UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA BASEADA EM ... - CIMM
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Outro exercício, o 4, pede que se calcule a integral da função de Dirichlet D(x), definida por<br />
⎧1,<br />
se x for racional<br />
D(<br />
x)<br />
= ⎨<br />
. A integral de Riemann desta função não existe. Trata-se, portanto, de<br />
⎩0,<br />
se x for irracional<br />
uma situação-problema que foge ao senso comum e que não pode ser resolvida no GeoGebra. Esta<br />
questão tem por objetivo desestruturar a construção da falsa concepção de que é sempre possível<br />
calcular a integral definida de qualquer função.<br />
Por fim, o exercício 5 envolve a demonstração do seguinte corolário do TFC (Lima, 2000), a<br />
qual foi dividida em etapas que incluem o Teorema do Valor Médio (TVM) e o Teorema do<br />
Confronto (também conhecido como Teorema do Sanduíche): Se f : [ a,<br />
b]<br />
→ R é contínua e se F´=<br />
∫<br />
b<br />
f em [a,b], então f ( x)<br />
dx = F(<br />
b)<br />
− F(<br />
a)<br />
.<br />
a<br />
As respostas desses exercícios devem ser entregues na seção seguinte.<br />
Deve-se observar que, excetuando a função de Dirichlet D(x), as funções compreendidas nos<br />
exercícios são contínuas nos intervalos considerados.<br />
Quanto ao professor, nesta fase, ele deve fazer o papel de orientador, não se manifestar de<br />
forma coletiva e interagir com o aluno, a propósito das questões, apenas quando solicitado. Pois, um<br />
dos objetivos desta fase é observar se os estudantes são capazes, de forma autônoma, de usar os<br />
conteúdos explorados na fase anterior para resolver problemas relacionados ao conceito de integral.<br />
Portanto, na análise dos exercícios resolvidos pelos estudantes, pretende-se verificar, após uma só<br />
aula introdutória sobre o conceito de integral:<br />
a) Qual a associação que os estudantes fazem entre área entre curvas e integral;<br />
b) Se os estudantes são capazes de perceber a necessidade de se calcular as somas superiores e as<br />
somas inferiores;<br />
c) Se eles conseguem concluir que uma função limitada e não negativa pode ser não integrável no<br />
sentido de Riemann;<br />
d) Se eles conseguem fazer a ligação entre a derivada e a integral por meio de um exercício dividido<br />
em etapas que envolvem algumas propriedades das funções deriváveis, mais precisamente, um<br />
corolário do TFC;<br />
e) As diferenças no comportamento dos alunos entre a primeira fase, na qual o ensino/aprendizado é<br />
mediado pelo professor usando quadro, pincel e slides, e a segunda fase, na qual o computador<br />
passa a ser o recurso determinante no processo de ensino/aprendizagem.<br />
4.3. Terceira Fase<br />
Em um terceiro momento, os conhecimentos relacionados com a construção da integral que foram<br />
parcialmente trabalhados em contextos particulares, nas sessões anteriores, são institucionalizados<br />
com a participação dos alunos. Para o desenvolvimento desta fase, contando com o envolvimento dos<br />
alunos, é fundamental que eles tenham resolvido a folha de exercícios da fase anterior e que<br />
conteúdos trabalhados durante o ano, como limite, derivada, continuidade, o TVM, o Teorema do<br />
Valor Extremo (TVE), já sejam, pelo menos, mobilizáveis 6 (Robert, 1998) por eles.<br />
6 Um conteúdo é dito mobilizável se, quando ele é identificado, ele é utilizado pelo aluno mesmo que seja necessário<br />
adaptá-lo a um contexto particular.<br />
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