relatório sobre os usos e costumes no posto administrativo de chinga
relatório sobre os usos e costumes no posto administrativo de chinga
relatório sobre os usos e costumes no posto administrativo de chinga
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Relatório <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> us<strong>os</strong> e c<strong>os</strong>tumes <strong>no</strong> P<strong>os</strong>to Administrativo <strong>de</strong> Chinga<br />
N. o 42 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Abril — Reclamo o indígena Côràta do regulado<br />
Niheia que fugiu para Nampula, regulado Melèheia.<br />
N. o 52 <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Junho — Comunico que o indígena Canelôcia do regulado<br />
M’Rica foi em temp<strong>os</strong> para Nampula para machileiro do 2. o aspirante<br />
Araújo. Veio aqui buscar sua irmã, casada em Chinga, e levou-a para<br />
dar a um moleque em Nampula.<br />
N. o 503/29 <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Junho — Dizem da se<strong>de</strong> que o Canelôcia não<br />
foi machileiro do aspirante Araújo, mas sim do ex-secretário Card<strong>os</strong>o.<br />
Manda apresentar a mulher a fim <strong>de</strong> ser punida, voltando para Nampula,<br />
visto lá estar casada.<br />
N. o 56 <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Julho — Digo e apresento argumento provando que a<br />
mulher <strong>de</strong>ve ficar em Chinga, on<strong>de</strong> tem sua mãe, on<strong>de</strong> está casada havia<br />
dois an<strong>os</strong> e on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> pequena, fazendo ver que não estam<strong>os</strong><br />
autorizad<strong>os</strong> a tirar a mulher a ninguém.<br />
N. o 566/29 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Julho — Manda apresentar a mãe e marido da<br />
mulher Fátima a que alu<strong>de</strong> a <strong>no</strong>ta 56.<br />
N. o 583/29 <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> Ag<strong>os</strong>to — Diz que a mulher Fátima fica em Chinga.<br />
Telegrama n. o 22 <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Junho — Peço a captura do indígena Calima<br />
do regulado Namacôro que fez um roubo <strong>de</strong> 265$00 e fugiu para<br />
Nampula para casa do cantoneiro M’Pŭechiŭa; levou consigo uma rapariga<br />
e já antes tinha roubado a mulher doutro indígena.<br />
Eu, prevendo que as providências seriam as mesmas que do antece<strong>de</strong>nte,<br />
tomei-as eu e man<strong>de</strong>i-o pren<strong>de</strong>r por um cipai do P<strong>os</strong>to, o que<br />
realmente se <strong>de</strong>u comunicando imediatamente <strong>no</strong> telegrama n. o 23 <strong>de</strong><br />
15 <strong>de</strong> Junho, que o Calima fora preso. Ele, na secretaria confessou <strong>os</strong><br />
roub<strong>os</strong> e disse on<strong>de</strong> se encontravam e <strong>no</strong> telegrama n. o 24 <strong>de</strong> 16 comunico<br />
que o Calima confessa o roubo e diz que o dinheiro e pan<strong>os</strong><br />
<strong>de</strong>u-<strong>os</strong> a guardar a seu sobrinho M’Pŭèchia, cantoneiro em Nampula<br />
na estrada para M<strong>os</strong>suril e que a rapariga estava na proprieda<strong>de</strong> do<br />
senhor Almeida. Na Nota n. o 53 <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Junho confirmo o telegrama<br />
n. o 24 <strong>de</strong> 16.<br />
Nota da se<strong>de</strong> n. o 500/24 <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Junho — Diz que Calima foi punido<br />
com 180 dias <strong>de</strong> prisão que cumprirá <strong>no</strong> P<strong>os</strong>to e diz para averiguar<br />
se foi ele que cometeu o roubo e provi<strong>de</strong>nciar <strong>no</strong> sentido do roubado ser<br />
in<strong>de</strong>mnizado.<br />
2008 E-BOOK CEAUP<br />
273