Caracterização e Avaliação da Flora e Vegetação no

UNIVERSIDADE DE ÉVORA 

CURSO DE ENGENHARIA BIOFÍSICA 

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA FLORA E 

VEGETAÇÃO DE PARCELAS PERMANENTES NO 

ÂMBITO DO PROJECTO: PROTECÇÃO DAS FLORESTAS 

CONTRA A POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA 

Trabalho de Fim de Curso realizado por: 

Vasco Manuel Almeida da Silva 

Évora, Outubro de 2005

“Este trabalho não inclui as observações e críticas do júri” 

ii

AGRADECIMENTOS 

Ao Prof. Doutor José Carlos Costa, meu orientador, pelos valiosos ensinamentos, 

esclarecimentos e disponibilidade sempre demonstrada. 

Ao grupo de trabalho do Departamento de Protecção de Plantas e Fitoecologia do 

Instituto Superior de Agronomia, em especial à Eng. Dalila Espírito-Santo, à Eng. 

Teresa Vasconcelos, ao Tiago e aos Ruis pela integração, disponibilidade e atenção. 

Aos meus amigos, pela partilha de vivências e cumplicidades e a todas as outras pessoas 

que de alguma forma contribuíram para a minha formação pessoal e também científica. 

Aos meus pais, pela compreensão, apoio e amizade. Este trabalho é vosso. 

iii

ÍNDICE 

1. INTRODUÇÃO 1 

1.1. OBJECTIVOS 2 

1.2. LOCALIZAÇÃO 3 

2. CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA 6 

2.1. TOPOGRAFIA 6 

2.2. GEOLOGIA E LITOLOGIA 6 

2.3. BIOCLIMATOLOGIA 7 

2.3.1. Noções gerais 7 

2.3.2. Parâmetros e índices bioclimáticos 7 

2.3.3. Sinopse bioclimática de Portugal continental 12 

2.3.4. Índices e parâmetros bioclimáticos para cada local estudado 16 

2.4. BIOGEOGRAFIA 20 

2.4.1. Conceitos fundamentais 20 

2.4.2. Síntese biogeográfica das parcelas 22 

3. METODOLOGIA 24 

3.1. ANÁLISE DA FLORA 24 

3.1.1. Composição florística 24 

3.1.2. Espécies endémicas, raras e/ou com estatuto de protecção 26 

3.2. ANÁLISE DA VEGETAÇÃO 26 

3.2.1. Metodologia aplicada ao estudo das comunidades vegetais 26 

3.2.2. Análise numérica dos dados de vegetação 28 

3.2.2.1. Índices numéricos 28 

3.2.2.2. Métodos numéricos 30 

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 33 

4.1. A FLORA NATURAL 33 

4.1.1. Elenco florístico 33 

4.1.2. Espécies endémicas, raras e/ou com estatuto de protecção 48 

4.2. A VEGETAÇÃO NATURAL 53 

4.2.1. Inventários realizados nas várias parcelas 53 

4.2.2. Descrição das comunidades vegetais 59 

4.2.3. Cálculo dos índices de diversidade 62 

4.2.4. Classificação estatística 68 

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 70 

iv

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 73 

ANEXO I LXXXII 

ANEXO II XCIV 

ANEXO III XCV 

ANEXO IV CIV 

ANEXO V CXX 

ANEXO VI CXXVII 

v

1. INTRODUÇÃO 

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA FLORA E VEGETAÇÃO DE PARCELAS PERMANENTES 

A floresta é um dos mais importantes recursos naturais, na medida em que possui uma 

diversidade de funções que importa valorizar, desde a sua componente económica, 

passando pelo seu contributo para a conservação da natureza e para o equilíbrio do 

ambiente em matéria de promoção da biodiversidade, de defesa contra a erosão, de 

correcção dos regimes hídricos e de qualidade do ar e da água (Instituto do Ambiente, 

2005). 

Em 1986, em resposta à preocupação generalizada de que a poluição atmosférica 

afectava a floresta, sob alçada da UN/ECE Convention on Long-Range Transboundary 

Air Pollution foi estabelecido o International Co-operative Programme on the 

Assessment and Monitoring of Air Pollution Effects on Forests (ICP Forests). 

O presente estudo reporta-se ao componente Assessment of Ground Vegetation do Nível 

II do programa de vigilância contínua em parcelas permanentes situadas em 

ecossistemas florestais seleccionados de acordo com as recomendações do ICP Forests, 

no sentido de serem representativas duma dada região do país participante e 

monitorizadas durante um período mínimo de vinte anos. 

Desde 1998 tem-se vindo a inventariar a vegetação das nove parcelas permanentes duas 

vezes no ano, na Primavera e no Verão, seguindo os critérios estabelecidos no ICP 

Forests Manual (Federal Research Centre for Forestry and Forest Products (BFH), 

1998). No presente ano, devido às vincadas condições de seca, optou-se apenas por uma 

visita a cada ponto. 

De acordo com o BFH (2000), o mandato do ICP Forests é: 

• monitorizar efeitos de factores antrópicos e os factores naturais de stress sob as 

condições gerais do desenvolvimento dos ecossistemas florestais da Europa; 

• contribuir para compreender melhor as relações causa-efeito no funcionamento dos 

ecossistemas florestais em várias partes da Europa. 

VASCO ALMEIDA DA SILVA, OUTUBRO 2005 

1

1.1. OBJECTIVOS 


Entre os objectivos propostos pelo BFH (op. cit.), e no sentido de fazer cumprir o 

mandato estabelecido, destacam-se os seguintes: 

• fornecer um panorama periódico das variações espacial e temporal nas condições 

gerais da floresta relacionadas com factores antrópicos (nomeadamente a poluição 

atmosférica), bem como com factores naturais de stress, para o estudo do 

desenvolvimento de ecossistemas florestais às escalas nacional e europeia; 

• contribuir para outros aspectos de relevo, tais como os possíveis efeitos das 

alterações climáticas nas florestas; 

• contribuir para a elaboração de políticas florestais a nível nacional, europeu e global, 

na gestão sustentada destes ecossistemas e da sua biodiversidade. 

De forma análoga aos anos anteriores, o presente relatório visa alcançar tais objectivos, 

focando-se na observação da biodiversidade das diferentes parcelas permanentes. 

Para além de satisfazer os propósitos do programa, este trabalho tem como objectivo 

principal a interpretação e avaliação da biodiversidade das diferentes parcelas com 

recurso a índices e métodos numéricos adequados. A primeira parte do trabalho (e.g. 

caracterização biofísica, resultados) refere-se somente ao presente ano de observações. 

No tratamento estatístico foram utilizados dados relativos a cinco anos de observações. 


2

1.2. LOCALIZAÇÃO 


Excluída a parcela localizada na herdade da Espirra, devido ao corte raso efectuado no 

ano de 2000 ao eucaliptal (Costa et al., 2001), a rede de Nível II de Vigilância Contínua 

é actualmente constituída pelos seguintes pontos: 

• Uma parcela de castanheiro (Castanea sativa Miller) na Serra da Padrela (Vila 

Pouca de Aguiar); 

• Uma parcela de carvalho negral (Quercus pyrenaica Willd.) na Serra da Estrela 

(Manteigas); 

• Duas parcelas de pinheiro bravo (Pinus pinaster Aiton), uma na Serra da Lousã e 

outra na Mata Nacional de Leiria; 

• Uma parcela de pinheiro manso (Pinus pinea L.) na Mata Nacional de Valverde 

(Alcácer do Sal); 

• Duas parcelas de sobreiro (Quercus suber L.), uma na Mata Nacional do Cabeção e 

outra na Mata Nacional de Valverde; 

• Uma parcela de azinheira (Quercus rotundifolia Lam.) no Perímetro Florestal da 

Contenda (Barrancos); 

Nas parcelas de sobreiro (Quercus suber L.), uma localizada na Mata Nacional do 

Cabeção e outra na Mata Nacional de Valverde, não foi possível inventariar os taxa 

visto ambas as áreas de observação terem sido recentemente gradadas destruindo-se 

desta forma toda a vegetação arbustiva e herbácea aí existente. 

A localização dos pontos de vigilância contínua apresenta-se ilustrada no mapa da 

figura 1.1. e descrita no quadro 1.1.. As parcelas, no que respeita ao seu enquadramento 

geográfico, caracterização biofísica e análise numérica, apresentam-se ordenadas de 

Norte para Sul do país, procedimento adoptado para maior facilidade de consulta. Os 

resultados (e.g. elenco florístico, inventários) e dados em anexo (e.g. formulários) 

mostram uma numeração diferente que respeita os critérios estabelecidos pelo ICP 

Forests e pela União Europeia. 


3



Figura 1.1. Fonte: Costa et al. (2001). Localização das parcelas permanentes 

4

Quadro 1.1. Fonte: Costa et al. (2001). Dados para a localização das parcelas permanentes 

Parcelas Distrito Concelho Freguesia Localidade Quadrícula * 

Latitude Longitude Altitude 

Serra da Padrela Vila Real Vila Pouca de Vila Pouca de Próximo de Vila Pouca Q:115 41º30’09’’N 07º38’06’’W 928 m 

Aguiar Aguiar de Aguiar, junto à 

estrada n.º 212 

Serra da Estrela Guarda Manteigas Manteigas Próximo de Manteigas, 

junto à estrada n.º 232 

Q:335 40º24’40’’N 07º32’57’’W 1100 m 

Serra da Lousã Coimbra Miranda do Corvo Miranda do Entre Tábuas e Pisões, Q:399 40º04’30’’N 08º15’16’’W 774 m 

Corvo perto do itinerário n.º 

236 

Mata Nacional de Leiria Marinha Grande Marinha Pinhal de Leiria, talhão Q:450 39º47’27’’N 08º57’42’’W 115 m 

Leiria 

Grande 

n.º 168 

Mata Nacional do Évora Mora Cabeção Próximo de Cabeção e Q:631 38º57’47’’N 08º04’30’’W 134 m 

Cabeção 

da Ribeira de Raia 

Mata Nacional de Setúbal Alcácer do Sal Alcácer do Sal Próximo de Alcácer do Q:761 38º19’17’’N 08º32’07’’W 96 m 

Valverde (pinheiromanso) 

Sal 

Mata Nacional de Setúbal Alcácer do Sal Alcácer do Sal Próximo de Alcácer do Q:761 38º19’09’’N 08º32’18’’W 85 m 

Valverde (sobreiro) 

Sal 

Perímetro Florestal 

da Contenda 

Beja Moura Santo Aleixo Herdade da Contenda Q:810 38º05’58’’N 07º02’24’’W 263 m 

* Divisão do país em quadrículas de 10 km de lado, quadriculado por sua vez integrado no de 50 km usado pelo The Committee for Mapping the 

Flora of Europe (Franco & Rocha Afonso, 1982).

2. CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA 

2.1. TOPOGRAFIA 


As características topográficas do terreno, entre as quais o declive e a exposição das 

encostas, têm grande influência sobre a vegetação, principalmente por dar origem a 

microclimas. A importância da exposição ilustra-se no facto de existirem plantas que 

procuram as condições de maior humidade e ensombramento das encostas voltadas a 

Norte, podendo encontrar-se, nesses ambientes, plantas características de maiores 

latitudes. O declive por seu turno, pode influir directa ou indirectamente na vegetação, 

sendo o efeito indirecto baseado na variação de água disponível no solo e na 

modificação do ângulo de incidência da radiação solar (Lousã, 1990 cit in Costa et al., 

2000). 

Quadro 2.1. Fonte: Costa et al. (2000). Dados relativos aos factores exposição e declive das 

diferentes parcelas estudadas 

Parcelas Exposição Declive 

Serra da Padrela – Vila Pouca de Aguiar NW forte 

Serra da Estrela – Manteigas SE forte 

Serra da Lousã W médio 

Mata Nacional de Leiria depressão muito fraco 

Mata Nacional de Valverde – Alcácer do Sal plano nulo 

Perímetro Florestal da Contenda – Barrancos NW muito fraco 

2.2. GEOLOGIA E LITOLOGIA 

A síntese geológica e litológica dos locais estudados foi obtida com base na informação 

fornecida pelas Cartas Litológica e Geológica de Portugal (Soares da Silva, 1982; Sousa 

Real, 1982). 


6

Quadro 2.2. Síntese geológica – litológica dos locais estudados 


Parcelas Litologia - Geologia 

Serra da Padrela – Vila Pouca de Aguiar Granitos pós-Estefanianos 

Serra da Estrela – Manteigas Granitos pós-Estefanianos 

Serra da Lousã Complexo Xisto-Grauváquico do Paleozóico 

Mata Nacional de Leiria Areias Plio-Plistocénicas 

Mata Nacional de Valverde – Alcácer do Sal Areias Plio-Plistocénicas 

Perímetro Florestal da Contenda – Barrancos Complexo Xisto-Grauváquico do Silúrico 

2.3. BIOCLIMATOLOGIA 

2.3.1. Noções gerais 

A Bioclimatologia é a ciência ecológica que estuda a relação entre o clima e a 

distribuição dos seres vivos. Não obstante, esta disciplina poderia denominar-se 

Fitoclimatologia pois utiliza índices e unidades que permitem relacionar, de melhor 

forma, o clima e as comunidades vegetais. O conhecimento cada vez mais detalhado da 

distribuição da vegetação sobre a Terra, bem como das modificações do aspecto e 

composição da vegetação potencial e suas etapas de substituição, permite reconhecer 

cada vez maior precisão e objectividade nas fronteiras bioclimáticas e vegetacionais 

(Ladero et al., 1987; Rivas-Martínez, 2004a, 2005). 

2.3.2. Parâmetros e índices bioclimáticos 

Segundo a “Clasificación Bioclimática de la Tierra” de Rivas-Martínez existem na 

Terra cinco macroclimas, vinte e oito bioclimas e cinco variantes bioclimáticas (Rivas- 

Martínez, 2005) tratando-se de um modelo biofísico ecléctico e com larga jurisdição 

territorial. Os 5 macrobioclimas são: Tropical, Mediterrânico, Temperado, Boreal e 

Polar. 


7


Cada um deles, tal como as suas unidades subordinadas – os bioclimas, é representado 

por um grupo característico de biocenoses, formações e comunidades de plantas. Dentro 

de quase todos os bioclimas, as variações no regime sazonal de precipitação permitem o 

reconhecimento de variantes. Também dentro de cada bioclima, as variações nos 

valores térmicos e ombrotérmicos permitem descriminar as cinturas bioclimáticas 

designadas por termotipos e ombrotipos. Do ponto de vista bioclimático os padrões de 

distribuição das precipitações anuais são mais importantes do que as quantidades totais 

precipitadas, sendo os macrobioclimas, os bioclimas e as variantes bioclimáticas 

determinados por variações nesses padrões (Rivas-Martínez et al., 1999; Rivas- 

Martínez, 2004a, 2005). 

Os parâmetros e índices bioclimáticos apresentam uma estreita correlação com 

mudanças no coberto vegetal, i.e. com fronteiras de vegetação potencial natural. A 

abordagem bioclimática, exposta em seguida, baseou-se fundamentalmente nos 

trabalhos de Loidi et al. (1997) e Rivas-Martínez (2004a, 2004b, 2005). 

Parâmetros climáticos 

P Precipitação média anual em milímetros 

Pi Precipitação média mensal, sendo i: 1=Janeiro, …, 12=Dezembro 

Pp Precipitação positiva anual (∑ precipitação média dos meses cuja temperatura 

média seja superior a zero graus centígrados) 

T Temperatura média anual em graus centígrados 

Ti Temperatura média mensal, sendo i: 1=Janeiro, …, 12=Dezembro 

T’i Temperatura média mensal das máximas absoluta, sendo i: 1=Janeiro, …, 

12=Dezembro 

M Temperatura média das máximas do mês mais frio 

Mi Temperatura média mensal das máximas, sendo i: 1=Janeiro, …, 12=Dezembro 

M’ Temperatura média mensal das máximas absolutas 

m Temperatura média das mínimas do mês mais frio 

mi Temperatura média mensal das mínimas, sendo i: 1=Janeiro, …, 12=Dezembro 

m’ Temperatura média mensal das mínimas absolutas 

Tp Temperatura positiva anual (∑ dos meses de Ti superior a 0ºC, em décimas de 

grau centígrado) 

Ts Temperatura média do trimestre mais quente do ano 

Tn Temperatura negativa anual (∑ dos meses de Ti superior a 0ºC, em décimas de 

grau centígrado) 


8

Índices bioclimáticos 


Índice de continentalidade simples (Ic), estima o grau de continentalidade climática de 

uma dada estação meteorológica e expressa a diferença, em graus centígrados, entre a 

temperatura média do mês mais quente (Tmax) e a temperatura média do mês mais frio 

(Tmin) do ano como mostra a expressão 2.1. 

Ic = T max − T min 

(2.1) 

Em seguida (quadro 2.3.) sintetizam-se os tipos e subtipos de continentalidade 

reconhecidos na Terra. 

Quadro 2.3. Tipos e subtipos de continentalidade simples (Ic) reconhecidos na Terra 

Tipos Subtipos valores de Ic 

Hiperoceânico Ultra-hiperoceânico 0-4 

Eu-hiperoceânico 4-8 

Sub-hiperoceânico 8-11 

Oceânico Semi-hiperoceânico 11-14 

Euoceânico 14-17 

Semicontinental 17-21 

Continental Subcontinental 21-28 

Eucontinental 28-46 

Hipercontinental 46-66 

Índice de termicidade (It), é a soma em décimas de grau de T (temperatura média 

anual), m (temperatura média das mínimas do mês mais frio) e M (temperatura média 

das máximas do mês mais frio). Representa-se pela fórmula: 

( T + M + ) × 10 

It = m 

(2.2) 

Este índice pondera a intensidade do rigor invernal, factor limitante para muitas plantas 

e comunidades vegetais, e mostra uma elevada correlação com a vegetação, 

principalmente para os climas quentes e temperados (Costa et al., 1993). Desta forma 

permitiu propor o conceito de piso bioclimático (termotipo), como sendo um 


9


determinado espaço ambiental que se sucede numa clisérie em altitude ou latitude de 

vegetação (Rivas-Martínez et al., 2000) 

Nas zonas extratropicais da Terra (ao norte e ao sul do paralelo 23º N e S), haverá 

necessidade de compensar o valor do índice de termicidade (It), devido ao excesso de 

frio ou de temperança destes territórios de clima continental ou hiperoceânico acentuado; 

criou-se o índice de termicidade compensado (Itc), que é dado pela expressão: 

Itc = It ± C 

(2.3) 

Se Ic está compreendido entre 8 e 18, o valor do Itc considera-se igual ao do It (It = Itc). 

Pelo contrário, se Ic < 8 ou Ic > 18, haverá necessidade de compensar o índice de 

termicidade adicionando ou subtraindo um valor de compensação (C), respectivamente 

para climas continentais e oceânicos. 

Nas zonas extratropicais marcadamente hiperoceânicas (Ic < 8.0), o valor de 

compensação (Co) calcula-se multiplicando por 10 o resultado da subtracção entre 8.0 e 

o Ic da estação: 

ficando então: 

( 8 . 0 − ) × 10 

Co = Ic 

(2.4) 

Itc = It − Co 

(2.5) 

Por outro lado, nos climas extratropicais continentais ou semicontinentais (Ic > 18), o 

valor de compensação (Ci) adiciona-se ao índice de termicidade: 

Itc = It + Co 

(2.6) 

Este valor de compensação (Ci) calcula-se em função do valor do índice de 

continentalidade simples (Ic) e de um factor multiplicador (fi) que varia de acordo o 

nível de continentalidade (quadro 2.4.). 


10


Quadro 2.4. Cálculo dos valores de compensação para a obtenção do índice de termicidade 

compensado (Itc) 

Ic fi Ci valor máximo 

Ic≤8 f0=10 C1=C0; C0=f0(Ic-8) C0 = -80 

18


pela ocorrência de precipitações suficientemente elevadas no mês precedente (Junho no 

Hemisfério Norte). Por esta razão procede-se ao cálculo do Ios3 pela expressão: 

Ios 3 = PJunho 

+ Julho + Agosto / TJunho 

+ Julho + Agosto 

(2.10) 

Se Ios3 > 2.0, então os territórios não são mediterrânicos ; se Ios3 ≤ 2.0 podem sê-lo ou 

não, mesmo com Ios3 deficitário ainda poderá ocorrer uma compensação com a 

precipitação do mês anterior (Maio). Portanto é necessário determinar o Ios4 (resultante 

da soma do trimestre estival e do mês imediatamente anterior) para o Hemisfério Norte: 

Ios 4 = PMaio 

+ Junho + Julho + Agosto / TMaio 

+ Junho + Julho + Agosto 

(2.11) 

Se Ios4 > 2.0, então o território não é mediterrânico e caso contrário (Ios4 ≤ 2.0) é 

definitivamente mediterrânico. Os valores compensados dos índices ombrotérmicos 

estivais compensados indicam-se no quadro 2.5. 

Quadro 2.5. Intervalos dos valores de Io que, em função dos valores dos índices ombrotérmicos 

estivais, podem compensar-se e passar do macrobioclima mediterrânico ao temperado (variante 

submediterrânea) 

Io Ios2 Ios3 Ios4 

2.0-2.8 >1.9 >1.9 >2.0 

2.8-3.6 >1.8 >1.9 >2.0 

3.6-4.8 >1.7 >1.9 >2.0 

4.8-6.0 >1.5 >1.8 >2.0 

6.0-9.0 >1.3 >1.8 >2.0 

9.0-12.0 >0.7 >1.4 >2.0 

>12.0 >0.1 >0.3 >2.0 

2.3.3. Sinopse bioclimática de Portugal continental 

Em Portugal Continental encontramos dois macrobioclimas: mediterrânico e temperado 

(Caraça, 2003), ocupando o primeiro grande parte do território. 


12

Macrobioclima mediterrânico 


Considera-se que todos os territórios extratropicais da Terra pertencentes às cinturas 

subtropical e eutemperada (23º a 52º N & S) têm macrobioclima mediterrânico. É 

caracterizado pela ocorrência de pelo menos dois meses de secura estival, nos quais 

P2.0 3-10 

M. xérico oceânico ≤ 21 1.0-2.0 0-8 

M. xérico continental >21 1.0-2.0 0-8 

M. desértico oceânico ≤ 21 0.2-1.0 0-4 

M. desértico continental >21 0.2-1.0 0-4 

M. hiperdesértico oceânico ≤ 21 21


Quadro 2.7. Horizontes dos termotipos reconhecidos no macroclima mediterrânico 

Horizontes dos termotipos It, Itc Tp: Ic>21, It (ou Itc)2650 

Inframediterrânico superior 450-515 2451-2650 

Termomediterrânico inferior 400-450 2301-2450 

Termomediterrânico superior 350-400 2151-2300 

Mesomediterrânico inferior 285-350 1826-2150 

Mesomediterrânico superior 220-285 1501-1825 

Supramediterrânico inferior 150-220 1201-1500 

Supramediterrânico superior (120)-150 901-1200 

Oromediterrânico inferior - 676-900 

Oromediterrânico superior - 451-675 

Criomediterrânico inferior - 191-450 

Criomediterrânico superior - 1-190 

Em Portugal continental ocorrem apenas os andares termo, meso e supramediterrânico. 

Macrobioclima temperado 

Todos os territórios extratropicais da Terra pertencentes às cinturas subtropical, 

eutemperada e subtemperada (23º a 66º N e 23º a 54º S) apresentam macroclima 

temperado, nos quais não existe dois ou mais meses consecutivos de secura estival 

(P≥2T). Nos territórios subtropicais (23º a 35º N & S), a altitudes inferiores a 200 

metros, para além do referido anteriormente, urge satisfazer dois dos parâmetros e 

índices mencionados: T

Quadro 2.8. Bioclimas reconhecidos no macroclima temperado 


Bioclimas Ic Io 

T. hiperoceânico ≤ 11 >3.6 

T. oceânico 11-21 >3.6 

T. continental >21 >3.6 

T. xérico ≥4 ≤ 3.6 

Assinalam-se, para Portugal Continental os bioclimas temperado hiperoceânico e 

temperado oceânico. 

À semelhança do que se disse em relação ao macrobioclima mediterrânico os diferentes 

termotipos e horizontes dos andares bioclimáticos reconhecidos no macrobioclima 

temperado são definidos segundo os valores de It (ou de Itc) e de Tp (quadro 2.9.). 

Quadro 2.9. Horizontes dos termotipos reconhecidos no macroclima temperado 

Horizontes dos termotipos It, Itc Tp: Ic>21, It (ou Itc)410 >2351 

Termotemperado inferior 355-410 2176-2350 

Termotemperado superior 300-355 2001-2175 

Mesotemperado inferior 240-300 1701-2000 

Mesotemperado superior 190-240 1401-1700 

Supratemperado inferior (120)-180 1101-1400 

Supratemperado superior - 801-1100 

Orotemperado inferior - 591-800 

Orotemperado superior - 381-590 

Criotemperado inferior - 191-380 

Criotemperado superior - 1-190 

Em Portugal continental assinalam-se os termotipos termo, meso e supratemperado. 

Por sua vez, tendo por base os valores de Io, delimitam-se os ombrotipos e seus 

horizontes reconhecidos em todos os macrobioclimas da Terra (quadro 2.10.). Os tipos 

árido, hiperárido e ultra-hiperárido existem apenas nos macroclimas tropical e 

mediterrânico (Rivas-Martínez et al., 2002c). 


15


Quadro 2.10. Horizontes dos ombrotipos reconhecidos nos macroclimas da Terra 

Horizontes dos ombrotipos Io 

Ultra-hiperárido inferior 0.0-0.1 

Ultra-hiperárido superior 0.1-0.2 

Hiperárido inferior 0.2-0.3 

Hiperárido superior 0.3-0.4 

Árido inferior 0.4-0.7 

Árido superior 0.7-1.0 

Semiárido inferior 1.0-1.5 

Semiárido superior 1.5-2.0 

Seco inferior 2.0-2.8 

Seco superior 2.8-3.6 

Sub-húmido inferior 3.6-4.8 

Sub-húmido superior 4.8-6.0 

Húmido inferior 6.0-9.0 

Húmido superior 9.0-12.0 

Hiper-húmido inferior 12.0-18.0 

Hiper-húmido superior 18.0-24.0 

Ultra-hiper-húmido >24.0 

Em Portugal continental reconhecem-se ombrotipos desde o seco ao hiper-húmido no 

macroclima mediterrânico e do sub-húmido ao hiper-húmido no temperado (Rivas- 

Martínez et al., 2002a). 

2.3.4. Índices e parâmetros bioclimáticos para cada local estudado 

Para as diferentes parcelas do território estudado, foram calculados os índices e 

parâmetros bioclimáticos (cf. quadro 2.12.) e determinada a bioclimatologia (cf. quadro 

2.13.) com base nos dados de precipitação e temperatura relativos à estação 

meteorológica mais próxima (quadro 2.11.). 


16

Quadro 2.11. Estação meteorológica referente a cada parcela 


Parcelas Estação Meteorológica Fonte 

Serra da Padrela – Vila Pouca de Aguiar Pedras Salgadas Rivas-Martínez (2001b) 

Serra da Estrela – Manteigas Penhas Douradas Rivas-Martínez (2001b) 

Serra da Lousã Lousã/Boavista Rivas-Martínez (2001a) 

Mata Nacional de Leiria Marinha Grande Rivas-Martínez (2001a) 

Mata Nacional de Valverde – Alcácer do Sal Alcácer do Sal Mendes et al. (1991) 

Perímetro Florestal da Contenda – Barrancos Contenda Mendes et al. (1991) 

Quadro 2.12. Valores dos principais parâmetros e índices climáticos para as estações 

climatológicas referentes às parcelas estudadas 

Estação Pi Ti Mi mi Tp Ic Io Ios2 Ios3 Ios4 Itc MS 

Pedras Salgadas 1041.8 12.5 17.6 7.4 1502 14.3 6.94 0.66 1.31 2.0 244 2 

Penhas Douradas 2175 9 12.1 5.6 1078 15 20.18 2.14 3.03 5.3 145 1 

Lousã/Boavista 1221 13.4 18.2 8.5 1602 12.2 7.62 1.08 1.77 3.06 288 2 

Marinha Grande 909 14.3 19.9 8.6 1712 10.2 5.31 0.47 0.89 1.64 323 4 

Alcácer do Sal 574.5 16.3 22.3 10.4 1961 12.7 2.93 0.14 0.38 0.7 369 5 

Contenda 729.5 15.9 20.9 10.8 1903 15 3.83 0.23 0.69 1.04 346 4 

Pi – precipitação média mensal; Ti – temperatura média mensal; Mi – temperatura média mensal das 

máximas; mi – temperatura média mensal das mínimas; Tp – temperatura positiva anual; Ic – índice 

continentalidade simples; Io – índice ombrotérmico anual; Ios2 – índice ombrotérmico do bimestre mais 

quente do trimestre estival; Ios3 – índice ombrotérmico do trimestre estival; Ios4 – índice ombrotérmico 

do quatrimestre; Itc – índice termicidade compensado; MS – n.º médio de meses secos por ano (em que 

P

Diagramas ombrotérmicos das parcelas estudadas 


Para melhor compreensão das características climáticas do território apresentam-se os 

diagramas ombrotérmicos referentes às estações meteorológicas consideradas. Estes 

diagramas são uma forma gráfica de representar conjuntamente, num sistema de 

coordenadas cartesianas com duas escalas de ordenadas, a temperatura e a precipitação 

médias mensais ao longo dos doze meses do ano. Um determinado valor em graus na 

escala da temperatura (à esquerda) corresponde ao dobro desse valor na escala da 

precipitação (P=2T). 

Quando a curva da precipitação excede a da temperatura, essa superfície indica 

humidade disponível, i.e. P > 100mm indica período húmido. Se a curva da temperatura 

exceder a da precipitação, a área delimitada pelas duas curvas define o período seco. 

O diagrama também inclui o período de actividade vegetal (Pav – n.º de meses do ano 

cuja temperatura média mensal é superior a 3.5ºC) e a diagnose bioclimática da estação 

meteorológica respeitante a cada local estudado (figuras 2.1. a 2.6.). 

PEDRAS SALGADAS 613 m 

P= 1041.8 41º 33' N 07º 36' W 26 anos 

T= 12.5 Ic= 14.3 Tp= 1502 Tn= 0 

m= 2.4 M= 9.5 Itc= 244 Io= 6.94 

80 

70 

60 

50 

40 

30 

20 

10 

0 

φ 

J F M A M J J A S O N D 

Mês 

160 

140 

120 

100 

80 

60 

40 

20 

T (ºC) P (mm) Pav 

∗ - Período seco 

φ - Período húmido 

* 

Mediterrânico pluviestacional oceânico 

Mesomediterrânico superior húmido inferior 

Figura 2.1. Diagrama ombrotérmico referente à 

estação climatológica de Pedras Salgadas 

(1951/1976). 


φ 

0 

PENHAS DOURADAS 1386 m 

P= 2175 40º 25' N 07º 33' W 31 anos 

T= 9 Ic= 15 Tp= 1078 Tn= 0 

m= 0.0 M= 5.6 Itc= 145 Io= 20.18 

180 

160 

140 

120 

100 

80 

60 

40 

20 

0 

φ 

* 


360 

320 

280 

240 

200 

160 

120 

80 

40 

T (ºC) 

Mês 

P (mm) Pav 



Temperado oceânico (submediterrâneo) 

Supratemperado (supramediterrâneo) inferior 

hiper-húmido superior 


estação climatológica de Penhas Douradas 

(1964/1994). 

φ 

0 

18

LOUSÃ/BOAVISTA 401 m 


T= 13.4 Ic= 12.2 Tp= 1602 Tn= 0 

m= 4.1 M= 11.4 Itc= 288 Io= 7.62 

100 

90 

80 

70 

60 

50 

40 

30 

20 

10 

0 

φ 


T (ºC) 

Mês 

P (mm) Pav 



* 


Mesomediterrânico inferior húmido inferior 


estação climatológica de Lousã/Boavista 

(1965/1980). 

MARINHA GRANDE 83 m 


T= 14.3 Ic =10.2 Tp= 1712 Tn= 0 

m= 4.0 M= 14.1 Itc= 323 Io= 5.31 

70 

60 

50 

40 

30 

20 

10 

0 

φ 


φ 

200 

180 

160 

140 

120 

100 

80 

60 

40 

20 

T (ºC) 

Mês 

P (mm) Pav 



* 


Mesomediterrânico inferior sub-húmido superior 


estação climatológica de Marinha Grande 

(1951/1973). 


φ 

0 

140 

120 

100 

80 

60 

40 

20 

0 


ALCÁCER DO SAL 51 m 


T= 16.3 Ic= 12.7 Tp= 1961 Tn= 0 

m= 5.4 M= 15.2 Itc= 369 Io= 2.93 

50 

40 

30 

20 

10 

0 

* 


100 

80 

60 

40 

20 

T (ºC) 

Mês 

P (mm) Pav 



Termomediterrânico superior seco superior 


estação climatológica de Alcácer do Sal 

(1951/1980). 

CONTENDA 450 m 


T= 15.9 Ic= 15 Tp= 1903 Tn= 0 

m= 6.1 M= 12.6 Itc= 346 Io= 3.83 

60 

50 

40 

30 

20 

10 

0 

φ 

* 


T (ºC) 

Mês 

P (mm) Pav 




Mesomediterrânico inferior sub-húmido inferior 


estação climatológica de Contenda (1961/1980). 

0 

120 

100 

80 

60 

40 

20 

0 

19

2.4. BIOGEOGRAFIA 

2.4.1. Conceitos fundamentais 


A Biogeografia tem como objecto de estudo a distribuição dos seres vivos sobre a Terra e 

o modo como se agrupam e relacionam com o mundo físico. O estabelecimento de um 

modelo tipológico hierárquico do território, com expressão espacial, é um dos objectivos 

da Biogeografia, servindo-se de informação gerada por ciências afins como a Corologia 

vegetal, a Bioclimatologia e a Fitossociologia. Devido ao carácter fixo e ao facto de 

representarem a maior parte da biomassa terrestre, as tipologias biogeográficas baseiam-se 

normalmente na distribuição das diferentes populações de plantas e unidades 

geobotânicas. Neste sentido, tende a dar-se à Biogeografia uma conotação estreita com a 

Fitogeografia (Costa et al., 1998 e Rivas-Martinez, 2005). 

A abordagem geobotânica à fitogeografia baseia-se principalmente na análise das 

distribuições (actuais e pretéritas) de táxones indígenas e ecossistemas naturais. 

As unidades principais da Biogeografia em ordem hierárquica decrescente, segundo os 

trabalhos mais recentes de Rivas-Martínez (2004b, 2005), são: o reino, a região, a 

província, o sector, o distrito, a comarca, o elemento de paisagem e a tessela. 

Quadro 2.14. Resumo das categorias biogeográfícas. As unidades principais apresentam-se 

numeradas por ordem hierárquica decrescente. Adaptado de Rivas-Martínez (2004b, 2005) 

1. Reino biogeográfico 

Subreino biogeográfico 

Super-região biogeográfica 

2. Região biogeográfica 

Sub-região biogeográfica 

Superprovíncia biogeográfica 

3. Provincia biogeográfica 

Subprovíncia biogeográfica 

Supersector biogeográfico 

4. Sector biogeográfico 

Subsector biogeográfico 


Superdistrito biogeográfico 

5. Distrito biogeográfico 

Subdistrito biogeográfico 

Supercomarca biogeográfica 

6. Comarca biogeográfica 

Subcomarca biogeográfica 

Superelemento de paisagem 

7. Elemento de paisagem 

Pluritessela e plurimicrotessela 

8. Tessela e microtessela 

20


A unidade tipológica elementar é a tessela, que se definiu como um território de extensão 

variável, ecologicamente homogéneo, i.e. possui um único tipo de vegetação potencial 1 e 

em consequência uma única sequência de comunidades vegetais 2 de substituição. Os 

espaços geográficos homogéneos ocupados por comunidades permanentes 3 (e.g. territórios 

polares, altas montanhas) designam-se por microtesselas. A tessela e microtessela são as 

únicas unidades biogeográficas que se podem repetir de modo descontínuo, i.e. são a 

expressão territorial da série de vegetação 4 . Uma catena de tesselas ou microtesselas 

contíguas constituem pluritesselas ou plurimicrotesselas. Um conjunto destas, afins no 

mesmo território pelos seus correspondentes geosigmetum 5 topográficos, constitui o 

elemento de paisagem (e.g. peneplanícies em horst, vales fluviais, relevos montanhosos). 

A comarca, também já denominada mosaico ou no alemão wuchsdistrict, deve ser um 

amplo território bem delimitado geograficamente que possua um conjunto de espécies, 

associações 6 , geosigmetum cliseriais e topográficos peculiares. O distrito é um amplo 

conjunto de comarcas caracterizado por condições edáficas particulares assim como por 

uma flora característica com espécies diferenciais 7 óbvias, associações, séries, geosséries e 

1 

Vegetação potencial: comunidade vegetal estável que existiria num determinado local como consequência 

de um processo sucessional progressivo (máximo de complexidade estrutural), se o Homem deixasse de 

influenciar e alterar os ecossistemas naturais. É um sinónimo de clímax (etapa madura), no entanto 

distingue-se de vegetação potencial primitiva (vegetação não alterada pelo Homem) e de vegetação potencial 

actual (resultante de um processo de sucessão secundária) 

2 

Comunidade vegetal: conjunto mais ou menos homogéneo de plantas pertencentes a diferentes táxones que 

ocupam determinado biótopo e habitat. 

3 

Comunidade permanente: vegetação potencial climatófila e edafófila. 

4 

Série de vegetação: objecto de estudo da Sinfitossociologia s. str., Fitossociologia Dinâmica ou 

Fitossociologia Sucessional, que tem como unidade tipológica básica a sigmassociação ou sigmetum. Inclui 

o clímax e as comunidades subseriais que o substituem. 

5 

Geosigmetum: unidade fundamental da Geosinfitossociologia ou Fitossociologia Catenal, que tem como 

objecto a geossérie de vegetação. Importa distinguir dois grandes tipos de geosséries de vegetação: cliserial e 

topográfica. O geosigmetum topográfico apresenta o modelo catenal cume-encosta-vale; agruparia todas as 

séries edafófilas, climatófilas e edafoxerófilas contíguas dentro de um território biogeográfico (sector ou 

distrito). O geosigmetum clíserial agruparia todas as séries climatófilas em contiguidade altitudinal de um 

território montanhoso com importantes desníveis, significaria dizer que se abarcaria pelo menos dois pisos 

de vegetação termoclimáticos. 

6 

Associação é a unidade abstracta fundamental da Fitossociologia s. str., Fitossociologia Clássica, 

Sigmatista, Zurico-Monpilheriana ou Braunblanquetiana, cujo objecto de estudo é a fitocenose. Segundo 

Rivas-Martínez (1996), corresponde a um tipo de comunidade vegetal com uma corologia, espécies 

características e diferenciais próprias, estatisticamente fiéis a determinadas residências de um habitat 

particular, num estádio sucessional estruturalmente estável. Quando possuem uma composição florística, 

posição sucessional, habitat e biogeografia semelhantes podem ser organizadas em categorias 

progressivamente mais abrangentes de ordem superior: aliança (sufixo ion), ordem (etalia), classe (etea), 

divisão (ea). 

7 

Os taxa característicos encontram o seu óptimo fitossociológico num único sintaxon, ligando-se de forma 

exclusiva a esse agrupamento sintaxonómico, sendo mais fáceis de encontrar em territórios ricos em 

endemismos. Fora destes territórios, exceptuando agrupamentos muito especializados, pode ser difícil a 

detecção de características da associação. Acresce o facto de a maioria das associações não ter taxa 

característicos, tornando-se então necessário recorrer aos taxa diferenciais. Têm o seu óptimo 

fitossociológico em mais de um sintaxon, estando ligados preferencialmente (muitas vezes localmente) a um 


21


geosséries cliseriais que permitam a separação de distritos adjacentes. Será então ao nível 

do distrito que a Fitossociologia paisagista se acoplará à Biogeografia. O sector possui um 

cortejo florístico específico (característico ou diferencial), associações e séries de 

vegetação particulares, tal como geosséries topográficas, cliseriais próprias, circunstância 

devida à existência de comunidades permanentes e subseriais endémicas. A província é 

um vasto território que, para além de possuir elementos florísticos endémicos próprios, 

catenas e andares de vegetação particulares com elementos endémicos, é detentora de 

domínios climácicos 8 únicos. A região possui um elemento florístico endémico 

importante, catenas e andares de vegetação originais com territórios climácicos 9 próprios. 

A região é um extenso território que apresenta uma flora na qual existem espécies, géneros 

ou mesmo famílias endémicas. Possui um bioclima e tipos de solos particulares. Por 

último o reino, a unidade suprema da Biogeografia, que, para além das considerações 

taxonómicas e ecossistemáticas, suporta toda uma explicação da origem da flora, da fauna, 

da génese dos continentes, assim como os bioclimas e paleoclimas, etc. (Aguiar & 

Honrado, 2001; Capelo, 2003; Costa et al., 1998; Rivas-Martínez, 2004b, 2005). 

2.4.2. Síntese biogeográfica das parcelas 

De acordo com os conceitos expostos e segundo Rivas-Martínez et al. (2002a) e Rivas- 

Martínez (op. cit.), o território continental português distribui-se por duas regiões 

biogeográficas do reino Holárctico: Região Eurossiberiana e Região Mediterrânica. Cada 

local estudado insere-se nas seguintes unidades biogeográficas: 

VILA POUCA DE AGUIAR MANTEIGAS 

Região Mediterrânica Região Mediterrânica 

Sub-Região Mediterrânica Ocidental Sub-Região Mediterrânica Ocidental 

Provincia Mediterrânica Ibérica Ocidental Provincia Mediterrânica Ibérica Ocidental 

Subprovíncia Carpetano-Leonesa Subprovíncia Carpetano-Leonesa 

Sector Lusitano Duriense Sector Estrelense 

Distrito Transmontano Distrito Alto Estrelense 

sintaxon de categoria inferior. Frequentemente, espécies características de um agrupamento são diferenciais 

noutro. 

8 Domínio climácico: área onde uma associação exerce a função de clímax. 

9 Território climácico: área onde uma aliança exerce a função de clímax. 


22

SERRA DA LOUSÃ 

Região Mediterrânica 

Sub-Região Mediterrânica Ocidental 

Provincia Mediterrânica Ibérica Ocidental 

Subprovíncia Luso-Extremadurense 

Sector Beirense 

Distrito Zezerense 

MATA NACIONAL DE LEIRIA 



Província Lusitano-Andaluza Litoral 

Subprovíncia Divisório Portuguesa-Sadense 

Sector Divisório Português 

Distrito Costeiro Estremenho 



MATA NACIONAL DE VALVERDE 



Província Lusitano-Andaluza Litoral 

Subprovíncia Divisório Portuguesa-Sadense 

Sector Ribatagano-Sadense 

Distrito Sadense 

PERÍMETRO FLORESTAL DA CONTENDA 



Província Mediterrânica Ibérica Ocidental 

Subprovíncia Luso-Extremadurense 

Sector Mariânico-Monchiquense 

Distrito Alentejano 

23

3. METODOLOGIA 


Todo o conteúdo deste relatório diz respeito ao ano 2005, excepto a análise numérica dos 

dados na qual se utilizou a informação relativa a cinco anos de observações, detalhe 

pormenorizado em secção própria. 

3.1. ANÁLISE DA FLORA 

3.1.1. Composição florística 

O trabalho de campo teve início em Abril e terminou em Junho, efectuando-se um total de 

doze inventários florísticos durante o ano de 2005. Nas parcelas de sobreiro (Quercus 

suber L.), uma localizada na Mata Nacional do Cabeção e outra na Mata Nacional de 

Valverde, não foi possível inventariar os taxa, visto ambas as áreas de observação terem 

sido recentemente submetidas a uma gradagem que destruiu toda a vegetação arbustiva e 

herbácea aí existente. 

No presente ano, para além da redução efectiva do número de parcelas (de nove para seis), 

cada local foi visitado apenas uma vez, ao contrário dos anos anteriores em que foram 

efectuadas duas visitas aos pontos Nível II de vigilância contínua, com uma primeira 

observação na Primavera e outra no Verão. 

Os exemplares de líquenes e briófitos inventariados foram comparados com especímenes 

recolhidos em observações de anos anteriores posteriormente identificados na Faculdade 

de Ciências de Lisboa por uma equipa chefiada pela Dra. Cecília Sérgio. 

Quanto à flora vascular, os exemplares recolhidos no campo de identidade duvidosa foram 

prensados e desidratados para posterior identificação. Para tal recorreu-se às seguintes 

obras: 

• Nova Flora de Portugal (Franco, 1971, 1984; Franco & Rocha Afonso, 1994, 1998, 

2003); 

• Flora Europaea (Tutin et al., 1968, 1972, 1976, 1980, 1993); 


24


• Flora Iberica, Plantas Vasculares de la Península Ibérica e Islas Baleares 

(Castroviejo et al., 1986, 1990, 1993a, 1993b, 1997 e 1999); 

• Flora Vascular de Andalucía Occidental (Valdés et al., 1987a, 1987b, 1987c); 

Para os casos em que os trabalhos supracitados não permitiram concluir de forma 

inequívoca a identificação dos exemplares, procedeu-se à sua comparação com os 

especímenes actualmente existentes no Herbário do Instituto Superior de Agronomia. 

Na elaboração do elenco florístico (cf. p. 33 ssg.) acrescentou-se ao nome (família, género, 

espécie e em alguns casos subespécie, variedade ou forma) de cada taxon, a seguinte 

informação: 

• TF: o tipo fisionómico, segundo o critério de Raunkjaer referido por Vasconcellos 

et al. (1969); e adaptado de Franco (op. cit.); de Franco & Rocha Afonso (op. cit.); 

• EC: a ecologia, adaptada de Guerra et al. (2003), Smith (1978) e de Varo et al. 

(1977) para as briófitas e de Franco (op. cit.), Franco & Rocha Afonso (op. cit.) e 

de Valdés et al., (op. cit.) para as vasculares; 

• DG: a distribuição geográfica, referente às regiões biogeográficas a que pertencem 

os taxa, e adaptada de Guerra et al. (op. cit.), Smith (op. cit.) e de Varo et al. (op. 

cit.) para as briófitas e de Valdés et al. (op. cit.), Tutin et al. (op. cit.) e de Costa et 

al. (1998) para as plantas vasculares; 

• NV: o nome vulgar nos casos em que existe, de acordo com Rocha (1996); 

• Local: número do local ou dos locais onde se detectou o taxon. Os locais 

apresentam a numeração atribuída pelo BFH (1998): 1 – Serra da Lousã; 3 – 

Perímetro Florestal da Contenda; 4 – Mata Nacional de Valverde (povoamento 

pinheiro); 9 – Serra da Padrela; 10 – Serra da Estrela; 11 – Mata Nacional de 

Leiria; 

• Código: o código utilizado no formulário 10b (cf. anexo III), de acordo com o 

procedimento expresso pelo BFH (op. cit.). 

A nomenclatura taxonómica apresenta -se conforme a Flora Europaea (Tutin et al., op. 

cit.) e nalguns casos segue a Flora Iberica (Castroviejo et al., op. cit.), ordenados dos 

líquenes e briófitos para as plantas vasculares: pteridófitos, gimnospérmicas e 


25


angiospérmicas. Dentro de cada grupo (e.g. divisão, classe, família) a ordenação é feita por 

ordem alfabética. 

3.1.2. Espécies endémicas, raras e/ou com estatuto de protecção 

Relativamente às espécies endémicas e/ou com estatuto de protecção recorreu-se à 

Directiva Habitats 92/43/CEE (Conselho da Comissão Europeia, 1992), ao Decreto-Lei n.º 

140/99 (Ministério do Ambiente, 1999) e ao estatuto (categorias) da União Internacional 

para a Conservação da Natureza (IUCN, 2003); a Rivas-Martínez et al. (2002b) na 

definição de espécies características; ao Manual de Interpretação dos Habitates da União 

Europeia (Environment DG, 2003) e ao Plano Sectorial da Rede Natura 2000 com chancela 

do Instituto da Conservação da Natureza (ICN, 2005) para caracterização dos habitates; 

aos trabalhos de Sérgio et al. (1994) para os briófitos e de Castroviejo et al. (op. cit.), 

Costa et al. (1998), Franco (op. cit.), Franco & Afonso (op. cit.) e Valdés et al. (op. cit.) no 

que respeita às plantas vasculares. 

3.2. ANÁLISE DA VEGETAÇÃO 

3.2.1. Metodologia aplicada ao estudo das comunidades vegetais 

Os inventários florísticos realizados consistem em listas dos taxa detectados em cada 

observação ou unidade de amostragem. Estes são por sua vez caracterizados quanto ao seu 

grau de cobertura do terreno. Não sendo este relatório de âmbito fitossociológico, as 

coberturas correspondentes a cada taxon são apenas expressas em percentagem. 

A dimensão das áreas a inventariar foi pré-definida pelo BFH (op. cit.), de modo a obter 

uniformidade nos resultados obtidos em todos os países participantes e a possibilitar o seu 

tratamento conjunto. Assim, para cada um dos locais escolhidos para a monitorização e 

dentro dos pontos de vigilância contínua pré-definidos, delimitaram-se duas áreas 

rectangulares de 200m 2 cada (duas repetições ou unidades de amostragem), marcadas em 

GPS, medidas com o auxílio de uma fita métrica e delimitadas nos vértices por estacas de 

madeira colocadas no terreno. 


26


Refira-se que, para auxílio na delimitação das parcelas permanentes, se efectuou nos 

primeiros anos de observações uma numeração das árvores presentes nos pontos de 

vigilância contribuindo para uma melhor localização das parcelas de visita para visita. No 

entanto, este ano, a delimitação dessas mesmas parcelas encontrou uma dificuldade 

acrescida devido às chuvas que arrastaram a tinta utilizada na numeração das árvores. 

De modo a permitir a visualização da área rectangular correspondente a cada unidade de 

amostragem, foi colocada uma corda em torno das estacas antes da realização dos 

inventários, sendo essa corda retirada logo a seguir. Teve-se também o cuidado de evitar 

pisar a área compreendida pela corda, de modo a reduzir ao mínimo os danos na vegetação. 

Dentro das unidades de amostragem assim delimitadas foram então realizados os 

inventários. Cada um destes foi complementado com documentação fotográfica, a qual é 

apresentada no anexo IV. 

Os inventários apresentam-se no capítulo 4, seguindo a numeração estabelecida pelo ICP 

Forests. Os taxa são ordenados por ordem decrescente de cobertura, dentro de cada grau de 

presença ordenados por ordem crescente do estrato de vegetação (layer) de acordo com o 

ICP Forests Manual (BFH, 2002). Conforme a obra anterior mencionada (cf. anexo I), e 

por tradução livre, foram definidos os seguintes estratos: 

1 = estrato arbóreo 

2 = estrato arbustivo 

3 = estrato herbáceo 

4 = estrato muscíneo (líquenes e briófitos) 

A informação correspondente a esses mesmos inventários encontra-se igualmente 

sistematizada nos formulários 10a e 10b (cf. anexo II e III respectivamente), elaborada de 

acordo com os procedimentos definidos pelo BFH (1998) e pelo ICP Forests Manual 

(BFH, op. cit.) 


27

3.2.2. Análise numérica dos dados de vegetação 


De forma a avaliar a evolução da biodiversidade utilizaram-se dados referentes a cinco 

anos de observações (2000/2005). Tal opção deve-se ao facto de 1998 e 1999 ter sido a 

fase experimental do projecto, na medida em que só a partir desta data se procedeu à 

delimitação definitiva das parcelas e se pôs em prática a totalidade da metodologia definida 

pelo ICP Forests enquanto que no ano de 2003 não se realizaram quaisquer levantamentos; 

as observações assinaladas com asterisco realizaram-se no período estival, as restantes na 

Primavera. 

A avaliação consistiu numa abordagem qualitativa e quantitativa da biodiversidade ao 

nível das comunidades, e em conformidade com esta perspectiva, utilizaram-se diferentes 

critérios para tal. 

3.2.2.1. Índices numéricos 

A falta de consenso no que diz respeito à quantificação da biodiversidade deve-se à difícil 

e subjectiva ponderação das duas variáveis da diversidade: a riqueza em espécies e a 

equitabilidade das populações. O primeiro componente procura contabilizar o número 

absoluto de espécies por unidade de tempo e espaço, numa comunidade previamente 

definida; o segundo tem por objectivo definir até que ponto as diferentes populações se 

apresentam com a mesma quantidade na comunidade em questão (Magurran, 1988 cit. in 

Amaral, 1998). 

A forma mais elementar de caracterização numérica de uma comunidade é quantificar o 

número de espécies, parâmetro designado por riqueza específica (S). Esta abordagem 

ignora totalmente aspectos como o grau de abundância e uma espécie rara é quantificada 

de igual modo a uma abundante. Com a quantificação da diversidade específica pretende- 

se incorporar a informação da riqueza e também da abundância de espécies (Bernardo, 

1995). 


28


No intuito de avaliar a diversidade específica calculou-se o índice de Shannon-Wiener (H) 

para cada parcela. Este índice (fórmula 3.1) entra em conta com a frequência relativa da 

espécie (pi) que pode ser substituída pela cobertura, e com o número de espécies (S) da 

comunidade. 

H = − 

s 

∑ 

i = 1 

pi ln pi 

(3.1) 

A partir do índice de Shannon-Wiener pode ser calculado o índice de equitabilidade (E) 

(fórmula 3.2) que permite a avaliação da homogeneidade de distribuição das abundâncias 

das espécies, i.e. da semelhança das proporções das várias espécies em cada parcela. Varia 

no intervalo 0-1, correspondendo 1 ao valor máximo de diversidade (Bernardo, op. cit.). 

Valores de equitatibilidade próximos de 0 significam que todos ou quase todos os 

indivíduos são da mesma espécie. 

H 

E = (3.2) 

ln S 

No mesmo sentido também foi calculado o índice de Simpson (NSI) (fórmula 3.3) que varia 

entre 0 e 1 e indica a probabilidade de dois indivíduos, aleatoriamente escolhidos numa 

população, pertencerem a uma mesma espécie (Gonçalves et al., 1999). 

s 

∑ 

i = 1 

2 

D = 1 − pi 

(3.3) 

Quando os valores dos índices resultam em 0, uma única espécie apresenta um coberto de 

100%; valores elevados correspondem a um elevado número de espécies mas também a 

uma distribuição equitativa da proporção das espécies (Azevedo & Caçador, 1999). O 

cálculo destes índices poderá revelar-se muito útil na medida em que se estudou áreas 

relativamente pequenas e poderoso no sentido de fornecer dados importantes acerca das 

mudanças ecológicas que possam ocorrer no tempo (e.g. desflorestação) ou as diferenças 

entre comunidades ecológicas (e.g. entre florestas tropicais e temperadas). 


29


No cálculo dos índices sup. citados para cada parcela excluí-se o estrato arbóreo visto o 

presente estudo se reportar ao componente Assessment of ground vegetation. 

3.2.2.2.Métodos numéricos 

A abordagem quantitativa das questões, que em geral se põem no estudo das comunidades 

vegetais, encontra na estatística multivariada as metodologias adequadas para o 

estabelecimento de sistemas de classificação destas comunidades, recorrendo-se para isso a 

métodos numéricos. Os dados de vegetação sob a forma de inventários (e.g. tabelas 

fitossociológicas) são dados multivariados, i.e. cada unidade de amostra (inventário) é 

caracterizada por uma grande quantidade de atributos (presença e/ou abundância, variáveis 

ambientais), portanto apropriados ao tratamento estatístico multivariado (Capelo, 2003). 

De acordo Orloci (1975) e Gauch (1982) cit in Capelo (op. cit.) a análise multivariada 

constitui um conjunto de técnicas matemáticas destinadas a: 

i. sumariar a redundância, as relações entre as abundâncias dos taxa; 

ii. eliminar/reduzir o ruído, definido formalmente como a componente de variação das 

abundâncias dos taxa não coordenada com a variação dos outros taxa; 

iii. elucidar a representação das relações internas, designadamente as existentes entre 

unidades de amostragem e taxa , e entre taxa e factores ambientais; 

iv. identificar outliers (aspecto referente a parcelas ou taxa muito afastados dos 

restantes em termos de similaridade). 

A função destes métodos será essencialmente a de pôr em evidência, por um lado, as 

relações entre indivíduos e variáveis, e por outro, quer as relações entre as variáveis ou 

grupos de variáveis, quer as relações entre os indivíduos ou grupos deles. Os métodos mais 

usados podem ser classificados em três grandes grupos (Capelo, op. cit.): análise directa de 

gradientes (regressão), análise indirecta de gradientes (ordenação) e cluster analysis 

(classificação). 

Os métodos multidimensionais, de ordenação e/ou classificação, apresentam a 

característica comum de inicialmente assentarem no cálculo de índices ou coeficientes de 

similaridade ou de distância entre os inventários, e de coeficientes de dependência entre as 


30


espécies. Os resultados obtidos através destes métodos dependem da escolha criteriosa da 

métrica utilizada (Ferreira, 1995). 

Neste trabalho, optou-se por uma classificação dos dados ecológicos. Segundo Kent & 

Coker (1992), do ponto de vista epistemológico, o uso de classificações pressupõe 

descontinuidades composicionais na vegetação, ou seja a negação do modelo do 

continuum; assumindo neste contexto o modelo de fitocenose adequa-se a representação 

através de uma classificação numérica (Capelo, op. cit.). 

Este método respeita à constituição de grupos ou classes com significado ecológico 

definidas por inventários, espécies ou variáveis ambientais, segundo regras pré- 

estabelecidas de aglomeração ou divisão daqueles grupos, sendo a representação final do 

tipo dendograma. 

Portanto, as classificações poderão ser divisivas ou aglomerativas. Os métodos divisivos 

partem do conjunto total de objectos (e.g. espécies, parcelas) e, baseado nas suas 

similaridades, dividem-no de forma dicotómica até à satisfação de um critério de paragem, 

ao contrário dos aglomerativos, que partem dos objectos individuais, sendo combinados 

em grupos, até se obter um grupo contendo todos os objectos. 

Por outro lado, o conjunto de objectos incluídos na mesma classe pode constituir um grupo 

monotético ou politético. No primeiro caso, a similaridade entre duas quaisquer entidades é 

baseada no valor de uma única variável (e.g. presença ou ausência de determinada espécie 

numa parcela), i.e. os indivíduos que integram o grupo compartem de um conjunto de 

atributos que são condição necessária e suficiente para se converter em integrante do 

grupo. No segundo a similaridade entre duas quaisquer entidades ou grupos é baseada num 

número elevado de variáveis (e.g. abundância de espécies), no entanto nenhum desses 

atributos é compartilhado por todos os membros (Ferreira, op. cit.). 

Segundo Capelo (op. cit.), os métodos de classificação ainda podem ser hierárquicos ou 

não-hierárquicos, possuindo o primeiro, um elevado valor heurístico e de grande 

homologia com a concepção contemporânea dos ecossistemas. 


31


Na prática, recorrendo ao software SYN-TAX 2000 for Windows, no módulo Hierarchical 

classification, efectuou-se uma cluster analysis aglomerativa pelo método Un-Weighted 

Pair-Group Method using Arithmetic Averages (UPGMA) e com o coeficiente de Jaccard 

(J) que para presença-ausência assume a fórmula 3.4 onde a e b são respectivamente o 

número de espécies de cada um dos inventários e c o número de espécies em comum. 

c 

J = (3.4) 

a + b + c 

O coeficiente pode variar entre 0 e 1, onde 0 indica ausência de espécies em comum e 1 

que ambos os inventários são idênticos. 

Esta análise iniciou-se com os inventários individuais (de 2000 a 2005) que foram sendo 

aglomerados segundo índices de afinidade entre inventários, baseados na co-variação das 

espécies ao longo do conjunto de inventários. De acordo com o procedimento imposto por 

este método de análise foi necessário sintetizar a informação recolhida nas unidades de 

amostragem numa matriz primária de dados: a matriz das espécies que contém informação 

relativa à presença-ausência (0-1) dos taxa determinados em cada um dos inventários de 

vegetação. 


32

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 

4.1. A FLORA NATURAL 

4.1.1. Elenco florístico 


O elenco florístico que seguidamente se expõe apresenta 118 espécimes, repartindo-se 

por 92 géneros, distribuídos por 40 famílias. 

LICHENES 

CLADONEACEAE 

Cladonia foliaceae (Huds.) Willd. 

Local: 11 

Código: 500.018.026 

Brachythecium sp. 

Local: 10 

Código: 315.001.999 

MUSCI 

BRACHYTHECIACEAE 

Homalothecium sericeum (Hedw.) B., S. & G. 

EC: Terrícola, saxícola e epífito. Geralmente em 

lugares relativamente expostos, secos, troncos 

de árvores e dunas. 

DG: Atlântica-Mediterrânica 

Local: 3 

Código: 315.005.005 

Scleropodium purum (Hedw.) Limpr. 

Local: 9 

Código: 315.011.003 

Scleropodium touretii (Brid.) L. Koch 

EC: Terrícola. Taludes relativamente expostos, 

especialmente em habitates costeiros 

DG: Circum-Medit 

Local: 3 


Código: 315.011.004 

BRYACEAE 

Bryum capillare Hedw. var. capillare 

EC: Terri-saxícola. Taludes rochosos e 

ocasionalmente em solos. Comum. 

DG: Circumboreal 

Local: 3 

Código: 317.003.015 

DICRANACEAE 

Campylopus pilifer Brid. 

Local: 11 

Código: 334.004.008 

Dicranum scoparium Hedw. 

EC: Terrícola. Solos com matéria orgânica, 

geralmente mal incorporada; areias dunares. 

Frequente. 

DG: C Europa, Macaronésia 

Local: 11 

Código: 334.011.017 

Grimmia sp. 

GRIMMIACEAE 

EC: geralmente saxícola. 

DG: Cosmopolita 

Local: 10 

33

Código: 350.003.999 

Racomitrium heterostichum (Hedw.) Brid. 

EC: Frequente em rochas ácidas, raro em solo. 

DG: Sub-cosmopolita 

Local: 9, 10 

Código: 350.005.009 

HYPNACEAE 

Hypnum cupressiforme (Hedw.) var. lacunosum 

Brid. 

EC: Geralmente em lugares relativamente 

sombrios, solos básicos, rochas. 

DG: C & S Europa 

Local: 10, 11 

Código: 357.005.003 

LEUCODONTACEAE 

Antitrichia curtipendula (Hedw.) Brid. for. 

curtipendula 

EC: Epífito. Sobre rochas escondidas e base de 

árvores. 

DG: Circum-medit 

Local: 10 

Código: 366.001.002 

Pterogonium gracile (Hedw.) Sm. 

EC: Epífito. Frequente sobre diversos forófitos. 

Saxícola. 

DG: Medit 

Local: 10 

Código: 366.003.001 

POLYTRICHACEAE 

Polytrichum juniperinum Hedw 



.EC: Terrícola. Em comunidades de solos 

geralmente secos e com escassa matéria 

orgânica, em taludes expostos. 


Local: 11 

Código: 385.005.004 

Polytrichum piliferum Hedw. 

EC: Lugares expostos, bem drenados, ácidos. 

Frequente. 


Local: 10 

Código: 385.005.007 

POTTIACEAE 

Pleurochaete squarrosa (Brid.) Lindb. 

EC: Xerófila, terri-arenícola, calcícola. 

DG: Circumboreal-submeditrrânica 

Local: 3 

Código: 387.024.001 

Asplenium onopteris L. 

TF: Hemicriptófito 

PTERIDOPHYTAE 

ASPLENIACEAE 

EC: Planta frequente nos sítios húmidos e 

sombrios de quase todo o país, excepto nas 

regiões mais secas do Leste e do Sul, em solos 

sobretudo ácidos e altitudes não excedendo os 

800m. Encontra-se sob coberto de matas 

caducifólias, ou no solo, ou por vezes com as 

raízes na camada de terra que preenche os 

interstícios maiores das rochas. 

DG: Eurossiberiana e mediterrânica. 

NV: avenca-negra, feitas 

Local: 10 

Código: 017.001.018 

34

Ceterach officinarum DC. 


EC: Muros, fissuras de rochas e taludes terrosos; 

em sítios secos. 

DG: Mediterrânica/Atlântica 

NV: douradinha 

Local: 10 

Código: 017.001.027 

HYPOLEPIDACEAE 

Pteridium aquilinum (L.) kuhn 

TF: Geófito 

EC: Feto terrícola extremamente gregário, 

revestindo grandes áreas (fetais), quer sombrias, 

quer insoladas, nos terrenos ácidos e não 

demasiadamente secos de quase todo o país. 

Frequente como sub-bosque dos pinhais ou dos 

carvalhais degradados, tornando-se grande 

invasor nas zonas florestais dizimadas por 

incêndios. Encontra-se em altitudes que vão do 

nível do mar até cerca de 1500m na Serra da 

Estrela. 


NV: feto-ordinário 

Local: 1, 9, 10 

Código: 015.001.001 

SPERMATOPHYTAE 

GYMNOSPERMAE 

CUPRESSACEAE 

Juniperus communis L. ssp. alpina (Suter) 

Celak. 

TF: Nanofanerófito 

EC: Bosques e matos de alta montanha. 

DG: Alpina Eurossiberiana, montanhas S 

Europa 

NV: zimbro-anão 

Local: 10 



Código: 028.005.002 

Juniperus navicularis Gand. [Juniperus 

oxycedrus L. ssp. transtragana Franco] 


EC: Sítios arenosos, constituindo 

frequentemente sub-bosques dos pinhais 

(mansos ou bravos). 

DG: Endémica de Portugal 

NV: zimbro-galego, piorro 

Local: 4 (fora da parcela) 

Código: 028.005.004 

Pinus pinaster Aiton 

TF: Megafanerófito 

PINACEAE 

EC: Muito cultivado florestalmente no norte e 

centro, menos no Sudeste e Algarve, 

constituindo matas estremes (pinhais bravos); 

possivelmente espontâneo nas areias litorais do 

Norte e Centro. 

DG: Mediterrânea e Eurossiberiana ocidental / 

Atlântica 

NV: pinheiro-bravo 

Local: 1, 11 

Código: 026.007.002 

Pinus pinea L 


EC: Em matas estremes (pinhais mansos) ou 

consociadas sobre solos arenosos, nas zonas de 

clima ameno, mas não muito seco. 

DG: Mediterrânica ocidental 

NV: pinheiro-manso 

Local: 4 

Código: 026.007.013 

Pinus sylvestris L. 


35

EC: Zona elevada da Serra do Gerês e Estrela, 

onde actualmente raia; cultivada florestalmente 

em algumas serras do Norte. 

DG: Eurossiberiana 

NV: pinheiro-silvestre, pinheiro-de-casquinha 

Local: 9 

Código: 026.007.007 

Pseudotsuga menziesii (Mirbel) Franco 

TF: Mesofanerófito 

EC: Cultivada extensivamente para madeira em 

muitas zonas da Europa. 

DG: Norte-Americana 

NV: pseudotsuga 

Local: 9, 10 

Código: 026.002.001 

Aristolochia baetica L. 

ANGIOSPERMAE 

DICOTYLEDONAE 

ARISTOLOCHIACEAE 

TF: Fanerófito escandente 

EC: Sebes e afloramentos rochosos. 

DG: S Península Ibérica e N África 

NV: erva-cavalinha 

Local: 3 

Código: 044.002.002 

BORAGINACEAE 

Lithodora prostrata (Loisiel.) Griseb. ssp. 

lusitanica (Samp.) Valdés 

TF: Caméfito (Lenhoso) 

EC: Matos xerofílicos, pinhais, sebes e areias 

marítimas; geralmente calcífuga. 

DG: Íbero-africana 

NV: sargacinho 

Local: 1, 4 

Código: 148.007.007 



CAMPANULACEAE 

Campanula rapunculus L. 


EC: Prados, incultos e clareiras de matas. 

Abundante. 

DG: Latemediterrânica 

NV: rapôncio, rapúncio, campaínha-rabanete, 

espera-do-campo 

Local: 10 

Código: 168.001.019 

Jasione montana L. ssp. montana 


EC: Vulgar (raramente acima de 1000m). 

DG: Regiões Eurossiberiana e Mediterrânica 

Local: 10 

Código: 168.013.001 

CAPRIFOLIACEAE 

Lonicera periclymenum L. ssp. peryclimenum 


EC: Sebes. 

DG: W, C & S Europa, excepto S Espanha e S 

Portugal 

NV: madressilva 

Local: 10 

Código: 164.006.017 

CARYOPHYLLACEAE 

Arenaria montana L. ssp. montana 

TF: Caméfito (lenhoso) 

EC: Matos e sítios rochosos de regiões frescas. 

DG: Mediterrânica ocidental e Atlântica 

NV: arenária 

Local: 10 

Código: 057.001.018 

36

Silene nutans L. ssp. nutans 


EC: Planta rupícola, sobre sítios secos e 

pedregosos, não calcários. 

DG: Euroasiática 

Local: 10 

Código: 057.028.022 

Silene vulgaris (Moench) Garck ssp. vulgaris 


EC: Terras ricas, fundas. 

DG: Europa 

NV: erva-traqueira, bermim, assobios, alfinetes, 

orelha-de-boi 

Local: 10 

Código: 057.028.069 

Cistus ladanifer L. 


CISTACEAE 

EC: Em solos ácidos, formando matos densos. 

Muito vulgar. 


NV: esteva 

Local: 3 

Código: 112.001.013 

Cistus inflatus Demoly [Cistus psilosepalus 

Sweet.] 


EC: Sobre solos ácidos, em ambientes oceânicos. 

Pouco frequente. 

DG: Endémico no Oeste da Península Ibérica 

NV: sanganho 

Local: 11 

Código: 112.001.008 



Cistus salvifolius L. 


EC: Indiferente edáfico. Muito vulgar. 

DG: Latemediterrânica e Atlântica 

NV: estevinha, sargaço 

Local: 4, 11 

Código: 112.001.010 

Halimium calycinum (L.) C. Koch. [Halimium 

commutatum Pau] 


EC: Matos sobre solos arenosos marítimos. 

Litoral. 


Local: 4, 11 

Código: 112.002.009 

Halimium halimifolium (L.) Willk ssp. 

multiflorum (Dunal) Maire 

TF: Nanofanerofito 

EC: Sítios arenosos, litorais e interiores. 


NV: sargaça 

Local: 4, 11 

Código: 112.002.005 

Helianthemum nummularium (L.) Miller 


EC: Arrelvados e sítios rochosos. 

DG: Europa 

Local: 4 

Código: 112.004.009 

Tuberaria guttata (L.) Fourr. 

TF: Terófito 

EC: Preferencialmente em solos ácidos. Muito 

vulgar e abundante. 

DG: Atlântica 

Local: 3 

Código: 112.003.004 

37

COMPOSITAE 

Aetheorhiza bulbosa (L.) Cass. ssp. bulbosa 

TF: Geófito 

EC: Terras cultivadas, areias marítimas e sítios 

rochosos e secos. 

DG: Mediterrânica e Atlântica 

NV: condrila-de-dioscróides 

Local: 4, 11 

Código: 169.165.001 

Andryala integrifolia L. 


EC: Ruderal. Muito frequente. 

DG: Mediterrânica 

NV: alface-do-monte, tripa-de-ovelha 

Local: 3, 11 

Código: 169.180.001 

Carlina corymbosa L. ssp. corymbosa 

TF: Geófito 

EC: Matos perenifólios e outros sítios áridos. 


Local: 3, 4 

Código: 169.106.003 

Centaurea pullata L. 

TF: Teófito 

EC: Terras cultivadas, incultos e margens de 

caminhos. 

DG: Península Ibérica 

NV: cardinho-das-almorreimas 

Local: 3 

Código: 169.138.221 

Hypochaeris glabra L. 

TF: Terófito 

EC: Sítios secos e áridos, frequentemente 

arenosos, sobre solos ácidos. Muito frequente. 



DG: Holoártica 

NV: leituga 

Local: 3, 11 

Código: 169.158.008 

Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat ssp. 

longirostris Finch & P. D: Sell 

TF: Hemicriptófito ou terófito 

EC: Sobre solos arenosos, ácidos e húmidos. 

Litoral. 

DG: Mediterrânea ocidental 

NV: leituga-dos-Açores 

Local: 3 

Código: 169.159.025 

Pulicaria odora (L.) Reichenb. 


EC: Incultos, charnecas e clareiras de matas 

caducifólias ou perenifólias. 


NV: montã 

Local: 3 

Código: 169.033.001 

Tolpis barbata (L.) Gaertner 

TF: Terófito 

EC: Arrelvados em solos geralmente arenosos. 


NV: molho-de-mocho; leituga 

Local: 3 

Código: 169.150.001 

Corylus avellana L. 

TF: Microfanerófito 

CORYLACEAE 

EC: Geralmente no sub-bosque de carvalhais 

das zonas mais húmidas. 


NV: avelaneira, aveleira, aveleira-comum 

38

Local: 9 

Código: 035.003.001 

DIPSACACEAE 

Pterocephalus diandrus (Lag.) Lag. 

TF: Terófito 

EC: Preferencialmente sobre solos arenosos. 

DG: Endémica da Península Ibérica 

Local: 4 

Código: 167.007.003 

ERICACEAE 

Calluna vulgaris (L.) Hull 


EC: Urzais xerofílicos, geralmente em terrenos 

pobres; calcífuga. 

DG: Paleártica 

NV: torga ordinária; urze 

Local: 1, 11 

Código: 132.003.001 

Erica arborea L. 


EC: Matas e matos em sítios frescos, 

frequentemente húmidos. 


NV: urze-branca 

Local: 10 

Código: 132.001.009 

Erica australis L. 


EC: Urzais, charnecas e matas ralas; calcífuga. 

Vulgar. 

DG: Ibérica 

NV: urze-vermelha 

Local: 1 

Código: 132.001.007 



Erica cinerea L. 


EC: Urzais, matas, sítios rochosos ou secos, 

calcífuga. 


NV: urze-roxa 

Local: 1 

Código: 132.001.006 

Erica umbellata L. 


EC: Urzais e matos xerofílicos, sobre solos 

ácidos, em lugares húmidos; calcífuga. Vulgar 


NV: queiró, queiroga 

Local: 1 

Código: 132.001.008 

Euphorbia exigua L. 

TF: Terófito 

EUPHORBIACEAE 

EC: Terras cultivadas. Muito frequente. 


NV: ésula-menor, titímalo-menor 

Local: 3 

Código: 087.007.064 

Castanea sativa Miller 


FAGACEAE 

EC: Cultivado em matas (soutos) ou árvores 

isoladas, nas regiões montanhosas ou frescas, 

não calcárias, actualmente com tendência a 

desaparecer em certas zonas devido à doença da 

tinta. 

DG: Mediterrânica oriental 

NV: castanheiro 

39

Local: 9, 10 

Código: 036.003.001 

Quercus pyrenaica Willd. 


EC: Sobre solos ácidos, a altitudes superiores a 

800m. 


NV: carvalho-negral 

Local: 10 

Código: 036.004.017 

Quercus rotundifolia Lam 


EC: Matas esclerofílicas. 


NV: azinheira 

Local: 3 

Código: 036.004.004 

Quercus suber L. 


EC: Matas estremes ou consociadas; também 

cultivada em zonas quentes interiores. Vulgar. 


NV: sobreiro 

Local: 4 

Código: 036.004.005 

GERANIACEAE 

Erodium aethiopicum (Lam.) Brumh & Thell. 

ssp. pilosum Guittoneau 

TF: Terófito 

EC: Preferencialmente em solos costeiros e do 

interior. 


Local: 3 

Código: 083.002.025 



Geranium purpureum Vill. 

TF: Terófito 

EC: Erva ruderal, muito comum. 


NV: erva-de-são-roberto 

Local: 4 

Código: 083.001.038 

LABIATAE 

Clinopodium vulgare L. ssp. arundanum (Boiss. 

& Reuter) 

TF: Proto-hemicriptófito 

EC: Matos e matas clareadas e húmidas. 

Frequente. 


NV: clinopódio 

Local: 10 

Código: 151.028.001 

Lavandula sampaiana (Rozeira) Rivas Martinez 

[Lavandula pedunculata (Miller) Cav. ssp. 

sampaiana (Rozeira) Franco] 


EC: Matos em solos siliciosos. Muito vulgar. 

DG: Endémica da Península Ibérica (Província 

Mediterrânea Ibero-Atlântica) 

Local: 3 

Código: 151.038.010 

Rosmarinus officinalis L. 


EC: Matos xerofílicos. Muito abundante. 


Local: 4 

Código: 151.037.001 

40

Teucrium scorodonia L. ssp. scorodonia 


EC: Matas caducifólias, sebes e lugares mais ou 

menos sombrios; sobre solos ácidos. Frequente. 


NV: escorodónia 

Local: 10 

Código: 151.002.011 

Acacia dealbata Link 


LEGUMINOSAE 

EC: Cultivado como ornamental e para fixação 

do solo; subespontâneo e invasor em vários 

sítios. 

DG: Sul-europeia 

NV: mimosa 

Local: 1 

Código: 081.004.003 

Pterospartum tridentatum (L.) Wilk. ssp. 

lasianthum (Spach) Talavera & P. E. Gibbs 

[Chamaespartium tridentatum (L.) P. Gibbs] 


EC: Charnecas e matos, sobre solos ácidos. 


NV: carqueja 

Local: 1 

Código: 081.017.002 

Cytisus grandiflorus DC. 


EC: Matos sobre solos arenosos. 


NV: giesteira-das-sebes 

Local: 11 

Código: 081.012.018 



Cytisus multiflorus (L'Hér.) Sweet 


EC: Matas, urzais e margens de cursos de água; 

calcífuga. 


NV: giesteira-branca 


Código: 081.012.006 

Cytisus striatus (Hill) Rothm. 


EC: Matas, sebes e matos, sobre solos ácidos. 

Frequente. 


NV: giesteira-das-serras 

Local: 1, 10 

Código: 081.012.017 

Genista falcata Brot. 


EC: Matos e charnecas húmidas, sobre solos 

ácidos; calcífuga. 

DG: Mediterrânica ocidental (endémica da 

Província Mediterrânea Ibero-Atlântica) 

NV: tojo-gadanho 

Local: 9, 10 

Código: 081.016.029 

Genista triacanthos Brot. 


EC: Charnecas e matos. Vulgar. 

DG: Ibero-africana 

NV: tojo-molar 

Local: 1, 4 

Código: 081.016.041 

Stauracanthus genistoides (Brot.) Samp. 


EC: Sobre solos arenosos. 

41

DG: Endémica da Península Ibérica (Província 

Lusitano-Andaluza Litoral) 

NV: tojo-manso 

Local: 4 (fora da parcela), 11 

Código: 081.025.002 

Trifolium angustifolium L. 

TF: Terófito 

EC: Erva ruderal ou de sítios secos. 

Preferencialmente sobre solos ácidos. 


NV: trevo-de-folhas-estreitas 

Local: 3 

Código: 081.057.081 

Trifolium arvense L. 

TF: Terófito 

EC: Sítos secos; pastos sobre solos ácidos. 


NV: pé-de-lebre 

Local: 3 

Código: 081.057.049 

Trifolium campestre Shreber 

TF: Terófito 

EC: Arrelvados secos. Muito vulgar. 


NV: trevo-amarelo 

Local: 3 

Código: 081.057.044 

Trifolium cherleri L. 

TF: Terófito 

EC: Sítios secos. 


Local: 3 

Código: 081.057.073 



Trifolium stellatum L. 

TF: Terófito 

EC: Erva ruderal e dos campos. 


NV: trevo-estrelado 

Local: 3 

Código: 081.057.060 

Ulex welwitschianus (Planchon) Espírito Santo, 

Cubas, Lousã, Pardo & Costa [Ulex australis 

Clemente ssp. welwitschianus (Planchon) 

Espírito Santo, Cubas, Lousã, Pardo & Costa] 


EC: Em solos arenosos oligotróficos. Litoral, 

Frequente. 

DG: Endémica do C e S de Portugal 

(Ribatagano-Sadense e Costeiro Vicentino) 

NV: tojo 

Local: 4 

Código: 081.024.009 

Ulex eriocladus C. Vicioso 


EC: Sobre solos ácidos, formando parte de 

urzais e estevais. Frequente. 

DG: Endémica do SW da Península Ibérica 

(Província Luso-Extremadurense) 

NV: tojo 

Local: 3 

Código: 081.024.010 

Ulex europaeus L. ssp. latebracteatus (Mariz) 

Rothm. 


EC: Solos arenosos do litoral. 

DG: Endémico do quadrante NW da Península 

Ibérica 

NV: tojo-arnal 

Local: 11 

Código: 081.024.008 

42

Ulex minor Roth 


EC: Charnecas, matos e sebes, sobre solos 

oligotróficos temporariamente encharcados. 

Raro. 

DG: Atlântica. Endémica da Província Atlântica 

NV: tojo-molar 

Local: 1 

Código: 081.024.002 

Vicia sativa L. ssp. nigra (L.) Ehrh. 

TF: Terófito 

EC: Pastos secos e matos mediterrânicos. Muito 

frequente. 


NV: ervilhaca vulgar 

Local: 10 

Código: 081.049.046 

OLEACAE 

Phillyrea angustifolia L. 


EC: Formando parte de matos, em zonas de 

pouca altitude. Muito frequente. 

DG: Eumediterrânica 

NV: lentisco-bastardo 

Local: 4 (fora da parcela), 11 

Código: 139.008.001 

RESEDACEAE 

Sesamoides purpurascens (L.) G. López 


EC: Montanhas. 

DG: SW Europa 

NV: estrelêta 

Local: 1 

Código: 069.002.002 



ROSACEAE 

Crataegus monogyna Jacq. 


EC: Sebes e bosquetes. 


NV: pilriteiro 

Local: 9 

Código: 080.034.014 

Prunus avium L. var. actiana (L.) C. K. 

Schneider 


EC: Planta boscosa. 


NV: cerejeira-brava 

Local: 10 

Código: 080.035.014 

Rubus ulmifolius Schott 


EC: Bordas de cursos de água e soutos. Muito 

vulgar. 

DG. Latemediterrânica 

NV: silva 

Local: 1, 10 

Código: 080.009.038 

Sanguisorba minor Scop. ssp. magnolii (Spach) 

Briq. 


EC: Arrelvados secos e terrenos rochosos. 

Muito vulgar. 


NV: pimpinela 

Local: 3, 4 

Código: 080.013.006 

43

Galium mollugo L. 

RUBIACEAE 


EC: Matas ralas, sebes e prados. 

DG: Endémica da Europa 

NV: aspérula 

Local: 10 

Código: 144.005.038 

Galium rotundifolium L. 

TF: Geófito 

EC: Matas caducifólias. 


Local: 10 

Código: 144.005.002 

Sherardia arvensis L. 

TF: Terófito 

EC: Ruderal, arvense, geralmente em sítios 

frescos e húmidos. Muito comum. 

DG: Subcosmopolita 

NV: granza-dos-campos 

Local: 3 

Código: 144.002.001 

SCROPHULARIACEAE 

Digitalis purpurea L. ssp. purpurea 


EC: Sítios húmidos, frescos ou sombrios. 

Possivelmente espontânea. 


NV: dedaleira 

Local: 1, 10 

Código: 154.017.002 



Daphne gnidium L. 


THYMELAEACEAE 

EC: Matos esclerofílicos. Muito vulgar. 


NV: trovisco 


Código: 107.001.002 

Daucus crinitus Desf. 


UMBELLIFERAE 

EC: Encostas secas e pousios. 


NV: cenoura-de-folhas-miúdas 

Local: 3 

Código: 129.108.010 

VIOLACEAE 

Viola riviniana Reichenb. 


EC: Matas, prados ou arrelvados. 

DG. Eurossiberiana e Mediterrânica 

NV: violetas-bravas 

Local: 9 

Código: 110.001.018 

MONOCOTYLEDONAE 

CYPERACEAE 

Carex muricata L. ssp. lamprocarpa Celak. 


EC: Usualmente calcífuga. 


Local: 10 

Código: 199.012.010 

44

GRAMINEAE 

Agrostis castellana Boiss. & Reut. 


EC: Nasce em vários tipos de habitat, preferindo 

no entanto solos ácidos e arenosos. 


NV: barbas-de-raposa 

Local: 1, 9, 10 

Codigo: 193.087.025 

Agrostis curtisii Kerguélen 


EC: Sítios secos, como matos xerofílicos, 

clareiras de matas e incultos. Frequente. 


NV: erva-sapa 

Local: 1, 9 

Código: 193.087.003 

Aira caryophyllea L. ssp. caryophyllea 

TF: Terófito 

EC: Sítios secos, como descampados e clareiras 

de matas e matos, em solos arenosos ácidos. 


Local: 11 

Código: 193.076.002 

Arrhenatherum album (Vahl) W. D. Clayton 


EC: Matos, clareiras de matas perenifólias, 

incultos, sítios secos e pedregosos. Abundante. 


NV: balão 

Local: 10 

Código: 193.064.003 

Avena barbata Pott ex Link ssp. barbata 

TF: Terófito 



EC: Sítios secos e incultos, margens de 

caminhos e terrenos cultivados. Frequente. 

DG: Mediterrânica e Irano-Turaniana 

NV: balanco-bravo 

Local: 3 

Código: 193.060.004 

Avenula marginata (Lowe) J. Holub ssp. sulcata 

(Gay ex Delastre) Franco 


EC: Pastos secos. Calcífuga. 

DG: W Europa 

Local: 1 

Código: 193.062.004 

Brachypodium distachyon (L.) Beauv. 

TF: Terófito 

EC: Sítios secos, geralmente descampados. 


Local: 3 

Código: 193.045.005 

Briza maxima L. 

TF: Terófito 

EC: Mais frequente em sítios secos e áridos. 


NV: bole-bole-maior 

Local: 3, 4 

Código: 193.035.002 

Bromus diandrus Roth 

TF: Terófito 

EC: Sítios secos, em vários tipos de solos: 

searas, pastos, pousios, clareiras de matos, por 

vezes também em areias marítimas e sapais. 

Frequente por quase todo o continente. 

DG: S e SW da Europa, N de África, SW de 

Ásia, Macaronésia excepto Cabo Verde 

NV: espigão, saruga 

Local: 3 

45

Código: 193.044.001 

Cynosurus echinatus L. 

TF: Terófito 

EC: Preferencialmente em sítios secos como 

searas e incultos, menos vezes em carvalhais 

xerofílicos ralos. 

DG: S Europa 

NV: rabo-de-cão 

Local: 3 

Código: 193.028.002 

Dactylis glomerata L. ssp. lusitanica Stebbins 

& Zohary 


EC: Lameiros, arrelvados frescos, margens de 

cursos de água e de caminhos, matos e sub- 

bosques, sempre em sítios um tanto frescos ou 

sombrios. 


NV: panasco-das-areias 

Local: 10 

Código: 193.026.001 

Festuca elegans Boiss. 


EC: Matas, matos e arrelvados, em altitude. 

Orófila e calcífuga. 


Local: 10 

Código: 193.004.020 

Holcus lanatus L. 


EC: preferencialmente em sítios frescos e 

húmidos. Muito frequente. 


Local: 1 

Código: 193.083.001 



Holcus mollis L. ssp. mollis 

TF: Geófito 

EC: Sítios frescos ou mesmo encharcados; 

quase sempre em solos ácidos; calcífuga. 

Possivelmente espontânea. Rara. 


NV: erva-molar 

Local: 10 

Código: 193.083.004 

Pseudarrhenatherum longifolium (Thore) Rouy 


EC: Frequente em matos xerofílicos, clareiras 

de matas e incultos, em solos preferencialmente 

ácidos. 

DG: Atlântica. Endémica da Província Atlântica 

Local: 1, 9, 10 

Código: 193.065.001 

Vulpia bromoides (L.) S. F. Gray. 

TF: Terófito 

EC: Em sítios soalheiros, desde matos 

xerofílicos e fendas de muros a prados 

espontâneos ou mesmo lameiros. 

DG: Sul, Oeste e Centro da Europa, estendendo- 

se para Norte até ao paralelo 59º na Escócia, 

mas duvidosamente nativa em boa parte da 

Europa de Leste e do Centro 

NV: vúlpia 

Local: 3 

Código: 193.006.008 

Vulpia myuros (L.) C.C. Gmelin 

TF: Terófito 

EC: Sítios secos e soalheiros. 


NV: vúlpia 

Local: 3 

Código: 193.006.010 

46

IRIDACEAE 

Gynandriris sisyrinchium (L.) Parl. 

TF: Geófito 

EC: Sítios secos em altitudes pouco elevadas. 

DG: Mediterrânica, C & S Portugal 

NV: maios-pequenos 

Local: 3 

Código: 188.004.001 

Asparagus aphyllus L. 


LILIACEAE 

EC: incultos e matos xerofílicos, sobre solos 

preferencialmente ácidos. 

DG: Eumediterrânica 

NV: espargo-bravo-maior 

Local: 4 

Código: 183.048.004 

Asphodelus ramosus L. 

TF: Geófito 

EC: Incultos, sítios pedregosos e fendas de 

rochas, matas e matos abertos. Comum. 


NV: abrótea; gamões 

Local: 3 

Código: 183.005.003 

Ornithogallum narbonense L. 

TF: Geófito 

EC: Muito frequente em solos argilosos, 

calcários ou arenosos, cultivados ou incultos, 

em altitudes não muito elevadas. 

DG: S Europa 

NV: cebolinho-de-flor-branca 


Código: 183.025.005 



Scilla monophyllos Link. 

TF: Geófito 

EC: Em solos ácidos, frequentemente sob 

coberto de matas ralas ou matos xerofílicos. 

Relativamente frequente. 


Local: 4, 11 

Código: 183.027.009 

Simethis planifolia (L.) Gren. 

TF: Geófito 

EC: Em urzais, tojais, terrenos pedregosos e 

clareiras de pinhais e de outras matas. 

DG: Atlântica / Mediterrânea ocidental 

NV: cravo-do-monte 

Local: 1, 11 

Código: 183.010.001 

Urginea maritima (L.) Baker 

TF: Geófito 

EC: Sobre solos arenosos ácidos ou básicos, em 

terrenos pedregosos e incultos. Abundante. 


NV: cebola-albarrã 

Local: 3 

Código: 183.026.003 

47


4.1.2. Espécies endémicas, raras e/ou com estatuto de protecção 

Os líquenes, tal como os briófitos, são organismos de morfologia simples que 

apresentam grande dependência da qualidade do ar e vulnerabilidade à poluição 

atmosférica. Os briófitos, em geral, absorvem água e nutrientes em toda a sua superfície, 

captando-os eficientemente não só durante a chuva mas também a partir da precipitação 

oculta (orvalho e nevoeiro). Estão por isso bastante expostos a contaminantes 

ambientais e que devido à sua acumulação funcionam como importantes bioindicadores 

e também biomonitores de poluentes atmosféricos (Sérgio et al., 1994, 2003). 

Todos os taxa não vasculares inventariados são considerados espécies não ameaçadas. 

Saliente-se que, segundo Sérgio (1987) cit in Sérgio et al. (1994) é notório o estado de 

regressão de Pterogonium gracile e Homalothecium sericeum em algumas áreas de 

distribuição devido sobretudo à acção antropogénica. 

Em seguida enumeram-se alguns taxa vasculares que figuram no elenco florístico e que 

pelas suas características e estatuto, de acordo com as obras consultadas, carecem de 

medidas de protecção. 

• Cistus inflatus Demoly [Cistus psilosepalus Sweet.] 

Endemismo ibérico que ocorre em solos arenosos. Característica da Ericion umbellatae. 

A sua ocorrência verificou-se na Mata de Leiria no sob-coberto de Pinus pinaster. 

• Cytisus striatus (Hill) Rothm. 

Endemismo ibérico. Característica da Ulici-Cytision striati. A sua ocorrência verificou- 

se no sob-coberto de Pinus pinaster (Mata de Leiria) e no de Quercus pyrenaica (Serra 

da Estrela). 

• Festuca elegans Boiss. 

Endemismo ibérico considerado pouco ameaçado. Consta dos anexos II e IV, da 

Directiva 92/43/CEE e anexos B-II e B-IV do Decreto-Lei n.º 140/99. Em Portugal 

ocorre nas serras elevadas da metade norte do país, do Gerês à Estrela em florestas 

(carvalhais e soutos), bosques e matos de montanha. Característica de Festucetum 

elegantis Rivas-Martínez ined., comunidade da zona elevada da serra da Estrela, em 


48


encostas declivosas, entre o mato e as rochas em locais relativamente secos e também 

sob-coberto arbóreo. Tipicamente no piso supramediterrânico. A sua ocorrência 

verificou-se na Serra da Estrela. 

• Juniperus communis L. subsp. alpina Celak 

Estatuto de raro. Em Portugal, a área de ocorrência está inserida nos Parques Nacional 

da Peneda-Gerês e Natural da Serra da Estrela, acima dos 1000 m, particularmente nos 

cervunais abandonados, sendo muito abundante para além dos 1500 m. Bioindicadora 

do habitat da Rede Natura 2000: Urzais-zimbrais geresianos e estrelenses (4030pt4) que 

figura no Anexo I da Directiva 92/43/CEE e no Anexo B-I do Decreto-Lei n.º 140/99. A 

sua ocorrência verificou-se na Serra da Estrela. 

• Lavandula sampaiana (Rozeira) Rivas Martinez 

Endémica da Península Ibérica e da Província Mediterrânea Iberoatlântica. 

Característica da Ulici-Cistion. Inventariou-se na Contenda no sob-coberto de Quercus 

rotundifolia. 

• Pinus pinaster Aiton. 

Espécie indígena de Portugal Continental considerada de baixo risco (LR/Ic) de acordo 

o estatuto IUCN. Quando dominante é bioindicadora dos habitates da Rede Natura 2000: 

Dunas arborizadas das regiões atlântica, continental e boreal (2180) e Dunas com 

floresta de Pinus pinea ou Pinus pinaster (2270) que figuram no Anexo I da Directiva 

92/43/CEE e no Anexo B-I do Decreto-Lei n.º 140/99. Ocorre em dunas costeiras – 

paleodunas e dunas terciárias, verificando-se na região atlântica o habitat 2180 e na 

região mediterrânica o habitat 2270. Inventariou-se na Serra da Lousã e na Mata de 

Leiria. 

• Pinus pinea L. 

Espécie com a categoria de baixo risco (LR/Ic) segundo o estatuto IUCN. Quando 

dominante é bioindicadora do habitat da Rede Natura 2000: Dunas com floresta de 

Pinus pinea ou Pinus pinaster (2270) que figura no Anexo I da Directiva 92/43/CEE e 

no Anexo B-I do Decreto-Lei n.º 140/99. Admite-se que formaria climaces arbóreos nas 


49


areias dunares mais profundas do Algarve. A sua ocorrência verificou-se na Mata de 

Valverde. 

• Pinus sylvestris L. 

Segundo dados paleoecológicos, é a única Pinus orófila com presença confirmada no 

território continental português no Holocénico com espontaneidade na Serra da Estrela, 

no entanto o carácter autóctone de algumas populações geresianas não é consensual. É 

provável que os indivíduos da área da Reserva Biogenética do Planalto Central da Serra 

da Estrela provenham da dispersão das sementes dos exemplares cultivados. Em 

Portugal parece ter o óptimo acima de 1000 m. Este taxa foi inventariado no souto – 

Serra da Padrela. 

• Pseudarrhenatherum longifolium (Thore) Rouy 

Endemismo da Província Atlântica que ocorre sobre solos ácidos. Característica da 

Daboecion cantabricae. A sua ocorrência verificou-se na Serra da Padrela (Castanea 

sativa), Serra da Estrela (Quercus pyrenaica) e Serra da Lousã (Pinus pinaster). 

• Pterocephalus diandrus (Lag.) Lag. 

Endemismo ibérico muito comum que ocorre preferencialmente sobre solos arenosos. 

Característica da Tuberarion guttatae. Inventariada na Mata Nacional de Valverde no 

sob-coberto de Pinus pinea. 

• Quercus pyrenaica Willd. 

Característica da Quercion pyrenaicae e bioindicadora do habitat da Rede Natura 2000: 

Carvalhais estremes de Quercus pyrenaica (9230pt2) que figura no Anexo I da 

Directiva Habitats 92/43/CEE e no Anexo B-I do Decreto-Lei n.º 140/99. A sua 

ocorrência verificou-se na Serra da Estrela. 

• Quercus suber L. 

Espécie protegida pelo Decreto-Lei nº 169/2001, de 25 de Maio, com as alterações 

introduzidas pelo Decreto-Lei nº 155/04, de 30 de Junho. Característica da Quercetalia 

ilicis. Bioindicadora do habitat da Rede Natura 2000: Montados de Quercus spp. de 


50


folha perene (6310) que figura no Anexo I da Directiva 92/43/CEE e no Anexo B-I do 

Decreto-Lei n.º 140/99. Inventariou-se na Mata de Valverde. 

• Quercus rotundifolia Lam. 

Espécie protegida pelo Decreto-Lei nº 169/2001, de 25 de Maio, com as alterações 

introduzidas pelo Decreto-Lei nº 155/04, de 30 de Junho. Característica da Quercetalia 

ilicis. Bioindicadora do habitat da Rede Natura 2000: Montados de Quercus spp. de 

folha perene (6310) que figura no Anexo I da Directiva 92/43/CEE e no Anexo B-I do 

Decreto-Lei n.º 140/99. Verificou-se a sua ocorrência na Contenda. 

• Silene nutans L. ssp. nutans 

Endemismo ibérico com estatuto de rara, associado ao seu carácter esparso em termos 

de distribuição geográfica. Do ponto de vista ecológico, trata-se de uma planta rupícola, 

cujo habitat consiste em sítios secos e pedregosos, não calcários. Característica da 

Trifolio-Geranietea. Inventariou-se na Serra da Estrela. 

• Stauracanthus genistoides (Brot.) Samp. 

Endémica da Península Ibérica e da Província Lusitano-Andaluza Litoral. Característica 

dos sargaçais psamófilos endémicos de Stauracantho-Halimietalia commutati que 

ocorrem no sob-coberto de pinhais (mansos ou bravos) a Sul da Figueira da Foz. 

Bioindicadora do habitat da Rede Natura 2000: Dunas com vegetação esclerofila da 

Cisto-Lavanduletalia (2260) que figura no Anexo I da Directiva 92/43/CEE e no Anexo 

B-I do Decreto-Lei n.º 140/99. Verificou-se na Mata de Leiria. 

• Ulex eriocladus C. Vicioso 

Endemismo ibérico e da Província Luso-Extremadurense. Característica da Ulici- 

Cistion. A sua ocorrência verificou-se na Contenda. 

• Ulex europaeus L. ssp. latebracteatus (Mariz) Rothm. 

Endemismo ibérico que ocorre em solos arenosos litorais. Característica da Calluno- 

Ulicetea. Bioindicadora quando dominante dos habitates da Rede Natura 2000: Tojais 

psamófilos de Ulex europaeus subsp. latebracteatus (2150pt2) e Tojais e urzais-tojais 


51


galaico-portugueses não litorais (4030pt2) que figuram no Anexo I da Directiva 

92/43/CEE e no Anexo B-I do Decreto-Lei n.º 140/99. Verificou-se na Mata de Leiria. 

• Ulex welwitschianus (Planchon) Espírito Santo, Cubas, Lousã, Pardo & Costa 

[Ulex australis Clemente ssp. welwitschianus (Planchon) Espírito Santo, Cubas, 

Lousã, Pardo & Costa] 

Endemismo de Portugal (Ribatagano-Sadense e Costeiro Vicentino) frequente que 

ocorre em solos arenosos. Característica da Coremation albi. Bioindicadora quando 

dominante dos habitates da Rede Natura 2000: Tojais-urzais e tojais-estevais psamófilos 

com Ulex australis subsp. welwitschianus (2150pt1) e Urzais, urzais-tojais e urzais- 

estevais mediterrânicos não litorais (4030pt3) que figuram no Anexo I da Directiva 

92/43/CEE e no Anexo B-I do Decreto-Lei n.º 140/99. A sua A sua ocorrência 

verificou-se na Mata de Valverde. 

• Ulex minor Roth 

Endemismo da Província Atlântica considerado raro. Característica da Calluno- 

Ullicetea e do habitat da Rede Natura 2000: Tojais e urzais-tojais galaico-portugueses 

não litorais (4030pt2) que figura no Anexo I da Directiva 92/43/CEE e no Anexo B-I do 

Decreto-Lei n.º 140/99. Inventariou-se na Serra da Lousã. 


52

4.2. A VEGETAÇÃO NATURAL 

4.2.1. Inventários realizados nas várias parcelas 


Local 1: Serra da Lousã 

1ª Observação 

Parcela A 

T AXA Cobertura % Estrato 

Pinus pinaster Aiton 70 1 

Pterospartium tridentatum (L.) P. Gibbs 15 2 

Erica umbellata L. 5 2 

Agrostis curtisii Kerguélen 5 3 

Agrostis castellana Boiss. & Reuter 5 3 

Pseudarrhenatherum longifolium (Thore) Rouy 5 3 

Pteridium aquilinum (L.) Kuhn 2 3 

Ulex minor Roth 1 2 

Erica cinerea L. 1 2 

Genista triacanthos Brot. 1 2 

Avenula marginata (Lowe) J. Holub ssp. sulcata (Gay ex Delastre) Franco 1 3 

Digitalis purpurea L. ssp. purpurea 1 3 

Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb. ssp. lusitanica (Samp.) Valdés 1 3 

Rubus ulmifolius Schott 0,5 2 

Calluna vulgaris (L.) Hull 0,5 2 

Pinus pinaster Aiton (frut.) 0,5 2 

Simethis planifoli a (L.) Gren. 0,5 3 

Holcus lanatus L. 0,5 3 

Sesamoides purpurascens (L.) G. López 0,1 3 



Parcela B 


Pinus pinaster Aiton 60 1 

Pterospartum tridentatum (L.) P. Gibbs 30 2 

Erica umbellata L. 20 2 



Acacia dealbata Link 

2 2 

Ulex minor Roth 2 2 


Erica cinerea L. 1 2 

Erica australis L. 1 2 

Pinus pinaster Aiton (frut.) 1 2 


Digitalis purpurea L. ssp. purpurea 

1 3 

Calluna vulgaris (L.) Hull 0,5 2 

Cytisus striatus (Hill) Rothm. 0,5 2 

Simethis planifolia (L.) Gren. 0,5 3 


53


Local 3: Perímetro Florestal da Contenda (Moura) 


Parcela A 


Quercus rotundifolia Lam. 20 1 

Homalothecium sericeum (Hedw.) B., S. & G. 20 4 

Brachypodium distachyon (L.) Beauv. 15 3 

Vulpia myuros (L.) C.C. Gmelin 10 3 

Vulpia bromoides (L.) S.F. Gray 10 3 

Pleurochaete squarrosa (Brid.) Lindb. 7 4 

Cistus ladanifer L. 3 2 

Ulex eriocladus C. Vicioso 2 2 

Avena barbata Pott ex Link 2 3 

Asphodelus ramosus L. 2 3 

Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat ssp. longirostris Finch & P. D. Sell 2 3 

Carlina corymbosa L. ssp. corymbos a 

2 3 

Scleropodium touretii (Brid.) L. Koch 2 4 

Bryum capillare Hedw. var. capillare 2 4 

Bromus diandrus Roth 1 3 

Sanguisorba minor Scop. ssp. magnolii (Spach) Briq. 1 3 

Daucus crinitus Desf. 

1 3 

Briza maxima L. 1 3 

Centaurea pullata L. 0,5 3 

Tuberaria guttata (L.) Fourr. 0,5 3 

Gynandriris sisyrinchium (L.) Parl. 0,5 3 

Cynosurus echinatus L. 

0,5 3 

Aristolochia baetica L. 0,2 3 

Erodium aethiopicum (Lam.) Brumh. & Thell. ssp. pilosum Guittonneau 0,2 3 

Lavandula pedunculata (Miller) Cav. ssp. sampaiana (Rozeira) Franco 0,1 2 

Urginea maritima (L.) Baker 0,1 3 

Trifolium cherleri L. 0,1 3 

Trifolium campestre Schreber 0,1 3 

Trifolium stellatum L . 

0,1 3 

Euphorbia exigua L. 0,1 3 

Trifolium arvense L. 0,1 3 

Tolpis barbata (L.) Gaertner 0,1 3 

Hypochaeris glabra L. 0,1 3 

Trifolium angustifolium L. 0,1 3 



Parcela B 


Quercus rotundifolia Lam. 80 1 

Brachypodium distachyon (L.) Beauv. 30 3 

Homalothecium sericeum (Hedw.) B., S. & G. 12 4 

Pleurochaete squarrosa (Brid.) Lindb. 10 4 

Cistus ladanifer L. 5 2 

Sanguisorba minor Scop. ssp. magnolii (Spach) Briq. 5 3 

Trifolium stellatum L. 5 3 

Ulex eriocladus C. Vicioso 3 2 

Carlina corymbosa L. ssp. corymbosa 3 3 

Cynosurus echinatus L. 2 3 

Bryum capillare Hedw. var. capillare 2 4 

Scleropodium touretii (Brid.) L. Koch 2 4 

Trifolium cherleri L. 1 3 

Trifolium campestre Schreber 

1 3 

Trifolium arvense L. 1 3 

Trifolium angustifolium L. 1 3 

Vulpia myuros (L.) C.C. Gmelin 1 3 

Tuberaria guttata (L.) Fourr. 1 3 

Vulpia bromoides (L.) S.F. Gray 

1 3 

Avena barbata Pott ex Link 1 3 

Andryala integrifolia L. 1 3 

Lavandula pedunculata ( Miller) Cav. ssp. sampaiana (Rozeira) Franco 0,5 2 

Asphodelus ramosus L. 

0,5 3 

Aristolochia baetica L. 0,5 3 

Erodium aethiopicum (Lam.) Brumh. & Thell. ssp. pilosum Guittonneau 0,5 3 

Pulicaria odora (L.) Reichenb. 0,5 3 

Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat ssp. longirostris Finch & P. D. Sell 0,5 3 

Tolpis barbata (L.) Gaertner 0,5 3 

Sherardia arvensis L . 

0,5 3 

Euphorbia exigua L. 0,1 3 


54


Local 4: Mata Nacional de Valverde (povoamento de pinheiro manso); Alcácer do Sal 


Parcela A 

T AXA 

Pinus pinea L. 

Cobertura % 

80 

Estrato 

1 

Aetheorhiza bulbosa (L.) Cass. ssp. bulbosa 30 3 


Rosmarinus officinalis L. 5 2 


Genista triacanthos Brot . 

3 2 

Pinus pinea L. (plântula) 3 3 

Cistus salvifolius L. 2 2 

Halimium calycinum (L.) C. Koch 1 2 

Asparagus aphyllus L. 0,5 2 

Ulex australis Clemente ssp. welwitschianus (Planchon) Espírito Santo, Cubas, Lousã, Pardo & Costa 0,5 2 

Helianthemum nummularium (L.) Miller 0,5 3 

Pterocephalus diandrus (Lag.) Lag. 0,1 3 

Geranium purpureum Vill. 0,1 3 

Scilla monophyllos Link 0,1 3 



Parcela B 


Pinus pinea L. 80 1 




Halimium calycinum (L.) C. Koch 2 2 

Ulex australis Clemente ssp. welwitschianus (Planchon) Espírito Santo, Cubas, Lousã, Pardo & Costa 2 2 


Pinus pinea L. (plântula) 2 3 

Rosmarinus officinalis L . 

1 2 

Scilla monophyllos Lin k 

1 3 

Asparagus aphyllus L. 0,5 2 

Carlina corymbosa L. ssp. corymbosa 0,5 3 

Quercus suber L. (frut.) 0,2 2 

Sanguisorba minor Scop. ssp. magnolii (Spach) Briq. 0,2 3 

Geranium purpureum Vill. 0,2 3 

Halimium halimifolium (L.) Willk. ssp. multiflorum (Dunal) Maire 0,1 2 


55


Local 9: Serra da Padrela (Vila Pouca de Aguiar) 


Parcela A 


Castanea sativa Miller 98 1 

Castanea sativa Miller (arbusto) 50 2 




Pinus sylvestris L. 2 1 



1 4 

Scleropodium purum (Hedw.) Limpr. 1 4 



Parcela B 


Castanea sativa Miller 98 1 






Genista falcata Brot. 0,5 2 

Pseudotsuga menziesii (Mirbel) Franco 0,5 2 

Crataegus monogyna Jacq. 0,5 2 


0,5 4 

Scleropodium purum (Hedw.) Limpr. 0,5 4 

Viola riviniana Reichenb. 0,2 3 

Pinus sylvestris L. 0,1 1 

Corylus avellana L. 0,1 2 


56


Local 10: Serra da Estrela (Manteigas) 


Parcela A 

T AXA 



Cobertura % 

90 

35 

Estrato 

1 

3 

Juniperus communis L. ssp . alpina (Suter) Celak. 20 2 

Holcus mollis L. ssp. mollis 15 3 

Teucrium scorodonia L. ssp. scorodonia 15 3 



Rubus ulmifolius Schott 5 2 

Clinopodium vulgare L. ssp. arundanum (Boiss.) Lyman 5 3 

Silene nutans L. 5 3 

Arenaria montana L. ssp. montana 3 3 

Genista falcata Brot. 2 2 

Digitalis purpurea L. ssp. purpure a 

2 3 

Pterogonium gracile (Hedw.) Sm. 2 4 

Antitrichia curtipendula (Hedw.) Brid. fo. curtipendula 2 4 

Brachythecium sp. 2 4 

Hypnum cupressiforme (Hedw.) var. lacunosum Brid. 2 4 

Pseudotsuga menziesii (Mirbel) Franco 1 2 

Quercus pyrenaica Willd. (fru t.) 

1 2 

Cytisus striatus (Hill) Rothm. 1 2 

Lonicera periclymenum L. ssp. periclymenum 1 2 

Dactylis glomerata L. ssp. lusitanica Stebbins & Zohary 1 3 

Campanula rapunculus L. 0,5 3 

Pseudarrhenatherum longifolium (Thore) Rouy 0,5 3 

Arrhenatherum album (Vahl) W.D. Clayton 0,5 3 

Carex muricata L. ssp. lamprocarpa Celak. 0,5 3 

Silene vulgaris (Moench) Garcke 0,5 3 

Galium rotundifolium L. 0,5 3 

Galium mollugo L. 0,5 3 

Jasione montana L. ssp. montana 0,5 3 



Parcela B 

T AXA 



Pteridium aquilinum (L.) Kuhn 

Cobertura % 

90 

40 

30 

Estrato 

1 

3 

3 

Juniperus communis L. ssp . alpina (Suter) Celak. 20 2 

Holcus mollis L. ssp. mollis 20 3 

Teucrium scorodonia L. ssp. scorodonia 10 3 

Rubus ulmifolius Schott 7 2 

Quercus pyrenaica Willd. (frut.) 5 2 

Genista falcata Brot. 5 2 


Prunus avium L. var. actiana (L.) C.K. Schneider 4 2 

Silene nutan s L. 3 3 

Grimmia sp. 3 4 


Racomitrium heterostichum (Hedw.) 

Brid. 3 4 

Polytrichum piliferum Hedw. 3 4 

Pterogonium gracile (Hedw.) Sm. 3 4 

Clinopodium vulgare L. ssp. arundanum (Boiss.) 

Lyman 2 3 

Pseudotsuga menziesii (Mirbel) Franco 1 2 


Dactylis glomerata L. ssp. lusitanic a Stebbins & Zohary 1 3 

Arenaria montana L. ssp. montana 1 3 

Digitalis purpurea L. ssp. purpurea 1 3 

Galium mollugo L. 1 3 

Cytisus striatus (Hill) 

Rothm. 0,5 2 

Erica arborea L. 0,5 2 

Jasione montana L. ssp. montana 0,5 3 

Galium rotundifolium L. 0,5 3 

Vicia sativa L. ssp. nigra (L.) Ehrh. 0,5 3 

Campanula rapunculus L. 0,5 3 

Asplenium onopteris L. 0,5 3 

Ceterach officinarum DC. in Lam. & DC. 0,5 3 

Arrhenatherum album (Vahl) W.D. Clayton 0,5 3 


57


Local 11: Mata Nacional de Leiria 


Parcela A 

T AXA 


Calluna vulgaris (L.) Hull 

Dicranum scoparium Hedw. 

Hypnum cupressiforme (Hedw. ) var. lacunosum Brid. 

Cobertura % 

60 

20 

10 

10 

Estrato 

1 

2 

4 

4 

Polytrichum juniperinum Hedw. 

10 4 

Phillyrea angustifolia L. 7 2 

Cladonia foliaceae (Hudson) Willd. 5 4 

Stauracanthus genistoides (Brot.) Samp. 3 2 


Halimium halimifolium (L.) Willk. 

ssp. multiflorum (Dunal) Maire 1 2 

Pinus pinaster Aiton (frut.) 1 2 

Simethis planifolia (L.) Gren. 1 3 

Ulex europaeus L. ssp. latebracteatus Mariz 0,5 2 

Halimium calycinum (L.) C. Koch 0,5 2 

Cytisus grandiflorus DC. 0,5 2 

Aira caryophyllea L. ssp . caryophyllea 0,5 3 

Scilla monophyllos Lin k 

0,1 3 

Andryala integrifolia L. 0,1 3 



Parcela B 

T AXA 


Cobertura % 

70 

Estrato 

1 

Calluna vulgaris (L.) Hu ll 

25 2 

Phillyrea angustifolia L. 20 2 

Stauracanthus genistoides (Brot.) Samp. 10 2 



Dicranum scoparium Hedw. 3 4 

Campylopus pilifer Brid. 3 4 


Aira caryophyllea L. ssp. caryophyllea 2 3 

Halimium halimifolium (L.) Willk. ssp. multiflorum (Dunal) Maire 1 2 

Cistus infatus Sweet 1 2 

Hypochaeris glabra L. 1 3 

Cladonia foliaceae (Hudson) Willd. 1 4 

Halimium calycinum (L.) C. Koch 0,5 2 

Simethis planifolia (L.) Gren. 0,5 3 

Pinus pinaster Aiton (plântula) 0,5 3 


58

4.2.2. Descrição das comunidades vegetais 


Em seguida apresenta-se uma breve caracterização da vegetação potencial natural e da 

vegetação actual para as diferentes parcelas desenvolvida a partir dos trabalhos: Costa et 

al. (1998, 1999, 2004), Rivas-Martínez et al. (2000, 2001, 2002a, 2002b). 

Serra da Padrela – Vila Pouca de Aguiar 

A série observada é o Holco mollis-Querco pyrenaicae sigmetum, série silicícola, 

supramediterrânica, mesotemperada, sub-húmida a húmida, Carpetano-Leonesa e Luso- 

Extremadurense do carvalhal-negral, em que a cabeça de série é o carvalhal-negral 

Holco mollis-Quercetum pyrenaicae Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1956. A primeira etapa 

de substituição é o giestal/urzal Genisto falcatae-Ericetum arboreae Ortiz, Amigo & 

Izco 1991, sendo o urzal/tojal Halimio alyssoidis-Pterospartetum tridentatae (Br.-Bl., P. 

Silva & Rozeira 1964 ) F. Prieto in T.E. Díaz 1990 [Ulici minoris-Ericetum umbellatae 

Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1964] a última etapa lenhosa conhecida. A vegetação actual 

da parcela é um fragmento do Halimio alyssoidis-Pterospartetum tridentatae (Br.-Bl., P. 

Silva & Rozeira 1964 ) F. Prieto in T.E. Díaz 1990. Na orla do souto observou-se, em 

parte fragmentado, o giestal/urzal Genisto falcatae-Ericetum arboreae Ortiz, Amigo & 

Izco 1991. 

Serra da Estrela – Manteigas 

Observou-se a série acima mencionada, encabeçada pelo carvalhal-negral Holco mollis- 

Quercetum pyrenaicae Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1956, mas com diferentes etapas de 

substituição, visto os dois locais se situarem em territórios biogeográficos distintos. A 

primeira etapa de substituição será o giestal Lavandulo sampaianae-Cytisetum multiflori 

Br.-Bl., P.Silva & Rozeira 1964, sendo o tojal Junipero nanae-Ericetum aragonensis 

Br.-Bl., P. Silva, Rozeira & Fontes 1952 a segunda etapa regressiva da série. Estas 

comunidades observaram-se nas áreas adjacentes do carvalhal. A vegetação actual da 

parcela, que corresponde à vegetação potencial é o carvalhal de carvalho-negral Holco 

mollis-Quercetum pyrenaicae Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1956. 


59

Serra da Lousã 


O Viburno tini-Querco roboris sigmetum é uma série beirense litoral e sintrana, em 

solos derivados de granito ou xisto, mesomediterrânica inferior ou termotemperada, 

húmida a hiper-húmida do carvalho-alvarinho (Quercus robur). Esta série é encimada 

pelo carvalhal de carvalho-alvarinho termófilo Viburno tini-Quercetum roboris (Br.-Bl., 

P. Silva & Rozeira 1956) J.C. Costa, Capelo, Honrado, Aguiar & Lousã 2002; tem 

como segunda etapa o giestal Ulici latebracteati-Cytisetum striati Rivas-Martínez ex 

J.C. Costa, Izco, Lousã, Aguiar & Capelo in J.C. Costa, Capelo, Lousã, Antunes, Aguiar, 

Izco & Ladero 2000, enquanto que o urzal/tojal Halimio alyssoidis-Pterospartetum 

tridentatae (Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1964 ) F. Prieto in T.E. Díaz 1990 é a etapa 

regressiva mais conspícua. 

Mata Nacional de Leiria 

O Myrico fayo-Arbuto unedonis sigmetum é uma série psamofílica, mesomediterrânica, 

sub-húmida do Divisório Português, encabeçada pelo medronhal com samouco Myrico 

fayo-Arbutetum unedonis Capelo & Mesquita 1998; trata-se de uma comunidade 

permanente (plei-climax). A etapa regressiva que se conhece até ao momento é o mato 

Stauracantho genistoidis-Corematetum albi Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1964, 

comunidade esta que se identificou na parcela. Importa salientar que ocorrem na parcela 

alguns lentiscos bastardos (Phillyrea angustifolia) e nas zonas adjacentes medronheiros 

(Arbutus unedo). Há ainda a referir que, devido ao facto das areias serem muito recentes, 

a vegetação potencial não é um bosque de sobreiros (Oleo-Quercetum suberis) mas sim 

um medronhal. 

O Oleo sylvestris-Querco suberis sigmetum é uma série do sobreiro (Quercus suber) 

silicícola, arenícola, seca a sub-húmida, gaditano-onubo-algarviense. Nas areias do 

sector Ribatagano-Sadense observa-se o bosque de sobreiros Oleo sylvestris-Quercetum 

suberis Rivas Goday, F. Galiano & Rivas-Martínez in Rivas-Martínez 1987 a encimar 

esta série; na sua orla e clareiras pode ocorrer o Arbutus unedo formando medronhais 

(Phillyreo angustifoliae-Arbutetum unedonis Rivas Goday & Galiano in Rivas Goday et 

al. 1959); o zimbral Daphno gnidii-Juniperetum navicularis Rivas-Martínez, Lousã, T. 

E. Díaz, Fernández-González & J.C. Costa 1990, em alguns locais, é a primeira etapa 


60


regressiva ou, mais raramente, o Junipero navicularis-Quercetum lusitanicae 

(Rothmaler 1954) Rivas-Martínez, Lousã, T. E. Díaz, Fernández-González & J.C. Costa 

1990 ou as murteiras do Asparago aphylli-Myrtetum communis Rivas-Martínez, Cantó, 

Fernández-González & Sánchez-Mata ex J.C. Costa, Lousã & Espírito-Santo 1997; 

segue-se a comunidade endémica do sector Thymo capitellati-Stauracanthetum 

genistoidis (Rothmaler 1954) Rivas-Martínez, T.E. Díaz & F. Fernandez-Gonzalez 1990; 

nos solos decapitados ocorre o Erico umbellatae-Ulicetum welwitschiani Capelo, J.C. 

Costa, Neto & Lousã in J.C. Costa, Capelo, Neto, Espírito-Santo & Lousã 1997, 

também endémico deste sector; na Primavera, nas clareiras, observa-se prados anuais do 

Corynephoro macrantheri-Arenarietum algarbiensis P. Silva & Teles ex Rivas- 

Martínez & Izco 2002. Muitos destes sobreirais encontram-se transformados em 

montados e, por isso, sob o seu coberto só se assinalam as etapas mais degradadas. 

Mata Nacional de Valverde – Alcácer do Sal 

A parcela está ocupada por uma plantação de pinheiro (Pinus pinea) que implicou a 

degradação dos matos pré-existentes. Profundamente alterado, este biótopo apresenta 

como mato dominante a associação Thymo capitellati-Stauracanthetum genistoidis 

(Rothmaler 1954) Rivas-Martínez, T.E. Díaz & F. Fernandez-Gonzalez 1990, matos 

psamofílicos termomediterrânicos sub-húmidos endémicos das sub-províncias Sadense- 

Divisório Portuguesa e Gaditano-Algarviense. 

Perímetro Florestal da Contenda – Barrancos 

O Pyro bourgaeanae-Querco rotundifoliae sigmetum é uma série luso-extremadurense, 

mesomediterrânica, seca a sub-húmida, silicícola da azinheira (Quercus rotundifolia), 

em que a cabeça de série é o azinhal do Pyro bourgaeanae-Quercetum rotundifoliae 

Rivas-Martínez 1987; a primeira etapa de substituição é o escoval / piornal- amarelo 

Genistetum polyanthi Rivas-Martínez & Belmonte ex Capelo, Lousã & J.C. Costa 1996 

constituída por Genista polyanthos e Retama sphaerocarpa; a segunda é o esteval 

Genisto hirsutae-Cistetum ladaniferi Rivas-Goday 1955 em solos muito erosionados, 

sendo a última etapa o prado anual Trifolio cherleri-Plantagineum bellardi Rivas Goday 

1958. Muitos destes azinhais estão transformados em montados que são pastoreados, 


61


desenvolvendo-se no sob-coberto um prado vivaz Trifolio subterranei-Poetum bulbosae 

Rivas Goday 1964 nom. inv. propos. 

4.2.3. Cálculo dos índices de diversidade 

Quadro 4.1. Valores de riqueza específica (S) das parcelas estudadas entre 2000 e 2005 

Local Parcela 2000 2001 2002 2004 2005 

Serra da Padrela A 13 11 13 13 8 

B 12 15 13 11 13 

Serra da Estrela A 29 27 29 27 29 

B 25 30 32 32 32 

Serra da Lousã A 5 14* 19 18 18 

B 13 17* 16 15 15 

Mata de Leiria A 14 14 17 19 17 

B 12 13 13 13 16 

Mata de Cabeção A 32 38* 41 28 - 

B 28 28* 37 21 - 

Mata de Valverde (sobreiro) A 31* 40 45 40 - 

B 21* 26 39 31 - 

Mata de Valverde (pinheiro) A 14* 28 25 19 14 

B 21* 30 34 27 15 

Perímetro Florestal da Contenda A 59 52 57 48 33 

B 49 48 40 39 29 

Para melhor comparação destes dados, reuniram-se os vários elementos de forma a 

construir o espectro do número de espécies (figura 4.1.) de cada parcela. 

Nº espécie 

65 

60 

55 

50 

45 

40 

35 

30 

25 

20 

15 

10 

5 

0 

Riqueza específica 

Parcelas 

Figura 4.1. Espectro da riqueza específica (S) das parcelas estudadas entre 2000 e 2005 


2000 

2001 

2002 

2004 

2005 

62


Pela análise do espectro, o maior número de espécies verificou-se na Contenda no ano 

2000 (59 e 49 respectivamente na parcela A e B sendo a maior contribuição do estrato 

herbáceo); o menor na Padrela (8 na A e 13 na B) em 2005, isto não tendo em atenção 

os inventários realizados no ano 2000 na Serra da Lousã, pois em 2001 delimitaram-se 

novas parcelas, em virtude das árvores derrubadas por ventos fortes no Outono anterior 

(Costa et al., 2001). Numa apreciação geral verifica-se uma constância do número de 

espécies ao longo dos 5 anos de observações nas parcelas mais a Norte (Padrela, Estrela, 

Lousã e Leiria) ao contrário da notória variabilidade nas localizadas mais a Sul, 

variação esta que pode ser explicada pelas distintas condições edafo-climáticas dos 

territórios. De entre os diversos factores climáticos, a precipitação e a temperatura são 

os mais relevantes na distribuição dos taxa. A forma como se processa a distribuição 

das chuvas ao longo do ano é um aspecto extremamente importante para a adaptação e 

sobrevivência dos especímenes enquanto que as flutuações da temperatura do ar e do 

solo têm grande influência na maioria dos processos vitais. A Sul, a queda 

pluviométrica anda na ordem dos 600 mm distribuída pelos meses de Inverno. 

Apresenta uma estação seca bem definida caracterizada por um período quente e seco 

típico do clima mediterrânico. Estas circunstâncias fazem com que haja um intervalo 

bastante amplo na variação do número de espécies de ano para ano. Esta oscilação é 

bem evidente na Contenda mostrando um decréscimo acentuado no sentido 2000-2005. 

Quadro 4.2. Valores do índice de Shannon-Wiener (H) para as parcelas estudadas 

Local Parcela 2000 2001 2002 2004 2005 

Serra da Padrela A 1,219 1,279 1,388 1,321 1,278 

B 1,211 1,342 1,306 1,226 1,261 

Serra da Estrela A 2,460 2,309 2,446 2,510 2,577 

B 2,024 2,174 2,397 2,418 2,602 

Serra da Lousã A 1,414 2,181 2,372 2,151 2,236 

B 1,940 1,799 1,485 1,518 1,753 

Mata de Leiria A 2,059 1,977 1,940 2,231 2,153 

B 2,023 2,114 2,195 2,025 2,049 

Mata de Cabeção A 2,519 3,131 2,951 2,049 - 

B 1,834 2,273 2,635 1,851 - 

Mata de Valverde (sobreiro) A 2,484 2,869 3,117 3,254 - 

B 1,235 2,517 3,108 2,881 - 

Mata de Valverde (pinheiro) A 1,788 1,865 2,508 1,907 1,590 

B 2,226 2,092 2,619 2,878 1,820 

Perímetro Florestal da Contenda A 2,676 3,007 2,858 3,094 2,504 

B 2,468 2,778 2,668 2,827 2,495 


63


Reuniram-se os dados de forma a construir o espectro do índice de Shannon-Wiener (H) 

para as parcelas estudadas (figura 4.2.). 

H 

15,0 

14,0 

13,0 

12,0 

11,0 

10,0 

9,0 

8,0 

7,0 

6,0 

5,0 

4,0 

3,0 

2,0 

1,0 

0,0 

Padrela A 

Padrela B 

Estrela A 

Estrela B 

Lousã A 

Índice de Shannon-Wiener 

Lousã B 

Leiria A 

Leiria B 

Parcelas 

Figura 4.2. Espectro do índice de Shannon-Wiener (H) para as parcelas estudadas 

O índice de Shannon apresenta um máximo (3.254) num dos inventários efectuados em 

2004 em Valverde (povoamento de Quercus suber) seguido de 3.131 na Mata de 

Cabeção em 2001. Se fizermos uma análise por parcelas verificamos um índice 

acumulado superior na Contenda (Quercus rotundifolia) com visíveis oscilações anuais, 

seguido pela Serra da Estrela (Quercus pyrenaica). De notar, mais uma vez, que no 

presente ano não se efectuaram levantamentos nos povoamentos de sobreiro (Quercus 

suber) em Valverde e Cabeção, no entanto é possível descortinar elevados valores de 

diversidade. Por último, à semelhança com a curva da riqueza específica, a Serra da 

Padrela apresenta menor diversidade expressa pelo índice de Shannon (1.211). As 

condições climáticas adversas que se fizeram sentir no presente ano notaram-se com 

mais rigor, como seria de esperar, em territórios considerados mais desfavoráveis. É 

evidente pela leitura dos valores de diversidade: a decrescer de 2002 para 2005, nas 

parcelas mais a Sul onde essas condições adversas se sublinharam em oposição ao 

acréscimo sucessivo verificado nas parcelas a Norte. Destaca-se a Serra da Estrela com 

um aumento gradual de 0,050 no valor do índice considerado de 2000 para 2005. 


Cabeção A 

Cabeção B 

Valverde A 

(sobreiro) 

Valverde B 

(sobreiro) 

Valverde A 

(pinheiro) 

2005 

2004 

2002 

2001 

2000 

Valverde B 

(pinheiro) 

Contenda A 

Contenda B 

64

Quadro 4.3. Valores de equitabilidade (E) das parcelas estudadas 


Local Parcela 2000 2001 2002 2004 2005 


B 0,487 0,495 0,509 0,511 0,492 


B 0,629 0,639 0,692 0,698 0,751 


B 0,757 0,635 0,535 0,561 0,647 


B 0,814 0,824 0,856 0,789 0,739 


B 0,550 0,682 0,730 0,608 - 


B 0,731 0,615 0,743 0,839 - 


B 0,406 0,773 0,848 0,873 0,672 


B 0,634 0,718 0,723 0,772 0,741 

Para melhor comparação dos dados, reuniram-se os vários elementos de forma a 

construir o espectro da equitabilidade (figura 4.3.) das várias parcelas. 

E 

1,00 

0,90 

0,80 

0,70 

0,60 

0,50 

0,40 

0,30 

0,20 

0,10 

0,00 

Equitabilidade 

Parcelas 

Figura 4.3. Espectro da equitabilidade (E) para as parcelas estudadas 

O valor máximo de equitatibilidade foi atingido em 2004 nas parcelas de Valverde: 

sobreiral com 0.882 e pinhal com 0.873. O valor mais baixo regista-se no inventário de 


2000 

2001 

2002 

2004 

2005 

65


2000 em Valverde no pinhal (0.406) e na Serra da Padrela (0.475). Esta baixa 

semelhança das frequências das espécies confirma a baixa diversidade desta última 

parcela já evidenciada pelos índices anteriomente calculados. 

Quadro 4.4. Valores do índice de Simpson (D) para as parcelas estudadas 

Local Parcela 2000 2001 2002 2004 2005 


B 0,615 0,598 0,641 0,602 0,606 


B 0,752 0,774 0,836 0,819 0,884 


B 0,794 0,716 0,670 0,675 0,728 


B 0,832 0,861 0,874 0,818 0,811 


B 0,744 0,813 0,885 0,748 - 


B 0,448 0,870 0,930 0,923 - 


B 0,813 0,798 0,875 0,926 0,731 


B 0,840 0,864 0,883 0,907 0,851 

Para melhor comparação de resultados, reuniram-se os vários dados de modo a construir 

o espectro do índice de Simpson (figura 4.4.) das diferentes parcelas. 

D 

5,0 

4,5 

4,0 

3,5 

3,0 

2,5 

2,0 

1,5 

1,0 

0,5 

0,0 

Índice de Simpson 

Parcelas 

Figura 4.4. Espectro do índice de Simpson (D) para as parcelas estudadas 


2005 

2004 

2002 

2001 

2000 

66


Numa apreciação dos elementos apresentados verifica-se o valor máximo numa 

observação realizada em 2004 na parcela de sobreiro em Valverde (0.948), seguido por 

Cabeção (0.943) em 2001 e Contenda (0.941) em 2004. Em geral, nas parcelas a Sul e 

Padrela nota-se um decréscimo do valor de índice de Simpson a partir de 2002. Os 

inventários realizados na Estrela, Lousã e Leiria indicam um aumento gradual ao longo 

do período temporal estudado. 

Pelos valores dos índices calculados é notório o incremento da diversidade com o 

aumento do número de espécies e da equitabilidade. Os valores de diversidade 

específica mais elevados obtiveram-se em inventários realizados em 2002 no 

povoamento de sobreiro na Mata do Cabeção, em 2004 na Mata de Valverde (em 

sobreiro) e no Perímetro Florestal da Contenda (azinheira), e em 2005 na Serra da 

Estrela em carvalho negral. Ignorando o ano de observação e a diferenciação entre 

parcelas (A e B) procedeu-se à compilação dos valores mais elevados dos índices para 

cada ponto (quadro 4.5.) com a intenção meramente estimativa de avaliar qual o local 

com maior diversidade específica. 

Quadro 4.5. Valores máximos dos índices determinados para cada local 

Local 

Valores máximos observados 

S H E D 

Serra da Padrela 15 1,388 0,614 0,641 

Serra da Estrela 32 2,602 0,765 0,885 

Serra da Lousã 19 2,372 0,879 0,876 

Mata de Leiria 19 2,231 0,856 0,874 

Mata do Cabeção 41 3,131 0,861 0,918 

Mata de Valverde (sobreiro) 45 3,254 0,882 0,948 

Mata de Valverde (pinheiro) 34 2,878 0,873 0,926 

Perímetro da Contenda 59 3,094 0,799 0,941 

A Mata de Valverde (povoamento de sobreiro) apresenta equitabilidade superior (0.882) 

e valores dos índices de Shannon-Wiener (3.254) e Simpson (0.948) também superiores, 

o que permite supor uma maior diversidade e superior distribuição equitativa da 

proporção das espécies, bem como um elevado número de espécies. 


67

4.2.4. Classificação estatística 


Da observação do dendrograma pode-se verificar a consistência dos agrupamentos 

resultantes ao nível de local e parcela, com evidentes similaridades entre inventários e 

bem separados entre si, com excepção dos inventários 1A00 e 1B00 (outliers). 

0 

1 A 00 

1 B 00 

1 B 05 

1 B 04 

1 B 02 

1 B 01* 

1 A 01* 

1 A 02 

1 A 05 

1 A 04 

10 B 00 

10 B 01 

10 B 05 

10 B 04 

10 B 02 

10 A 00 

10 A 01 

10 A 05 

10 A 04 

10 A 02 

9 B 04 

9 B 02 

9 B 00 

9 B 05 

9 B 01 

9 A 05 

9 A 00 

9 A 01 

9 A 04 

9 A 02 

3 B 05 

3 A 05 

3 B 04 

3 B 02 

3 A 04 

3 A 02 

3 B 01 

3 A 01 

3 B 00 

3 A 00 

11 B 05 

11 B 04 

11 B 01 

11 B 02 

11 B 00 

11 A 01 

11 A 00 

11 A 02 

11 A 05 

11 A 04 

4 B 00* 

4 A 00* 

4 B 05 

4 A 05 

4 B 01 

4 A 01 

4 B 04 

4 B 02 

4 A 04 

4 A 02 

13 B 00* 

13 A 00* 

13 B 01 

13 A 01 

13 B 04 

13 B 02 

13 A 04 

13 A 02 

2 B 04 

2 A 04 

2 B 02 

2 A 02 

2 B 01* 

2 B 00 

2 A 01* 

2 A 00 

0,05 

0,1 

0,15 

0,2 

0,25 

0,3 

0,35 

0,4 

Dissimilarity 

0,45 

0,5 

0,55 

Figura 4.5. Cluster analysis aglomerativa [UPGMA, coeficiente de Jaccard] aplicada aos 

inventários realizados no período 2000-2005 em parcelas permanentes. 


0,6 

0,65 

0,7 

0,75 

0,8 

0,85 

0,9 

0,95 

68


A segregação de oito grupos baseados na dissimilaridade florística entre inventários 

como resposta às diferentes situações ecológicas indica que existe uma forte separação 

entre os oito locais analisados. Observando individualmente cada formação tiram-se 

algumas elações generalizáveis: i) durante cada ciclo de agrupamento, apenas um par de 

inventários (um inventário com um inventário; um inventário com um grupo 

(segregação) já existente; um grupo com outro grupo) se pode agrupar formando um 

novo cluster; ii) na Serra da Lousã (local 1), Cabeção (2), Contenda (3) e Valverde (4- 

povoamento de pinheiro manso e 13-povoamento de sobreiro) existe maior correlação 

florística entre a parcela A e a parcela B do mesmo local no mesmo ano de observação 

(2000/2001) enquanto que em 2002/2004 a afinidade é maior entre parcelas “A’s e B’s” 

respectivamente. Quanto à Serra da Padrela (9), Serra da Estrela (10) e Mata de Leiria 

(11) verifica-se maior similaridade florística entre as parcelas A em todos os anos de 

observação, à semelhança com as parcelas B. Este facto permite inferir que estas três 

últimas formações provavelmente se encontrarão num estádio mais estável, daí não se 

verificarem, na escala temporal, alterações significativas na composição florística. 

Constata-se a aglomeração das observações da Serra da Estrela (10) e da Padrela (9) que 

aponta alguma analogia florística, justificável devido a ambas as parcelas assentarem 

em granitos e se encontrarem, sensivelmente, à mesma altitude. O mesmo se pressupõe 

quanto ao agrupamento formado pelas parcelas da Mata do Cabeção (2) e Valverde (4 e 

13) que apresentam o mesmo tipo de substracto (areias) e Biogegrafia (integram o 

Sector Ribatago-Sadense). Observa-se ainda a segregação em três grupos, Serra da 

Lousã (1), Mata de Leiria (11) e Perímetro Florestal da Contenda (3), que evidencia a 

sua divergente composição florística. A título de exemplo, descriminemos os factores 

referentes à Herdade da Contenda. Este território caracterizado pelo montado de azinho 

(Quercus rotundifolia) apresenta características biofísicas próprias (e.g. pouco chuvoso, 

plano, xistoso) que permitem a circunscrição de taxa como Lavandula sampaiana, Ulex 

eriocladus, Cistus ladanifer, Trifolium spp. e alguns briófitos (Bryum capillare, 

Homalothecium sericeum, Pleurochaete squarrosa, Scleropodium touretii). 


69

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 


Este trabalho que consistiu na caracterização e avaliação da biodiversidade em parcelas 

permanentes reporta-se ao componente Assessment of Ground Vegetation do Nível II do 

programa de vigilância contínua em parcelas permanentes imposto pelo International 

Co-operative Programme on the Assessment and Monitoring of Air Pollution Effects on 

Forests (ICP Forests). 

A caracterização do estado actual das parcelas foi elaborada com base nos inventários 

relativos ao presente ano de observações em seis parcelas permanentes. Não só foram 

tidos em conta dados já existentes (e.g. localização, topografia), como também foi 

actualizada informação respeitante à biogegrafia e bioclimatologia (nomeadamente 

através da obtenção de séries de dados meteorológicos mais recentes). 

Os táxones com interesse para conservação apareceram associados principalmente à 

série de carvalhal-negral Holco mollis-Querco pyrenaicae S. (Serra da Estrela) onde se 

destaca o endemismo Festuca elegans que consta dos anexos II e IV, da Directiva 

92/43/CEE e anexos B-II e B-IV do Decreto-Lei n.º 140/99. No que respeita aos 

habitates que figuram no anexo I da Directiva 92/43/CEE como os montados de azinho 

(Contenda) e sobro (Cabeção e Valverde) salienta-se a falta de medidas de gestão com 

vista à sua conservação, ordenação e exploração sustentada. 

Na generalidade das parcelas, a riqueza específica (S) aumenta gradualmente de 2000 

até 2002, verificando-se um decréscimo nos anos posteriores com duas excepções: o 

aumento gradual na Serra da Estrela e Mata de Leiria e o decréscimo sucessivo na 

Contenda. O índice de Shannon-Wiener e Simpson apresentam um acréscimo gradativo 

nas parcelas da Serra da Padrela, Lousã A, Leiria, Cabeção e Valverde (em pinheiro e 

sobreiro B) de 2000 a 2002, diminuindo nos anos seguintes. Na parcela Lousã B 

verifica-se o processo inverso. O aumento gradual de 2000 a 2004 é apresentado nas 

parcelas da Estrela e Valverde A (sobreiro). O período de acréscimo na Contenda dura 

até 2004 recaindo em 2005. A equitabilidade apresenta semelhante flutuação aos índices 

anteriores, à excepção na parcela Valverde A (sobreiro) e Estrela (generalizando) que 

decresce até 2001 e aumenta no seguinte período. 


70


A Serra da Padrela apresenta maior diversidade em 2004 em relação a 2000, no entanto 

em 2002 apresentava um valor de diversidade superior. Em relação à Estrela é notório 

um incremento gradativo do valor de diversidade. Na Serra da Lousã verifica-se perda 

progressiva de diversidade até 2004 sendo que as observações deste ano permitem 

visualizar, pelos valores dos vários índices, uma leve recuperação invertendo-se a curva 

da diversidade. A Mata de Leiria mostra um espectro bastante oscilativo, com a curva a 

inverter a sua direcção quase que anualmente. Em relação ao ano passado houve uma 

ligeira diminuição da diversidade. Estes altos e baixos revelam o intenso grau de 

artificialização desta mata. A Mata de Cabeção, até 2002 mostra um progressivo 

aumento de diversidade, invertendo-se esta propensão no ano seguinte de observação. 

No presente ano qualquer que fosse a tendência, essa deixa de existir devido à gradagem 

realizada que dilapidou toda a vegetação aí existente. O mesmo acontecimento se 

constatou na parcela de sobreiro na Mata de Valverde que exibia um crescimento da 

diversidade, travado ligeiramente em 2004 e bruscamente em 2005. Na parcela de 

pinheiro, também localizada na Mata de Valverde verifica-se uma inversão negativa do 

espectro (perda) de diversidade em 2002 na parcela A e em 2004 na parcela B. Por 

último, a Contenda mostra uma constante elevação da diversidade até 2004, seguida de 

uma queda bem assinalada em ambas as parcelas. Esta perda de diversidade, em geral 

desde 2002 poderá dever-se ao agravamento das condições climáticas no período estival 

já de si desfavoráveis ao desenvolvimento dos taxa. Esta tendência só é interrompida 

pelo facto de a parcela localizada na Serra da Estrela exibir uma dinâmica positiva 

relativamente aos índices determinados e também no que se refere à riqueza em 

espécies. 

Os valores de diversidade específica mais elevados obtiveram-se em inventários 

realizados em 2002 no povoamento de sobreiro na Mata do Cabeção, em 2004 na Mata 

de Valverde (em sobreiro) e no Perímetro Florestal da Contenda (azinheira), e em 2005 

na Serra da Estrela em carvalho negral. Posto isto poder-se-á afirmar que as matas de 

Querci mesmo que intervencionadas apresentam maior diversidade específica. 

O tipo de substracto, a altitude, a biogeografia, são variáveis que permitem justificar a 

similaridade (ou dissimilaridade) entre a composição florística das diferentes parcelas 

permanentes. A cluster analysis oferece essa afinidade através da aglomeração das 

observações efectuadas na Serra da Estrela e na Serra da Padrela e uma outra formada 


71


pelas parcelas da Mata do Cabeção e Mata de Valverde, ou seja, aglomera as parcelas 

que apresentam a mesma série de vegetação. 

Dada a utilidade de informação desta natureza para futuros tratamentos de dados, deverá 

ser tomado em consideração o que se expôs acerca das respostas ecológicas dos 

diferentes taxa, em face aos diversos factores ambientais que directa ou indirectamente 

influenciam e determinam o coberto vegetal de um determinado local. Tal informação 

em conjunto com a interpretação das observações de próximos anos poderá contribuir 

para uma melhor compreensão dos nichos ecológicos desses taxa e ajudar a distinguir 

entre tendências próprias da dinâmica evolutiva e eventuais processos degradativos 

relacionados com a poluição do ar. 

Importa sobretudo melhorar a percepção destes territórios com interesse para a 

conservação, num contexto activo de preservação e valorização da biodiversidade. 


72

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 


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74


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do Ambiente. Comissão Nacional do Ambiente. Secretaria de Estado do Ambiente. 

Tutin, T. G.; Burges, N. A.; Chater, A. O.; Edmonson, J. R.; Heywood, V. H.; Moore, D. 

M.; Valentine, D. H.; Walters, S. M. & Weeb, D. A. (1993). Flora Europaea. Psilotaceae 

– Platanaceae 1 (2ª ed.). Cambridge University Press. 

Tutin, T. G.; Heywood, V. H.; Burges, N. A.; Moore, D. M.; Valentine, D. H.; Walters, S. 

M. & Weeb, D. A. (1968). Flora Europaea. Rosaceae – Umbelliferae 2. Cambridge 

University Press. 


80



M. & Weeb, D. A. (1972). Flora Europaea. Diapensiaceae – Myoporaceae 3. Cambridge 

University Press. 


M. & Weeb, D. A. (1976). Flora Europaea. Plantaginaceae – Compositae (and 

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M. & Weeb, D. A. (1980). Flora Europaea. Alismataceae – Orchidaceae 

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Occidental 1. Ketres Ed., Barcelona. 

Valdés, B.; Talavera, S. & Fernández-Galiano, E. (1987b). Flora vascular de Andalucía 

Occidental 2. Ketres Ed., Barcelona. 

Valdés, B.; Talavera, S. & Fernández-Galiano, E. (1987c). Flora vascular de Andalucía 

Occidental 3. Ketres Editora S.A. Barcelona. 

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Externa das Plantas Superiores. Ministério da Economia. Direcção-Geral dos Serviços 

Agrícolas. Serviço Editorial da Repartição de Estudos, Informação e Propaganda. 3ª Ed., 

Lisboa. 227 pp. 


81

ANEXO I – Manual on methods and criteria for harmonized sampling, assessment, 

monitoring and analysis of the effects of air pollution on forests: Part VIII – Assessment of 

Ground vegetation 

ANEXO II – Preenchimento do formulário 10a XX1996.PLV para o ano de 2005 

ANEXO III – Preenchimento do formulário 10b XX1996.VEM para o ano de 2005 

ANEXO IV – Fotografias das parcelas estudadas em 2005 

ANEXO V – Ficheiro output da cluster efectuada 

ANEXO VI – Ficheiro summary da cluster efectuada

UNITED NATIONS ECONOMIC COMMISSION FOR EUROPE 

CONVENTION ON LONG-RANGE TRANSBOUNDARY AIR POLLUTION 

International Co-operative Programme on 

Assessment and Monitoring of Air Pollution Effects on Forests 

MANUAL 

on 

methods and criteria for harmonized sampling, assessment, 

monitoring and analysis of the effects of air pollution on forests 

Part VIII 

Assessment of Ground Vegetation

VIII Assessment of Ground Vegetation 3 

CONTENTS page 

1 Objectives 5 

2 Sampling design 5 

2.1 Total area surveyed, number and shape of sampling units 5 

2.2 Spatial location of the sampling units 6 

2.3 Marking the sampling units 6 

2.4 Additional survey of species outside the sampling units 6 

2.5 Compatibility with other surveys 6 

3 Measurement of species abundance or cover 7 

4 Layers to be recorded 7 

5 Mapping and pictures 8 

6 Date of observations 8 

7 Species studied 8 

8 Frequency 8 

9 Fencing 9 

10 Environmental data collection 9 

11 Quality control 9 

12 Data storage and submission 9 

13 References 13 

Annexes 

Annex 1: Proposal for the transformation between scales and percentage for the 

estimation of species cover 

Annex 2: Forms 

Annex 3: Explanatory items 

Elaborated by: 

Expert Panel on Ground Vegetation Assessment 

Dan Aamlid et al. 

updated 06/2002

1 Objectives 


Within the framework of intensive monitoring activities at Level II, vegetation assessment is 

important for two different reasons. Firstly, vegetation is a major component of forest ecosystems. 

Vegetation layers contain a large part of total forest biological diversity. They play a 

direct role in water or nutrient cycling, and strongly interact with other biotic components (insects, 

game, etc.). Vegetation has been also identified as a specific target for the calculation of 

critical loads/levels. Secondly, vegetation is a good bioindicator of environmental changes. Our 

current knowledge of the ecological niche of numerous plant species allows changes in underlying 

environmental factors to be deduced from vegetation changes. Thus, the long-term study 

of vegetation dynamics at selected locations will provide information on changes in other forest 

ecosystem variables (soil, microclimate, etc.). 

The two main objectives of the vegetation assessment are: 

• characterization of the current state of the forest ecosystems on the basis of their 

composition; 

• monitoring of the vegetation changes due to natural and anthropogenic environmental 

factors. 

The characterization will allow plots to be positioned within identifiable vegetation types. The 

aims of studies of vegetation dynamics are to describe, explain and model succession, by an 

analysis of pathways, causes and mechanisms of vegetation changes. 

2 Sampling design 

Since there is a trade-off between the accuracy of species cover estimation and the area which 

can be surveyed, two different sampling designs may be used, which either lead to a more 

qualitative or to a more quantitative characterization: 

• in the first case, the dynamics are assessed by monitoring changes in the species composition 

of a large number of species over a large area, utilizing sampling units greater than 

100 m 2 , with a low to medium accuracy in estimates of changes in cover for each of these 

species; 

• in the second case, the study concentrates on population dynamics (expansion or regression) 

on a smaller area. Small sampling units (in general under 10 m 2 ) are used for a more 

accurate estimation of species cover. 

The area selected for vegetation assessment must be representative for the plot, in order to 

allow the comparison with other parameters recorded on the same plot. Several sampling units 

can be used in order to obtain statistical replication. 

2.1 Total area surveyed, number and shape of sampling units 

According to phytosociological usage, the minimal requirement is to sample almost all of the 

species at the plot level. In order to achieve comparability of results between countries, a 

common sampling area (CSA) of 400 m 2 , representative for the ground vegetation of the Level 

II plot, is mandatory. This area can be reached as the sum of smaller sub-plots within the Level 


6 VIII Assessment of Ground Vegetation 

2 plot area. Data are to be submitted for the total CSA area, not per sub plot (aggregated 

data). NFCs should keep the results of separate sub-plots in their national databases. 

Countries are free to select the number and shape of the sampling units (i.e. the units on which 

the ground vegetation is assessed). However, it should be noted that rectangular designs allow 

more species to be found (Stohlgren, 1994). 

Information on ground vegetation shall be submitted as estimates of species coverage in 

percent (with a minimum of 0.01%). A proposal for transformation of different scales into 

percent coverage is given in Annex I. 

2.2 Spatial location of the sampling units 

If sampling units are not contiguous, they should be placed as far apart as possible within the 

Level II plot or in its buffer zone in order to minimize spatial correlation between the sampling 

units within a plot. They should also exclude major heterogeneities at any scale of sampling 

(boulders and cliffs, tracks and paths, fire places, streams and ponds, ditches and channels, 

peaty pools). 

2.3 Marking the sampling units 

A permanent marking system has to be installed for the sampling units. The precise method to 

be used is at the discretion of each country (boundary markers, buried metal stakes, etc.) but 

the material used should be inert. The presence of markers should be regularly checked. It is 

recommended that maps should be used for recording the spatial arrangement and exact 

locations of the sampling units. Such maps should use the most permanent system of coordinates 

possible. 

2.4 Additional survey of species outside the sampling units 

If the sampling units do not cover the total Level II plot area, which is the general situation, a 

list of all additional species not encountered within the sampling units should be established, if 

possible. Such a list will help to interpret future vegetation changes within the sampling units 

and will be of additional interest regarding the biodiversity. 

2.5 Compatibility with other surveys 

In all cases, the exact location of the vegetation plots has to be determined in that way that any 

conflict with other assessments will be avoided. During the installation of sampling units, areas 

already used for other intensive studies (e.g. soil studies or measurements of deposition) and 

the tracks leading to these areas have to be avoided. Adequate information (map, signs) must 

be provided to all survey teams in order to limit the intensity of vegetation trampling and soil 

compaction within the sampling units. 


3 Measurement of species abundance or cover 


In the large sampling units, countries are free to choose their own scales (see van der Maarel, 

1979, for a presentation of these scales) as far as they can be directly converted into percentage 

cover (see table in annex for the correspondence between various scales and percentage 

cover values). 

A more accurate estimation of cover can be obtained using small sampling units (in general 

under 10 m 2 ), those possibly divided into smaller subunits (0.01 m 2 ), with visual estimates of 

individual species cover in these smaller subunits. In the finest-scale grids, a presence-absence 

assessment can be made and then transformed into a percentage cover estimate. It is also 

possible to use line intercept methods to obtain a quantitative cover estimate. 

Whatever the method used, the exact boundaries of the sampling units must be delimited 

during the survey operations, using strings, cords or ropes. A minimum of two people must 

assess all of the sampling units at each sampling date. At least one must be a trained expert. 

Records of additional information on each plant species, such as sociability or vitality, are also 

of interest. The latter is likely to be of particular interest in the context of atmospheric 

pollution effects (flowering, fruiting, height, leaf discolouration, etc.). However, this should be 

preferably the object of separate monitoring projects. 

4 Layers to be recorded 

A separate record must be made for each species in the different vertical strata. In order to 

attain comparability of results between countries, a common fixed definition of the following 

layers is mandatory: 

• moss layer (i.e. terricolous bryophytes and lichens), 

• herb layer (all non-ligneous, and ligneous < 0.5m height), 

• shrub layer (only ligneous, incl. climbers) > 0.5 m height, 

• tree layer (only ligneous, incl. climbers) > 5 m height. 

Seedlings and browsed trees below 0.5 m should be part of the herb layer. 

A visual estimate of the global percentage cover of each layer (separating bryophytes and 

lichens, herbs, shrubs and trees), as well as the global cover of bare soil and litter, should be 

made. 

A detailed record of saplings and seedlings is recommended (e.g. counting, coverage, etc.). 

Information on the tree layer may be supplemented by basal area measurements and crown 

projection maps. 



5 Mapping and pictures 

A precise mapping of vegetation within the level II plots, as well as taking photographs, is recommended, 

especially at the beginning of the monitoring programme. Photographs are useful 

for recording small areas only (around 1 m 2 ). 

6 Date of observations 

The number of visits during one year must be defined in order to account for as many phenological 

stages as possible, so that the number of species observed is maximized. In forest types 

with a well-developed spring flora, at least two visits per year are needed. Moreover, two visits 

per year minimize the risk of missing or misidentifying species. Periods of heavy rainfall should 

be avoided in order to limit soil compaction. The results of different surveys at different dates 

during a single year should not be merged but recorded separately. 

7 Species studied 

All phanerogams, vascular cryptogams, terricolous bryophytes and lichens shall be taken into 

account. The list of species must be complete for these groups. Non-terricolous species and 

fungi can be noted additionally, but should ideally be the subject of separate surveys. 

Unidentified species should be noted as such, and, if not rare within the sampling units, should 

be sampled and stored in a herbarium for subsequent identification. 

Nomenclature should follow Flora Europaea (Tutin et al., 1968-1980; Tutin et al., 1993) for 

vascular plants and Frey et al. (1995) for bryophytes. In situations where these Flora are not 

valid, where a more accurate taxonomic identification is available, and for lichens, countries 

are free to use other regional Flora. Whichever Flora is used at the national level, the 

submission of data to the European coordination centre must follow the previously quoted 

references for vascular plants and bryophytes. Species not included in the list should be 

reported to the Expert Panel for further evaluation. 

Species only encountered in special places (e.g. rocks, tree stumps, tracks and paths, dead 

wood, etc.) should be noted separately. 

8 Frequency 

Vegetation studies must be undertaken at least every five years. In order to help separating 

short-term fluctuations from long-term vegetation dynamics, it is recommended that vegetation 

assessment is undertaken every year. Recording errors during data collection can also be 

recognized earlier with an annual survey frequency. 

If the frequency of sampling is not annual, special attention should be given to disturbances 

that may affect the vegetation assessment. Heavy disturbances caused by management 

operations (e.g. thinnings) preceding or occurring during the sampling year should be avoided. 

Whenever possible, it is recommended to sample vegetation at least the year before these 

operations, in addition to the normal frequency. 


9 Fencing 


Level II plots are subjected to the same management practices as the surrounding forest, and 

fencing is not required. Thus, if there is any fencing, vegetation assessment should be done at 

least outside the fenced zone. However, a parallel assessment might be made inside the fenced 

zone, especially in areas where game have a significant impact on vegetation dynamics. Both 

the inside and outside of the fence must be comparable at the beginning of the survey and must 

be sufficiently large. The effectiveness of the fence must be regularly checked. Fenced and 

unfenced data should be clearly separated in the database. 

10 Environmental data collection 

A number of assessments are carried out in Level II plots (e.g. general plot conditions, soil 

analyses, atmospheric deposition). In recognition of the importance of light conditions in interpreting 

vegetation dynamics, it would be very useful to make a direct assessment of the light 

level in each sampling unit, on each assessment date. 

11 Quality control 

If different teams are employed in vegetation assessment, control plots will be used for crosschecking 

their observations. This will be done by successive operations of the different teams 

on the same plots. All the teams that assess these control plots must operate within a few days 

at each vegetation assessment date, especially in spring. The control will be based on a comparison 

between the percentage cover estimates of each species made by each team. 

All teams should be trained in common in order to standardize the protocol across the Level II 

network. If possible, the same trained personnel should monitor vegetation during successive 

inventories in order to minimize observer effects. 

After felling, it is recommended to move stacks of dead wood away from the sampling unit, as 

they may influence vegetation dynamics, especially on the smaller sampling units. 

12 Data storage and submission 

All data must be sent to the relevant national focal centre after each sampling year. Each focal 

centre is in charge of data validation. The data should be submitted in standard format, including, 

for each record of the database, the following fields: 

• Country code 

• Plot identification 

• Subplot identification 

• Date of observation 

• Layer identification 

• 

• Species code based upon agreed list with ‘999’ used as the code for spp. (‘species pluralis’) 



• Percentage cover 

• Special notes (species with distribution patterns related to micro-scale habitat variation) 

13 References 

Frey W., Frahm J.-P., Fischer E., Lobin W. 1995: Die Moos- und Farnpflanzen Europas. (Kleine 

Kryptogamenflora, Band IV, 6. Aufl.) - Gustav Fischer Verlag, Stuttgart/Jena/New York. 426 pp. 

van der Maarel E. 1979. Transformation of cover-abundance values in phytosociology and its effects on 

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Stohlgren T.J. 1994. Planning long-term vegetation studies at landscape scales, In Steele J.H. & T.M. Powell 

(Eds.), 'Ecological time series', Chapman & Hall, New York, p. 209-241. 

Tutin T.G., V.H. Heywood, N.A. Burges, D.M. Moore, D.H. Valentine, S.M. Walters & D.A. Webb. 1968- 

1980. Flora Europaea. Vol. 2-5, Cambridge University Press. 

Tutin T.G., N.A. Burges, A.O. Chater, J.R. Edmondson, V.H. Heywood, D.M. Moore, D.H. Valentine, S.M. 

Walters & D.A. Webb. 1993. Flora Europaea. Vol. 1, 581 p. 







Annex 3: Explanatory items 

(61) Plot/survey number 

Each time (day), or situation (inside outside fence), that an assessment of the ground 

vegetation is made on a given plot, a survey number is given. By combining the plot number 

with the survey number a unique plot/survey number is created. 

(63) Fencing 

As the vegetation can be very different inside and outside a fence, it was decided that in 

principle the ground vegetation is surveyed always outside the fence. In case that also inside 

the fence a survey is carried out this should be reported as a separate survey and the fencing 

code be indicated: 

1 = Yes, survey within the fence 

2 = No, survey was done outside fenced area. 

(64) Total sampled area 

The total sampled area (CSA) shall be 400 m 2 . In the Data Accompanying Report (or DAR- 

Q) the exact details of the number of repetitions and the location/orientation of the ground 

vegetation plots shall be given. 

(64) Height and cover of layers 

The average height and estimated cover of the total ground vegetation layer, the shrub layer, 

the herb layer and the moss layer should be submitted as follows: 

Total ground vegetation layer 

Shrub layer 

Herb layer 

Moss layer 

updated 06/2002 

height (in m) 

x 

x 

cover (in %) 

The average height of the layers shall be given in meters in 1 digit and 2 decimals. The 

estimated cover shall be given in % of the total sampled area. 

(65) Layers 

The following layers are defined. 

1 = tree layer | 

2 = shrub layer | There is now a common definition. 

3 = herb layer | 

4 = moss layer | 

(66) Species code 

An 8-letter species code of the species list of the flora Europea shall be applied. The total list 

consists of over 22000 species. This list will be made available in digital format by the 

Commission for use by the NFCs. 

In exceptional cases a special list of nationally important species could be prepared by the 

NFC, in close cooperation with the Commission. These national species codes will consist of 

the country code (2 numbers) and up to 6 letters. The NFC will maintain a complete list with 

all codes, including relevant details of the species (full name, aliases, etc.) and shall include 

this list in the DAR. 

x 

x 

x 

x


(67) Cover of plant species 

Countries are free in the assessment of the abundance/cover of the plant species. The 

submission of this cover is done in % using up to 5 digits and 2 decimals (999.99). In the 

DAR the complete assessment methods, as well as the conversion to % shall be specified. 


ANEXO II 

Preenchimento do formulário 10a XX1996.PLV para o ano de 2005 

Sequence Country 

Observation 

Plot number 

Suryey 

number Date 

Latitude 

coordinate 

Longitude 

coordinate Altitude Fence 

Total Area 

(m 2 ) 

Gr. Veget. 

Cover Shrub layer Herb layer 

Mosses 

cover Observations 

height cover height cover 

0001 10 0001 01 120605 +400430 -081516 16 2 0200 100 1,2 025 020 000 

0002 10 0001 02 120605 +400430 -081516 16 2 0200 095 1,2 065 010 000 

0003 10 0002 01 190405 +385747 -080430 03 2 0200 - - - - - 

0004 10 0002 02 190405 +385747 -080430 03 2 0200 - - - - - 

0005 10 0003 01 120405 +380558 -070224 06 2 0200 060 0,3 005 050 030 

0006 10 0003 02 120405 +380558 -070224 06 2 0200 070 0,3 010 060 025 

0007 10 0004 01 130405 +381917 -083207 02 2 0200 080 0,5 010 070 000 

0008 10 0004 02 130405 +381917 -083207 02 2 0200 050 0,5 010 030 000 

0009 10 0009 01 110605 +413009 -073806 13 2 0200 085 3,0 050 025 002 

0010 10 0009 02 110605 +413009 -073806 13 2 0200 080 3,0 050 040 001 

0011 10 0010 01 110605 +402440 -073257 28 2 0200 095 1,2 040 095 010 

0012 10 0010 02 110605 +402440 -073257 28 2 0200 100 1,2 045 100 015 

0013 10 0011 01 260405 +394727 -085742 02 2 0200 080 1,5 035 002 035 Lichenes (5%) 

0014 10 0011 02 260405 +394727 -085742 02 2 0200 070 1,5 040 007 010 Lichenes (1%) 

0015 10 0013 01 130405 +381909 -083218 02 2 0200 - - - - - 

0016 10 0013 02 130405 +381909 -083218 02 2 0200 - - - - -

ANEXO III 

Preenchimento do formulário 10b XX1996.VEM para o ano de 2005 


1ª Obs/1º Inv 





Sequence Observation Plot Survey Species Code Layer Cover Obs 

Number number 

1 1 1 026.007.002 1 70 

2 1 1 081.017.002 2 15 

3 1 1 132.001.008 2 5 

4 1 1 193.087.003 3 5 

5 1 1 193.087.025 3 5 

6 1 1 193.065.001 3 5 

7 1 1 015.001.001 3 2 

8 1 1 081.024.002 2 1 

9 1 1 132.001.006 2 1 

10 1 1 081.016.041 2 1 

11 1 1 193.062.004 3 1 

12 1 1 154.017.002 3 1 

13 1 1 148.007.007 3 1 

14 1 1 080.009.038 2 0,5 

15 1 1 132.003.001 2 0,5 

16 1 1 026.007.002 2 0,5 

17 1 1 183.010.001 3 0,5 

18 1 1 193.083.001 3 0,5 

19 1 1 069.002.002 3 0,1 


Number number 

20 1 2 026.007.002 1 60 

21 1 2 081.017.002 2 30 

22 1 2 132.001.008 2 20 

23 1 2 081.016.041 2 5 

24 1 2 193.087.003 3 3 

25 1 2 081.004.003 2 2 

26 1 2 081.024.002 2 2 

27 1 2 193.065.001 3 2 

28 1 2 132.001.006 2 1 

29 1 2 132.001.007 2 1 

30 1 2 026.007.002 2 1 

31 1 2 015.001.001 3 1 

32 1 2 154.017.002 3 1 

33 1 2 132.003.001 2 0,5 

34 1 2 081.012.017 2 0,5 

35 1 2 183.010.001 3 0,5 

XCV






Number number 

36 3 1 036.004.004 1 20 

37 3 1 315.005.005 4 20 

38 3 1 193.045.005 3 15 

39 3 1 193.006.010 3 10 

40 3 1 193.006.008 3 10 

41 3 1 387.024.001 4 7 

42 3 1 112.001.013 2 3 

43 3 1 081.024.010 2 2 

44 3 1 193.060.004 3 2 

45 3 1 183.005.003 3 2 

47 3 1 169.159.025 3 2 

46 3 1 169.106.003 3 2 

48 3 1 315.011.004 4 2 

49 3 1 317.003.015 4 2 

50 3 1 193.044.001 3 1 

51 3 1 080.013.006 3 1 

52 3 1 129.108.010 3 1 

53 3 1 193.035.002 3 1 

67 3 1 169.138.221 3 0,5 

55 3 1 112.003.004 3 0,5 

54 3 1 188.004.001 3 0,5 

56 3 1 193.028.002 3 0,5 

57 3 1 044.002.002 3 0,2 

58 3 1 083.002.035 3 0,2 

59 3 1 151.038.009 2 0,1 

60 3 1 183.026.003 3 0,1 

61 3 1 081.057.073 3 0,1 

62 3 1 081.057.044 3 0,1 

63 3 1 081.057.060 3 0,1 

65 3 1 087.007.064 3 0,1 

64 3 1 081.057.049 3 0,1 

66 3 1 169.150.001 3 0,1 

68 3 1 169.158.008 3 0,1 

69 3 1 081.057.081 3 0,1 

XCVI






Number number 

70 3 2 036.004.004 1 80 

71 3 2 193.045.005 3 30 

72 3 2 315.005.005 4 12 

73 3 2 387.024.001 4 10 

74 3 2 112.001.013 2 5 

76 3 2 080.013.006 3 5 

75 3 2 081.057.060 3 5 

77 3 2 081.024.010 2 3 

78 3 2 169.106.003 3 3 

79 3 2 193.028.002 3 2 

81 3 2 317.003.015 4 2 

80 3 2 315.011.004 4 2 

90 3 2 081.057.073 3 1 

87 3 2 081.057.044 3 1 

86 3 2 081.057.049 3 1 

85 3 2 081.057.081 3 1 

83 3 2 193.006.010 3 1 

82 3 2 112.003.004 3 1 

88 3 2 193.006.008 3 1 

89 3 2 193.060.004 3 1 

84 3 2 169.180.001 3 1 

91 3 2 151.038.009 2 0,5 

96 3 2 183.005.003 3 0,5 

93 3 2 044.002.002 3 0,5 

94 3 2 083.002.035 3 0,5 

95 3 2 169.033.001 3 0,5 

92 3 2 169.159.025 3 0,5 

98 3 2 169.150.001 3 0,5 

97 3 2 144.002.001 3 0,5 

99 3 2 087.007.064 3 0,1 

XCVII





Number number 

100 4 1 026.007.013 1 80 

101 4 1 169.165.001 3 30 

102 4 1 193.035.002 3 30 

103 4 1 151.037.001 2 5 

104 4 1 148.007.007 3 5 

105 4 1 081.016.041 2 3 

106 4 1 026.007.013 3 3 

107 4 1 112.001.010 2 2 

108 4 1 112.002.009 2 1 

110 4 1 183.048.004 2 0,5 

109 4 1 081.024.009 2 0,5 

111 4 1 112.004.009 3 0,5 

115 4 1 167.007.003 3 0,1 

113 4 1 083.001.038 3 0,1 

112 4 1 183.027.009 3 0,1 





Number number 

116 4 2 026.007.013 1 80 

117 4 2 169.165.001 3 20 

118 4 2 081.016.041 2 5 

119 4 2 193.035.002 3 5 

120 4 2 112.002.009 2 2 

121 4 2 081.024.009 2 2 

123 4 2 148.007.007 3 2 

122 4 2 026.007.013 3 2 

124 4 2 151.037.001 2 1 

125 4 2 183.027.009 3 1 

126 4 2 183.048.004 2 0,5 

127 4 2 169.106.003 3 0,5 

128 4 2 036.004.005 2 0,2 

129 4 2 080.013.006 3 0,2 

130 4 2 083.001.038 3 0,2 

131 4 2 112.002.005 2 0,1 

XCVIII





Number number 

132 9 1 036.003.001 1 98 

133 9 1 036.003.001 2 50 

135 9 1 193.087.025 3 10 

134 9 1 015.001.001 3 10 

136 9 1 193.065.001 3 5 

137 9 1 026.007.007 1 2 

138 9 1 193.087.003 3 2 

140 9 1 350.005.009 4 1 

139 9 1 315.011.003 4 1 





Number number 

141 9 2 036.003.001 1 98 

142 9 2 036.003.001 2 50 

143 9 2 015.001.001 3 25 

144 9 2 193.087.025 3 5 

145 9 2 193.065.001 3 5 

146 9 2 193.087.003 3 2 

148 9 2 081.016.029 2 0,5 

147 9 2 026.002.001 2 0,5 

149 9 2 080.034.014 2 0,5 

150 9 2 350.005.009 4 0,5 

151 9 2 315.011.003 4 0,5 

152 9 2 110.001.018 3 0,2 

153 9 2 026.007.007 1 0,1 

154 9 2 035.003.001 2 0,1 

XCIX






Number number 

155 10 1 036.004.017 1 90 

156 10 1 193.004.020 3 35 

157 10 1 028.005.002 2 20 

158 10 1 193.083.004 3 15 

159 10 1 151.002.011 3 15 

160 10 1 036.003.001 2 10 

161 10 1 015.001.001 3 10 

162 10 1 080.009.038 2 5 

164 10 1 151.028.001 3 5 

163 10 1 057.028.022 3 5 

165 10 1 057.001.018 3 3 

166 10 1 081.016.029 2 2 

167 10 1 154.017.002 3 2 

171 10 1 366.003.001 4 2 

168 10 1 366.001.002 4 2 

169 10 1 315.001.999 4 2 

170 10 1 357.005.003 4 2 

173 10 1 026.002.001 2 1 

174 10 1 036.004.017 2 1 

172 10 1 081.012.017 2 1 

175 10 1 164.006.017 2 1 

176 10 1 193.026.001 3 1 

179 10 1 168.001.019 3 0,5 

177 10 1 193.065.001 3 0,5 

178 10 1 193.064.003 3 0,5 

184 10 1 199.012.010 3 0,5 

182 10 1 057.028.069 3 0,5 

181 10 1 144.005.002 3 0,5 

183 10 1 144.005.038 3 0,5 

180 10 1 168.013.001 3 0,5 

C






Number number 

185 10 2 036.004.017 1 90 

186 10 2 193.004.020 3 40 

188 10 2 015.001.001 3 30 

189 10 2 028.005.002 2 20 

190 10 2 193.083.004 3 20 

191 10 2 151.002.011 3 10 

192 10 2 080.009.038 2 7 

193 10 2 036.004.017 2 5 

194 10 2 081.016.029 2 5 

195 10 2 193.087.025 3 5 

196 10 2 080.035.014 2 4 

197 10 2 057.028.022 3 3 

187 10 2 350.003.999 4 3 

198 10 2 357.005.003 4 3 

201 10 2 350.005.009 4 3 

199 10 2 385.005.007 4 3 

200 10 2 366.003.001 4 3 

202 10 2 151.028.001 3 2 

203 10 2 026.002.001 2 1 

204 10 2 193.065.001 3 1 

207 10 2 193.026.001 3 1 

205 10 2 057.001.018 3 1 

206 10 2 154.017.002 3 1 

208 10 2 144.005.038 3 1 

209 10 2 081.012.017 2 0,5 

210 10 2 132.001.009 2 0,5 

217 10 2 168.013.001 3 0,5 

211 10 2 144.005.002 3 0,5 

216 10 2 081.049.046 3 0,5 

215 10 2 168.001.019 3 0,5 

213 10 2 017.001.018 3 0,5 

212 10 2 017.001.027 3 0,5 

218 10 2 193.064.003 3 0,5 

CI





Number number 




219 11 1 026.007.002 1 60 

220 11 1 132.003.001 2 20 

223 11 1 334.011.017 4 10 

222 11 1 357.005.003 4 10 

221 11 1 385.005.004 4 10 

224 11 1 139.008.001 2 7 

225 11 1 500.018.026 4 5 lichene 

226 11 1 081.025.002 2 3 

227 11 1 112.001.010 2 2 

229 11 1 112.002.005 2 1 

228 11 1 026.007.002 2 1 

230 11 1 183.010.001 3 1 

232 11 1 081.024.008 2 0,5 

231 11 1 112.002.009 2 0,5 

233 11 1 081.012.018 2 0,5 

234 11 1 193.076.002 3 0,5 

235 11 1 183.027.009 3 0,1 

236 11 1 169.180.001 3 0,1 


Number number 

237 11 2 026.007.002 1 70 

238 11 2 132.003.001 2 25 

239 11 2 139.008.001 2 20 

240 11 2 081.025.002 2 10 

241 11 2 112.001.010 2 5 

242 11 2 169.165.001 3 3 

245 11 2 334.011.017 4 3 

244 11 2 334.004.008 4 3 

243 11 2 357.005.003 4 3 

246 11 2 193.076.002 3 2 

248 11 2 112.002.005 2 1 

247 11 2 112.001.008 2 1 

249 11 2 169.158.008 3 1 

250 11 2 500.018.026 4 1 lichene 

251 11 2 112.002.009 2 0,5 

252 11 2 183.010.001 3 0,5 

253 11 2 026.007.002 3 0,5 

CII


Códigos usados no preenchimento do formulário 10b XX1996.VEM para o ano de 2005 não 

constantes da lista de plantas fornecida 

Erodium aethiopicum (Lam.) Brumh. & Thell. ssp. pilosum Guittonneau 083.002.035 

Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas Martínez 151.038.008 

Lavandula pedunculata (Miller) Cav. ssp. sampaiana (Rozeira) Franco 151.038.009 

Ulex australis Clemente ssp. welwitschianus (Planchon) Espírito Santo, 

081.024.009 

Cubas, Lousã, Pardo & Costa 

Ulex eriocladus C. Vicioso 081.024.010 

Ulex europaeus L. ssp. latebracteatus Mariz 081.024.008 


CIII

ANEXO IV 

Fotografias das parcelas estudadas em 2005 



Local 1: Serra da Lousã – Parcela A (12 de Junho de 2005) 

Local 1: Serra da Lousã – Parcela A (12 de Junho de 2005) 

CIV



Local 1: Serra da Lousã – Parcela B (12 de Junho de 2005) 

Local 1: Serra da Lousã – Parcela B (12 de Junho de 2005) 

CV


Local 2: Mata Nacional do Cabeção (Mora) – Parcela A (19 de Abril de 2005) 

Local 2: Mata Nacional do Cabeção (Mora) – Parcela A (19 de Abril de 2005) 


CVI


Local 2: Mata Nacional do Cabeção (Mora) – Parcela B (19 de Abril de 2005) 

Local 2: Mata Nacional do Cabeção (Mora) – Parcela B (19 de Abril de 2005) 


CVII


Local 3: Perímetro Florestal da Contenda (Moura) – Parcela A (12 de Abril de 2005) 

Local 3: Perímetro Florestal da Contenda (Moura) – Parcela A (12 de Abril de 2005) 


CVIII


Local 3: Perímetro Florestal da Contenda (Moura) – Parcela B (12 de Abril de 2005) 

Local 3: Perímetro Florestal da Contenda (Moura) – Parcela B (12 de Abril de 2005) 


CIX



Parcela A (13 de Abril de 2005) 




CX



Parcela B (13 de Abril de 2005) 




CXI


Local 9: Serra da Padrela (Vila Pouca de Aguiar) – Parcela A (11 de Junho de 2005) 

Local 9: Serra da Padrela (Vila Pouca de Aguiar) – Parcela A (11 de Junho de 2005) 


CXII


Local 9: Serra da Padrela (Vila Pouca de Aguiar) – Parcela B (11 de Junho de 2005) 

Local 9: Serra da Padrela (Vila Pouca de Aguiar) – Parcela B (11 de Junho de 2005) 


CXIII


Local 10: Serra da Estrela (Manteigas) – Parcela A (11 de Junho de 2005) 

Local 10: Serra da Estrela (Manteigas) – Parcela A (11 de Junho de 2005) 


CXIV


Local 10: Serra da Estrela (Manteigas) – Parcela B (11 de Junho de 2005) 

Local 10: Serra da Estrela (Manteigas) – Parcela B (11 de Junho de 2005) 


CXV


Local 11: Mata Nacional de Leiria – Parcela A (26 de Abril de 2005) 

Local 11: Mata Nacional de Leiria – Parcela A (26 de Abril de 2005) 


CXVI


Local 11: Mata Nacional de Leiria – Parcela B (26 de Abril de 2005) 

Local 11: Mata Nacional de Leiria – Parcela B (26 de Abril de 2005) 


CXVII


Local 13: Mata Nacional de Valverde (povoamento de sobreiro); Alcácer do Sal 





CXVIII







CXIX

file:///D|/DGF%20-%20POLUIÇÃO/TFC/files%20cluster/outputUPGMA-jaccard.txt 

*** SYN-TAX PROGRAM NCLAS - ver. JAN. 00 *** 

*** HIERARCHICAL CLUSTERING *** 

*** BY DISTANCE OPTIMIZATION *** 

WARNING: ROWS OF DATA MATRIX WILL BE CLASSIFIED 

INPUT OPTIONS 

NUMBER OF VARIABLES (ROWS)= 76 

NUMBER OF OBJECTS (COLS)= 247 

OPTION FOR TREATING TIES = ARBITRARY 

SORTING STRATEGY = AVERAGE LINK (upgma) 

DISSIMILARITY COEFFICIENT = JACCARD 

SEQUENCE OF OBJECTS IN DENDROGRAM = NOT SAVED 

DATA STANDARDIZATION = NOT USED 

DISTANCES OR DISSIMILARITIES = NOT SAVED 

CONSTANT FOR TRANSFORMATION = 2.000 

BETA IN FLEXIBLE SORTING = .000 

LABELS FOR OBJECTS = USED 

DENDROGRAM MERGE MATRIX IN FILE D:\DGF - POLUIÇÃO\TFC\lixooo 

\DendrogramUPGMA-jaccard 

LABELS READ FROM FILE D:\DGF - POLUIÇÃO\TFC\lixooo\parcelas. 

lab 

INPUT RAW DATA READ FROM FILE D:\DGF - POLUIÇÃO\TFC\lixooo\matriz. 

dat 

CLUSTERING RESULTS 

FUSION GROUPS AMALGAMATED SIZE OF GROUPS DISSIMILARITY 

file:///D|/DGF%20-%20POLUIÇÃO/TFC/files%20cluster/outputUPGMA-jaccard.txt (1 of 8)11-11-2005 1:42:31


(CYCLE 1) 

1 3 AND 4 1 AND 1 0.277777800E+00 

2 7 AND 9 1 AND 1 0.555555600E-01 

3 11 AND 13 1 AND 1 0.372093020E+00 

4 15 AND 16 1 AND 1 0.304347810E+00 

5 21 AND 22 1 AND 1 0.305084730E+00 

6 23 AND 25 1 AND 1 0.245901640E+00 

7 24 AND 26 1 AND 1 0.312500000E+00 

8 27 AND 28 1 AND 1 0.270270300E+00 

9 29 AND 30 1 AND 1 0.478260900E+00 

10 31 AND 32 1 AND 1 0.416666700E+00 

11 33 AND 35 1 AND 1 0.407407400E+00 

12 34 AND 36 1 AND 1 0.285714300E+00 

13 37 AND 38 1 AND 1 0.388888900E+00 

14 42 AND 48 1 AND 1 0.133333340E+00 

15 43 AND 45 1 AND 1 0.000000000E+00 

16 44 AND 46 1 AND 1 0.230769230E+00 

17 54 AND 56 1 AND 1 0.909090930E-01 

18 59 AND 61 1 AND 1 0.266666700E+00 

19 60 AND 64 1 AND 1 0.769230800E-01 

20 65 AND 67 1 AND 1 0.157894730E+00 

21 69 AND 70 1 AND 1 0.406250000E+00 

22 71 AND 72 1 AND 1 0.390243900E+00 

23 73 AND 75 1 AND 1 0.282608700E+00 

24 6 AND 8 1 AND 1 0.125000000E+00 

25 53 AND 55 1 AND 1 0.133333340E+00 

(CYCLE 2) 

26 5 AND 7 1 AND 2 0.225000000E+00 

27 6 AND 10 2 AND 1 0.129166700E+00 

28 12 AND 14 1 AND 1 0.393939400E+00 

29 17 AND 18 1 AND 1 0.400000000E+00 

30 19 AND 20 1 AND 1 0.323076930E+00 

31 23 AND 24 2 AND 2 0.403899600E+00 

32 33 AND 34 2 AND 2 0.538395200E+00 

33 40 AND 42 1 AND 2 0.263392900E+00 

34 41 AND 43 1 AND 2 0.153846200E+00 

35 54 AND 58 2 AND 1 0.158823530E+00 



36 55 AND 57 2 AND 1 0.187878800E+00 

37 63 AND 65 1 AND 2 0.231578940E+00 

38 74 AND 76 1 AND 1 0.375000000E+00 

39 60 AND 62 2 AND 1 0.240476200E+00 

(CYCLE 3) 

40 3 AND 5 2 AND 3 0.444681300E+00 

41 11 AND 12 2 AND 2 0.497328500E+00 

42 15 AND 17 2 AND 2 0.481101000E+00 

43 19 AND 21 2 AND 2 0.421703000E+00 

44 31 AND 33 2 AND 4 0.595382200E+00 

45 39 AND 41 1 AND 3 0.345238110E+00 

46 40 AND 44 3 AND 2 0.343240500E+00 

47 51 AND 55 1 AND 3 0.214516130E+00 

48 52 AND 54 1 AND 3 0.203641500E+00 

49 59 AND 63 2 AND 3 0.371374130E+00 

50 60 AND 66 3 AND 1 0.249206400E+00 

51 73 AND 74 2 AND 2 0.399480500E+00 

(CYCLE 4) 

52 3 AND 6 5 AND 3 0.464835600E+00 

53 11 AND 15 4 AND 4 0.556809900E+00 

54 19 AND 23 4 AND 4 0.475250900E+00 

55 31 AND 37 6 AND 2 0.661743800E+00 

56 39 AND 47 4 AND 1 0.356643400E+00 

57 49 AND 51 1 AND 4 0.348120330E+00 

58 50 AND 52 1 AND 4 0.414619800E+00 

59 60 AND 68 4 AND 1 0.317095600E+00 

60 71 AND 73 2 AND 4 0.487420300E+00 

(CYCLE 5) 

61 2 AND 3 1 AND 8 0.583225130E+00 

62 19 AND 27 8 AND 2 0.550825700E+00 

63 29 AND 31 2 AND 8 0.710342200E+00 

64 39 AND 40 5 AND 5 0.514012030E+00 

65 49 AND 50 5 AND 5 0.491869700E+00 

66 59 AND 60 5 AND 5 0.454625100E+00 



67 69 AND 71 2 AND 6 0.570768400E+00 

(CYCLE 6) 

68 1 AND 2 1 AND 9 0.752791100E+00 

69 11 AND 69 8 AND 8 0.794314300E+00 

70 39 AND 49 10 AND 10 0.849146100E+00 

(CYCLE 7) 

71 1 AND 39 10 AND 20 0.885310500E+00 

72 11 AND 29 16 AND 10 0.815500700E+00 

(CYCLE 8) 

73 11 AND 59 26 AND 10 0.915474400E+00 

(CYCLE 9) 

74 11 AND 19 36 AND 10 0.945363640E+00 

(CYCLE 10) 

75 1 AND 11 30 AND 46 0.980283700E+00 

COPHENETIC CORRELATION = .9758 

DENDROGRAM OF OBJECTS 

Min. level= 0.0000E+00 

Max. level= 0.9803E+00 



IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII 

1 A 00 

********************************************************************** 

* 

1 B 00 ****************************************************** 

************* 

* * * 

1 B 05 ************ * * * 

******************************** ***************** * 

1 B 02 ************ * * * 

* * * * 

1 B 04 ************ * * * 

************ * 

1 A 01* ************************** * * 

**************** * * 

1 B 01* ************************** * * * 

*** * 

1 A 02 ********************* * * 

********************* * 

1 A 04 ****** * * 

**************** * 

1 A 05 ****** * 

********* 

9 A 05 ********************************* * * 

**************** * * 

9 A 00 ********************************* * * * 

** * * * 

9 A 01 *************** * * * * 

****************** * * * 

9 A 02 * * * * * 

*************** ******************************* * * 

9 A 04 * * * * * 

* * * * 

9 B 02 ********************** * * * * 

*********** * * * * 

9 B 04 ********************** * * * * * 

***************** * * * 

9 B 00 ************************* * * * * 

******** * * * 

9 B 01 ************* * ***** * 

************* * * 

9 B 05 ************* * * 

* * 



10 A 00 ******************************** * * 

*************** * * 

10 A 01 ******************** * * * * 

************* * * * 

10 A 05 ****************** * * * * 

*** * * * 

10 A 02 ************* * ********************************* * 

****** * * 

10 A 04 ************* * * 

* * 

10 B 00 *************************************** * * 

******** * 

10 B 01 ******************* * * 

********************* * 

10 B 05 *************** * * 

***** * 

10 B 02 ********* * * 

******* * 

10 B 04 ********* * 

* 

3 A 05 ************************* * 

*************************** * 

3 B 05 ************************* * * 

* * 

3 A 00 ****************************** * * 

********** * * 

3 B 00 ****************************** * 

************************************* * 

****** * * * 

3 A 01 ***************************** * * * * * 

*********** * * * * 

3 B 01 ***************************** * * * * 

******** * * 

3 A 02 *********************** * * * 

**************** * * * 

3 A 04 *********************** * * * * 

******* * * 

3 B 02 ***************************** * * * 

********** * * 

3 B 04 ***************************** * * 

* * 

11 A 00 ************************* * * 

*********** * * 



11 A 01 ************************* * * * 

******** * * 

11 A 02 ********************** * * **** 

************** * * 

11 A 04 *************** * * * 

******** ******************************************** * 

11 A 05 *************** * * * 

* * * 

11 B 05 ****************************** * * * 

************* * * 

11 B 04 *********************** * * * 

******** * * 

11 B 01 *********************** * * 

* * * 

11 B 00 ******** * * * 

**************** * * 

11 B 02 ******** * * 

* * 

4 A 00* ******************************************** * * 

*********************** * * 

4 B 00* ******************************************** * *** 

* * 

4 A 05 ************************************ ********** * 

************************** * * * 

4 B 05 ************************************ * * * * 

* * * * 

4 A 01 *************************************** ****** * * 

***************** * * * 

4 B 01 *************************************** * * * * 

* * * * 

4 A 02 ************************************** ******* * * 

************* * * * 

4 A 04 ************************************** * * * * 

****** * * 

4 B 02 *************************** * * * 

************************ * * 

4 B 04 *************************** *********** 

* 

2 A 00 *********************************** * 

************ * 

2 A 01* *********************************** * * 

******* * 

2 B 00 ************************************* * * * 



********** * * 

2 B 01* ************************************* * * 

********************** * 

2 A 02 **************************** * * * 

****************** * * * 

2 B 02 **************************** * * * * 

******** * * 

2 A 04 ************************************* * * * 

********* *** 

2 B 04 ************************************* * 

* 

13 A 00* ************************************** * 

**************** * 

13 B 00* ************************************** * * 

* * 

13 A 01 ************************************ ********************* 

********** * 

13 B 01 ************************************ * * 

* * 

13 A 02 ************************** ********* 

************ * 

13 A 04 ************************** * * 

********* 

13 B 02 *********************************** * 

*** 

13 B 04 *********************************** 

STOP 


file:///D|/DGF%20-%20POLUIÇÃO/TFC/files%20cluster/summaryupgma-jacc.txt 

*** SYN-TAX PROGRAM NCLAS - ver. JAN. 00 *** 

*** HIERARCHICAL CLUSTERING *** 

*** BY DISTANCE OPTIMIZATION *** 

INPUT OPTIONS 

NUMBER OF VARIABLES (ROWS)= 76 

NUMBER OF OBJECTS (COLS)= 247 

OPTION FOR TREATING TIES = ARBITRARY 

SORTING STRATEGY = AVERAGE LINK (upgma) 

DISSIMILARITY COEFFICIENT = JACCARD 

SEQUENCE OF OBJECTS IN DENDROGRAM = NOT SAVED 

DATA STANDARDIZATION = NOT USED 

DISTANCES OR DISSIMILARITIES = NOT SAVED 

CONSTANT FOR TRANSFORMATION = 2.000 

BETA IN FLEXIBLE SORTING = .000 

LABELS FOR OBJECTS = USED 

DENDROGRAM MERGE MATRIX IN FILE D:\DGF - POLUIÇÃO\TFC\lixooo\Dendrogram. 

den 

LABELS READ FROM FILE D:\DGF - POLUIÇÃO\TFC\lixooo\parcelas. 

lab 

INPUT RAW DATA READ FROM FILE D:\DGF - POLUIÇÃO\TFC\lixooo\matriz. 

dat 

CLUSTERING RESULTS 

FUSION GROUPS AMALGAMATED SIZE OF GROUPS DISSIMILARITY 

(CYCLE 1) 

file:///D|/DGF%20-%20POLUIÇÃO/TFC/files%20cluster/summaryupgma-jacc.txt (1 of 4)11-11-2005 1:44:53


1 3 AND 4 1 AND 1 0.277777800E+00 

2 7 AND 9 1 AND 1 0.555555600E-01 

3 11 AND 13 1 AND 1 0.372093020E+00 

4 15 AND 16 1 AND 1 0.304347810E+00 

5 21 AND 22 1 AND 1 0.305084730E+00 

6 23 AND 25 1 AND 1 0.245901640E+00 

7 24 AND 26 1 AND 1 0.312500000E+00 

8 27 AND 28 1 AND 1 0.270270300E+00 

9 29 AND 30 1 AND 1 0.478260900E+00 

10 31 AND 32 1 AND 1 0.416666700E+00 

11 33 AND 35 1 AND 1 0.407407400E+00 

12 34 AND 36 1 AND 1 0.285714300E+00 

13 37 AND 38 1 AND 1 0.388888900E+00 

14 42 AND 48 1 AND 1 0.133333340E+00 

15 43 AND 45 1 AND 1 0.000000000E+00 

16 44 AND 46 1 AND 1 0.230769230E+00 

17 54 AND 56 1 AND 1 0.909090930E-01 

18 59 AND 61 1 AND 1 0.266666700E+00 

19 60 AND 64 1 AND 1 0.769230800E-01 

20 65 AND 67 1 AND 1 0.157894730E+00 

21 69 AND 70 1 AND 1 0.406250000E+00 

22 71 AND 72 1 AND 1 0.390243900E+00 

23 73 AND 75 1 AND 1 0.282608700E+00 

24 6 AND 8 1 AND 1 0.125000000E+00 

25 53 AND 55 1 AND 1 0.133333340E+00 

(CYCLE 2) 

26 5 AND 7 1 AND 2 0.225000000E+00 

27 6 AND 10 2 AND 1 0.129166700E+00 

28 12 AND 14 1 AND 1 0.393939400E+00 

29 17 AND 18 1 AND 1 0.400000000E+00 

30 19 AND 20 1 AND 1 0.323076930E+00 

31 23 AND 24 2 AND 2 0.403899600E+00 

32 33 AND 34 2 AND 2 0.538395200E+00 

33 40 AND 42 1 AND 2 0.263392900E+00 

34 41 AND 43 1 AND 2 0.153846200E+00 

35 54 AND 58 2 AND 1 0.158823530E+00 

36 55 AND 57 2 AND 1 0.187878800E+00 

37 63 AND 65 1 AND 2 0.231578940E+00 

38 74 AND 76 1 AND 1 0.375000000E+00 



39 60 AND 62 2 AND 1 0.240476200E+00 

(CYCLE 3) 

40 3 AND 5 2 AND 3 0.444681300E+00 

41 11 AND 12 2 AND 2 0.497328500E+00 

42 15 AND 17 2 AND 2 0.481101000E+00 

43 19 AND 21 2 AND 2 0.421703000E+00 

44 31 AND 33 2 AND 4 0.595382200E+00 

45 39 AND 41 1 AND 3 0.345238110E+00 

46 40 AND 44 3 AND 2 0.343240500E+00 

47 51 AND 55 1 AND 3 0.214516130E+00 

48 52 AND 54 1 AND 3 0.203641500E+00 

49 59 AND 63 2 AND 3 0.371374130E+00 

50 60 AND 66 3 AND 1 0.249206400E+00 

51 73 AND 74 2 AND 2 0.399480500E+00 

(CYCLE 4) 

52 3 AND 6 5 AND 3 0.464835600E+00 

53 11 AND 15 4 AND 4 0.556809900E+00 

54 19 AND 23 4 AND 4 0.475250900E+00 

55 31 AND 37 6 AND 2 0.661743800E+00 

56 39 AND 47 4 AND 1 0.356643400E+00 

57 49 AND 51 1 AND 4 0.348120330E+00 

58 50 AND 52 1 AND 4 0.414619800E+00 

59 60 AND 68 4 AND 1 0.317095600E+00 

60 71 AND 73 2 AND 4 0.487420300E+00 

(CYCLE 5) 

61 2 AND 3 1 AND 8 0.583225130E+00 

62 19 AND 27 8 AND 2 0.550825700E+00 

63 29 AND 31 2 AND 8 0.710342200E+00 

64 39 AND 40 5 AND 5 0.514012030E+00 

65 49 AND 50 5 AND 5 0.491869700E+00 

66 59 AND 60 5 AND 5 0.454625100E+00 

67 69 AND 71 2 AND 6 0.570768400E+00 



(CYCLE 6) 

68 1 AND 2 1 AND 9 0.752791100E+00 

69 11 AND 69 8 AND 8 0.794314300E+00 

70 39 AND 49 10 AND 10 0.849146100E+00 

(CYCLE 7) 

71 1 AND 39 10 AND 20 0.885310500E+00 

72 11 AND 29 16 AND 10 0.815500700E+00 

(CYCLE 8) 

73 11 AND 59 26 AND 10 0.915474400E+00 

(CYCLE 9) 

74 11 AND 19 36 AND 10 0.945363640E+00 

(CYCLE 10) 

75 1 AND 11 30 AND 46 0.980283700E+00 

COPHENETIC CORRELATION = .9758

Caracterização e Avaliação da Flora e Vegetação no

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