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relatório sobre os usos e costumes no posto administrativo de chinga

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126<br />

Francisco A. Lobo Pimentel<br />

pisado. Não come carne. «Este caso do pau, parece à primeira vista uma<br />

história, mas lendo-se a <strong>de</strong>scrição da gran<strong>de</strong> viagem <strong>de</strong> Angola à Contra<br />

C<strong>os</strong>ta, <strong>os</strong> autores lá falam <strong>no</strong> mesmo assunto e então estou convencido<br />

que o informador não mentiu.»<br />

Encolhe ou esten<strong>de</strong> a tromba, como lhe apetece. Quando lhe apetece<br />

passar um rio que tenha muita água e o cubra, mete-se na água com a<br />

tromba levantada, fora <strong>de</strong> água, e por on<strong>de</strong> respira; a fêmea com filh<strong>os</strong><br />

agarra estes com a tromba e coloca-<strong>os</strong> <strong>sobre</strong> o dorso. Não se <strong>de</strong>ita para<br />

dormir, e enc<strong>os</strong>ta-se a uma árvore forte para o mesmo fim, mas pouco<br />

dorme porque está constantemente mudando <strong>de</strong> árvore, indo <strong>de</strong> umas<br />

para outras. Vira para <strong>os</strong> dois lad<strong>os</strong>, mas muito lentamente e sempre<br />

contra o vento. Quando vê gente, levanta muito as gran<strong>de</strong>s orelhas (para<br />

meter medo, diz o preto) e bate com elas, fa zendo um barulho e<strong>no</strong>rme;<br />

as orelhas po<strong>de</strong>m medir 6 me tr<strong>os</strong> ou mais; as mã<strong>os</strong> e pés são redond<strong>os</strong> e<br />

<strong>de</strong>vem medir, <strong>de</strong> diâmetro, 0,5 m aproximadamente.<br />

Andam em band<strong>os</strong>, às vezes <strong>de</strong> 30, a um <strong>de</strong> fundo. As suas presas<br />

consti tuem a substância chamada marfim. São duas pontas, mas a da direita,<br />

chamada ponta da terra, pesa mais um quilo pouco mais ou men<strong>os</strong><br />

que a outra; a da direita é chamada da terra, porque é para a direita que<br />

ele cai, quando alvejado pela bala, sentando-se primeiro. Vive mais <strong>de</strong><br />

duzent<strong>os</strong> an<strong>os</strong>. Do mesticado não reproduz.<br />

Jumentad<strong>os</strong><br />

Compreen<strong>de</strong>m: equí<strong>de</strong><strong>os</strong>, ri<strong>no</strong>cerontes e tapires.<br />

Equí<strong>de</strong><strong>os</strong>, êpŭta [ephutxá ou phutxá] 168 . Não tem particularida<strong>de</strong><br />

digna <strong>de</strong> ser mencionada.<br />

Djôdjo [ntxotxo], ri<strong>no</strong>ceronte. É um animal pesado e corpulento.<br />

O ri <strong>no</strong> ceronte <strong>de</strong> África tem dois apêndices córne<strong>os</strong> <strong>sobre</strong> o nariz, três<br />

<strong>de</strong>d<strong>os</strong> em cada membro, cada um envolvido num casco e por esta razão<br />

são chamad<strong>os</strong> fissípe<strong>de</strong>s. Ataca, correndo com gran<strong>de</strong> velocida<strong>de</strong><br />

e marrando com as pontas. É perig<strong>os</strong>o, pois po<strong>de</strong> ir um viajante em<br />

machila por uma estrada, e se ao ri<strong>no</strong>ceronte lhe dá «um ataque <strong>de</strong><br />

estupi<strong>de</strong>z» corre às cegas e atira com machila, machileir<strong>os</strong> e tudo ao<br />

chão e mal do <strong>de</strong>sgraçado que for na machila. Dá-se uma caso curi<strong>os</strong>o<br />

168 Trata-se da zebra.<br />

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