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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - Biblioteca Digital ...

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“deturpadoras da ordem” ou “imorais” foram usadas para acusar pessoas, como foi o<br />

caso dos inconfidentes de Minas Gerais, por exemplo. 63<br />

Com a vinda da Família Real em 1808, muitas foram as modificações<br />

ocorridas no Brasil e dentre elas podemos destacar a criação da Imprensa Régia. Esta<br />

era administrada por uma junta que dentre outras funções tinha o objetivo de fiscalizar o<br />

que seria impresso, a fim de impedir a publicação de papéis e livros que fossem contra<br />

os bons costumes, a religião e o governo. A imprensa das primeiras décadas do século<br />

XIX era artesanal; pequenos jornais com poucas tiragens. Era uma imprensa<br />

combativa, com objetivo de discutir idéias e não de dar informações. Predominavam os<br />

artigos assinados; críticas políticas, textos literários, charges. Os jornais eram em sua<br />

maioria de circulação semanal e distribuídos por meio de assinaturas 64 .<br />

O primeiro jornal a ser publicado foi a Gazeta do Rio de Janeiro em<br />

1808. Era de cunho oficial com informativos de interesse apenas do governo. O<br />

primeiro jornal de Minas Gerais foi criado em Ouro Preto em 1823 com o nome de<br />

Compilador Mineiro. A partir de então, outros vão surgir como O Universal em 1824, o<br />

Astro de Minas em 1827 e a Sentinela do Serro em 1830. Este último, fundado por<br />

Teófilo Otoni no norte da província foi o maior representante das idéias liberais em<br />

Minas Gerais 65 . Não nos compete aqui uma explanação detalhada de cada jornal e a<br />

sua relevância, mas apenas atentar para o fato de que muitas publicações deste<br />

período tiveram grande relevância nos momentos mais conturbados como, por<br />

exemplo, no processo que culminaria na independência política do Brasil. Nestas<br />

63<br />

CAPELATO, Maria Helena Rolim. Imprensa e história do Brasil. São Paulo: Ed. Contexto/ EDUSP,<br />

1994; SODRÉ, Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad,1999.<br />

64<br />

BUITONI, Dulcília Schroeder. Mulher de papel: a representação da mulher na imprensa feminina<br />

brasileira. Edições Loyola: São Paulo, 1981.<br />

65<br />

SODRÉ, op. cit.<br />

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