Caracterização e Avaliação da Flora e Vegetação no
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA FLORA E VEGETAÇÃO DE PARCELAS PERMANENTES<br />
Este trabalho que consistiu na caracterização e avaliação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de em parcelas<br />
permanentes reporta-se ao componente Assessment of Ground Vegetation do Nível II do<br />
programa de vigilância contínua em parcelas permanentes imposto pelo International<br />
Co-operative Programme on the Assessment and Monitoring of Air Pollution Effects on<br />
Forests (ICP Forests).<br />
A caracterização do estado actual <strong>da</strong>s parcelas foi elabora<strong>da</strong> com base <strong>no</strong>s inventários<br />
relativos ao presente a<strong>no</strong> de observações em seis parcelas permanentes. Não só foram<br />
tidos em conta <strong>da</strong>dos já existentes (e.g. localização, topografia), como também foi<br />
actualiza<strong>da</strong> informação respeitante à biogegrafia e bioclimatologia (<strong>no</strong>mea<strong>da</strong>mente<br />
através <strong>da</strong> obtenção de séries de <strong>da</strong>dos meteorológicos mais recentes).<br />
Os táxones com interesse para conservação apareceram associados principalmente à<br />
série de carvalhal-negral Holco mollis-Querco pyrenaicae S. (Serra <strong>da</strong> Estrela) onde se<br />
destaca o endemismo Festuca elegans que consta dos anexos II e IV, <strong>da</strong> Directiva<br />
92/43/CEE e anexos B-II e B-IV do Decreto-Lei n.º 140/99. No que respeita aos<br />
habitates que figuram <strong>no</strong> anexo I <strong>da</strong> Directiva 92/43/CEE como os montados de azinho<br />
(Conten<strong>da</strong>) e sobro (Cabeção e Valverde) salienta-se a falta de medi<strong>da</strong>s de gestão com<br />
vista à sua conservação, ordenação e exploração sustenta<strong>da</strong>.<br />
Na generali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s parcelas, a riqueza específica (S) aumenta gradualmente de 2000<br />
até 2002, verificando-se um decréscimo <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s posteriores com duas excepções: o<br />
aumento gradual na Serra <strong>da</strong> Estrela e Mata de Leiria e o decréscimo sucessivo na<br />
Conten<strong>da</strong>. O índice de Shan<strong>no</strong>n-Wiener e Simpson apresentam um acréscimo gra<strong>da</strong>tivo<br />
nas parcelas <strong>da</strong> Serra <strong>da</strong> Padrela, Lousã A, Leiria, Cabeção e Valverde (em pinheiro e<br />
sobreiro B) de 2000 a 2002, diminuindo <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s seguintes. Na parcela Lousã B<br />
verifica-se o processo inverso. O aumento gradual de 2000 a 2004 é apresentado nas<br />
parcelas <strong>da</strong> Estrela e Valverde A (sobreiro). O período de acréscimo na Conten<strong>da</strong> dura<br />
até 2004 recaindo em 2005. A equitabili<strong>da</strong>de apresenta semelhante flutuação aos índices<br />
anteriores, à excepção na parcela Valverde A (sobreiro) e Estrela (generalizando) que<br />
decresce até 2001 e aumenta <strong>no</strong> seguinte período.<br />
VASCO ALMEIDA DA SILVA, OUTUBRO 2005<br />
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