Notícias diversas - Biblioteca Digital da Universidade de Coimbra
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uma barquinha. O aeronauta collocado<br />
nessa barquinha imprime, por meio <strong>de</strong><br />
um machinismo absolutamente idénlico<br />
ao <strong>de</strong> um velocípe<strong>de</strong>, um movimento<br />
<strong>de</strong> rotação a uma espécie <strong>de</strong> hélice<br />
collocado na dianteira <strong>da</strong> barquinha.<br />
A direcção imprime-se por meio <strong>de</strong><br />
um freio que o aeronauta, em sella e<br />
pe<strong>da</strong>lando para mover o hélice, manobra<br />
comc o <strong>de</strong> uma bicycleta Enormes<br />
azas <strong>de</strong> tela se abrem <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> lado <strong>da</strong><br />
barquinha para assegurar a sua estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Dias atraz foi esta máchina experimenta<strong>da</strong><br />
em Nashville (Tennessee). O<br />
professor Barnard elevou-se a uma altura<br />
<strong>de</strong> mil pés seguindo uma direcção<br />
que antecipa<strong>da</strong>mente <strong>de</strong>terminara. A<br />
máchina mostrou obe<strong>de</strong>cer facilmente<br />
á manobra, mas a força <strong>de</strong> propulsão é<br />
que não pou<strong>de</strong> vencer as correntes<br />
aéreas superiores.<br />
O inventor vae <strong>da</strong>r novos retoques<br />
ao seu apparelho voador.<br />
Os habitantes <strong>de</strong> Santa Clara têem<br />
elabora<strong>da</strong> uma representação, que <strong>de</strong>verá,<br />
em breve, ser entregue ao sr.<br />
governador civil, e na qual pe<strong>de</strong>m o<br />
estabelecimento d'um pôsto policial<br />
naquelle bairro.<br />
Achamos <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a justiça a satisfação<br />
d'este pedido, attenta a importância<br />
e <strong>de</strong>senvolvimento populoso do<br />
bairro em questão, e o imperdoável<br />
esquecimento a que sempre tem sido<br />
votado. '<br />
Foi prorogado até 9 <strong>de</strong> setembro<br />
próximo o praso para a acceitação <strong>da</strong>s<br />
propostas <strong>de</strong> arren<strong>da</strong>mento dos caminhos<br />
<strong>de</strong> ferro do Brasil, sendo essa<br />
prorogação motiva<strong>da</strong> pelos pedidos <strong>de</strong><br />
algumas companhias interessa<strong>da</strong>s que<br />
não podéram entregar as suas propostas<br />
<strong>de</strong>ntro do prazo fixado.<br />
Ha em White-Planis, povoação <strong>da</strong><br />
América septentrional, um hotel, que<br />
offerece a curiosa singulari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
nelle não habitarem senão anões.<br />
O dono do hotel tem 32 annos <strong>de</strong><br />
e<strong>da</strong><strong>de</strong> e 77 centímetros <strong>de</strong> altura. A<br />
mulher, que tem a mesma e<strong>da</strong><strong>de</strong>, pa-<br />
rece uma boneca. Têem uma filha <strong>de</strong><br />
3 annos, que não tem senão 30 centímetros<br />
<strong>de</strong> altura. De todos os creados,<br />
homens e mulheres, nenhum chega a<br />
ter 1 metro <strong>da</strong> cabeça aos pés.<br />
Chamamos a attenção do sr. director<br />
<strong>da</strong>s obras públicas para os trabalhos a<br />
que se an<strong>da</strong> proce<strong>de</strong>ndo numa casa <strong>da</strong><br />
Praça 8 <strong>de</strong> Maio.<br />
Dá serventia entre dois an<strong>da</strong>imes <strong>de</strong><br />
nivel differente uma prancha <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />
<strong>de</strong>masia<strong>da</strong>mente inclina<strong>da</strong>, com<br />
travessas a servirem <strong>de</strong> esca<strong>da</strong>.<br />
Ora, segundo o art.° 18, alínea a,<br />
parágrapho 4.°, capitulo 3.°, do regulamento<br />
<strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1895, essa<br />
serventia <strong>de</strong>ve ser <strong>da</strong><strong>da</strong> por «lanços<br />
separados entre si por patins assoalhados,<br />
quanto pos-Uel dispostos por<br />
fórma que a sua inclinação permitta<br />
formar os <strong>de</strong>graus por meio <strong>de</strong> cunhos<br />
e cobertores, e todos os <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> lanço<br />
<strong>de</strong> eguai altura e peso, e ser muni<strong>da</strong>s<br />
<strong>de</strong> guar<strong>da</strong>s e corrimão».<br />
Na<strong>da</strong> d'isto se observa na obra<br />
referi<strong>da</strong>, e por isso pedimos a attenção<br />
do sr. director d'obras públicas, que<br />
superinten<strong>de</strong> nêstes serviços, aguar-<br />
<strong>da</strong>ndo providências ten<strong>de</strong>ntes á fiel e<br />
rigorosa observância <strong>da</strong> lei, que é<br />
bem clara e explicita.<br />
Diz o Tempo:<br />
Registando<br />
«E as <strong>de</strong>spêzas públicas continuarám<br />
a augmentar á proporção<br />
que as receitas diminuirám, até que<br />
um «estoiro» final virá pôr lêrmo a<br />
to<strong>da</strong> esta in<strong>de</strong>corosa bambochata.»<br />
O Tempo é orgão do sr. Dias Ferreira,<br />
e, como tal, insuspeito.<br />
Archive-se, pois, a prophecia...<br />
para comparar.<br />
Se houver tempo e occasião para<br />
uma nova ascensão do estadista nephelibata.<br />
Revistas e jornaes<br />
RIMOS lisos—Revista litterária bi mensal.<br />
Temos presente o 1.° número d'esta nova<br />
publicação, que se apresenta distinctamente<br />
no mundo <strong>da</strong>s lettras. Distinctamente, e com<br />
modéstia.<br />
Com os nossos agra<strong>de</strong>cimentos pela amabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>da</strong> sua apreciavel visita, vam os nossos<br />
mais sincéros <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> uma longa vi<strong>da</strong> e<br />
muitas prosperi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
Jornal dos Romances — Recebêmos<br />
o n.° 5 d'este semanário <strong>de</strong> instrucção e<br />
recreio, que no Porto vê a luz <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
O summário é o seguinte :<br />
Texto—Os combates <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>: Joanninha a<br />
costureira, por Ch. Ménouvel.—Os Cavalleiros<br />
<strong>da</strong> Rosa Vermelha, por A. Tocqueville.— As<br />
gran<strong>de</strong>s tragédias : O romance d'um sol<strong>da</strong>do,<br />
por Alaycar—Contos para creanças.— Sciéncia<br />
prática. — Divertimentos scientíficos. —<br />
Secção recreativa. — Expediente.<br />
Gravuras—Joanninha, a costureira... dois<br />
bombeiros levantaram Francisca nos braços...<br />
—Os Cavalleiros <strong>da</strong> Rosa Vermelha: Miserável<br />
I rugiu Gabriel.. .-—Divertimentos scientíficos<br />
: uma gravura.<br />
RESISTENCIA — Quinta feira, 10 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1897<br />
Jornal (le Viagens e aventuras <strong>de</strong><br />
terra e mar.<br />
Recebêmos o n.° 58 d'este interessante jornal<br />
que se publica no Porto, sob a direcção do sr.<br />
Deolindo <strong>de</strong> Castro, e cujo summário é o seguinte<br />
:<br />
Texto—Actuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s históricas: Athenas.—<br />
Pelas águas do mar: Pescador. — Aventuras<br />
extraordinárias <strong>de</strong> quatro meridionaes no Rrazil<br />
: O Gran<strong>de</strong>-Ser pente. — Portugal no extrangeiro<br />
: O novo relatório apresentado ao<br />
parlamento inglês. — O Islamismo : Zimbório<br />
<strong>da</strong> Rocha (Koubette es Sakhrah) em Jerusalem.~<br />
Os gran<strong>de</strong>s cataclysmos: Vulcões e terramotos.—<br />
Coisas sabi<strong>da</strong>s : A formiga branca.<br />
—Notas e observações: Caça do leão.— Commettimentos<br />
e arrojos : Viagens e aventuras<br />
<strong>da</strong> Menina Friquette.— Curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s scientíficas.<br />
Gravuras—Queimavam, apunhalavam todos<br />
os que lhe caíam <strong>de</strong>baixo <strong>da</strong> mão.—Pescadora<br />
norueguêsa.— A platafórma e explendi<strong>da</strong>s arcarias<br />
que dão entra<strong>da</strong> para a riquíssima mesquita<br />
<strong>de</strong> Konbette es Sakhrah em Jerusalem.<br />
— O príncipe foi arrancado do palácio, <strong>de</strong><br />
noite, apesar <strong>da</strong> guar<strong>da</strong> e sentinellas...<br />
Qazêta <strong>da</strong>s Aldêas — Recebêmos o<br />
n.° 72 d'este semanário <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong> agrícola<br />
e vulgarização <strong>de</strong> conhecimentos úteis.<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />
Resumo <strong>da</strong>s <strong>de</strong>liberações toma<strong>da</strong>s na<br />
é<br />
sessão ordinária <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />
1897.<br />
Presidência do dr. Luiz Peraira <strong>da</strong><br />
Costa.<br />
Vereadores presentes: — Arcediago<br />
José Simões Dias, bacharel José Augusto<br />
Gaspar <strong>de</strong> Mattos, José António<br />
Lucas, José António dos Santos, António<br />
José <strong>de</strong> Moura Bastos, José Marques<br />
Pinto e Albano Gomes Paes, eflectivos.<br />
Approvou a acta <strong>da</strong> sessão anterior.<br />
Tomou conhecimento pelo vereador<br />
respectivo, <strong>de</strong> que, segundo a <strong>de</strong>liberação<br />
toma<strong>da</strong> em oito <strong>de</strong> abril, iam ter<br />
começo os trabalhos <strong>de</strong> canalização<br />
d'aguas para as ruas do Forno e do<br />
Borralho.<br />
Tomou conhecimento <strong>da</strong> approvação<br />
<strong>da</strong><strong>da</strong> superiormente ás percentagens<br />
vota<strong>da</strong>s para o futuro anno, bem como<br />
<strong>da</strong> <strong>de</strong>negação <strong>da</strong> approvação ao que<br />
foi resolvido ácêrca <strong>da</strong> remuneração <strong>de</strong><br />
serviços extraordinários prestados por<br />
um amanuense <strong>da</strong> secretaria á Commissão<br />
do recenseamento militar, pelo que<br />
se resolveu annullar aquella <strong>de</strong>liberação.<br />
Mandou enviar ao commissário <strong>de</strong><br />
policia uma participação <strong>da</strong> Companhia<br />
conimbricense <strong>de</strong> illuminação a gaz,<br />
d'on<strong>de</strong> consta <strong>de</strong> terem sido apagados<br />
alguns candieiros <strong>da</strong> illuminação pública<br />
em Cellas<br />
Resolveu pedir ao mesmo commissário<br />
para fazer vigiar porque não sejam<br />
<strong>da</strong>mnificados os marcos fonlenários<br />
nas ruas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Tomou conhecimento <strong>de</strong> terem sido<br />
feitas as intimações auctoriza<strong>da</strong>s a três<br />
proprietários <strong>de</strong> Brasfemes, para <strong>de</strong>soccuparem<br />
terrenos do concelho que<br />
obstruíram com materiaes<br />
Resolveu ce<strong>de</strong>r a um proprietário<br />
para a alinhamento <strong>de</strong> uma casa que<br />
vae construir em terreno <strong>de</strong> uma pro-<br />
prie<strong>da</strong><strong>de</strong> ao Padrão, na ligação <strong>da</strong> estra<strong>da</strong><br />
municipal <strong>de</strong> Eiras com a real do<br />
Porto, 4 m ,50 <strong>de</strong> terreno <strong>de</strong> superfície<br />
do talu<strong>de</strong> d'aquella estra<strong>da</strong> municipal,<br />
avaliado a 100 réis ca<strong>da</strong> um metro,<br />
sendo approvado o alçado para a construcção.<br />
Resolveu ven<strong>de</strong>r em praça a ma<strong>de</strong>i-<br />
ra velha <strong>da</strong> ponte <strong>de</strong> Coenços, na freguezia<br />
<strong>de</strong> Ceira.<br />
Resolveu reservar para a próxima<br />
sessão ordinária o provimento <strong>de</strong> quatra<br />
logares <strong>de</strong> vigias dos impóstos,<br />
esperando a informação <strong>da</strong> Commissão<br />
competente ácêrca <strong>da</strong>s provas do exame<br />
a que hoje se sujeitaram doze dos<br />
concorrentes, e fazendo avisar para<br />
esse dia dois-dos concorrentes que não<br />
foram encontrados.<br />
Auctorizou o levantamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos<br />
<strong>de</strong> garantia a duas empreita<strong>da</strong>s<br />
toma<strong>da</strong>s em novembro <strong>de</strong> 1895, em<br />
vista <strong>da</strong> suspensão dos trabalhos em<br />
janeiro <strong>de</strong> 1896, por não haver verba<br />
em orçamento para as respectivas<br />
obras.<br />
Auctorizou a compra <strong>de</strong> mobília para<br />
o gabinete do inspector dos serviços<br />
do matadouro.<br />
Mandou concertar na offlcina <strong>da</strong>s<br />
aguas uma peça metálica <strong>da</strong> bomba <strong>da</strong><br />
fonte <strong>de</strong> Taveiro.<br />
Approvou as condições para arrematação<br />
<strong>da</strong> empreita<strong>da</strong> <strong>de</strong> reparação<br />
do pavimento <strong>da</strong> estra<strong>da</strong> municipal <strong>de</strong><br />
<strong>Coimbra</strong> a Santo António, entre a la<strong>de</strong>ira<br />
do Castello a Sant'Anna.<br />
Attestou ácêrca <strong>de</strong> um requerimento<br />
para um subsidio <strong>de</strong> lactação a um<br />
menor.<br />
Mandou recolher no cofre as duas<br />
acções <strong>de</strong>ixa<strong>da</strong>s lia pouco ao asylo <strong>de</strong><br />
cegos, em Cellas, e que por <strong>de</strong>liberação<br />
<strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> março tinham sido en-<br />
tregues ao procurador para o <strong>de</strong>vido<br />
averbamento.<br />
Auctorizou o pagamento <strong>da</strong> conducção<br />
dos finados pobres ao cemiterio<br />
no primeiro trimestre do anno corrente.<br />
Auctorizou o fornecimento <strong>de</strong> alguns<br />
artigos para os serviços <strong>da</strong> repartição<br />
dos impóstos.<br />
Auctorizou a reparação <strong>de</strong> um pequeno<br />
espaço <strong>de</strong> calça<strong>da</strong> â entra<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />
la<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Santa Isabel.<br />
Mandou intimar um proprietário para<br />
suspen<strong>de</strong>r a construcção <strong>de</strong> uma casa<br />
<strong>de</strong> Monfarroio; a reconstrucção <strong>da</strong><br />
cimalha <strong>de</strong> uma terceira casa no largo<br />
<strong>de</strong> S. Barlholomeu e a reconstrucção<br />
<strong>de</strong> um muro em Falia.<br />
Mandou ouvir a Junta <strong>de</strong> paróchia<br />
ácêrca <strong>de</strong> um requerimento para a ce<strong>de</strong>ncia<br />
<strong>de</strong> um terreno <strong>de</strong>saproveitado<br />
no rocio <strong>de</strong> Santa Clara, entre dois<br />
prédios particulares.<br />
Enviou diversos requerimentos á repartição<br />
<strong>de</strong> obras para serem divi<strong>da</strong>mente<br />
informados.<br />
Fiz uso do CALLICIDA FRANCO com<br />
o qual obtive os melhores resultados,<br />
pois vejo que me extraiu os callos e<br />
do mesmo modo a um amigo meu que<br />
d'elle fez uso.<br />
Porto—Adolpho Ramos Martins.<br />
Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Ven<strong>de</strong>-se uma a 5 kilómetros <strong>de</strong><br />
<strong>Coimbra</strong>, compõe-se <strong>de</strong> casa nobre e ruraes,<br />
pomar com árvore <strong>de</strong> espinho,<br />
carouço e parreira, tem gran<strong>de</strong> abundância<br />
d'água <strong>de</strong> mina e tanque.<br />
Para informações, em <strong>Coimbra</strong>, rua<br />
Direita, 95 e em Lisboa, rua dos Bacalhoeiros,<br />
134.<br />
Casa para arren<strong>da</strong>r<br />
Aluga-se, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o S. João em diante,<br />
o 3.° e 4.° an<strong>da</strong>r <strong>da</strong> rua <strong>de</strong> Ferreira<br />
Borges, n.° 115. Têem excelientes<br />
cómmodos. Para tratar — Castro Leão<br />
— na loja <strong>da</strong> mesma casa.<br />
Gran<strong>de</strong> Utili<strong>da</strong><strong>de</strong> Commercial<br />
Novas tabeliãs <strong>de</strong> câmbio directo entre<br />
Inglaterra, Portugal e Brazll<br />
POR<br />
A. DE SOUSA PADPERIO<br />
Des<strong>de</strong> 6 a 55 3 Vs2 d. por 10000 réis<br />
Preço, 200 réis<br />
A' ven<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as livrarias<br />
Q - c i i z ^ L t a<br />
na rua Oriental <strong>de</strong> Monfarroio para Ven<strong>de</strong>-se uma bella quinta em Cel-<br />
que não requereu licença, e outro <strong>da</strong> las, subúrbios d'esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, composta<br />
freguezia d'Antanhol, para suspen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> casas <strong>de</strong> habitação, terras, pomares<br />
por igual motivo os trabalhos <strong>da</strong> con- <strong>de</strong> espinho e caroço, olivaes, vinhas,<br />
strucção <strong>de</strong> um muro, junto ao logar mattas, com água potável e <strong>de</strong> rega.<br />
<strong>de</strong> Vallongo.<br />
Quem a preten<strong>de</strong>r pô<strong>de</strong> dirigir-se a<br />
Mandou passar licenças para apas- Manuel Augusto Granjo, nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
centamento <strong>de</strong> gado caprino, segundo rua Fernan<strong>de</strong>s Thomaz, 67.<br />
a postura respectiva.<br />
Despachou requerimentos auctorizando:<br />
—exhumações no cemitério <strong>da</strong><br />
Concha<strong>da</strong> e compra <strong>de</strong> terreno; canalizações<br />
d'aguas <strong>de</strong> exgôto para os<br />
canos geraes <strong>da</strong>s ruas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>; a<br />
abertura <strong>de</strong> janellas em uma casa na<br />
rua do Carmo; pequenas alterações na<br />
frontaria <strong>de</strong> outra casa na rua Oriental<br />
F. Fernan<strong>de</strong>s Costa<br />
E<br />
ANTONIO THOMÉ<br />
ADVOGADOS<br />
Rua do Viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong> Luz, 50<br />
46<br />
Folhetim <strong>da</strong> RESISTENCIA<br />
ALÉXIS BOUVIER<br />
O casamento d'um forçado<br />
SEGUNDA PARTE<br />
A casa Bérard C. a<br />
sorrir, encontrei em sua casa o servi a respon<strong>de</strong>r-me assim, eu dou o signal — Não entendo, disse Cardinet. um homem e diz-me: tire o que ahi<br />
ço <strong>de</strong> mêsa do meu amigo Bérard. e entám será êsse homem que o inter- — É muito simples, eu não sou ca está nessa casa, eu lhe pagarei esse<br />
— Ahi...<br />
rogará. ..<br />
paz <strong>de</strong> entrar em casa d'alguem para trabalho. Eu tiro, trabalho... Mas não<br />
Os três ladrões iam protestar... — Entám! Entám! disse cheio <strong>de</strong> lhe roubar os objectos <strong>de</strong> que elle tem roubo... eu entrego fielmente to<strong>da</strong>s<br />
Cardinet fez-lhe o signal <strong>de</strong> se sen- amabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Grosbouleau. O senhor não necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> ca<strong>da</strong> dia.<br />
os objectos à pessoa que m'os contarem<br />
e mostrando-lhe pela janella fará isso...<br />
— Somos incapazes d'isso! Disse fiou ...<br />
aberta o carro que estava á sua espe- — Não! Não fará!, repetiu Lalon- Lalongueur esten<strong>de</strong>ndo a mão.<br />
Sou um trabalhador, se ha roubo, o<br />
ra, disse-lhes...<br />
gueur <strong>de</strong>itando um pouco <strong>de</strong> cognac — Nós entramos numa casa <strong>de</strong> cam- ladrão é o homem que veiu ter com-<br />
— Á primeira palavra faço-os pren- na chavena <strong>de</strong> Cardinet, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter po... on<strong>de</strong> se vão passar alguns raigo. '<br />
<strong>de</strong>r, tenho alli homens. Sejam amaveis enchido a d'elle.<br />
dias... e <strong>de</strong> que se pô<strong>de</strong> prescindir... — Nunca roubamos!<br />
e havêmos <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r-nos. Os senho- — Se forem francos, se me aju<strong>da</strong> e além d'isso nós somos trabalhadores; — É claro, disse Cardinet a rir...<br />
res sam ladrões; mas eu preciso dos rem, não...<br />
não mu<strong>da</strong>mos por uma nossa conta... os senhores sam honrados... Quem<br />
senhores... Conversêmos, pois, a sé- —Pois bera! Não se zangue. Eu não — 0 senhor disse mu<strong>da</strong>r í... era que os encarregava <strong>de</strong> rou. .1 <strong>de</strong><br />
XII<br />
rio...<br />
quero senão enten<strong>de</strong>r-rae consigo. O — Sim ! Ripers vem <strong>de</strong> riper pas- riper ar í<br />
Os três calaram-se e escutaram. que <strong>de</strong>seja saber?<br />
sear à margem dos rios...<br />
— Elle! 0 miserável!.,. \<br />
Em casa <strong>de</strong> gente honra<strong>da</strong> Cardinet tinha adivinhado tudo. Ago- — A ver<strong>da</strong><strong>de</strong>...<br />
— Ah! Sabe inglês?<br />
—0 malandro!...<br />
ra sim, sabia. Os homens que elle ti- — Mas entám pergunte, eu sou fran- — Não sei senão esta palavra. —0 canalha... .<br />
— Assim foi, senhor, replicou Lanha <strong>de</strong>ante eram ladrões <strong>de</strong> profissão. co, como o ouro.<br />
— Numa palavra, os senhores não — 0 bandido...<br />
longueur. Por mais que nós fizessemos, A existência hyperbólica <strong>de</strong> Lorémont — Eu quero pó-los á vonta<strong>de</strong>... se- sou,... nao riperam por sua conta? — Faliam do barão?...<br />
essa gente per<strong>de</strong>u-nos...<br />
explicava-se: roubava. Para proce<strong>de</strong>r jam francos, respon<strong>da</strong>m com simplici- —Não! exclamou rapi<strong>da</strong>mente GroS' —Tal e qual!...<br />
— Mas, disse Cardinet, os senhores com segurança, era necessário ler in<strong>da</strong><strong>de</strong> às minhas perguntas, e dou-lhes bouleau.<br />
—0 traidor que nos ven<strong>de</strong>u...<br />
não pertencem a êsse grupo.<br />
dicações seguras; por isso é que elle a minha palavra d'honra, <strong>de</strong> que na<strong>da</strong> —Oh! nunca! disse Lalongueur in —Que nos ven<strong>de</strong>u?<br />
— Que <strong>de</strong>sgraça! exclamou Lalon- começou!<br />
terám a temer <strong>de</strong> mim; pelo contrario sultado com tal supposipão.<br />
— Claro! Se o senhor está aqui...<br />
gueur.<br />
— Os senhores sam os auctores do hei <strong>de</strong> ajudá los... contra o barão! — Olhe, senhor, continuou Grosbou- quem foi que lhe <strong>de</strong>u a direcção?<br />
— Nunca! protestou Grosbouleau. roubo <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong>-Jatte... Eu sei tudo... — Entám está dito! mas pergunte o leau. estas coisas an<strong>da</strong>m na massa do —Ninguém.<br />
•—Que remador era o senhor? Que papel faz o barão neste negócio?... senhor..,<br />
sangue, eu era capaz <strong>de</strong> fazer uma — Ah! Não quer dizer... Pois men-<br />
— Remador vèr<strong>da</strong><strong>de</strong>iro, remador a — Mas, respon<strong>de</strong>u G'Osbouleau, eu — O que é que tèmos a fazer? Nós loucura, mas commetter uma baixêza tiu, juro-lhe por tudo! Foi elle que nos<br />
sério.<br />
já lhe disse. Foi elle que nos mandou estamos promptos a tudo, apoiou La- nunca! Ah! É certo que eu não ando a levou a este estado.<br />
— Os senhores recebem ladrões em mu<strong>da</strong>r os moveis.<br />
longueur.<br />
escolher as pessoas que me <strong>da</strong>m tra- Cardinet divertia-se com pudôr dos<br />
casa? perguntou Cardinet sorrindo. — Era elle que os dirigia ?<br />
—Grosbouleau, o senhor e Lalonbalho, eu não lhes vou dizer;<br />
dois bandidos, mas, voltando ao que<br />
Petite <strong>de</strong>itava o café. A cafeteira — Naturalmente.... era o propriegueur fazem parte d'uma quadrilha <strong>de</strong> «0 que o senhor me pe<strong>de</strong> podê-lo-ha o interessava, perguntou bruscamente:<br />
caiu-lhe <strong>da</strong>s mãos...<br />
tário ...<br />
ladrões...<br />
fazer um homem honrado?» Não — Porque estava sua mulher em casa<br />
Lalongueur levantou-se como impel- Cardinet interrompeu-os e disse sec< —Perdão! Ladrões não! ripers... faço e ando mal, confesso...<br />
<strong>de</strong> Bérard?<br />
lido por uma mola... Grosbouleau camente:<br />
—Como ? Ripers ?...<br />
— Sim! Fazemos mal, confessamos, Grosbouleau que, a principio ficara<br />
pállido afastou a ca<strong>de</strong>ira.<br />
— Meu caro, a carruagem está à es- —Sim, senhor! Ladrão é o que pri- disse o écho <strong>de</strong> Grosbouleau.<br />
embaraçado, resolveu respon<strong>de</strong>r ca-<br />
— Ladrões, exclamaram todos três pera e eu não vim só. A um signal va o seu semelliante dos objectos <strong>de</strong> Este continuou:<br />
thegóricamente.<br />
10 mesmo tempo.<br />
combinado entrará aqui um homem e que elle tem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>.... nós não —•Sou um riper... Gosto <strong>de</strong> pas-<br />
(Continúa),<br />
r~f5 que, disse Cardinet sempre a êsse homem é <strong>da</strong> polícia. Se contiutia tratamos senão <strong>de</strong> superflui<strong>da</strong><strong>de</strong>s..» sear pelas margens do Senna. Chega<br />
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