Números Complexos: uma proposta de abordagem concreta - CIMM
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Números Complexos: uma proposta de abordagem concreta Rafael Vassallo Neto Centro de Ensino Superior de Valença (CESVA) - Universidade Aberta do Brasil (UAB/LANTE) Brasil rafvassallo@hotmail.com Resumo Este minicurso é resultado da dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação Stricto Senso, em Educação Matemática, da Universidade Severino Sombra (RJ) pelo autor. Este trabalho pretende apresentar uma proposta de material didático para o ensino de números complexos, bem como, relacionar a sua construção aos modelos das transformações geométricas no plano. É proposta uma abordagem integradora dos conhecimentos internos da matemática utilizando os números complexos como elemento de ligação. Outro objetivo é a construção de uma alternativa para o conjunto dos números complexos que aproxime elementos geométricos e algébricos. O Público alvo são professores e bacharéis em matemática, alunos da graduação em matemática e outros interessados pelo tema. Nesta abordagem serão desenvolvidas algumas construções geométricas históricas do modelo teórico traçado pelas transformações geométricas utilizando o recurso manipulativo do geoplano. Espera-se que os participantes possam adquirir uma nova experiências ao tratar dos números complexos Palavras chave: Números complexos; História da Matemática; Material Concreto; Educação Matemática; Interligação de Saberes Internos da Matemática. Introdução Os dados colhidos na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), os apresentados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e os dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) sobre a educação brasileira indicam que há dificuldade e desafios nos processos de ensino e de aprendizagem da Matemática. O ensino atual de Matemática necessita ser revisto. Perdemos de vista os valores conceituais, sua origem e a relevância de seu ensino. A geometria pode desempenhar um privilegiado papel intermediário, tanto entre os diferentes conteúdos matemáticos, como na apreensão e contato inicial com conceitos desta disciplina: [...] a geometria é uma intermediária natural, e possivelmente insubstituível, entre as linguagens naturais e o formalismo matemático, onde cada objeto é reduzido a um símbolo e o grupo das equivalências é reduzido à identidade do símbolo escrito consigo mesmo. A partir deste ponto de vista, o pensamento geométrico pode ser um estágio impossível de ser omitido no desenvolvimento normal da atividade racional do homem. (THOM apud FIORENTINI, MIGUEL, MIORIM, 1992, p. 51) XIII CIAEM-IACME, Recife, Brasil, 2011.
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<strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong>: <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>abordagem</strong> <strong>concreta</strong><br />
Rafael Vassallo Neto<br />
Centro <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>de</strong> Valença (CESVA) - Universida<strong>de</strong> Aberta do Brasil<br />
(UAB/LANTE)<br />
Brasil<br />
rafvassallo@hotmail.com<br />
Resumo<br />
Este minicurso é resultado da dissertação apresentada ao Programa <strong>de</strong> Pós-<br />
Graduação Stricto Senso, em Educação Matemática, da Universida<strong>de</strong> Severino<br />
Sombra (RJ) pelo autor. Este trabalho preten<strong>de</strong> apresentar <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> material<br />
didático para o ensino <strong>de</strong> números complexos, bem como, relacionar a sua<br />
construção aos mo<strong>de</strong>los das transformações geométricas no plano. É <strong>proposta</strong> <strong>uma</strong><br />
<strong>abordagem</strong> integradora dos conhecimentos internos da matemática utilizando os<br />
números complexos como elemento <strong>de</strong> ligação. Outro objetivo é a construção <strong>de</strong> <strong>uma</strong><br />
alternativa para o conjunto dos números complexos que aproxime elementos<br />
geométricos e algébricos. O Público alvo são professores e bacharéis em matemática,<br />
alunos da graduação em matemática e outros interessados pelo tema. Nesta<br />
<strong>abordagem</strong> serão <strong>de</strong>senvolvidas alg<strong>uma</strong>s construções geométricas históricas do<br />
mo<strong>de</strong>lo teórico traçado pelas transformações geométricas utilizando o recurso<br />
manipulativo do geoplano. Espera-se que os participantes possam adquirir <strong>uma</strong> nova<br />
experiências ao tratar dos números complexos<br />
Palavras chave: <strong>Números</strong> complexos; História da Matemática; Material Concreto;<br />
Educação Matemática; Interligação <strong>de</strong> Saberes Internos da Matemática.<br />
Introdução<br />
Os dados colhidos na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), os<br />
apresentados pelo Índice <strong>de</strong> Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e os dados do Sistema<br />
Nacional <strong>de</strong> Avaliação da Educação Básica (SAEB) sobre a educação brasileira indicam que há<br />
dificulda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>safios nos processos <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> aprendizagem da Matemática. O ensino atual<br />
<strong>de</strong> Matemática necessita ser revisto. Per<strong>de</strong>mos <strong>de</strong> vista os valores conceituais, sua origem e a<br />
relevância <strong>de</strong> seu ensino.<br />
A geometria po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar um privilegiado papel intermediário, tanto entre os<br />
diferentes conteúdos matemáticos, como na apreensão e contato inicial com conceitos <strong>de</strong>sta<br />
disciplina:<br />
[...] a geometria é <strong>uma</strong> intermediária natural, e possivelmente insubstituível,<br />
entre as linguagens naturais e o formalismo matemático, on<strong>de</strong> cada objeto é<br />
reduzido a um símbolo e o grupo das equivalências é reduzido à i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do<br />
símbolo escrito consigo mesmo. A partir <strong>de</strong>ste ponto <strong>de</strong> vista, o pensamento<br />
geométrico po<strong>de</strong> ser um estágio impossível <strong>de</strong> ser omitido no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
normal da ativida<strong>de</strong> racional do homem. (THOM apud FIORENTINI,<br />
MIGUEL, MIORIM, 1992, p. 51)<br />
XIII CIAEM-IACME, Recife, Brasil, 2011.
<strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong>: <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>abordagem</strong> <strong>concreta</strong><br />
Neste trabalho proponho enfrentar os <strong>de</strong>safios do ensino e aprendizagem dos números<br />
complexos. O objetivo geral é a apresentação <strong>de</strong> um material concreto e didático para o ensino<br />
dos números complexos, relacionando-os à teoria das transformações geométricas. Desta forma,<br />
espera-se construir <strong>uma</strong> alternativa mais integradora dos elementos algébricos e geométricos que<br />
sustentam o conjunto C. Esta <strong>abordagem</strong> preten<strong>de</strong> aproximar os elementos algébricos e<br />
geométricos e até encontrar soluções, mesmo que provisórias, que contribuam à construção <strong>de</strong><br />
<strong>uma</strong> aprendizagem reflexiva do referido conteúdo.<br />
A aprendizagem matemática <strong>de</strong>ve estar ligada à compreensão <strong>de</strong> significados, ou ainda, à<br />
construção <strong>de</strong> relações entre os objetos matemáticos e as situações que envolvam problemas<br />
reais. Temos que a busca <strong>de</strong> metodologias compatíveis com as necessida<strong>de</strong>s sociais pressupõe<br />
articulação entre vários conteúdos da matemática e <strong>de</strong> outras disciplinas. Logo, um problema não<br />
po<strong>de</strong> ser visto isoladamente do seu contexto, <strong>uma</strong> vez que possui várias facetas e torna-se<br />
complexo (MORIN, 2000, p.26).<br />
Na busca <strong>de</strong> tais condições busca-se o contexto histórico como forma <strong>de</strong> revelar os<br />
aspectos mais <strong>de</strong>safiadores da construção do conceito <strong>de</strong> número complexo. Fez-se um corte<br />
histórico e epistemológico <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>limitar o campo <strong>de</strong> estudo a partir do século XVI. A<br />
seguir discutimos, neste trabalho, apenas as <strong>de</strong>scobertas mais importantes da pesquisa.<br />
Baseando-se no plano <strong>de</strong> ARGAND(1806), GAUSS (1777) e nos objetos <strong>de</strong>finidos por<br />
BUÉE(1748), WALLIS (1616). WESSEL (1797), e MATHIAS (2008) po<strong>de</strong>mos representar os<br />
complexos como segmentos <strong>de</strong> reta orientados (vetores) <strong>de</strong> um plano cartesiano. Um bom espaço<br />
a esta representação são as malhas quadrangulares ou o geoplano, que reproduzem o espaço<br />
gráfico <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m inteira, e torna concreto e manipulativo a região na qual se inserem os números<br />
complexos. Assim, preten<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>senvolver tal minicurso, baseando-se metodologicamente no<br />
construtivismo e respeitando os aspectos históricos.<br />
Este ambiente manipulativo tem importância na interligação <strong>de</strong> saberes visando à<br />
aprendizagem sistematizada e contextualizada. Tais critérios são <strong>de</strong>stacados no PCN <strong>de</strong><br />
matemática.<br />
O critério central é o da contextualização e da interdisciplinarida<strong>de</strong>, ou seja, é o<br />
potencial <strong>de</strong> um tema permitir conexões entre diversos conceitos matemáticos e<br />
entre diferentes formas <strong>de</strong> pensamento matemático, ou, ainda, a relevância<br />
cultural do tema, tanto no que diz respeito às suas aplicações <strong>de</strong>ntro ou fora da<br />
Matemática, como à sua importância histórica no <strong>de</strong>senvolvimento da própria<br />
ciência. (BRASIL, 1998, p. 43)<br />
A contextualização permite conectar saberes internos da matemática, bem como referenciar<br />
formas <strong>de</strong> <strong>abordagem</strong> diferenciadas. Ela propicia o sentimento <strong>de</strong> segurança as suas capacida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> realização matemática e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> autonomia, gerando hábitos <strong>de</strong> investigação e<br />
<strong>de</strong>sprendimento para enfrentar e analisar novas situações.<br />
Nesta <strong>abordagem</strong>, o professor <strong>de</strong>ve enten<strong>de</strong>r que <strong>uma</strong> ativida<strong>de</strong> pedagógica <strong>concreta</strong> não é<br />
a principal <strong>de</strong>terminante da aprendizagem. Temos que os encaminhamentos didáticos e<br />
pedagógicos e o conhecimento teórico do que ensinamos, são fundamentais na utilização <strong>de</strong><br />
metodologias alternativas em vista a <strong>uma</strong> aprendizagem com significados.<br />
Ensino e Aprendizagem <strong>de</strong> <strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong><br />
XIII CIAEM-IACME, Recife, Brasil, 2011.<br />
2
<strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong>: <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>abordagem</strong> <strong>concreta</strong><br />
A complexida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> ensino e aprendizagem dos números complexos pressupõe<br />
a compreensão <strong>de</strong> que números são representações intelectuais; resultado da relação e interação<br />
entre o sujeito e o meio. O objeto numérico é algo internalizado, incorporado e intelectualizado.<br />
Na compreensão dos números complexos, torna-se necessário enten<strong>de</strong>r que a linguagem<br />
comporta estruturas <strong>de</strong> seriação, classificação e <strong>de</strong> relação com o mundo e o todo complexo que<br />
nos cerca. Po<strong>de</strong>mos dizer que os estudos dos esquemas verbais <strong>de</strong>monstram a transmissão <strong>de</strong><br />
seriação e classificação.<br />
Em resumo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, a linguagem favorece <strong>uma</strong> série <strong>de</strong> assimilações que conduzem<br />
a análises <strong>de</strong> semelhanças e diferenças. Portanto, a linguagem é muito importante na elaboração<br />
das estruturas lógicas e aritméticas.<br />
A representação <strong>concreta</strong> dos números complexos contempla um mecanismo <strong>de</strong> mediação<br />
do processo <strong>de</strong> interpretação, classificação e seriação dos conceitos e valores da realida<strong>de</strong>, dando<br />
condições sistêmicas à organização e estruturação solidária das acomodações e assimilações<br />
necessárias ao <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo.<br />
Assim <strong>uma</strong> <strong>abordagem</strong> que busque significados, torna a aprendizagem realmente efetiva e<br />
eficaz, on<strong>de</strong> o professor leva em conta a forma como o aluno apren<strong>de</strong> e seus conceitos prévios. O<br />
papel do professor é o <strong>de</strong> encorajador, o <strong>de</strong> dar consciência ao sujeito do seu processo <strong>de</strong><br />
aprendizagem e <strong>de</strong> suas experiências frente ao conhecimento em construção.<br />
Para que os números complexos tornem-se mais concretos, precisaremos buscar<br />
um novo conceito numérico, capaz <strong>de</strong> renovar a percepção que nossos alunos<br />
têm das práticas matemáticas cotidianas. (MATHIAS, 2008, p. 83)<br />
Sob este aspecto o professor é o mediador, não é <strong>uma</strong> entida<strong>de</strong> metafísica e autônoma. Em<br />
seus atos está a ação do saber. Logo não é produtor <strong>de</strong> tudo que se passa, é um reflexo complexo<br />
<strong>de</strong> conflitos nos vários níveis <strong>de</strong> análise.<br />
Dinâmica do Minicurso<br />
Em linhas gerais, o minicurso será dividido em dois momentos, nos dois casos apresenta-se<br />
os aspectos históricos relacionados. No primeiro <strong>de</strong>les, o conjunto dos números reais será<br />
reinterpretado <strong>de</strong> acordo com a <strong>proposta</strong> <strong>de</strong>fendida na dissertação citada anteriormente. Em um<br />
segundo momento, ao adotar o ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> um observador externo à reta, cada participante<br />
construirá o conceito do conjunto dos números complexos e vivenciará os aspectos geométricos<br />
associados às suas operações aritméticas. Esses dois momentos serão permeados por aspectos<br />
históricos da construção do conceito <strong>de</strong> número complexo e <strong>de</strong> suas interpretações.<br />
Inicialmente, através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s realizadas no geoplano ou na malha pontilhada, os<br />
participantes vivenciarão as transformações geométricas (translação e homotetia) associadas a<br />
cada número real, bem como terão a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r e visualizar a noção <strong>de</strong><br />
sentido contextual. Po<strong>de</strong>rão perceber a ausência <strong>de</strong> direção quando nos restringimos estritamente<br />
ao universo da reta.<br />
Em um segundo momento, assumindo a posição <strong>de</strong> um observador externo à reta,<br />
ampliaremos as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ações geométricas, já realizadas na reta e consi<strong>de</strong>rar a<br />
realização <strong>de</strong> rotações. Neste momento, daremos significado aos novos objetos obtidos por<br />
rotações realizadas a partir da reta real. Assim, imerso no plano buscamos i<strong>de</strong>ntificar o<br />
XIII CIAEM-IACME, Recife, Brasil, 2011.<br />
3
<strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong>: <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>abordagem</strong> <strong>concreta</strong><br />
isomorfismo entre o conjunto dos números reais e os pontos da forma (x,0).<br />
Abre-se espaço, finalmente, para a introdução dos números complexos e à extensão natural<br />
das operações aritméticas realizadas na reta para neste novo cenário. Além disso, tanto a forma<br />
trigonométrica, como sua consequente interpretação para o produto <strong>de</strong> dois números complexos,<br />
surgem naturalmente no processo construtivo.<br />
Nestas condições, os participantes do minicurso vivenciarão o significado da noção <strong>de</strong><br />
direção que se estabelece no plano, assim como as novas perspectivas <strong>de</strong> ações geométricas que<br />
se abrem. Assim, o conjunto dos números complexos será construído.<br />
No geoplano, os participantes terão a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vivenciar <strong>concreta</strong>mente os esforços,<br />
historicamente empreendidos, no sentido <strong>de</strong> dar significado à raiz quadrada <strong>de</strong> -1. Serão<br />
abordados aspectos como o da média geométrica bem como o da rotação sucessiva <strong>de</strong> um<br />
quadrado <strong>de</strong> lado 1 construída por BUÉE. Por fim, haverá também a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />
interpretar geometricamente a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> raízes dos polinômios.<br />
Exemplificação das Ativida<strong>de</strong>s Propostas<br />
As ativida<strong>de</strong>s <strong>proposta</strong>s são divididas em três níveis: Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> iniciação e<br />
compreensão; Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprofundamento e Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interligação <strong>de</strong> saberes.<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> iniciação e compreensão: São aquelas <strong>de</strong>stinadas à formação <strong>de</strong> conceitos<br />
básicos sobre números complexos, suas representações, operações e relações elementares. O<br />
objetivo <strong>de</strong>stas ativida<strong>de</strong>s é a representação variada <strong>de</strong>stes números, seja por meio <strong>de</strong> par<br />
or<strong>de</strong>nado, matriz ou vetor. Outro objetivo é a compreensão <strong>de</strong> i como operador geométrico e<br />
compreen<strong>de</strong>r as potências <strong>de</strong> i. A seguir apresenta-se alguns exemplos e as reflexões esperadas:<br />
Interprete geometricamente a ação <strong>de</strong> T(+,3) para o real 1.Solução:<br />
Figura 1. Translação T(+, 3) 1<br />
Interprete geometricamente a ação T(•, +3) para o real 1. Solução:<br />
1 Todas as figuras apresentadas neste trabalho foram construídas com o software gratuito Régua<br />
e Compasso (REC).<br />
XIII CIAEM-IACME, Recife, Brasil, 2011.<br />
4
<strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong>: <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>abordagem</strong> <strong>concreta</strong><br />
Figura 2. Homotetia T (•, + 3)<br />
Para compreen<strong>de</strong>r a multiplicação -1 e o que interpretaremos por 1 será apresenta-se a<br />
construção utilizada por ARGAND, WESSEL e GAUSS na interpretação geométrica dos<br />
números complexos.<br />
Figura 3. Construção histórica da 1<br />
Sobre a construção histórica da soma <strong>de</strong> segmentos orientados e a multiplicação <strong>de</strong><br />
segmentos apresentamos abaixo alg<strong>uma</strong>s consi<strong>de</strong>rações. Temos <strong>uma</strong> representação da soma<br />
geométrica <strong>de</strong> dois segmentos, tomados como <strong>uma</strong> linha cuja gran<strong>de</strong>za e direção eram<br />
conhecidas. Esta construção foi realizada por Wessel;<br />
Sabendo que os pares or<strong>de</strong>nados da forma (a,0), rotacionados <strong>de</strong> 90º, coincidirão com os<br />
pontos da forma (0,a), represente os pontos <strong>de</strong> acordo com o exemplo. Lembre-se que a ação<br />
0 1<br />
geométrica <strong>de</strong> rotação <strong>de</strong> +90º = i = transformação geométrica produzida pela matriz .<br />
1 0<br />
Exemplo: (0, 2) = (2,0) rotacionado <strong>de</strong> +90º =<br />
2 0 0 1<br />
0 2<br />
= 2i.<br />
0 2 1 0 2 0<br />
A realização <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> tem como objetivo principal a percepção das representações<br />
em par or<strong>de</strong>nado e matricial <strong>de</strong> um número complexo. Estas representações possibilitam o<br />
entendimento da aproximação algébrica e geométrica, promovida pela <strong>abordagem</strong> <strong>proposta</strong>.<br />
A <strong>proposta</strong> <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> é compreen<strong>de</strong>r a matriz como um operador geométrico e<br />
i<strong>de</strong>ntificar, conforme exposto por Buée, a rotação <strong>de</strong> 90º ao significado do i. Esta ativida<strong>de</strong> abre<br />
espaço para a discussão das representações geométricas e algébricas, além <strong>de</strong> oferecer aos<br />
XIII CIAEM-IACME, Recife, Brasil, 2011.<br />
5
<strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong>: <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>abordagem</strong> <strong>concreta</strong><br />
números complexos um dinamismo próprio da manipulação <strong>de</strong> objetos concretos.<br />
A ativida<strong>de</strong> pressupõe um resgate do <strong>de</strong>senvolvimento dos números complexos e da<br />
aproximação da geometria e da álgebra construída historicamente. Sendo assim a história não<br />
aparece apenas como elemento motivador, mas como instrumento que subsidia a estratégia <strong>de</strong><br />
trabalho do professor.<br />
0 1<br />
Nesta ativida<strong>de</strong>, a <strong>proposta</strong> é que percebamos a matriz = i como um operador que<br />
1 0<br />
rotaciona certo ponto <strong>de</strong> 90º e possamos nos utilizar <strong>de</strong>sta ação geométrica para realizar as<br />
multiplicações pedidas. Outro objetivo é perceber que operando quatro vezes consecutivas a<br />
multiplicação, chegarmos ao ponto original, ou seja, <strong>de</strong>finir as potências <strong>de</strong> i e perceber <strong>uma</strong><br />
repetição dos números 1, i, -1 e –i. Portanto, po<strong>de</strong>mos obter a potência i n . Para isto, basta<br />
calcular i r , em que r é o resto da divisão <strong>de</strong> n por quatro (4).<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprofundamento: É aquelas <strong>de</strong>stinadas a construção <strong>de</strong> conceitos mais<br />
elaborados. As ativida<strong>de</strong>s <strong>proposta</strong>s <strong>de</strong>vem oportunizar reflexões teóricas, didáticas e<br />
investigativas. Estas ativida<strong>de</strong>s visam à articulação dos números complexos com os conceitos<br />
iniciais <strong>de</strong> geometria analítica. Nas ativida<strong>de</strong>s procuramos analisar as homotetias e as rotações.<br />
Procuramos ainda estabelecer o diálogo, por meio das transformações geométricas no plano,<br />
<strong>de</strong>stes números, com a geometria plana e com a Álgebra. Vejamos:<br />
Consi<strong>de</strong>rando os pontos A (-1, 1), B(-2, 5) e C(1, 3), construa a figura formada pelas retas<br />
0 1<br />
AB, AC e BC. Multiplique os pontos anteriores por e verifique o que acontece<br />
1 0<br />
geometricamente. O que você po<strong>de</strong> dizer sobre as transformações sofridas pela figura?<br />
0 1<br />
1<br />
1<br />
0 1<br />
2 5<br />
0 1<br />
1 3<br />
( 1,<br />
1)<br />
; ( 5,<br />
2)<br />
; ( 3,<br />
1)<br />
1 0 1 1<br />
1 0 5 2 1 0 3 1<br />
Figura 4. Homotetia e isomorfismo<br />
Verifique que a matriz<br />
0 1<br />
= i promove <strong>uma</strong> rotação <strong>de</strong> 90º, nesta circunstância são<br />
1 0<br />
XIII CIAEM-IACME, Recife, Brasil, 2011.<br />
6
<strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong>: <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>abordagem</strong> <strong>concreta</strong><br />
preservadas as dimensões e proprieda<strong>de</strong>s da figura inicial. Portanto as figuras são congruentes.<br />
0 1<br />
Po<strong>de</strong>mos ainda perceber que o módulo <strong>de</strong> é igual ao do imaginário i e que o<br />
1 0<br />
<strong>de</strong>terminante da matriz é, também, um (1). Portanto estabelecemos a relação entre estes<br />
elementos mais claramente. Esta ativida<strong>de</strong> proporciona o entendimento da transformação<br />
realizada e do princípio da proprieda<strong>de</strong> mantida.<br />
0 2<br />
O que aconteceria se multiplicarmos os vértices do triângulo original pela matriz ?<br />
2 0<br />
0 2 1<br />
2 0 2 1 6 0 2 2 10<br />
( 2,<br />
2)<br />
( 6,<br />
2)<br />
( 10,<br />
4)<br />
2 0 1 2 2 0 3 2 2 0 5 4<br />
Verificamos que os pares or<strong>de</strong>nados foram duplicados e rotacionados <strong>de</strong> 90º. Cabe<br />
ressaltar ainda, que se tratássemos dos vetores, <strong>de</strong> origem em (0,0) e fim nos pontos A, B e C, os<br />
módulos dos vetores seriam duplicados e realizados <strong>uma</strong> rotação <strong>de</strong> 90º com cada um <strong>de</strong>les.<br />
Logo a representação vetorial dos números complexos apareceria com mais naturalida<strong>de</strong>.<br />
Po<strong>de</strong>mos perceber que consi<strong>de</strong>rando a forma algébrica dos complexos temos a<br />
multiplicação da parte real e imaginária por 2i obteremos as mesmas transformações. Vejamos:<br />
(-1,1) = -1 + i → (-1 + i) x 2i = - 2i +2i 2 = - 2 - 2i = (-2, -2); (-2,5) = - 2 +5i → (-2 + 5i) x 2i = -<br />
10 – 4i = (-10, -4); (1,3) = 1 + 3i → (1 + 3i) x 2i = - 6 + 2i = (-6, 2)<br />
0 2<br />
Daí: 2i = , isto estabelece ligações intrínsecas do processo. As representações,<br />
2 0<br />
matricial e algébrica, assumem a mesma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> para o aprendiz.<br />
0 2<br />
Cabe também constatar que o <strong>de</strong>terminante da matriz é igual a quatro (4). Daí,<br />
2 0<br />
po<strong>de</strong>mos estabelecer a relação <strong>de</strong> semelhança entre os triângulos ABC e A'B’C’ e suas áreas.<br />
Esta relação entre a matriz e a ação geométrica promove a aproximação entre a geometria e<br />
álgebra.<br />
Po<strong>de</strong>mos ainda calcular as distâncias entre dois pontos dados, articulando com a geometria<br />
analítica, por exemplo:<br />
2 2<br />
2<br />
2<br />
x x y y então: d 2 ( 6)<br />
2 ( 2)<br />
32 5,<br />
656854<br />
d 1 2 1 2<br />
Outro caminho seria analisar a figura e estabelecer geometricamente à distância,<br />
relacionando os complexos com a geometria analítica.<br />
Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interligação <strong>de</strong> saberes: São aquelas on<strong>de</strong> ocorre a ligação entre elementos<br />
internos da matemática, promovendo a compreensão consistente do conjunto matemático. São<br />
situações on<strong>de</strong> encontramos relações e diálogos entre alguns conteúdos matemáticos,<br />
especialmente os algébricos e geométricos.<br />
Nestas ativida<strong>de</strong>s procuramos realizar a análise algébrica e geométrica das operações<br />
realizadas com complexos, <strong>de</strong> modo a compreen<strong>de</strong>r a transformação chamada <strong>de</strong> ampligiro.<br />
Buscamos estabelecimento do significado do <strong>de</strong>terminante <strong>de</strong> <strong>uma</strong> matriz e sua relação com a<br />
área da figura formada por pontos do plano. Estas ativida<strong>de</strong>s visam conce<strong>de</strong>r aos números<br />
complexos o ‘status <strong>de</strong> número’ e revelar o seu potencial unificador <strong>de</strong> conteúdos matemáticos.<br />
Vejamos alguns exemplos:<br />
No geoplano construa um quadrado <strong>de</strong> lado 2u. Multiplique este quadrado pela matriz<br />
XIII CIAEM-IACME, Recife, Brasil, 2011.<br />
7
<strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong>: <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>abordagem</strong> <strong>concreta</strong><br />
0 3<br />
. O que acontece com os lados do quadrado? E com a área? Qual o <strong>de</strong>terminante da<br />
3 0<br />
matriz? Que relações você percebe?<br />
0<br />
3<br />
0<br />
3<br />
Para a solução <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> tomamos o quadrado <strong>de</strong> lado u = 8 , logo temos:<br />
3 3 3<br />
<br />
0 1 9<br />
3 3 15<br />
<br />
0 5 9<br />
0<br />
5<br />
9<br />
3,<br />
9<br />
3<br />
9i<br />
; 9,<br />
15<br />
9<br />
15i<br />
3<br />
3<br />
0<br />
0<br />
3<br />
15, 9<br />
15<br />
9i<br />
; 9,<br />
3<br />
9<br />
3i<br />
3<br />
3<br />
0<br />
No geoplano tomamos as representações em par or<strong>de</strong>nado e em vetor. Estas representações<br />
visam à produção da análise <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s encontradas por múltiplos caminhos.<br />
Geometricamente temos:<br />
Figura 5. Homotetia e rotação<br />
Os lados do quadrado são multiplicados por três (3) e rotacionados <strong>de</strong> 90º. Isto se <strong>de</strong>ve à<br />
0<br />
matriz<br />
3<br />
(90º).<br />
3 0<br />
3<br />
0 1<br />
1<br />
, isto revela a homotetia <strong>de</strong> razão três (3) e a rotação <strong>de</strong> noventa graus<br />
0<br />
Po<strong>de</strong>mos, ainda, perceber a ação geométrica acima ao analisar os vetores e fazer as<br />
relações com a geometria analítica. Tomemos para isto o vetor <strong>de</strong>finido pelo ponto A.<br />
Verificamos que seu módulo inicial foi triplicado e ao argumento inicial somado noventa graus<br />
(90º). Na análise do par or<strong>de</strong>nado, percebemos <strong>uma</strong> multiplicação por três, mas com alteração do<br />
sinal, da abscissa e da or<strong>de</strong>nada, essa alteração é facilmente justificada pela representação<br />
1<br />
3<br />
15<br />
9<br />
3<br />
;<br />
XIII CIAEM-IACME, Recife, Brasil, 2011.<br />
8
<strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong>: <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>abordagem</strong> <strong>concreta</strong><br />
geométrica.<br />
Em relação a área do quadrado, verificamos que a mesma foi multiplicada por nove (9),<br />
portanto po<strong>de</strong>mos estabelecer, através <strong>de</strong>la, a relação com o <strong>de</strong>terminante da matriz M =<br />
0 3<br />
<strong>de</strong>t M 9 .<br />
3 0<br />
Po<strong>de</strong>mos também estabelecer, <strong>de</strong> acordo com (MATHIAS, 2008), que a semelhança <strong>de</strong><br />
dois polígonos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da transformação realizada. Chegamos à conclusão que dois polígonos<br />
são semelhantes se: dado P1 e P2 polígonos, inseridos no plano complexo, se P2 = T(P1), on<strong>de</strong> T é<br />
<strong>uma</strong> transformação que realiza translação, rotação ou ambas, o Polígono P2 e P1 são semelhantes.<br />
Em especial, no caso <strong>de</strong> apenas a rotação ou translação teremos a congruência dos polígonos.<br />
Descrevendo matematicamente, temos: A semelhança po<strong>de</strong> ser interpretada algebricamente<br />
por:<br />
T( z)<br />
z1<br />
z z2<br />
, com z um número complexo, on<strong>de</strong> z1 promove o ampligiro e z2 a<br />
T( z)<br />
z z z<br />
translação. A congruência po<strong>de</strong> ser interpretada, algebricamente, por:<br />
XIII CIAEM-IACME, Recife, Brasil, 2011.<br />
1<br />
2<br />
9<br />
on<strong>de</strong> z1 é<br />
um complexo unitário (com módulo igual a 1). Nesta situação haverá <strong>uma</strong> rotação, mas serão<br />
preservados comprimentos e ângulos, logo o polígono obtido será congruente ao primeiro.<br />
Po<strong>de</strong>mos ainda representar os vetores por sua forma trigonométrica, Vejamos:<br />
2<br />
1<br />
2<br />
2<br />
3<br />
2 cos<br />
e sen <br />
130<br />
<br />
2 2<br />
2 2<br />
4<br />
2<br />
1,<br />
1<br />
1 1 1 0 <br />
Daí temos: (-1, +1) =<br />
3<br />
3<br />
<br />
2cos<br />
isen =<br />
4 4 <br />
2<br />
0<br />
3<br />
0<br />
cos<br />
4<br />
2 3<br />
sen<br />
4<br />
3<br />
sen<br />
4 , on<strong>de</strong><br />
3<br />
cos<br />
4<br />
2<br />
0<br />
promove a homotetia <strong>de</strong> razão<br />
3<br />
cos<br />
2 e 4<br />
3<br />
sen<br />
4<br />
3<br />
3<br />
sen<br />
4 promove a rotação <strong>de</strong> 4 = 135º.<br />
3<br />
cos<br />
4<br />
O mesmo procedimento <strong>de</strong>ve ser tomado para os outros pontos.<br />
Analisando geometricamente temos:<br />
0<br />
2
<strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong>: <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>abordagem</strong> <strong>concreta</strong><br />
Figura 6. Ampligiro<br />
Após a representação construída verificamos que estamos encontrando <strong>uma</strong> transformação<br />
geométrica no plano, que quando operada com um vetor qualquer w, do plano, o leva à origem.<br />
Após alg<strong>uma</strong>s reflexões percebemos que o teorema fundamental da álgebra, que afirma que todo<br />
polinômio <strong>de</strong> grau n possui n raízes complexas po<strong>de</strong> ser relido da seguinte maneira: existem n<br />
caminhos geométricos, distintos ou não, que conduzem à origem.<br />
As ativida<strong>de</strong>s anteriormente apresentadas dão aos números complexos <strong>uma</strong> possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> interpretação integrada dos conteúdos matemáticos.<br />
Bem, necessitamos <strong>de</strong> trabalhos que façam a interligação <strong>de</strong> saberes internos da<br />
matemática, algo que possa promover a percepção da Matemática como um todo interligado.<br />
Partindo <strong>de</strong>ste princípio investigue situações e explore as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ligação entre a<br />
geometria e a álgebra em sua sala <strong>de</strong> aula. Certamente você perceberá que as aulas se tornarão<br />
mais dinâmicas e os resultados da aprendizagem mais fecundos.<br />
Bibliografia e referências<br />
Argand, Jean Robert. Essai sur une manière <strong>de</strong> reprèsenter lês quantités imaginaries dans lês constructions<br />
géométriques. Disponível em: Acesso<br />
em: 15 jul. 2009.<br />
Brasil. Mec.. Parâmetros Curriculares para o Ensino Fundamental. Brasília, 1998.<br />
Buée, M. Mémoiré sur lês quantités imaginaires Disponível em:<br />
http://books.google.com.br/books?id=dgpGAAAAMAAJ&pg=PA23&lpg=PA23&dq=M%C3%A9<br />
moire+sur+les+quantit%C3%A9s+imaginaires&source=bl&ots=Da4yiks3yh&sig=s00fv2l580lDS0<br />
Apx_cfoC8wkWI&hl=pt-<br />
BR&ei=LwhfStqHMtyCtgeojbnfAw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1. Acesso em:<br />
16 jul. 2009.<br />
Júnior, Ulício Pinto. A História dos <strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong>: das quantida<strong>de</strong>s sofisticadas <strong>de</strong> Cardano às<br />
linhas orientadas <strong>de</strong> Argand. Rio <strong>de</strong> Janeiro 2009. Dissertação (Mestrado em Ensino <strong>de</strong><br />
Matemática) – Departamento <strong>de</strong> Matemática, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Mathias, Carlos Eduardo Motta. Novas Tecnologias no Ensino da Matemática. Rio <strong>de</strong> Janeiro: UFF /<br />
CECIERJ, 2008.<br />
Vassallo Neto, Rafael. A utilização <strong>de</strong> material manipulativo na construção do conceito <strong>de</strong> números<br />
complexos. Dissertação (Mestrado Profissional em EducaçãoMatemática) – Universida<strong>de</strong> Severino<br />
Sombra Vassouras/RJ: USS, 2010.<br />
Wessel, Gaspar. Essai sur La représentation analytique <strong>de</strong> la direction. Host, Copenhague, 1897.<br />
Disponível em: http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k99681g.image.r=wessel.f1.langPT acesso dia<br />
15/07/2009.<br />
10<br />
XIII CIAEM-IACME, Recife, Brasil, 2011.
<strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong>: <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>abordagem</strong> <strong>concreta</strong><br />
Anexo 1: Informações gerais<br />
Informação geral<br />
Título da oficina: <strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong>: <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>abordagem</strong> <strong>concreta</strong><br />
Nome dos autores: Rafael Vassallo Neto<br />
Instituição dos autores: Centro <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>de</strong> Valença (CESVA/FAA) – Universida<strong>de</strong> Aberta do Brasil<br />
(LANTE/UAB/UFF)<br />
País ou países dos autores: Brasil<br />
<strong>Números</strong> <strong>de</strong> horas mais convenientes 3 horas<br />
Nível <strong>de</strong> escolarização para o qual será dirigido o Painel (Educação Infantil / Pre- Ensino secundário e superior<br />
escolar, Anos iniciais do Ensino Fundamental / Primária, Anos finais do Ensino<br />
Fundamental / Secundária, Ensino Superior, ou geral.<br />
Equipamentos audiovisuais ou informáticos necessários (Projetor multimídia, TV Projetor multimídia<br />
gran<strong>de</strong>, laboratório <strong>de</strong> informática, conexão à internet)<br />
Anexo 2: Guia <strong>de</strong> trabalho:<br />
a) Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> iniciação e compreensão:<br />
São aquelas <strong>de</strong>stinadas à formação <strong>de</strong> conceitos básicos sobre números complexos, suas operações e<br />
relações intermediárias.<br />
1. Na malha pontilhada ou no geoplano marque os seguintes pontos: A(1,0), B(0,2) e C(4,3). Logo após<br />
escreva-os <strong>de</strong> acordo com as representações matriciais tomadas pela homotetia <strong>de</strong>finida pela matriz e o<br />
ponto do plano.<br />
0 1<br />
2. O que acontece quando multiplicamos o ponto por ? Realize alg<strong>uma</strong>s experiências com os<br />
1 0<br />
pontos anteriores.<br />
3. Determine os conjugados dos pontos A, B e C. Em seguida faça as representações geométricas, no<br />
geoplano, dos pontos e seus respectivos conjugados. O que você po<strong>de</strong> observar?<br />
4. Determine os simétricos em relação a origem dos pontos A, B e C. Em seguida os represente<br />
0 1<br />
geometricamente no geoplano. O que você po<strong>de</strong> observar? Qual a relação com a matriz ?<br />
1 0<br />
5. De acordo com os dados anteriores <strong>de</strong>termine o resultado das operações, em par or<strong>de</strong>nado, pedidas<br />
abaixo:<br />
a) A + B b) A + C c) A – B d) A – C<br />
6. Calcule as operações anteriores, utilizando a representação matricial, tomada pela homotetia com o<br />
ponto do plano e construa sua representação geométrica. Analise os resultados obtidos.<br />
7. Consi<strong>de</strong>rando anteriormente os resultados <strong>de</strong> B – C e C – B o que po<strong>de</strong>mos dizer sobre os resultados<br />
algébrico e geométrico?<br />
b) Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprofundamento:<br />
São aquelas <strong>de</strong>stinadas a construção <strong>de</strong> conceitos mais elaborados. As ativida<strong>de</strong>s <strong>proposta</strong>s <strong>de</strong>vem<br />
oportunizar reflexões teóricas, didáticas e investigativas.<br />
1. Consi<strong>de</strong>rando os pontos A( -1, 1), B(-2, 5) e C(1, 3), construa a figura formada pelas retas AB, AC e<br />
BC.<br />
2. Multiplique os pontos anteriores por<br />
po<strong>de</strong> dizer sobre as transformações sofridas pela figura?<br />
0 1 e verifique o que acontece geometricamente. O que você<br />
1<br />
0<br />
11<br />
XIII CIAEM-IACME, Recife, Brasil, 2011.
<strong>Números</strong> <strong>Complexos</strong>: <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>abordagem</strong> <strong>concreta</strong><br />
3. Determine o valor <strong>de</strong> cada lado da figura construída. Faça <strong>uma</strong> comparação com o módulo <strong>de</strong> um<br />
número complexo.<br />
4. Multiplique os pontos anteriores pela matriz<br />
0 4 . Determine o que acontece com cada ponto. O que<br />
4<br />
0<br />
acontece com a figura? Quais foram as proprieda<strong>de</strong>s mantidas? Quais as proprieda<strong>de</strong>s perdidas?<br />
5. Calcule o <strong>de</strong>terminante das matrizes<br />
0 1<br />
, 0 4 e analise a relação com a área <strong>de</strong> cada figura<br />
1 0 4 0<br />
formada.<br />
c) Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interligação <strong>de</strong> saberes<br />
São aquelas on<strong>de</strong> ocorre a ligação entre elementos internos da matemática, promovendo a compreensão<br />
consistente do conjunto matemático. São situações on<strong>de</strong> encontramos relações e diálogos entre alguns<br />
conteúdos matemáticos, especialmente os algébricos e geométricos.<br />
0 3<br />
1. No geoplano construa um quadrado <strong>de</strong> lado 2u. Multiplique este quadrado pela matriz . O que<br />
3 0<br />
acontece com os lados do quadrado? E com a área? Qual o <strong>de</strong>terminante da matriz? Que relações você<br />
percebe?<br />
2. De acordo com a questão anterior <strong>de</strong>termine o que é semelhança? Construa no geoplano um quadrado<br />
congruente ao primeiro. Qual a condição para que um novo quadrado seja congruente ao primeiro?<br />
Expresse algebricamente a condição construída.<br />
3. Consi<strong>de</strong>re os pontos, do quadrado, formados <strong>de</strong> acordo com a seguinte proprieda<strong>de</strong>: dados (a,b),<br />
vértice do quadrado, aplique aos mesmos a seguinte transformação: T(a, b) = (a + 2b, a + b). Construa a<br />
figura formada. Compare o resultado com o da questão 3.<br />
4. Consi<strong>de</strong>re o ponto A(2,0), represente-o na forma trigonométrica. O que acontece quando o<br />
multiplicamos por (1 + i) 2 ?<br />
2<br />
5. Consi<strong>de</strong>re a seguinte equação do segundo grau. x 2x<br />
2 0 . Determine suas raízes. Consi<strong>de</strong>re<br />
que r é <strong>uma</strong> <strong>de</strong> suas raízes e <strong>de</strong>termine o que acontece quando aplicamos a um dado vetor w a seguinte<br />
operação? ( r 2r<br />
2).<br />
w<br />
2<br />
<br />
. Consi<strong>de</strong>re w = (1,0) e calcule o resultado. Construa <strong>uma</strong> representação<br />
geométrica para situação <strong>de</strong>scrita.<br />
12<br />
XIII CIAEM-IACME, Recife, Brasil, 2011.