07.07.2013 Views

relatório sobre os usos e costumes no posto administrativo de chinga

relatório sobre os usos e costumes no posto administrativo de chinga

relatório sobre os usos e costumes no posto administrativo de chinga

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

268<br />

43.<br />

Francisco A. Lobo Pimentel<br />

ARROLAMENTO DE PALHOTAS E<br />

RECENSEAMENTO DA POPULAÇÃO<br />

Conforme expus <strong>no</strong> meu <strong>relatório</strong> que acompanhou o arrolamento<br />

<strong>de</strong> palhotas e recenseamento da população, cumprindo com o que dispõe<br />

o n.º 18 das Instruções Provisórias para <strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> do arrolamento e<br />

co brança do imp<strong>os</strong>to <strong>de</strong> palhota, <strong>de</strong> 1917, saí do P<strong>os</strong>to e dirigi-me para o<br />

regulado <strong>de</strong> Namacôro, como <strong>de</strong>ste, tinha necessariamente que voltar ao<br />

P<strong>os</strong>to, assim fiz disp<strong>os</strong>to a ir ao regulado M’Cota, o que não pu<strong>de</strong> conseguir<br />

por o rio Na giŭa levar muita água; voltei ao P<strong>os</strong>to e segui para o regulado<br />

Niheia; sendo informado <strong>de</strong> que o Nàdgiŭa dava passagem a vau,<br />

segui para o regulado M’Cota e, <strong>no</strong> regresso, ao M’Rica, quase na mesma<br />

linha. Voltei ao P<strong>os</strong>to e aguar<strong>de</strong>i que o rio Namaita <strong>de</strong>sse passagem, seguindo<br />

logo que pu<strong>de</strong> para o regulado Tàrŭa; podia, a corta-mato, ir ao<br />

regulado Minhàcŭa, mas tendo chovido torrencialmente, o rio Namaita<br />

inibiu-me <strong>de</strong> seguir, tendo que voltar ao P<strong>os</strong>to. Daqui, aproveitando a estrada,<br />

fui ao regulado Niheia, junto e aquém rio M’Luli; passei este <strong>sobre</strong><br />

a ponte e cheguei ao Mŭava<strong>no</strong> e <strong>de</strong>ste é que segui para o Minhàcŭa,<br />

tendo primeiramente arrolado o chefe Mirà pŭê, junto e além-rio M’Luli,<br />

e assim a<strong>os</strong> baldões <strong>de</strong> um ponto para outro percorri perto <strong>de</strong> 380 quilómetr<strong>os</strong>.<br />

Os regulad<strong>os</strong> Minhàcŭa e Mŭava<strong>no</strong>, em 1915, estavam <strong>de</strong>ntro<br />

da área <strong>de</strong> Chinga, mas agora fui encontrá-l<strong>os</strong> além -M’Luli, estando<br />

Minhàcŭa muito longe, perto do rio Metivaze.<br />

Como com o tempo tudo muda, encontrei tudo modificado e, em<br />

minha opinião, com prejuízo da administração indígena. O meu antecessor<br />

agregou o régulo M’Rica, como chefe da povoação, ao régulo<br />

Nama côro, es tando aquele a 30 quilómetr<strong>os</strong> <strong>de</strong>ste; como podia o régulo<br />

Namacôro exercer cabalmente a sua autorida<strong>de</strong> em indígenas a 30 quilómetr<strong>os</strong>?<br />

Propus para que o regulado M’Rica voltasse a existir como<br />

em 1915 muito bem existia; chamava ao régulo M’Cota, Namacôro do<br />

E-BOOK CEAUP 2008

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!