejo nada demais. Achc,<br />

uma coisa normal.<br />

Voce ja transc , :;c<br />

• Sim, jé pintou urn gilete e eu<br />

transei corn ele numa boa. Deu<br />

tudo certo. Depois eu atô ficava<br />

tirando sarro dele, chamando-o<br />

de baita macho. Realmente,<br />

naquela noite ele foi ma.<br />

cho.<br />

Que voce acna dc Sa-7eo<br />

• Acho mais uma necessidade<br />

de !egalizacao de urn ca.<br />

sat perante a sociedade. Para a<br />

muiher se sentir presa a urn<br />

homem não precisa de casamen<br />

to.<br />

sr ep-1ese<br />

.Jájá fiz.<br />

- Vert', 1':!:: O!1CC nOqic -e:.<br />

o nu,a faze: ruda<br />

• E raro, mas vem. Pegam algumas<br />

e !evam para chácara Iazer<br />

strep-tease e suruba.<br />

I )ro(ji Un<br />

• Geralmente 2 a 3 mll c,uzeiroS.<br />

jce vOC<br />

Sim, you to mostrar ele joga.<br />

do no lixo.<br />

1k:que fez isso<br />

- Sel là, me deu uma bronca<br />

dum cara e eu espatifei o apareiho.<br />

Do vest ido<br />

de seda ao<br />

chapéu<br />

veiho<br />

Uma mistura de hedonismo<br />

e tragedia é o que corn poe<br />

aquilo que se conchece como<br />

Zona de mere!ricio de Trés Lagaas,<br />

em Foz do lguaçu de<br />

resto, igual a todas as que margeiam<br />

grandes e pequenas cidades<br />

em todo o Pals.<br />

A sociedade ìá se acostumou<br />

corn isso. Mas, não é hora<br />

de se perguntar sobre a que representa<br />

a prostituicão no escala<br />

em que eta existe? Onde<br />

està a sanidade da organizacão<br />

e do comportamento humano<br />

quando se ye tanta gente<br />

jogada a esse tipo de pro<br />

miscuidade?<br />

A prostituta - tanto a que<br />

vive no lugar especifico para<br />

essa prática protlsslonal como<br />

a que se mistura no sociedade<br />

é urn mat necessàrio, como<br />

muitos julgam? Serâ eta a precursora<br />

-do sonhado, mais Impraticével<br />

amor livre? Ou é<br />

apenas mais urn elemento<br />

dentro do vasto camp o aberto<br />

Para a marginalidade achar<br />

uma forma de vi vet?<br />

Poderão dizer quo a prostituicao<br />

tern a idade do homem<br />

o quo eta não é previléglo do<br />

nenhuma sociedade - rica ou<br />

pobre, adiantada ou atrassada.<br />

Não poderão, entretanto, dizer<br />

quo a prostituição existe<br />

em sociedades justas nos mo!des<br />

quo nós a conhecemos.<br />

Sem lalar numa ética Sexual<br />

discutivel, ou mesmo não<br />

admitindo que o sexo so pode<br />

opera, dentro da desgastada<br />

instituição do casamento, importa<br />

analisar o quo de fato representa<br />

para a muiher a prostituição<br />

a qual é induzida par<br />

'ossa sociedade<br />

decadente e irnoral sobre quaso<br />

todos os aspectos.<br />

Todos os argumentos padem<br />

set razoáveis para admitir<br />

a prostituição,<br />

rnenos urn: E a tato do que eta<br />

representa a margina!izacäo<br />

da mulher, sua subjugaçao<br />

polo hornem ao ponto de Iiquidâ-!a<br />

em poucos anos para<br />

urna vida digna.<br />

A prostituta é a mulher<br />

quo faz do sexo urn negOcio, e<br />

é nisso quo reside a depravacào.<br />

Não pela carnércio em si -<br />

quo ainda poderia ser ético<br />

mas pela forma como se processa.<br />

Aparentemente, urna ou<br />

outra prostituta està feliz em<br />

sua fun cão, principairnente<br />

quando eta nào olha para a futuro<br />

de sua Vida. Na verdade,<br />

existe uma constante na Vida<br />

dessas mulheres: 0 exercicio<br />

de seu trabalho pade dar-Ihes<br />

a subsisténcia por alguns<br />

anos, após as quals ficarn cMcrépitas,<br />

velhas precoces nunca<br />

mais aceitas no meio social.<br />

-<br />

E comum verem-se jovens<br />

adolescentes entra rem pare<br />

esse tipo de Vida e chegarern<br />

aos 20 ou 25 anos completamonte<br />

decadentes moral e fisicamente.<br />

A estafa fIsica vem<br />

rapida na medida em quo a<br />

"bailarina" tern que se submeter<br />

a urn regime de escravidão<br />

em que é forcada a beber desregradamente<br />

Para dat lucros<br />

aos donos das boates, obrigase<br />

a urn ritmo de vida em que a<br />

a!imentação, o descanso, a sono,<br />

o tratarnonto de saUde fica<br />

corn pletarnente caótico; entrega-se<br />

a urna prática sexual irnprópria<br />

Para rnáquinas ou para<br />

animals, detrontando-se (esse<br />

é o termo) corn todo tipo de<br />

machos que so tern instintos<br />

para descarregar, não amores,<br />

par rnais que as vezes dis farcern<br />

alguma atetividade.<br />

o resultado final - depois<br />

de poucos anos . é uma mu-<br />

!her, antes linda, agora com parevel<br />

a urn "chapeu veiho", pa.<br />

ra usar a expressão sádica a<br />

que a sociedade se acostuma<br />

u.<br />

o "chapéu ve!ho" ó, pals,<br />

urna detiniçao muito rnais propria<br />

Para a sociedade que trata<br />

a muiher dossa forma, que cria<br />

todas as condicOes para a<br />

existéncia desse contingente<br />

humano em sua corn pasição.<br />

As prostitutas podern set<br />

vitirnas do si rnesmas, de sua<br />

s!usao, do sua incompeténcla.<br />

Mas issa não é tudo de modo<br />

algurn. A forma como são tratadas,<br />

a vida que suportam e as<br />

consequênc,as imediatas, funestas<br />

para suas vidas torna a<br />

pros tituição urn tato imperdoáyel<br />

Para a sociedade que a<br />

OpOrtLlniza.<br />

E jusbamente sobre Os<br />

"prazeres" dos poucas anos<br />

do Vida ütil de uma prostituta<br />

quo eta, junto corn os homens<br />

que a utilizam, cans tröi a sua<br />

infelicidade. Corn 15 anas OU<br />

18 anos é conhecida coma vagabunda;<br />

corn 20 e poucas<br />

anos passa a set a velha decrépsta<br />

que ninguOm quer ter Jun<br />

to de Si.<br />

Compro<br />

telef one<br />

Compro urn teefone. Pago a<br />

vista. Tratar pelo tone 73-<br />

1331 ou na Marcopolo Livrei<br />

OS Associados, na Av 3 n<br />

700 - Conjunto A. no horàrs:<br />

Come rcial<br />

Tere Kátia<br />

Mariana Rose<br />

- I<br />

S<br />

nil<br />

.0<br />

15


Lei<br />

No'o<br />

tempo Foz, 7/1/81<br />

Em Medianeira a chia agora é contra o asfalto feito pelo Donatârio<br />

Ante. 7esrno de iauur-ias, assim ticrn asoois Co<br />

prefeito Bonatto. em Medianeira.<br />

rachudos. 0 nivelamento é feito<br />

na base do "olhârnetro" e 0<br />

material è a base de pedra "olho<br />

de sapo' - iron iza Adoipho. Realmente,<br />

sem uma comactacáo<br />

corn material sOlido que ehmine<br />

pelo menos 80% da porosidade<br />

ë impossivel a conservação do<br />

astalto. Mas em Medianeira calcula-se<br />

que o grau de compactacáo<br />

náo passa de 60%, 0 que<br />

explica a rapidez corn que as<br />

obras se desintegram.<br />

Mais: '0 péssimo asfattamenlo<br />

que temos em nossas<br />

vias pUblicas - esbraveja<br />

Mariano da Costa - denuncia de<br />

imedjato a inadequada canalizacáo<br />

pluviomCtrica e cloacal"<br />

E continua: 'A tubulação insuf Iciente<br />

para a curso de urna sirnpIes<br />

enxurrada, corn a rotineira<br />

utilizaçáo de tubos de apenas 30<br />

a 40 centimetros de diârnetro,<br />

quando a normal seria de no<br />

nirno 80 centimetros, constitui a<br />

razão primordial do alagamento<br />

de ruas, inundaçOes de calçadas<br />

e casas, corn quedas de muroS e<br />

estragos generalizados"<br />

Mais grave é que 0 precO<br />

cobrado ao povo por essa 'me-<br />

Ihoria:" C, nao raro, superior ao<br />

valor do imOvel frente ao qLl e<br />

feita a obra. 'Isso violenta as<br />

classes menos favorecidas" -<br />

pondera o advogado. 'Comecam<br />

as negociataS contra os orlaos,<br />

inválidos, viOvas, aposenta<br />

dos, inativos e despossuidos em<br />

geral" - diz ele. 'Tais obras de<br />

asfaltamento não resistern El<br />

qualquer pericia técnica OU VIStoria<br />

judicial, uma vez gue antes<br />

de inauguradas, ocorrendo a Pr<br />

rneira chuva. o asfalto I ca cornpletamente<br />

esburacado - C0fl<br />

clui Mariano cia Costa.<br />

Alguns moradores daqueta<br />

cidade, corn ares mordaZeS,<br />

brincam corn as obras de asia!tamento<br />

construidas pela Prefeitura.<br />

Dizem que são feitas corn<br />

'marmelada ou esterco' de várias<br />

procedéncias. "Todos falarn<br />

que 0 asfal:o e uçn derivado do<br />

petroleo, mas aqui a gente est<br />

aprendendo que pode tambern<br />

ser obtido do marmelo ou em<br />

uma estrebaria" - completam OS<br />

Asf alto em<br />

Medianeira<br />

éde<br />

marmelada<br />

Em Medianeira o sonho da<br />

populaçáo em ter as ruas asfaltadas<br />

frequentemente tern-se<br />

transformado num pesadelo major<br />

depois de feita a 'melhoria<br />

do que antes dela. As primeiras<br />

obras nesse sentido, feitas quando<br />

havia algum dinheiro para is-<br />

SO, já foram precárias. Agora,<br />

em meio a crise geral e a crise<br />

especial que passa a administracáo<br />

de prefeito Luiz Bonatto, 0<br />

asfaltarnento transforrnou-se em<br />

uma obra tao cara quanto mat<br />

feita.<br />

Recentemente a Prefeitura<br />

chegou corn o asfalto ate a rua<br />

onde o arquinimigo do Bonatto,<br />

Adolpho Mariano da Costa. tern<br />

sua residéncia e seu eSCrit(rIO<br />

de advocacia. Julga Mariano que<br />

se fosse possivel a administracáo<br />

municipal deixaria urn claro<br />

diante de sua casa, asfaltando<br />

tudo mais, menos esse trecho.<br />

Na impossibilidade de fazer lal<br />

mascara. Bonatto näo deixou<br />

por menos: Estáo nas fotoS as<br />

imagens da qualidade das obras<br />

realizadas em frente a qasa e ao<br />

ecritório do advogado. A primelra<br />

chuva abriram-se enormescOvas,<br />

deixando a rua pior do que<br />

antes. Fosse so a ma qualidade<br />

das obras realizadas pelo cornbalido<br />

Bonatto, seria urn peso<br />

ainda suportâvel para a populacáo.<br />

0 que C insuportável é 0<br />

preço clue 05 moradores são<br />

obrigados a pagar pela casca de<br />

ovo corn nome de asfalto construido.<br />

0 resultado é que. em Seis<br />

meses, urn asfaltamentO que,<br />

pot lei, deveria durar no minimo<br />

5 anos, acaba se decom<br />

pondo.<br />

"Começa pelo tato de que a<br />

compactação fica cheia Ce<br />

Bonatto Desmascarado<br />

0 velho, esguio e seco piefeito<br />

de Medianeira, Luiz Bonatto,<br />

ha quase 12 arios no cargo,<br />

stá exausto. Mais exaustos, so<br />

set adversàrioS politicos, o que<br />

quer o7er quase toda a populacáo<br />

daquole rnunicipio. Enquan-<br />

!o Bonatto não C apeado do posto,<br />

seus opositores não estáo<br />

dispostoS a armisticios.<br />

Ainda no dia 1 ° de dezembro<br />

Ultimo, o vereador Cezário<br />

SabiagiriSki entrou corn requerimento<br />

de nUrnero 94/80, endossado<br />

pelos vereadores Adoipho<br />

Mariano da Costa e Otto Francisco<br />

Farber, todos do PMDB, onde<br />

pleiteavam a instalaçao de uma<br />

Cornissào Especial de Investigacáo<br />

(C.E.l.)para apurar as irregularidades<br />

na admintstraçáo municipal.<br />

0 objetivo cia C.E.I. era<br />

de esclarecer a opiniào pUblica<br />

corn relacao a todas as contravérsias<br />

surgidas e veiculadas pe-<br />

Ia imprensa regional e estadual,<br />

bern como "para par firn aos<br />

desmandos e arbitrariedades cometidas<br />

pelo prefeito interventor<br />

- explicou a vereador Cezário.<br />

Como a oposição, represen<br />

tada na localidade apenas pelo<br />

PMDB, possui na Cãmara apenas<br />

3 vereadores e a situação<br />

(PDS) possui 6 (urn terco contra<br />

2 terços), o requerimento. apesat<br />

de estar em regime de orgCncia,<br />

ficou para set votado na<br />

sessáo seguinte, realizada em 2<br />

de dezernbro<br />

"Se aprovada afirma Cezàrio<br />

- a C.E I iria desmascarar a<br />

adminislraçào municipal e<br />

comprovar toda a corrupção, inclusive<br />

a conivCncia dos vereadares<br />

situacionistas, pof isso estes<br />

mesmos não comparecem a<br />

sessäo, exceto a vereador presidente<br />

da Câmara, mais os 3 do<br />

PMDB".<br />

Desse modo, I icou convocada<br />

nova reunião para a dia 5<br />

do mesmo rnCs, a qual todos os<br />

asseclas do Bonatto se sentiram<br />

obrigados a comparecer em vista<br />

da Dressào pdpu!ar e da rn-<br />

Oferta excepcional<br />

Cezário: provando que Bonatto e corrupto.<br />

Vende-se urn terreno localizado ern Curitiba<br />

no Bairro Boa Vista (Area residencial "A"), de esquina,<br />

dotado de todas benfeitorias. De<br />

1.200.000,00 (vide imobiliãria) POT 700.000,00.<br />

Vende-se dots apareihos de ar condicionado,<br />

marca Springer Admiral, corn potincia de<br />

8.500 BTU, em ótimo estado de conservacão.<br />

Preço reduzidissimo.<br />

Tra tar pelo tone 74-3521 ou Edit (do Metro<br />

pole, 3 0 andar, sala 315, em horário comercial.<br />

VIlLilli ID)<br />

prensa Sabendo que não teram<br />

mais como ter a simpatia de<br />

seus eleitores caso se recusassem<br />

a aprovar a lormaçáo da<br />

Comissão Especial de Investiqacáo,<br />

os veradores do PDS juntaram-se<br />

aos do PMDB e constituiram<br />

a C.E.I. designando para<br />

compO-ia Otto Francisco<br />

Farber (PMDB). HitCrio' Bordignon<br />

e Elernar Erpen (PDS), tendo<br />

na presidCncia Bordignon, na Secretaria<br />

Farber e na condiçao de<br />

relator, Erpen.<br />

A partir dai, comandado peto<br />

prefeito e tambCm pelo presidente<br />

da Cârnara, as integrantes<br />

da C.E.I. reuniram-se aperias<br />

uma vez, no dia 12, quando 0 yereador<br />

Cezârio Sabiaginski entregou<br />

a Cornissão farta documentacao<br />

comprovando corrup-<br />

TéCnica em televisão a cores e vdeo-c asset e<br />

Conversão de sistemas NTSC e PAL M. N.<br />

V/DEOTEC—ELETRO"i/(.A L TDA<br />

Rua Edmundo de Barros• Ga!eria Flâvia<br />

S a i a 3 F'"e .- ','(,(.J.',<br />

(;áo, malversação do dinheiro<br />

püblico e uma série de desmandos<br />

administrativos praticados<br />

pot Luiz Bonatto.<br />

N0TIFICAAO JUDICIAL<br />

"Como esses documentos<br />

são provas cabais, irrespondiveis,<br />

a C.E.I., sob o comando do<br />

seu presidente orientado pot Bonatto,<br />

passou a set baicotada e<br />

impedida de continuar seu traba-<br />

Iho, não permitindo sequer que<br />

se reunisse novamente" - explica<br />

Cezário. A reuniao marcada<br />

para a dia 20 de dezembro nào<br />

aconteceu porque so compareceram<br />

0 denunciante Cezário<br />

Sabiaginski e Otto Francisco<br />

Farber. Os faltosos tentaram se<br />

justificar. Nào consequindo convencer,<br />

tent aram corrig it-se solicitando<br />

a definiçáo de nova data<br />

para a reunião. Marcaram p9ra 0<br />

dia 26, mas "vergonhosamente<br />

deixaram de comparecer mais<br />

urna vez" - esbraveja Cezário.<br />

So comparecerarn trés do<br />

PMDB.<br />

"Diante desses I atos, e por<br />

estar quase esgotado o prazo regimental<br />

e legal de atuação da<br />

Comissão, e nâo tendo e3u<br />

atuado como C seu dever e, amda,<br />

porque a oposiçâa nunca<br />

aceita passivamente ser tratada<br />

coma joguete ou corn total desconsideraçäo,<br />

entramos na Justiça<br />

corn uma Notificação Judicial<br />

para que esses efementos<br />

relapsos possam set responsabilrzados<br />

perante a Lei e tenharn<br />

que responoer pot todos as seus<br />

atos" - informa 0 vereador Cezà<br />

rio. Desse modo, assim que torem<br />

notificados pela Justiça, Os<br />

sequazes de Bonatto não mais<br />

poderáo boicotar a trabalho da<br />

C.E.I Teráo, ainda. mesmo contra<br />

a vonfade, que permitir aos<br />

vereadotes da oposição 0 livre<br />

acesso a cjocurnentacão cia Prefeitura<br />

para que "possam provar,<br />

realmente, que Medianeira<br />

50"f' na I EInOS e cue merece<br />

algu r'e "' - diz Cezaro, cue<br />

ac r esce­ :,t Enguarito ISSO não<br />

acontecer fica<br />

antecipadamente comprovado<br />

tudO 0 que paira como acusacào<br />

sobre a cabeça desse que C a<br />

pior prefeito que Meaianeira là<br />

teve" - conclui o combativo yereador<br />

Sabiagin ski


Foz, 7/1/81<br />

Noo<br />

tempo<br />

Fogo destrói mercearia e deixa o proprietário na rua da amargura<br />

INCF..NDIO<br />

Ao fosse a iflterverçäo do<br />

Corpo de Bomberos, toda<br />

favela prôxima a Capitania<br />

N dos Portos teria ardido em<br />

chamas na madrugada do<br />

dia 24 0 fogo começou em uma<br />

mercearia que foi totalmente<br />

destruida e chamuscou dois ou<br />

trés barracos nas proximidades<br />

Se Os bombeiros nâo chegassem<br />

a tempo o logo teria se eslendido<br />

e certamente teria queimado<br />

uns 100 bar racos<br />

A rnerceária que pegou to.<br />

go pertencia a Franquelin Carneiro<br />

(o mesmo que em nossa<br />

edicão passada denunciou a<br />

apreensão arbitrária de cinco mu<br />

quilos de açUcar por tiscps do<br />

Instituto do Acücar e do Alcool),<br />

Franquelin acredita piamente<br />

que foi urn uncêndio criminoso<br />

Alias, todos Os vizinhos e mesmo<br />

os ocupantes da parte da mercadoria<br />

usada como moradia são<br />

unânirnes em afirmar que o fogo<br />

âo corneçou acidentalmente.<br />

Na noite do incéndio dormiam<br />

na parte dos fundos da mercearia<br />

Gessi Ganoer. seu fitho de<br />

urn ano, a empregada e urna Cu.<br />

nhada. Por pouco escaparam de<br />

rnorrer queimados Gessi é<br />

quern relata corno fou<br />

• Pot volta da me;a-noite bateram<br />

na porta. NOs per guntamos<br />

quem era e ninguëm respondeu.<br />

Dai dormimos novamente. Eu<br />

náo sal o horatio certo, mas Os<br />

vizinhos dizem que eram quase<br />

quatro horas. Acordei corn aque-<br />

Ia fumaça, olhei para o /ado e o<br />

logo /á estava na cama do nené<br />

Virei pro QuIto /ado e vi que a casa<br />

esfava toda em chamas.<br />

Peguei a crianca no cob, acordel<br />

rn/nba cunhada e a empregada,<br />

e quando fomos abrir a porta<br />

não encontrávamos a chave. SO<br />

viamos tumaca e logo. Começamos<br />

a gritar por socorro e percebemos<br />

que alguém Ia estava<br />

tentando arrombar a porta Pot<br />

sorte Os vizinhos e o prOprio<br />

Por pouco a favela<br />

não arde em charr q<br />

FAVELAET<br />

Essa foto fol publicada na edlcio passada deste Jomal..<br />

Fran quelin, que dorme numa casa<br />

ma/s abaixo, tinharn visto o logo<br />

e vieram arrombar a porta'<br />

o pessoal da favela nunca<br />

levou urn susto tao grande.<br />

Dentro da mercearia havia várias<br />

cauxas de foguetes que começaram<br />

a estourar. Parecia<br />

uma guerra',relata urn vuzinho,<br />

enquanto outro conta que<br />

acordou corn o baruiho dos tiros<br />

e pensou que o Paraguai estava<br />

invadindo o Brash.<br />

o proprietário da<br />

na, Franquelin Carneiro, acredita<br />

que os prejuizos chegarn perto<br />

de urn rnflhâo e melo de cruzeiros.<br />

'Queirnou 300 ml! guaranis,<br />

120 caixas de Oleos, 150 garafOes<br />

de vinho, 2.000 pacotes<br />

de farinha e (odos os documenlos".<br />

Não havia seguro e grande<br />

parte da mercadoria bra cornprada<br />

a prazo. Ele não sabe como<br />

vai fazer para pagar as dlvidas.<br />

Seu ;rmão, Armando Carneiro,<br />

que reside nos fundos (na<br />

noite do incéndio não estava em<br />

casa) ficou so corn a roupa do<br />

corpo. Sua muiher, Gessi, está<br />

desesperada: 'Ficamos sO corn<br />

a roupa do corpo. Tinhamos<br />

comprado urn fogáo e urn sofa<br />

novo. Queirnou wdo. AO o dinheiro<br />

que estava guardado para<br />

pagar a prime/ta presta cáo pegou<br />

logo".<br />

Mas não e so 'arneiro estava<br />

corn uns cheques pré-datados<br />

soltos na praça a espera de<br />

depôsito bancário para serem<br />

cobrados. 0 dinheiro que ele jun.<br />

tara para "esquentar" Os cheques<br />

também foi devorado pelas<br />

chamas, o que fez aumentar 0<br />

desespero de Carneiro ante a<br />

possibilidade de ver Os cheques<br />

devolvidos pelo banco e sua<br />

conta encenrada.<br />

- Al está uma boa oportunudade<br />

para as clubes de serviço<br />

mostra rem servrço<br />

Que o ano agora in/c/ado<br />

se/a venturoso em Paz e<br />

harmon/a. São Os votos dos<br />

funcionários e diretores de Café<br />

Etrusco a toda a população.<br />

café<br />

Ewd§td<br />

Gessi e a crlança que escaparam<br />

do logo: ficamos so<br />

corn a roupa do corpo. ..Hoje so restam cinzas.<br />

Que a soma das experiências vividas em<br />

todo o ano que passou se/am sornadas<br />

na construção de urn mundo rne/hor.<br />

São os votos de toda a equipe da<br />

ILI<br />

VIDRAGARIA VERA<br />

Rua Quintino BocaiCiva, ao lado da Codefi<br />

A VIDRAARIA VERA LTDA. ABRIU A FILIAL 1.<br />

COM NOVIDADES, SEMPRE.<br />

TUDO EM LUSTRES, PRATARIAS E ARTIGOS PARA<br />

PRESENT ES. AGORA<br />

TAMBEM DEDICADA 4 ExP0RTAcA0.<br />

Que o amor, o carinho e a harmon/a<br />

seja uma constante na vida de<br />

todas as pessoas para este<br />

ano que agora in/c/amos.<br />

Sao os votos da<br />

Infantli Center<br />

Av. Brash, 5201530 . Fone: 73-279z<br />

Foz do Iguaçu - Pr.<br />

AN<br />

17


NOSSO<br />

18 tempo Foz, 7/1/81<br />

A história de urn homern que está marcado para morrer; e a morte de urn policial<br />

Este<br />

homem está<br />

marcado<br />

para morrer<br />

az dois arios, urn corpo<br />

sem cabeca apareceu<br />

boiando no rio Paraná.<br />

F Hoje a vitima foi Identificada<br />

por urn dos vizinhos como<br />

Rodolfo de Oliveira, morador de<br />

Vita Celeste (Santa Helena).<br />

Emilio Veiga. que está levantando<br />

a lebre, estâ ameaçado<br />

pelos criminosos e acuado<br />

pela Policia<br />

Emillo Veiga é urn homem<br />

marcado para morrer, Ete é urn<br />

tIpico Iavrador paranaense e<br />

hole està atormentado e acusado<br />

por ter tornado conhecimento<br />

de urn brutal crime acontecido<br />

em marco de 1979 na barranca<br />

do Rio Paraná, em Santa Helena.<br />

Ele, como Os demais moradores<br />

de Vita Celeste, souberam do crime<br />

mas guardaram segredo<br />

durante quase dois anos. Urn<br />

dos vizinhos de Vita Celeste toi<br />

assassinado e decapitado para<br />

logo apos ser colocado num calque<br />

furado que desceu o rio Paraná.<br />

0 corpo sem cabeça foi<br />

encontrado em Foz do lguaçu e<br />

o inquerito foi arquivado junta a<br />

outros casos que já fazem parte<br />

do acervo que coleciona Os mistérios<br />

do "Paranazão".<br />

Ate uns dois anos atrás. Os<br />

humildes agricultores eram cUmplices<br />

no rotineiro contrabarido<br />

de café do qua] todos participayam<br />

em troca de vinte cruZeiroS<br />

por cada saco descarregado do<br />

caminhão e levado para o barco<br />

que passava a produto pare o<br />

Paraguai. Como dizem Os moradares<br />

da barranca do rio, era<br />

urn biscatinho para ajudar o rango<br />

0 caso so voltou a tona na<br />

noite de Natal, quando Emilio<br />

Veiga, num jogo de canaStra, se<br />

desentendeu corn OS companheiros<br />

e nào quis mais participar<br />

da mesa de jogo. Os outros<br />

se levantaram também e pegaram<br />

o homem a cacetes de ma<br />

ce ra. Veiga 101 para a Detegacia<br />

de Santa Helena buscar segurança<br />

e là abriu o bico. Acusou<br />

as assassinos de Rodolfo de Oliveira<br />

e disse que eles foram contratados<br />

pela viUva. Entáo veio a<br />

tona toda a histOria que ate<br />

então era urn segredo guardado<br />

entre eles.<br />

Acusou Pedro Felipe, a filho e<br />

outros pelo crime. Tudo aconteceu<br />

par broncas no contrabando<br />

e a mulher que jâ fazia tempo estava<br />

querendo se livrar do homem.<br />

contratou Pedro Felipe,<br />

que conseguiu a espingarda<br />

corn o sogro de Veiga e armou<br />

cilada para Rodolfo de Oliveira,<br />

que foi assassinado friamente.<br />

Os assassinos completaram a<br />

serviço cortando a cabeça da vitima.<br />

0 fato ficou conhecide entre<br />

as pobres lavradores mas tiveram<br />

que guardar silêncio par<br />

dois rnotivoS. Primeiro, medo dos<br />

assassinos que aterrorizam a populaçao:<br />

segundo,a denUncia do<br />

crime poderia chamar a atenção<br />

da policia sabre o porto de contrabando<br />

e al acabaria o biscate<br />

no qual todos se apegavam.<br />

Veiga se propôs a levar a<br />

Poilcia ate o local do crime mas<br />

esta prontamente a dispensou<br />

aconselhando-o não mexer mais<br />

no assunto. Emilio Veiga assustado<br />

diz que em seguida a viOva<br />

e as cUmplices que estavarP ore-<br />

SOS sairam da prisäo depois que<br />

chegou as mãos da policia a<br />

soma de trezentos mil CruZeirOS.<br />

'E prometerarn dar mais para a<br />

policia acabar corn a minha vida<br />

a pau", ele acrescenta. Assustado.<br />

a homem diz que poderia<br />

entrar numa fria inocentemente.<br />

Mas ele se deu em conta do drama<br />

e toi para casa, onde mandou<br />

a mulher vender a lavoura,<br />

pals ele não podia mais ficar em<br />

Vita Celeste. Arrumou algo de dinheiro<br />

corn uns amiqos e foi ate<br />

a I-'olicia Federal de là, que 0<br />

aconselhou a não se apreSentar<br />

na Delegacia de Policia porque<br />

ele poderia "morrer no pau"<br />

Emilio Veiga e urn nomem<br />

marcado. Não pode voltar para<br />

Santa Helena e implora ajuda<br />

das autoridaies para 0 seu caso.<br />

Estas par sua vez estäo encontrando<br />

as enlraves roriflalS em<br />

casos onde se coloca a questão<br />

de jurisdäo.<br />

Tiroteio em Três<br />

Lagoas deixa urn mono e outro ferido<br />

Isso pode acontecer ale<br />

(<br />

numa briga de casal em<br />

que a policia intervenha" -<br />

dz 0 delegado adjunto Ralmundo<br />

Nonato Siqueira, da 16'<br />

SDP em Foz do lguaçu. Corn essas<br />

palavraS 0 delegado tenta<br />

encarar corn normalidade o assassinato<br />

de urn de seus subordinadoS<br />

ocorrido no dia 28 de dezembrO<br />

na zona do meretricio de<br />

Trés LagoaS. a 15 Quilôrnetros<br />

da cidade de Foz do lguaçu.<br />

"Ha muita revolta entre Os<br />

polic:ais - diz Siqueira - rnas isto<br />

é normal depois da morte de urn<br />

colega. Os polictais estão se<br />

conscientizando sabre a ineficâcia<br />

da vingança e sabre a normalidade<br />

de urn fato como esse em<br />

sua profissäo" - acrescenta.<br />

Ha quern diga que o policial<br />

morte em Trés Lagoas nern era<br />

de fato investido de autoridade<br />

palicial, sendo apenas urn motorista<br />

da Policia Civil, proibido inclusive<br />

de portar arma e de descer<br />

da viatura em qualquer operação<br />

de que participasse. Mesmo<br />

assim ele seria urn eterno<br />

empoyado pela atividade policial,<br />

não perdendo a menor oportunidade<br />

para revelar sua inusitada<br />

coragem e autoridade.<br />

Seja coma for, ele fat assassinado<br />

e sepultado corn honras<br />

de agente policial e deixou urna<br />

histOria controvertida sobre as<br />

razOes de seu sac rifIcio.<br />

Segundo a versão da Pollcia,<br />

o suspeito do assassinato,<br />

Edo Manoel Alves, morador da<br />

Gleba Guarani. onde o pal tern<br />

uma châcara, estava em cornpanhia<br />

de outros trés jovens embriagados<br />

que promoviam conf usão<br />

nas boates da zona de meretriclo<br />

na noite de sábado para<br />

domingo. Os poltciais derarn ordem<br />

de prisão aos quatro e Edu<br />

resistlu, começando ali o tiroteio<br />

em que rnorreu a agente José<br />

Cãndido dos Santos. Ainda segundo<br />

a Policia. apos a escararnuça<br />

alguns agentes foram<br />

prender Edu na casa do pai, repetindo-se<br />

ali de nova trroteio do<br />

Os carnavalescos que vérn<br />

de todas as partes para<br />

murirem-se de lança-perfume no<br />

Paraguai e na Argentina estão<br />

Jançando uma miisica pauco<br />

agradável e bern antes do<br />

lempo. A Policia Federal e a<br />

fReceita Federal estão fazendo<br />

grandes caçadas desse e outros<br />

produtos traficados e contrabancIcadas.<br />

Nos ciltimos dias fcram<br />

apreendidos 812 tubas de lançaperfume<br />

em pader de diversos<br />

traficantes (48 em poder de<br />

Ricardo Bastos Ferreira, de<br />

FlorianOpoliS, 211 em poder de<br />

Mamédio Epifânio Siqueira, restdente<br />

em Foz do lguacu, e Lutz<br />

Antonio Rocha, de 3uarapuava;<br />

142 tubos em poder do guia turisticO<br />

Argeu José Dias, José<br />

Roberto Santini e Salvador<br />

Wngter, os dots Ultimos de São<br />

Manuel-SP; 240 tubas<br />

ransportados par Carlos Alberto<br />

Alvarenga e Carlos Alexandre<br />

Alvarenga. resderite em<br />

Cacapava, Sao Paulo, e 171<br />

tubOS em poder de Paulo<br />

Roberto Alcântara, de Rio Clara,<br />

também de Sao Paulo.<br />

Mamèdio Epifãnio Siqueira<br />

e Luz Antonio Rocha perderarn<br />

ainda 315 litros de uisque e<br />

otiros produtos estranqeiros em<br />

qual 0 assassino conseguiu JdUb k4U0LIU<br />

fugir, náo tendo sido encontrado beberrOes. Estes fizerarn funcioainda.<br />

nar suas armas e em questão de<br />

Pela outra parte envolvida, segundos o agente José Càndido<br />

quem dà a versão da tragédia é dos Santos caiu par terra corn<br />

a irmáo do assassino Edu Ma- urna bala cravada em seu coranuel<br />

Alves. cáo e outra no rosta. Morreu ins-<br />

Ele conta que Edo, mais trés co- tantaneamente. Urn colega seu,<br />

legas seus (Adair Pelizer, Sérgio Santos Pereira da Silva, fot alve-<br />

Luiz Klein e Antonio Cardoso), fo- jado par uma bala no rosto. Interram<br />

a urn baile em Trés Lagoas. nado em estado grave num has-<br />

Edu e Se r<br />

gio foram armados de pital, conseguiu resistir e esta torevôlvereS.<br />

Antonio bra armada ra de perigo. Outros dos polide<br />

faca. Terminado 0 baile reto - ciats que estavam junto escapamararn<br />

na portaria do saláo as ar. ram ilesos.<br />

mas que ali haviam deixado ao 3egundo levantamento feb<br />

entrarem e se dirigiram para s- pela 16 A SDP. Edu e empregado<br />

da Furnas. Irma contratada par<br />

as casas<br />

. Itaipu para constri lir a rode de<br />

Quando estavam no cami- transmissão da energia ue serâ<br />

nho de casa optaram par uma gerad pela hidrelétrica. Ele tern<br />

escapada ate a zona de prostitui- 22 anos. Sérqio Luiz, 26 anos, e<br />

cáo onde foram fechados par AntOnio Cardoso, 17 anos, são<br />

urna viatura da Policia. Ainda Se- agricultores. Estes ültimos foram<br />

gundo o irmão de Edu, a confu- detidos e permanecerarn na casão<br />

comecou nesse exato ma- deia ate instant€3 apôs o sepumento<br />

sem explcaçoes tamento da vitima. Foam liberade<br />

qualquer das partes. Os pall- dos em seguida porter sido conciats<br />

teriam descido da viatura e firmada a culpa de Edu Manuel<br />

­­ e para a Alves.<br />

,.-..-<br />

Al<br />

,<br />

41<br />

Dias depois do crime, sob estas árvores, a rua de<br />

acesso a Zona ainda estava manchada corn o sangue<br />

da vitima.<br />

Preso quando contraban<br />

deava água<br />

quntidadeS pequenas; Carlos<br />

Alberta e Carlos Alexandre Alvarenga<br />

perderarn alern dos<br />

'baratoS", 0 seu autornOvel<br />

Opala. enquanto Paulo Roberto<br />

Alcãntara perdeu as perfumes e<br />

urn Maverick ano 79.<br />

Outros tentados pelo<br />

-onirabando cairam nas mãos<br />

Ca palicia. E 0 caso de Natálio<br />

LiberatO Neto e Luis César dos<br />

Santos, dois ex-agentes de<br />

vigilãflCia e reOressáo presos<br />

peia Poilcia Feaea cam a ajuda<br />

Ca Receta Federal, quando<br />

contrabandeavarn urn conjunto<br />

de tapetes persas n o vor de<br />

390 -nil cruzeiros.<br />

Além desses foram presos<br />

paraguaio Dionisio Lopes Fijueiredo<br />

e o argentina Florèncio<br />

Daniel Ruiz Dias ao tentaram<br />

assar pela Ponte da Amizade<br />

orn 300 peças<br />

.ontrabandeadas (relôgios,<br />

osouras. navalhas, perfumes.<br />

'nc.adores de cabelo, escovas.<br />

Junto corn a muamba<br />

ac-ram 0 automOvel Chevrolet<br />

oala em que viajavarn<br />

Outro co ritrabandista que<br />

rmnou nas grades foi a para<br />

L.al.. Emlano Garay Pintos ao<br />

'czii do Brasil para a<br />

rn urn caminhão do<br />

.prieIarr do Sinprmercacin<br />

Fuji, paträo do condutar do veiculo<br />

Ele estava transportando<br />

iiegalrnente 3.500 quilos de açUcar.<br />

100 de café, 750 de farinha<br />

e 240 lit ros de água mineral Foi<br />

detida quando tentava ir ao<br />

Paraguai pela pista exclusiva<br />

da Itaipu Ac ser c-ado pebo fiscal.<br />

p'ontemente a cant rabanasia<br />

tir'ju do balsa urn pacote de<br />

notas de mil cruzeiros para<br />

subarnar a autoridade , a que<br />

he valeu uma acusaçào a mais -<br />

tentativa de corrupcäa<br />

t-ai preso tambérn urn<br />

ladráo de caminhâo, Benjamin<br />

Antonio Ybarrola. argentino, residente<br />

em Porto Stroessner,<br />

quando tentava passar para a<br />

Paraguai urn caminháo Merce-<br />

.es-Benz 1 313 de Medianeira,<br />

-.'tado da firma Loks e Cia LIda.<br />

A,0 ser vistoriado a ladrão<br />

'nntou fugir, mas tot preso Na<br />

idea confessou ter recebido<br />

C nil cruzeiros para cumprir<br />

n'nas a missãa de passar a<br />

,rr.rrhao paraa Paraguai.<br />

Finalmente . urncearense<br />

r' Fortaleza. José Leonardo<br />

'e l no de Lima. yea a Foz d<br />

:acu. roubou urn Cnevetfe<br />

.chS( de proprecade de<br />

Duane Bianco, e<br />

id Poole da Amizade


Foz, 7/1/81<br />

<strong>Nosso</strong><br />

tempo<br />

Urn paraguaio passa por Carlinhos e agita a imprensa regional<br />

U<br />

.0 sol e a cachaca NO delxaram<br />

que urn notável beburn<br />

emplacasse o ano novo. Este è<br />

urn a menos para passar tome" -<br />

disse corn ironia urn dos popuares<br />

quo cercavam o cadéver<br />

do beberrão conhecido oar<br />

'Baxinho' na rioite do dia 1<br />

de Janeiro do corrente ano da<br />

graca, ou do desgraca, como<br />

queiram.<br />

Dilson Drapalski, o "Aleijadinho",<br />

quls inaugurar o ano de<br />

81 corn urn monumental porre e<br />

acabou indo so encontro do São<br />

Pedro Beberrão contumaz, a flfeliz<br />

bebeu tanto nas bodegas<br />

que nâo consegulu Ir para casa<br />

na noite de 31 de dezernbro pars<br />

1 0 de Janeiro. Depois de ingerir o<br />

üitimo trago, subia o Baxinbc'<br />

a rua Edmundo de Barros,<br />

no M'Boicy, onde a rua náo é<br />

asfaltada mas repleta de rnato e<br />

buracos quo a tornam intransitável,<br />

e deitou para dormir o porre,<br />

a tome e o cansaco.<br />

0 dia arnanhoceu, o sal surgiu<br />

impiedoso, causticante,<br />

fazendo o bébado dorrnir tao<br />

profundamente quo não acordou<br />

mais. As pessoas passavam pelo<br />

local, olhavam para 0 homem do<br />

uns 40 anos, corn todas as caracterlsticas<br />

de rniserável, e não<br />

davam a menor imporlância par<br />

pensar quo ole estivesso apenas<br />

dormindo. E tao frequente a presenca<br />

do bébados dormindo no<br />

capim das ruas do periferla que<br />

ninguern so Imports mais corn<br />

isso.<br />

Mas as horas foram<br />

passando. Ao anoitocer, os<br />

vizinhos do local onde estava o<br />

cadaver desconfiaram quo o sono<br />

do homem não devia ser tao<br />

pesado como pensavam e foram<br />

ver a quo se passive. Os que<br />

sacudlrarn o corpo pai rs acordálo<br />

levaram urn susto quando sentiram<br />

que ole ostava ja completamonto<br />

enrijecido. Logo rounluse<br />

o invariável aglomerado de<br />

curiosos para essas circunstáncias,<br />

a Policia foi avlsada is as 8<br />

horas do noite o cadaver tol<br />

rocolhido pela patrulha so<br />

Necrotêrio do Instuo Medico<br />

Legal.<br />

Como a cadaver estava em<br />

adiantado estado de decornposicao<br />

devido ao dia Intoiro do Sal<br />

forte a quo ticou oxposto, e<br />

senda quo não apareceram<br />

familiares reclamancio o corpo,<br />

na segunda-feira a Funeréria<br />

Nossa Senhora Aparecida levouo<br />

a sepultura. Ate a rnomento<br />

NSOLA r I<br />

-W Carlinhos, João Mello, 0 urn<br />

radlalista da Tupi, dispostos a<br />

desvendar o menor detalhe da<br />

pista quo Ihes fora tracada.<br />

Trazendo Os retraros fornecidos<br />

polo policial, Joáo Mello disse<br />

que veto corn passgern paga<br />

pela Tupl pars pelo menos aliviar<br />

sua consciOncia, pals não pode<br />

A'l"ATomou urn<br />

pileque, não<br />

aguentou chegar<br />

em casa e<br />

morreu na rua<br />

não foram ldentificados parentes<br />

ou familiares do morto,<br />

presumindo-se cue o 'Baixi•<br />

nho" vivia absolutarnente<br />

isolado, nâo havendo mesmo a<br />

quem procurar para entregar<br />

seu corpo. So o que se sabe a<br />

respeito dele é quo vivia Perdido<br />

pelas ruas da cidade, bebendo<br />

de bar em bar, não tendo<br />

ocupacão permanente e vivendo<br />

a completa miséria.<br />

Suposto<br />

Carlinhos<br />

era urn<br />

Paragualo<br />

Ha quase urn rinds, urn polldal<br />

de São Paulo quo se dlz recordista<br />

em locallzaçOes de<br />

pessoas desaparecidas, voio<br />

passar uns dias de férias no<br />

Oeste do Paraná munido de<br />

algumas suspeitas deque<br />

Carilnhos, desaparecidc no Rio<br />

de Janeiro em agosto de 73 e<br />

ainda NO encontrado, ostaria no<br />

interior do municiplo de<br />

Cascavel trabaltiando numa<br />

fazenda.<br />

0 menor nacionalmente conhecido<br />

como Carlinhos tinha<br />

dez anos quando desapareceu<br />

de casa em circunsiáncias ate<br />

hoje ignoradas. Ele esté corn 17<br />

anos - se ainda vive - o quo não<br />

se sabe. 0 desospero da familia<br />

do qaroto, acrescido da ânsia de<br />

bce a Imprensa nacional em<br />

ocaliza-lo pare ter assunto de<br />

impacto, faz corn que a menor<br />

informação sabre o possivel<br />

paradeiro do menor, par mais<br />

remota quer seja a possibilidade<br />

de Iocaltzação, venha desencadeando<br />

buscas que normalmenbe<br />

caem no ridiculo<br />

A lndtcação fornecida pelo<br />

polidial paulista tol uma dessas<br />

pistas que conduziram a<br />

comédia. 0 policial, quando<br />

esteve no Oeste do Paraná, por<br />

algurna coincidéncia embarcou<br />

num Volkswagen em que<br />

viajava urn rapaz de 17 anosque<br />

depois the contou ter sido<br />

roubado de case quando<br />

pequeno. em tuaçao que dc<br />

mesrno não recordava mais.<br />

Dizia ainda a rapaz que fora<br />

levado a muitos lugares em<br />

diversos estados do Pals e quo<br />

não fazia idéia do sua origem -<br />

uma hlstOria que em muitos<br />

pontos faz lembrar a caso<br />

Carlinhos.<br />

0 policial não perdeu<br />

tempo. Sontindo-se corn a chave<br />

na mao pairs mais urn retumbante<br />

achado, igual a outros 50 que<br />

dlz ter felto, fotografou o rapaz e,<br />

na volta a São Paulo, entregou a<br />

pista a irnprensa - especificamonte<br />

a Radio Tupi do Rio de<br />

Janeiro, que disputa corn a<br />

radio, jamal e a TV Globo a<br />

oportunidade do fazer urn<br />

grande estardalhaco em dma do<br />

descoberta do paradelrao de<br />

Carlinhos.<br />

Movidos polo critério de<br />

checar todas as informacOes<br />

que aparecererr sobre<br />

(..arllnhos, par mals estCipidas<br />

quo sejam, desembarcaram em<br />

Foz do lguaçu as 13 bores do dla<br />

28 de dezembro Ciltlmo o pal de<br />

"Cause mortis": Desnutrição, cachaça e insolação.<br />

desprezar o menor indlclo que<br />

possa conduzlr a seu filho.<br />

Examinando as fobs, Joâo Mello<br />

tinha apenas urn indicativo que<br />

podia sugerir tratar-se do Carlinhos<br />

- uma cicatriz muito<br />

pequena perto do olho esquerdo.<br />

Mas Isso podia ser mera coincidéncia,<br />

coma coincldéncias<br />

erarn também os fatos de quo o<br />

rapaz da fotografia fora igualmenre<br />

raptado de casa e tinha<br />

17 anos de idade, como<br />

Carlinhos.<br />

Qualquer pessoa que tenha<br />

visto alguma fotografia do Carlinhos,<br />

porérn, soria capaz do<br />

perceber que seira imposs'ell<br />

que urn menino loiro corn tracos<br />

raclals brasileiros, coma era<br />

Carlinhos, pudesse ter mudado<br />

para tracos fisionãmicos, car do<br />

cabelo e do rosto, espessura dos<br />

lâbios e outros detaihes de urn<br />

auténtico descendente do Indios<br />

paragualos.<br />

De fato depots de dots dias<br />

e uma noie de cenas rocam<br />

bolescas levadasao ar pole<br />

Jodo MsIlo t•ntando discobrlr<br />

sou Who mama fofo do urn<br />

Indio p. raguaio.<br />

I urn<br />

1<br />

Radio Colméia de Cascavel em<br />

cadeia corn a Tupi do Rio,<br />

pohifl i a t s C repó r te r eS se<br />

deslocarampolo interior do<br />

municlpio de Cascavel a procura<br />

do paragualo que cultiva a terra<br />

e qua passu alguns dias vlsado<br />

coma sendo a procurado<br />

Carlinhos brasileiro. Acontece<br />

que no norne havia outra coincidência:<br />

o paragualo so chama<br />

Luiz Carlos o é chamado<br />

também do Carllnhos.<br />

Por pouco a rode Globo não<br />

envla pare Cascavol urn avião<br />

especialmente para cobrir urn<br />

novo fato a altura do suas<br />

bader'as jo,ralisocas<br />

A busca desesperada do<br />

noticlas sensacionalistas numa<br />

época amorfa coma e urn fim do<br />

ano pode justlficar doterminados<br />

esforcos do ropOrteres, mas náo<br />

desculpam jarnais a leviandade<br />

corn que se criarn too falsas<br />

esperancas num pal do tamllla<br />

que ha 7 anos está privado do<br />

convivio do urn de seus fllhos.<br />

Mais que Isso: Nào dá para<br />

saber em que e - '<br />

aprenderam a a!uar coma<br />

yes certos jOt nalistas como<br />

as Tupi, que vieram Para Ca<br />

"a missäo que devia set<br />

isa. mas por eles ala rdeada<br />

quatro ventos pelo radio. Pot esse<br />

método. case Carlinhos<br />

reatmente es!vesse numa fazenda<br />

do Oeste do Paraná. os seus<br />

guardiäes teriam tide temp'i de<br />

escondé-lo em lugar irratingivel.<br />

CoiOCando-O inclusive debaixo<br />

ia terra pa r e não complicarern<br />

sues vidas na Just'ca oa'a .ernpro<br />

Levaram a<br />

noiva de<br />

'Milico'<br />

pro mato<br />

Outra vez no Rincão São<br />

Francisco, perambulava pela<br />

poeira das ruas daquele bairro<br />

urn funcionárlo do Unicon<br />

conhecido par "Milico". Junto<br />

corn ole andava sua noiva e urn<br />

amigo. quando 4 elementos mel<br />

encarados o assaitaram, derarn-<br />

Ihe uma monumental surra e Ihe<br />

roubaram a noiva levando-a para<br />

matagal pare violontá-la.<br />

Segundo so sabe, a cone brutal<br />

não love malores consequOncias<br />

rra'- tirs,:'_,<br />

Vd.rn<br />

Acabou<br />

corn a vida<br />

do padrasto<br />

que batia<br />

namãe<br />

0 die 31 do dezembro foi<br />

trágico para a padrasto de Joáo<br />

Bat- - ' -'<br />

Rincão São Francisco, em Foz<br />

do lguacu. João Batista. funclonário<br />

da ljnicon, vivia cansado<br />

de vet sua mike maltretada polo<br />

nova marido Este embebedava-<br />

Se, não trabalhva, carcomia as<br />

parcas economies da mulher e<br />

ainda a carregava do pancadas.<br />

Joao Batista, de 19 anos, enfim,<br />

quis livrar a mike do sofrirnento<br />

e. no ültimo dia do ano do 80 deu<br />

cabo a vida do padrasto, mandando-o<br />

espancar mortos no<br />

cemitérro


A partir desta edicão, esta<br />

couna estará a cargo de Vera<br />

Maria Ribas. Ela foi convidada<br />

pela direcão deste jomal e, depois<br />

de pensar urn pouco, ace<br />

tou o convite. Vera ;á mtlitou na<br />

imrensa no None do Estado.<br />

Faz muito tempo, mas ela ainda<br />

sabe das coisas e pretende<br />

transmitir a vocés urn pouco do<br />

seu conhecimento.<br />

A coluna 'Cristina' estava<br />

a cargo de todos aqui na redacao.<br />

Cada urn fornecia algumas<br />

notinhas e, ao fechamento da<br />

ediçao, sempre ta/ta va algurna<br />

oisa. Era te/efonerna prá cá.<br />

orreria pta là, urn sufo<br />

Agora, corn a volta da Vera as Iides<br />

jornalisticas, esta coluna devera<br />

me/horar. 0 name da co/una<br />

(a pedido da prOpria Vera)<br />

contirivará sendo 'Cristina". Ela<br />

achou legal. Mas, corn vocés,<br />

Vera, a "Cristina' do <strong>Nosso</strong><br />

<strong>Tempo</strong>.<br />

S Coma não circulamos na Semana<br />

passada, pois achamos<br />

clue Natal e Reveillon são (estas<br />

para se curtir corn a familia, namorada,<br />

noiva e amigos, hole temos<br />

noticias ate veihas, ou seja,<br />

do ano passado.<br />

• Também nào posso deixar de<br />

registrar tudo aquilo que desejo<br />

neste ano, para vocés que curtern<br />

a "Cristina".<br />

• Agora estamos no inicio de<br />

urn novo tempo. rnas nôs estamos<br />

no <strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong> mesmo,<br />

que é o da realidade, da at irmacáo<br />

de idélas e ideals, da valorizacão<br />

do intetecto e o individuo<br />

no clue ele tern de mais auténtico<br />

e verdadeiro: o direito de optar<br />

pelo seu prôprio caminho. Par isso<br />

desejo a todos clue iniciem o<br />

ano corn vontade e a certeza de<br />

acertar, de entrar para o anonimato<br />

dos famosos.<br />

• Que a human/dade se humanize<br />

mais, é urn pleonasmo eu sel,<br />

mas serve para dizer que o amor<br />

seja uma constante em suas vidas,<br />

que esqueçamos o tao curt/do<br />

chavão de "80' - "inf/açao,<br />

violéncia, desrespeito 80 prOxino.<br />

E, planejemos uma corrente<br />

de amor, de ideals puros. E. principalmente,<br />

de luta par concretas<br />

so/u (;Oes para que o amor, a<br />

fraternidade, a amizade desinteressada<br />

volte ao nosso con vivio.<br />

Bern-vindo, mas bem-vindo<br />

mesmo 1981. 0 ano da beleza e<br />

do amor.<br />

• Par falar em beteza. A festa de<br />

Natal na casa dos Fontanella<br />

(Nair e Zé) estava prá là de prá<br />

là. Meu caderninho azul anoou<br />

as presencas VIPS de ltaio (l,one)<br />

Moreira, Alberto (lara) Koelbi,<br />

Maria Fabricio de Mello e, diretamente<br />

de Tapejara, Sérgio (Therezinha)<br />

Fracarolli.<br />

• Para comemorar as seus 18<br />

(nao V/ 0 registro) aninhoS, recepcionou<br />

a beira da elegante<br />

piscina do "I/ha de Capri Hotel"<br />

0 jovem executivo Tedo (Olsen)<br />

Bueno. A/em do chopp supergeladinho,<br />

o perU também estava<br />

Otimo, servido pelo dono do<br />

hotel, urn "hostess" de primeira<br />

linha. Anotei as preSencaS co/unáveis<br />

de Foz Talc (Adelaide)<br />

Faical, Dr. Paulo (laborator/Sta).<br />

Décio Cordoso (Codefi) João Bonezzi,<br />

Noel (Vera Maria) Ribas, e<br />

Carlos 0 'Andrea. Sem falar de<br />

todo 0 primeiro esca/ão da Olsen<br />

Veic u/os.<br />

• Pulando animadarnente 0<br />

1NOi<br />

tempo Fog<br />

Fique por dentro do que aconteceu em nossa sociedade<br />

veillor, do Country o famoso Casal<br />

curitibano Antoninho (Rejane)<br />

Tamassi. Ele bern sucedido madeirerO,<br />

e ela, dona da mais tamosa<br />

Bouque- de Lingerie de<br />

Curitiba.<br />

• Falando em revel/Ion, o<br />

Country, sem dUvida nenhurna,<br />

mereceu nota 10. Fora a an/macáo<br />

dos PresenteS, - 'Erinho e<br />

Sua Orquestra" deram urn show<br />

de mUsica, fechando o baile corn<br />

o sorn d 'urn piStão tipo "Glen<br />

Mueller" ganhando aplausos ate<br />

dos menos animados. Está de<br />

parabénS 0 presidente pela esco/ha<br />

da orquestra, que é meio<br />

caminho andado para o sucesso<br />

de qua/quer baile.<br />

S Realmente, Foz do lguacu estã<br />

a todo vapor e se modern izando<br />

como manda o tlgurino. Agora<br />

as tutu ras mamães flàO precisam<br />

it correndo a Curitiba para<br />

tazer, ou melhor para tirar uma<br />

1010 do seu bebé em gestacao<br />

Já contamos corn o "Consultorio<br />

de Ecogratia Mater Dei, là no<br />

Editicio Metrôpole, 30 andar, sa-<br />

Ia 315. Se vocé. gestante, nào<br />

conhece essa bela emoção clue<br />

e ver a foto de seu filinho là em<br />

seu primeiro "habitat", vá correndo<br />

saber corn seu medico<br />

como conseouir essa maravilh.<br />

• Saber atender bern é corn o<br />

pessoal da "<strong>Nosso</strong> Pào", que<br />

bern lizerarn e divers/f/ca ram o<br />

ramo. sucos, batidas, pizzas e<br />

sorvetes. F/ca lé em frente o<br />

Center Foz. Aberto dia e noite.<br />

Parabéns.<br />

• Descontração em vestir é<br />

corn a "Blue Star" Modas. Mil<br />

novidades para você em termos<br />

de moda sem idade. Ou seja,<br />

jeans, vestidinhos, camisetas e<br />

tudo o mais clue deixa a mulber<br />

bern descontraida. E as homens<br />

também.<br />

• Pot ta/ar em moda. as mulheres<br />

do Country deram urn<br />

show em matéria de elegância.<br />

A Maioria rompeu o ano de branco<br />

como manda a trad/ção. E de<br />

branco pudernos anotar as presenças<br />

elegantissimas de None<br />

Moreira. corn urn blazer em renda<br />

rebordada, que era de fazer<br />

inveja. Sandra de Br/to estava<br />

corn urn estupendo s/mi-/on go,<br />

em babados de renda. Presenças<br />

de/as foram marcantes.<br />

• Mas a jovern-guarda não deixou<br />

pot rnenos, e Vânia Haus,<br />

Claudia Varassirn e Sandra Zanquetti<br />

fizeram a cabeça dos garotôes<br />

que tambérn estavam suocr<br />

• Mas, e caro, a Cristina tambern<br />

estava de branCo, e a responsávei<br />

e Jaguelirie Boutique, a<br />

mesma que vest/u as var/os mode/os<br />

elegantes do Country.<br />

• Ouem começou bern 81 foi<br />

pessoal da Nopel - Ford em Foz.<br />

Eles prepararam. airida este<br />

més, a inauguracão das novas<br />

instalaçOes corn rnoderna oficina,<br />

lojas de peças e vendas de<br />

carros usados. E isso ai. Para a<br />

frente e para a alto.<br />

• Indico para suas hoas de Iazer<br />

o famoso "ITALPARK", corn<br />

apareThos americanos e europeus.<br />

E o moderno cinema 180<br />

grauS, corn capacidade para 350<br />

pessoas. A inaugura cáo sera hoje.<br />

Apesar da edição s5 sair na<br />

quarta, quero registrar o aniversario<br />

do Dr. Mauro Lippi,ocorrido<br />

segunda-feira Os parabéns da<br />

colunista edo pessoal da casa.<br />

• Na sernana passada o fotbgrato<br />

do <strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong> aproveiiou<br />

urna carona (de lancha) que<br />

o Sërgio Lobato ofereceu e regis/too<br />

as prirneiras fotogra f/as<br />

do local onde sera construida a<br />

Ponte Brasil-Argentina. 0 empresário<br />

Ozires Santos estava junto<br />

e /evou champanha frances,<br />

corn a qual brindaram 0 Natal<br />

• Pot falar em Sérgio Lobato, fiquel<br />

sabendo clue ele tern idéias<br />

novas para a prôxima Pesca ao<br />

Dourado. Aproveito aqui para<br />

dar algurnas sugestOes: Shows e<br />

danças tipicas dos trés paises,<br />

betas recepcionistas. escolha do<br />

melhor prato preparado corn<br />

Dourado e, par que náo?, urn baile<br />

de gala na er'trega de<br />

prémios. Isso, evidentemente<br />

não deixaria clue as que vém de<br />

longe ficassem apenas olhando<br />

a largada e a chegada dos pescadores.<br />

• Na Caserna Pizzaria eslá sensacional<br />

rodizio de pizzas. Urn<br />

pizzaiolo renomado comanda C<br />

espe(ácu/o que esta agradando<br />

a todos.<br />

• A Senzala vai inaugura r amanhä<br />

sua filial no Paraguai Fica<br />

ao lado,do Show Guarània.<br />

• Perguntaram sabre os meus<br />

cabe/os. Para suspense nào you<br />

contar hole Ate quarta. PS: Nác<br />

deixem de ouvir uma maraviTh7<br />

que é a 6/limo /ançarnento do<br />

Roberto Car'os A ('ariçâo dos<br />

Ozires Santos e Sérgio Lobato Machado mostraram 0<br />

local onde será construida a Ponte Brasil-Argentina.<br />

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Foz. 7/1/81 tempo 21<br />

Flashes do agitado Reveillon dos clubes socials<br />

Imagens do Reveiflon<br />

Muito champanhe ro!ou pela cidade na passa gem de ano.<br />

A zero hora de 31 dejaneiro de 81 os foguetes pipocaram<br />

alegremente nos ares de Foz do lgueçu enquanto as familias<br />

unidas em testa estouravam espumantes champanhes.<br />

Depois da testa familiar de ano novo, os clubes e boites da<br />

cidade abriram sues portas pare a animacão maior. MUsica,<br />

cumprimentos, danças bebidas 9 frutas foram os<br />

ingredientes qua marcaram a passa gem de 80 para 81.<br />

Aqui estão as imagens de reveillon nos clubes<br />

a boites da cldade.<br />

Discoteca Salvatti: Descontraçâo, meninas irresistiveis1<br />

urn som que foi urna loucura, luzes e cor. Urn barato!<br />

No Country: Luxo, alegria, champanhe, boa mUsica,<br />

menina bonita e charme feminino como sempre!<br />

A<br />

I -<br />

No Whiscadão: As très pistas de danca estiveram re•<br />

pletas de dançarinas, elegãncta e festa. Anirnação total.<br />

No Floresta: Muito amor, muito som, alegria e ritmo.<br />

Era a festa do Ano Novo.<br />

r<br />

4<br />

Sérgio Levy<br />

diretor fin anceiro<br />

daltaipue<br />

Wadis Benvenutti,<br />

presidente da Acifi,<br />

em recente<br />

batepapo informal.<br />

Durante a sua ültima<br />

estada em Foz, o cantor<br />

NélsonGonçalves<br />

jantou no<br />

Restaurante.


22<br />

Noso<br />

tempo Foz, 7/1/81<br />

Kartistas festejam tim da temporada/moda e beleza<br />

Esporte<br />

'<br />

ILI 3<br />

Kartistas encerram<br />

temporada.<br />

Os pilotos de Kart de Foz do lguacu fizeram a testa de<br />

encerramento da temporada - 80 na terça-feira da semana<br />

passada, dia 30 de dezembro, no Country Club.<br />

As màquinas siIencaram seus roncos e Os kartistas<br />

comernoraram o tim de ano corn urn jantar e uma alegre solenidade<br />

de entrega de trotéus aos meihores photos de<br />

1980.<br />

Todos receberam troféus. mas os mais vistosos foram<br />

Para os mais hábeis no volante: (pela ordem de classificacào<br />

geral) - Marco Antonio Chering, Wadis Benvenutti,<br />

CIOvis Balotin, José Chemim, Nelson Domareski, Aparecido<br />

dos Santos. Wilson Domareski, José Gilson Domareski,<br />

Carlos Garcia e Sandon Poletto.<br />

No primeiro ano ern que Os Kartistas de foz do lguacu<br />

puderarn correr em seu prOprio kartôdromo eles conseguiram<br />

tornar a cidade-turismo rnaior no setor esportivo durante<br />

1980. 0 entusiasmo despertado em corredores e<br />

apreciadores deste esporte dernonstrou que o empreendimento<br />

do Kartôdromo de Foz do lguacu foi uma das grandes<br />

conquistas da cidade no ültimos tempos.<br />

Pelo sucesso das comoeticOes de 80, o ano de 81 devera<br />

ser ainda mais envenenado" na moderna pista construida<br />

junto ao Estádio Pedro Basso.<br />

• A.<br />

___ H#11<br />

I •.. ... . .<br />

Este e o timâo da Madezzati. Os rapazes estão<br />

corn muta bola e estâo sempre prontos Para desafios.<br />

No futebol de Salão ou no Sulço a bola está redondinha<br />

Para o timão da Madezzati.<br />

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-<br />

Expectativa<br />

Para 81<br />

Urn amigo ligaco a<br />

rensa me fez uma pergunta<br />

) que a muiher espera do ano<br />

novo? Queria ele que a resposta<br />

rsSe ao a pela TV para a qua<br />

trabaiha Preferindo ficar pot<br />

tràs das mãquinas, dou a minha<br />

resposta nestá página.<br />

Em primeiro lugar. não sou )<br />

uma mulher a espera dos<br />

acoritecimentos, e espero que<br />

'sta mentalidade seja assumida<br />

or todas as muiheres.<br />

Não podemos esperar que<br />

o.s acontecimentos nos peguem<br />

de surpresa e nos manobrem<br />

a sua vontade.<br />

Acredito nos homens<br />

capazes de gerar<br />

acontecimeritos.<br />

Acredito no processo de<br />

conscientizacäo da muiher,<br />

inclusive em nossa região. Elas<br />

estäo percebendo 0 lirnito certo<br />

de suas potencialidades - nem 7tanto<br />

ao céu. nem tanto a terra.<br />

As mutheres estão,acima<br />

de tudoem busca de Si mesmas:<br />

depois a procura de uma<br />

sociedade melhor porque é neta<br />

que crescern seus filhos.<br />

Sabemos mesmo que o ano<br />

dois mil será aquito que fizermos<br />

nos 20 anos que faltam para a<br />

passagem do século XX para 0<br />

XXI. E preciso começar já.<br />

Devemos procurar sempre<br />

mais a colaboraçao mUtua.<br />

deixando de lado 0 egoismo,<br />

tradiçOes caretas". a<br />

cultura patriarcal.<br />

Quando todos assumi rem<br />

umas consciência nessa direção<br />

e quando a solidariedade entre<br />

OS homens estiver consolidada<br />

e imunizada contra os ataques<br />

do egoismo, do ôdio, então<br />

a expectativa da mulher<br />

esiará concretzada<br />

Mundo<br />

dos<br />

Esportes<br />

Somando pars a<br />

divu!gacao do esporte<br />

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Lilian. -<br />

aqui muiher<br />

RAY<br />

Viva<br />

BriIho<br />

dourado<br />

em 81.<br />

Macacão do corte amplo, corn • / -<br />

abotoamento frontal e Y ________ r<br />

mangas deliberadamente ar- • '. J<br />

regaçadas. A sapatliha/chu . Vestido corn sala todaplissa.<br />

teira ouro. Gargantliha e pul- da, sempre urn hit. Cintura<br />

seiras escravas ouro/prata. marcada por cinto dourado.<br />

Paraele, calça e jaqueta for- Sandátla em tiras, também<br />

mais, sobre t-shirt. douradas, inclusive brincos e<br />

pulseiras. Para ele, o branco<br />

total da calca e camisa.<br />

- Moda<br />

oermuaa corn cinto marcando<br />

a cintura, e t-shirt corn frisos,<br />

short corn boisos embutidos.<br />

E camisita corn listaslmargarides.


Foz, 7/1/81<br />

Aluizio Palmar<br />

r<br />

po 23<br />

As previsöes para o ano de 81 nao estão nada boa. Veja esse artigo e comprove<br />

'<br />

Ha urn Ministro 'gozarido"<br />

em dma da<br />

genie, sofridos consumidores<br />

que<br />

lutamos corn unhas e denies na<br />

constante luta pela sobrevtvència<br />

Nào e a Delfin Neto, mas<br />

seu fie[ discipulo, 0 Ministro da<br />

Agricultura Arnaury Stable,<br />

Ele espera. que ate 1984 o<br />

brasileiro elimine de sua dieta a<br />

cane bovina porque esta onera<br />

o orçarnento familiar. Nâo podemos<br />

admitir que o ministro ignoía<br />

a fato de que tao sornente as<br />

classes mais privilegiadas padem<br />

dispor desse alirnento em<br />

sua mesa, e que as grandes<br />

massas populares ha mu Ito tempo<br />

nâo cornem carne bovina, els<br />

que a elevado preço escapa do<br />

alcace de sua bolsa. 0 que 0 mlnistro<br />

quer para 1984 já é unia<br />

triste realidade nacional.<br />

Depois falam que a preocupacao<br />

prioritária do governo é a<br />

oferta de carnes de animals d<br />

pequeno porte (suinos e ayes),<br />

como alternativa que permita urn<br />

menor consumo de came bovina,<br />

de preço mais elevado.<br />

Entretanto, como para desmenhir<br />

o ministro, a came dr<br />

frango subru de 25 a 30 par cento<br />

nos üttimos meses. Em verdade,<br />

o preço do frango, nos supermercados,<br />

está pela hora da<br />

morte e o da came de suino<br />

também.<br />

A tendéncia está voltada no<br />

sentido de que essas carnes, de<br />

animals de pequeno porte, para<br />

usar a expressão do m?nistro, tenham<br />

seu preço altamente majorado,<br />

de modo a nivelar-se a<br />

carne die bovino se persistir a<br />

atual politica do governo no Setar.<br />

Como a realidade é esta,<br />

chegamos a conclusao que 0 desejo<br />

do governo é impedir que o<br />

brasileiro coma carne de qualquer<br />

espécie, e a que for produzda<br />

seja exportada para ajudar<br />

a equilibrar nossas contas no exterior.<br />

2 A<br />

sit uaçáo oo povo é<br />

de penüria. E as estatisticas<br />

refletem essa<br />

dura realidade. Urna<br />

delas, a que se refere ao protesto<br />

de titulos em cartório contra<br />

consumidores, nos dá coma da<br />

existência de urn vigoroso aumenlo<br />

em seus indices principalmente<br />

nas grandes cidades.<br />

Os frequentes aurnentos do<br />

custo de vida estão acarretando<br />

reduçäo constante do poder<br />

aquisitivo das faixas assalariadas<br />

Por mais controlada que Seja<br />

a tamilia, não ha como prever<br />

quanto será 0 gasto corn gas, géneros<br />

alirnenticios, transportes e<br />

outros liens nos prôximos meses.<br />

Dentro desse contexto, que<br />

obriga cada vez rnais a assalariado<br />

a "apertar o cinto", a quantia<br />

que deviria ser destinada ao pagamento<br />

de uma prestaçào acaba<br />

indo inteiramente na alimentação<br />

ou na farmácia.<br />

3 A<br />

situaçao está negra<br />

e as perspectivas para<br />

81 não são nada boas.<br />

Al está a inflação de<br />

mais de 110%, nunca vista em<br />

nossa histôria, superior, inclusive,<br />

ao pique inflacionário ocorrido<br />

no governo de João Goulart,<br />

quando atingimos 84%, e nossa<br />

divida external era inferior a 3 mlhOes<br />

de dôlares.<br />

Por outro lado, os efeitos<br />

desastrosos dessa politica econômica<br />

refletiram-se na agricultura,<br />

reduzindo a produção de<br />

a l irnentos, o que l ambki con-<br />

•<br />

rCO*.fl*A ASMULTIVACIOMAIS<br />

• ONT<br />

ZA OA5(jO 'R,'AL<br />

• Df*.Erro D€<br />

G,VC<br />

• AA,O A tgi<br />

•<br />

•<br />

•<br />

• CO,.,r4 0 Ti'4e4<br />

corre para a aumento da inflacao,<br />

pois a governo setecionou<br />

e estimulou a produção de alguns<br />

produtos agricolas destinados<br />

a e'xportação lançando mao,<br />

assim, da agricultura para auxiliar,<br />

corn 0 seu peso, no equilibria<br />

da balariça de pagamentos, que<br />

afinal náo conseguiu.<br />

Dal porque teve de importar<br />

alimentos, como é o caso de miho,<br />

trigo, feijáo, leite, manteiga e<br />

uma infinidade de outras alimentos<br />

de que o Pals se tornou Carente.<br />

4 0<br />

orcamento da Unrão<br />

para 1981 destina<br />

7,59% para as Forças<br />

Armadas, enquanto a<br />

Ministério da Agricultura absorye<br />

2,99% e Ministérlo da Educacao,<br />

4,86%. isso significa que<br />

somente as Forcas Armadas<br />

gastam a que gasta a Ministério<br />

da Agricultura e Educaçao junlos.<br />

Depois disso, Os detentores<br />

do poder seguem dizendo que<br />

pretendem encher a panela d<br />

povo. Talvez de armas. Mas a -<br />

mas não são comestiveis. 0 que<br />

é de pasmar é a porcentagem<br />

que cabe ao Ministério da<br />

SaUde: 1,13%. Ate parece que a<br />

Brasil rião tern problernas corn a<br />

Saüde PUbtica, corn doenças,<br />

subnutriçào, etc. etc. -<br />

Em rnatéria de educacâo e<br />

saüde a nosso pals ocupa urn<br />

dos ültimos lugares entre todas<br />

as naçOes do mundo. E somente<br />

poderia ser assim num modelo<br />

dependente e autoritário que ao<br />

longo de todos esses anos não<br />

tern se preocupado corn a<br />

educaçaO nem corn a saOde,<br />

mesmo porque educando o povo<br />

não permaneceria no exercicio<br />

do poder.<br />

5 0<br />

MOBRAL alardeou<br />

ao completar dez anos<br />

que reduziu o indice de<br />

analfabetismo para<br />

11,1 O / coma se alguém nesse<br />

Pals ainda acreditasse na palavia<br />

de dirigentes do Mobral, que<br />

são desmentidos por todos, inclusive<br />

pelas próprias autoridades<br />

educacionais. Receritemente<br />

anunciaram urna estimativa<br />

de que a populaçao analfabeta<br />

no Brasil oscila em torno de 7 mlhOes<br />

de adultos cam mais de 45<br />

anos. Pot outro lado, técnicos do<br />

IBGE dizern que as tabulaçOes<br />

avancadas do Censo 80 apontaráo<br />

a existéncia de nada menos<br />

do q ue 20 noes de brasd€'iro,<br />

7'.. ._r.<br />

r<br />

-- -<br />

que nào sabem ler nern escrey<br />

e r<br />

0 pIano deste regime cruel<br />

que oprirne o povo ha tantos<br />

anos é simplesmente alfabetizar<br />

a mao de obra para servir ao parque<br />

industrial capitalista. Par isso<br />

a alfabetizaçäo governamental<br />

prescinde de maiores ensinos.<br />

Mas mesmo assim etes deram<br />

corn as burros n'água. pals<br />

as estatisticas indicam que as<br />

poputaçOes alfabetizadas em<br />

programas tipo Mobral tendem a<br />

retornar a,p anallabetismo, par<br />

nao haver continuidade em sua<br />

escolarizaçao.<br />

6<br />

0 golpe militar de 1964<br />

deterrninou profundas<br />

mudanças no modeto<br />

on ô m I c o -p o liii co -<br />

social no Brasil-, por urn lado ten;<br />

tando 1 rear o avanço popular (Al<br />

- 5, Lei Anti-Greve, Repressao<br />

Militar, etc) e, par outro lado,<br />

abrindcj totalmente a economia<br />

nacional para a avanço monopolista<br />

do grande capital estrangei<br />

ro (arrocho salarial e a lei de remessa<br />

de lUcros, garantindo o investimento<br />

dos grandes grupos<br />

econômicos), Hoje o Brasil é urn<br />

pals endividado, corn suas riquezas<br />

nas mäas da espaliação internacional,<br />

povo tenso e subnutrido.<br />

E translormaram o Pals<br />

no quintal dos vampiros do Capital<br />

internacional.<br />

SO ha uma saluçào e esta<br />

deve ir já. A substituicáo dissu<br />

que esia a, Pu, util ytivctu<br />

cunho nacionajista e popular onde<br />

a democracia não seja uma<br />

colecao de casuiSrnos 1 leis frias e<br />

feitas para servir aos poderosos,<br />

mas onde democracia seja uma<br />

festa de liberdade, onde 0 povo<br />

possa lutar par seus direitos e<br />

haja uma razão maior para viver<br />

do que lutar pela subsisténcia -<br />

sermos lodos brasileiros OS<br />

guardiaes da sabedaria nacional<br />

em defesa de nossas riquezas e<br />

prontos para dar a vida se necessário<br />

em defesa da Pátria<br />

Para conseguir isso, sO ha urn<br />

instrumenta a CONSTt-<br />

TUINTE LIVRE E SOBERANA. E<br />

para chegar là é preciso limparo<br />

Carninho e iogar a lata de lixo da<br />

Historia tocias essas leis aitatariars,<br />

como d famigerada Lei de<br />

Seguranca Nacional e suas crias<br />

- órgaos de repressäo, tortura e<br />

torturadores. A antipàtra so<br />

existe poraue está sustentada<br />

por c res:ê'- . ':


I (& ^-4-<br />

I AM<br />

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