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relatório sobre os usos e costumes no posto administrativo de chinga

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Relatório <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> us<strong>os</strong> e c<strong>os</strong>tumes <strong>no</strong> P<strong>os</strong>to Administrativo <strong>de</strong> Chinga<br />

cialmente aproveitado para publicações. Po<strong>de</strong>m<strong>os</strong> portanto dizer que a<br />

Antropologia era conhecida como termo na década d<strong>os</strong> 1920, mas que<br />

o encorajamento oficial para investigação antropológica não parece ter<br />

sido muito gran<strong>de</strong> e era intermitente.<br />

No que toca às socieda<strong>de</strong>s matrilineares do centro e <strong>no</strong>rte <strong>de</strong> Moçambique<br />

a maior parte da investigação fazer-se-ia na segunda meta<strong>de</strong><br />

do século, começando com alguns estud<strong>os</strong> <strong>de</strong> funcionári<strong>os</strong> cor<strong>no</strong> Soares<br />

<strong>de</strong> Castro 33 e Abel d<strong>os</strong> Sant<strong>os</strong> Baptista, continuando com António Jorge<br />

Dias e Margot Dias, Eduardo Me<strong>de</strong>ir<strong>os</strong> e Christian Geffray. Só <strong>os</strong> últim<strong>os</strong><br />

quatro aprofundaram o estudo das estruturas matrilineares <strong>de</strong> parentesco<br />

que constituía aparentemente uma incógnita para Pimentel, não<br />

obstante alguns d<strong>os</strong> seus princípi<strong>os</strong> já terem sido registad<strong>os</strong> na Ilha <strong>de</strong><br />

Moçambique n<strong>os</strong> mead<strong>os</strong> do século XIX.<br />

3.2. Contexto <strong>administrativo</strong> imediato<br />

Em 1926 e início <strong>de</strong> 1927 havia dois governadores interin<strong>os</strong> <strong>no</strong> Distrito<br />

<strong>de</strong> Moçambique, funcionári<strong>os</strong> locais, que p<strong>os</strong>sivelmente nunca saíram da<br />

Ilha para visitar o Distrito, que correspondia à actual Província <strong>de</strong> Nampula.<br />

Na circunscrição da Macuana, com se<strong>de</strong> em Nampula, o titular do lugar<br />

<strong>de</strong> administrador, António Nunes Ghira, um d<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> graduad<strong>os</strong> da<br />

escola colonial em Lisboa 34 , estava ausente, a trabalhar <strong>no</strong> Ministério das<br />

Colónias, em Lisboa. 35 Havia em 1926 um administrador, Duarte <strong>de</strong> Melo,<br />

que morreu. O lugar do Secretário estava aparentemente vago e só preenchido<br />

interinamente por aspirantes. Havia dois Chefes <strong>de</strong> P<strong>os</strong>to, um em<br />

Chinga, outro em Murrupula, amb<strong>os</strong> já com longa experiência.<br />

Em 1927, tomou p<strong>os</strong>se um <strong>no</strong>vo Governador do Distrito, J<strong>os</strong>é Justi<strong>no</strong><br />

Botelho <strong>de</strong> Castro e Silva. Em 1928, há finalmente outro administrador<br />

da Macuana em Nampula, o administrador ausente é <strong>no</strong>minalmente<br />

Moçambique; 1946 - Projecto <strong>de</strong>finitivo do Estatuto do Direito Privado d<strong>os</strong> Indígenas da colónia <strong>de</strong> Moçambique.<br />

Lourenço Marques: Imprensa Nacional <strong>de</strong> Moçambique; 1946 - Projecto <strong>de</strong>finitivo do Código penal<br />

d<strong>os</strong> indígenas da colónia <strong>de</strong> Moçambique. Lourenço Marques: Imprensa Nacional <strong>de</strong> Moçambique<br />

33 Castro, Soares <strong>de</strong>, 1941 - Os achirimas : ensaio et<strong>no</strong>gráfico. Lourenço Marques: Imprensa Nacional<br />

<strong>de</strong> Moçambique, 89 p; e Os Lómoès <strong>no</strong> Lar<strong>de</strong>. In: Boletim Geral das Colónias, A<strong>no</strong> XXVI, nº 304<br />

(1950), pp. 21-68<br />

34 Ribeiro 1917:28<br />

35 Anuário, Casa Bayly.<br />

2008 E-BOOK CEAUP<br />

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