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ricardo aires - novembro 2008 - correo tese - Repositorio.ufc.br - UFC

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prática da clínica. O Teste Rápido de Lactase - realizado em biopsias endoscópicas do<<strong>br</strong> />

intestino delgado –, demonstrou 100% de especificidade e sensibilidade, quando comparado<<strong>br</strong> />

com a determinação do polimorfismo genético C/T-13910 (ABYLESS, 1982).<<strong>br</strong> />

Todos os testes descritos, no entanto, avaliam apenas um aspecto: a condição de<<strong>br</strong> />

persistência ou não da capacidade lactásica e alguns são invasivos. Neste estudo,<<strong>br</strong> />

desenvolveu-se um novo tipo de teste e se aferiu sua validade, que fosse capaz da avaliar<<strong>br</strong> />

aspectos funcionais da mucosa intestinal, simultaneamente, como integridade da mucosa<<strong>br</strong> />

(presença ou não de lesão), área mucosa comprometida (extensão da lesão), permeabilidade<<strong>br</strong> />

da mucosa e integridade de enzimas (dissacaridases), de forma não invasiva.<<strong>br</strong> />

Sabe-se que a permeabilidade intestinal é condição fundamental no balanço do<<strong>br</strong> />

intestino delgado e estado nutricional em condições hígidas e patológicas (BRUNSER et al.,<<strong>br</strong> />

1966). Condições patológicas como doença de Crohn (FARMER; MICHENER, 1979),<<strong>br</strong> />

linfangiectasia intestinal (VARD et al., 1975) e outros estados diarréicos (SNYDER;<<strong>br</strong> />

MARSON, 1982; BERN et al., 1975; SCHORLING et al., 1990; LIMA; GUERRANT, 1992)<<strong>br</strong> />

afetam a permeabilidade intestinal, comprometendo suas propriedades fundamentais de<<strong>br</strong> />

manutenção da vida: a barreira de proteção a diversos agentes nóxicos e o transporte de<<strong>br</strong> />

nutrientes relacionados ao equilí<strong>br</strong>io metabólico orgânico. A permeabilidade é o fluxo de<<strong>br</strong> />

solutos por intermédio da unidade de mem<strong>br</strong>ana em um certo tempo. A permeabilidade<<strong>br</strong> />

intestinal relaciona-se à barreira funcional e a permeação de marcadores é utilizada para medir<<strong>br</strong> />

a permeabilidade (MENZIES, 1984; TRAVIS; MENZIES, 1992).<<strong>br</strong> />

Duas vias de permeação encontram-se presentes no epitélio intestinal normal:<<strong>br</strong> />

através da célula (transcelular) e entre as células (paracelular). Pode-se identificar poros<<strong>br</strong> />

eletroneutros largos (6,5 nm) e poros seletivos pequenos (0,7 nm), localizados entre as células<<strong>br</strong> />

entéricas (PAPPENHEIMER et al., 1951). As junções paracelulares ocupam menos de 5% da<<strong>br</strong> />

área total do epitélio intestinal, quando avaliada pela quantidade de poros largos (MARCIAL<<strong>br</strong> />

et al., 1984). Poros seletivos localizados na junção intercelular limitam a permeação de<<strong>br</strong> />

moléculas maiores com carga negativa, como oligossacarídeos e EDTA (NAFTALIN;<<strong>br</strong> />

TRIPATHI, 1985). Por outro lado, é possível que moléculas maiores passem através da<<strong>br</strong> />

extrusão de células ou ulcerações do epitélio (CLARKSON, 1967; MOORE et al., 1989).<<strong>br</strong> />

Monossacarídeos, como ramnose e moléculas pequenas de PEGs, são capazes de penetrar a<<strong>br</strong> />

mem<strong>br</strong>ana do enterócito, utilizando, portanto, a via transcelular (TRAVIS; MENZIES, 1992).<<strong>br</strong> />

A utilização de duplo açúcar (dissacarídeo/monossacarídeo) apresenta pequenas diferenças,<<strong>br</strong> />

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