UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA BASEADA EM ... - CIMM
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Eles receberam uma lista de problemas (já citados no item 3.2) cujas resoluções deveriam ser<br />
entregues na sessão seguinte. Na lista, constam exercícios cujas soluções justificam o cálculo das<br />
somas superiores e das somas inferiores. Como exemplo, cita-se o cálculo do valor aproximado de<br />
uma integral com um erro dado.<br />
O comportamento deles foi inteiramente diferente daquele passivo da sessão anterior.<br />
Observou-se que eles tomaram inteiramente para si as atividades e poucas vezes recorreram ao<br />
professor. Quanto ao professor, ele interagiu individualmente e não coletivamente, quando solicitado.<br />
Porém, procurou não interferir com respostas diretas. Nesta sessão, foi permitido ao estudante<br />
discutir com os colegas que estavam ao lado.<br />
Na terceira sessão, os estudantes participaram bastante da institucionalização dos conceitos<br />
trabalhados nas sessões anteriores, emitindo opiniões e levantando questões sobre os conteúdos que<br />
não tinham sido compreendidos por eles. Sete estudantes não devolveram a lista de exercícios<br />
resolvida. As observadoras não participaram da terceira sessão.<br />
6. Análise dos resultados da lista de problemas e das sessões<br />
Procurando responder às questões levantadas no item 3.2 de forma mais qualitativa, a análise<br />
dos resultados indica que:<br />
a) Para fazer uma relação entre o cálculo da área e a integral, tratando-se de funções que assumem<br />
valores apenas não negativos ou apenas não positivos, mais da metade dos estudantes associou o<br />
valor da área ao módulo da integral. Para uma função que assume tanto valores negativos quanto<br />
positivos, apenas um estudante respondeu que seria necessário fazer o cálculo de duas integrais.<br />
Alguns disseram que a integral é sempre igual à área e, assim, encontraram valores negativos<br />
para a medida de uma região e nulos para a medida de regiões nas quais cabia um quadrado;<br />
b) Valendo-se do cálculo das somas superiores e das somas inferiores, quase todos os estudantes<br />
conseguiram apresentar um valor aproximado, inferior a um erro dado, para o cálculo de uma<br />
integral relativa a uma função não negativa, da seguinte forma: realizaram cálculo de somas<br />
superiores, Sn, e de somas inferiores, sn, para vários valores de n, até que a diferença entre as<br />
somas fosse inferior ao erro dado. Escolheram um número entre Sn e sn para o valor da área<br />
pedido.<br />
Este problema justifica o cálculo de ambas as somas, superior e inferior. Contudo, ao se tratar de<br />
funções não negativas ou que assumem valores negativos e positivos, pouquíssimos conseguiram<br />
encontrar uma solução. Talvez isto represente um reflexo das dificuldades que alguns tiveram<br />
para resolver o item anterior;<br />
c) É surpreendente observar que mais da metade dos estudantes conseguiu concluir que a função<br />
D(x) não é integrável no sentido de Riemann. Eles encontraram valores distintos para o limite das<br />
somas superiores e para o limite das somas inferiores, o que os levou a pensar sobre a não<br />
existência da integral. Pode-se imaginar que o alto índice de acerto neste exercício foi devido ao<br />
fato de as somas superiores e as somas inferiores serem não negativas e constantes, o que facilita<br />
o cálculo do limite. Ressalta-se que, inicialmente, alguns tentaram resolver esta questão no<br />
GeoGebra. Não sendo possível, concluíram-na em casa;<br />
d) Apenas um estudante resolveu o exercício sobre a demonstração de um corolário do TFC.<br />
Porém, ele declarou não ter conseguido sozinho e ter feito uma pesquisa em casa, o que não é<br />
grave. Outro estudante tentou, preencheu a metade das etapas, mas não chegou a nenhuma<br />
conclusão;<br />
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