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ricardo aires - novembro 2008 - correo tese - Repositorio.ufc.br - UFC

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da população mundial adulta apresentam deficiência de lactase (TISHKOFF et al., 2006).<<strong>br</strong> />

Os carboidratos representam 50% das calorias ingeridas por um adulto normal e a<<strong>br</strong> />

lactose contribui com 3 a 5 % deste total (HAMMOND, 1985). A absorção destes depende da<<strong>br</strong> />

digestão enzimática para transformá-los em mono ou dissacarídeos, uma vez que a mucosa<<strong>br</strong> />

intestinal é seletiva e praticamente não absorve macromoléculas (COMMITEE ON<<strong>br</strong> />

NUTRITION, 1979).<<strong>br</strong> />

A lactose é um dissacarídio, resultante da sín<strong>tese</strong>, na glândula mamária, da união<<strong>br</strong> />

de uma molécula de beta-d-glactose e outra de alfa-d-glicose, com o concurso da enzima<<strong>br</strong> />

galactosil transferase e da lactoalbumina (BEIGUELMAN et al., 1983). Ao ser ingerida,<<strong>br</strong> />

ocorre a ação enzimática da lactase, enzima da borda em escova do enterócito, que a degrada<<strong>br</strong> />

em galactose e glicose, monossacarídeos capazes de absorção pelo enterócito, pela via<<strong>br</strong> />

transcelular. Duas formas de deficiência de lactase são descritas: a primária, congênita e rara,<<strong>br</strong> />

e a secundária, resultante de não-persistência da lactase e agressões à mucosa (BULLER<<strong>br</strong> />

et al., 1991). A má absorção ontogenética da lactose varia por faixa etária e etnia,<<strong>br</strong> />

apresentando, o adulto em geral, apenas 5 a 10% da capacidade lactásica do lactente<<strong>br</strong> />

(TADESSE et al., 1992; BEAN et al., 1990).<<strong>br</strong> />

No indivíduo com hipolactasemia, a ingestão de produtos lácteos contendo lactose<<strong>br</strong> />

leva ao desenvolvimento de sintomas clínicos, como dores abdominais, distensão, flatulência,<<strong>br</strong> />

cólicas e diarréia, dependendo da quantidade ingerida (DAHLAVIST et al., 1963). A<<strong>br</strong> />

hipolactasemia do tipo adulto é uma condição normal após o desmame (SIMOONS, 1970).<<strong>br</strong> />

Metade da população humana, porém, apresenta a condição genética de persistência da<<strong>br</strong> />

lactase, particularmente no norte da Europa, na população exposta a produtos lácteos (SAHI<<strong>br</strong> />

et al., 1973).<<strong>br</strong> />

O diagnóstico de hipolactasemia do tipo adulto é habitualmente baseado no teste<<strong>br</strong> />

de tolerância a lactose (gold standard), cuja especificidade varia de 77 a 96% e sensibilidade<<strong>br</strong> />

de 76 a 94% (AROLA, 1994). Outros testes são utilizados, como do hidrogênio expirado, cuja<<strong>br</strong> />

especificidade varia de 89 a 100% e sensibilidade de 69 a 100% (AROLA, 1994). Um<<strong>br</strong> />

método clássico é a dosagem bioquímica direta da atividade dissacaridásica em biopsias do<<strong>br</strong> />

intestino delgado (DAHLQVIST, 1984). A utilização da determinação do genótipo C/T-13910<<strong>br</strong> />

de linfócitos do sangue (LEVITT, 1969), contudo, é um método caro e não é utilizado na<<strong>br</strong> />

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