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DUARTE LIMA - Lux - Iol

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anos, ex-secretária e depois amante do<br />

falecido milionário Lúcio Feteira. Rondavam<br />

as 22h de dia 7, no município de Saquarema,<br />

a 90 km do Rio de Janeiro. De acordo<br />

com a investigação do semanário Sol, Rosa<br />

Gomes da Silva estava em sua casa, numa<br />

zona despovoada, a assistir à novela da noite.<br />

Lá fora, chovia e fazia vento. De repente,<br />

dois tiros alertaram a moradora. Logo a<br />

seguir ouviu um carro a arrancar a toda a<br />

velocidade, a sair da estrada de terra batida<br />

e a entrar na via principal. Pensou em<br />

perceber o que se tinha passado. O fi lho<br />

deteve-a. Só no dia seguinte o corpo de<br />

Rosalina era encontrado de barriga para<br />

cima, com duas balas, uma na cabeça e<br />

outra no peito. Sem documentos nem a<br />

mala que deveria ter consigo. As amigas<br />

começaram a estranhar o seu desaparecimento<br />

logo nesse dia, e até contactaram<br />

Normando Marques, o representante legal<br />

da vítima no Brasil. O desaparecimento só<br />

podia ser comunicado às autoridades<br />

Imagens da Pousada Pequena Tiradentes, onde, segundo<br />

o motorista brasileiro, Duarte Lima fi cou hospedado em novembro<br />

de 2009 com Marlete. À direita, Paula Gonçalves, mulher<br />

do advogado, que foi secretária de Eurico de Melo, quando<br />

este foi vice-primeiro-ministro no Governo de Cavaco<br />

“Sempre trabalhei como secretária, mas<br />

nunca com o meu marido„ Paula Gonçalves<br />

passadas 48 horas. Mas eis que, dois dias<br />

depois, Duarte Lima surpreendia o colega<br />

com um telefonema. “Pediu-me o número<br />

e o fax da polícia porque tinha informações<br />

importantes sobre o desaparecimento dela”,<br />

contou o advogado brasileiro à jornalista<br />

Felícia Cabrita, que assina o artigo do Sol.<br />

Em agosto de 2010 Duarte Lima disse,<br />

contudo, a Judite de Sousa: “Não há relação<br />

entre mim próprio e o desaparecimento<br />

da Dona Rosalina Ribeiro, a não ser o<br />

facto de ter sido uma das últimas pessoas<br />

conhecidas a ter estado com ela no dia em<br />

que ela desapareceu.” Na mesma entrevista<br />

frisou que prestara as informações<br />

sobre o seu encontro com a sua cliente.<br />

Informações essas contraditórias, segundo<br />

as investigações da divisão de homicídios<br />

do Rio de Janeiro, que confrontaram a<br />

versão do advogado com os seus registos<br />

telefónicos e com as multas por excesso<br />

de velocidade. Em Belo Horizonte, Duarte<br />

Lima alugou um Ford Focus prateado à<br />

empresa de rent-a-car Locacar. Afi rmou<br />

mais tarde não se lembrar de qual o<br />

veículo nem da empresa a que recorrera.<br />

Surgia a primeira contradição, já que em<br />

abril do ano passado, enviou um e-mail à<br />

mesma empresa a pedir o envio das notas<br />

fi scais e contrato para efeitos de contabilidade.<br />

Ao contrário do habitual, dessa vez<br />

prescindiu de motorista. E, deslocou-se<br />

então ao Rio de Janeiro, “a pedido expresso”<br />

da sua cliente, segundo afi rmou na<br />

“Grande Entrevista”. Já os seus advogados<br />

no Brasil garantiram às autoridades<br />

que o ex-deputado almoçou em Belo<br />

Horizonte e só depois rumou ao Rio de<br />

Janeiro (viagem de cinco horas e meia),<br />

onde combinara encontrar-se com a vítima<br />

no dia seguinte, às 20h. Disse ter tido com<br />

ela uma conversa de cerca de meia hora<br />

num café, de cujo nome afi rmou não se<br />

recordar, oferecendo-se posteriormente<br />

para lhe dar boleia até Maricá, uma<br />

localidade a 70 km de distância do Rio.

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