UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA BASEADA EM ... - CIMM
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5. Experimentação<br />
5.1. Cenário<br />
A seqüência foi aplicada no segundo semestre do período letivo de 2006, por ocasião da introdução<br />
do conceito de Integral na disciplina de Cálculo Fundamental. Trinta estudantes regulares de<br />
primeiro ano do curso de graduação em Engenharia de Teleinformática participaram da<br />
experimentação.<br />
É importante destacar que, na aula anterior à primeira sessão de aplicação da seqüência, o<br />
professor da disciplina estabeleceu um contrato didático para as aulas seguintes, ou seja, um sistema<br />
de obrigações recíprocas que determinam o que cada parte, o professor e os alunos, tem a<br />
responsabilidade de cumprir, uma perante a outra (Brousseau, 1986). Portanto, os alunos não foram<br />
tomados de surpresa em relação à metodologia proposta.<br />
Três estudantes do Laboratório de Pesquisa Multimeios da UFC<br />
(HTTP://www.multimeios.ufc.br) participaram das duas primeiras sessões para observar o<br />
envolvimento dos estudantes na realização das tarefas, suas participações e o comportamento do<br />
professor ao aplicar a seqüência.<br />
5.2. Desenvolvimento da Experimentação e Observações<br />
Na primeira sessão, o professor apresentou as origens históricas do conceito de integral partindo do<br />
problema de se medir comprimentos até a definição de integral. Foram utilizados quadro, pincel e<br />
transparências como materiais de apoio. A sessão foi filmada.<br />
Os estudantes pareciam bastante concentrados. Mas, participaram timidamente apesar dos<br />
incentivos do professor.<br />
Discutiu-se sobre o problema aparentemente simples de se realizar medidas de comprimentos<br />
até chegar a uma medida não construtível. No início da sessão, um aluno reclamou: “não acredito<br />
que a gente vá voltar para o jardim”. Porém, ao se falar da medida de figuras planas, nenhum deles<br />
soube dar uma justificativa para a área do quadrado de lado um ou para as fórmulas de outras figuras<br />
planas. Alguém comentou: “foi a tia que disse que a fórmula era esta”.<br />
Ainda na primeira sessão, ao se definir partição, soma superior e soma inferior para o cálculo<br />
da área de uma região limitada por curvas, alguns alunos questionaram sobre a necessidade de se<br />
fazer o cálculo dos dois tipos de somas (inferior e superior) se os limites de ambas “sempre”<br />
convergiam para o mesmo valor. A resposta a esse questionamento foi deixada para a sessão<br />
seguinte.<br />
Registram-se algumas intervenções interessantes dos alunos: “a área do quadrado de lado 1 é<br />
igual a 1 porque sempre foi assim e pronto”; “não sei pra que fazer o cálculo dos dois tipos de<br />
somas se no final o resultado é o mesmo”; “porque a área de uma região formada pela união de<br />
duas regiões disjuntas é igual à soma das áreas de cada uma delas?”; “a construção do conceito de<br />
integral está atrelada ao desenvolvimento de vários ramos da matemática, como geometria, álgebra<br />
e teoria dos números”.<br />
Na segunda sessão, os estudantes realizaram atividades individuais utilizando o programa<br />
GeoGebra. Foi deixado um prazo de aproximadamente 15 min para que eles se familiarizassem com<br />
o programa por meio de uma lista de atividades direcionadas para este fim. Aparentemente, nenhum<br />
estudante teve dificuldades em trabalhar com o GeoGebra.<br />
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