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DUARTE LIMA - Lux - Iol

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“Portugal é dos países<br />

mais bonitos que conheço,<br />

mas também dos mais<br />

estragados. Daí que a costa<br />

alentejana ainda seja<br />

um local de eleição”,<br />

afi rmou a atriz, apelando<br />

à preservação da<br />

paisagem da região<br />

romântica não nos iliba de<br />

termos coisas que não gostamos<br />

de ver espelhadas nos outros.<br />

<strong>Lux</strong> – Que atropelamentos?<br />

M.M. – Tanta coisa. Toda a gente<br />

os sofre. O que nos acontece<br />

todos os dias e que temos de<br />

contornar. O caminho não é<br />

feito de alcatrão. Há calhaus.<br />

<strong>Lux</strong> – Voltando ao Alentejo,<br />

esta região também é boa para<br />

namorar…<br />

M.M. – Com certeza. Portugal é<br />

muito bom para namorar.<br />

<strong>Lux</strong> – Tem algum cantinho que<br />

ache bom para esse efeito?<br />

M.M. – ... [risos]<br />

<strong>Lux</strong> – E como está o cantinho do<br />

seu coração? Está preenchido?<br />

M.M. – Está um belo dia [risos].<br />

<strong>Lux</strong> – A Margarida dá a cara por<br />

campanhas de causas sociais<br />

como a Ajuda de Berço. Como<br />

é que encara esta crise de valores<br />

de que se fala?<br />

M.M. – Temos de estar conscientes<br />

de que esta crise de valores existe<br />

à escala mundial. Mas cabe-nos<br />

a nós, enquanto país, e cidadãos,<br />

preservarmos algo que nos<br />

distinga dos outros animais.<br />

<strong>Lux</strong> – Já se confrontou em casa<br />

com essa crise?<br />

M.M. – Claro que sim. Para já, temos<br />

de analisar a nossa maneira de<br />

ver a vida. Se numa determinada<br />

fase somos muito rígidos, vamo-<br />

-nos tornando mais fl exíveis,<br />

não sendo tão egoístas.<br />

<strong>Lux</strong> – O Manuel está na fase<br />

da adolescência. Já passou por<br />

situações complicadas?<br />

M.M. – Todos os dias os adolescentes<br />

passam por essas situações.<br />

<strong>Lux</strong> – Alguma história de que se<br />

lembre?<br />

M.M. – Eu falo do Manuel com<br />

alguma facilidade, mas nunca<br />

poderia contar uma coisa que<br />

fosse particular dele, porque ele<br />

não gostaria. É uma pessoa ainda<br />

mais reservada do que a mãe.<br />

<strong>Lux</strong> – Mas já refi lou por ter contado<br />

algo sobre ele?<br />

“Ou estamos muito ligados ao passado, ou ansiosos<br />

em relação ao futuro. E a solução está no presente„<br />

M.M. – Nunca criticou. Tem o seu<br />

mundo. Claro que partilhamos<br />

quase tudo.<br />

<strong>Lux</strong> – Revê-se nele?<br />

M.M. – É um ser maravilhoso.<br />

<strong>Lux</strong> – Que está na fase de ingressar<br />

na faculdade...<br />

M.M. – Sim. Ele oscilou entre Economia<br />

e Ciência Política, e optou<br />

por Ciência Política. Vamos ver.<br />

Não tenho qualquer ansiedade<br />

em relação aos meus fi lhos.<br />

<strong>Lux</strong> – Dá-lhes liberdade?<br />

M.M. – Deixo ao critério deles.<br />

Acho tão difícil para um adolescente<br />

perceber o que quer... ■<br />

texto Vanessa Barros Cruz (redaccaolux@lux.iol.pt)<br />

fotos João Cabral

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