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liberdade do homem e sujeição da mulher. O contrato institui o direito político e sexual
dos masculino sobre o feminino, ou seja, é por meio do contrato que o patriarcado
moderno é constituído.
O conceito de patriarcado é usado em muitos sentidos, tanto no meio
popular como no acadêmico, e gera polêmica, pois na maioria das vezes este termo
ainda está preso as interpretações patriarcais de seu significado. Patriarcado é muitas
vezes compreendido no seu sentindo literal de direito paterno, e associado diretamente
às relações familiares. Não obstante, este é o “único conceito que se refere
especificamente à sujeição da mulher, e que singulariza a forma de direito político que
todos os homens exercem pelo fato de serem homens” 108 .
Pateman distingue três formas de pensar o patriarcado. A primeira
denominada por ela como patriarcado tradicional, tem como argumentação que todas
relações de poderes estão incorporadas ao regime paterno. A família patriarcal seria a
origem da sociedade civil. A segunda forma, o patriarcalismo clássico, estabelecia que
os filhos nasciam submetidos aos pais e estariam submetidos politicamente a eles. O
direito político era naturalmente paternal. A terceira forma é o patriarcalismo moderno
estabelecido de forma fraternal, contratual e que dá estrutura a sociedade civil
capitalista. Esta última forma de paternalismo é criada por meio do contrato original.
Nela, a sociedade não está estruturada no poder dos pais nem nas relações de
parentesco; as mulheres são subordinadas aos homens, enquanto homem, e não à
figura do pai.
A sociedade civil patriarcal é formada pela esfera pública e pela esfera
privada. As teorias do contrato social dão ênfase apenas à primeira. A esfera privada é
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