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Motorista<br />
brasileiro<br />
recorda-se<br />
de ter deixado<br />
Duarte Lima e<br />
Marlete Oliveira<br />
em novembro<br />
de 2009 numa<br />
discreta pousada<br />
em Tiradentes<br />
Em cima, as últimas imagens<br />
de Rosalina Ribeiro, captadas<br />
no elevador do seu prédio,<br />
no Flamengo, Rio de Janeiro,<br />
na noite da sua morte.<br />
À direita, Duarte Lima<br />
testemunha continua: “Marlete saía com<br />
Duarte Lima para restaurantes e às vezes para<br />
o hotel onde ele se encontrava hospedado.”<br />
E acrescenta ainda que lhe pareceu que<br />
Marlete “era uma pessoa com muita intimidade<br />
com o doutor Domingos Duarte Lima”.<br />
O mesmo motorista confi rmou à polícia<br />
brasileira que se recorda de os ter levado,<br />
em novembro, à Pousada Pequena Tiradentes,<br />
em Tiradentes, a 190 km de Belo Horizonte.<br />
Esta unidade hoteleira é um pequeno<br />
refúgio romântico e discreto, ideal para descansar<br />
e namorar, segundo explicou à <strong>Lux</strong><br />
um dos funcionários da pousada. Questionada<br />
sobre o teor da relação que o marido<br />
mantém com a assistente brasileira, Maria<br />
Paula Gonçalves escusou-se a fazer comentários.<br />
Tal como recusou confi rmar a informação,<br />
entretanto apurada pela <strong>Lux</strong>, de que<br />
estaria separada. “Não falo sobre a minha<br />
vida privada”, disse. Já uma vizinha da sua<br />
mãe, de Almada, que pediu anonimato,<br />
contou que “por ela [Paula] já estava divor-<br />
ciada, mas ele não quer”. “Da última vez<br />
que a vi, ela estava muito magrinha, com<br />
um ar triste. Não é nada a Paula que conheci<br />
noutros tempos”, concluiu, afi rmando<br />
que nunca gostou “deste casamento”.<br />
Paula Gonçalves e Duarte Lima casaram-se<br />
em 2000, após alguns meses de namoro,<br />
já o advogado estava recuperado de uma<br />
leucemia aguda. Na altura, ela trabalhava<br />
como funcionária bancária e ele assumia<br />
funções de deputado do PSD. Pautaram<br />
sempre pela discrição, e também agora a<br />
atual secretária de “uma empresa familiar”,<br />
como indicou, preferiu resguardar-se, recusando<br />
dar indicações sobre a localização<br />
do seu marido e da assistente deste. A verdade<br />
é que Marlete Rosa Oliveira, que imigrou<br />
para Portugal em 2005 e começou a<br />
trabalhar com Duarte Lima um ano depois,<br />
pode ser a testemunha-chave para deslindar<br />
este caso. Não foi por acaso que a<br />
polícia brasileira quis saber o grau de proximidade<br />
e de intimidade entre o advogado<br />
e a sua secretária. Mas esta tem estado<br />
incontactável há vários meses. Além de não<br />
ter sido vista nos últimos tempos na zona<br />
do Parque das Nações, onde morava num<br />
T2 com vista para o rio, mantém desligados,<br />
há algum tempo, três dos números de<br />
telemóvel que já lhe pertenceram, conforme<br />
a <strong>Lux</strong> pôde constatar. Em dezembro de<br />
2009, foi para o número brasileiro de Marlete,<br />
como apurou a investigação do semanário<br />
Sol, que Duarte Lima lhe ligou 20<br />
vezes, tanto no dia anterior como no próprio<br />
dia da morte de Rosalina Ribeiro. Marlete<br />
estaria em Belo Horizonte, para onde viajou<br />
com o advogado em setembro desse ano.<br />
Por lá fi cou uns meses. Já o ex-deputado<br />
intervalou as estadas no Brasil com duas<br />
vindas a Portugal. Sempre transportados<br />
pelo motorista Wenderson Oliveira, que<br />
deu detalhes à polícia. Duarte Lima só<br />
prescindiu dos seus serviços na sua última<br />
viagem ao Brasil, a 6 de dezembro, um dia<br />
antes da morte de Rosalina Ribeiro, de 74