UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA BASEADA EM ... - CIMM
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4.1. Primeira Fase<br />
Na primeira fase, é realizado um apanhado histórico sobre as origens do conceito de integral sob uma<br />
perspectiva de resolução de problemas de medida. O objetivo desta fase é introduzir o conceito de<br />
integral partindo do “início”, de uma epistemologia histórica, até uma situação concreta da<br />
Geometria Analítica que levou à procura por um método mais geral para o cálculo de área. Pretendese<br />
fazer uma conexão entre o conceito de medida de comprimento, medida de regiões do plano<br />
euclidiano e, finalmente, uma medida de regiões do plano cartesiano realizada por meio das somas de<br />
Riemann.<br />
Recorrendo a transparências previamente preparadas, sem deixar de lado o quadro branco e o<br />
pincel, considera-se uma unidade de medida padronizada pelos alunos, questiona-se sobre a<br />
construção da medida de um comprimento como múltiplo inteiro da unidade, um comprimento<br />
fracionário, um irracional e sobre a impossibilidade de se construírem certas medidas.<br />
Neste contexto, as medidas de comprimentos devem ser “expandidas” para as medidas de<br />
regiões planas. Questionamentos sobre como medir regiões planas, quais as origens das fórmulas<br />
conhecidas de medidas de área e sobre se mudanças nas unidades padronizadas de medidas<br />
causariam mudanças nas fórmulas atuais são também discutidos. As definições básicas de partição,<br />
refinamento de uma partição, somatório, soma inferior, soma superior são consideradas pelo<br />
professor para, finalmente, definir-se a integral de Riemann como o limite das somas superiores, no<br />
caso de existir este limite e de ser igual ao limite das somas inferiores, caso este exista (Lima, 2000).<br />
Embora o ensino, nesta fase, seja mediado pelo professor com o uso de slides, quadro e pincel,<br />
em todos os momentos, a participação do aluno deve ser incentivada por intermédio de<br />
questionamentos, em especial contra-exemplos, levantados pelo professor ou pelo próprio aluno.<br />
Em resumo, serão apresentadas e discutidas algumas noções envolvidas na construção do<br />
conceito de integral, procurando-se fazer relações entre os conhecimentos prévios dos alunos, sobre a<br />
noção de medida, e os conhecimentos a serem adquiridos, sobre a noção de integral.<br />
4.2. Segunda Fase<br />
Numa segunda fase, o aluno é confrontado com situações-problema bem contextualizadas. São<br />
deixados inteiramente ao seu encargo o cálculo das somas de Riemann e a resposta a questões<br />
elaboradas com o intuito de introduzir o conceito de integral de forma mais abrangente e menos<br />
engessada.<br />
Neste momento, a classe trabalha em um laboratório usando o programa GeoGebra,<br />
apresentado brevemente na Seção 3.2. Cada estudante recebe uma folha com 5 exercícios que devem<br />
ser resolvidos individualmente utilizando, quando possível, o GeoGebra. Os exercícios são descritos<br />
suscintamente a seguir. Para maiores detalhes, ver Barroso, 2009.<br />
O exercício 1 envolve o cálculo de um valor aproximado, por meio das somas inferiores e das<br />
superiores, para a integral e para a área de uma região limitada por uma função não negativa definida<br />
em um intervalo fechado; o exercício 2 pede para repetir o exercício 1, porém, a função envolvida é<br />
não positiva no intervalo considerado; no exercício seguinte, 3, deve ser calculado um valor<br />
aproximado para a integral e para a área de uma região limitada por uma função que assume tanto<br />
valores negativos quanto positivos. Nos exercícios 2 e 3, respectivamente, o estudante é confrontado<br />
com um problema no qual a integral é negativa e outro no qual ela é nula.<br />
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