05.07.2013 Views

Notícias diversas - Biblioteca Digital da Universidade de Coimbra

Notícias diversas - Biblioteca Digital da Universidade de Coimbra

Notícias diversas - Biblioteca Digital da Universidade de Coimbra

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

valha), morre moiro. O tempo vae<br />

<strong>de</strong> truz a calbar p'ro feminino.. .<br />

ou entám p'ra cathólica, que também<br />

é fêmea.<br />

Pô<strong>de</strong> a gente estu<strong>da</strong>r, ir a concursos;<br />

que, se não tiver outra pren<strong>da</strong><br />

com que se faça valer além do<br />

merecimento, é certo que per<strong>de</strong>u<br />

tempo e trabalho em preparar-se.<br />

Haja em vista os concursos.<br />

x<br />

Eu não quero dizer — seria toli-<br />

ce e má fé — que do estôfo <strong>de</strong> um<br />

estu<strong>da</strong>nte pân<strong>de</strong>go se não possa ás<br />

vezes fazer um homem <strong>de</strong> valor ás<br />

direitas. Fallo aqui sómente do intrujão<br />

precoce e sem emen<strong>da</strong>. De<br />

resto, todos nós conhecêmos <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> rapazes um ou outro<br />

exemplar d'esta espécie d'aves; que<br />

não sam mui raras — cela va sans<br />

dire.<br />

Um dia, já ha tempo, appareceu-me<br />

na praia on<strong>de</strong> eu estava a<br />

banhos ou 'a qualquer outra coisa,<br />

um patusquinho d'estes com a fiti<br />

nha <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m. O caso era d'espanto<br />

para mim, que ha seis mêses<br />

o vira, disposto como sempre a não<br />

fazer obra séria que merecesse um<br />

ochavo, quanto mais aquillo <strong>da</strong><br />

distincção official com uma cruz <strong>de</strong><br />

mérito.<br />

—Foi engano, por força, repon<br />

tei-lhe eu.<br />

— Quem não sabe ser loja fecha<br />

o mestre, replicou-me o finório invertendo<br />

os termos ao prolóquio,<br />

como tinha d'hábito.<br />

Fôra o caso, em summa, que alguém<br />

se tinha distinguido por elle<br />

lá nos plainos d'Africa, d'on<strong>de</strong> entám<br />

era vindo a gosar a massa que<br />

ajuntara intrujando,e a pavonear-se<br />

com a fita que arranjara pela mesma.<br />

Outro se distinguira por elle,<br />

outro <strong>de</strong> quem se não sabe o nome.<br />

..<br />

É assim êste mundo, ou antes<br />

esta terra <strong>de</strong> exploradores, on<strong>de</strong> a<br />

coisa mais falsa e menos séria que<br />

conheço é a lei fun<strong>da</strong>mental que<br />

nos governa.<br />

Ninguém me tira <strong>da</strong> cabeça a<br />

persuasão em que estou — <strong>de</strong> que<br />

é o próprio interesse monárchico<br />

quem está inventando d'êsles heroes,<br />

para se acolher por um pouco<br />

á sçmbra d'elles.<br />

É bom que o país comece a <strong>de</strong>sconfiar<br />

<strong>de</strong> tanta heroici<strong>da</strong><strong>de</strong> imprevista,<br />

como já <strong>de</strong>sconfia ha muito<br />

<strong>de</strong> tanta intrujice do regimen.<br />

Nem tudo o que lá vem pintado<br />

nos papeis, sam figuras reaes <strong>de</strong><br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro valor... Nem tudo sam<br />

Mousinhos, Cal<strong>da</strong>s Xavier ou San-<br />

ches <strong>de</strong> Miran<strong>da</strong>. Ha por lá muito<br />

heroe falsificado.<br />

Nem pô<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser.<br />

Braz <strong>da</strong> Serra.<br />

«At<br />

Doutoramento<br />

No domingo próximo será conferido<br />

o grau <strong>de</strong> Doutor em Direito<br />

ao nosso iilustre amigo, sr. Fran<br />

cisco Joaquim Fernan<strong>de</strong>s, académi<br />

co talentôso e moço já hoje <strong>de</strong> lar<br />

go sabêr e bello futuro.<br />

Cumprimentámos o nosso amigo<br />

pelo seu triumpho académico, cer<br />

tos como estámos <strong>de</strong> que s. ex. a<br />

pelo seu talento e singulares facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> trabalho, é um dos novos<br />

com quem <strong>de</strong> futuro mais se po<strong>de</strong>rá<br />

contar.<br />

Esteve nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> o sr. Lino d'As<br />

aumpção, visitando os principaes mo<br />

numentos e concentrando, <strong>de</strong>mora<strong>da</strong><br />

mente, a sua observação no museu<br />

archi-episcopal<br />

Velba.<br />

e nas obras <strong>da</strong> Sé<br />

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />

RESISTENCIA — Quinta feira, 10 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1897<br />

Carta <strong>da</strong> Figueira<br />

17 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 97.<br />

Obra <strong>de</strong> mau gosto, os nossos paços<br />

do concelho, dissémos na nossa carta<br />

anterior.<br />

E realmente crêmos que se pô<strong>de</strong><br />

percorrer êsse Portugal todo <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

Melgaço ao Cabo <strong>de</strong> Santa Maria, sem<br />

encontrar edifício tam ridículo.<br />

Não obe<strong>de</strong>cendo a nenhum estylo <strong>de</strong><br />

architectura, <strong>de</strong>via pelo menos o plano<br />

geral ser sensato. Escusava <strong>de</strong> ser tam<br />

enfeitado, ter tanta cimalha, tanta cor-<br />

nija, tantos relêvos, e apresentar um<br />

aspecto correcto e simples que não of-<br />

fen<strong>de</strong>sse a vista e que teria a gran<strong>de</strong><br />

vantagem <strong>de</strong> custar muito menos dinheiro.<br />

Mas quem pensa em tal.<br />

Era preciso que a actual câmara <strong>de</strong>ixasse<br />

um monumento dos seus serviços<br />

à terra, um signal <strong>da</strong> sua passagem<br />

gloriosa, e por isso fez-se esta<br />

Sensaboria <strong>de</strong> mármore ou antes esta<br />

estupi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> pedra, e as estra<strong>da</strong>s que<br />

estejam intransitáveis e cheias <strong>de</strong> barrancos,<br />

as ruas no mesmo estado, perigosas<br />

e repugnantes, o jardim convertido<br />

num viveiro <strong>de</strong> <strong>diversas</strong> castas<br />

d'árvores quando não era êste o<br />

seu <strong>de</strong>stino, etc., etc.<br />

Voltando aos paços, a facha<strong>da</strong> do lado<br />

<strong>da</strong> rua S. Thomaz é o mais feio que<br />

é possível, parece a bôcca d'um forno.<br />

Do lado <strong>da</strong> doca, aquella gran<strong>de</strong> janella<br />

ao meio e as duas torrinhas lateraes<br />

fazem lembrar uma d'aquellas casas <strong>de</strong><br />

papelão que se ven<strong>de</strong>m para as crean<br />

ças brincarem, e <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> qual ha<br />

umas rodinhas que vam fazendo apparecer<br />

diversos animaes logo que se<br />

faça an<strong>da</strong>r uma manivella.<br />

A facha<strong>da</strong> do lado do rio que <strong>de</strong>via<br />

ser a mais bem estu<strong>da</strong>ria e que <strong>de</strong>via<br />

ficar mais vistosa é d'um effeito <strong>de</strong>tes<br />

tavel. O primeiro an<strong>da</strong>r, mais alto que<br />

o rez-do-chão, esmaga-o completamente;<br />

lembra um homem <strong>de</strong> tronco muito<br />

forte e pernas muito curtas. Os or<br />

natos <strong>da</strong>s cimalhas sam d'um mau gosto<br />

sem classificação. Aquellas três por<br />

tas do lado do rio estám enterra<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />

todo; <strong>de</strong>viam ter, pelo menos, 4 ou<br />

<strong>de</strong>graus, <strong>de</strong> modo que o pivimento ficasse<br />

muito mais elevado que a rua.<br />

Em resumo, os paços é ura <strong>de</strong>sastre<br />

completo que chega a fazer com que<br />

a gente se envergonhe <strong>de</strong> ser flgueireose.<br />

Tem o juizo a ar<strong>de</strong>r <strong>de</strong>certo<br />

quem quer que <strong>de</strong>lineou e mandou<br />

executar tal obra prima ! E lembrarmo<br />

nos <strong>de</strong> que só um terramotosinho<br />

nos livrará d'aquella estupi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> pedra!<br />

Da peça original qne foi à scena no<br />

theatro do Gymnásio-Club não sabêmos<br />

que dizer <strong>de</strong>pois <strong>da</strong>s duas formidáveis<br />

engraixa<strong>de</strong>llas (é o têrmo) que appa<br />

receram nos dois jornaes <strong>da</strong> terra.<br />

Está realmente bem posta em scena<br />

e o <strong>de</strong>sempenho foi bom em geral, mas<br />

tem muitos <strong>de</strong>feitos, entre outros o<br />

ciou <strong>da</strong> peça que é quasi obsceno, o<br />

<strong>de</strong>sfecho que se precipita d'uma ma<br />

neira forçadíssima e os typos sem na<br />

turali<strong>da</strong><strong>de</strong>; por exemplo o typo do mor<br />

gado que po<strong>de</strong>ria ser um Portugal ve<br />

lho, bem estu<strong>da</strong>do, agra<strong>da</strong>vel pela sua<br />

ru<strong>de</strong> franquêza característica, portu<br />

guês, emfim, é um sujeito que só pen<br />

sa em casar o sobrinho com um bom<br />

dote e na<strong>da</strong> mais.<br />

E <strong>de</strong>pois aquella idéa <strong>de</strong> fazer pas<br />

sar aquelle enrêdo na Estra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Bra<br />

ga é suggestiva, lembra-nos a Estra<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> Braga, pelo sr. Alberto Damasco —<br />

como dizia o Fialho d'Almei<strong>da</strong>.<br />

O Calor e o tempo <strong>de</strong> verão que tem<br />

feito ultimamente já convi<strong>da</strong> a tomar<br />

banhos e já se ostentam na praia a<br />

gumas barracas. Consta que estám já<br />

muitas casas aluga<strong>da</strong>s e que a epocha<br />

será bôi.<br />

Proseguem com activi<strong>da</strong><strong>de</strong> as obras<br />

no Casino Peninsular.<br />

Promette êste anno haver uma festa<br />

rija a S. João. Bom será, pois muito<br />

lucra a Figueira com o gran<strong>de</strong> nUme<br />

ro <strong>de</strong> forasteiros que aqui se reúnem<br />

Para a próxima carta dirêmos alguma<br />

coisa a êste respeito»<br />

Ary &Argy%<br />

2STo O r i e n t e<br />

Na Grécia e na Turquia accenua-se<br />

um notável movimento <strong>de</strong><br />

reacção contra os projectos <strong>de</strong> paz,<br />

e a mediação <strong>da</strong>s potências. Naquela,<br />

porque ain<strong>da</strong> ha esperanças <strong>de</strong>,<br />

com uma nova táctica militar, po<strong>de</strong>r<br />

ain<strong>da</strong> pôr-se a salvo a honra <strong>da</strong><br />

jan<strong>de</strong>ira e fazer pagar caro ao sultão<br />

as victórias alé aqui obti<strong>da</strong>s;<br />

nesta, porque cm face <strong>da</strong>s vantagens<br />

obti<strong>da</strong>s pelas tropas musulmanas,<br />

aguar<strong>da</strong>va-se o movimento <strong>de</strong><br />

avanço, num caminho <strong>de</strong> successivos<br />

triumphos, até ás portas <strong>de</strong><br />

Athenas.<br />

* A maioria dos correspon<strong>de</strong>nes<br />

extrangeiros resi<strong>de</strong>ntes na Grécia,<br />

consagra gran<strong>de</strong>s elogios ao general<br />

grêgo Smolenski, cuja capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

militar contrasta com a inaptidão<br />

dos <strong>de</strong>mais caudilhos.<br />

Consi<strong>de</strong>ram-se como um gran<strong>de</strong><br />

successo militar a sua retira<strong>da</strong> e a<br />

<strong>de</strong>saggregação <strong>de</strong> forças feita sob<br />

as suas or<strong>de</strong>ns, fazendo sorti<strong>da</strong>s aos<br />

regimentos inimigos.<br />

* Parti<strong>da</strong>s irregulares <strong>de</strong> cavalaria<br />

grega atacam os turcos na<br />

Thessália, interceptam os comboios,<br />

difficultam os aprovisionamentos, e<br />

causam contínuas baixas aos invasôres.<br />

* O governo grêgo <strong>de</strong>clarou aos<br />

embaixadores <strong>da</strong>s potências não se<br />

achar disposto a suspen<strong>de</strong>r as hostili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

enquanto os turcos não<br />

cessarem <strong>de</strong> combater.<br />

* Os jornaes russos fazem constar<br />

as graves difficul<strong>da</strong><strong>de</strong>s com que<br />

haverám <strong>de</strong> tropeçar as potências<br />

para o estabelecimento <strong>de</strong>finitivo<br />

<strong>da</strong>s bases <strong>de</strong> paz entre a Grécia e a<br />

Turquia. Esta última parece estar<br />

disposta a acceitar o statu quo anterior<br />

á guerra; mas não sê moMra<br />

disposta a abandonar os territórios<br />

que as suas tropas occupam, sem<br />

conseguir, préviamente, uma in<strong>de</strong>mnisação,<br />

allegando, para o caso,<br />

os enormes sacrifícios, que a cam<br />

panha lhe impôs.<br />

Por um lado, a Europa não po<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reconhecer á Turquia<br />

direito <strong>de</strong> corrigir uma in<strong>de</strong>mnização;<br />

mas, por outro, como ha <strong>de</strong><br />

Grécia satisfazê-la, <strong>de</strong> mais a mais<br />

tam <strong>de</strong> prompto?!...<br />

Novo barranco a abrir-seno ca<br />

minho <strong>da</strong> diplomacia.<br />

* Seguem os últimos telegram-<br />

mas:<br />

Athenas, 18, < — 0 sr. Ralli, presi<br />

<strong>de</strong>nte do conselho, <strong>de</strong>clarou aos mi<br />

nistros <strong>da</strong>s potências fe<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s, que,<br />

se o armistício tar<strong>da</strong>r a celebrar-se,<br />

fará um appello aos grêgos para a<br />

guerra a todo o transe.<br />

Constantinopla, 18, n. — Um cruza<br />

dor e um barco torpe<strong>de</strong>iro turcos apre<br />

saram' quinze navios <strong>de</strong> vela grêgos<br />

que se entregavam á pirataria no Archipélago.<br />

Theatro Príncipe Real \<br />

Subiu hontem á scena, nêste<br />

theatro, o notável drama <strong>de</strong> Pinheiro<br />

Chagas A Morgadinha <strong>de</strong> Val-Flôr.<br />

O drama, que já conhecíamos<br />

por uma leilura, está bem <strong>de</strong>lineado,<br />

e tem scenas ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente empolgantes.<br />

Mol<strong>da</strong>do na velha eschóla roman<br />

tica, nem por isso <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> apre<br />

ciar-se aquelles raptos <strong>de</strong> eloquência<br />

que o auctor põe na bôcca dos<br />

principaes personagens, envolvendo<br />

o trágico <strong>da</strong>s situações em sonhos<br />

d'uma poesia ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente encantadora.<br />

O <strong>de</strong>sempenho foi razoavel.<br />

A<strong>de</strong>lina Ruas <strong>de</strong>u-nos uma morgadinha<br />

muito tolerável, apezar <strong>da</strong><br />

falla. <strong>de</strong> estudo e <strong>de</strong> observação <strong>de</strong><br />

que se resente todo o seu trabalho.<br />

A'parte uns senões, taes como o <strong>de</strong><br />

fallar para os espectadores <strong>de</strong>sprezando<br />

os personagens que a ro<strong>de</strong>iam,<br />

mantem-se regularmente na<br />

extrema dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> do seu papel,<br />

e dá-nos por vezes a comprehensão<br />

níti<strong>da</strong> do personagem que representa.<br />

Pato Moniz. .. tem seus bocadinhos<br />

apreciaveis; <strong>de</strong>sculpam-sehe<br />

os <strong>de</strong>feitos pela attenta e quasi<br />

absoluta impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> d'uma boa<br />

encarnação do personagem.<br />

Os restantes artistas mantiveram<br />

um conjunclo regular.<br />

Hoje vae á scena A vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> um<br />

rapaz pobre, e ámanhã Os que tra-<br />

balham, drama socialista do activo<br />

propagandista Ernesto <strong>da</strong> Silva.<br />

•••<br />

O T T B u à .<br />

Está assumindo um novo aspecto<br />

<strong>de</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>, para a Hespanha,<br />

a questão cubana.<br />

Nos Eslados-Unidos <strong>da</strong> América<br />

do Norte, agitam-se as differentes<br />

'acções no sentido <strong>de</strong> obter o reconhecimento<br />

dos insurrectos como<br />

)elligerantes.<br />

Bem sabêmos que nêsse sentido<br />

se trabalhou ha tempos, sob a presidência<br />

<strong>de</strong> Cleveland, e na<strong>da</strong> se conseguiu.<br />

Mas, além <strong>de</strong> serem muito outras<br />

as actuaes condições, ha agora a<br />

pon<strong>de</strong>rar as promessas feitas aos<br />

seus eleitores pelo novo presi<strong>de</strong>nte,<br />

promessas, que, a serem cumpri<strong>da</strong>s,<br />

<strong>da</strong>rám como resultado a próxima<br />

proclamação <strong>da</strong> in<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong><br />

Cuba.<br />

A questão ioi agora levanta<strong>da</strong> no<br />

Senado, a propósito do sensível <strong>de</strong>sfalque<br />

nas relações commerciaes dos<br />

Estados-Unidos com a Gran<strong>de</strong> Antilha.<br />

E os senadores, que mais <strong>de</strong><br />

perlo li<strong>da</strong>ram com Mac-Kinley antes<br />

<strong>da</strong> sua ascensão ao alto cargo<br />

<strong>de</strong> que se acha investido, sam agora<br />

os primeiros a lembrar-lbe as<br />

promessas feitas e a incitá-los :<br />

satisfação dos seus compromissos.<br />

Já não é pois um sentimentalis<br />

mo piégas o motivo allegado para a<br />

intervenção; sam os prejuízos commerciaes<br />

d'uma gran<strong>de</strong> nação, sam<br />

os interesses económicos que entram<br />

em jôgo, prevalecendo a todos os<br />

receios <strong>de</strong> offensa á fi<strong>da</strong>lguia <strong>da</strong> Hes<br />

panha.<br />

Por êsse motivo, já Mac-Kinley<br />

<strong>de</strong>u or<strong>de</strong>m ao seu representante em<br />

Cuba para lhe serem enviados pormenores<br />

circunstanciados ácêrca <strong>da</strong><br />

situação dos insurrectos. E, contra<br />

as notícias tranquilizadoras do ge-<br />

neral Weyler, conspiram essas informações,<br />

que attribuem uma gran<strong>de</strong><br />

força á insurreição cubana.<br />

Parece-nos, pois, chegado o mo<br />

mento <strong>de</strong> antevêrmos o triumpho<br />

<strong>da</strong> causa em que um pôvo, opprimido<br />

e vexado, se empenhou, Ian<br />

çando-se em lucta aberta pela sua<br />

emancipação d'umatutella infamante,<br />

preparando-se para <strong>de</strong>spe<strong>da</strong>çar<br />

os grilhões que o acorrentam a uma<br />

vergonhosa e indigna submissão.<br />

—<br />

<strong>Notícias</strong> <strong>diversas</strong><br />

fr ponto na Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito é<br />

no dia 26 do corrente mês.<br />

Segundo nos consta, os actos do 1.°<br />

e do 5.° anno começarám no dia 31<br />

do mesmo mês, e os do 2.°, 3.° e 4.°<br />

no dia 4 <strong>de</strong> junho, sendo esta <strong>de</strong>mora<br />

motiva<strong>da</strong> pela ausência <strong>de</strong> alguns<br />

membros dos respectivos jurys que<br />

têem <strong>de</strong> assistir às provas do concurso<br />

que se está realizando na Aca<strong>de</strong>mia<br />

Polytéchnica do Porto, as quaes<br />

só terminarám no dia 2 do próximo<br />

mês.<br />

Também nos informam <strong>de</strong> que os<br />

jurys dos actos flearám assim constituídos:<br />

I o anno — Drs. Avelino Callisto,<br />

Guilherme Moreira e Teixeira d'Abreu;<br />

2.° anno — Drs. Avelino Callisto,<br />

Teixeira d'Abreu e Affonso Costa;<br />

3.° anno— Drs. Assis Teixeira, Lopes<br />

Praça e Guimarães Pedroza;<br />

4.° anno — Drs Emygdio Garcia,<br />

Chaves e Castro e Affonso Costa;<br />

5 ° anno — Drs. Paiva Pitta, Henriques<br />

<strong>da</strong> Silva e Dias <strong>da</strong> Silva.<br />

Pelo nosso presado amigo sr. Albino<br />

Caetano <strong>da</strong> Silva foi pedi<strong>da</strong> em<br />

casamento a sr. a D. Virgínia Rebello<br />

Martins, do Porto.<br />

Pelas superiores quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s que<br />

exhomam o caracter do nosso amigo,<br />

que nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> é crédor <strong>da</strong>s mais<br />

geraes sympathias, auguramos-lhe, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

já, um futuro <strong>de</strong> felici<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Durante os três últimos dias ven<strong>de</strong>ram-se<br />

as libras a 6:720 réis, ou sejam<br />

2:220 réis <strong>de</strong> prémio ca<strong>da</strong> uma.<br />

Francos a 806 réis, e marcos a 327<br />

réis.<br />

Commemorou-se hontem, na Sé Ca<br />

thedral, o jubileu episcopal do prelado<br />

d'esta diocese, com um solemne Te<br />

Deum a gran<strong>de</strong> instrumental.<br />

A festa foi muito concorri<strong>da</strong>, assis<br />

tindo a ella a élite <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> coim<br />

brã.<br />

V •<br />

A sr. a D. Rita <strong>de</strong> Moraes Sarmento,<br />

habilita<strong>da</strong> com o curso <strong>de</strong> engenheria<br />

civil pela Aca<strong>de</strong>mia Polytéchnica do<br />

Porto, requereu para ser incluí<strong>da</strong> no<br />

quadro do corpo <strong>de</strong> engenheiros d'óbras<br />

publicas, sendo in<strong>de</strong>feri<strong>da</strong> essa pretea<br />

são.<br />

A requerente tem mais três irmãs<br />

diploma<strong>da</strong>s em Medicina pela Eschóla<br />

Médico cirúrgica do Porto.<br />

Está nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> o sr.<br />

Valenças.<br />

Con<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Do sr. Alexandre <strong>de</strong> Mattos recebe<br />

mos um discurso pronunciado na sessão<br />

solemne do Gymnásio, a que nos reffr<br />

rimos no nosso último número. Agra<br />

<strong>de</strong>cêmos.<br />

Participa-nos o sr. Francisco Borges<br />

proprietário <strong>da</strong> Papelaria Central, i<br />

rua do Viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong> Luz, que acaba <strong>de</strong><br />

conseguir ser único <strong>de</strong>positário, nesta<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, do Centro Photográphico do<br />

Porto, em condições <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r ven<strong>de</strong>r<br />

todos os artigos concernentes á arte<br />

photográphica pelos preços do catálogo<br />

d'aquelle importante estabelecimento<br />

D'esta fórma veiu o sr. Borges prestar<br />

óptimos serviços aos profissionaes<br />

e amadores, proporcionando lhes muito<br />

maior facili<strong>da</strong><strong>de</strong> no fornecimento dos<br />

artigos <strong>de</strong> que careçam.<br />

Os peritos nomeados pela Câmara<br />

municipal para inspeccionar o novo<br />

Matadouro aconselharam as seguintes<br />

modificações: que sejam asphaltados OÍ<br />

estábulos do gado, que se melhorem<br />

as condições <strong>de</strong> ventilação <strong>da</strong> casa que<br />

serve para <strong>de</strong>pósito dos couros, e que<br />

se dupliquem as torneiras d'âgua.<br />

0 ministro <strong>da</strong> guerra e o chefe do<br />

estado-maior do Brasil déram a SUÍ<br />

<strong>de</strong>missão, sendo o primeiro substitui<br />

do pelo sr. Machado Bettencourt.<br />

Parece ter-se resolvido afinal o pro<br />

blema <strong>da</strong> navegação aérea. Alguns]<br />

aperfeiçoamentos mais, e <strong>de</strong>ntro etn<br />

pouco se po<strong>de</strong>rá viajar pelos ares fóral<br />

como sobre a terra.<br />

0 novo apparelho, inventado peli<br />

professor americano Barnard, consistíj<br />

em um globo oval <strong>de</strong> 15 metros DO<br />

seu maior eixo e 7 no pequeno, e fa<br />

bricado como qualquer balão ordiná<br />

rio. Dois metros abaixo suspen<strong>de</strong>-i

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!