ricardo aires - novembro 2008 - correo tese - Repositorio.ufc.br - UFC
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1.2 Evolução Clonal do Epitélio Gastrintestinal<<strong>br</strong> />
O epitélio gastrintestinal é formado por uma variedade de células mantidas juntas<<strong>br</strong> />
por extensas ligações intercelulares. Formam uma camada de células, reco<strong>br</strong>indo as criptas e<<strong>br</strong> />
os vilos. As células são formadas nas criptas e se movem para o topo dos vilos e são estruídas<<strong>br</strong> />
vários dias depois (MADARA; TRIER, 1994). As criptas contêm uma população de<<strong>br</strong> />
células-tronco, provavelmente células colunares basais das criptas (CHENG; LEBLOND,<<strong>br</strong> />
1974), capazes de produzir todos os tipos de células. Como são células pluripotenciais, não<<strong>br</strong> />
originam diretamente as células maduras. Por exemplo, as células colunar e mucosa são<<strong>br</strong> />
derivadas de células imaturas, que foram objeto de várias divisões no meio das criptas, antes<<strong>br</strong> />
da diferenciação terminal no topo do vilo. A Figura 3 (anexos) demonstra este processo.<<strong>br</strong> />
O intestino humano é alvo de rápida renovação celular do epitélio. Esta renovação<<strong>br</strong> />
é dirigida pelas células-tronco da base das criptas (CHENG; LEBLOND, 1974; CHENG;<<strong>br</strong> />
BJERKNES, 1999). No intestino delgado, as células-tronco produzem os enterócitos<<strong>br</strong> />
absortivos e três tipos de células secretoras: células caliciformes (mucóides), enteroendócrinas<<strong>br</strong> />
e células de Paneth. Estas produzem peptídeos antimicrobianos, fatores do crescimento,<<strong>br</strong> />
enzimas digestivas e completam sua diferenciação na base da cripta. As outras células<<strong>br</strong> />
completam sua diferenciação durante a migração para o topo do vilo, onde são estruídas. A<<strong>br</strong> />
Figura 4 (anexos) demonstra a migração celular da cripta ao topo do vilo.<<strong>br</strong> />
Em um modelo de estudo em mamíferos para tecidos com renovação própria, o<<strong>br</strong> />
epitélio intestinal é representado por células basais multipotenciais, um compartimento de<<strong>br</strong> />
trânsito amplificador, várias linhagens binárias de decisão e células com morte programada<<strong>br</strong> />
(apoptose). Como a epiderme da pele, o epitélio intestinal constitui barreira formidável de<<strong>br</strong> />
proteção entre o organismo e o mundo externo (como deve ser visto, pelo menos do ponto de<<strong>br</strong> />
vista de agressões). O epitélio intestinal do adulto forma uma estrutura bidimensional de<<strong>br</strong> />
camada contínua. Nova camada de células é adicionada pelas criptas e estas são movidas para<<strong>br</strong> />
o topo do vilo, onde passam por apoptose (HEATH, 1996; RADTKE et al., 2005). A Figura<<strong>br</strong> />
5 (anexos) demonstra esta dinâmica celular.<<strong>br</strong> />
As células de Paneth escapam desta migração, permanecendo na base da cripta<<strong>br</strong> />
(POTTEN, 1998). As células de transição têm autocapacidade limitada de renovação; após 3<<strong>br</strong> />
ou 4 divisões celulares, atingem a diferenciação e conseqüente especialização, em uma das<<strong>br</strong> />
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