Notícias diversas - Biblioteca Digital da Universidade de Coimbra
Notícias diversas - Biblioteca Digital da Universidade de Coimbra
Notícias diversas - Biblioteca Digital da Universidade de Coimbra
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
33agra,tella,s<br />
RESISTENCIA — Quinta feira, 10 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1897<br />
3^To Orlerrte<br />
ousam fallar contra elle o mesmo<br />
regimen lhes tapa a bocca e, para<br />
mais, lhes rouba a liber<strong>da</strong><strong>de</strong> encarcerando-os,<br />
seja a Revolução bemvin<strong>da</strong><br />
como meio salvador—o único<br />
-—<strong>da</strong> ruina <strong>da</strong> patria, que agonisa<br />
já. Senão, peguêmos nas contas ou<br />
em livro <strong>de</strong> missa e rezemos pela<br />
patria... e por nós mesmos.<br />
Braz <strong>da</strong> Serra.<br />
Um morto con<strong>de</strong>corado<br />
Ha poucos dias, foi assignado um<br />
<strong>de</strong>creto conce<strong>de</strong>ndo o hábito <strong>da</strong><br />
Torre e Espa<strong>da</strong> ao dr. Miguel Alexandre<br />
<strong>de</strong> Magalhães, facultativo<br />
naval <strong>de</strong> l. a <strong>de</strong> <strong>de</strong>frontar-se com um inimigo <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente<br />
preparado, dispondo <strong>de</strong><br />
um número <strong>de</strong> combatentes incom-<br />
A catástrophe recente <strong>da</strong> rua Agora, qullJ guerra allinge o seu paravelmente muito superior e mui-<br />
Jean-Gnujon, em Paris, será um têrmo, julgamos cabi<strong>da</strong>s algumas to melhor disciplinado.<br />
lhema <strong>de</strong> edificantes meditações consi<strong>de</strong>rações sobre a questão <strong>de</strong>- D'ahi, e <strong>da</strong> inexperiência dos seus<br />
para as almas combali<strong>da</strong>s e supersbati<strong>da</strong> entre os gabinêtes <strong>da</strong> Grécia generaes, as <strong>de</strong>rrotas sucessivaticiosas.<br />
e <strong>da</strong> Turquia.<br />
mente inflingi<strong>da</strong>s aos exércitos <strong>da</strong><br />
Cento e trinta pessoas <strong>da</strong> aris- Historiámos ha tempos os moti- Grécia pelas tropas do Sultão.<br />
tocracia mais brilhante e <strong>da</strong> mais vos <strong>da</strong> pendência e altribuímos as Não querêmos com isto con<strong>de</strong>-<br />
alta opulência numa reunião <strong>de</strong> luxo responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> lucta ás intrimnar o heroismo do pôvo helleno<br />
e <strong>de</strong> prazer encontram um fim trágas diplomáticas, disfarça<strong>da</strong>s, pe- ao arremessar-se impávido aos camgico<br />
e miserável, cerca<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s pomrante a opinião pública, com a máspos <strong>da</strong> batalha. Censuramos a inpas<br />
<strong>da</strong> sua grandêsa, <strong>da</strong> mesma cara <strong>da</strong> intervenção em favor <strong>da</strong> experiencia dos seus governantes,<br />
forma que escravisados mineiros, paz.<br />
se não a sua imperícia em não pro-<br />
fechados e sem <strong>de</strong>fêsa nas entra-<br />
Não conseguimos até hoje obter curar <strong>de</strong> alguma fórma uma solunhas<br />
<strong>da</strong> terral<br />
<strong>da</strong>dos mais positivos para conclução airosa e digna para a questão<br />
Gonhece-se o <strong>de</strong>sastre em todos sões differentes d'aquellas que es- inicia<strong>da</strong>, evitando os horrores <strong>da</strong><br />
os pormenores, em todos os episópuzémos. Continuamos no mesmo guerra em tam manifestas condi-<br />
classe, pelos serviços dios dolorosos <strong>da</strong> sua reali<strong>da</strong><strong>de</strong> bru- campo, e mais uma vez fazêmos reções <strong>de</strong> inferiori<strong>da</strong><strong>de</strong>, e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor-<br />
por elle prestados na campanha tal. Perante uma tal <strong>de</strong>sgraça, um cair sobre a cabeça do rei Jorge as ganização.<br />
d'África.<br />
brado <strong>de</strong> indignação se levanta, suspeitas, que nos vam no ânimo, De resto, a causa <strong>da</strong> Grécia ins-<br />
Acontece porém que o agraciado imputando responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, dis- <strong>de</strong> ter posto em jôgo a sua corôa, pira-nos as mais vivas sympathias.<br />
já havia fallecido ha meses, no cutindo altribuições, inquirindo <strong>da</strong>s arriscando-a ás vicissitu<strong>de</strong>s d'uma Note-se bem: a causa <strong>da</strong> Grécia e<br />
hospital <strong>da</strong> marinha, víctima <strong>da</strong> causas principaes e accessórias. guerra, que na<strong>da</strong> <strong>de</strong> proveitoso po- não a <strong>da</strong> monarchia hellena, que é<br />
tuberculose.<br />
E afinal num ponto único <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>ria acarrelar para o pôvo helleno. a que agora se <strong>de</strong>bate nos campos<br />
De modo que a con<strong>de</strong>coração só convergir to<strong>da</strong>s as versões: um sa- Bem sabêmos que foi a gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> batalha.<br />
pô<strong>de</strong> assentar bem agora na lousa lão contendo duas mil pessoas sem massa popular que reclamou a lu- * Os grêgos retiraram <strong>de</strong> Phar-<br />
<strong>da</strong> sepultura do agraciado.<br />
saí<strong>da</strong>s fáceis.<br />
cta em altos brados, prêsa d'uma sália após uma nova <strong>de</strong>rrota. Ape-<br />
Gomo tudo an<strong>da</strong>...<br />
Quer dizer, o mesmo motivo pelo emoção irresistível ante o <strong>de</strong>spotissar <strong>da</strong> extraordinária inferiori<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
qual presentemente a fatali<strong>da</strong><strong>de</strong> mo dos turcos, e anima<strong>da</strong> do ódio numérica, os sol<strong>da</strong>dos grêgos bate-<br />
fere tam repeti<strong>da</strong>s vezes as socie- que produz, nas multidões inconram-se mais valentemente, neste<br />
Theatro Príncipe Real V <strong>da</strong><strong>de</strong>s com hecatombes horrorosas. scientes, a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> religião combate, do que nas linhas <strong>de</strong> <strong>de</strong>-<br />
Sempre o mesmo molivo, prove-<br />
Realjza-se nêste theatro, no pró-<br />
e o antagonismo <strong>da</strong>s raças. Por oufêsa <strong>da</strong> fronteira.<br />
niente. d'uma simples obsessão <strong>de</strong><br />
ximo .sábbado, uma récita em benetro<br />
lado, é necessário também con- A maioria dos officiaes grêgos<br />
artel<br />
fício do cofre <strong>da</strong> corporação dos<br />
si<strong>de</strong>rarmos que não ha muitos sé- reconhece, com profundo pesar, a<br />
Porque é positivo que nos tem-<br />
bombeiros voluntários d'esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
culos a Grécia era uma <strong>de</strong>pen- superiori<strong>da</strong><strong>de</strong> absoluta do exército<br />
pos actuaes a evolução <strong>da</strong> archite-<br />
Além <strong>da</strong>s comédias em am acto<br />
dência <strong>da</strong> Turquia, que só pela for- otlomano e a falta completa <strong>de</strong> prectura<br />
está infinitamente longe <strong>de</strong><br />
— O tio Torquato e Um noivo d'ença<br />
<strong>da</strong>s armas consentiu em ce<strong>de</strong>r paração do exército grêgo para uma<br />
obe<strong>de</strong>cer ás imposições utilitárias<br />
commen<strong>da</strong>, tocará um sextetto <strong>de</strong><br />
dos seus direitos <strong>de</strong> soberania. campanha eflicaz. Sustenta, porém,<br />
<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> mo<strong>de</strong>rna.<br />
distinctos guittaristas, e executarám<br />
Ora nós não consi<strong>de</strong>ramos os go- que a victória <strong>de</strong> Valestino salvou<br />
trabalhos em argolas alguns sócios<br />
A hereditarie<strong>da</strong><strong>de</strong> eslliélica e a vernantes <strong>da</strong>s nações como mem- a honra <strong>da</strong> ban<strong>de</strong>ira <strong>da</strong> nação, e<br />
do Gymnàsio d'esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
influência dos documentos monubros d'essa massa anónyma, incon- afíirma que, nas condições actuaes,<br />
mentaes <strong>da</strong>s civilizações antigas, pre-<br />
Haverá também exercícios <strong>de</strong><br />
sciente, cega, irreflecti<strong>da</strong>, que não a paz será bem recebi<strong>da</strong> por lodos.<br />
conisa<strong>da</strong>s pelo pontificado acadé-<br />
alhletica pelo académico sr. João<br />
olha as consequências <strong>da</strong>s suas le- * Seguem os últimos telegrammico,<br />
exerceram um predomínio <strong>de</strong><br />
d'Azevedo, que ha pouco conseguiu<br />
vian<strong>da</strong><strong>de</strong>s e procura somente a samas :<br />
tal fórma oppressivo, que nem o<br />
ganhar o primeiro prémio no cerlatisfação<br />
dos seus rancôres.<br />
talento dos artistas, nem a diffemen<br />
nacional <strong>de</strong> sport, realizado<br />
Não. O suprêmo governante <strong>de</strong><br />
Vienna, 10. —O governo do sultão<br />
rença dos recursos e dos materiaés<br />
está inclinado á paz, nns não acreita<br />
nóíporto, que a seu tempo noticiá-<br />
uma nação, seja qual fôr o regi-<br />
construtivos lêem podido oppôr-lhe<br />
a proposta <strong>de</strong> armistício com receio<br />
mos.men<br />
que nella impere, <strong>de</strong>ve neces- <strong>de</strong> que a Grécia reorganize o seu exér-<br />
resistência.<br />
*<br />
sáriamente ser um homem illustracito. E a architeclura, uma arte to<strong>da</strong> do, hábil e previ<strong>de</strong>nte político. Não A Turquia <strong>de</strong>seja a rectificação e pe-<br />
Nos próximos dias 19, 20 e 21 <strong>de</strong> convenção, não pô<strong>de</strong> ain<strong>da</strong> que- pô<strong>de</strong> <strong>de</strong> modo algum <strong>de</strong>ixar-se ar<strong>de</strong> como refens a parte oriental <strong>da</strong><br />
do corrente mês, apresentar-se-ha brar os laços d'essa soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
Thessália, ficando em po<strong>de</strong>r dos ottorastar<br />
pela inconsciência <strong>da</strong> mulmanos as cristas <strong>da</strong>s montanhas, os<br />
nesta casa <strong>de</strong> espectáculos, pela se- que atravez <strong>de</strong> cinco séculos vem tidão, nem tampouco pelas ambi- <strong>de</strong>sfila<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> Malouna e lodo o dogun<strong>da</strong><br />
vez neste anno, a companhia illaqueando as expansões innovações ou pelas levian<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos homínio do Valle <strong>de</strong> Salámbria.<br />
do theatro Príncipe Real <strong>de</strong> Lisboa. doras e as energias do génio. mens que o ro<strong>de</strong>iam, a título <strong>de</strong> Londres, 10. —As alturas <strong>de</strong> Doms-<br />
Subirám á scena a Morgadinha Não encontrou ain<strong>da</strong> a expressão conselheiros.<br />
kos estám <strong>de</strong>fendi<strong>da</strong>s por 50:000 grê-<br />
<strong>de</strong> Val Flôr, A vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> um rapaz <strong>da</strong> actuali<strong>da</strong><strong>de</strong>!<br />
gos. Este número e a topographia do<br />
Ora o rei Jorge não proce<strong>de</strong>u as- terreno tornam inexpugnáveis essas<br />
pobre e o drama Os que trabalham, Estamos na esthélica grêga. E sim. Viu na guerra a segurança <strong>da</strong> posições.<br />
original <strong>de</strong> Ernesto <strong>da</strong> Silva. os recursos maravilhosos <strong>da</strong> a<strong>da</strong>- sua corôa, <strong>de</strong> ha muito periclitante,<br />
ptação do ferro não foram capazes e lançou-se nella abertamente, na A T?AZ<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir novas regiões <strong>de</strong> i<strong>de</strong>al febre <strong>de</strong> acce<strong>de</strong>r ás reclamações <strong>da</strong> Athenas 11.—0 sr. Onou, ministro<br />
ASSASSINATO ás aspirações <strong>da</strong> arte, nem novas multidão, que o acclamava phrené- plenipotenciário <strong>da</strong> Rússia, entregou<br />
fórmulas materiaes, <strong>de</strong> maneira a<br />
A acrescentar a longa série <strong>de</strong> criticamente<br />
sob as janellas do seu agora ao sr. Skouloudis, ministro dos<br />
proteger milhares <strong>de</strong> indivíduos,<br />
negócios extrangeiros <strong>da</strong> Grécia, a nomes<br />
que ultimamente têem occupado<br />
palácio.<br />
as columnas dos periódicos lisbonen- que neste turbilhão <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> hoje<br />
ta collectiva <strong>da</strong>s potências a respeito<br />
ses, têmos agora mais outro, perpetra- todos os dias se conglomeram sob Sabido como é que os povos <strong>da</strong> sua intervenção no conflicto grêgo<br />
do também nos arredores <strong>de</strong> Lisboa, o mesmo tecto, expostos ao perigo teem ímpetos <strong>de</strong> furor quasi irre- turco.<br />
a alguns kilòmetros <strong>da</strong> villa <strong>de</strong> Al<strong>de</strong>- constante do incêndio e <strong>da</strong> asphysistíveis, pesa<strong>da</strong>s as condições em Athenas, 11.—A Grécia, respon<strong>de</strong>ndo<br />
á nota collectiva <strong>da</strong>s potências fegallega.xia.<br />
que se encontravam os grêgos e os <strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>clara adherir á autonomia<br />
O trabalhador Joaquim Agostinho, <strong>de</strong><br />
turcos, as mais rudimentares no-<br />
Carregueiros, namorou-se ha tempos O theatro grêgo era ao ar livre;<br />
<strong>de</strong> Créta e confiar os interesses grêgos<br />
ções <strong>de</strong> prudência aconselhavam ao aos cui<strong>da</strong>dos <strong>da</strong>s mesmas potências.<br />
d'uma rapariga do sítio, que, pelo vis- o theatro <strong>de</strong> hoje sam gaiolas <strong>de</strong><br />
to, pôs sempre <strong>de</strong> parte os protestos<br />
rei Jorge uma conciliação entre os Athenas, 11, n.—Os ministros pleni-<br />
espectadores, como livros em es-<br />
d'amôr do seu apaixonado.<br />
interesses <strong>da</strong>s duas nações, evitanpotenciários <strong>da</strong>s potências fe<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s<br />
tantes, d'on<strong>de</strong>, em caso <strong>de</strong> sinistro,<br />
lelegrapháram aos respectivos embai-<br />
Ha tempos, porém, a rapariga, redo<br />
a todo o transe a guerra que se<br />
questa<strong>da</strong> por outro trabalhador do mes- nem vale a pena tentar fugir 1<br />
xadores em Constantinopla para que<br />
preparava.<br />
peçam á Sublime Porta a immediata<br />
mo logar, Manuel Ribeiro, enten<strong>de</strong>u To<strong>da</strong>s as casas <strong>de</strong> espectáculo,<br />
<strong>de</strong>ver <strong>da</strong>r a êste a preferência, <strong>de</strong>s- e <strong>de</strong> reunião, <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a multi- E não seria preferível a abdica- suspensão <strong>da</strong>s hostili<strong>da</strong><strong>de</strong>s contra a<br />
Grécia.<br />
truindo assim as últimas se bem fradões, sam cerca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as ção em face <strong>da</strong>s loucas imposições<br />
cas esperanças do Agostinho.<br />
ameaças <strong>de</strong> substâncias comburen- <strong>da</strong> populaça a ter agora <strong>de</strong> retro-<br />
Furioso do <strong>de</strong>speito, o <strong>de</strong>sprezado<br />
jurou vingar-se do seu rival. Receioso, tes e explosivas, em activi<strong>da</strong><strong>de</strong>. ce<strong>de</strong>r no caminho iniciado, tendo<br />
porém, <strong>de</strong> atacar, elle só, o Manuel Fugir, para quê? E como?... préviamente arrastado os seus sol-<br />
Ribeiro, convidou o seu irmão José Tudo se tem transformado: cren<strong>da</strong>dos<br />
aos horrores d'uma carnifi- <strong>Notícias</strong> <strong>diversas</strong><br />
Agostinho, casado, a coadjuvá-lo na ças, leis, costumes, necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />
cina inútil, e o seu pôvo aos treme-<br />
tarefa, convite a que êste prompta- aspirações, to<strong>da</strong>s as condições, ma<strong>da</strong>es<br />
<strong>da</strong> suprêma miséria?<br />
O sr. Governador Civil visitou no domente<br />
acce<strong>de</strong>u.<br />
Combinaram esperar a victima, <strong>de</strong> teriaes, moraes e sociaes do pro- Quer-nos parecer que sim. mingo o museu archeológico do Instituto,<br />
on<strong>de</strong> permaneceu du-ante trê-i<br />
madruga<strong>da</strong>, em sítio on<strong>de</strong> <strong>de</strong>veria pasgresso, só a architeclura ficou inal- Mas, infelizmente, o monarcha horas, analysando <strong>de</strong>ti<strong>da</strong>mente as colsar.<br />
Insciente <strong>da</strong> aggressão que o esterável 1<br />
atheniense confiou excessivamente lecções <strong>de</strong> antigui<strong>da</strong><strong>de</strong>s e arte indusperava,<br />
o Ribeiro, passou efectivamen- E comtudo ella tem sido em to- na cegueira <strong>da</strong> multidão, não pretrial que enchem a sala.<br />
te pelo local on<strong>de</strong> os dois irmãos se dos os tempos a imagem fiel do vendo a reacção que os primeiros S. ex.<br />
achavam embuscados, precipitando-se<br />
èstes sobre o <strong>de</strong>sgraçado e vibrando- modo <strong>de</strong> ser e <strong>de</strong> sentir <strong>da</strong>s socie- revezes <strong>de</strong>viam provocar, e julganlhe,<br />
acto continuo, onze faca<strong>da</strong>s que <strong>da</strong><strong>de</strong>s, na completa e complexa sado o seu ihrôno mais firmç do que<br />
immediatamente o prostraram. tisfação <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s nunca.<br />
Segui<strong>da</strong>mente, os dois assassinos do seu espírito e <strong>da</strong> sua civilização, Estám-se vendo os resultados.<br />
evadiram-se, não po<strong>de</strong>ndo até hoje ser no rumo invariavel do seu <strong>de</strong>stino.<br />
capturados, apesar <strong>da</strong>s diligências em*<br />
Mal armados,péssimamente equi-<br />
prega<strong>da</strong>s. J<br />
A pados, os sol<strong>da</strong>dos grêgos tiveram<br />
a encareceu com o maior elogio<br />
a iniciativa que em pouco tempo<br />
tem conseguido amontoar tam gran<strong>de</strong><br />
ntlmero <strong>de</strong> coisas valiosas e raras.<br />
•<br />
Pelas 11 horas <strong>da</strong> manha dVntem<br />
<strong>de</strong>sabou sobre esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> uma tro*|<br />
Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />
voa<strong>da</strong> acompanha<strong>da</strong> <strong>de</strong> violentíssimas<br />
cor<strong>da</strong>s d'água que produziram alguns<br />
prejuízos materiaes, <strong>de</strong> que só chegaram,<br />
até agora, ao nosso conhecimento,<br />
os seguintes, no sítio do Almegue:<br />
Dm <strong>de</strong>sabamento <strong>de</strong> muro, numa<br />
extensão <strong>de</strong> seis metros approxima<strong>da</strong>mente,<br />
na proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> sr. a D. Cbrislina<br />
Ritta Pereira Serna, e uma inun<strong>da</strong>ção<br />
na casa do sr. Evaristo Camões,<br />
chegando a água a attingir tal niveí<br />
qne umas quinze mulheres, que haviam<br />
abrigado <strong>da</strong> chuva na adéga <strong>da</strong> dita<br />
casa, chegaram a na<strong>da</strong>r com água pela<br />
cintura, embarcando algumas d'ellas<br />
numa dórna, que, por seu turuo, navegava<br />
também.<br />
No local do sinistro compareceram<br />
os bombeiros voluntários e municipaes.<br />
O sr. dr. Chaves e Castro, illustre<br />
lente calhedrálico <strong>da</strong> facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Direito, que em março do anno findo<br />
requereu a sua aposentação extraordinária,<br />
tornou agora a instar por ella,<br />
requerendo que se lhe conte o tempo<br />
que tem servido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aquella <strong>da</strong>ta.<br />
O curso do quinto annò jurídico, por<br />
molivo <strong>da</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos actos e do<br />
luto <strong>da</strong> corte, resolveu não ir representar<br />
a sua peça <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedi<strong>da</strong> ao<br />
theatro <strong>de</strong> S. Carlos, <strong>de</strong> Lisboa, para<br />
que fôra convi<strong>da</strong>do.<br />
Com o or<strong>de</strong>nado annual <strong>de</strong> 600(5000<br />
réis, foi aposentado o professor <strong>da</strong><br />
ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Ailemão do lyceu d'esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
o sr. Hérman Chrístiano Dúhrsen.<br />
No domingo pelas 7 horas <strong>da</strong> manhã<br />
sairá <strong>da</strong> egreja <strong>de</strong>, S. Thiago, com a<br />
pompa costuma<strong>da</strong>, o Senhor aos entrevados<br />
<strong>da</strong> freguezia <strong>de</strong> S. Bartholomeu.<br />
0 itinerário <strong>da</strong> procissão será o<br />
seguinte: rua <strong>da</strong>s Soltas, becco <strong>da</strong>s<br />
Canivetas, travessa <strong>da</strong> rua <strong>da</strong>s Azeiteiras,<br />
largo do Romal, becco <strong>da</strong> Bôa-<br />
União, travessa dos Esteireiros, Adro<br />
<strong>de</strong> Baixo, rua do Sargento Mór, largo<br />
do Príncipe D. Carlos, ruis Ferreira<br />
Borges, Corpo <strong>de</strong> Deus, Martins <strong>de</strong><br />
Carvalho, praça 8 <strong>de</strong> Maio, ruas Corvo,<br />
Sapateiros e Velha.<br />
•<br />
Ao nosso amigo sr. José <strong>de</strong> Mello<br />
Alves Brandão, e a sua esposa sr." D.<br />
Guilhermina Oliveira <strong>de</strong> Mello, en<strong>de</strong>reçámos<br />
as nossas felicitações pelo nascimento<br />
<strong>de</strong> um filho na última terça<br />
feira.<br />
•<br />
As libras ven<strong>de</strong>ram-se, durante os<br />
últimos dias <strong>da</strong> semana fin<strong>da</strong>, a 6:870<br />
réis ou seja 2:370 réis <strong>de</strong> prémio em<br />
ca<strong>da</strong> uma.<br />
Francos a 822 réis e marcos a 333<br />
réis.<br />
•<br />
A bordo do navio Leona, em viagem<br />
<strong>de</strong> New York para Galveston, manifestou-se<br />
na segun<strong>da</strong> feira incêndio, morrendo<br />
10 passageiros e 3 marinheiros.<br />
« O *<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />
Resumo <strong>da</strong>s <strong>de</strong>liberações toma<strong>da</strong>s na<br />
sessão ordinária <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> abril dt<br />
1897.<br />
Presidência do dr. Luiz Pereira <strong>da</strong><br />
Costa.<br />
Vereadores presentes: — Arcediago<br />
José Simões Dias, José António dos<br />
Santos, José António Lucas, António<br />
José <strong>de</strong> Moura Bastos, José Marques<br />
Pinto e Albano Gomes Paes, effectivos.<br />
Li<strong>da</strong> e approva<strong>da</strong> a acta <strong>da</strong> sessão<br />
anterior, tomou a Câmara conhecimento<br />
<strong>da</strong> approvação superiormente<br />
<strong>da</strong><strong>da</strong> do primeiro orçamento supplementar<br />
<strong>da</strong> receita e <strong>de</strong>speza do município<br />
para o corrente anno—e resolveu<br />
enviar ao commissário <strong>de</strong> policia uma<br />
participação <strong>da</strong> Companhia conimbricense<br />
<strong>de</strong> illuminação a gaz, <strong>da</strong>ndo<br />
conta <strong>de</strong> terem sido apagados na noite<br />
<strong>de</strong> 21 alguns candieiros <strong>da</strong> illuminação<br />
pública.<br />
Ouvir a repartição d'obras acerca<br />
do pedido feito pela professora <strong>de</strong><br />
ensino complementar <strong>da</strong> freguezia dg
Santa Cruz para a construcção <strong>de</strong> uma<br />
latrina na casa <strong>da</strong> eschóla.<br />
Pedir ao administrador do Concelho<br />
para ser inspecciona<strong>da</strong> uma casa <strong>de</strong>stina<strong>da</strong><br />
para a eschóla elementar <strong>da</strong><br />
freguezia <strong>da</strong> Lamaroza.<br />
Auctorisou trabalhos <strong>de</strong> canalisações<br />
d'aguas, por conta <strong>de</strong> um proprietário,<br />
segundo as disposições do regulamento<br />
respectivo.<br />
Auctorisou uma avença para pagamentos<br />
<strong>de</strong> impostos indirectos.<br />
Registou a nota <strong>da</strong>s canalisações<br />
d'aguas executa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 23 a 30 <strong>de</strong><br />
abril.<br />
Auctorisou a compra <strong>de</strong> oitenta metros<br />
<strong>de</strong> mangueira para rega <strong>de</strong> ruas.<br />
Ven<strong>de</strong>u em praça a erva crea<strong>da</strong> nos<br />
talu<strong>de</strong>s <strong>da</strong>s estra<strong>da</strong>s municipaes entre<br />
os logares dos Fornos, Souzellas e<br />
Botão.<br />
Auctorisou o pagamento <strong>de</strong> canalisações<br />
parciaes <strong>de</strong> exgotos entre as<br />
valetas nas ruas <strong>da</strong> quinta <strong>de</strong> Santa<br />
Cruz e o colleclor geral executa<strong>da</strong>s do<br />
dia 1 <strong>de</strong> março a 15 <strong>de</strong> abril.<br />
Attestou ácêrca <strong>de</strong> duas petições<br />
para subsídios <strong>de</strong> lactação a menores.<br />
Auctorisou o pagamendo dos vencimentos<br />
<strong>de</strong> março ao thesoureiro do<br />
município e os <strong>de</strong> abril a todos os<br />
empregados pagas pelo cofre municipal.<br />
Auctorisou cem avenças para consumo<br />
d'agua durante o corrente anno.<br />
Despachou requerimentos auctori-<br />
sando trasla<strong>da</strong>ções d'ossa<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ntro<br />
do cemitério <strong>da</strong> Concha<strong>da</strong>, canalisações<br />
parciaes <strong>de</strong> exgotos d'aguas d'alguns<br />
prédios, abertura d'uma serventia particular<br />
para um prédio no Ameal,<br />
abertura d'uma porta no muro d'uma<br />
proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> em Cellas <strong>da</strong> reconstrucção<br />
<strong>da</strong> facha<strong>da</strong> d'um prédio na rua <strong>da</strong><br />
Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Revistas e jornaes<br />
Jornal «low Itomances — Recebê<br />
mos o n.° 3 d'este semanário <strong>da</strong> instrucção e<br />
recreio, que co Porto vê a luz <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
O summário é o seguinte :<br />
Texto—Os combates <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>: Joanninha, a<br />
costureira, porCh. Ménouvel.—Os cavalleiros<br />
<strong>da</strong> Rosa Vermelha, por A. Toequeville.—<br />
Entre o céu e a Terra: A ci<strong>da</strong><strong>de</strong> aérea, por A.<br />
Rrown.— Len<strong>da</strong>s, baila<strong>da</strong>s e phantasias : A<br />
prophecia <strong>de</strong> Saleh, por H. M.— Contos para<br />
creanças: Algumas aventuras <strong>de</strong> William Wal<br />
lace, por Walter Scott.—O romance d'um sol<br />
<strong>da</strong>do.— Curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.— Conselhos e receitas<br />
— Diversões em família.— Secção recreativa<br />
— Expediente.<br />
Gravuras—Joanninha, a costureira: Consegue<br />
tocar a embarcação com o pé. — Os cavalleiros<br />
<strong>da</strong> Rosa Vermelha : No momento <strong>de</strong><br />
montar a cavallo para se pôr a caminho...—<br />
Diversões em família : Uma gravura.<br />
Arguw — I<strong>de</strong>al e Ver<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Reeebámos o n.° IV <strong>da</strong> 2." série d'esta revista<br />
académica, que se publica nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Jornal <strong>de</strong> Viagens e aventuras <strong>de</strong><br />
terra e mar.<br />
44 Folhetim <strong>da</strong> RESISTENCIA<br />
ALÉXIS BOUVIER<br />
0 casamento d um forçado<br />
• SEGUNDA PARTE<br />
A casa Bérard á C. a<br />
XI<br />
Grog Cardinet<br />
Uma hora <strong>de</strong>pois, a carruagem parava<br />
na estra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Argenteuil, n.° 84<br />
A casa on<strong>de</strong> parara Cardinet parecia<br />
<strong>de</strong>shabita<strong>da</strong>; bateu, logo do fundo do<br />
pateo começaram a ladrar dois cães.<br />
Âbriu-se a porta.<br />
Appareceram três pessoas para receber<br />
a visita: Grosbouleau, Lalongueur<br />
ePetite... Não contamos dois cães<br />
terríveis, sem orelhas, sem rabo, lodos<br />
olhos, guella e <strong>de</strong>ntes brancos.<br />
— 0 sr. Lalongueur?, perguntou Cardinet.<br />
— Sou eu, senhor.... disse Lalongueur,<br />
em que posso servi-lo?<br />
' ' —Ah I gritou <strong>de</strong> repente Petite, reconhecendo<br />
Cardinet que tinha visto<br />
na véspera.<br />
— 0 que é?, perguntou a socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Grosbouleau-Lalongueur vo 1 tando-se<br />
Reeebámos o n.° 57 d'este interessante jornal<br />
que se publica no Porto, sob a direcção do sr.<br />
Deolindo <strong>de</strong> Castro, e cujo summário é o seguinle<br />
:<br />
Texto—As gran<strong>de</strong>s explorações : Os mineiros<br />
<strong>da</strong> Califórnia — Dramas do mar : O navio<br />
mystsrioso.—Civilisaçãoebarbarie: O morticínio<br />
<strong>de</strong> Mogadicho.— Commettimentos e arrojos<br />
: Viagens e aventuras <strong>da</strong> Menina Friquatte.<br />
— Recor<strong>da</strong>ções do Amazonas : Preparação <strong>da</strong><br />
borracha.—As gran<strong>de</strong>s aventuras: Sem-Cineo-<br />
Reis.—Notas e observações.— Jardins <strong>da</strong> Historia:<br />
No anno 33—Curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s scientíficas.<br />
—-Contos e len<strong>da</strong>s do Universo: Ribeira d'Anna-a-l.oura.<br />
Gravuras— Deparou, bruscamente, com um<br />
dos muitos bandidos que infestavam aquellas<br />
paragens.—Higgs, man<strong>da</strong> pôr o dogg-eart...<br />
— Sinistros, elles cahem, como aves <strong>de</strong> rapina<br />
sobre as seis sentinellas... —Pôs um joelho<br />
em terra, e beijou respeitosamante a mão do<br />
pequeno gnomo.—Ao cabo d'uma hora, o<br />
comboyo partia...<br />
Educação Nacional—Reeebêmos<br />
ó n.° 32 d'êste utilíssimo semanário <strong>de</strong> instrucção,<br />
que se publica no Porto sob a direcção<br />
do sr. António Figueirinhas, e cujo summário<br />
é o seguinte:<br />
Reforma do ensino secundário, J. Simões<br />
Dias.—Nações pequenas e gran<strong>de</strong>s povos, Arthur<br />
<strong>de</strong> Seabra.—A corrupção <strong>da</strong> infância, A.<br />
Coelho.—Reforma <strong>de</strong> instrucção primária.—<br />
Instrucção nacional, Isaae.— Revista pe<strong>da</strong>gógica.—Digestão—Notas.—Instrueção<br />
popular,<br />
D. Antonio <strong>da</strong> Costa.— Vulgarização scientílica,<br />
Carvalho Saavedra.— Exercíeios <strong>de</strong> anályse.—Secção<br />
official.<br />
Gazeta <strong>da</strong>s Aldêas—Acha-se publicado<br />
o n.° 71 d'este importante semanário<br />
<strong>de</strong> propagan<strong>da</strong> agrícola e vulgarização <strong>de</strong> conhecimentos<br />
úteis.<br />
Novas tabellas <strong>de</strong> Cambio Directo entre<br />
Inglaterra, Portugal e Brasil<br />
É um folheto em que o seu auctor,<br />
o sr. A <strong>de</strong> Sousa Pauperio, calciíla as<br />
differenças cambiaes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a taxa <strong>de</strong><br />
6 a 55 31 /32 d. por 1$000 réis.<br />
É um livro útil a todos os negociantes,<br />
recommen<strong>da</strong>vel ain<strong>da</strong> pela sua<br />
clarêza.<br />
Agra<strong>de</strong>eêmos o exemplar que nos<br />
foi olferecido.<br />
POMBEIRO—ARGANIL<br />
RESISTENCIA — Quinta feira, 10 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1897<br />
eleições<br />
«Caiu o panno I o público<br />
<strong>de</strong>cente retirou cheio <strong>de</strong><br />
nójo e <strong>de</strong> indignação.»<br />
(Do n.° 230 <strong>da</strong> Resislencia/.<br />
As eleições passaram e com ellas o<br />
espectáculo mais vergonhoso que uma<br />
politica reles podia representar.<br />
Ha muito que néste círculo se faziam<br />
ensaios in<strong>de</strong>corosos nos bivaques governamentaes.<br />
Lançava-se mão <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s<br />
as burlas como recursos suprêmos<br />
<strong>de</strong> miseráveis e <strong>de</strong> homens <strong>de</strong>sespera-<br />
—Ê o amigo do sr. Bérard.<br />
Ouvindo êste nome, os dois associados<br />
ficaram bastante embaraçados e<br />
inquietos; pediram a Cardinet para entrar<br />
em casa.<br />
Quando elle entrou numa gran<strong>de</strong> saa,<br />
tendo apenas uma mêza <strong>de</strong> taber<br />
na ro<strong>de</strong>a<strong>da</strong> <strong>de</strong> quatro bancos, Grosjouleau,<br />
pedindo-lhe que se sentasse,<br />
disse lhe:<br />
—Posso saber agora a que <strong>de</strong>vo a<br />
honra <strong>da</strong> sua visita ?<br />
— Meu Deus! Eu tenho tanto que<br />
pedir-lhes..., se se quizessem sentar<br />
po<strong>de</strong>ríamos conversar longamente.<br />
— Não quer tomar um refresco? perguntou<br />
Lalongueur.<br />
— Se quero! disse Cardinet para os<br />
pôr mais á vonta<strong>de</strong>.<br />
Por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Grosbouleau, Petite<br />
pôs em cima <strong>da</strong> mêsa três copos e um<br />
itro.<br />
Depois <strong>de</strong> terem bebido, sentaramse<br />
os dois associados e poseram-se a<br />
olhar para a sua visita como dois pontos<br />
d'interrogação.<br />
— Lá vae o caso... Já me conhecem,<br />
porque a senhora lh'o disse, ha<br />
pouco: é o amigo do sr. Bérard... o<br />
maior amigo do sr. Bérard.<br />
— É ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, disse Grosbouleau.<br />
— E ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, repetiu Lwlnngueur.<br />
Na carruagem, Cardinet tinha pensao<br />
no meio que havia <strong>de</strong> empregar<br />
para obter em casa <strong>de</strong> Lalongueur indicações<br />
seguras sobre o barão. Reunia<br />
e apptoximava sem querer duas<br />
para ella.<br />
phraseaj uma ouvi<strong>da</strong> por Bérard escon-<br />
Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />
dos que, arrastando a sua <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção<br />
moral, iam tomar parte na scena mais<br />
vergonhosa que o último quartel do<br />
século podia contemplar com nojo. O<br />
dinheiro corria em jorros <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o mais<br />
ousado galopim até ao mais abjecto<br />
taberneiro.<br />
Inaugura va-se um mercado,em que as<br />
míseras ba<strong>da</strong>nas azorraga<strong>da</strong>s por ameaças<br />
violentas, ou compra<strong>da</strong>s por insignificante<br />
quantia, ou ain<strong>da</strong> illudi<strong>da</strong>«<br />
por promessas vãs e chiméricas, iam<br />
na sua cretina ignorância lançar na<br />
urna uma lista que não sabiam ler e<br />
em segui<strong>da</strong> dirigir-se á féti<strong>da</strong> taberna<br />
on<strong>de</strong> as bacchantes lhes serviam os copos.<br />
Mas, o espectáculo, que se disfructava<br />
nas espeluncas, estendia-se dos<br />
acampamentos progressistas às mêzas<br />
eleitoraes.<br />
Tudo era summamente ridículo!...<br />
Ao longo <strong>da</strong>s estra<strong>da</strong>s corriam presurosos<br />
uns galopins analphabetos,<br />
montados em boas mulas, d'uma a outra<br />
povoação, promettendo estra<strong>da</strong>s,<br />
fontes e dinheiro por todos os povos.<br />
Mas ah! Quem sabe I Talvez ámanhã,<br />
essa magna caterva tenha <strong>de</strong> pôr no<br />
prego até as cabeça<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s suas cavalli<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
para pagar os calotes contraídos<br />
!!... E até não virá longe o dia<br />
em que os mercieiros arrebentados vam<br />
<strong>da</strong>r enorme <strong>de</strong>sfalque nos cofres dos<br />
crédores com uma falléncia ignominiosa.<br />
E o eleitor nem sequer, conhe-<br />
ceu que essa gente que lhe pedia o<br />
voto para o governo eram sómente homens<br />
perdidos, párias ociosos, que em<br />
breve a mizéria vae pôr em <strong>de</strong>ban<strong>da</strong><strong>da</strong><br />
ou para as longínquas regiões <strong>de</strong><br />
Santa Cruz ou para as arenosas plagas<br />
<strong>da</strong> África.<br />
Para diversos concelhos d'este círculo<br />
o governo pôs representantes irresponsáveis,<br />
homens fallídos, que não<br />
têem os direitos <strong>de</strong> ci<strong>da</strong>dãos, que não<br />
pagam décima em concelho algum.<br />
Mas nas assembléas d'este círculo,<br />
em que o governo tinha a <strong>de</strong>rrota como<br />
certa, ain<strong>da</strong> isto não era bastante. Os<br />
homens fallídos sómente tinham loquella<br />
voraz para arrastar á urna os<br />
eleitores.<br />
Era necessário mais, era necessário<br />
quem soubesse usar <strong>da</strong> força que o governo<br />
lhe facultava.<br />
E, <strong>da</strong> província <strong>de</strong> Traz-os-Montes,<br />
levanta-se um vulto legendário e famigerado,<br />
(se não é falso que o sr.<br />
Dine é trasmontano, como disse para<br />
incutir respeito á assembléa d'Alvares)<br />
um novo Viriato, que. dos brancos<br />
montes Hermínios repelle com <strong>de</strong>nodo<br />
as águias do império romano.<br />
Investido <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res discricionários,<br />
mais forte que o rei dos Vátuas, mais<br />
heroico que Gambrone em Waterloo,<br />
elle vem armado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os pés até aos<br />
<strong>de</strong>ntes, como um cavalleiro medieval,<br />
faz constar ao presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> assembléa<br />
a longa resenha do seu passado e os<br />
podéres illimitados <strong>da</strong> sua investidura<br />
e termina ameaçando-o com um tiro!<br />
dido no armazém, e dita provavelmente<br />
por Lalongueur.<br />
— Elle fallou <strong>de</strong>ante <strong>de</strong> ti do roubo<br />
<strong>da</strong> Gran<strong>de</strong>-Jatte.<br />
E esta outra que vinha na carta recebi<strong>da</strong><br />
pelo barão e que elle escreve<br />
ra quando a Linotte a ditara.<br />
— Nós provarêmos que era você que<br />
dirigia o caso Bérard na ilha <strong>da</strong> Gran<strong>de</strong><br />
Jatte.<br />
XII<br />
Em casa <strong>de</strong> gente honra<strong>da</strong><br />
Estas duas phrases, tinha dito consigo<br />
Cardinet, sam a chave que me<br />
ha <strong>de</strong> fazer <strong>de</strong>scobrir tudo o que eu<br />
<strong>de</strong>sejo saber.<br />
Encostando o cotovéllo á mêsa e<br />
olhando ora Lalongueur ora Grosbouleau,<br />
que tinham perdido o sangue fiio,<br />
disse:<br />
—Eu não estou a per<strong>de</strong>r tempo:<br />
vim aqui para ter informações sobre<br />
um homem.<br />
— Um homem!...<br />
—Um homem! repetiu Lalongueur!<br />
— 0 barão <strong>de</strong> Lorémont.<br />
Grosbouleau olhou para Lalongueur.<br />
Cardinet viu que era necessário tentar<br />
tudo. Experimentou, e olhando fixamen<br />
le os dois homens, accrescentou:<br />
— Os srs. estavam...quando se <strong>de</strong>u<br />
o caso <strong>da</strong> Gran<strong>de</strong>-Jate...<br />
Grosbouleau levantou-selogo, Lalongueur<br />
fez o mesmo, e, vendo o companheiro<br />
dirigir-se para a porta, saltou<br />
Até ao fim d'aquelle acto <strong>de</strong>ram-se<br />
scenas taes <strong>de</strong> que é completamente impossível<br />
<strong>da</strong>rmos uma ligeira imagem.<br />
Volvendo os olhos para êsses tempos<br />
já remotos <strong>de</strong> absolutismo e revoluções,<br />
parece que vêmos surgir essas<br />
épocas <strong>de</strong> hedion<strong>da</strong> memória, em que<br />
um bandido d'arma na mão ía installar-se<br />
juntó a uma mêza eleitoral para<br />
punir com a morte o que ousasse contrariá-lo.<br />
A farça<strong>da</strong> eleitoral <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> maio,<br />
representa<strong>da</strong> nas <strong>diversas</strong> assembléas<br />
do círculo d'Arganil, bastaria só por si,<br />
para encher <strong>de</strong> vergonha o país inteiro<br />
e para marcar com um cunho in<strong>de</strong>level<br />
o oppróbrio d'um governo <strong>de</strong><br />
tam apregoa<strong>da</strong> morali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Sr. re<strong>da</strong>ctor.—Peço a fiuêza <strong>da</strong> publicação<br />
na Resistencia <strong>da</strong>s seguintes<br />
linhas:<br />
O Tribuno Popular, em o seu último<br />
número, diz que o ex. mo sr. dr.<br />
Ayres <strong>de</strong> Campos me <strong>de</strong>clarou que me<br />
<strong>de</strong>spediria <strong>da</strong> sua obra se eu não <strong>de</strong>spedisse<br />
dois operários canteiros do Tovim,<br />
pelo facto <strong>de</strong> acompanharem uma<br />
philarmónica que tocava em Santo António<br />
dos Olivaes.<br />
Em vista d'isto tenho a <strong>de</strong>clarar que<br />
o ex. mo sr. dr. Ayres <strong>de</strong> Campos nunca<br />
me fez imposições, porque, conhecedor<br />
<strong>da</strong>s minhas idéas, me tem sempre tratado<br />
com a máxima <strong>de</strong>licadêza e consi<strong>de</strong>ração.<br />
Eu <strong>de</strong>spedi um operário (não<br />
foram dois), não por acompanhar a<br />
philarmónica, mas sim por ter insultado,<br />
na sua ausência, o ex. mo sr. dr. Ayres<br />
<strong>de</strong> Campos. E como eu não acho<br />
digno que um operário insulte um indivíduo<br />
que lhe dá trabalho, foi o motivo<br />
porque procedi d'esta fórma.<br />
De v., etc.,<br />
João Machado.<br />
Fesla <strong>de</strong> N. S. <strong>de</strong> S. Salvador<br />
Deverá realizar se no dia 23 do corrente<br />
mês <strong>de</strong> maio a gran<strong>de</strong> festa em<br />
honra <strong>de</strong> N. S. <strong>de</strong> S. Salvador, sendo<br />
o seu programma o seguinte:<br />
Na véspera á noite illuminação, fôgo<br />
<strong>de</strong> vistas, balão e música.<br />
No próprio dia haverá missa solemne,<br />
pelas 11 l /t horas <strong>da</strong> manhã, sendo<br />
celebrante o ex mo Reitor <strong>da</strong> Sé Cathedral;<br />
ao Evangelho subirá ao púlpito<br />
o sr. padre José <strong>da</strong> Conceição, digno<br />
coadjutor <strong>da</strong> freguezia <strong>de</strong> Ceira; ás 4<br />
horas <strong>da</strong> tar<strong>de</strong> la<strong>da</strong>inha e sermão sendo<br />
orador o sr. padre José Pinto Machado,<br />
digno párocho em Torre <strong>de</strong> Villela; em<br />
segui<strong>da</strong> Té-Deum e Tautum-Ergo.<br />
Tanto a festa <strong>de</strong> manhã como a <strong>de</strong><br />
tar<strong>de</strong>, serám abrilhanta<strong>da</strong>s por uma<br />
gran<strong>de</strong> orchestra, composta dos melhores<br />
músicos <strong>da</strong> locali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
Fin<strong>da</strong> a festivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>, terá<br />
por cima <strong>da</strong> mêsa, e d'um salto aebouse<br />
junto do seu amigo, que lhe disse:<br />
—Estamos filados! E' um policia...<br />
o canalha ven<strong>de</strong>u-nos.<br />
Cardinet viu que era elle quem levava<br />
a melhor, e disse logo.<br />
— Eu não sou polícia, sou um amigo<br />
que vem preveni los e pedir em troca<br />
alguma coisa.<br />
Os dois associados oiharam-se e por<br />
ura accôrdo tácito vieram sentar-se<br />
nos seus logares...<br />
— Ouça: eu não sei quem o senhor<br />
é, disse Grosbouleau, e a cabeça <strong>de</strong><br />
Lalongueur parecia nos meneios dizer:<br />
apoiado! apoiado! Vejo que conhece<br />
o caso, mas <strong>de</strong>vem-lh'o ter contado às<br />
avessas... nós somos gente honra<strong>da</strong>!<br />
Julgávamos que Lorémont também o<br />
fosse! Fazia-se passar por barão!...<br />
nós somos operários, trabalhamos. Veio<br />
procurar-nos, a Lalongueur e a mim...<br />
— A Grosbouleau e a mim! sffirmou<br />
Lalongueur.<br />
—Para nos dizer: tenho uma casa<br />
na ilha <strong>da</strong> Jatte, vocês querem ir fazer<br />
uma mu<strong>da</strong>nça? Dissemos que sim! Fizemos<br />
o preço! vinte francos... Não<br />
é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, Lalongueur?<br />
— É ver<strong>da</strong><strong>de</strong>! Juro-o por Deus e por<br />
todos os santos.<br />
— Fizemos a rnu<strong>da</strong>nça... Á noite<br />
perguntámos-lhe: para on<strong>de</strong> vae isto?<br />
I-go não é comvosco, respon<strong>de</strong>u elle...<br />
E pagou-nos. Nós somos trabalhadores,<br />
pagam-nos o nosso salário, reeebêmos....<br />
Só quando entramos em<br />
casa, foi que eu disse a Lalongueur;<br />
logar o costumado arraial e arrematação<br />
<strong>de</strong> fogaças ofifereci<strong>da</strong>s, executando<br />
a philarmónica Conimbricense várias<br />
peças <strong>de</strong> seu escolhido reportório,<br />
tanto no dia como na véspera á noite.<br />
A commissão promotora <strong>da</strong> referi<strong>da</strong><br />
festivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>sejando que a mesma<br />
festa seja feita com o máximo explendor<br />
possível, próprio d'êstes actos,<br />
espera ser coadjuva<strong>da</strong> com quaesquer<br />
ofifertas <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s aquelle fira.<br />
A commissão,<br />
José Domingos Serrado<br />
Candido Augusto SanCAnna<br />
Manuel <strong>da</strong> Silva.<br />
Tendo soffrido bastante <strong>de</strong> callos, usei o<br />
CALLICIDA Franco, e hoje estou completamente<br />
bom.<br />
Aconselharei ás pessoas <strong>de</strong> minhas relações<br />
o uso d'elle.<br />
Elvas. — João d'Assumpção Senna.<br />
Gran<strong>de</strong> Utili<strong>da</strong><strong>de</strong> Commercial<br />
Novas tabellas <strong>de</strong> câmbio directo entre<br />
Inglaterra, Portugal e Brazil<br />
POR<br />
A. DE SOUSA PAUPERIO<br />
Des<strong>de</strong> 6 a 55 n/n d. por 10000 réis<br />
Preço, 200 réis<br />
A' ven<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as livrarias<br />
Q-o.Iz2.ta,<br />
Ven<strong>de</strong>-se uma bella quinta em Cellas,<br />
subúrbios d'esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, composta<br />
<strong>de</strong> casas <strong>de</strong> habitação, terras, pomares<br />
<strong>de</strong> espinho e caroço, olivaes, vinhas,<br />
mattas, com água potável e <strong>de</strong> rega.<br />
Quem a preten<strong>de</strong>r pô<strong>de</strong> dirigir-se a<br />
Manuel Augusto Granjo, nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
rua Fernan<strong>de</strong>s Thomaz, 67.<br />
eleitoral<br />
Acha-se publica<strong>da</strong> a lei eleitoral approva<strong>da</strong><br />
por carta <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong><br />
maio <strong>de</strong> 1896, única em vigor.<br />
Além do próprio texto <strong>da</strong> lei, contém<br />
todo o formulário para todos os<br />
actos do processo eleitoral, v. g: acta<br />
<strong>da</strong> constituição <strong>da</strong> mêsa, nas assembléas<br />
primárias; auto <strong>de</strong> não eleição;<br />
actas <strong>de</strong> eleição, <strong>de</strong> assembléa <strong>de</strong> apuramento,<br />
etc. etc., concluindo por um<br />
repertório alphabético.<br />
Os pedidos po<strong>de</strong>m ser dirigidos á<br />
Bibliotheca Popular <strong>de</strong> Legislação, na<br />
rua <strong>da</strong> Atalaya, 183. I. 0 ,—Lisboa.<br />
F. Fernan<strong>de</strong>s Costa<br />
E<br />
ANTONIO THOMÉ<br />
ADVOGADOS<br />
Rua do Yiscon<strong>de</strong> <strong>da</strong> Luz, 50<br />
has <strong>de</strong> vêr que ain<strong>da</strong> havêmos <strong>de</strong> ter<br />
um <strong>de</strong>gosto por causa d'isto... aquelle<br />
homem tinha um ar na<strong>da</strong> cathólico.<br />
— Tam certo como estar aqui êste<br />
copo <strong>de</strong> vinho!... Foi assim que elle<br />
disse...<br />
— E tu vês, tornou Grosbouleau, dirigindo-se<br />
a Lalongueur, nós vamos<br />
soffrer por causa d'isto... Já cá está<br />
êste senhor...<br />
— Meu Deus! Como ha gente má na<br />
socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, gemeu Lalongueur.<br />
— Diga, senhor, e se fôr possível<br />
reparar qualquer mal que a gente tenha<br />
feito sem querer... a gente está<br />
prompta para tudo.<br />
— Para tudo! apoiou Lalongueur.<br />
Cardinet sentia-se com sorte; conhecendo<br />
os dois patifes e fingindo que<br />
se <strong>de</strong>ixava enganar por elles, disse:<br />
— Eu vinha exactamente para lhes<br />
dizer: ha um canalha <strong>de</strong> que é necessário<br />
livrar á terra; êsse canalha é o<br />
o barão <strong>de</strong> Lorémont, — Hyppólito Lorémont<br />
emfim, e eu venho pedir-lhe<br />
que me aju<strong>de</strong>m...<br />
— É isso o que o senhoç quer, exclamaram<br />
alegremente os dois patifes?...<br />
Entàm toque!<br />
—Toque! repetiu Lalongueur.<br />
— Entre gente honra<strong>da</strong> ha sempre<br />
accôrdo!<br />
—Era no que eu estava a pensar,<br />
respon<strong>de</strong>u sorrindo Cardinet.<br />
— Petite! gritou Grosbouleau, põe<br />
quatro talheres 10 sr. almoçacomnosco!<br />
—Ah! Eu...<br />
(Continvffi),
PROBIDADE<br />
Companhia geral <strong>de</strong> seguros<br />
Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> anonyma<br />
<strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> limita<strong>da</strong><br />
CAPITAL 2.000:0000000<br />
Rua Nová d'El-Rei, n.° 99, 1."<br />
L i s b o a<br />
Effectua seguros contra incêndios.<br />
Correspon<strong>de</strong>nte em <strong>Coimbra</strong>,<br />
Cassiano A. Martins Ribeiro.—<br />
Rua Ferreira Borges, 165, 1.°.<br />
Sulfato <strong>de</strong> cobre<br />
2 Auall<strong>da</strong><strong>de</strong> garanti<strong>da</strong><br />
" para tratamento <strong>de</strong> vinhas<br />
ven<strong>de</strong>-se por preços limitados<br />
nos estabelecimentos <strong>de</strong><br />
ferragens <strong>de</strong> João Gomes Moreira<br />
na rua <strong>de</strong> Ferreira Borges,<br />
n. os 50 e 52 (em frente ao Arco<br />
d'Almedina) e no <strong>de</strong> Moreira &<br />
Simões na mesma rua n. 08 171<br />
e 173.<br />
Estabelecimento Thermal<br />
Dos mais perfeitos do país<br />
Excellentes águas mineraes<br />
para doenças <strong>de</strong> pelle,<br />
rheumatismo, eslómago,<br />
garganta, etc.<br />
RESISTENCIA — Quinta feira, 10 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1897<br />
CALDAS DA FELGUEIRÀ<br />
CANNAS DE SENHORIM<br />
(BEIRA ALTA)<br />
Abertura do estabelecimento thermal em 1 <strong>de</strong> maio<br />
e íecha em 30 <strong>de</strong> novembro<br />
Abertura do Gran<strong>de</strong> Hotel Club em 15 <strong>de</strong> maio<br />
Gran<strong>de</strong> Hotel Club<br />
Com estação <strong>de</strong> correio e telégrapho,<br />
médico, pharmácia<br />
e casa <strong>de</strong> barbear.<br />
Magníficas accommo<strong>da</strong>ções<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 10200 réis,<br />
comprehen<strong>de</strong>ndo serviço, club,<br />
etc. Bónus para os médicos<br />
O Estabelecimento Thermal comprehen<strong>de</strong> 64 banheiras <strong>de</strong> l. a a 5. a classe; duas salas para duches, uma para senhoras<br />
e outra para homens, e a mais completa sala <strong>de</strong> inhalação, pulverização e aspiração, com gabinêtes anoexoss e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
para toilette. É sem dúvi<strong>da</strong> o melhor do reino, e mais barato. -Viageixi-Faz-se to<strong>da</strong> em c - o ferro até<br />
Cannas (BEIRA. ALTA) e d'ahi 5 kilómetros em bons carros. A estaçao <strong>de</strong> Cannas na linha férrea <strong>da</strong> Beira Alta esta directamente<br />
ligaía com to<strong>da</strong>s as linhas férreas hespanholas que entram em Portugal por Ba<strong>da</strong>joz, Caceres Villar Formoso Barca<br />
d'Alva e Tuy.-Para esclarecimentos: - Em L i s b o a : rua do Alecrim, n ° 125, referente ao estabelecimento balnear e rua<br />
<strong>de</strong> S. Julião! 80, 1.°, referente ao Gran<strong>de</strong> Hotei.-Correspondéncia para as Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Felgpaeira, ao gerente <strong>da</strong> companhia<br />
do Gran<strong>de</strong> Hotel —As águas en*arraf»<strong>da</strong>s ven<strong>de</strong>m-se nas pharmácias e drogarias e no <strong>de</strong>pósito geral, mMfflA-<br />
CIA ANDRADE, rua do Alecrim, 125.-A exploração do Hotel fica êste anno a cargo <strong>da</strong> Companhia do Gran<strong>de</strong><br />
Hotel Club.<br />
JOiO RODRIGUES BRAGA<br />
SUCCESSOR<br />
17, Adro <strong>de</strong> Cima, 20 — (Detraz <strong>de</strong> S. Bartholom eu)<br />
COIMBRA<br />
3 ârmazem <strong>de</strong> fazen<strong>da</strong>s <strong>de</strong> algodão, lã e se<strong>da</strong>. Ven<strong>da</strong>s por<br />
A junto e a retalho, Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> pannos crús.—Faz-se<br />
<strong>de</strong>sconto nas compras para reven<strong>de</strong>r.<br />
Completo sortido <strong>de</strong> coroas e bouquets, fúnebres e <strong>de</strong> gala.<br />
Fitas <strong>de</strong> faille, moiré glacé e setim, em to<strong>da</strong>s as côres e larguras.<br />
Eças doura<strong>da</strong>s para adultos e crianças.<br />
Continúa a encarregar-se <strong>de</strong> funeraes completos, armações<br />
fúnebres e trasla<strong>da</strong>ções, tanto nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> como fóra.<br />
ESTABELECIMENTO<br />
DE<br />
FERRAGENS, TINTAS E ARMAS DE FOGO<br />
DE<br />
João Gomes Moreira<br />
§0, Rua Ferreira Borges, 52 (Em frente ao Arco d'Almedina)<br />
Cal Hydraulica: <strong>de</strong>g0<br />
COIMBRA<br />
Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>da</strong> Companhia Cabo Mon-<br />
Aviso aos proprietários e mestres<br />
d'obras.<br />
tii , . .Ji A '-i{An<br />
Electrici<strong>da</strong><strong>de</strong> e óptica<br />
. „ . ,<br />
Agência <strong>da</strong> casa Ramos & Silva <strong>de</strong><br />
Ljsboa, constructores <strong>de</strong> pâra-raiosi,<br />
campainhas eléctricas, oculos e lunetas e todos os mais<br />
apparelhos concernentes.<br />
m> L Alvaia<strong>de</strong>s,óleos,agua-raz,crés,gesso<br />
Tintas para pinturas, vernizes, e muitas outras tintas e<br />
artigos para pintores.<br />
/U«,/v„*aci .<br />
UineniOS.<br />
Inglês e Cabo Mon<strong>de</strong>go, as melhores quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
que se empregam em construcçôes hydrauhcas.<br />
Ban<strong>de</strong>jas, oleados, papel para forrar casas, moinhos<br />
e torradores para café, máchinas para moer<br />
carne, balanças dé todos os systemas.— Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> arame,<br />
zinco e chubo em folha, ferro zincado, aram e <strong>de</strong> to<strong>da</strong><br />
as quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
Ferragens pira constrxicçOes:<br />
Lisboa e Porto.<br />
„<br />
- ^<br />
.<br />
r r ! :<br />
De ferro e arame primeira quali<strong>da</strong><strong>de</strong> com gran<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>scontos.—Aviso aos proprietários e mestres <strong>de</strong><br />
obras.<br />
Gutilaria:<br />
Cutilaria nacional e extrangeira dos melhores auctores.<br />
Especiali<strong>da</strong><strong>de</strong> em cutilaria Rodgers.<br />
Crystofle, metal branco, cabo d'ébano e marfim,<br />
completo sortido em faqueiros e outros artigos<br />
<strong>de</strong> Guimarães.<br />
r fn«wA. Esmalta<strong>da</strong> e estanha<strong>da</strong>, ferra<br />
Louças inglesas, <strong>de</strong> ferro: Agate, 3erviÇo completo Par0<br />
mesa, lavatorio e cozinha.<br />
*«n« dn fArfft- Carabinas <strong>de</strong> repetição <strong>de</strong> 12 e 15 tiros, re-<br />
Annas <strong>de</strong> lUgU. volvers, espingar<strong>da</strong>s para caça,os melhores<br />
systemas.<br />
A' LA VILLE DE PARIS<br />
Gran<strong>de</strong> Fábrica <strong>de</strong> Gorôas e Flôres<br />
F. DELP0BT<br />
247, Rua <strong>de</strong> Sá <strong>da</strong> Ban<strong>de</strong>ira, 261—Porto<br />
COIMBRA.<br />
s flASA fllial em Lisboa—Rua do Príncipe e Praça dos<br />
VJ Restauradores (Aveni<strong>da</strong>).<br />
Único representante em <strong>Coimbra</strong><br />
JOÃO RODRIGUES BRAGA, Successor<br />
17—ADRO DE CIMA—20<br />
Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />
n o í M T t R A<br />
CALLICIDÀ<br />
Exclnsivo<br />
Extracção dos callos sem<br />
dôr em 0 dias<br />
Reseonto convi<strong>da</strong>tivo<br />
para reven<strong>de</strong>r<br />
Wepositos—Lisboa: Leandro<br />
<strong>de</strong> Freitas, rua <strong>da</strong> Prata,<br />
231; Porto, José Maria Lopes,<br />
rua do Bomjardim, 12; <strong>Coimbra</strong>,<br />
Rodrigues <strong>da</strong> Silva iC. J ;e em<br />
to<strong>da</strong>s as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e principaes<br />
villas do continente.<br />
Áfiica — Loan<strong>da</strong>, José Marques<br />
Diogo.<br />
Brasil— Rio <strong>de</strong> Janeiro: Silva<br />
Gomes & C a ; Pernambuco; Guerra<br />
Fernan<strong>de</strong>s & C. a , rua do<br />
Duque <strong>de</strong> Caxias, 47; Bahia:<br />
Francisco <strong>de</strong> Assis e Souza;<br />
Maranhão: Jorge & Santos.<br />
Exija-se nos <strong>de</strong>pósitos um<br />
prospecto que ensina o modo<br />
<strong>de</strong> usá-lo e previne as falsificações.<br />
Ha um só <strong>de</strong>pósito em<br />
ca<strong>da</strong> terra.<br />
Pedidos ao auctor: António<br />
Franco, Covilhã.<br />
0 Remedio <strong>de</strong> AYER contra sezões—Febres<br />
intermitentes e bliosas<br />
Peitoral <strong>de</strong> Cereja <strong>de</strong> Ayer. 0 remédio mais<br />
seguro que ha para curar a Tosse Bronchite, Asthema<br />
e Tubérculos pulmonares.<br />
Frasco, 10000 réis meio frasco, 600 réis.<br />
Todos os remédios que ficam indicados sam altamente<br />
concentrados <strong>de</strong> maneira que sahem baratos, porque<br />
um vidro dura muito tempo.<br />
Pílulas Cathartleas <strong>de</strong> Ayer. —0 melhor<br />
purgativo, suave, inteiramente vegetal.<br />
Frasco, 1ÍOOO réis<br />
0 Vigor do Cabello<br />
DO DR. AYER,<br />
Depósito <strong>da</strong> fábrica «A NACIONAL»<br />
DE<br />
BOLACHAS E BISCOITOS<br />
DE<br />
JOSÉ FRANCISCO DA CRUZ, TELLES<br />
128 — RUA FERREIRA BORGES — 130<br />
8 MESTE <strong>de</strong>pósito, regularmente montado, se acham á<br />
ven<strong>da</strong> por junto e a retalho, todos os productos Naquella<br />
fábrica, a mais antiga <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, on<strong>de</strong> se recebem<br />
quaesquer encommen<strong>da</strong>s pelos preços e condições eguaes<br />
aos <strong>da</strong> fábrica.<br />
A cura <strong>da</strong> Blennorrhagia<br />
ELECTUÁRIO ANTI-BLENORRHÁGICO<br />
DO PHARMACEUTICO<br />
T_ G A L V Ã O<br />
Um até dois boiões d'este maravilhoso medicamento, ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro<br />
especifico, bastam na máxima parte dos casos, para curar<br />
to<strong>da</strong>s as purgações, ain<strong>da</strong> as mais antigas e rebel<strong>de</strong>s.<br />
Preço do boião, 1$000 réis<br />
Depósito geral em Arganil na pharmacia Galvão—Em <strong>Coimbra</strong>:<br />
drogaria Rodrigues <strong>da</strong> Silva & C. a<br />
I D X O S I D E A T E E<br />
T o i s r i c o<br />
rara a cura «fficat e prompta <strong>da</strong>s<br />
Moléstias provenientes <strong>da</strong> impureza<br />
do Sangue.<br />
O B I E N T A L<br />
Marca «Casseis»<br />
Esquisita preparação para aformosear o<br />
cabello —Extirpa Io<strong>da</strong>s as affecções do cráneo, limpa<br />
e perfuma a cabeça.<br />
Agua Flori<strong>da</strong> (marca Casseis).—Perfume <strong>de</strong>licioso<br />
para o lenço, o toucador e o banho.<br />
Sabonetes <strong>de</strong> glyeerlna (marca Casseis).—<br />
Muito gran<strong>de</strong>s, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> superior.<br />
Á ven<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as drogarias e lojas <strong>de</strong> perfumarias.<br />
Preços baratos.<br />
Vermífugo <strong>de</strong> B. L. Fahnestoeis»<br />
— É O melhor remedio contra lombrigas. 0<br />
proprietário está prompto a <strong>de</strong>volver o dinheiro a<br />
qualquer pessoa a quem o remédio não faça o efíeito<br />
quando o doente tenha lombrigas e seguir exactaii<br />
ente as instrucções.<br />
impe<strong>de</strong> queooabello se torne bruacoercstuura ao cabello grisalho<br />
a sua vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> e formosura.<br />
Perfeito <strong>de</strong>sinfeotante e purificante <strong>de</strong> Jeyes para <strong>de</strong>sinfectar casas e latrinas,<br />
também é ex eileote para tirar gordura ou nodos <strong>de</strong> roupa, hmpar metaes, e curar fen<strong>da</strong>s. -<br />
PreCO Dep 4 ósUolJames Casseis & 0.°, rua do Mousinho <strong>da</strong> Silveira, n,° 85, -Porto.<br />
L D I L A O<br />
Por motivo <strong>de</strong> retira<strong>da</strong> para<br />
o Brazil ven<strong>de</strong>-se em leilão to<strong>da</strong><br />
a mobilia d'uma casa <strong>de</strong> familia<br />
constando <strong>de</strong> mobilia <strong>de</strong> salla <strong>de</strong><br />
visitas, casa <strong>de</strong> mêsa quartos e<br />
cosinha.<br />
O leilão terá logar no dia 16<br />
d'este mês na estra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Beira<br />
<strong>de</strong>fronte do último candieiro <strong>de</strong><br />
illuminação pública, na casa<br />
aon<strong>de</strong> morou a familia Machado.<br />
Subloca-se a mesma casa até<br />
ao pióximo S. Miguel por preço<br />
cómmodo e d'ahi em <strong>de</strong>ante<br />
será arren<strong>da</strong><strong>da</strong> por conta do<br />
proprietário.<br />
Leonar<strong>da</strong> Forjaz, arren<strong>da</strong> a<br />
parte sul <strong>da</strong> sua casa <strong>da</strong> rua<br />
<strong>da</strong> Ilha.<br />
Recebem-se propostas, na<br />
quinta dos Platanos á Bemcanta,<br />
on<strong>de</strong> se encontram as chaves,<br />
para ser vista.<br />
Nos dias 16 e 17 do corrente<br />
mês <strong>de</strong> maio, pela 1 hora<br />
<strong>da</strong> tar<strong>de</strong>, na rua <strong>da</strong> Ilha, n.° 3,<br />
se ha <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r o restante dos<br />
ivros, quadros, estampas etc.,<br />
que pertenceram ao fallecido<br />
dr. Abilio Augusto <strong>da</strong> Fonseca<br />
Pinto.<br />
Casa com quintal<br />
13 â rren<strong>da</strong>-se uma boa casa<br />
A com gran<strong>de</strong> quintal sito<br />
na rua João Cabreira n.° 21<br />
Pô<strong>de</strong> ser vista <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 14 <strong>de</strong><br />
maio em diante.<br />
Para tratar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já com o<br />
seu dono, rua do Viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
Luz 60.<br />
Caixeiro<br />
14 Innoeénela «& Sobrinho,<br />
rua <strong>de</strong> Ferreira<br />
Borges, precisam <strong>de</strong> um. caixeiro<br />
para mercearia, a quem<br />
dám bom or<strong>de</strong>nado, merecendo-o.<br />
Tratamento <strong>de</strong> moléstias <strong>da</strong><br />
bocca e operações <strong>de</strong><br />
cirurgia <strong>de</strong>ntária<br />
Cal<strong>de</strong>ira <strong>da</strong> Silva<br />
Cirurgião <strong>de</strong>ntista<br />
Herculano Carvalho<br />
Medico<br />
R. <strong>de</strong> Ferreira Borges (Calça<strong>da</strong>), 174<br />
IS flonsultas todos os dias<br />
v <strong>da</strong>s nove <strong>da</strong> manhã ás<br />
3 horas <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>.<br />
Vinho e aguar<strong>de</strong>nte puros<br />
DA<br />
Quinta <strong>da</strong> Pedranclia<br />
Rua do Loureiro<br />
Vinho tinto—litro 80 réis."<br />
Dez litros—700 réis.<br />
VINHO BRANCO<br />
Chablis <strong>de</strong> 1895 — litro 160<br />
réis.<br />
Dito, garrafa — 120 réis.<br />
Aguar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> vinho, <strong>de</strong> 20®<br />
Cart.— litro 320 réis.<br />
"BESISTENCIA,,<br />
PUBLICA.-SE AOS DOMINGOS<br />
E QUINTAS-FEIRAS<br />
Re<strong>da</strong>cção e Administração<br />
ARCO D'ALMEDINA, 6<br />
EDITOR = Joaquim Teixeira <strong>de</strong> Sá<br />
Condições <strong>de</strong> assignatura<br />
(PAGA ADIANTADA)<br />
Com estampilha;<br />
Anno 20700<br />
Semestre 10350<br />
Trimestre 680<br />
Sem estampilha:<br />
Anno 20400<br />
Semestre 10200<br />
Trimestre 600<br />
A N N U N C I 0 8<br />
Ca<strong>da</strong> linha, 30 réis-—Repetições,<br />
20 réis.—Para os srs. as-<br />
SiQnimtes. <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 50 p. c.<br />
Tjp. tf. França Amil»—C0UMU
N.° 233 COIMBRA—Domingo, 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897 3.° ANNO<br />
TOUREIO JUDICIÁRIO<br />
A ESCRAVIDÃO<br />
Carta <strong>de</strong> Lisboa<br />
Como se um primeiro espa<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>sse a alternativa a um moço <strong>de</strong><br />
forcado!<br />
Para assombro <strong>de</strong> ingénuos e Tolo, cynico e ignorante. ..<br />
vergonha <strong>da</strong> magistratura portu- Um juiz que só mereceria ser...<br />
guêsa e dos po<strong>de</strong>res constituídos, careca ou moço <strong>de</strong> curro.<br />
quê tal consentem e a esta anarchia<br />
e impudor levaram tudo nêste -A-té q_-u.e e m f i m . . .<br />
país, leia-se o trecho que transcre-<br />
Des<strong>de</strong> que o chefe dos assassivemos<br />
d'um documento público. nos <strong>da</strong> índia regressou á metrópole,<br />
Um <strong>de</strong>sembargador <strong>da</strong> relação, vindo do governo que infamou com<br />
um juiz encanecido, que teria por os mais cruéis e sanguinários assassinatos,<br />
feitos em nome <strong>de</strong> Por-<br />
obrigação o culto honrado e digno,<br />
tugal, tem tido o titular <strong>da</strong> pasta <strong>da</strong><br />
nobre e sério do seu <strong>de</strong>ver, não marinha uma ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira lucta para<br />
teve pejo <strong>de</strong> macular o seu nome e conseguir que o sr. Augusto <strong>de</strong><br />
a digni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> magistratura portu- Castilho acceitasse aquelle governo.<br />
guesa escrevendo nuns autos, em<br />
Não o conseguiu d'êste prestigioso<br />
marinheiro, e por isso convidou na<br />
estylo tauromáchico, as imbecili<strong>da</strong>- 5.<br />
<strong>de</strong>s que vám vêr:<br />
«Recebi os autos como estám: e<br />
feitas as cortezias do estylo com tres<br />
accordãos interlocutorios. como um<br />
dos primeiros espa<strong>da</strong>s me dá a alternativa,<br />
vou pegar <strong>de</strong> frente no processo<br />
para evitar 4." accordão nesta<br />
simples questão relativa a corri<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />
touros».<br />
Isto, como vêem, é simplesmente<br />
revoltante, e não se comprehen<strong>de</strong>,<br />
senão pelo conhecimento que todo<br />
o país tem <strong>da</strong> profun<strong>da</strong> <strong>de</strong>pressão<br />
a que chegaram as instituições portuguêsas,<br />
que ain<strong>da</strong> se conserve no<br />
exercício <strong>da</strong>s suas eleva<strong>da</strong>s funcções<br />
judiciárias quem tam torpemente insulta<br />
e enxovalha a missão sagra<strong>da</strong><br />
<strong>da</strong> Justiça.<br />
Num país em que houvesse o<br />
culto <strong>da</strong> digni<strong>da</strong><strong>de</strong> e do pudor, o<br />
magistrado que escrevesse um documento<br />
<strong>da</strong>quelles, tam aviltante e<br />
tam ridículo, nem mais um dia<br />
continuaria a fazer do tribunal redon<strong>de</strong>l<br />
<strong>de</strong> loiros e dos processos<br />
revistas tauromáchicas. Mas tolera-se<br />
isto em Portugal, on<strong>de</strong> a indisciplina<br />
dos espíritos e a falta <strong>de</strong><br />
respeito por tudo o que é nobre<br />
exce<strong>de</strong> o que em país nenhum se<br />
consente.<br />
Chegámos, assim, ao extremo <strong>da</strong><br />
irrisão e do impudor, em que um<br />
juiz <strong>da</strong> relação se entretem a fazer<br />
nos processos pêgas <strong>de</strong> cara e,—<br />
quem sabe?—a metler farpas a<br />
cuarteo!<br />
E o que é mais <strong>de</strong>primente, mais<br />
vergonhoso ain<strong>da</strong>,-—o ministro <strong>da</strong><br />
Justiça ficou indifferente á arremetti<strong>da</strong>,<br />
e não mandou instaurar um<br />
processo contra o magistrado biltre<br />
que vê nos autos cornupetos e na<br />
sua vara <strong>de</strong> juiz vara larga <strong>de</strong> picadorI<br />
Mas, no fim <strong>de</strong> tudo, é tam inepto,<br />
o <strong>de</strong>sgraçado, que nem percebe<br />
na<strong>da</strong> <strong>da</strong> arte que preten<strong>de</strong>u macaçjuear,<br />
a a tiro, do seu território. Consta,<br />
mesmo, que, <strong>da</strong> refrega, saíram três<br />
portuguêses mortos, sendo corta<strong>da</strong>s<br />
as orelhas a outros três.<br />
14 <strong>de</strong> maio<br />
As folhas noticiaram a grève dos<br />
operários d'uma fabrica <strong>de</strong> esparti-<br />
Por este motivo, já retiraram Ven<strong>de</strong>-se ou arrten<strong>da</strong>-se Lourenlhos,<br />
na qual as mulheres ganham<br />
d'aquella província mais <strong>de</strong> mil e ço Marques ? . £ §| 0L £<br />
3 e 4 vinténs diários em 12 horas<br />
e quinhentos ceifeiros portuguêses; Hypothecam-se as linhas férreas?<br />
<strong>de</strong> trabalho!<br />
expulsos pelos hespanhoes.<br />
Çonce<strong>de</strong>m-se novos monopólios?<br />
Mais: as costureiras <strong>de</strong> Lisboa,<br />
Aquelles que sam <strong>de</strong> povoações Ha dúvi<strong>da</strong>s.<br />
por occasião do 1.° <strong>de</strong> maio repre-<br />
próximas têem recolhido a suas Um dia teve probabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s uma<br />
sentaram ao sr. ministro <strong>da</strong>s obras<br />
casas; outros, an<strong>da</strong>m mendigando <strong>da</strong>s operações. Outro dia dá-se como<br />
públicas pedindo providências le-<br />
pelas ruas <strong>de</strong> Elvas, apresentando- certo outro negócio.<br />
gislativas, que regulamentassem o<br />
se alguns feridos, num estado ver- To<strong>da</strong>via ninguém põe em dúvi<strong>da</strong><br />
trabalho <strong>da</strong>s mulheres e as prote<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente<br />
digno <strong>de</strong> lástima. que se pensa em arranjar dinheiro<br />
gessem contra os excessos <strong>da</strong> expo- Este estado <strong>de</strong> coisas requer <strong>da</strong>lguma d'essas formas—ven<strong>de</strong>nliação<br />
<strong>de</strong>scara<strong>da</strong> <strong>da</strong>s fábricas e of- promptas e enérgicas providências, do ou hypothecando — e que o goficinas.<br />
não só com o fim <strong>de</strong> castigar os verno apenas hesita sobre qual <strong>de</strong>l-<br />
Ha estabelecimentos em que sô-<br />
aggressôres e evitar repetições <strong>de</strong> ias tem <strong>de</strong> adoptar ou qual é a mais<br />
bre mulheres franzinas e aénmicas<br />
scenas violentas, mas também para honrosa para o país, segundo a<br />
pesam 15 horas <strong>de</strong> trabalho, em<br />
acudir á crise que assoberba os phrase duma folha official.<br />
casas <strong>de</strong>sprovi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> hygiene e por<br />
pobres trabalhadores <strong>da</strong> província Todos sabem que se liqui<strong>da</strong>m<br />
feira o coronel sr. Joaquim José uma retribuição que mal lhes for-<br />
do Alemtejo.<br />
os restos. Desconhecem-se apenas<br />
Machado para aquelle cargo, que nece o indispensável para illudirem<br />
quaes os que vam já e os que fi-<br />
acceitou immediatamente, <strong>de</strong>vendo a vi<strong>da</strong>i<br />
cam.<br />
o seu <strong>de</strong>spacho ser publicado esta Em consequência d'esta situação<br />
E c o e l i o m o<br />
Segundo a última versão, que se<br />
semana.<br />
miserável, a lysica e a prostituição O jornal do sr. Dias Ferreira, apresenta com visos <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, hy-<br />
Têmos, poi$, já governador geral alastram-se numa intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>- que o país teve occasião <strong>de</strong> conhepothecam-se ou arren<strong>da</strong>m-se os ca-<br />
<strong>da</strong> índia, que não po<strong>de</strong>rá, com cersoladora.cer pelo que é e pelo que vale num minhos <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> Lourenço Marteza,<br />
comparar-se ao tal que ha Na<strong>da</strong> mais incomprehensivel do momento já angustioso e difficilimo ques, Minho e Douro e Sul e Sues-<br />
pouco <strong>de</strong> lá veiu com a sua far<strong>da</strong> que esta exploração <strong>de</strong>shumana e <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> nacional, dizendo que não te, conce<strong>de</strong>m-se os monopólios do<br />
mancha<strong>da</strong> e as suas dragonas <strong>de</strong>s- infame, que o estado tolera e man- e difficil obter o anciado saldo po- álcool e do sabão e proroga-se o<br />
honra<strong>da</strong>s, como dizia, com justiça, tém 1<br />
sitivo no orçamento do estado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> monopólio dos tabacos.<br />
o Correio <strong>da</strong> Noite.<br />
Pedir a intervenção <strong>da</strong> lei contra que as <strong>de</strong>spêzas sejam reduzi<strong>da</strong>s ao Quer dizer: não se lança mão <strong>de</strong><br />
Oxalá que o novo governador uma tal iniqui<strong>da</strong><strong>de</strong>, é <strong>de</strong>sabafo inú- strictamente indispensável, accres- um dos últimos recursos, mas <strong>de</strong><br />
tenha as condições necessárias para til 1<br />
centa:<br />
seis, <strong>de</strong> todos.<br />
restabelecer na índia as garantias A lei existe, não vêmos nós co-<br />
Não se faz uma operação <strong>de</strong>sti-<br />
individuaes, fazer castigar os crimo ella se cumpre, aqui e em to<strong>da</strong> «Não pó<strong>de</strong>m, porém, os partidos <strong>da</strong> na<strong>da</strong> méramente a satisfazer as <strong>de</strong>sminosos<br />
agaloados que teem infa- a parte, com relação, por exemplo,<br />
rotação operar esta reducção nas <strong>de</strong>spêzas <strong>de</strong> momento, mas tantas quanpêzas<br />
públicas, porque para o consemado<br />
o nome português, e <strong>da</strong>r aos ao trabalho dos menores ?<br />
tas é possível fazer, para conseguir<br />
guirem lhes falta a auctori<strong>da</strong><strong>de</strong>, e<br />
negócios d'aquella possessão uma Ha uma repartição fiscalisadora além d'isso, têem <strong>de</strong> contentar to<strong>da</strong> a a maior somma <strong>de</strong> dinheiro.<br />
orientação patriótica e fecun<strong>da</strong>. <strong>da</strong>s officinas, com pessoal organi- clientella,. em cujo appoio se acham Ninguém duvi<strong>da</strong>, creio, que os<br />
Oxalá...<br />
sado; ha a repartição <strong>da</strong>s obras estivados».<br />
milhares <strong>de</strong> contos, arranjados por<br />
públicas, á qual foi confia<strong>da</strong> a vi-<br />
êstes processos, sam lançados á mes-<br />
O itálico é nosso, porque o fim<br />
gilância nos trabalhos <strong>de</strong> construma<br />
voragem on<strong>de</strong> têem sido tantos<br />
EXPLORAÇÕES-•• PORTUGUÊSAS<br />
é evi<strong>de</strong>nte: — quem pô<strong>de</strong> fazer tudo<br />
cção e a applicação <strong>da</strong>s penali<strong>da</strong>-<br />
outros.<br />
Organizou-se ha pouco em Lis<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transgressão. E afinal tudo<br />
aquillo é o liberalão sr. Dias Fer-<br />
Por conseguinte o país, sem por<br />
boa uma companhia, cujos estatutos isso foi impu<strong>de</strong>nte mentira e puro<br />
reira !<br />
fórma nenhuma ser beneficiado com<br />
vieram já publicados no Diário do escárneo 1<br />
o producto <strong>da</strong>s operações como o<br />
Governo, e que se intitula Compa- Levantou-se em princípio a poei-<br />
não tem sido com o <strong>de</strong> nenhuma<br />
STortiexito a g r í c o l a<br />
nhia <strong>de</strong> viação funicular.<br />
ra<strong>da</strong> do costume, <strong>de</strong>pois tudo caiu<br />
<strong>da</strong>s que se tem feito, terá <strong>de</strong> soffrer<br />
O seu fim, dizem os taes estatu- na modôrra pegajosa e funerária <strong>de</strong> Diz-se que o sr. ministro <strong>da</strong>s enormes encargos, ao mesmo tempo<br />
tos, é—a construcção e exploração, uma nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> sem futuro. obras públicas, trabalhando no sen- que se ha <strong>de</strong> encontrar sem rendi-<br />
ou sómente a construcção ou a ex- Leis, papela<strong>da</strong>! Lettra morta que tido <strong>de</strong> promover a restauração mentos importantes.<br />
ploração <strong>de</strong> quaesquer linhas <strong>de</strong> ninguém cumpre e a que ninguém económica do país fomentando a Equivale isto dizer a que a fal-<br />
viação, que lhe forem concedi<strong>da</strong>s liga importância!<br />
agricultura, apresentará ao parlaléncia se abre fatalmente, imprete-<br />
ou que ella obstenha por arren<strong>da</strong>- Pedir, pois, o patrocínio do esmento (?) projectos <strong>de</strong> lei sobre— rivelmente.mento,<br />
compra ou fusão, ou por tado é alimentar a ficção burlêsca colonização do Alemtejo, novo re- Significam, pois, as operações<br />
qualquer outro modo.<br />
<strong>de</strong> que os homens do governo posgimen <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>, fornecimento nêste momento a negociar não ape-<br />
Para tantas e tam gran<strong>de</strong>s coisas, suem a abnegação e as energias <strong>de</strong> adubos chímicos, crédito rural, nas a ruína, mas também a morte<br />
constitue-se com o capital <strong>de</strong> 45 sinceras e prestantes, indispensá- celleiros communs, virigação do <strong>da</strong> nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> portuguêsa.<br />
contos <strong>de</strong> réis, dividido em acções veis ao progresso <strong>da</strong>s socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s!... Alemtejo e creação d'uma compa- Por taes razões estamos sem dú-<br />
<strong>de</strong> 100$000 réis; mas, o que é<br />
nhia vinícola do sul.<br />
vi<strong>da</strong> num momento histórico: — o<br />
mais, fica já com uma direcção<br />
. 0 .<br />
Assumptos importantíssimos, sem <strong>da</strong> liqui<strong>da</strong>ção.<br />
composta <strong>de</strong> três membros a ven- Grave conflicto dúvi<strong>da</strong> nenhuma, e que representam A monarchia prepara-se para arcerem<br />
respectivamente... 600$000<br />
interesses capitaes <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> porturancar á nação os últimos bens.<br />
réis annuaes!<br />
Ha poucos dias, <strong>de</strong>u-se em Baguêsa ... mas que ficarám reduzi- Correspon<strong>de</strong> o pôvo á gravi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
É tudo assim no nosso país. <strong>da</strong>joz um grave conflicto entre pordos aos projectos <strong>de</strong> lei, ou que, <strong>da</strong> situação ? Respon<strong>de</strong> dignamente<br />
É a administração do Estado a tuguêses e hespanhoes, <strong>de</strong> que po- pelo menos, ham <strong>de</strong> sair estéreis ás tentativas d'espoliaçSo ?<br />
reviver nas administrações particu<strong>de</strong>riam ter resultado e pó<strong>de</strong>m ain<strong>da</strong> <strong>da</strong>s discussões dos economistas par- Força é confessar que não até<br />
lares.<br />
resultar gravíssimas consequências. lamentares.<br />
agora.<br />
Até quando durará este saque Todos os annos, por esta época, Po<strong>de</strong>rá, porventura, esperar-se A calúmnia é completa. Os es-<br />
dos mais espertos á bolsa dos in- os trabalhadores <strong>da</strong> fronteira <strong>da</strong> alguma coisa d'útil, para o <strong>de</strong>senpíritos não acceitam, por exemplo,<br />
génuos?. ..<br />
província do Alemtejo vam buscar volvimento e restauração econó- a ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> Lourenço Marques, mas<br />
o pão quotidiano no trabalho <strong>da</strong>s mica do país, d'um parlamento <strong>de</strong> não mostram exasperar-se com o<br />
ceifas em Ba<strong>da</strong>joz, lançando, as- incompetentes, <strong>de</strong> burocratas, que facto <strong>de</strong> se fallar no assumpto. En-<br />
Durante o anno <strong>de</strong> 1896 (segundo<br />
sim, mão d'um valioso recurso para<br />
uma estatística official), o número <strong>de</strong><br />
o que querem é arranjar a vi<strong>da</strong>? ten<strong>de</strong>m que é uma indigni<strong>da</strong><strong>de</strong> em-<br />
objectos registados no correio foi <strong>de</strong> a sua subsistência.<br />
Lembremo-nos <strong>de</strong> que foram os prestar ás linhas férreas, mas não<br />
926:780.<br />
Este anno, porém, ou por um governos e os parlamentos do rei tratam por factos <strong>de</strong> obstar a que<br />
O uúmero <strong>de</strong> valores <strong>de</strong>clarados foi inexplicável egoismo, ou por quaes- que nos reduziram a este estado... ellas se empenhem. Acham que sam<br />
<strong>de</strong> 17:987, representando o valor <strong>de</strong> quer outras circunstâncias ain<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>mais e bastamente gravosos os<br />
2.188:1530234 reis.<br />
não averigua<strong>da</strong>s, os hespanhoes <strong>da</strong><br />
monopólios que já existem, mas não<br />
Uma circunstancia digna <strong>de</strong> nota:<br />
Os candi<strong>da</strong>tos aos exames <strong>de</strong> habi-<br />
Não se <strong>de</strong>u, durante o mêsmo anno, ; província <strong>de</strong> Ba<strong>da</strong>joz oppuseram^se<br />
<strong>de</strong>monstram que não acceitarátr.<br />
litação para o magistério primário estám<br />
nenhum caso <strong>de</strong> extravio <strong>de</strong> corres- tenazmente á passagem dos <strong>de</strong>sgra-<br />
mais.<br />
sujeitos ao pagamento d'um proprina<br />
pondência regista<strong>da</strong>.<br />
çados trabalhadores, expulsando-os, <strong>de</strong> 3i00Q réis.<br />
Num momento emfim em que ha*<br />
Versão integral disponível em digitalis.uc.pt
via motivos para a mais profun<strong>da</strong><br />
agitação, reina ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira paz.<br />
Quando se <strong>de</strong>via produzir uma<br />
gran<strong>de</strong> convulsão, predomina o socego.<br />
Se não ha motivos para <strong>de</strong>sesperar<br />
com êste facto, porque a agitação<br />
tem que produzir-se, produz-se<br />
fatalmente sobretudo se se fizer<br />
qualquer operação sobre Lourenço<br />
Marques, é to<strong>da</strong>via para lamentar<br />
que não se tenha já iniciado a obra<br />
<strong>de</strong> protesto.<br />
Urge resgatar o tempo vendido.<br />
Felizmente annuncia-se já no<br />
Porto um comício para protestar<br />
contra qualquer operação sobre a<br />
província <strong>de</strong> Moçambique.<br />
Em Lisboa ficou hontem <strong>de</strong>finitivamente<br />
resolvido que se realizasse<br />
outro comício com o mesmo fim,<br />
promovido pelo Centro Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
— o mais numeroso que existe<br />
em Lisboa e constituído por velhos,<br />
fieis e <strong>de</strong>dicadíssimos sol<strong>da</strong>dos do<br />
partido.<br />
Nenhum bom patriota pô<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />
<strong>de</strong> auxiliar e secun<strong>da</strong>r estas<br />
manifestações, porque é necessário<br />
que ellas tenham to<strong>da</strong> a solemni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e importância, porque é indispensável<br />
evitar que a monarchia se<br />
sirva dos meios que lhe permitteriam<br />
viver por mais algum tempo<br />
regala<strong>da</strong>mente mas que originariam<br />
a liqui<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> portuguêsa.<br />
x<br />
A propósito ain<strong>da</strong> <strong>da</strong>s operações<br />
que estám sendo negocia<strong>da</strong>s, consta<br />
que to<strong>da</strong>s ellas entra directa ou<br />
indirectamente a figura do sr. con<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Burnay, a quem o director do<br />
Correio <strong>da</strong> Noite chamou muitos<br />
nomes feios no Primeiro <strong>de</strong> Janeiro,<br />
tantos que lhe valeram ser querellado.<br />
A êsse mesmo sr. Burnay conce<strong>de</strong>u<br />
já o governo a facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>r empregar a tracção eléctrica<br />
na viacção em Lisboa, em condições<br />
que não foram acceites pelo<br />
gabinête regenerador, apesar dos<br />
esforços <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a or<strong>de</strong>m que foram<br />
feitos nêsse sentido e <strong>da</strong> morali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
d'essa situação ter sido a que se<br />
sabe.<br />
A irem por <strong>de</strong>ante as operações,<br />
a não protestar contra ellas o país<br />
<strong>de</strong> fórma a evitá-las, o famoso belga<br />
teria realizado o seu sonho: —<br />
convertido Portugal numa gran<strong>de</strong><br />
villa <strong>de</strong> Santo Antão.<br />
Só po<strong>de</strong>ríamos an<strong>da</strong>r em caminhos<br />
<strong>de</strong> ferro do sr. Burnay, já po<br />
<strong>de</strong>riamos ter sabão e álcool <strong>da</strong> mes<br />
ma marca, como já só podêmos servir-nos<br />
dos seus carros, como têmos<br />
que fumar o tabaco que elle nos<br />
quer <strong>da</strong>r e pelo preço que elle ar<br />
bítra.<br />
Antes morte que tal sorte!<br />
Já se sabia que em questão <strong>de</strong><br />
objectos d'arte os edifícios do Esta-<br />
do sam ha muito ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros sameiros<br />
para os que dispõem <strong>de</strong> dinheiro<br />
e <strong>de</strong> influência.<br />
Não obstante é ain<strong>da</strong> curiosíssimo<br />
que um simples architécto que<br />
não foi político pu<strong>de</strong>sse adquirir tamanha<br />
somma d'êsses objectos —<br />
parece que a melhor collecção <strong>de</strong><br />
azulejos que existe em Portugal.<br />
De sobejo affirma o facto que vivêmos<br />
numa Calábria e que po<strong>de</strong>m<br />
<strong>de</strong>sempenhar o papel <strong>de</strong> salteadores<br />
todos os que tiverem vocação.<br />
RESISTENCIA — Domingo, 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897<br />
F. B.<br />
A Provin<strong>da</strong>, do Porto, alira-se<br />
ao homem dos carapaus como S.<br />
Thiago aos moiros, pelo facto <strong>de</strong><br />
O Tempo appellar para a praça pública<br />
como último recurso contra as<br />
infâmias do regimen.<br />
E após uma enfia<strong>da</strong> <strong>de</strong> qualifi<br />
cativos na<strong>da</strong> appetitosos, termina<br />
por accusar Zé vêsgo <strong>de</strong> ter arrastado<br />
pela lama <strong>da</strong> infâmia as finanças<br />
portuguêsas, <strong>de</strong>lapi<strong>da</strong>ndo os<br />
dinheiros públicos, esbanjando re<br />
cursos <strong>da</strong> nação e anarchisando os<br />
mais sérios negócios do país.<br />
Do que muito bem se conclue<br />
que tanta vergonha teem uns como<br />
outros.<br />
Dois Zés que não fazem differença<br />
d'um João.. -<br />
E o outro, o pagante, espreita a<br />
praça <strong>da</strong> esquina <strong>da</strong> rua. . . a vêr<br />
se os contendores terminam por fi-<br />
car, como elle, em fral<strong>da</strong> <strong>de</strong> camisa.<br />
..<br />
GRAYE SITUAÇÃO NA GUINÉ<br />
Do nosso prezado collega A Voz<br />
Publica, do Porto, transcrevemos o<br />
seguinte telegramma do seu corres<br />
pon<strong>de</strong>nte em Lisboa:<br />
«O governo continúa não recebendo<br />
communicação alguma <strong>da</strong> Guiné, on<strong>de</strong><br />
a nossa situação é melindrosa Ignora<br />
se qual o plano do governador <strong>da</strong> pro<br />
víncia para tirar a <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>safronta<br />
dos <strong>de</strong>sastres que alli experimentaram<br />
as nossas armas.<br />
Só por cartas particulares se sabe<br />
que, no combate <strong>de</strong> Gin<strong>da</strong>, caíram sob<br />
o ferro dos mandingas cêrca <strong>de</strong> 200<br />
auxiliares <strong>da</strong>s nossas forças, 3 sargentos<br />
e 2 officiaes! Custa, realmente,<br />
a comprehen<strong>de</strong>r tam prolongado silêncio<br />
official, que oxalá não seja precursor<br />
<strong>de</strong> mais notlnas <strong>de</strong>soladoras<br />
como as anteriores».<br />
«O sr. general Câmara Leme tenciona<br />
apresentar ao parlamento, na próxima<br />
sessão legislativa, um projecto<br />
sobre a reorganização do exército, projecto<br />
que se divi<strong>de</strong> em cinco parles:<br />
PARTE I<br />
CONSIDERAÇÕES GERAES<br />
Summário: — Preliminares—Importância<br />
dos exércitos pequeuos— Organização<br />
actual e as anteriores—Princípios<br />
fun<strong>da</strong>mentaes para a reorganização<br />
— Opinião <strong>de</strong> um iilustre general<br />
,á fallecido—Influência <strong>da</strong> estratégia e<br />
dos caminhos <strong>de</strong> ferro na reorganização<br />
—Analyse sob o aspecto económico<br />
<strong>da</strong> questão.<br />
PARTE II<br />
LEIS ORGÂNICAS<br />
Summário:—Recrutamento—Justiça<br />
Instrucção e accesso — Reformas e<br />
recompensas.<br />
PARTE III<br />
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS<br />
DO EXÉRCITO<br />
Summário: — Estado maior general<br />
•Corpo do estado maior — Corpo <strong>de</strong><br />
engenheiros—Artilheria—Cavallaria —<br />
1 ofanteria.<br />
PARTE IV<br />
ALVITRES ECONÓMICOS<br />
Summário: —Admiuistração militar<br />
Guar<strong>da</strong> fiscal—Divisões territoriaes<br />
-Praças <strong>de</strong> guerra —Supremo Tribunal<br />
e conselhos <strong>de</strong> guerra—Organisação<br />
<strong>da</strong> reserva—Conclusão <strong>da</strong> memória.<br />
PARTE V<br />
PROJECTO DE LEI EM BASES<br />
Dizem-nos que o trabalho do sr. Camara<br />
Leme è <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor.<br />
Nem outra coisa era <strong>de</strong> esperar <strong>de</strong><br />
quem, como aquelle iilustre general,<br />
conhece tanto a fundo tudo quanto se<br />
refere a questões militares.»<br />
Pêsames<br />
Falleceu em Villa Franca <strong>de</strong> Xira o<br />
digno escrivão <strong>de</strong> fazen<strong>da</strong> do concelho,<br />
sr. João Thomaz <strong>de</strong> Brito, marido <strong>da</strong><br />
ex. ma sr. a D Maria <strong>da</strong> Conceição Cortezão<br />
e Brito, presa<strong>da</strong> irmã do nosso<br />
valioso correligionário sr. dr. Joaquim<br />
Cortezão, muito digno presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />
commissão municipal republicana <strong>da</strong><br />
Figueira <strong>da</strong> Foz, a quem enviamos a<br />
expressão do nosso mais profundo<br />
pesar.<br />
ILTo Oriente<br />
Tudo illusões; nuvens <strong>de</strong>fumo<br />
que em breve se dissiparam.<br />
Não comprehendêmos assim a lucta<br />
dos pequenos contra os gran<strong>de</strong>s.<br />
Em tam manifesta <strong>de</strong>segual<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> condições, do encarniçamento<br />
dos humil<strong>de</strong>s só ha a esperar os<br />
doisextrêmos:—a morte ou a victória.<br />
Ha casos em que o aniquillamento<br />
é uma re<strong>de</strong>mpção; e êste era um<br />
d'elles.<br />
Não o quis assim a monarchia<br />
íellénica.<br />
Des<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> questão, a paz<br />
do <strong>de</strong>senrolar <strong>de</strong> todos os prepara-<br />
,ivos bellicosos, <strong>de</strong>batiam-se os ingresses<br />
dynásticos.<br />
O ex-ministro <strong>da</strong> marinha grêga<br />
<strong>de</strong>clara, em sua <strong>de</strong>fêsa, que as suas<br />
or<strong>de</strong>ns nunca foram cumpri<strong>da</strong>s pelo<br />
iríncipe Jorge, almirante <strong>da</strong> esquadra<br />
couraça<strong>da</strong>. Mandou que ella imjedisse<br />
a passagem dos Dar<strong>da</strong>nelos;<br />
or<strong>de</strong>nou que ella se apo<strong>de</strong>rasse<br />
<strong>da</strong>s ilhas turcas do mar do Archipélago;<br />
<strong>de</strong>u or<strong>de</strong>ns terminantes para<br />
o bombar<strong>de</strong>amento dos portos turcos<br />
<strong>de</strong> maior valor; e o príncipe<br />
Jorge preferiu <strong>de</strong>sobe<strong>de</strong>cer, allegando<br />
os inconvenientes do mau tempo,<br />
que mais tar<strong>de</strong> se verificou lerem<br />
servido <strong>de</strong> simples pretexto.<br />
Por outro lado, o príncipe real<br />
Constantino, comman<strong>da</strong>nte em chefe<br />
dos exércitos <strong>de</strong> terra, foge <strong>de</strong><br />
Larissa, precipita<strong>da</strong>mente, sem uma<br />
escaramuça, sequer, tendo sob as<br />
suas or<strong>de</strong>ns milhares <strong>de</strong> sol<strong>da</strong>dos.<br />
Que prova tudo isto? Inépcia, co<br />
bardía, ou má fé?<br />
Um bocadinho <strong>de</strong> tudo.<br />
É que para um rei, to<strong>da</strong>s as am<br />
bições convergem a um só fito:—i<br />
thrôno. Tudo o mais sam ninharias,<br />
sonhos phantásticos <strong>de</strong> que um rei<br />
não <strong>de</strong>ve participar, preconceitos<br />
que não cabem no bôjo d'unria corôa.<br />
Emfim, a paz está em via <strong>de</strong> con<br />
clusão. Começou já a retira<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
Créta <strong>da</strong>s tropas grêgas. Os ministros<br />
hellenos vasculham as arcas do<br />
thesouro para acudir ás exigências<br />
do vencedor.<br />
E as cumea<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s montanhas<br />
<strong>da</strong> fronteira turco-grêga, eom as<br />
suas gargantas e as suas cristas<br />
<strong>de</strong>ntea<strong>da</strong>s, acenam um último a<strong>de</strong>us<br />
aos seus dominadores <strong>de</strong> hontem.<br />
* Seguem os últimos telegram-<br />
Estám em bom caminho as nemas:gociações<br />
<strong>da</strong> paz entre a Grécia e a<br />
Turquia, ferozes e encarniçados ini- Athenas, 14, t— Um telegramma <strong>de</strong><br />
migos <strong>de</strong> ha pouco.<br />
Arta annuncia estar travado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> esta<br />
manhã um sanguinolento combate em<br />
Foi aquella que reclamou a in- Griboro, na estra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Philippia<strong>de</strong>s,<br />
tervenção <strong>da</strong>s gran<strong>de</strong>s potências eu havendo sérias per<strong>da</strong>s dos dois lados.<br />
PROSPERIDADES REPUBLICANAS ropêascomo medianeiras entre o rei O combate continúa ain<strong>da</strong>.<br />
Jorge e o bárbaro Sultão. A Grécia, Paris, 14, n —Uma nota <strong>da</strong> Agencia<br />
A estatística official <strong>da</strong> Direcção que impava <strong>de</strong> heroísmo e abnega Havas <strong>de</strong>smente a informação d'um<br />
geral <strong>da</strong>s Alfan<strong>de</strong>gas francêsas mos-<br />
jornal extrangeiro <strong>de</strong> que em conse-<br />
ção, que nós espera vamos vêr resisquência <strong>de</strong> certas <strong>de</strong>sintelligéncias entra<br />
que as importações, nos 4 pri tir heroicamente aos exércitos mu tre o sr. Gambon, embaixador <strong>da</strong> Re-<br />
meiros mêses d'êsteanno, baixaram sulmanos, salvando a honra <strong>da</strong> sua publica francêsa, e a Sublime Porta,<br />
1.363:565^000 francos; equeasex- ban<strong>de</strong>ira embora na lucta tivesse esta pedira ao governo francês que<br />
portações subiram 1.173:192*000 <strong>de</strong> <strong>de</strong>rramar as últimas gôltas do retirasse d'alli o sr. Cambon.<br />
francos.<br />
Arta, 14, t.— O combate <strong>de</strong> hoje em<br />
sangue generoso <strong>de</strong> seus filhos,<br />
Entre os casos edificantes <strong>da</strong> se<br />
Giiboro, tem sido encarniçado.<br />
E lembrarmo-nos nós <strong>de</strong> que, ha Grécia, <strong>de</strong> quem nós julgáramos po-<br />
mana, toma vulto o annúncio d'um<br />
As tropas bateram-se a arma branca.<br />
27 annos, a França teve <strong>de</strong> pagar <strong>de</strong>r esperar o sacrifício <strong>da</strong> própria Consta que ficaram fóra <strong>de</strong> combate<br />
leilão.<br />
á Allemanha milhares <strong>de</strong> milhões vi<strong>da</strong> a ter <strong>de</strong> curvar a cerviz, im- 500 grêgos.<br />
É o caso que no dia 27 é vendi- <strong>de</strong> francos <strong>de</strong> in<strong>de</strong>mnização <strong>de</strong> plorando do bárbaro a ignomínia do A peleja dura ain<strong>da</strong> a esta hora.<br />
do em leilão espólio do fallecido ar-<br />
Arta, 14, n —Terminou a batalha<br />
guerra, que a Republica francêsa perdão, acaba <strong>de</strong> lançar por terra<br />
chitécto José Maria Nepomuceno,<br />
<strong>de</strong> Griboro, ficando mortos no campo<br />
herdou um estado empobrecido, cri- as esperanças que nella púnhamos.<br />
que <strong>de</strong>sempenhou <strong>diversas</strong> commis-<br />
400 grêgos, inclusos 25 officiaes. A<br />
vado <strong>de</strong> dívi<strong>da</strong>s, eriçado <strong>de</strong> difficul- Para quê tantos <strong>de</strong>sperdícios, tan- batalha proseguirá ámanhã.<br />
sões officiaes.<br />
<strong>da</strong><strong>de</strong>s, que só um governo uma to immolar <strong>de</strong> victimas, tam gran<strong>de</strong><br />
No catálogo figuram preciosos energia sobre-humana po<strong>de</strong>ria ven sacrifício <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>s e dinheiro?<br />
objectos d'arte, entre elles azulejos, cer...<br />
Para quê tanto heroísmo, tantas<br />
pertencentes a estabelecimentos do<br />
E hoje própera, rica, po<strong>de</strong>rosa, provas <strong>de</strong> sublime energia, se bre- Cuba e Fillippinas<br />
Estado e que êste nunca ven<strong>de</strong>u.<br />
enquanto nós nos vamos afun<strong>da</strong>ndo ve uma lufa<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sânimo havia<br />
Sam elles <strong>da</strong> parochia <strong>de</strong> Santa Ma<br />
miseravelmente, cobertos <strong>de</strong> ver- <strong>de</strong> lançar por terra todo êsse gigan- Aggrava-se a situação em Cuba.<br />
rinha <strong>de</strong> Lisboa, <strong>da</strong>s ruínas do ex<br />
gonha. ..<br />
têsco edifício?<br />
Apezar <strong>da</strong> implatação <strong>da</strong>s reformas<br />
tincto convento <strong>de</strong> Santo Eloy, <strong>da</strong><br />
A paz foi bem recebi<strong>da</strong>, dizem os naquella ilha, conce<strong>de</strong>ndo aos cu-<br />
parochia <strong>de</strong> Santo André, <strong>da</strong> <strong>de</strong> S.<br />
jornaes. E esta simples affirmativa banos a autonomia que elles recla<br />
Pedro d'Alfama, do convento <strong>de</strong> REORGANIZAÇÃO DO EXÉRCITO faz sangrar todos os corações que maram antes do comêço <strong>da</strong> insur-<br />
Santo António <strong>da</strong> Convalescença,<br />
do convento <strong>de</strong> S. Domingos, do Do nosso presado collega <strong>de</strong> Lis- se haviam i<strong>de</strong>ntificado com a granreição, nem por isso as forças dos<br />
convento <strong>de</strong> Santa Mónica, do <strong>da</strong> boa, A Marselheza, extractàmos a <strong>de</strong> alma do pôvo grêgo, preferindo insurrectos têem <strong>de</strong>sanimado na<br />
Madre <strong>de</strong> Deus, etc.<br />
seguinte notícia;<br />
a morte a uma ignomínia. prosecuçâo do seu intento»<br />
Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />
Com a épocha <strong>da</strong>s chuvas, que<br />
ha pouco começou, coincidiu o recru<strong>de</strong>scimento<br />
<strong>da</strong> guerra.<br />
As últimas notícias dizem-nos<br />
ler <strong>de</strong>sembarcado, em San Juan <strong>de</strong><br />
las Playas (Cuba,) o cabecilha americano<br />
Julio Sanguilly, á frente <strong>de</strong><br />
uma expedição flibusteira.<br />
Veremos o que participa ao seu<br />
governo o general Weyler.<br />
—As notícias officiaes <strong>da</strong>m como<br />
completamente pacificado o archi-<br />
)élago <strong>da</strong>s Fillippinas.<br />
Por esse motivo, já chegou a<br />
Barcelona, <strong>de</strong> regresso <strong>de</strong> Manila,<br />
o general Polavieja, comman<strong>da</strong>nte<br />
do exército <strong>de</strong> operações em Cavite.<br />
Arthur Leitão<br />
A restabelecer a sua saú<strong>de</strong>, assás<br />
abala<strong>da</strong> nêstes últimos tempos,<br />
sáe ámanhã d'esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> o nosso<br />
correligionário sr. Arthur Leitão.<br />
Feliz viagem e um promplo restabelecimento<br />
é o que do coração<br />
lhe <strong>de</strong>sejámos.<br />
<strong>Notícias</strong> <strong>diversas</strong><br />
No dia 20 do corrente serám substituídos<br />
mais dois tramos do taboleiro<br />
metállico <strong>da</strong> ponte do Mon<strong>de</strong>go Novo,<br />
próximo <strong>da</strong> estação <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />
Com a substituição d'estes dois tramos<br />
fica totalmente renovado o taboleiro<br />
d'esta ponte.<br />
Conforme é costume, assistirám a<br />
êstes trabalhos e ás experiências do<br />
taboleiro os srs. engenheiro Vasconcellos<br />
Porto e conductores Temple Barbosa<br />
e Carlos Silvano, <strong>da</strong> Companhia real,<br />
e engenheiro Silveira, <strong>da</strong> fiscalização<br />
do governo, que partirám no dia 19<br />
no comboio mixto.<br />
As libras ven<strong>de</strong>ram-se, durante os<br />
últimos dias <strong>da</strong> semana fin<strong>da</strong>, a 6:850<br />
réis ou seja 2:350 réis <strong>de</strong> prémio em<br />
ca<strong>da</strong> uma.<br />
Francos a 819 réis e marcos a 332<br />
réis.<br />
Durante o mês d'abril findo foram<br />
exterminados, nêste districto, 192 cães<br />
vadios.<br />
•<br />
Terminou no dia 10 do corrente o<br />
praso para a entrega <strong>de</strong> requerimentos<br />
para exames dos estu<strong>da</strong>ntes externos<br />
do lyceu, do período transitório.<br />
Deram entra<strong>da</strong> na secretaria 292<br />
requerimentos.<br />
•<br />
Do Diário <strong>de</strong> Noticias:<br />
«Segundo lêmos em vários collégas<br />
hespanhoes, vae gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>scontentamento<br />
entre as pessoas que costumavam,<br />
annualmente, visitar a praia <strong>da</strong><br />
Figueira <strong>da</strong> Foz, por isso que os senhorios<br />
duplicaram os preços <strong>da</strong>s suas<br />
casas, exigindo ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iras exorbitâncias<br />
pelo seu aluguer durante a época<br />
balnear.<br />
A uma familia hespanhola que costumava<br />
alugar casa por 10 libras,<br />
pe<strong>de</strong>m êste anno 22; e a uma outra<br />
que a tinha, por 15 pediram 35 libras!<br />
Os jornaes hespanhoes aconselham<br />
os seus compatriotas a procurarem<br />
outras prâias e nêste sentido ha muitas<br />
famílias resolvi<strong>da</strong>s.<br />
Eífectivamente, mal se comprehen<strong>de</strong><br />
os exaggerados preços pedidos, o que<br />
<strong>da</strong>rá logar ao affastamento dos banhistas<br />
hespanhoes que com justificados<br />
motivos se queixam.<br />
0 general <strong>de</strong> briga<strong>da</strong>, sr. Rebocho,<br />
entregou hontem ao tenente-coronel do<br />
regimento d'infanteria 23, o commando<br />
que ha pouco abandonou por motivo<br />
<strong>da</strong> sua promoção, que noutro logar<br />
noticiamos.<br />
Km S. Thiago <strong>de</strong> Cacem appareceu<br />
nas vinhas uma doença <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong>,
Versão gueur; integral disponível em<br />
gundo<br />
digitalis.uc.pt<br />
os remadores a brincar que<br />
RESISTENCIA — Domingo, 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897<br />
Na quarta feira, a gea<strong>da</strong> que caiu no<br />
sul <strong>da</strong> França causou nas vinhas e<br />
pomares enormes <strong>da</strong>mnos, avaliados<br />
em 20 milhões <strong>de</strong> francos.<br />
Os srs. drs. José Maria <strong>de</strong> Magalhães<br />
Pimentel Gochofel e José Augusto Gaspar<br />
<strong>de</strong> Mattos acabam <strong>de</strong> abrir o seu escriptorio<br />
<strong>de</strong> advogados, nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, na<br />
rua Martins <strong>de</strong> Carvalho n 0 rios bens, pertencentes á junta <strong>de</strong> parochia<br />
<strong>da</strong>s freguezias <strong>de</strong> Vil <strong>de</strong> Mattos,<br />
no mesmo concelho, <strong>de</strong> Miran<strong>da</strong> do<br />
Corvo e â casa <strong>da</strong> Misericórdia na Redinha,<br />
concelho <strong>de</strong> Soure e ao cabido<br />
<strong>da</strong> Sé <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, no concelho <strong>de</strong> Cantanhe<strong>de</strong>.<br />
Para o académico sr. Armando Casqueiro<br />
foi pedi<strong>da</strong> a mão <strong>da</strong> menina<br />
Ceu Soriano, dilecta filha do sr. Sebastião<br />
Soriano, <strong>de</strong>senhador d'obras pú-<br />
1, on<strong>de</strong> po blicas.<br />
<strong>de</strong>m ser consultados todos os dias,<br />
<strong>da</strong>s 9 <strong>da</strong> manhã ás 4 horas <strong>da</strong> tar<strong>de</strong><br />
Foi aposentado com a pensão annual<br />
<strong>de</strong> 6000000 réis, o sr. padre Joaquim<br />
Existe na China, perto <strong>de</strong> Sangany,<br />
José <strong>de</strong> Figueiredo, párocho <strong>de</strong> Lavos,<br />
uma ponte <strong>de</strong> pedra <strong>de</strong> 8 kilometros<br />
<strong>de</strong> extensão, a qual atravessa um braço<br />
do concelho <strong>da</strong> Figueira <strong>da</strong> Foz.<br />
<strong>de</strong> mar pequeno <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do mar<br />
Amarello. E' <strong>de</strong> 300 o número <strong>de</strong><br />
pilares que a sustentam, ca<strong>da</strong> um dos Na quinta feira incendiou-se no Porto<br />
quaes está guarnecido com um leão a fábrica <strong>de</strong> tecidos <strong>da</strong> firma Grahm
PROBIDADE<br />
Companhia geral <strong>de</strong> seguros<br />
Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> anonyma<br />
<strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> limita<strong>da</strong><br />
CAPITAL 2.000:000(51000<br />
Rua Nova d'El-Rei, n.° 99, 4.*<br />
Lisboa<br />
Effectua seguros contra incêndios.<br />
Correspon<strong>de</strong>nte em <strong>Coimbra</strong>,<br />
Cassiano A. Martins Ribeiro.—<br />
Rua Ferreira Borges, 165, 1.°.<br />
Sulfato <strong>de</strong> cobre<br />
2 Auali<strong>da</strong><strong>de</strong> garanti<strong>da</strong><br />
V para tratamento <strong>de</strong> vinhas<br />
ven<strong>de</strong>-se por preços limitados<br />
nos estabelecimentos <strong>de</strong><br />
ferragens <strong>de</strong> João Gomes Moreira<br />
na rua <strong>de</strong> Ferreira Borges,<br />
n. os 50 e 52 (em frente ao Arco<br />
d'Almedina) e no <strong>de</strong> Moreira &<br />
Simões na mesma rua n. os 171<br />
e 173.<br />
Estabelecimento Thermai<br />
Dos mais perfeitos do país<br />
Excellentes águas mioeraes<br />
para doenças <strong>de</strong> pelle,<br />
rheumatismo, estômago,<br />
garganta, etc.<br />
RESISTENCIA — Domingo, 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897<br />
CALDAS DA FELGUEIRA<br />
CANNAS DE SENHORIM<br />
(BEIRA (BEIRA ALTA)<br />
Abertura do estabelecimento thermai em 1 <strong>de</strong> maio<br />
e fecha em 30 <strong>de</strong> novembro<br />
Abertura do Gran<strong>de</strong> Gran<strong>de</strong> Hotel Club Club em 15 <strong>de</strong> maio<br />
Gran<strong>de</strong> Hotel Club<br />
Com estação <strong>de</strong> correio e telé<br />
grapho, médico e pharmácia<br />
e casa <strong>de</strong> barbear.<br />
Magníficas accommo<strong>da</strong>çÕes<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 10200 réis,<br />
comprehen<strong>de</strong>ndo serviço, club,<br />
etc. Bónus para os médicos<br />
O Estabelecimento Thermai comprehen<strong>de</strong> 64 banheiras <strong>de</strong> l. a a 5. a classe; duas salas para duches, uma para senhoras<br />
e outra para homens, e a mais completa sala <strong>de</strong> inhalação, pulverização e aspiração, com gabinêtes annexos e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
para toilette. É sem dúvi<strong>da</strong> o melhor do reino, e mais barato. — Viagem-Faz-se to<strong>da</strong> em caminho <strong>de</strong> ferro até<br />
Cannas (BEIRA. ALTA) e d'ahi 5 kilómetros em bons carros. A estação <strong>de</strong> Cannas na linha férrea <strong>da</strong> Beira Alta está directamente<br />
liga<strong>da</strong> com to<strong>da</strong>s as linhas férreas hespanholas que entram em Portugal por Ba<strong>da</strong>joz, Cáceres, Villar Formoso, Barca<br />
d'Alva e Tuy — Para esclarecimentos: — Em L i s b o a : rua do Alecrim, n.° 125, referente ao estabelecimento balnear, e rua<br />
<strong>de</strong> S. Julião, 80, 1.°, referente ao Gran<strong>de</strong> Hotel.-«Correspondéncia para as Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Felgtieira, ao gerente <strong>da</strong> com-<br />
panhia do Gran<strong>de</strong> Hotel —As águas ene;arrafi<strong>da</strong>s ven<strong>de</strong>m-se nas pharmàcias e drogarias e no <strong>de</strong>pósito geral, PHARMA-<br />
CIA ANDRADE, rua do Alecrim, 125.—A exploração do Hotel fica êste anno a cargo <strong>da</strong> Companhia do Gran<strong>de</strong><br />
Hotel Club.<br />
JOÃO RODRIGUES BRAGA<br />
SUCCESSOR<br />
17, Adro <strong>de</strong> Cima, 20 — (Detraz <strong>de</strong> S. Bartholomeu)<br />
COIMBRA<br />
3 ârmazem <strong>de</strong> fazen<strong>da</strong>s <strong>de</strong> algodão, lã e se<strong>da</strong>. Ven<strong>da</strong>s por<br />
» junto e a retalho, Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> pannos crus.—Faz-se<br />
<strong>de</strong>sconto nas compras para reven<strong>de</strong>r.<br />
Completo sortido <strong>de</strong> coroas e bouquets, fúnebres e <strong>de</strong> gala.<br />
Fitas <strong>de</strong> faílle, moiré glacé e setim, em to<strong>da</strong>s as côres e larguras.<br />
Eças doura<strong>da</strong>s para adultos e crianças.<br />
Continúa a encarregar-se <strong>de</strong> funeraes completos, armações<br />
fúnebres e trasla<strong>da</strong>ções, tanto nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> como fóra.<br />
ESTABELECIMENTO<br />
DE<br />
FERRAGENS, TINTAS E ARMAS DE FOGO<br />
DE<br />
João Gomes Moreira<br />
80, Rua Ferreira Borges, 52 (Em frente ao Arco d'Almedina)<br />
COIMBRA<br />
foi Ilwdranii • Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>da</strong> Companhia Cabo Mon-<br />
\jal fljUlaluiWl. <strong>de</strong>go.-—Aviso aos proprietários e mestres<br />
d'obras.<br />
flwtripiriflrtp p nntira Agéílcia <strong>da</strong> casa R a m f<br />
á silva<strong>de</strong><br />
DieillIUUdue t) upiltd Lisboa, constructores <strong>de</strong> para-raios,<br />
campainhas eléctricas, oculos e lunetas e todos os mais<br />
apparelhos concernentes.<br />
Tinta* naríl nintlWK" Alvaia<strong>de</strong>s, óleos,agua-raz,crés,gesso<br />
lUlldS pcLla [11111111 (lo. vernizes, e muitas outras tintas e<br />
artigos para pintores.<br />
fimoTitno • In & lês e Cab0 Moa<strong>de</strong> S°' as melhores quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
UlIllBIllUS. que se empregam em construcções hydraulicas.<br />
Hivrorofto • Ban<strong>de</strong>jas, oleados, papel para forrar casas, moivllBISUbi<br />
nhog e torradores para café, máchinas para moer<br />
carne, balanças <strong>de</strong> todos os systemas.—Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> arame,<br />
zinco e chubo em folha, ferro zincado, aram e <strong>de</strong> to<strong>da</strong><br />
as quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
Ferragens pari construcções: »r^"eg 0 „a q e" e acT^<br />
Lisboa e Porto.<br />
PrPdflífPIUr * err0 e ararae Primeira quali<strong>da</strong><strong>de</strong> com gran<strong>de</strong>s<br />
ílwgagcllo. <strong>de</strong>scontos.—Aviso aos proprietários e mestres <strong>de</strong><br />
obras.<br />
Pntilflria ' C uti l a " a nacional e extrangeira dos melhores auwullldlldi<br />
ctores. Especiali<strong>da</strong><strong>de</strong> em cutilaria Rodgers.<br />
flaniipiwie' Cr y 8t °fl e > metal branco, cabo d'ébano e marfim,<br />
rdqueuub. completo sortido em faqueiros e outros artigos<br />
<strong>de</strong> Guimarães. h d f<br />
Louças inglesas, dfi ffirro ! Agai,* serviço completo paro<br />
mesa, lavatorio e cozinha.<br />
Armão ÁA fftón" Cara bmas <strong>de</strong> repetição <strong>de</strong> 12 e 15 tiros, re-<br />
AllildS UtJ lUgU. volvers, espingar<strong>da</strong>s para caça,os melhores<br />
systemas.<br />
A' LA VILLE DE PÃRIS<br />
Gran<strong>de</strong> Fábrica <strong>de</strong> Corôas e Flôres<br />
F. DELP0BT<br />
247, Rua <strong>de</strong> Sá <strong>da</strong> Ban<strong>de</strong>ira, 261—Porto<br />
COIMBRA<br />
5 flASA filial em Lisboa—Rua do Principe e Praça dos<br />
v Restauradores (Aveni<strong>da</strong>).<br />
Único representante era <strong>Coimbra</strong><br />
JOÃO RODRIGUES BRAGA, Successor<br />
17—ADRO DE O IMA—20<br />
Versão integral disponível COIMBRA em digitalis.uc.pt<br />
CÀLLICIDÀ<br />
Privilégio Exclusivo<br />
Extracção dos callos sem<br />
dôr em 5 dias<br />
Desconto convi<strong>da</strong>tivo<br />
para reven<strong>de</strong>r<br />
Dcpositos—Lisboa: Leandro<br />
<strong>de</strong> Freitas, rua <strong>da</strong> Prata,<br />
231; Porto, José Maria Lopes,<br />
rua do Bomjardim, 12; <strong>Coimbra</strong>,<br />
Rodrigues <strong>da</strong> Silva & C. a ; e em<br />
to<strong>da</strong>s as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e principaes<br />
villas do continente.<br />
África — Loan<strong>da</strong>, José Marques<br />
Diogo.<br />
Brasil—Rio ,<strong>de</strong> Janeiro: Silva<br />
Gomes & C. a ; Pernambuco; Guerra<br />
«Fernan<strong>de</strong>s & C. a , rua do<br />
Duque <strong>de</strong> Caxias, 47; Bahia:<br />
Francisco <strong>de</strong> Assis e Souza;<br />
Maranhão: Jorge & Santos.<br />
Exija-se nos <strong>de</strong>pósitos um<br />
prospecto que ensina o modo<br />
<strong>de</strong> usá-lo e previne as falsificações.<br />
Ha um só <strong>de</strong>pósito em<br />
ca<strong>da</strong> terra.<br />
Pedidos ao auctor: António<br />
Franco, Covilhã.<br />
Depósito <strong>da</strong> fábrica «A NACIONAL»<br />
DE<br />
BOLACHAS E BISCOITOS<br />
DE<br />
JOSÉ FRANCISCO DA CRUZ, TELLES<br />
428 — RUA FERREIRA BORGES—430<br />
"ESTE <strong>de</strong>pósito, regularmente montado, se acham á<br />
ven<strong>da</strong> por junto e a retalho, todos os productos d'aquella<br />
fábrica, a mais antiga <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, on<strong>de</strong> se recebem<br />
quaesquer encommen<strong>da</strong>s pelos preços e condições eguaes<br />
aos <strong>da</strong> fábrica.<br />
A cura <strong>da</strong> Blennorrhagia<br />
ELECTUÁRIO ANTI-BLENORRHÁGICO<br />
DO PHARMACEIJTICO<br />
T_ G-A. H . V - Ã . O<br />
Um até dois boiões d'este maravilhoso medicamento, ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro<br />
especifico, bastam na máxima parte dos casos, para curar<br />
to<strong>da</strong>s as purgações, ain<strong>da</strong> as mais antigas e rebel<strong>de</strong>s.<br />
Preço do "boião, 1$000 réis<br />
Depósito geral em Arganil na [pharmacia Galvão — Em <strong>Coimbra</strong>:<br />
drogiria Rodrigues <strong>da</strong> Silva & C. a<br />
K E l v I E I D l O S I D E A Y E E<br />
0 Remedio <strong>de</strong> AYER contra sezões.—Febres<br />
intermitentes e bliosas<br />
Peitoral <strong>de</strong> Cereja <strong>de</strong> Ayer. 0 remédio mais<br />
seguro que ha para curar a Tosse Bronchite, Aslhema<br />
e Tubérculos pulmonares.<br />
Frasco, 1(51000 réis meio frasco, 600 réis.<br />
Todos os remédios que ficam indicados sam altamente<br />
concentrados <strong>de</strong> maneira que sabem baratos, porque<br />
um vidro dura muito tempo.<br />
Pílulas Catharticas <strong>de</strong> Ayer. —0 melhor<br />
purgativo, suave, inteiramente vegetal.<br />
Frasco, l^OOO réis<br />
9 Vigor do Cabello<br />
DO DR. AYER,<br />
Para a atra efficaz e prompta <strong>da</strong>s<br />
Moléstias provenientes <strong>da</strong> im<br />
pureza do Sangue.<br />
T O N I C O O B I E N T A L<br />
Marca «Casseis»<br />
íxquisita preparação para aformosear o<br />
cabello — Extirpa to<strong>da</strong>s as affecções do cráneo, limpa<br />
e perfuma a cabeça.<br />
Agua Flori<strong>da</strong> (marca Casseis).—Perfume <strong>de</strong>licioso<br />
para o lenço, o toucador e o banho.<br />
Sabonetes <strong>de</strong> glycerina (marca Casseis).—<br />
Muito gran<strong>de</strong>s, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> superior.<br />
Á ven<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as drogarias e lojas <strong>de</strong> perfumarias.<br />
Preços baratos.<br />
Vermífugo <strong>de</strong> B. L. Fahnestock.<br />
— É o melhor remedio contra lombrigas. 0<br />
proprietário está prompto a <strong>de</strong>volver o dinheiro a<br />
qualquer pessoa a quem o remédio não faça o effeito<br />
quando o doente tenha lombrigas e seguir exactaií<br />
ente as instrucçoes.<br />
impe<strong>de</strong> que o catoello se torne branco e restaura ao oat»ello grisalho<br />
a sua vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> e foraosura.<br />
Perfeito <strong>de</strong>sinfectante e purificante <strong>de</strong> «íeyes para <strong>de</strong>sinfectar casas e latrinas,<br />
também é exce<strong>de</strong>nte para tirar goruura ou nodos <strong>de</strong> roupa, limpar metaes, e curar feri<strong>da</strong>s. —<br />
PreCO Depó°sito — James Casseis & O. 4 , rua do Mousinho <strong>da</strong> Silveira, n.« 86, Porto.<br />
CÃVÂLL0S<br />
H Wfuares,etc.;esquinéncias,<br />
"1 sobrecannas, ovas, se,<br />
paravões, manqueiras, fraquezas<br />
<strong>de</strong> pernas, etc , curam : se<br />
com o LINIMEíNTO VISICANTE<br />
COSTA, e preferível ao fogo e<br />
untura forte em todos os casos,<br />
Frasco 900 réis. Á ven<strong>da</strong> nas<br />
principaes terras.— Depósitos:<br />
Lisboa: Quintans, rua <strong>da</strong> Prata,<br />
194; Ferreira & Ferreira, rua<br />
<strong>da</strong> Junqueira, 332. Porto: Drogaria<br />
Moura, largo <strong>de</strong> S. Domingos,<br />
99.—<strong>Coimbra</strong>: Rodrigues<br />
<strong>da</strong> Silva, rua Ferreira<br />
Borges, 128.—Depósito geral:<br />
Pharmacia Costa — Sobral<br />
<strong>de</strong> Mont'Agraço.<br />
CASA PARA ARRENDAR<br />
Leonar<strong>da</strong> Forjaz, arren<strong>da</strong> a<br />
parte sul <strong>da</strong> sua casa <strong>da</strong> rua<br />
<strong>da</strong> Ilha.<br />
Recebern-se propostas, na<br />
quinta dos Platanos à Bemcanta,<br />
on<strong>de</strong> se encontram as chaves,<br />
para ser vista.<br />
Casa com quintal<br />
13 A rren<strong>da</strong>-se uma boa casa<br />
» com gran<strong>de</strong> quintal sito<br />
na rua João Cabreira n.° 21<br />
Pô<strong>de</strong> ser vista <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 14 <strong>de</strong><br />
maio em diante.<br />
Para tratar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já com o<br />
seu dono, rua do Viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
Luz 60.<br />
Caixeiro<br />
14 fnnocéucia «& Sofori-<br />
1 nho, rua <strong>de</strong> Ferreira<br />
Borges, precisam <strong>de</strong> um caixeiro<br />
para mercearia, a quem<br />
dám bom or<strong>de</strong>nado, merecendo-o.<br />
Tratamento <strong>de</strong> moléstias <strong>da</strong><br />
bocca e operações <strong>de</strong><br />
cirurgia <strong>de</strong>ntária<br />
Cal<strong>de</strong>ira <strong>da</strong> Silva<br />
Cirurgião <strong>de</strong>ntista<br />
Heroulano Carvalho<br />
Medico<br />
R. <strong>de</strong> Ferreira Borges (Calça<strong>da</strong>), 174<br />
ISflonsultas todos os dias<br />
V <strong>da</strong>s nove <strong>da</strong> manhã ás<br />
3 horas <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>.<br />
Vinho e aguar<strong>de</strong>nte puros<br />
DA<br />
Quinta <strong>da</strong> Pedrancha<br />
Rua do Loureiro<br />
Vinho tinto—litro 80 réis.<br />
Dez litros—700 réis.<br />
VINHO BRANCO<br />
Chablis <strong>de</strong> 1895 —litro 160<br />
réis.<br />
Dito, garrafa — 120 réis.<br />
Aguar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> vinho, <strong>de</strong> 20°<br />
Cart. —litro 320 réis.<br />
"BESISTENCIA,,<br />
PUBLICA-8E AOS DOMINGOS<br />
E QUINTÀ8-FEIRÁ8<br />
Re<strong>da</strong>cção e Administração<br />
ARCO D'ALMEDINA, 6<br />
EDITOR = Joaquim Teixeira <strong>de</strong> Sá<br />
Condições <strong>de</strong> assignatura<br />
(PAGA ADIANTADA)<br />
Com estampilha:<br />
Anno 2)5700<br />
Semestre 10350<br />
Trimestre 680<br />
Sem estampilha:<br />
Anno 2^400<br />
Semestre 10200<br />
Trimestre 600<br />
A N N U N C I O S<br />
Ca<strong>da</strong> linha, 30 réis—Repetições,<br />
20 réis—Para os srs. assignmtes,<br />
<strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 50 p. c.<br />
L 1 V B O S<br />
Annunciam-se gratuitamente<br />
todos aquelles com cuja remessa<br />
êste jornal fôr honrado.<br />
Ty|. I. taif* A»ad«—«UURA
N.° 234 COIMBRA—Quinta fçira, 20 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897<br />
A FEBOCIDADE DO EGOÍSMO<br />
á falia <strong>de</strong> penali<strong>da</strong><strong>de</strong>s legaes, os<br />
nomes d esses pusilânimes sejam<br />
publicados, para sobre elles recair<br />
o labéu infamante do <strong>de</strong>sprêzo público<br />
!<br />
LAGARTOS AO SOL<br />
Centro Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> Republicana<br />
promette uma extraordinária impo<br />
néncia.<br />
Que essa manifestação seja o início<br />
<strong>de</strong> alguma coisa mais do que<br />
ribombar <strong>da</strong> rhetóricae o fuzilar do<br />
palavriado sam os únicos e mais<br />
ar<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>sejos cie todo o pôvo "por<br />
tuguês.<br />
HEROES<br />
A opinião <strong>da</strong> imprensa <strong>de</strong> Paris<br />
revolta-se indigna<strong>da</strong> contra o pro-<br />
Aqui têem os senhores uma coi-<br />
Um plumitivo mancebo, ambicedimento<br />
covar<strong>de</strong>e<strong>de</strong>shumano dos<br />
sa que me faz espanto: — que seja<br />
cioso e sem escrúpulos, preparando<br />
janotas, pela maior parle perten-<br />
justamente nesta epocha <strong>de</strong> dissocentes<br />
á aristocracia francêsa, quê<br />
A G A R A N T I A o memorial, que terá em breve <strong>de</strong><br />
lução e <strong>de</strong>cádéncia^que" entreq <strong>de</strong><br />
se achavam no bazar <strong>de</strong> cari<strong>da</strong><strong>de</strong>, Diz um nosso collega <strong>de</strong> Lisboa<br />
apparecer heroes por to<strong>da</strong> a parte<br />
submelter á benigni<strong>da</strong><strong>de</strong> do minis-<br />
no momento do pavoroso incêndio. que se annuncía, para breve, a en-<br />
on<strong>de</strong> as armas portuguêsas se distro,<br />
continúa na Or<strong>de</strong>m, jornal ca-<br />
Na quasi totali<strong>da</strong><strong>de</strong>, as víctimas tra<strong>da</strong> d'uma gran<strong>de</strong> esquadra ingleparam<br />
contra o pôvo rebel<strong>de</strong> <strong>da</strong>s<br />
d'esta medonha hecatombesam musa no Tejo.<br />
thólico, a vociferar rábido contra a<br />
nossas colónias. Faz-me isto <strong>de</strong>slheres<br />
1<br />
E a Inglaterra que se prepara jacobinagem republicana.<br />
Circulam os boatos mais enconconfiar <strong>da</strong> authentici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tanto<br />
trados ácêrca do empréstimo.<br />
E nos entulhos não se encontrou para abafar os clamôres d'um pôvo<br />
heroe, com retrato no Século e ain-<br />
Com gran<strong>de</strong>s berros a fingir-se<br />
nem um chapéu <strong>de</strong> homem, nem espoliado, garantindo, pela bôcca<br />
Sobre o quantitativo d'elle variam <strong>da</strong> noutros papeis... aliás sem se-<br />
convicto; gran<strong>de</strong>s punha<strong>da</strong>s a si-<br />
uma bengala I<br />
dos canhões dos seus couraçados, a<br />
as versões entre oito e oitenta mi rem <strong>de</strong> crédito.<br />
Todos os homens <strong>da</strong> alta socie- coasummação <strong>da</strong> suprêma infâmia. mular indignação, e chumaços <strong>de</strong> contos. Relativamente a garantias Está pela hora <strong>da</strong> amargura o<br />
<strong>da</strong><strong>de</strong>, que ahi se achavam, fugiram Não po<strong>de</strong>m restar dúvi<strong>da</strong>s ao palha a <strong>da</strong>r-se ares <strong>de</strong> corpulência<br />
têem-se arranjado nos caminhos <strong>de</strong> preço <strong>da</strong> heroici<strong>da</strong><strong>de</strong> portuguêsa, a<br />
ao primeiro alarme; e ha casos <strong>de</strong> pôvo português.<br />
ferro do Estado, nos monopólios do avaliar pelo processo fácil com que<br />
athlética, o intrujão banal preten<strong>de</strong><br />
uma selvageria incomprehensivel e Tem assento no thrôno um so-<br />
tabaco e dos phósphoros, nos ren se celebrísam patuscos que vam á<br />
<strong>da</strong>r nas vistas, ser notado e por-<br />
atroz: senhoras aggredi<strong>da</strong>s e prosbrinho <strong>da</strong> rainha Victoria. Presi<strong>de</strong><br />
dimentos alfan<strong>de</strong>gários, na ven<strong>da</strong> Ásia e á África ganhar a vi<strong>da</strong>, em<br />
tra<strong>da</strong>s, porque embaraçavam a pas- a um gabinete <strong>de</strong> traidores o hoventura temido!<br />
<strong>de</strong> Lourenço Marques e não sabe- vez <strong>de</strong> par#lá irem, á antiga, exsagem<br />
a êsses bravos 1<br />
mem do tratado <strong>de</strong> Lourenço Mar- Pelo visto, dois aggravos princimos<br />
já em que mais.<br />
pôr-se á morte. Qualquer que, por<br />
Uma religiosa <strong>de</strong>sfalleci<strong>da</strong> perto ques e do ultimatum <strong>de</strong> 1890.<br />
De positivo sabe-se que o gover- empenho graúdo, obteve passagem<br />
palmente assanham e engasgam no pensa em o contrair, que tem a bordo do Admirai ou do Von Bis-<br />
do torniquete <strong>da</strong> entra<strong>da</strong>, foi esma- E lempo <strong>de</strong> preparar.<br />
paladino chibante: 1.°—porque os havido negociações a êsse respeito marck, ê raro que não traga para o<br />
ga<strong>da</strong> sob os pés dos medrosos em Não ha esquadras, por mais po-<br />
<strong>de</strong>ban<strong>da</strong><strong>da</strong>.<br />
tentes, que consigam abafar o direi jornalistas republicanos atacam sys com a alta finança extrangeira, que reino informação condigna para a<br />
não ha quem se preste a <strong>da</strong>r-nos<br />
Uma senhora, que tentava abrir to d'um pôvo livre.<br />
temáticamente os homens do go-<br />
Torre e Espa<strong>da</strong>, com o direito ad-<br />
um ceitil sem garantias especiaes e quirido <strong>de</strong> figurar no Século em ga-<br />
uma janella, foi violentamente arverno;<br />
2.°—porque a imprensa re- que, até com estas, as condições do leria <strong>de</strong> heroes!<br />
ranca<strong>da</strong> a esta tentativa <strong>de</strong> salva- O reclamo d.o crime publicana não inventa soluções ao empréstimo sam altamente ruino Assim fica a gente espanta<strong>da</strong>,<br />
ção por um grupo <strong>de</strong> quatorze cavalheiros,<br />
que se puseram a salvo Tem continuado, em Lisboa ( problema <strong>da</strong> crise nacional! sas.<br />
não raras vezes, <strong>de</strong> vêr como é fá-<br />
primeiro que ella!<br />
arredores, a série <strong>de</strong> assassinatos Chega-se, em última anályse, á<br />
Sabe-se lambem que, se o go cil lá fora fazer <strong>de</strong> um poltrão um<br />
Os poltrões lactavam braço a<br />
e tentativas <strong>de</strong> assassinato, por<br />
verno não obtiver um empréstimo valente, e <strong>de</strong> qualquer Jean Foutre<br />
conclusão <strong>de</strong> que o esperançoso<br />
braço e á bengala<strong>da</strong>, para se <strong>de</strong>s<br />
motivos <strong>de</strong> ciúmes.<br />
importante, abandonará o po<strong>de</strong>r um D. João <strong>de</strong> Castro!<br />
embaraçarem <strong>de</strong> sennorás, que lhes S Esta m1ineira~4e4iq.oi<strong>da</strong>r (^^Sp guar<strong>da</strong> suisso só acharia toleráveis <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> poucos mêses, pela im- Meninos^ gue eu conheci em Lis-<br />
dificultavam a evasão 1...<br />
tões amorosas e <strong>de</strong> adquirir celebri- os repQblitandffsTellés fossem <strong>de</strong>possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> satisfazêP'compr(^ToTcabú a rir dos ursos na<br />
5<br />
Êstes factos e muitos outros,<br />
<strong>da</strong><strong>de</strong> nos jornaes <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> circu-<br />
missos inadiáveis, e que ha quem<br />
votados ao jôgo <strong>da</strong> monarchia!<br />
olytéchnica e a <strong>da</strong>r manteiga aos<br />
egualmente ignóbeis e revoltantes,<br />
lação é profun<strong>da</strong>mente asquerosa<br />
se esteja preparando para o substi- "entes, namorando-lhes as filhas e<br />
O pequeno scelerado lá tem fis-<br />
estám sendo apurados pelo juiz <strong>de</strong><br />
Indivíduos sem as mais rudimentuir.<br />
comprando livros novos <strong>de</strong> Physica<br />
instrucção do inquérito.<br />
tares noções <strong>de</strong> morali<strong>da</strong><strong>de</strong>, sem gado o seu plano I<br />
Não faltarám assim servidores ao sr. Vi<strong>da</strong>l— livros caros como o<br />
E é profun<strong>da</strong>mente edificante o<br />
brios, sem digni<strong>da</strong><strong>de</strong>, sem consciên- Assim se começa pela gymnástica monarchia, nem no próprio momen- diabo! — para lhe adoçar a bôcca,<br />
contraste do egoismo d'êsses polcia,<br />
não pó<strong>de</strong>m ter jus ao reclamo, <strong>da</strong> bajulação a <strong>de</strong>sarticular a dito<br />
<strong>da</strong> liqui<strong>da</strong>ção; não faltará quem )ropiciando-o generosamente nas<br />
trões, que taes vilezas commettiam,<br />
embora triste e <strong>de</strong>sprezível, <strong>da</strong> im-<br />
esteja disposto a explorar até á úl- aulas, foram agora á África e d'alli<br />
gni<strong>da</strong><strong>de</strong>, em benefício <strong>da</strong> ociosi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
enquanto que a gente <strong>da</strong> plebe corprensa<br />
periódica.<br />
tima êste <strong>de</strong>sgraçado país.<br />
voltaram com carregação <strong>de</strong> louros,<br />
ria a affrontar o perigo e a praticar Longe <strong>de</strong> buscarem no exemplo e do estômago.<br />
O facto facilmente se explica. ^ergunta-se como arranjaram a coi-<br />
actos d'uma coragem e d'uma <strong>de</strong>- <strong>de</strong> outros miseráveis a sufíiciente Com gente nova d'esta têmpera, Tem sido tal a indifferença com sa? Quando Deus quer, ás vezes,<br />
dicação sem limites.<br />
repulsão pela prática dos actos a<br />
que a nação tem assistido aos cri- )or idênticos processos aos usados<br />
religiosa por cálculo, conservadora<br />
Ha senhoras espanca<strong>da</strong>s e lace-<br />
que elles <strong>de</strong>sceram, tiram <strong>da</strong> abjecmes<br />
praticados pelos seus dirigen aqui; com a differença apenas que,<br />
)or especulação, as instituições esra<strong>da</strong>s,<br />
que conhecem os seus malção<br />
um incentivo para a mesma<br />
tes, <strong>de</strong> que <strong>de</strong>riva a miserável si- jor não serem já meninos nem esfeitores<br />
e se recusam generosamen-<br />
fórma <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r.<br />
ám servi<strong>da</strong>s!!...<br />
tuação em que se encontra, que u<strong>da</strong>ntes, em logar <strong>de</strong> amanteigate<br />
a <strong>de</strong>nunciá-los.<br />
E' por isso que nos collocamos ao Na e<strong>da</strong><strong>de</strong> em que & ardência im- poucos acreditam já num movimenrem professores, se enten<strong>de</strong>ram, é<br />
Sabia-se que a aristocracia dou-<br />
lado dos que combatem as espalhato<br />
<strong>de</strong> energia que a leve a punir claro, com o commissário régio ou<br />
)etuosa do espírito, sem o correra<strong>da</strong>,<br />
enfraqueci<strong>da</strong> na ociosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
fatosas narrações dos periódicos,<br />
<strong>de</strong>sapie<strong>da</strong><strong>da</strong>mente quem tam vil- com o governador <strong>da</strong> colónia. Pasctivo<br />
<strong>da</strong> experiência, impelle ás mais<br />
vi<strong>da</strong> inútil, tinha por única missão<br />
por prejudiciaes á boa morali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
mente a sacrificou.<br />
saram <strong>de</strong> meninos a meninos, que é<br />
malbaratar nas prodigali<strong>da</strong><strong>de</strong>s do<br />
d'um pôvo que procura no escân- generosas e revolucionárias aspira- Se até parece que nem a ameaça como quem diz: — houveram por<br />
gôso e nos escan<strong>da</strong>los do luxo, as<br />
<strong>da</strong>lo <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> um entretenições, estamos vendo d'êstes exem- d'uma administração extrangeira, a )em medrar na intrujice.<br />
opulências bem ou mal her<strong>da</strong><strong>da</strong>s,<br />
mento para as horas d'ócio, um )lares, que por ahi borbulham, <strong>de</strong>- sujeição d'um país que a história Que isto, afinal, é vulgar e prócom<br />
a tabolêta heráldica <strong>da</strong>s aven-<br />
exemplo para seguir em circunstân-<br />
diz heroico a uma tutela vergonhoormisados<br />
pela relaxação moral <strong>da</strong><br />
)rio do regimen: —vêr a gente os<br />
turas e façanhas cavalleirosas dos<br />
cias idênticas, e um espelho on<strong>de</strong><br />
síssima, <strong>de</strong>termina um protesto pa- inórios traçarem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o princípio<br />
avoengos.<br />
<strong>de</strong>va refleclir-se o dia d amanhã. avi<strong>de</strong>z, a farejarem o interesse, em triótico, vehemente e unísono! linha <strong>de</strong> conducta 8 irem furando<br />
público tirocínio <strong>de</strong> baixêzas e por- Embora sejam assustadores al- sempre e persistentemente, á custa<br />
Sabia.-se que êsses representantes<br />
<strong>de</strong> raças extinctas, <strong>de</strong>bilitados e<br />
carias!guns<br />
symptomas, nós nunca duvi- <strong>da</strong> sem-vergonha e <strong>da</strong> ignorância<br />
Coisas <strong>da</strong> santa igreja<br />
<strong>da</strong>mos <strong>de</strong> que o país, embora já au<strong>da</strong>z. Ahi on<strong>de</strong> houver um nicho<br />
entorpecidos pela sacie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> to-<br />
Porque lhes fallecem sentimendos<br />
os prazêres, não sam por to<strong>da</strong><br />
O bispo do Algarve suspen<strong>de</strong>u,<br />
ardiamenle, ha <strong>de</strong> fazer inteira jus- ou coisa apetitosa <strong>de</strong> roer, elles lá<br />
a parle mais que perniciosos exem-<br />
<strong>de</strong> or<strong>de</strong>ns e <strong>de</strong> jurisdicção, por tos nobres <strong>de</strong> inteirêza, <strong>de</strong> abnegaiça a quem cavou a sua ruína, e se apresentam requerendo — os fuplos<br />
perante as energias do século,<br />
quinze dias, um párocho <strong>de</strong> Olhão ção è <strong>de</strong> coragem; porque em tam >raticar os mais heroicos sacrifícios ra-vi<strong>da</strong>s—fiados nos empenhos que<br />
em que só é legítima a nobrêza <strong>da</strong><br />
por ter <strong>da</strong>do sepultura em sagrado<br />
)ara reconquistar, com uma mu<strong>da</strong>n-<br />
ver<strong>de</strong>s annos comprehen<strong>de</strong>ram, com<br />
arranjam como uns catitas.<br />
intelligéncia e do trabalho.<br />
a um velho que se suicidou.<br />
ça <strong>de</strong> regimen, a sua liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
a sagaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> precoces facíno-<br />
Figuram o país um queijo — el-<br />
Porque não suspen<strong>de</strong>u o sr.<br />
acção. E talvez nlo esteja muito dises os ratos.<br />
O que não po<strong>de</strong>ria prevêr-se é<br />
Gar<strong>de</strong>al-patriarcha o prior <strong>de</strong> S. ras, que é pela adulação e pela tante o momento em que isso se dê. Ambiciosos, atiram-se a tudo, in-<br />
que <strong>de</strong>ntro dos peitos espartilhados<br />
d'êsses alfenins <strong>de</strong> sangue azul não<br />
Sebastião <strong>da</strong> Pedreira quando, ha mentira, que, nêste regimen <strong>de</strong> la- O projectado empréstimo pô<strong>de</strong> usivè ao logar <strong>de</strong> heroe, que ó<br />
pulsasse um coração semelhante ao<br />
annos, <strong>de</strong>u sepultura em sagrado drões e <strong>de</strong> servis, os au<strong>da</strong>ciosos e razer muitas surprêsas...<br />
agora mo<strong>de</strong>rno nos <strong>de</strong>spachos.<br />
dos outros homens, para <strong>de</strong>ixarem,<br />
um dos nossos mortos illustres,<br />
cynicos po<strong>de</strong>m trepar e luzir!...<br />
Isto faz que a gente <strong>de</strong> mérito se<br />
ante uma <strong>de</strong>sgraça <strong>de</strong> tal or<strong>de</strong>m, <strong>de</strong><br />
contra a expressa <strong>de</strong>terminação do<br />
retraia, por se não emparceirar com<br />
correr em auxílio <strong>de</strong> fracas crealu-<br />
finado?<br />
ali*<br />
Eschóla Livre <strong>da</strong>s Artes do Desenho elles; attenta, para mais, a circunras,<br />
que se <strong>de</strong>batiam entre todos os E porque não se cumpre com<br />
i stância <strong>de</strong> falharem padrinhos, qua-<br />
horrores!<br />
tanto rigor a lei cathólica, por todo PARTIDO REPUBLICANO De novo <strong>de</strong>sperta a iniciativa e si sempre, a quem não an<strong>da</strong> feito<br />
esse país, on<strong>de</strong> taes casos se repe-<br />
o enthusiasmo d'esta prestantíssima com a maroteira do regimen ou <strong>da</strong><br />
Assim se portaram os pimpôlhos<br />
tem continuamente?<br />
Deve realizar-se no primeiro do- associação.<br />
política e a quem não tem a ventu-<br />
brazonados <strong>de</strong> troncos sêccos, os<br />
mingo, em Lisboa, um comício <strong>de</strong> Trata-se <strong>da</strong> sua reorganização, ra <strong>de</strong>, por si ou por outrem, arran-<br />
mais lídimos sustentáculos dos pri-<br />
protesto contra quaesquer planos <strong>de</strong> fórma a continuar a sua obía <strong>de</strong> jar cara lin<strong>da</strong> para lhe servir <strong>de</strong><br />
vilégios, do ultramontanismo e do Sáe brevemente para a capital o governativos que tenham por fim a propagan<strong>da</strong> artística inspira<strong>da</strong> pe- empenho.<br />
realismo absoluto!..,<br />
sr. dr. Pereira Dias, governador ci- alienação <strong>de</strong> território português. as honrosas tradicções do seu pas-<br />
A imprensa vae até reclamar que,<br />
Que hoje—isto é sabido — quem<br />
vil d'êste districto.<br />
Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />
O comício, que é promovido pelo sado.<br />
nlo tiver uma sata (ou coiea que q<br />
\
valha), morre moiro. O tempo vae<br />
<strong>de</strong> truz a calbar p'ro feminino.. .<br />
ou entám p'ra cathólica, que também<br />
é fêmea.<br />
Pô<strong>de</strong> a gente estu<strong>da</strong>r, ir a concursos;<br />
que, se não tiver outra pren<strong>da</strong><br />
com que se faça valer além do<br />
merecimento, é certo que per<strong>de</strong>u<br />
tempo e trabalho em preparar-se.<br />
Haja em vista os concursos.<br />
x<br />
Eu não quero dizer — seria toli-<br />
ce e má fé — que do estôfo <strong>de</strong> um<br />
estu<strong>da</strong>nte pân<strong>de</strong>go se não possa ás<br />
vezes fazer um homem <strong>de</strong> valor ás<br />
direitas. Fallo aqui sómente do intrujão<br />
precoce e sem emen<strong>da</strong>. De<br />
resto, todos nós conhecêmos <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
a vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> rapazes um ou outro<br />
exemplar d'esta espécie d'aves; que<br />
não sam mui raras — cela va sans<br />
dire.<br />
Um dia, já ha tempo, appareceu-me<br />
na praia on<strong>de</strong> eu estava a<br />
banhos ou 'a qualquer outra coisa,<br />
um patusquinho d'estes com a fiti<br />
nha <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m. O caso era d'espanto<br />
para mim, que ha seis mêses<br />
o vira, disposto como sempre a não<br />
fazer obra séria que merecesse um<br />
ochavo, quanto mais aquillo <strong>da</strong><br />
distincção official com uma cruz <strong>de</strong><br />
mérito.<br />
—Foi engano, por força, repon<br />
tei-lhe eu.<br />
— Quem não sabe ser loja fecha<br />
o mestre, replicou-me o finório invertendo<br />
os termos ao prolóquio,<br />
como tinha d'hábito.<br />
Fôra o caso, em summa, que alguém<br />
se tinha distinguido por elle<br />
lá nos plainos d'Africa, d'on<strong>de</strong> entám<br />
era vindo a gosar a massa que<br />
ajuntara intrujando,e a pavonear-se<br />
com a fita que arranjara pela mesma.<br />
Outro se distinguira por elle,<br />
outro <strong>de</strong> quem se não sabe o nome.<br />
..<br />
É assim êste mundo, ou antes<br />
esta terra <strong>de</strong> exploradores, on<strong>de</strong> a<br />
coisa mais falsa e menos séria que<br />
conheço é a lei fun<strong>da</strong>mental que<br />
nos governa.<br />
Ninguém me tira <strong>da</strong> cabeça a<br />
persuasão em que estou — <strong>de</strong> que<br />
é o próprio interesse monárchico<br />
quem está inventando d'êsles heroes,<br />
para se acolher por um pouco<br />
á sçmbra d'elles.<br />
É bom que o país comece a <strong>de</strong>sconfiar<br />
<strong>de</strong> tanta heroici<strong>da</strong><strong>de</strong> imprevista,<br />
como já <strong>de</strong>sconfia ha muito<br />
<strong>de</strong> tanta intrujice do regimen.<br />
Nem tudo o que lá vem pintado<br />
nos papeis, sam figuras reaes <strong>de</strong><br />
ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro valor... Nem tudo sam<br />
Mousinhos, Cal<strong>da</strong>s Xavier ou San-<br />
ches <strong>de</strong> Miran<strong>da</strong>. Ha por lá muito<br />
heroe falsificado.<br />
Nem pô<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser.<br />
Braz <strong>da</strong> Serra.<br />
«At<br />
Doutoramento<br />
No domingo próximo será conferido<br />
o grau <strong>de</strong> Doutor em Direito<br />
ao nosso iilustre amigo, sr. Fran<br />
cisco Joaquim Fernan<strong>de</strong>s, académi<br />
co talentôso e moço já hoje <strong>de</strong> lar<br />
go sabêr e bello futuro.<br />
Cumprimentámos o nosso amigo<br />
pelo seu triumpho académico, cer<br />
tos como estámos <strong>de</strong> que s. ex. a<br />
pelo seu talento e singulares facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> trabalho, é um dos novos<br />
com quem <strong>de</strong> futuro mais se po<strong>de</strong>rá<br />
contar.<br />
Esteve nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> o sr. Lino d'As<br />
aumpção, visitando os principaes mo<br />
numentos e concentrando, <strong>de</strong>mora<strong>da</strong><br />
mente, a sua observação no museu<br />
archi-episcopal<br />
Velba.<br />
e nas obras <strong>da</strong> Sé<br />
Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />
RESISTENCIA — Quinta feira, 10 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1897<br />
Carta <strong>da</strong> Figueira<br />
17 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 97.<br />
Obra <strong>de</strong> mau gosto, os nossos paços<br />
do concelho, dissémos na nossa carta<br />
anterior.<br />
E realmente crêmos que se pô<strong>de</strong><br />
percorrer êsse Portugal todo <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
Melgaço ao Cabo <strong>de</strong> Santa Maria, sem<br />
encontrar edifício tam ridículo.<br />
Não obe<strong>de</strong>cendo a nenhum estylo <strong>de</strong><br />
architectura, <strong>de</strong>via pelo menos o plano<br />
geral ser sensato. Escusava <strong>de</strong> ser tam<br />
enfeitado, ter tanta cimalha, tanta cor-<br />
nija, tantos relêvos, e apresentar um<br />
aspecto correcto e simples que não of-<br />
fen<strong>de</strong>sse a vista e que teria a gran<strong>de</strong><br />
vantagem <strong>de</strong> custar muito menos dinheiro.<br />
Mas quem pensa em tal.<br />
Era preciso que a actual câmara <strong>de</strong>ixasse<br />
um monumento dos seus serviços<br />
à terra, um signal <strong>da</strong> sua passagem<br />
gloriosa, e por isso fez-se esta<br />
Sensaboria <strong>de</strong> mármore ou antes esta<br />
estupi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> pedra, e as estra<strong>da</strong>s que<br />
estejam intransitáveis e cheias <strong>de</strong> barrancos,<br />
as ruas no mesmo estado, perigosas<br />
e repugnantes, o jardim convertido<br />
num viveiro <strong>de</strong> <strong>diversas</strong> castas<br />
d'árvores quando não era êste o<br />
seu <strong>de</strong>stino, etc., etc.<br />
Voltando aos paços, a facha<strong>da</strong> do lado<br />
<strong>da</strong> rua S. Thomaz é o mais feio que<br />
é possível, parece a bôcca d'um forno.<br />
Do lado <strong>da</strong> doca, aquella gran<strong>de</strong> janella<br />
ao meio e as duas torrinhas lateraes<br />
fazem lembrar uma d'aquellas casas <strong>de</strong><br />
papelão que se ven<strong>de</strong>m para as crean<br />
ças brincarem, e <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> qual ha<br />
umas rodinhas que vam fazendo apparecer<br />
diversos animaes logo que se<br />
faça an<strong>da</strong>r uma manivella.<br />
A facha<strong>da</strong> do lado do rio que <strong>de</strong>via<br />
ser a mais bem estu<strong>da</strong>ria e que <strong>de</strong>via<br />
ficar mais vistosa é d'um effeito <strong>de</strong>tes<br />
tavel. O primeiro an<strong>da</strong>r, mais alto que<br />
o rez-do-chão, esmaga-o completamente;<br />
lembra um homem <strong>de</strong> tronco muito<br />
forte e pernas muito curtas. Os or<br />
natos <strong>da</strong>s cimalhas sam d'um mau gosto<br />
sem classificação. Aquellas três por<br />
tas do lado do rio estám enterra<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />
todo; <strong>de</strong>viam ter, pelo menos, 4 ou<br />
<strong>de</strong>graus, <strong>de</strong> modo que o pivimento ficasse<br />
muito mais elevado que a rua.<br />
Em resumo, os paços é ura <strong>de</strong>sastre<br />
completo que chega a fazer com que<br />
a gente se envergonhe <strong>de</strong> ser flgueireose.<br />
Tem o juizo a ar<strong>de</strong>r <strong>de</strong>certo<br />
quem quer que <strong>de</strong>lineou e mandou<br />
executar tal obra prima ! E lembrarmo<br />
nos <strong>de</strong> que só um terramotosinho<br />
nos livrará d'aquella estupi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> pedra!<br />
Da peça original qne foi à scena no<br />
theatro do Gymnásio-Club não sabêmos<br />
que dizer <strong>de</strong>pois <strong>da</strong>s duas formidáveis<br />
engraixa<strong>de</strong>llas (é o têrmo) que appa<br />
receram nos dois jornaes <strong>da</strong> terra.<br />
Está realmente bem posta em scena<br />
e o <strong>de</strong>sempenho foi bom em geral, mas<br />
tem muitos <strong>de</strong>feitos, entre outros o<br />
ciou <strong>da</strong> peça que é quasi obsceno, o<br />
<strong>de</strong>sfecho que se precipita d'uma ma<br />
neira forçadíssima e os typos sem na<br />
turali<strong>da</strong><strong>de</strong>; por exemplo o typo do mor<br />
gado que po<strong>de</strong>ria ser um Portugal ve<br />
lho, bem estu<strong>da</strong>do, agra<strong>da</strong>vel pela sua<br />
ru<strong>de</strong> franquêza característica, portu<br />
guês, emfim, é um sujeito que só pen<br />
sa em casar o sobrinho com um bom<br />
dote e na<strong>da</strong> mais.<br />
E <strong>de</strong>pois aquella idéa <strong>de</strong> fazer pas<br />
sar aquelle enrêdo na Estra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Bra<br />
ga é suggestiva, lembra-nos a Estra<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong> Braga, pelo sr. Alberto Damasco —<br />
como dizia o Fialho d'Almei<strong>da</strong>.<br />
O Calor e o tempo <strong>de</strong> verão que tem<br />
feito ultimamente já convi<strong>da</strong> a tomar<br />
banhos e já se ostentam na praia a<br />
gumas barracas. Consta que estám já<br />
muitas casas aluga<strong>da</strong>s e que a epocha<br />
será bôi.<br />
Proseguem com activi<strong>da</strong><strong>de</strong> as obras<br />
no Casino Peninsular.<br />
Promette êste anno haver uma festa<br />
rija a S. João. Bom será, pois muito<br />
lucra a Figueira com o gran<strong>de</strong> nUme<br />
ro <strong>de</strong> forasteiros que aqui se reúnem<br />
Para a próxima carta dirêmos alguma<br />
coisa a êste respeito»<br />
Ary &Argy%<br />
2STo O r i e n t e<br />
Na Grécia e na Turquia accenua-se<br />
um notável movimento <strong>de</strong><br />
reacção contra os projectos <strong>de</strong> paz,<br />
e a mediação <strong>da</strong>s potências. Naquela,<br />
porque ain<strong>da</strong> ha esperanças <strong>de</strong>,<br />
com uma nova táctica militar, po<strong>de</strong>r<br />
ain<strong>da</strong> pôr-se a salvo a honra <strong>da</strong><br />
jan<strong>de</strong>ira e fazer pagar caro ao sultão<br />
as victórias alé aqui obti<strong>da</strong>s;<br />
nesta, porque cm face <strong>da</strong>s vantagens<br />
obti<strong>da</strong>s pelas tropas musulmanas,<br />
aguar<strong>da</strong>va-se o movimento <strong>de</strong><br />
avanço, num caminho <strong>de</strong> successivos<br />
triumphos, até ás portas <strong>de</strong><br />
Athenas.<br />
* A maioria dos correspon<strong>de</strong>nes<br />
extrangeiros resi<strong>de</strong>ntes na Grécia,<br />
consagra gran<strong>de</strong>s elogios ao general<br />
grêgo Smolenski, cuja capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
militar contrasta com a inaptidão<br />
dos <strong>de</strong>mais caudilhos.<br />
Consi<strong>de</strong>ram-se como um gran<strong>de</strong><br />
successo militar a sua retira<strong>da</strong> e a<br />
<strong>de</strong>saggregação <strong>de</strong> forças feita sob<br />
as suas or<strong>de</strong>ns, fazendo sorti<strong>da</strong>s aos<br />
regimentos inimigos.<br />
* Parti<strong>da</strong>s irregulares <strong>de</strong> cavalaria<br />
grega atacam os turcos na<br />
Thessália, interceptam os comboios,<br />
difficultam os aprovisionamentos, e<br />
causam contínuas baixas aos invasôres.<br />
* O governo grêgo <strong>de</strong>clarou aos<br />
embaixadores <strong>da</strong>s potências não se<br />
achar disposto a suspen<strong>de</strong>r as hostili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
enquanto os turcos não<br />
cessarem <strong>de</strong> combater.<br />
* Os jornaes russos fazem constar<br />
as graves difficul<strong>da</strong><strong>de</strong>s com que<br />
haverám <strong>de</strong> tropeçar as potências<br />
para o estabelecimento <strong>de</strong>finitivo<br />
<strong>da</strong>s bases <strong>de</strong> paz entre a Grécia e a<br />
Turquia. Esta última parece estar<br />
disposta a acceitar o statu quo anterior<br />
á guerra; mas não sê moMra<br />
disposta a abandonar os territórios<br />
que as suas tropas occupam, sem<br />
conseguir, préviamente, uma in<strong>de</strong>mnisação,<br />
allegando, para o caso,<br />
os enormes sacrifícios, que a cam<br />
panha lhe impôs.<br />
Por um lado, a Europa não po<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reconhecer á Turquia<br />
direito <strong>de</strong> corrigir uma in<strong>de</strong>mnização;<br />
mas, por outro, como ha <strong>de</strong><br />
Grécia satisfazê-la, <strong>de</strong> mais a mais<br />
tam <strong>de</strong> prompto?!...<br />
Novo barranco a abrir-seno ca<br />
minho <strong>da</strong> diplomacia.<br />
* Seguem os últimos telegram-<br />
mas:<br />
Athenas, 18, < — 0 sr. Ralli, presi<br />
<strong>de</strong>nte do conselho, <strong>de</strong>clarou aos mi<br />
nistros <strong>da</strong>s potências fe<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s, que,<br />
se o armistício tar<strong>da</strong>r a celebrar-se,<br />
fará um appello aos grêgos para a<br />
guerra a todo o transe.<br />
Constantinopla, 18, n. — Um cruza<br />
dor e um barco torpe<strong>de</strong>iro turcos apre<br />
saram' quinze navios <strong>de</strong> vela grêgos<br />
que se entregavam á pirataria no Archipélago.<br />
Theatro Príncipe Real \<br />
Subiu hontem á scena, nêste<br />
theatro, o notável drama <strong>de</strong> Pinheiro<br />
Chagas A Morgadinha <strong>de</strong> Val-Flôr.<br />
O drama, que já conhecíamos<br />
por uma leilura, está bem <strong>de</strong>lineado,<br />
e tem scenas ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente empolgantes.<br />
Mol<strong>da</strong>do na velha eschóla roman<br />
tica, nem por isso <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> apre<br />
ciar-se aquelles raptos <strong>de</strong> eloquência<br />
que o auctor põe na bôcca dos<br />
principaes personagens, envolvendo<br />
o trágico <strong>da</strong>s situações em sonhos<br />
d'uma poesia ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente encantadora.<br />
O <strong>de</strong>sempenho foi razoavel.<br />
A<strong>de</strong>lina Ruas <strong>de</strong>u-nos uma morgadinha<br />
muito tolerável, apezar <strong>da</strong><br />
falla. <strong>de</strong> estudo e <strong>de</strong> observação <strong>de</strong><br />
que se resente todo o seu trabalho.<br />
A'parte uns senões, taes como o <strong>de</strong><br />
fallar para os espectadores <strong>de</strong>sprezando<br />
os personagens que a ro<strong>de</strong>iam,<br />
mantem-se regularmente na<br />
extrema dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> do seu papel,<br />
e dá-nos por vezes a comprehensão<br />
níti<strong>da</strong> do personagem que representa.<br />
Pato Moniz. .. tem seus bocadinhos<br />
apreciaveis; <strong>de</strong>sculpam-sehe<br />
os <strong>de</strong>feitos pela attenta e quasi<br />
absoluta impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> d'uma boa<br />
encarnação do personagem.<br />
Os restantes artistas mantiveram<br />
um conjunclo regular.<br />
Hoje vae á scena A vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> um<br />
rapaz pobre, e ámanhã Os que tra-<br />
balham, drama socialista do activo<br />
propagandista Ernesto <strong>da</strong> Silva.<br />
•••<br />
O T T B u à .<br />
Está assumindo um novo aspecto<br />
<strong>de</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>, para a Hespanha,<br />
a questão cubana.<br />
Nos Eslados-Unidos <strong>da</strong> América<br />
do Norte, agitam-se as differentes<br />
'acções no sentido <strong>de</strong> obter o reconhecimento<br />
dos insurrectos como<br />
)elligerantes.<br />
Bem sabêmos que nêsse sentido<br />
se trabalhou ha tempos, sob a presidência<br />
<strong>de</strong> Cleveland, e na<strong>da</strong> se conseguiu.<br />
Mas, além <strong>de</strong> serem muito outras<br />
as actuaes condições, ha agora a<br />
pon<strong>de</strong>rar as promessas feitas aos<br />
seus eleitores pelo novo presi<strong>de</strong>nte,<br />
promessas, que, a serem cumpri<strong>da</strong>s,<br />
<strong>da</strong>rám como resultado a próxima<br />
proclamação <strong>da</strong> in<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong><br />
Cuba.<br />
A questão ioi agora levanta<strong>da</strong> no<br />
Senado, a propósito do sensível <strong>de</strong>sfalque<br />
nas relações commerciaes dos<br />
Estados-Unidos com a Gran<strong>de</strong> Antilha.<br />
E os senadores, que mais <strong>de</strong><br />
perlo li<strong>da</strong>ram com Mac-Kinley antes<br />
<strong>da</strong> sua ascensão ao alto cargo<br />
<strong>de</strong> que se acha investido, sam agora<br />
os primeiros a lembrar-lbe as<br />
promessas feitas e a incitá-los :<br />
satisfação dos seus compromissos.<br />
Já não é pois um sentimentalis<br />
mo piégas o motivo allegado para a<br />
intervenção; sam os prejuízos commerciaes<br />
d'uma gran<strong>de</strong> nação, sam<br />
os interesses económicos que entram<br />
em jôgo, prevalecendo a todos os<br />
receios <strong>de</strong> offensa á fi<strong>da</strong>lguia <strong>da</strong> Hes<br />
panha.<br />
Por êsse motivo, já Mac-Kinley<br />
<strong>de</strong>u or<strong>de</strong>m ao seu representante em<br />
Cuba para lhe serem enviados pormenores<br />
circunstanciados ácêrca <strong>da</strong><br />
situação dos insurrectos. E, contra<br />
as notícias tranquilizadoras do ge-<br />
neral Weyler, conspiram essas informações,<br />
que attribuem uma gran<strong>de</strong><br />
força á insurreição cubana.<br />
Parece-nos, pois, chegado o mo<br />
mento <strong>de</strong> antevêrmos o triumpho<br />
<strong>da</strong> causa em que um pôvo, opprimido<br />
e vexado, se empenhou, Ian<br />
çando-se em lucta aberta pela sua<br />
emancipação d'umatutella infamante,<br />
preparando-se para <strong>de</strong>spe<strong>da</strong>çar<br />
os grilhões que o acorrentam a uma<br />
vergonhosa e indigna submissão.<br />
—<br />
<strong>Notícias</strong> <strong>diversas</strong><br />
fr ponto na Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito é<br />
no dia 26 do corrente mês.<br />
Segundo nos consta, os actos do 1.°<br />
e do 5.° anno começarám no dia 31<br />
do mesmo mês, e os do 2.°, 3.° e 4.°<br />
no dia 4 <strong>de</strong> junho, sendo esta <strong>de</strong>mora<br />
motiva<strong>da</strong> pela ausência <strong>de</strong> alguns<br />
membros dos respectivos jurys que<br />
têem <strong>de</strong> assistir às provas do concurso<br />
que se está realizando na Aca<strong>de</strong>mia<br />
Polytéchnica do Porto, as quaes<br />
só terminarám no dia 2 do próximo<br />
mês.<br />
Também nos informam <strong>de</strong> que os<br />
jurys dos actos flearám assim constituídos:<br />
I o anno — Drs. Avelino Callisto,<br />
Guilherme Moreira e Teixeira d'Abreu;<br />
2.° anno — Drs. Avelino Callisto,<br />
Teixeira d'Abreu e Affonso Costa;<br />
3.° anno— Drs. Assis Teixeira, Lopes<br />
Praça e Guimarães Pedroza;<br />
4.° anno — Drs Emygdio Garcia,<br />
Chaves e Castro e Affonso Costa;<br />
5 ° anno — Drs. Paiva Pitta, Henriques<br />
<strong>da</strong> Silva e Dias <strong>da</strong> Silva.<br />
Pelo nosso presado amigo sr. Albino<br />
Caetano <strong>da</strong> Silva foi pedi<strong>da</strong> em<br />
casamento a sr. a D. Virgínia Rebello<br />
Martins, do Porto.<br />
Pelas superiores quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s que<br />
exhomam o caracter do nosso amigo,<br />
que nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> é crédor <strong>da</strong>s mais<br />
geraes sympathias, auguramos-lhe, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
já, um futuro <strong>de</strong> felici<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
Durante os três últimos dias ven<strong>de</strong>ram-se<br />
as libras a 6:720 réis, ou sejam<br />
2:220 réis <strong>de</strong> prémio ca<strong>da</strong> uma.<br />
Francos a 806 réis, e marcos a 327<br />
réis.<br />
Commemorou-se hontem, na Sé Ca<br />
thedral, o jubileu episcopal do prelado<br />
d'esta diocese, com um solemne Te<br />
Deum a gran<strong>de</strong> instrumental.<br />
A festa foi muito concorri<strong>da</strong>, assis<br />
tindo a ella a élite <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> coim<br />
brã.<br />
V •<br />
A sr. a D. Rita <strong>de</strong> Moraes Sarmento,<br />
habilita<strong>da</strong> com o curso <strong>de</strong> engenheria<br />
civil pela Aca<strong>de</strong>mia Polytéchnica do<br />
Porto, requereu para ser incluí<strong>da</strong> no<br />
quadro do corpo <strong>de</strong> engenheiros d'óbras<br />
publicas, sendo in<strong>de</strong>feri<strong>da</strong> essa pretea<br />
são.<br />
A requerente tem mais três irmãs<br />
diploma<strong>da</strong>s em Medicina pela Eschóla<br />
Médico cirúrgica do Porto.<br />
Está nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> o sr.<br />
Valenças.<br />
Con<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Do sr. Alexandre <strong>de</strong> Mattos recebe<br />
mos um discurso pronunciado na sessão<br />
solemne do Gymnásio, a que nos reffr<br />
rimos no nosso último número. Agra<br />
<strong>de</strong>cêmos.<br />
Participa-nos o sr. Francisco Borges<br />
proprietário <strong>da</strong> Papelaria Central, i<br />
rua do Viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong> Luz, que acaba <strong>de</strong><br />
conseguir ser único <strong>de</strong>positário, nesta<br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, do Centro Photográphico do<br />
Porto, em condições <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r ven<strong>de</strong>r<br />
todos os artigos concernentes á arte<br />
photográphica pelos preços do catálogo<br />
d'aquelle importante estabelecimento<br />
D'esta fórma veiu o sr. Borges prestar<br />
óptimos serviços aos profissionaes<br />
e amadores, proporcionando lhes muito<br />
maior facili<strong>da</strong><strong>de</strong> no fornecimento dos<br />
artigos <strong>de</strong> que careçam.<br />
Os peritos nomeados pela Câmara<br />
municipal para inspeccionar o novo<br />
Matadouro aconselharam as seguintes<br />
modificações: que sejam asphaltados OÍ<br />
estábulos do gado, que se melhorem<br />
as condições <strong>de</strong> ventilação <strong>da</strong> casa que<br />
serve para <strong>de</strong>pósito dos couros, e que<br />
se dupliquem as torneiras d'âgua.<br />
0 ministro <strong>da</strong> guerra e o chefe do<br />
estado-maior do Brasil déram a SUÍ<br />
<strong>de</strong>missão, sendo o primeiro substitui<br />
do pelo sr. Machado Bettencourt.<br />
Parece ter-se resolvido afinal o pro<br />
blema <strong>da</strong> navegação aérea. Alguns]<br />
aperfeiçoamentos mais, e <strong>de</strong>ntro etn<br />
pouco se po<strong>de</strong>rá viajar pelos ares fóral<br />
como sobre a terra.<br />
0 novo apparelho, inventado peli<br />
professor americano Barnard, consistíj<br />
em um globo oval <strong>de</strong> 15 metros DO<br />
seu maior eixo e 7 no pequeno, e fa<br />
bricado como qualquer balão ordiná<br />
rio. Dois metros abaixo suspen<strong>de</strong>-i
uma barquinha. O aeronauta collocado<br />
nessa barquinha imprime, por meio <strong>de</strong><br />
um machinismo absolutamente idénlico<br />
ao <strong>de</strong> um velocípe<strong>de</strong>, um movimento<br />
<strong>de</strong> rotação a uma espécie <strong>de</strong> hélice<br />
collocado na dianteira <strong>da</strong> barquinha.<br />
A direcção imprime-se por meio <strong>de</strong><br />
um freio que o aeronauta, em sella e<br />
pe<strong>da</strong>lando para mover o hélice, manobra<br />
comc o <strong>de</strong> uma bicycleta Enormes<br />
azas <strong>de</strong> tela se abrem <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> lado <strong>da</strong><br />
barquinha para assegurar a sua estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Dias atraz foi esta máchina experimenta<strong>da</strong><br />
em Nashville (Tennessee). O<br />
professor Barnard elevou-se a uma altura<br />
<strong>de</strong> mil pés seguindo uma direcção<br />
que antecipa<strong>da</strong>mente <strong>de</strong>terminara. A<br />
máchina mostrou obe<strong>de</strong>cer facilmente<br />
á manobra, mas a força <strong>de</strong> propulsão é<br />
que não pou<strong>de</strong> vencer as correntes<br />
aéreas superiores.<br />
O inventor vae <strong>da</strong>r novos retoques<br />
ao seu apparelho voador.<br />
Os habitantes <strong>de</strong> Santa Clara têem<br />
elabora<strong>da</strong> uma representação, que <strong>de</strong>verá,<br />
em breve, ser entregue ao sr.<br />
governador civil, e na qual pe<strong>de</strong>m o<br />
estabelecimento d'um pôsto policial<br />
naquelle bairro.<br />
Achamos <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a justiça a satisfação<br />
d'este pedido, attenta a importância<br />
e <strong>de</strong>senvolvimento populoso do<br />
bairro em questão, e o imperdoável<br />
esquecimento a que sempre tem sido<br />
votado. '<br />
Foi prorogado até 9 <strong>de</strong> setembro<br />
próximo o praso para a acceitação <strong>da</strong>s<br />
propostas <strong>de</strong> arren<strong>da</strong>mento dos caminhos<br />
<strong>de</strong> ferro do Brasil, sendo essa<br />
prorogação motiva<strong>da</strong> pelos pedidos <strong>de</strong><br />
algumas companhias interessa<strong>da</strong>s que<br />
não podéram entregar as suas propostas<br />
<strong>de</strong>ntro do prazo fixado.<br />
Ha em White-Planis, povoação <strong>da</strong><br />
América septentrional, um hotel, que<br />
offerece a curiosa singulari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
nelle não habitarem senão anões.<br />
O dono do hotel tem 32 annos <strong>de</strong><br />
e<strong>da</strong><strong>de</strong> e 77 centímetros <strong>de</strong> altura. A<br />
mulher, que tem a mesma e<strong>da</strong><strong>de</strong>, pa-<br />
rece uma boneca. Têem uma filha <strong>de</strong><br />
3 annos, que não tem senão 30 centímetros<br />
<strong>de</strong> altura. De todos os creados,<br />
homens e mulheres, nenhum chega a<br />
ter 1 metro <strong>da</strong> cabeça aos pés.<br />
Chamamos a attenção do sr. director<br />
<strong>da</strong>s obras públicas para os trabalhos a<br />
que se an<strong>da</strong> proce<strong>de</strong>ndo numa casa <strong>da</strong><br />
Praça 8 <strong>de</strong> Maio.<br />
Dá serventia entre dois an<strong>da</strong>imes <strong>de</strong><br />
nivel differente uma prancha <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />
<strong>de</strong>masia<strong>da</strong>mente inclina<strong>da</strong>, com<br />
travessas a servirem <strong>de</strong> esca<strong>da</strong>.<br />
Ora, segundo o art.° 18, alínea a,<br />
parágrapho 4.°, capitulo 3.°, do regulamento<br />
<strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1895, essa<br />
serventia <strong>de</strong>ve ser <strong>da</strong><strong>da</strong> por «lanços<br />
separados entre si por patins assoalhados,<br />
quanto pos-Uel dispostos por<br />
fórma que a sua inclinação permitta<br />
formar os <strong>de</strong>graus por meio <strong>de</strong> cunhos<br />
e cobertores, e todos os <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> lanço<br />
<strong>de</strong> eguai altura e peso, e ser muni<strong>da</strong>s<br />
<strong>de</strong> guar<strong>da</strong>s e corrimão».<br />
Na<strong>da</strong> d'isto se observa na obra<br />
referi<strong>da</strong>, e por isso pedimos a attenção<br />
do sr. director d'obras públicas, que<br />
superinten<strong>de</strong> nêstes serviços, aguar-<br />
<strong>da</strong>ndo providências ten<strong>de</strong>ntes á fiel e<br />
rigorosa observância <strong>da</strong> lei, que é<br />
bem clara e explicita.<br />
Diz o Tempo:<br />
Registando<br />
«E as <strong>de</strong>spêzas públicas continuarám<br />
a augmentar á proporção<br />
que as receitas diminuirám, até que<br />
um «estoiro» final virá pôr lêrmo a<br />
to<strong>da</strong> esta in<strong>de</strong>corosa bambochata.»<br />
O Tempo é orgão do sr. Dias Ferreira,<br />
e, como tal, insuspeito.<br />
Archive-se, pois, a prophecia...<br />
para comparar.<br />
Se houver tempo e occasião para<br />
uma nova ascensão do estadista nephelibata.<br />
Revistas e jornaes<br />
RIMOS lisos—Revista litterária bi mensal.<br />
Temos presente o 1.° número d'esta nova<br />
publicação, que se apresenta distinctamente<br />
no mundo <strong>da</strong>s lettras. Distinctamente, e com<br />
modéstia.<br />
Com os nossos agra<strong>de</strong>cimentos pela amabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>da</strong> sua apreciavel visita, vam os nossos<br />
mais sincéros <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> uma longa vi<strong>da</strong> e<br />
muitas prosperi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
Jornal dos Romances — Recebêmos<br />
o n.° 5 d'este semanário <strong>de</strong> instrucção e<br />
recreio, que no Porto vê a luz <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
O summário é o seguinte :<br />
Texto—Os combates <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>: Joanninha a<br />
costureira, por Ch. Ménouvel.—Os Cavalleiros<br />
<strong>da</strong> Rosa Vermelha, por A. Tocqueville.— As<br />
gran<strong>de</strong>s tragédias : O romance d'um sol<strong>da</strong>do,<br />
por Alaycar—Contos para creanças.— Sciéncia<br />
prática. — Divertimentos scientíficos. —<br />
Secção recreativa. — Expediente.<br />
Gravuras—Joanninha, a costureira... dois<br />
bombeiros levantaram Francisca nos braços...<br />
—Os Cavalleiros <strong>da</strong> Rosa Vermelha: Miserável<br />
I rugiu Gabriel.. .-—Divertimentos scientíficos<br />
: uma gravura.<br />
RESISTENCIA — Quinta feira, 10 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1897<br />
Jornal (le Viagens e aventuras <strong>de</strong><br />
terra e mar.<br />
Recebêmos o n.° 58 d'este interessante jornal<br />
que se publica no Porto, sob a direcção do sr.<br />
Deolindo <strong>de</strong> Castro, e cujo summário é o seguinte<br />
:<br />
Texto—Actuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s históricas: Athenas.—<br />
Pelas águas do mar: Pescador. — Aventuras<br />
extraordinárias <strong>de</strong> quatro meridionaes no Rrazil<br />
: O Gran<strong>de</strong>-Ser pente. — Portugal no extrangeiro<br />
: O novo relatório apresentado ao<br />
parlamento inglês. — O Islamismo : Zimbório<br />
<strong>da</strong> Rocha (Koubette es Sakhrah) em Jerusalem.~<br />
Os gran<strong>de</strong>s cataclysmos: Vulcões e terramotos.—<br />
Coisas sabi<strong>da</strong>s : A formiga branca.<br />
—Notas e observações: Caça do leão.— Commettimentos<br />
e arrojos : Viagens e aventuras<br />
<strong>da</strong> Menina Friquette.— Curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s scientíficas.<br />
Gravuras—Queimavam, apunhalavam todos<br />
os que lhe caíam <strong>de</strong>baixo <strong>da</strong> mão.—Pescadora<br />
norueguêsa.— A platafórma e explendi<strong>da</strong>s arcarias<br />
que dão entra<strong>da</strong> para a riquíssima mesquita<br />
<strong>de</strong> Konbette es Sakhrah em Jerusalem.<br />
— O príncipe foi arrancado do palácio, <strong>de</strong><br />
noite, apesar <strong>da</strong> guar<strong>da</strong> e sentinellas...<br />
Qazêta <strong>da</strong>s Aldêas — Recebêmos o<br />
n.° 72 d'este semanário <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong> agrícola<br />
e vulgarização <strong>de</strong> conhecimentos úteis.<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />
Resumo <strong>da</strong>s <strong>de</strong>liberações toma<strong>da</strong>s na<br />
é<br />
sessão ordinária <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />
1897.<br />
Presidência do dr. Luiz Peraira <strong>da</strong><br />
Costa.<br />
Vereadores presentes: — Arcediago<br />
José Simões Dias, bacharel José Augusto<br />
Gaspar <strong>de</strong> Mattos, José António<br />
Lucas, José António dos Santos, António<br />
José <strong>de</strong> Moura Bastos, José Marques<br />
Pinto e Albano Gomes Paes, eflectivos.<br />
Approvou a acta <strong>da</strong> sessão anterior.<br />
Tomou conhecimento pelo vereador<br />
respectivo, <strong>de</strong> que, segundo a <strong>de</strong>liberação<br />
toma<strong>da</strong> em oito <strong>de</strong> abril, iam ter<br />
começo os trabalhos <strong>de</strong> canalização<br />
d'aguas para as ruas do Forno e do<br />
Borralho.<br />
Tomou conhecimento <strong>da</strong> approvação<br />
<strong>da</strong><strong>da</strong> superiormente ás percentagens<br />
vota<strong>da</strong>s para o futuro anno, bem como<br />
<strong>da</strong> <strong>de</strong>negação <strong>da</strong> approvação ao que<br />
foi resolvido ácêrca <strong>da</strong> remuneração <strong>de</strong><br />
serviços extraordinários prestados por<br />
um amanuense <strong>da</strong> secretaria á Commissão<br />
do recenseamento militar, pelo que<br />
se resolveu annullar aquella <strong>de</strong>liberação.<br />
Mandou enviar ao commissário <strong>de</strong><br />
policia uma participação <strong>da</strong> Companhia<br />
conimbricense <strong>de</strong> illuminação a gaz,<br />
d'on<strong>de</strong> consta <strong>de</strong> terem sido apagados<br />
alguns candieiros <strong>da</strong> illuminação pública<br />
em Cellas<br />
Resolveu pedir ao mesmo commissário<br />
para fazer vigiar porque não sejam<br />
<strong>da</strong>mnificados os marcos fonlenários<br />
nas ruas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Tomou conhecimento <strong>de</strong> terem sido<br />
feitas as intimações auctoriza<strong>da</strong>s a três<br />
proprietários <strong>de</strong> Brasfemes, para <strong>de</strong>soccuparem<br />
terrenos do concelho que<br />
obstruíram com materiaes<br />
Resolveu ce<strong>de</strong>r a um proprietário<br />
para a alinhamento <strong>de</strong> uma casa que<br />
vae construir em terreno <strong>de</strong> uma pro-<br />
prie<strong>da</strong><strong>de</strong> ao Padrão, na ligação <strong>da</strong> estra<strong>da</strong><br />
municipal <strong>de</strong> Eiras com a real do<br />
Porto, 4 m ,50 <strong>de</strong> terreno <strong>de</strong> superfície<br />
do talu<strong>de</strong> d'aquella estra<strong>da</strong> municipal,<br />
avaliado a 100 réis ca<strong>da</strong> um metro,<br />
sendo approvado o alçado para a construcção.<br />
Resolveu ven<strong>de</strong>r em praça a ma<strong>de</strong>i-<br />
ra velha <strong>da</strong> ponte <strong>de</strong> Coenços, na freguezia<br />
<strong>de</strong> Ceira.<br />
Resolveu reservar para a próxima<br />
sessão ordinária o provimento <strong>de</strong> quatra<br />
logares <strong>de</strong> vigias dos impóstos,<br />
esperando a informação <strong>da</strong> Commissão<br />
competente ácêrca <strong>da</strong>s provas do exame<br />
a que hoje se sujeitaram doze dos<br />
concorrentes, e fazendo avisar para<br />
esse dia dois-dos concorrentes que não<br />
foram encontrados.<br />
Auctorizou o levantamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos<br />
<strong>de</strong> garantia a duas empreita<strong>da</strong>s<br />
toma<strong>da</strong>s em novembro <strong>de</strong> 1895, em<br />
vista <strong>da</strong> suspensão dos trabalhos em<br />
janeiro <strong>de</strong> 1896, por não haver verba<br />
em orçamento para as respectivas<br />
obras.<br />
Auctorizou a compra <strong>de</strong> mobília para<br />
o gabinete do inspector dos serviços<br />
do matadouro.<br />
Mandou concertar na offlcina <strong>da</strong>s<br />
aguas uma peça metálica <strong>da</strong> bomba <strong>da</strong><br />
fonte <strong>de</strong> Taveiro.<br />
Approvou as condições para arrematação<br />
<strong>da</strong> empreita<strong>da</strong> <strong>de</strong> reparação<br />
do pavimento <strong>da</strong> estra<strong>da</strong> municipal <strong>de</strong><br />
<strong>Coimbra</strong> a Santo António, entre a la<strong>de</strong>ira<br />
do Castello a Sant'Anna.<br />
Attestou ácêrca <strong>de</strong> um requerimento<br />
para um subsidio <strong>de</strong> lactação a um<br />
menor.<br />
Mandou recolher no cofre as duas<br />
acções <strong>de</strong>ixa<strong>da</strong>s lia pouco ao asylo <strong>de</strong><br />
cegos, em Cellas, e que por <strong>de</strong>liberação<br />
<strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> março tinham sido en-<br />
tregues ao procurador para o <strong>de</strong>vido<br />
averbamento.<br />
Auctorizou o pagamento <strong>da</strong> conducção<br />
dos finados pobres ao cemiterio<br />
no primeiro trimestre do anno corrente.<br />
Auctorizou o fornecimento <strong>de</strong> alguns<br />
artigos para os serviços <strong>da</strong> repartição<br />
dos impóstos.<br />
Auctorizou a reparação <strong>de</strong> um pequeno<br />
espaço <strong>de</strong> calça<strong>da</strong> â entra<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />
la<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Santa Isabel.<br />
Mandou intimar um proprietário para<br />
suspen<strong>de</strong>r a construcção <strong>de</strong> uma casa<br />
<strong>de</strong> Monfarroio; a reconstrucção <strong>da</strong><br />
cimalha <strong>de</strong> uma terceira casa no largo<br />
<strong>de</strong> S. Barlholomeu e a reconstrucção<br />
<strong>de</strong> um muro em Falia.<br />
Mandou ouvir a Junta <strong>de</strong> paróchia<br />
ácêrca <strong>de</strong> um requerimento para a ce<strong>de</strong>ncia<br />
<strong>de</strong> um terreno <strong>de</strong>saproveitado<br />
no rocio <strong>de</strong> Santa Clara, entre dois<br />
prédios particulares.<br />
Enviou diversos requerimentos á repartição<br />
<strong>de</strong> obras para serem divi<strong>da</strong>mente<br />
informados.<br />
Fiz uso do CALLICIDA FRANCO com<br />
o qual obtive os melhores resultados,<br />
pois vejo que me extraiu os callos e<br />
do mesmo modo a um amigo meu que<br />
d'elle fez uso.<br />
Porto—Adolpho Ramos Martins.<br />
Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Ven<strong>de</strong>-se uma a 5 kilómetros <strong>de</strong><br />
<strong>Coimbra</strong>, compõe-se <strong>de</strong> casa nobre e ruraes,<br />
pomar com árvore <strong>de</strong> espinho,<br />
carouço e parreira, tem gran<strong>de</strong> abundância<br />
d'água <strong>de</strong> mina e tanque.<br />
Para informações, em <strong>Coimbra</strong>, rua<br />
Direita, 95 e em Lisboa, rua dos Bacalhoeiros,<br />
134.<br />
Casa para arren<strong>da</strong>r<br />
Aluga-se, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o S. João em diante,<br />
o 3.° e 4.° an<strong>da</strong>r <strong>da</strong> rua <strong>de</strong> Ferreira<br />
Borges, n.° 115. Têem excelientes<br />
cómmodos. Para tratar — Castro Leão<br />
— na loja <strong>da</strong> mesma casa.<br />
Gran<strong>de</strong> Utili<strong>da</strong><strong>de</strong> Commercial<br />
Novas tabeliãs <strong>de</strong> câmbio directo entre<br />
Inglaterra, Portugal e Brazll<br />
POR<br />
A. DE SOUSA PADPERIO<br />
Des<strong>de</strong> 6 a 55 3 Vs2 d. por 10000 réis<br />
Preço, 200 réis<br />
A' ven<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as livrarias<br />
Q - c i i z ^ L t a<br />
na rua Oriental <strong>de</strong> Monfarroio para Ven<strong>de</strong>-se uma bella quinta em Cel-<br />
que não requereu licença, e outro <strong>da</strong> las, subúrbios d'esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, composta<br />
freguezia d'Antanhol, para suspen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> casas <strong>de</strong> habitação, terras, pomares<br />
por igual motivo os trabalhos <strong>da</strong> con- <strong>de</strong> espinho e caroço, olivaes, vinhas,<br />
strucção <strong>de</strong> um muro, junto ao logar mattas, com água potável e <strong>de</strong> rega.<br />
<strong>de</strong> Vallongo.<br />
Quem a preten<strong>de</strong>r pô<strong>de</strong> dirigir-se a<br />
Mandou passar licenças para apas- Manuel Augusto Granjo, nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
centamento <strong>de</strong> gado caprino, segundo rua Fernan<strong>de</strong>s Thomaz, 67.<br />
a postura respectiva.<br />
Despachou requerimentos auctorizando:<br />
—exhumações no cemitério <strong>da</strong><br />
Concha<strong>da</strong> e compra <strong>de</strong> terreno; canalizações<br />
d'aguas <strong>de</strong> exgôto para os<br />
canos geraes <strong>da</strong>s ruas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>; a<br />
abertura <strong>de</strong> janellas em uma casa na<br />
rua do Carmo; pequenas alterações na<br />
frontaria <strong>de</strong> outra casa na rua Oriental<br />
F. Fernan<strong>de</strong>s Costa<br />
E<br />
ANTONIO THOMÉ<br />
ADVOGADOS<br />
Rua do Viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong> Luz, 50<br />
46<br />
Folhetim <strong>da</strong> RESISTENCIA<br />
ALÉXIS BOUVIER<br />
O casamento d'um forçado<br />
SEGUNDA PARTE<br />
A casa Bérard C. a<br />
sorrir, encontrei em sua casa o servi a respon<strong>de</strong>r-me assim, eu dou o signal — Não entendo, disse Cardinet. um homem e diz-me: tire o que ahi<br />
ço <strong>de</strong> mêsa do meu amigo Bérard. e entám será êsse homem que o inter- — É muito simples, eu não sou ca está nessa casa, eu lhe pagarei esse<br />
— Ahi...<br />
rogará. ..<br />
paz <strong>de</strong> entrar em casa d'alguem para trabalho. Eu tiro, trabalho... Mas não<br />
Os três ladrões iam protestar... — Entám! Entám! disse cheio <strong>de</strong> lhe roubar os objectos <strong>de</strong> que elle tem roubo... eu entrego fielmente to<strong>da</strong>s<br />
Cardinet fez-lhe o signal <strong>de</strong> se sen- amabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Grosbouleau. O senhor não necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> ca<strong>da</strong> dia.<br />
os objectos à pessoa que m'os contarem<br />
e mostrando-lhe pela janella fará isso...<br />
— Somos incapazes d'isso! Disse fiou ...<br />
aberta o carro que estava á sua espe- — Não! Não fará!, repetiu Lalon- Lalongueur esten<strong>de</strong>ndo a mão.<br />
Sou um trabalhador, se ha roubo, o<br />
ra, disse-lhes...<br />
gueur <strong>de</strong>itando um pouco <strong>de</strong> cognac — Nós entramos numa casa <strong>de</strong> cam- ladrão é o homem que veiu ter com-<br />
— Á primeira palavra faço-os pren- na chavena <strong>de</strong> Cardinet, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter po... on<strong>de</strong> se vão passar alguns raigo. '<br />
<strong>de</strong>r, tenho alli homens. Sejam amaveis enchido a d'elle.<br />
dias... e <strong>de</strong> que se pô<strong>de</strong> prescindir... — Nunca roubamos!<br />
e havêmos <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r-nos. Os senho- — Se forem francos, se me aju<strong>da</strong> e além d'isso nós somos trabalhadores; — É claro, disse Cardinet a rir...<br />
res sam ladrões; mas eu preciso dos rem, não...<br />
não mu<strong>da</strong>mos por uma nossa conta... os senhores sam honrados... Quem<br />
senhores... Conversêmos, pois, a sé- —Pois bera! Não se zangue. Eu não — 0 senhor disse mu<strong>da</strong>r í... era que os encarregava <strong>de</strong> rou. .1 <strong>de</strong><br />
XII<br />
rio...<br />
quero senão enten<strong>de</strong>r-rae consigo. O — Sim ! Ripers vem <strong>de</strong> riper pas- riper ar í<br />
Os três calaram-se e escutaram. que <strong>de</strong>seja saber?<br />
sear à margem dos rios...<br />
— Elle! 0 miserável!.,. \<br />
Em casa <strong>de</strong> gente honra<strong>da</strong> Cardinet tinha adivinhado tudo. Ago- — A ver<strong>da</strong><strong>de</strong>...<br />
— Ah! Sabe inglês?<br />
—0 malandro!...<br />
ra sim, sabia. Os homens que elle ti- — Mas entám pergunte, eu sou fran- — Não sei senão esta palavra. —0 canalha... .<br />
— Assim foi, senhor, replicou Lanha <strong>de</strong>ante eram ladrões <strong>de</strong> profissão. co, como o ouro.<br />
— Numa palavra, os senhores não — 0 bandido...<br />
longueur. Por mais que nós fizessemos, A existência hyperbólica <strong>de</strong> Lorémont — Eu quero pó-los á vonta<strong>de</strong>... se- sou,... nao riperam por sua conta? — Faliam do barão?...<br />
essa gente per<strong>de</strong>u-nos...<br />
explicava-se: roubava. Para proce<strong>de</strong>r jam francos, respon<strong>da</strong>m com simplici- —Não! exclamou rapi<strong>da</strong>mente GroS' —Tal e qual!...<br />
— Mas, disse Cardinet, os senhores com segurança, era necessário ler in<strong>da</strong><strong>de</strong> às minhas perguntas, e dou-lhes bouleau.<br />
—0 traidor que nos ven<strong>de</strong>u...<br />
não pertencem a êsse grupo.<br />
dicações seguras; por isso é que elle a minha palavra d'honra, <strong>de</strong> que na<strong>da</strong> —Oh! nunca! disse Lalongueur in —Que nos ven<strong>de</strong>u?<br />
— Que <strong>de</strong>sgraça! exclamou Lalon- começou!<br />
terám a temer <strong>de</strong> mim; pelo contrario sultado com tal supposipão.<br />
— Claro! Se o senhor está aqui...<br />
gueur.<br />
— Os senhores sam os auctores do hei <strong>de</strong> ajudá los... contra o barão! — Olhe, senhor, continuou Grosbou- quem foi que lhe <strong>de</strong>u a direcção?<br />
— Nunca! protestou Grosbouleau. roubo <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong>-Jatte... Eu sei tudo... — Entám está dito! mas pergunte o leau. estas coisas an<strong>da</strong>m na massa do —Ninguém.<br />
•—Que remador era o senhor? Que papel faz o barão neste negócio?... senhor..,<br />
sangue, eu era capaz <strong>de</strong> fazer uma — Ah! Não quer dizer... Pois men-<br />
— Remador vèr<strong>da</strong><strong>de</strong>iro, remador a — Mas, respon<strong>de</strong>u G'Osbouleau, eu — O que é que tèmos a fazer? Nós loucura, mas commetter uma baixêza tiu, juro-lhe por tudo! Foi elle que nos<br />
sério.<br />
já lhe disse. Foi elle que nos mandou estamos promptos a tudo, apoiou La- nunca! Ah! É certo que eu não ando a levou a este estado.<br />
— Os senhores recebem ladrões em mu<strong>da</strong>r os moveis.<br />
longueur.<br />
escolher as pessoas que me <strong>da</strong>m tra- Cardinet divertia-se com pudôr dos<br />
casa? perguntou Cardinet sorrindo. — Era elle que os dirigia ?<br />
—Grosbouleau, o senhor e Lalonbalho, eu não lhes vou dizer;<br />
dois bandidos, mas, voltando ao que<br />
Petite <strong>de</strong>itava o café. A cafeteira — Naturalmente.... era o propriegueur fazem parte d'uma quadrilha <strong>de</strong> «0 que o senhor me pe<strong>de</strong> podê-lo-ha o interessava, perguntou bruscamente:<br />
caiu-lhe <strong>da</strong>s mãos...<br />
tário ...<br />
ladrões...<br />
fazer um homem honrado?» Não — Porque estava sua mulher em casa<br />
Lalongueur levantou-se como impel- Cardinet interrompeu-os e disse sec< —Perdão! Ladrões não! ripers... faço e ando mal, confesso...<br />
<strong>de</strong> Bérard?<br />
lido por uma mola... Grosbouleau camente:<br />
—Como ? Ripers ?...<br />
— Sim! Fazemos mal, confessamos, Grosbouleau que, a principio ficara<br />
pállido afastou a ca<strong>de</strong>ira.<br />
— Meu caro, a carruagem está à es- —Sim, senhor! Ladrão é o que pri- disse o écho <strong>de</strong> Grosbouleau.<br />
embaraçado, resolveu respon<strong>de</strong>r ca-<br />
— Ladrões, exclamaram todos três pera e eu não vim só. A um signal va o seu semelliante dos objectos <strong>de</strong> Este continuou:<br />
thegóricamente.<br />
10 mesmo tempo.<br />
combinado entrará aqui um homem e que elle tem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>.... nós não —•Sou um riper... Gosto <strong>de</strong> pas-<br />
(Continúa),<br />
r~f5 que, disse Cardinet sempre a êsse homem é <strong>da</strong> polícia. Se contiutia tratamos senão <strong>de</strong> superflui<strong>da</strong><strong>de</strong>s..» sear pelas margens do Senna. Chega<br />
Versão integral disponível em digitalis.uc.pt
PROBIDADE<br />
Companhia geral <strong>de</strong> seguros<br />
Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> anonyma<br />
<strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> limita<strong>da</strong><br />
CAPITAL 2.000:000^000<br />
Rua Nova d'El-Rei, n.° 99, l.®<br />
L i s b o a<br />
Effectua seguros contra incêndios.<br />
Correspon<strong>de</strong>nte em <strong>Coimbra</strong>,<br />
Cassiano A. Martins Ribeiro.—<br />
Rua Ferreira Borges, 165, 1.°.<br />
Sulfato <strong>de</strong> cobre<br />
2 finali<strong>da</strong><strong>de</strong> garanti<strong>da</strong><br />
X para tratamento <strong>de</strong> vinhas<br />
ven<strong>de</strong>-se por pregos limitados<br />
nos estabelecimentos <strong>de</strong><br />
ferragens <strong>de</strong> João Gomes Moreira<br />
na rua <strong>de</strong> Ferreira Borges,<br />
n. os 50 e 52 (em frente ao Arco<br />
d'Almedina) e no <strong>de</strong> Moreira &<br />
Simões na mesma rua n. os 171<br />
e 173.<br />
Estabelecimento Thermai<br />
Dos mais perfeitos do país<br />
Excelleutes águas mineraes<br />
para doenças <strong>de</strong> pelle,<br />
rheumatismo, estômago,<br />
garganta, etc.<br />
RESISTENCIA — Quinta feira, 10 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1897<br />
1<br />
CALDAS DA FELGUEIRA<br />
CANNAS DE SENHORIM<br />
(BEIRA (BEIRA ALTA) .<br />
Abertura do estabelecimento thermai em 1 <strong>de</strong> maio<br />
e e fecha em 30 <strong>de</strong> noyembro<br />
Abertura do Gran<strong>de</strong> Hotel Club Club em 10 <strong>de</strong> maio<br />
_ — — ._<br />
Gran<strong>de</strong> Hotel Club<br />
Com estação <strong>de</strong> correio e telé<br />
grapho, médico e pharmácia<br />
e casa <strong>de</strong> barbear.<br />
Magníficas accommo<strong>da</strong>ções<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 10200 réis,<br />
comprehen<strong>de</strong>ndo serviço, club,<br />
etc. Bónus para os médicos<br />
O Estabelecimento Thermai comprehen<strong>de</strong> 64 banheiras <strong>de</strong> l." a 5. a classe; duas salas para duches, uma para senhoras<br />
e outra para homens, e a mais completa sala <strong>de</strong> inhalação, pulverização e aspiração, com gabinètes annexos e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
para toilette. É sem dúvi<strong>da</strong> o melhor do reino, e mais barato. — Y i a g e m — Faz-se to<strong>da</strong> em caminho <strong>de</strong> ferro até<br />
Cannas (BEIRA. ALTA) e d'ahi 5 kilómetros em bons carros. A estação <strong>de</strong> Cannas na linha férrea <strong>da</strong> Beira Alta está directamente<br />
liga<strong>da</strong> com to<strong>da</strong>s as linhas férreas hespanholas que entram em Portugal por Ba<strong>da</strong>joz, Cáceres, Villar Formoso, Barca<br />
d'Alva e Tuy -—Para esclarecimentos: — Em L i s b o a : rua do Alecrim, n 0 125, referente ao estabelecimento balnear, e rua<br />
<strong>de</strong> S. Julião, 80, 1.°, referente ao Gran<strong>de</strong> Hotel.—Correspondência para as C a l d a s cia F e l g u e i r a , ao gerente <strong>da</strong> com-<br />
panhia do Glan<strong>de</strong> Hotel.—As águas ensiarrafi<strong>da</strong>s ven<strong>de</strong>m-se nas pharmácias e drogarias e no <strong>de</strong>pósito geral, PHARMÁ-<br />
CIA ANDRADE, rua do Alecrim, 125.—A exploração do Hotel fica êste anno a cargo <strong>da</strong> Companhia do Gran<strong>de</strong><br />
Hotel Club.<br />
COFRES Á PROYA DE FOGO CALLIGIDA<br />
Depósito do melhor fabricante portuense<br />
— João Thomaz Cardôso. — Preços <strong>da</strong> fábrica<br />
Depósito <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira* De Flandres, Riga, Mógno e outros<br />
íramoo 7in/>árlrt0' Para ra á<strong>da</strong>s e enxertias e dito <strong>de</strong> espi-<br />
AlíllllCÒ ZillMUUb. nhog para ve<strong>da</strong>ções.<br />
Motal hran/v\ • ® amarello, cobre, chumbo, zinco, estanho e<br />
illCLttl UldlibU. folha <strong>de</strong> flandres.<br />
FerrO! E a C° <strong>de</strong> tocia s as quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, carvão <strong>de</strong> fórja.<br />
Mft7 Tiara fprwirft- Malhos, tornos, máchinas <strong>de</strong> furar, folies,<br />
JIIM yata ICUOIIU, picaretas e to<strong>da</strong> a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ferramenta<br />
para ferreiros, serralheiros e latoeiros.<br />
Ferragens : P ara construcções d'obras, preços baratíssimos.<br />
Moreira & Simões<br />
Rua <strong>de</strong> Ferreira Borges, n. os 171 a 173.<br />
COIMBRA<br />
BICO AUER<br />
A Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> francêsa exploradora do invento do dr. Cal Auer<br />
alcançou uma importantíssima victória sobre <strong>de</strong>zesete contrafactores,<br />
em audiência pública <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> janeiro próximo passado,<br />
no juizo correccional do <strong>de</strong>partamento do Sena, em Paris.<br />
A Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Belga,\ exploradora do mesmo invento, também<br />
venceu um pleito que trazia contra três contrafactores. A sentença<br />
foi proferi<strong>da</strong> em audiência pública <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> março do corrente<br />
anno, no juizo <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> câmara do tribunal civil <strong>de</strong> Bruxellas.<br />
Corridos d'essas terras é <strong>de</strong> suppôr que os réos venham procurar<br />
saí<strong>da</strong> para os productos <strong>da</strong> sua illicita indústria em Portugal,<br />
ven<strong>de</strong>ndo-os por Ínfimo preço para não soffrerem per<strong>da</strong> lotai<br />
; e por isso a Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> exploradora do Bioo Auer neste<br />
país participa os factos ao público para que não seja illudido e<br />
frisa bem o seguinte:<br />
prvQue os pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fêsa allegados pelos réos nos diversos<br />
poricessos que a Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> se tem visto obriga<strong>da</strong> a instaurar em<br />
e p tugal, mau grado seu, tem sido em Londres, Paris, Bruxellas<br />
/£via, <strong>de</strong>cididos a seu favor isto é:<br />
e Lii Que as priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Berzelius, Frankenstein, Clamond<br />
AuerHe (Williams) não affectam <strong>de</strong> modo algum a patente do dr.<br />
(i»<br />
para- 0 ) Q ue a discripção que o dr. Auer fez <strong>de</strong> seu invento<br />
(3 obter a sua patente, ê suficientíssima;<br />
tal i. 0 ) Que tudo quanto seja accessório tubular <strong>de</strong> tecido vege-<br />
qU'ai:mpregnado <strong>de</strong> saes <strong>de</strong> metaes raros, puros ou impuros, o<br />
(|e tecido <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> impregnado, é enxuto e queimado, a fim<br />
d-, se prodúiir com elle a incan<strong>de</strong>scência e augmentar a força<br />
luz, é uma contrafacção do objecto p ivilegiado e como tal<br />
íujeito ás penas <strong>da</strong> lei.<br />
A lei portuguêsa é idêntica á dos referidos países. Os tribunaes<br />
portuguêses sàm tam rectos como os <strong>da</strong>s mais terras cultas;<br />
portanto não é licito presumir-se que a sua <strong>de</strong>cisão final seja<br />
diversa <strong>da</strong>s que os representantes do privilegiado teem alcançado<br />
uas mais partes.<br />
Quem duvi<strong>da</strong>r pô<strong>de</strong> ler os relatórios <strong>de</strong> todos os processos que<br />
se acham patentes na Agéucia Geral <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, no largo do<br />
Corpo Santo, 13, 2.®<br />
Sobretudo o pítblico <strong>de</strong>ve ficar <strong>de</strong> atalaia contra as apregoa<strong>da</strong>s<br />
vantagens do supporte central usado nas mangas <strong>de</strong> contrafacção.<br />
0 supporte não é privilegio <strong>de</strong> ninguém; portanto, todos que<br />
pô<strong>de</strong>m licitamente ven<strong>de</strong>r mangas <strong>de</strong> incan<strong>de</strong>scência pó<strong>de</strong>m em-<br />
pregar o supporte central.<br />
Se as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s exploradoras do Bioo Auer, em todos os<br />
palzes, não.usam do supporte central, é porque acham preferível<br />
o supporte exterior.<br />
Quem se <strong>de</strong>ixar seduzir e consentir que os supportes dos bi«<br />
Exclnsivo<br />
Extracção dos callos sem<br />
dôr em 5 dias<br />
l>e§con(o convi<strong>da</strong>tivo<br />
para reven<strong>de</strong>r<br />
Depositos—Lisboa: Leand<br />
o <strong>de</strong> Freitas, rua <strong>da</strong> Prata,<br />
231 ; Porto, José Maria Lopes,<br />
rua do Bomjardim, 12; <strong>Coimbra</strong>,<br />
Rodrigues <strong>da</strong> Silva & C. a ; e em<br />
to<strong>da</strong>s as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e principaes<br />
villas do continente.<br />
África — Loan<strong>da</strong>, José Marques<br />
Diogo.<br />
Brasil—Rio <strong>de</strong> Janeiro: Silva<br />
Gomes & C a ; Pernambuco; Guerra<br />
Fernan<strong>de</strong>s & C a . rua do<br />
Duque <strong>de</strong> Caxias, 47; Bahia:<br />
Francisco <strong>de</strong> Assis e Souza;<br />
Maranhão: Jorge & Santos.<br />
Exija-se nos <strong>de</strong>pósitos um<br />
prospecto que ensina o modo<br />
<strong>de</strong> usá-lo e previne as falsificações.<br />
Ha um só <strong>de</strong>pósito em<br />
ca<strong>da</strong> terra.<br />
Pedidos ao auctor: António<br />
Franco, Covilhã.<br />
Depósito <strong>da</strong> fábrica «A NACIONAL»<br />
DE<br />
BOLACHAS E BISCOITOS<br />
Perfeito <strong>de</strong>sinfectante e purificante <strong>de</strong> Jeyes para <strong>de</strong>sinfectar casas e latrinas,<br />
também é exce<strong>de</strong>nte para tirar goruura ou nodos <strong>de</strong> roupa, limpar metaes, e curar feri<strong>da</strong>s. —«<br />
eos fornecidos pela Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Auer sejam modificados, a fim <strong>de</strong><br />
se lhe po<strong>de</strong>r a<strong>da</strong>ptar uma manga <strong>de</strong> contrafacção, terá mais tar<strong>de</strong><br />
Preço 240 réis.<br />
Depósito —<br />
<strong>de</strong> comprar ura bico novo do feitio d'aquelle que <strong>de</strong>ixou estragar,<br />
James Casseis & C. 4 , rua do Mousinho <strong>da</strong> Silveira, n,° 85, 1.°. —Porto.<br />
Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />
R m £ B B I os<br />
0 Remedio <strong>de</strong> AYER contra sezões—Febres<br />
intermitentes e bliosas<br />
Peitoral <strong>de</strong> Cereja <strong>de</strong> Ayer. 0 remédio mais<br />
seguro que ha para curar a Tosse Bronchite, Aslhema<br />
e Tubérculos pulmonares.<br />
Frasco, 10000 réis meio frasco, 600 réis.<br />
Todos os remédios que ficam indicados sam altamente<br />
concentrados <strong>de</strong> maneira que sahem baratos, porque<br />
um vidro dura muito tempo.<br />
I*ilulas Cathartieas <strong>de</strong> Ayer. —0 melhor<br />
purgativo, suave, inteiramente vegetal.<br />
Frasco, l ^ O O O réis<br />
Vigor do Cabello<br />
DO DR. AYER,<br />
DE<br />
JOSE FRANCISCO DA CRUZ, TELLES<br />
128— RUA FERREIRA BORGES —130<br />
ESTE <strong>de</strong>pósito, regularmente montado, se acham á<br />
N ven<strong>da</strong> por junto e a retalho, todos os productos d'aquella<br />
fábrica, a mais antiga <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, on<strong>de</strong> se recebem<br />
quaesquer encommen<strong>da</strong>s pelos preços e condições eguaes<br />
aos <strong>da</strong> fábrica.<br />
A cura <strong>da</strong> Blennorrhagia<br />
ELEGTUÁRIO ANTI-BLENORRHÁGICO<br />
DO PHARMACÈUTICO<br />
T . G A L V Ã O<br />
Um até dois boiões d'este maravilhoso medicamento, ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro<br />
especifico, bastam na máxima parte dos casos, para curar<br />
to<strong>da</strong>s as purgações, ain<strong>da</strong> as mais antigas e rebel<strong>de</strong>s.<br />
Preço do boião, 1$000 réis<br />
Depósito geral em Arganil na pharmacia Galvão —Em <strong>Coimbra</strong>:<br />
drogaria Rodrigues <strong>da</strong> Silva & C. a<br />
japarn<br />
Para a cura effica» e prompla Uas<br />
Moléstias provenientes <strong>da</strong> im<br />
pureza do Sangue.<br />
Tonsrioo orRrEiSTTAL<br />
Marca «Cassei»»<br />
Fxquisita preparação para aformosear o<br />
cabello —Extirpa to<strong>da</strong>s as affecções do cráneo, limpa<br />
e perfuma a cabeça.<br />
Agua Flori<strong>da</strong> (marca Casseis).—-Perfume <strong>de</strong>licioso<br />
para o lenço, o toucador e o banho.<br />
Sabonetes <strong>de</strong> glycerina (marca Casseis).—<br />
Muito gran<strong>de</strong>s, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> superior.<br />
Á ven<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as drogarias e lojas <strong>de</strong> perfumarias.<br />
Preços baratos.<br />
Vermífugo <strong>de</strong> B. £ etc -> esquinéncias,<br />
«1 sobrecannas, ovas, se,<br />
paravões, manqueiras, fraquezas<br />
<strong>de</strong> pernas, etc.. curam-se<br />
com o LINIMENTO VISICANTE<br />
COSTA, e preferível ao fogo e<br />
untura forte em todos os casos,<br />
Frasco 900 réis. Á ven<strong>da</strong> nas<br />
principaes terras.— Depósitos:<br />
Lisboa: Quintans, rua <strong>da</strong> Prata,<br />
194; Ferreira á Ferreira, rua<br />
<strong>da</strong> Junqueira, 332. Porto: Drogaria<br />
Moura, largo <strong>de</strong> S. Domingos,<br />
99.—<strong>Coimbra</strong>: Rodrigues<br />
<strong>da</strong> Silva, rua Ferreira<br />
Borges, 128.—Depósito geral:<br />
Pharmacia Costa — Sobral<br />
<strong>de</strong> Mont'Agraço.<br />
CASA PARA ARRENDAR<br />
Leonar<strong>da</strong> Forjaz, arren<strong>da</strong> a<br />
parte sul <strong>da</strong> sua casa <strong>da</strong> rua<br />
<strong>da</strong> Ilha.<br />
Recebem-se propostas, na<br />
quinta dos Platanos á áemcanta,<br />
on<strong>de</strong> se encontram as chaves,<br />
para ser vista.<br />
Casa com quintal<br />
12 â rren<strong>da</strong>-se uma boa casa<br />
com gran<strong>de</strong> quintal sito<br />
na rua João Cabreira n.° 21<br />
Pô<strong>de</strong> ser vista <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 14 <strong>de</strong><br />
maio em diante.<br />
Para tratar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já com o<br />
seu dono, rua do Viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
Luz ,60.<br />
Caixeiro<br />
13 ganocéneia «& Kobri-<br />
* nho. rua <strong>de</strong> Ferreira<br />
Borges, precisam <strong>de</strong> um caixeiro<br />
para mercearia, a quem<br />
dám bom or<strong>de</strong>nado, merecendo-o.<br />
.<br />
Tratamento <strong>de</strong> moléstias <strong>da</strong><br />
bocca e operações <strong>de</strong><br />
cirurgia <strong>de</strong>ntária<br />
Cal<strong>de</strong>ira <strong>da</strong> Silva<br />
Cirurgião <strong>de</strong>ntista<br />
Herculano Carvalho<br />
Medico<br />
R. <strong>de</strong> Ferreira Borges (Calça<strong>da</strong>), 174<br />
i&flonsultas todos os dias<br />
w <strong>da</strong>s nove <strong>da</strong> manhã às<br />
3 horas <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>.<br />
Vinho e aguar<strong>de</strong>nte puros<br />
DA<br />
Quinta <strong>da</strong> Pedranclia<br />
Bua do Loureiro<br />
Vinho tinto—litro 80 réis.<br />
Dez litros—700 réis.<br />
VINHO BRANCO<br />
Chablis <strong>de</strong> 1895 —litro 160<br />
réis.<br />
Dito, garrafa — 120 réis.<br />
Aguar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> vinho, <strong>de</strong> 20°<br />
Cart. — litro 320 réis.<br />
"RESISTENCIA,,<br />
PUBLICA-SE AOS DOMINGOS<br />
B Q0INTA8-FEIRA8<br />
Re<strong>da</strong>cção e Administração<br />
ARCO D'ALMEDINA, 6<br />
EDITOR — Joaquim Teixeira <strong>de</strong> Sá<br />
Condições <strong>de</strong> assignatura<br />
(PAGA ADIANTADA)<br />
Com estampilha;<br />
Anno 2^700<br />
Semestre 10350<br />
Trimestre 680<br />
Sem estampilha i<br />
Anno 2)5400<br />
Semestre 10200<br />
Trimestre 600<br />
A N N U N C I O S<br />
Ca<strong>da</strong> linha, 30 réis—Repetições,<br />
20 réis.—Para os srs. assignantes,<br />
<strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 50 p. c.<br />
L I V R O S<br />
Annunciam-se gratuitamente<br />
todos aquelles com cuja remessa<br />
êste jornal fór honrado.<br />
Tjp. F. Frwçi A»«4i—C0«8à|
N.° 235 COIMBRA—Domingo, 23 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897 3.° ANNO<br />
Àccor<strong>de</strong> o POYO!<br />
ATÉ CALUNIADORES...<br />
Portugal, que em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
<strong>de</strong> 1890 importára em 8:604 contos<br />
<strong>de</strong> réis, attingiu em egual <strong>da</strong>ta<br />
do anno findo a importante somma<br />
«Os povos que, querendo, sam <strong>de</strong> 58:933 contos.<br />
muito mais reis que os monarchas, e Têmos, pois, no curto espaço <strong>de</strong><br />
a prova é que os <strong>de</strong>stronam e até seis annos, um augmenlo <strong>de</strong> 50:329<br />
lhes cortam a cabeça, também ás vezes contos <strong>de</strong> réis na fabricação <strong>de</strong> di-<br />
se <strong>de</strong>ixam adormentar covar<strong>de</strong>mente. nheiro em papel.<br />
É preciso que acor<strong>de</strong>m, para terem o Pelo visto, ha papel <strong>de</strong> sobra para<br />
direito <strong>de</strong> se queixar e <strong>de</strong> man<strong>da</strong>r!...» bucha <strong>de</strong> espingar<strong>da</strong>s.<br />
E uns restos ain<strong>da</strong> sufficientes<br />
Sam d'um jornal monárchico, para reduzir a cinzas um thrôno<br />
d'um jornal progressista, d'um jor- apodrecido.<br />
nalista do governo, as palavras que Só falta agora pegar-lhe fogo.<br />
acabam <strong>de</strong> ler.<br />
Por entre a <strong>de</strong>fêsa à ouírance que<br />
«Um povo só se respeita a<br />
os jornaes do governo estám fa- si quando, atravcz <strong>de</strong> tudo e<br />
zendo dos actos <strong>de</strong> quem lhes paga, contra tudo, manléiu inte-<br />
resaltam <strong>de</strong> vez em quando ver<strong>da</strong>meratas as suas liber<strong>da</strong><strong>de</strong>s e<br />
impõe processos <strong>de</strong> adminis<strong>de</strong>s<br />
como estas. Sam rebates <strong>da</strong> tração que garantam a inte-<br />
consciência, que o facciosismo pargri<strong>da</strong><strong>de</strong> governativa e a in<strong>de</strong>pendência<br />
nacional i.<br />
tidário e os interesses e conveniências<br />
pessoaes não conseguem sof-<br />
(Do Tempo)<br />
frear, tam po<strong>de</strong>rosamente se impõe<br />
ao espírito <strong>de</strong> todos a urgência do<br />
MORALIDADE...<br />
acor<strong>da</strong>r do povo.<br />
Vem a imprensa republicana ha<br />
Para o logar <strong>de</strong> chefe do <strong>de</strong>pósito<br />
<strong>de</strong> instrumentos mathemáticos e<br />
annos, ininterruptamente, sem tré-<br />
<strong>de</strong> materiaes para as obras públiguas<br />
nem <strong>de</strong>sfalecimentos, aponcas do ultramar, foi nomeado, pelo<br />
tando dia a dia ao país inteiro os ministério <strong>da</strong> marinha, um 1.° offi-<br />
perigos eminentes, o abysmo cacial aposentado d'aquelle ministério<br />
vado pela monarchia, a bancarota, com a gratificação ^ ^ O O ^ O j ^ CorUiece-os bem a tod"os7o"faís<br />
que já hoje é um facto, e sempre a annuáèS. '<br />
promover na opinião um movimento<br />
salutar, um abalo <strong>de</strong>struidor, <strong>de</strong><br />
cujo seio irrompam, indomáveis e<br />
restauradoras, energias novas.<br />
Os perigos têem-se succedido,<br />
as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s teem augmentado,<br />
os crimes <strong>da</strong> monarchia teem-se<br />
avolumado d'um modo incessante,<br />
até que hoje a situação do país é<br />
tremen<strong>da</strong> e pavorosa.<br />
Está feita a propagan<strong>da</strong> republicana;<br />
todos teem a consciência do<br />
crime, conhecem todos os criminosos.<br />
Não ha ninguém que não veja<br />
on<strong>de</strong> está a causa <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as misérias<br />
do país, <strong>da</strong> vergonha, <strong>da</strong> ruina,<br />
do oppróbia que teem caído sobre<br />
nós. Falta só que o povo acor<strong>de</strong>...<br />
E já nem só a imprensa republicana<br />
appella para esta única solução;<br />
encontra-se nos próprios jornaes<br />
monárchicos a invocação do<br />
último recurso.<br />
A monarchia, os governos do rei,<br />
OS homens d'êsse regimen odioso<br />
que nos tem aviltado, reduziram-nos<br />
ao extremo <strong>da</strong> miséria, auxiliados<br />
pela complacência indifferente e criminosa<br />
.do país; não ha que esperar<br />
a salvação <strong>de</strong> quem nos per<strong>de</strong>u...<br />
Pois bem, levante-se o país, acor<strong>de</strong><br />
o povo, se quer ter direito <strong>de</strong><br />
se queixar e <strong>de</strong> man<strong>da</strong>r t<br />
Já comnosco lh'o pe<strong>de</strong>m até jornalistas<br />
do rei...<br />
r económica.. . Um <strong>de</strong>creto auctorizando<br />
que o aferidor <strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> Carta <strong>de</strong> Lisboa<br />
Lisboa passe a <strong>de</strong>nominar-se fiscal<br />
Publicou ha dois dias o Correio aferidor l<br />
31 <strong>de</strong> maio<br />
<strong>da</strong> Noite, transcrevendo d'um outro E em coisas d'estas se passa o<br />
jornal <strong>da</strong> mesma parceria, uma tempo...<br />
Continúa a incertêza sobre qual<br />
calúmnia repellente que lhes áp- Que bambochata tudo isto é!<br />
a base.gue a tnonarchia escolhe para<br />
proúve, para inconfessáveis fins,<br />
o novo empréstimo.<br />
assacar ao partido republicano.<br />
O que é seguro é que se faz.<br />
Sem uma palavra <strong>de</strong> motivo,<br />
Ain<strong>da</strong> hoje o Jornal, orgão do sr.<br />
A APPLICAÇÃO DOS EMPRÉSTIMOS<br />
sem o minimo facto que os aucto-<br />
ministro <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong>, dizia:<br />
rizasse á calúmnia miserável, a não Diz um jornal monárchico <strong>de</strong> Lis- «O que ha a fazer, pois ? Como não<br />
serem os intuitos vergonhosos d'uma boa ver<strong>da</strong><strong>de</strong>s como punhos sobre as podêmos inventar qualquer expediente<br />
política <strong>de</strong> bandidos, que anavalham applicações que têem sido <strong>da</strong><strong>da</strong>s, e parecido com o <strong>de</strong> Calonne, resta-nos<br />
uma reputação como um fadista as pretexta<strong>da</strong>s, aos milharps <strong>de</strong> con- o recurso exclusivo do empréstimo,<br />
rasga um ventre, o Correio <strong>da</strong> Noite tos que os governos <strong>da</strong> monarchia<br />
que libertará o mercado cambial <strong>da</strong><br />
concorrência do governo, <strong>de</strong>ixando-o,<br />
aventou —que no Grupo Republicano têem levantado por empréstimo: portanto, habilitado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo a po-<br />
d'Estudos Sociaes fora apresenta<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>r occorrer ás necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s commer-<br />
«Portugal, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> inaugura<strong>da</strong> a<br />
uma moção, em que se pedia, como<br />
ciaes, e assegurará um immediato <strong>de</strong>s-<br />
paz política <strong>de</strong> 1851, tem vivido semafogo <strong>da</strong> situação, que entám pô<strong>de</strong><br />
meio efficaz <strong>de</strong> restaurar as finanças pre <strong>de</strong> empréstimos.<br />
permittir a applicação profícua dos<br />
portuguêsas, a alienação <strong>da</strong>s nossas Enquanto se abriam estra<strong>da</strong>s e se planos <strong>de</strong> fomento.»<br />
colonias!<br />
construíam caminhos <strong>de</strong> ferro, era a<br />
A torpeza é manifesta, e a <strong>de</strong>-<br />
essas obras económicas que se <strong>de</strong>sti- For conseguinte não ha dúvi<strong>da</strong><br />
navam principalmente as soramas lemonstração<br />
<strong>da</strong> calúmnia facíllima.<br />
<strong>de</strong> que o governo vae empenhar ou<br />
vanta<strong>da</strong>s no extrangeiro.<br />
A moção vota<strong>da</strong> na assemblêa<br />
ven<strong>de</strong>r. ,<br />
Mas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que parámos com os ca-<br />
do Grupo Republicano d'Estudos minhos <strong>de</strong> ferro, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que, em vez Por conseguinte também é oppor-<br />
Sociaes, a que se referem os biltres, <strong>de</strong> continuarmos com as estra<strong>da</strong>s, têportuno o momento do pôvo se lemos<br />
<strong>de</strong>ixado arruinar as que existiam<br />
já nós a publicámos. E' num senvantar,<br />
<strong>de</strong> ir para a rua, fallando<br />
construí<strong>da</strong>s, os empréstimos têem tido<br />
tido absolutamente contrário ao que<br />
hoje, combatendo ámanhã.<br />
todos a mesma applicação!<br />
os bi-frontes do progressismo pre-<br />
Eis porque me parece justifica-<br />
O fim ostensivo d'estas operações fiten<strong>de</strong>m<br />
fazer acreditar.<br />
nanceiras tem sido, nos últimos temdíssimo o comício que <strong>de</strong>ve reali-<br />
Publicámos, contudo, novamente pos, o pagamento <strong>da</strong> divi<strong>da</strong> fluctuante. za r-se á hora d'êste número <strong>da</strong> Re-<br />
a referi<strong>da</strong> moção. Leiam-na os pro-<br />
Mas, a divi<strong>da</strong> fluctuante nunca tem sistência apparecer á publici<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
sido paga !<br />
em Lisboa, na rua <strong>da</strong> Alegria, 50.<br />
gressistas, que ao país escusamos Nem um só anno ain<strong>da</strong> passámos<br />
<strong>de</strong> tal pedir para nossa justificação.<br />
Tem essa manifestação recebido,<br />
sem dívi<strong>da</strong> fluctuante!<br />
Quanto mais chorudos têem sido os até agora, valiosas adhesões, que<br />
''7~ e sabe ' também que na alma dos empréstimos, mais gor<strong>da</strong> tem ficado á promettem torná-la importante.<br />
Querêmos pôr em relêvo simples- republicanos portuguêses palpita, dívi<strong>da</strong> fluctuante!<br />
Estám inscriptos para fallar, enmente<br />
o facto <strong>de</strong> se aposentarem os<br />
Paga-se aos portadores legítimos ou<br />
sobre tudo, superior a tudo, o sentre<br />
outros, os srs. dr. Manuel d'Ar-<br />
Ilegítimos dos títulos <strong>de</strong> D. Miguel.<br />
funccionários do estado por já não timento patriótico, no que nelle ha<br />
riaga, João Chagas, dr. Theóphilo<br />
Gista-se em comes e bebes.<br />
po<strong>de</strong>rem prestar-lhe serviços na sua <strong>de</strong> mais elevado e mais puro.<br />
Ficam ricos os intermediários. Braga, dr. José Benevi<strong>de</strong>s, Alves<br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> empregados, <strong>de</strong>vendo Ei-la:<br />
Mas a divi<strong>da</strong> fluctuante segue sem- Correia, dr. Celestino dAlmei<strong>da</strong>,<br />
reputar-se como impossibilitados<br />
pre na sua marcha ascensional. Augusto José Vieira, dr. Affonso <strong>de</strong><br />
para o exercício <strong>da</strong>s suas funcções, «Pelo sócio Joaquim Madureira foi O que fica real e prático nêstes ar- Lemos, Ferreira Chaves e. Carlos<br />
e virem <strong>de</strong>pois os mesmos aposen- apresenta<strong>da</strong> a seguinte moção, assiranjos finaoceiros é o augmento dos Callixto. A presidência <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong><br />
gna<strong>da</strong> por elle e pelos sócios João <strong>de</strong> encargos no orçamento do Estado.»<br />
tados, os inválidos <strong>da</strong> burocracia,<br />
João Chagas, sendo talvez um dos<br />
Menezes, Paulo Falcão, João <strong>de</strong> Freitas,<br />
<strong>de</strong>sempenhar novos cargos para jun- Duarte Leite e Alfonso Costa:<br />
E termina dizendo que vivemos secretários o sr. dr. Azevedo e Siltar<br />
á aposentação alguns centos <strong>de</strong><br />
numa atmosphera <strong>de</strong> empréstimos, va, que em todo o caso adhere á<br />
mil réis a mais.<br />
«O Grupo Republicano <strong>de</strong> Estudos<br />
Sociaes, não po<strong>de</strong>ndo permanecer es-<br />
<strong>de</strong> que nos não será fácil sair, o que<br />
manifestação.<br />
Não vale a pena insistir no que tranho aos boatos reproduzidos na im- nos será mesmo impossível fazê-lo—<br />
é evi<strong>de</strong>nte — em que, se estám aptos prensa europêa sobre uma próxima se o país se não resolver a romper <strong>de</strong><br />
para <strong>de</strong>sempenhar funcções do Es- alienação do território português na vez com a rotina que lhe prepara as Um dos casos <strong>da</strong> semana teve<br />
tado, continuem no exercício <strong>da</strong>s Africa oriental e, profun<strong>da</strong>mente im- últimas agonias por que pô<strong>de</strong> passar por prologonista o sr. Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> S.<br />
suas funcções e lhes não seja <strong>da</strong><strong>da</strong> pressionado pelos anlece<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> monarchia<br />
que mais <strong>de</strong> uma vez tentou<br />
um pôvo livre.<br />
Januario—a interessante figura pro-<br />
a aposentação.<br />
consummar este acto <strong>de</strong> traição, já ne- Vae estando <strong>de</strong> accôrdo comnosgressista, que, quando os seus par-<br />
Mas para que fazer reparos, se gociando tratados affrontosos, já tranco o jornal monárchico, orgão d'um tidários, em farça ignóbil, fingiram<br />
na burocracia portuguêsa ha logar sigindo e capitulando perante as im- ex-ministro d'estado... pelo menos fazer opposição revolucionária, se<br />
para todos ?. ..<br />
posições do extrangeiro, e não po<strong>de</strong>ndo nêste ponto fun<strong>da</strong>mental — no ap- manteve firme ás praxes constitu-<br />
ter a mínima confiança em que o<br />
Apontêmos sómente.<br />
actual governo, ou qualquer governo<br />
pêllo que, comnosco, ha tempos vem cionaes, não <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> compare-<br />
d'este regimen, possa <strong>de</strong>smentir, com fazendo á intervenção enérgica e cer on<strong>de</strong> o rei se apresentava e <strong>de</strong><br />
factos, ésses boatos mantendo intacta <strong>de</strong>cisiva do pôvo.<br />
tomar logar na diverti<strong>da</strong> comparsa-<br />
A. IMITAR... a nossa integri<strong>da</strong><strong>de</strong> territorial;<br />
Não ha outro meio. Sanear, puria <strong>da</strong>s occasiões solemnes.<br />
Protesta contra qualquer negociação rificar. .. para reconstituir.<br />
Foi que se divulgou, mesmo<br />
A câmara dos communs, em In- que envolva per<strong>da</strong> <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> ou<br />
pela imprensa d'affini<strong>da</strong><strong>de</strong>s goverglaterra,<br />
por proposta do major diminuição <strong>de</strong> soberania, e appella<br />
namentaes, que seria apresenta<strong>da</strong><br />
para a nação portuguêsa, que saberá<br />
Rasch, <strong>de</strong>cidiu limitar a duração cumprir o seu <strong>de</strong>ver, evitando pela Falia a arithmética ao Solar uma proposta ae lei isen-<br />
dos discursos parlamentares. imposição <strong>da</strong> sua vonta<strong>de</strong> essa <strong>de</strong>stando<br />
<strong>da</strong> reforma para o limite <strong>de</strong><br />
O major Rasch, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo a sua honra e esse crime».<br />
Eis a última situação do Banco e<strong>da</strong><strong>de</strong> os officiaes que fôssem mem-<br />
proposta, citou exemplos <strong>de</strong> orado-<br />
<strong>de</strong> Portugal, relativa a 12 do corbros do conselho d'estado.<br />
No sentido <strong>da</strong> moção fallaram, além<br />
res pairarem durante 2, 3, 4 e até do apresentante, os sócios Bessa <strong>de</strong> rente mês:<br />
O bravo general po<strong>de</strong>ria d'esta<br />
5 horas, e affirmou, com inteira ver- Carvalho, Alfonso Costa e João <strong>de</strong> A dívi<strong>da</strong> do lhesouro em conta forma continuar ostentando, com a<br />
<strong>da</strong><strong>de</strong>, sem dúvi<strong>da</strong>, que um ministro Freitas, sendo afinal approva<strong>da</strong> por corrente subiu <strong>de</strong> l8,723:364$270 mesma magestosa marciali<strong>da</strong><strong>de</strong>, a<br />
que não é capaz <strong>de</strong> exprimir o seu acclamaçao, no meio <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> enthu- para 19.625:7*7 réis, isto é; sua pittoresca figura, que, la<strong>de</strong>a<strong>da</strong><br />
pensamento sobre uma <strong>da</strong><strong>da</strong> quessiasmo». solfreu um augmento <strong>de</strong> 89:6I4$783 <strong>de</strong> dois aju<strong>da</strong>ntes e segui<strong>da</strong> por<br />
tão numa hora, e um <strong>de</strong>putado num E recolham agora a lingua d'ás- réis.<br />
três aju<strong>da</strong>ntes, é hoje um dos mais<br />
quarto <strong>de</strong> hora, não' sabem na<strong>da</strong> do pi<strong>de</strong>s, os calumniadores do progres- A circulação <strong>de</strong> notas augmen- <strong>de</strong>slumbrantes attraclivos <strong>da</strong>s tar<strong>de</strong>s<br />
seu offício e que não merecem ter sismo. ..<br />
tou <strong>de</strong> 58.680:866|650 para réis <strong>da</strong> Aveni<strong>da</strong>.<br />
assento no parlamento.<br />
59.I83:997|750, isto é: sofíreu um Mas abortou, pelo que parece, o<br />
E terminou com esta conceituosa<br />
augmento <strong>de</strong> 503:I32|000 réis. projectado plano.<br />
phrase:—- muita parra e pouca uva...<br />
Não ha eloquência que possa Não que o governo se conven-<br />
lEaàÃL^ôítâiiltê<br />
Vae-se abrir o parlamento (?)<br />
fallar mais alto do que a <strong>da</strong> sciência cesse <strong>de</strong> que era uma refina<strong>da</strong><br />
No regimen <strong>da</strong> papela<strong>da</strong> português. Não haverá um major O Diário do GoVerno publicou na dos números,<br />
pouca vergonha fazer uma lei <strong>de</strong>-<br />
Rasch que ponha um dique á pal- quinta feira um <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> elevado Em face <strong>de</strong> tudo isto, ha só uma cepção,<br />
Segundo as estatísticas officiaes, ratória parlamentar, nêste país on<strong>de</strong> alcance para a reconstituição do nos- rethórica a empregar.<br />
Mas nos quartéis murmurou-se e<br />
Versão $ emissão integral <strong>de</strong> notas disponível do Banco <strong>de</strong> em a parra digitalis.uc.pt<br />
é tudo e a uva na<strong>da</strong>? so crédito e fomento <strong>da</strong> nossa vi<strong>da</strong> Rethórica sem flôres.,. a gente %ue está hoje no po<strong>de</strong>rt
RESISTENCIA — Domingo, 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897<br />
como a que a prece<strong>de</strong>u, só alli enmuceno, entrou numa phase sobrecontra<br />
ain<strong>da</strong> motivos para recear e modo diverti<strong>da</strong>, após um ligeiro in-<br />
hesitar.<br />
ci<strong>de</strong>nte— o do filho do fallecido ar-<br />
Por isso não irá por <strong>de</strong>ante a chitecto procurar o director do Paiz,<br />
excepção em beneficio do sr. <strong>de</strong> S. não para lhe explicar a procedên-<br />
Januario e por isso se manterá a cia dos azulejos, mas para lhe pa-<br />
lei dos limites d'e<strong>da</strong><strong>de</strong> que a folha tentear modos aggressivos que fo-<br />
do sr. general Cornélio <strong>da</strong> Silva ram promptamente reprimidos.<br />
apropria<strong>da</strong>mente classifica <strong>de</strong> «si- O presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> commissão dos<br />
necura inventa<strong>da</strong> por ambiciosos monumentos nacionaes, tomando<br />
sem escrúpulos, que sacrificam ás conhecimento do facto, reclamou<br />
suas vantagens pessoaes os inte- providências ao ministro, lamentanresses<br />
do thesouro, as conveniêndo que a commissão na<strong>da</strong> pu<strong>de</strong>sse<br />
cias do serviço e os mais elementa- fazer, por não ter po<strong>de</strong>res.<br />
res princípios <strong>da</strong> justiça».<br />
E <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro grão-ducado,<br />
x<br />
como dizia ha tempos o gran<strong>de</strong> Marianno.<br />
Em questões <strong>de</strong> digni<strong>da</strong><strong>de</strong> pa- Existe uma gran<strong>de</strong> commissão<br />
triótica, posta ain<strong>da</strong> <strong>de</strong> parte a hy- para fiscalizar e zelar pelos monupóthese<br />
<strong>da</strong> ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> Lourenço Marmentos do Estado, para se oppôr<br />
ques, os que hontem bramavam in- aos attentados que contra elles posdignações<br />
contra os adversários, acsam praticar-se, mas essa commissão<br />
cusando-os <strong>de</strong> estarem vendidos á não tem auctorização para <strong>da</strong>r um<br />
Inglaterra t á South Africa, vam-se passo, para tomar uma iniciativa,<br />
affirmando eloquentemente. para emfim <strong>de</strong>sempenhar o papel<br />
Esta semana fizeram uma d'essas que lhe foi entregue.<br />
affirmações, publicando o <strong>de</strong>creto Lembra o caso o que succe<strong>de</strong>u<br />
que prorogara por 25 annos a con- com, a commissão <strong>de</strong> inquérito ás<br />
cessão á Companhia <strong>de</strong> Moçambi- casas religiosas, nomea<strong>da</strong> pelo parque,<br />
<strong>de</strong>mais accusa<strong>da</strong> d'affini<strong>da</strong><strong>de</strong>s lamento para as inspeccionar sob<br />
com a mesma South Africa, con- três aspectos — <strong>de</strong> hygiene, <strong>de</strong> restituí<strong>da</strong><br />
em gran<strong>de</strong> parte por capiligião e <strong>de</strong> ensino—e propôr o que<br />
taes dos sequazes <strong>de</strong> Cecil Rho<strong>de</strong>s houvesse por conveniente.<br />
e ácêrca <strong>da</strong> qual o orgão do sr. Sem gastar um real ao thesouro,<br />
José Luciano contou, com os <strong>de</strong>- visitou essa commissão to<strong>da</strong>s as cavidos<br />
commentários, estes e outros sas <strong>de</strong> Lisboa e arrabal<strong>de</strong>s. Depois<br />
factos:<br />
officiou ao ministro que três dos<br />
«Não imaginas a vergonhosa <strong>de</strong>sna- seus membros iam visitar as casas<br />
cionalização a que aquillo chegou ! <strong>da</strong> província e fariam to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>s-<br />
A lingua que se falia é a inglesa; pêzas á sua custa, excepto as <strong>de</strong><br />
nella se escrevem os editaes officiaes transportes, as quaes pediam fossem<br />
<strong>da</strong> companhia. A moe<strong>da</strong> corrente — é pagas pelo thesouro.<br />
inglesa. O capital—inglês. A proprie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
inglêsa.<br />
Era ministro o João Franco e<br />
O caminho <strong>de</strong> ferro — inglês, com presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Commissão o sr. Serpa<br />
operários e empregados inglêses. A na- Pimentel.<br />
vegação—inglêsa. As minas—inglêsas, A resposta foi que o governo<br />
com mineiros também inglêses. 0 commércio—<br />
inglês. Colonos portuguêses nem mesmo podia abonar as <strong>de</strong>s-<br />
três por junto, <strong>de</strong>vendo êste anno ha-' pêzas <strong>de</strong> transporte e a commissão<br />
ver para cima <strong>de</strong> 1:000 famílias por- dissolveu-se, inutilizando todos os<br />
tuguêsas estabeleci<strong>da</strong>s como o <strong>de</strong>ter- trabalhos feitos.<br />
minavam as obrigações do contrato!<br />
Os nossos dias santos e <strong>de</strong> gala não<br />
Os dois episódios, complelando-<br />
se respeitam. No <strong>da</strong> Padroeira do Reise, documentam o que sam em<br />
no e nos dos annos d'el-rei, está aber- Portugal as commissões—mero jogo<br />
ta a secretaria: No dia dos annos <strong>da</strong> scénico, <strong>de</strong>stinado a entreter in-<br />
rainha Victória ha festejos: E mil coicautos.sas mais graves que lerás, se os jornaes<br />
obrigarem o governo, como <strong>de</strong>-<br />
F. B.<br />
vem, a publicar o relatório que o Ay-<br />
« Q o<br />
res d'0rnella8 apresentou ao governador<br />
geral ácêrca <strong>da</strong> sua i<strong>da</strong> á Beira,<br />
acompanhando as praças que foram Ha dias um official do exército<br />
vigiar a passagem <strong>da</strong>s tropas inglêsas entrou na re<strong>da</strong>cção do Paiz, e <strong>de</strong>s-<br />
para Mashonaland e que, segundo me embainhou a espa<strong>da</strong>, na hypóthe-<br />
dizem, é um documento precioso a resse <strong>de</strong> que, aggredindo o re<strong>da</strong>ctor<br />
peito <strong>da</strong> questão.»<br />
<strong>da</strong>quellejornal,ficava <strong>de</strong>monstrado<br />
a to<strong>da</strong>s as luzes, que os azulejos<br />
Ain<strong>da</strong> esta semana, trouxe-nos o<br />
actualmente em leilão, do fallecido<br />
jornal a South Africa a nova <strong>de</strong> que architecto Nepomuceno, não foram<br />
o inglês John Scar <strong>de</strong>clarou que o subtrahidos ao estado.<br />
sr. Barros Gomes, o ministro que<br />
Pela frequência com que estes<br />
recebeu o ultimatum <strong>de</strong> 1890, não<br />
estava, como lhe haviam dito, mal<br />
factos se <strong>da</strong>m, e, por outro lado,<br />
pela abstenção com que os senhores<br />
disposto com os inglêses e que teve<br />
officiaes <strong>de</strong>ixam correr o marfim<br />
occasião <strong>de</strong> observar o contrário.<br />
dos negócios públicos, parece con-<br />
Mais ain<strong>da</strong>: — O Johannesburg<br />
cluir-se que as espa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> s. ex.<br />
Times affirmou que a Inglaterra vae<br />
tomar posse <strong>da</strong> ilha <strong>da</strong> Luluca para<br />
fins absolutamente pacíficos, e a imprensa<br />
do governo não protestou<br />
nem negou.<br />
Em face d'êstes factos e d'outros<br />
não resta dúvi<strong>da</strong> <strong>de</strong> que a alliança<br />
com a Inglaterra, levando aos extrêt<br />
mos <strong>da</strong> mais requinta<strong>da</strong> indigni<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
não é dos progressistas nem dos<br />
regeneradores.<br />
É <strong>da</strong> monarchia, e, por conseguinte<br />
os perigos sam os mesmos, enquanto<br />
ella existir, governem, em<br />
seu nome ou á sua or<strong>de</strong>m, regeneradores<br />
ou progressistas.<br />
X<br />
A questão dos azulejos, pertencentes<br />
a conventos do Estado, que<br />
ham <strong>de</strong> ser vendidos na próxima<br />
quinta feira, em leilão paiticular,<br />
como expólio do architecto Nepo-<br />
a! tram as ruas principaes <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, as corporações resente-se <strong>da</strong> inca- aprendiz garôto e inconsciente, e<br />
que nas outras nem é bom fallar. paci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> governação suprêma. Peixoto (serralheiro).<br />
Uma perfeita e absoluta vergo- Uma anedocta basta a stereoty- De resto, uma perfeita <strong>de</strong>sgraça.<br />
nha; é a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> canto, a par a situação. Reconheceu-se ha Do drama resalta um único ar-<br />
gritar a incúria, o <strong>de</strong>sleixo, o <strong>de</strong>s- tempos, que as águas <strong>da</strong>s fontes esgumento <strong>de</strong> mór valor: a miséria do<br />
mazelo municipal, para que não ha tavam inquina<strong>da</strong>s <strong>de</strong> princípios <strong>de</strong>- operariado. Mas é estafado <strong>de</strong> mais<br />
<strong>da</strong> parle dos edis illustres um moletérios, que constituíam a ameaça para assumptos <strong>de</strong> theatro.<br />
mento <strong>de</strong> attenção.<br />
contagiosa e permanente <strong>de</strong> doen- O <strong>de</strong>sempenho revela-nos só-<br />
Em qualquer ponto a que nos ças graves.<br />
mente a fraqueza extrema <strong>da</strong> com-<br />
queiramos referir, sam constantes Houve <strong>de</strong>scomedi<strong>da</strong> agitação <strong>de</strong> panhia. Por isso lhe retirámos a<br />
os factos a <strong>de</strong>monstrar o <strong>de</strong>sprezo susto, e todos os agentes adminis- benevolência que lhe dispensámos<br />
<strong>da</strong> câmara pajo cumprimento dos trativos,compenetrados <strong>da</strong>s respon- no último número. Por isso e para<br />
seus <strong>de</strong>veres.<br />
sabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s suas atlribuições, evitar que <strong>Coimbra</strong> seja avalia<strong>da</strong><br />
A Quinta <strong>de</strong> Santa Cruz encon- enten<strong>de</strong>ram congregar os seus es- pela indulgência <strong>da</strong> sua plateia.<br />
tra-se num estado <strong>de</strong>plorável, e os forços para impedir a prorogação Hontem, A Dama <strong>da</strong>s Camélias,<br />
proprietários teem razões <strong>de</strong> sobra do mal.<br />
<strong>de</strong> que já fallámos ha tempos, quan-<br />
para accusar a câmara <strong>de</strong> os ter Meditaram com afinco e <strong>de</strong>batedo <strong>de</strong>sempenhado pelos mesmos ar-<br />
ludibriado, visto tê-los obrigado a ram longamente, até que uma idéa tistas.<br />
construir sem lhes <strong>da</strong>r garantias luminosa brotou <strong>da</strong>s locubrações<br />
<strong>de</strong> nenhuma or<strong>de</strong>m.<br />
dos cérebros escan<strong>de</strong>cidos.<br />
A rua oriental <strong>de</strong> Montarroio Em ca<strong>da</strong> fonte foi posto o seguin-<br />
está cheia <strong>de</strong> barrancos fundos, <strong>de</strong> te dístico: — « Esta água não serve Uo Oriente<br />
4<br />
meio metro e mais, a todo o com- para uso interno.»<br />
primento. Completamente inutiliza- E lavavam suas mãos numa bem- Ain<strong>da</strong> não está assegura<strong>da</strong> a paz<br />
<strong>da</strong>, lia muitos annos sem um reparo. aventurança <strong>de</strong> tranquiili<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> entrega Grécia'e a Turquia, e, con-<br />
Economias municipaes. ..<br />
gôso!<br />
seguintemente, ain<strong>da</strong> não estám sus-<br />
As ruas em volta <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, Mas reclamar providências, apospensas as hostili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, por a Tur-<br />
<strong>de</strong>testáveis. Pois se até as centraes trophar os que dormem, tudo será quia não consentir no armistício, te-<br />
eslám uma vergonha!.. .<br />
inútil!<br />
mendo uma reorganização <strong>da</strong>s for-<br />
Senhores vereadores, mais pudor Nêste torrão abençoado para as ças gregas.<br />
administrativo e mais consciência gran<strong>de</strong>s cal tmi<strong>da</strong><strong>de</strong>s têmos o recur- Chegou a phase <strong>de</strong> pôr <strong>de</strong> parte<br />
dos seus <strong>de</strong>veres!<br />
so inexaurível <strong>da</strong> protecção divina. a piéguice do sentimentalismo e<br />
Será o que Deus quizer — é o olhar, <strong>de</strong> ânimo sereno, o campo <strong>da</strong><br />
prolóquio lusitano, que <strong>de</strong>safoga <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrota entre as duas raivosas ini-<br />
DE JUSTIÇA cui<strong>da</strong>dos e nos tem levado á glómigas. Consta-nos que os empregados<br />
ria !<br />
A Turquia está, a nosso vêr, no<br />
incontestável direito <strong>de</strong> pôr as con-<br />
do commércio, no ramo <strong>de</strong> merceadições<br />
<strong>de</strong> paz, que julgue compatíria,<br />
vam constituir <strong>de</strong>ntre si uma<br />
veis com o seu brio militar oííendi-<br />
commissão encarrega<strong>da</strong> <strong>de</strong> promo- Museu arclieológ-ico<br />
do, procurando, quanto possível,<br />
ver o encerramento <strong>da</strong>s mercearias<br />
ao domingo, <strong>da</strong>s 3 horas <strong>da</strong> tar<strong>de</strong><br />
O sr. dr. José <strong>de</strong> Sousa Nazareth resarcir-se dos prejuízos causados<br />
em diante, a exemplo do quejá suc-<br />
offereceu ao museu archeológico do por uma guerra que não provocou,<br />
ce<strong>de</strong> em outros ramos do commér-<br />
Instituto quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> notáveis antes força<strong>da</strong>mente acceilou.<br />
cio.<br />
peças <strong>de</strong> olaria romana, <strong>de</strong>scobertos Allega-se por ahi que a Grécia<br />
no local on<strong>de</strong> em tempos existiu o não dispõe <strong>de</strong> recursos para o paga-<br />
Achámos justíssima a pretensão,<br />
caslrum <strong>de</strong> Medobriga, vulgarmente mento <strong>da</strong> in<strong>de</strong>mnização exigi<strong>da</strong>.<br />
em cuja realização não vêmos in-<br />
conhecido pelo nome <strong>de</strong> Aramenha.<br />
convenientes irreductiveis.<br />
Para que se lançou entám numa<br />
Estas peças; algumas cm perfeita guerra <strong>de</strong> resultados duvidosos ?<br />
conservação e com a marca do ar- Para que pôs entám o rei Jorge<br />
tífice, foram colligidos pelo sr. José a sua corôa na ponta <strong>da</strong>s espa<strong>da</strong>s<br />
0 miasma ás soltas Augusto d'Orb Camarate, <strong>de</strong> Por- dos seus generaes ?<br />
talegre, com o <strong>de</strong>svêlo d'um amador Francamente, o bárbaro por ser<br />
É corrente que os assumptos <strong>de</strong> inlelligente e <strong>de</strong>dicado. t bárbaro tem direitos como os civi-<br />
preferência impostos á sollicitu<strong>de</strong><br />
v<br />
lizados, como os cultos, que pro-<br />
<strong>da</strong>s vereações municipaes sam os<br />
• • • — f r — clamam a efficácia do abuso contra<br />
que interessam á limpêza e á hy-<br />
os <strong>de</strong>sprotegidos <strong>da</strong> sympathia dos<br />
giene públicas.<br />
THEATRO PRÍNCIPE REAL gran<strong>de</strong>s.<br />
Com tudo, por uma inversão que<br />
O heroísmo do pôvo grêgo, em<br />
atropella os mais rudimentares pre- Subiu á scena na quinta feira, que tanto confiámos no começo <strong>da</strong><br />
ceitos <strong>de</strong> honesti<strong>da</strong><strong>de</strong> administrati- como dissémos, o drama A vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> questão, <strong>de</strong>ixou muito a <strong>de</strong>sejar nos<br />
va, é exactamente em <strong>Coimbra</strong> essa um rapaz pobre. Não assistimos, e, campos <strong>de</strong> batalha. Além <strong>da</strong> cobar-<br />
questão que menos preoccupa os por isso, na<strong>da</strong> podêmos dizer. dia <strong>da</strong> fuga, tem a <strong>de</strong>primi-lo, ain-<br />
prestimosos ci<strong>da</strong>dãos que os sufrá- Na sexta feira, como annunciá<strong>da</strong> mais. a vergonha <strong>da</strong> súpplica ás<br />
gios do concelho empoleirou nos ramos, representou-se, no mesmo potências para por ellas interce<strong>de</strong>-<br />
escabellos curues.<br />
theatro, o drama Os que trabalham, rem junto d'aquelles a quem lança-<br />
Por vezes, médicos e hygienistas <strong>de</strong> Ernesto <strong>da</strong> Silva. Tem <strong>de</strong>feitos, ra o mais au<strong>da</strong>cioso dos reptos.<br />
têem estado á frente <strong>da</strong> gerência e muitos. Ha nelle algumas scenas Magoou-nos o procedimento <strong>da</strong><br />
camarária, sem que a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> se te- bem <strong>de</strong>linea<strong>da</strong>s a par d'outras <strong>de</strong>- Grécia. Não esperávamos d'ella a<br />
nha purgado <strong>da</strong> infecção dos monmasiado fracas. A acção, em si, não vergonha <strong>da</strong> sujeição. Esperávamos,<br />
turos.<br />
é attrahente, embora haja nella mui- sim, a lucta porfia<strong>da</strong>, tenaz, lucta<br />
Ha ruas qu(ídurante a noite sam to <strong>de</strong> bom. Para obra <strong>de</strong> propagan- sem tréguas, guerra sem quartel, a<br />
intransitáveis, como collectores <strong>de</strong> <strong>da</strong> achámo-la excessivamente pala- que só <strong>da</strong>riam fim a morte ou a vi-<br />
,<br />
esgôto.<br />
vrosa e muito pouco convincente. ctória.<br />
quando não representam fielmente<br />
O mercado nas horas <strong>de</strong> maior Isto quanto á obra em si.<br />
Não comprehendêmos como pos-<br />
uma insígnia <strong>de</strong> paz, sám consi<strong>de</strong>-<br />
•calor exhala o fétido nauseante <strong>de</strong> Quanto ao <strong>de</strong>sempenho, é ver<strong>da</strong>sa viver com digni<strong>da</strong><strong>de</strong> qaem não<br />
rados objectos <strong>de</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> particu-<br />
matérias pútri<strong>da</strong>s!<br />
<strong>de</strong>iramente <strong>de</strong>testável. Chega a fa- soube morrer no campo <strong>da</strong> honra.<br />
laríssima para os <strong>de</strong>sabafos pes- Os passeios mais frequentados, zer per<strong>de</strong>r as estribeiras á paciên- Só admittimos dois extrêmos na<br />
soaes.<br />
como o Caes, a estra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Beira, o cia do mais indulgente espectador! lucta d'um fraco contra um forte.<br />
Penedo <strong>da</strong> Sau<strong>da</strong><strong>de</strong>, etc., pesa so- Pato Moniz <strong>de</strong>u-nos um serra- Evite aquelle, quanto possível,<br />
Como <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> bravura<br />
bre elles uma almosphera <strong>de</strong> estrulheiro (tecelão, segundo a informa- o <strong>de</strong>senlace. Mas. na impossibili<strong>da</strong>-<br />
militar, é para fazer rir; como<br />
comprehensão do préstimo d'uma<br />
meira!ção<br />
<strong>da</strong> mulher) que tem muito pou<strong>de</strong> do bom êxito <strong>de</strong> todos os recur-<br />
espa<strong>da</strong> é para fazer chorar 1<br />
Por lodos os recantos nas ruas co <strong>de</strong> operário e algo <strong>de</strong> popular sos <strong>da</strong> prudência, uma vez arremes-<br />
<strong>de</strong> maior trânsito se improvisam José Augusto. Não sabe dizer; <strong>de</strong>sado ao fragôr <strong>da</strong> peleja, saiba cum-<br />
mictórios; e os poucos que existem clama, sempre que para tal tem enprir o <strong>de</strong>ver que a si mesmo se im-<br />
apropriados estám convertidos em sejo; e, quanto a lágrimas... é um pôs.<br />
A incúria municipal<br />
chiqueiros úricos e immundos que louvar a Deus.<br />
Supplícou misericórdia. Pois sim;<br />
Na rua <strong>da</strong> Ca<strong>de</strong>ia, que está qua- repellem!<br />
Antónia <strong>de</strong> Sousa apresentou-se mas ao vencedor é que assiste o insi<br />
intransitável como to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong> Voltámos positivamente aos an- com uma lysica que faria rir um contestável direito <strong>de</strong> dictar as cláu-<br />
<strong>Coimbra</strong>, com covas significativas tigos tempos dos zeladores munici- companheiro <strong>de</strong> infortúnio. sulas do seu perdão.<br />
<strong>da</strong> acura<strong>da</strong> attenção que merecem paes, em que a via pública era o Luciano e Emília, attentas as Perdão vergonhoso e humilhante,<br />
á Câmara municipal os interesses receptáculo <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>spejos e péssimas quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> companhia, perdão que um fraco nunca <strong>de</strong>ve<br />
dos munícipes, andou um calcetei- <strong>de</strong>jecções; havia porcos e gallinhas com muito custo pu<strong>de</strong>ram fazer coi-1 acceilar, e muito menos pedir a um<br />
ro a espalhar remendos d'um cal- pelas ruas, e no páteo <strong>da</strong> Universi- sa que algum geito tivesse. forte, lenha embora <strong>de</strong> cair em poscetamento<br />
irrisóiio. A coisa ficou <strong>da</strong><strong>de</strong> pastavam livremente um ju- Os únicos que souberam manter tas sob o gládio do vencedor.<br />
como estava, se não peor do que mento e duas cabras 1...<br />
nos seus papeis uma certa natura- * Um telegramma do Herald, pro«<br />
Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />
d'antes, e do mesmo modo se encon- A acção administrativa <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s li<strong>da</strong><strong>de</strong> foram A<strong>de</strong>lina Ruas, como veniente <strong>de</strong> Constantinopla, insist§
RESISTENCIA — Domingo, 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897<br />
em que eslám suspensas as relações A par <strong>da</strong>s suas informações optimistas,<br />
chegam-nos informações extra-of-<br />
diplomáticas entre o governo <strong>da</strong> Suficiaes, que<strong>da</strong>m um aspecto <strong>de</strong> graviblime<br />
Porta e o governo francês, em <strong>da</strong><strong>de</strong> á marcha dos acontecimentos,<br />
consequência <strong>de</strong> uma scena <strong>de</strong>s- provoca<strong>da</strong> Ultimamente pela intervenagradável<br />
occorri<strong>da</strong> entre o Sultão ção directa <strong>da</strong> nação norte-americana.<br />
e o embaixador <strong>da</strong> França na Tur- Mac-Kinley pediu informes ácêrca <strong>da</strong><br />
situação dos insurrectos. E as noticias<br />
quia, o sr. Cambon, numa <strong>da</strong>s au- por elle recebi<strong>da</strong>s estám numa flagrandiências<br />
passa<strong>da</strong>s. Segundo parete contradicção como as que tem puce,<br />
o Sultão pediu, sem resultado, blicado o governo hespanhol.<br />
a retira<strong>da</strong> <strong>da</strong> sua côrte do alludido E tanto que, apresenta<strong>da</strong> no senado<br />
representante.<br />
dos Estados-Unidos a proposta do reconhecimento<br />
dos insurrectos como<br />
Em virtu<strong>de</strong> d'isto, parle <strong>da</strong> es- belligerantes, foi quasi unánimemente<br />
quadra francêsa, estaciona<strong>da</strong> nas approva<strong>da</strong>, sendo a sua approvação<br />
águas do Oriente, recebeu or<strong>de</strong>m sancciona<strong>da</strong> pela câmara dos repre-<br />
para se*dirigir a Besika-Bay, on<strong>de</strong> sentantes. E esta resolução do senado<br />
e <strong>da</strong> câmara fui provoca<strong>da</strong> pelas ex-<br />
se encontram já alguns navios <strong>da</strong> cellenles situação e disposições dos<br />
Grã-Bretanha.<br />
<strong>de</strong>fensores <strong>da</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Cuba, sen-<br />
* Segundo dizem <strong>de</strong> Athenas, os do agora <strong>de</strong> esperar que Mac Kinley<br />
chefes insurrectos <strong>de</strong> Creta estabe- não faça gran<strong>de</strong> reparo na sua approleceram<br />
um governo provisório, após vação, atten<strong>de</strong>ndo ao seu passado <strong>de</strong><br />
lucta intransigente pela causa cubana,<br />
a evacuação <strong>da</strong>s tropas grêgas. às suas promessas, e ao aspecto eco-<br />
* A agitação em Athenas voltou nómico por que agora é encara<strong>da</strong> a<br />
a ser extraordinária. E <strong>de</strong> esperar guerra.<br />
que, <strong>de</strong> um momento para o outro, 0 sr. Cánovas tem, pois, as mais ar-<br />
surjam graves acontecimentos 011 se <strong>de</strong>ntes esperanças no veto presi<strong>de</strong>n-<br />
realizem perigosas manifestações. cial, visto que o reconhecimento <strong>da</strong><br />
* Seguem os últimos telegram- belligeráncia é potestativo <strong>de</strong>Mac-Kinley,<br />
o que tira a importância ás votamas:ções<br />
do senado e <strong>da</strong> câmara dos representantes.<br />
Chalkis, 20, n — Os turcos em nú- Da maneira <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r do presimero<br />
<strong>de</strong> 15:000, proseguindo as "hos<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> gran<strong>de</strong> República, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>,<br />
tili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, atacaram os grêgos, terça- pois, a sorte <strong>da</strong>s armas hespanholas,<br />
feira, em Plourka, e no dia seguinte e não <strong>da</strong> valentia <strong>de</strong> Weyler.<br />
em Taratza, afim <strong>de</strong> lhes cortar a Com êste na<strong>da</strong> tem que contar. É<br />
retira<strong>da</strong>. O violento combate cessou aquelle o árbitro suprêmo, que não<br />
por causa do armisticio, e os grêgos 'ará <strong>de</strong>morar muito a sua importante<br />
retirarapi sobre La mia. Os turcos tra- e capital <strong>de</strong>cisão.'<br />
tam <strong>de</strong> concentrar-se em Plourka. 0<br />
príncipe real Constantino estabeleceu o<br />
seu quartel general Tnashermópylas<br />
0 exército acha-se em Moio, Lamia e<br />
Thermópylas.<br />
Paris, 21.—Uma nota <strong>da</strong> Agencia<br />
Havas <strong>de</strong>smente o boato <strong>da</strong> <strong>de</strong>missão<br />
do sr. Cambon <strong>de</strong> embaixador <strong>da</strong><br />
Republica francêsa em Constantinopla<br />
e do rompimento <strong>da</strong>s relações diplomáticas<br />
franco-turcas.<br />
Canéa, 21, n — Retiraram já <strong>de</strong><br />
Creta to<strong>da</strong>s as tropas grêgas.<br />
CUBA<br />
Como prevlramos, a situação <strong>da</strong> Hespanha<br />
tornou-se muito grave, nêstes<br />
últimos dias. Resurgem os tempos em<br />
que por to<strong>da</strong> a nação vizinha echoavam<br />
os brados <strong>de</strong> protesto contra o proce<strong>de</strong>r<br />
dos Estados-Unidos.<br />
Weyler tranquillisa com a mentira.<br />
Chega a suppôr completamente abafa<strong>da</strong><br />
a insurreição, e felicita o seu governo<br />
pelo brilhante resultado.<br />
Que modéstia!... E que <strong>de</strong>scara<br />
mento, santo Deus 1...<br />
« Folhetim <strong>da</strong> RESISTENCIA<br />
ALÉXIS BOUVIER<br />
0 casamento d^m forçado<br />
SEGUNDA PARTE<br />
A casa Bérard «fc C 1 . 4<br />
mando as duas construcções em brazeiros<br />
enormes. Passados 20 minutos<br />
estava reduzido a cinzas um dos chalets,<br />
e o outro, o incombustível, levemente<br />
carbonizado exteriormente, sem<br />
as pare<strong>de</strong>s internas terem soffrido<br />
<strong>da</strong>mno algum.<br />
Depois do incéndo do Bazar <strong>da</strong> Cari<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
em Paris, <strong>de</strong>sperta ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro<br />
e legítimo interesse este meio <strong>de</strong> construcções,<br />
que não tar<strong>da</strong>rá a ser posto<br />
em prática na Inglaterra. Nos Estadosllnidos<br />
já foram man<strong>da</strong>dos construir<br />
navios <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira incombustível pelo<br />
mesmo processo.<br />
Falleceu, na última sexta feira, a<br />
sr.<br />
Intervenção dos Estados-Unidos<br />
Washington, 21, t.—Consta que no<br />
conselho <strong>de</strong> gabinete <strong>de</strong> hoje foi expressamente<br />
manifestado que o presi<strong>de</strong>nte<br />
Mac-Kinley está resolvido a empregar<br />
a sua acção em fazer cessar a<br />
efíusão <strong>de</strong> sangue em Cuba, tanto<br />
quanto possível sem guerra.<br />
•••<br />
<strong>Notícias</strong> <strong>diversas</strong><br />
No dia 14 foi feita em Londres uma<br />
curiosa experiência <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira incomlustivel,<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sujeita a <strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />
operações chímicas.<br />
Realisaram a experiência nas seguintes<br />
condições:<br />
Construíram dois chalets <strong>de</strong> pinho e<br />
casquilha; um <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ordinária e<br />
outro <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira torna<strong>da</strong> incombustível.<br />
Uataram-nos <strong>de</strong> petróleo e <strong>de</strong>iíaram-<br />
Ihes o fogo. Em breve as chammas se<br />
apo<strong>de</strong>raram <strong>da</strong>s ma<strong>de</strong>iras, transfor<br />
XII<br />
Em casa <strong>de</strong> gente honra<strong>da</strong><br />
—Quer saber tudo? Pois entám ahi<br />
vae a razão: Ha dois annos que nós<br />
trabalhamos todos três por conta <strong>de</strong><br />
Lorémont.<br />
—0 barão! emendou Lalongueur in<br />
genuamente.<br />
Grosbouleau encolheu os hombros.<br />
Cardinet ria com vonta<strong>de</strong>.<br />
— Des<strong>de</strong> êsse dia qua nós somos<br />
roubados, como se an<strong>da</strong>ssemos sempre<br />
num pinhal... no dia do negócio <strong>da</strong><br />
Gran<strong>de</strong> Jatte, nós e Petite tínhamos<br />
dito...<br />
— Petite? perguntou Cardinet.<br />
— Petite, é minha... mulher...<br />
— Ah! sua mulher fazia parte <strong>da</strong> quadrilha.<br />
.. <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> dos ripers—<br />
—Como diz.<br />
«—Depois?<br />
, Depois, vendo que eratnos roubados<br />
todos os dias, tínhamos resolvi-<br />
a Graças aos Exforços do sr. Joaquim<br />
<strong>de</strong> Vasconcellos e á attitu<strong>de</strong> do povo<br />
<strong>de</strong> Tarouca escaparam ain<strong>da</strong> d'esta<br />
vez os quadros góthicos que o sr.<br />
Pacculy, crítico ju<strong>de</strong>u, queria levar por<br />
seis contos <strong>de</strong> réis.<br />
Agora o Jornal do Commércio informa<br />
que o sr. José d'Azevedo Castello<br />
Branco já offerecera também por<br />
elles dois contos <strong>de</strong> réis.<br />
Pobres quadros!..,<br />
Realizâ-se hoje, pela 1 hora e meia<br />
<strong>da</strong> tar<strong>de</strong>, a inauguração do novo matadouro.<br />
Agra<strong>de</strong>eêmos o convite, que<br />
D. Maria Thereza, estremeci<strong>da</strong> filha nos foi offerecido pela Direcção.<br />
do sr. dr. Cunha Leitão, a quem enviámos<br />
os nossos pêsames.<br />
A fina<strong>da</strong> contava apenas 16 annos<br />
Regressou, <strong>de</strong> Lisboa a esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong> e<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
o sr. dr. Neve» e Castro, juiz <strong>de</strong> Direito<br />
d'esta comarca.<br />
Têem-se aggravado os pa<strong>de</strong>cimentos<br />
do sr. Joaquim Maria Martins, sogro do<br />
nosso amigo sr. Francisco Nazareth. Os srs. drs. Daniel <strong>de</strong> Mattos e<br />
Sousa Refoios foram eleitos pela Facul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Medicina para representarem<br />
Falleceu na Covilhã o sr. António a Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> no congresso <strong>de</strong> cirúr<br />
Mousaco, <strong>de</strong> 21 annos <strong>de</strong> e<strong>da</strong><strong>de</strong>, filho gia hispano-português, que em 10<br />
querido do commen<strong>da</strong>dor sr. João Nu d'outubro próximo <strong>de</strong>verá realizar-se<br />
nes Mousaco, sócio <strong>da</strong> firma Alça<strong>da</strong> & em Madrid.<br />
Mousaco, que muitos annos teve nesta<br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong> um <strong>de</strong>pósito <strong>da</strong> sua importaate<br />
fábrica, e aquém enviamos a expressão<br />
<strong>da</strong>s nossas mais senti<strong>da</strong>s condolências. Revistas e jornaes<br />
Continúa recebendo o mais lisongeiro Perfis» Contemporâneos — Retra<br />
acolhimento a organização <strong>da</strong> exposi- tos, biographias e litteratura.<br />
Acha-se publicado o n.° 30 d'esta exeellente<br />
ção dos trabalhos <strong>de</strong> Leandro Braga. revista quinzenal que se publica em Lisboa.<br />
A exposição realizar-se-ha no palácio Insere este número um bello retraio do dr.<br />
do sr. Marquez <strong>da</strong> Foz, que foi amigo Manuel António Moreira Júnior, lente <strong>da</strong> Es-<br />
do artista e possue algumas <strong>da</strong>s suas ehóIa-Médico-Cinirgica d'aquella ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, e <strong>de</strong>putado<br />
ha pouco nomeado para representar no<br />
obras mais interessantes.<br />
pseudo-parlamento a capital do reino.<br />
A maior parte dos possuidores dos Acompanha o retrato uma biographia sub-<br />
trabalhos <strong>de</strong> Leandro Braga prestaramscripta por Curry Cabral.<br />
se a expô los, outros permittiram que<br />
se tirassem photographias; será por<br />
isso uma exposição completa <strong>da</strong> obra<br />
do artista.<br />
0 cartaz, que ê impresso gratuitamente<br />
pela Companhia Nacional Editora<br />
é <strong>de</strong>senhado por A. Baeta collaborador,<br />
<strong>de</strong> Leandro Braga em alguns dos seus<br />
trabalhos, e pintor<strong>de</strong>corador justamente<br />
estimado, que ain<strong>da</strong> ha pouco, esteve<br />
em <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> passagem para Luso<br />
on<strong>de</strong> fôra expressameute para <strong>de</strong>corar<br />
a habitação do sr. dr. Ayres <strong>de</strong> Campos.<br />
Encontra-se gravemente enferma, ha<br />
já bastantes dias, a ex. mi sr. 8 Câmara indicações offereci<strong>da</strong>s a bem<br />
<strong>da</strong>s condições hygiénicas d'este estabelecimento,<br />
vendo-se que os peritos o<br />
consi<strong>de</strong>ram assim em condições <strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>r funccionar, sem prejuízo para a<br />
saú<strong>de</strong> pública.<br />
Offerecendo-se comtudo, dúvi<strong>da</strong>s<br />
ácêrca <strong>da</strong> execução do projecto para a<br />
construcção do edifício, resolveu a<br />
mesma Câmara pedir nova informação<br />
dos peritos, ficando d'elia <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
a <strong>de</strong>liberação a tomar para a abertura<br />
do matadouro á exploração.<br />
0 CALLIC1DA <strong>de</strong> que é auctor o sr.<br />
António Franco, é um exeellente preparado<br />
para a extracção dos callos,<br />
tendo, sem dôr, <strong>da</strong>do os melhores resultados<br />
no praso <strong>de</strong> oito dias.<br />
Penafiel — Antonio José Ribeiro.<br />
AGRADECIMENTO<br />
0 Cabido <strong>da</strong> Sé Cathedral d'esta<br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, em extremo penhorado, vem<br />
agra<strong>de</strong>cer por êste modo às respeitáveis<br />
auetori<strong>da</strong><strong>de</strong>s civis, administrativas,<br />
judiciaes e militares; digníssimos<br />
lentes <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>, reitor e professores<br />
do lyceu e seminário; câmara<br />
municipal, Associação Commercial, Instituto,<br />
re<strong>da</strong>ctores <strong>da</strong> imprensa, Associações<br />
dos bombeiros voluntários e<br />
municipaes; rev.<br />
•••<br />
Camara Municipal <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />
D. Virgínia<br />
Augusta <strong>de</strong> Carvalho, estremeci<strong>da</strong><br />
filha do nosso bom amigo sr.<br />
A<strong>de</strong>lino Augusto Pereira <strong>de</strong> Carvalho,<br />
o que <strong>de</strong>veras sentimos.<br />
A' gentilissima menina <strong>de</strong>sejámos um<br />
prompto restabelecimento.<br />
os arciprestes, párochos<br />
e clérigos <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> fóra; às<br />
illustres <strong>da</strong>mas <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, preclaros<br />
cavalheiros e nobres académicos e<br />
mais lieis que se dignaram honrar com<br />
a sua presença o solemne Te-Deum<br />
que se celebrou na Sé Cathedral no<br />
dia 19 do corrente, para commemorar<br />
o jubileu episcopal <strong>de</strong> s. ex. s rev. ma o<br />
sr. bispo con<strong>de</strong>.<br />
A todos protestamos o nosso profundo<br />
reconhecimento.<br />
<strong>Coimbra</strong> e Sé Cathedral, 22 <strong>de</strong> maio<br />
<strong>de</strong> 1897.<br />
O presi<strong>de</strong>nte do cabido,<br />
Conego José Ferreira Fresco,<br />
Edital<br />
Resumo <strong>da</strong>s <strong>de</strong>liberações toma<strong>da</strong>s na<br />
sessão extraordinária <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> maio O \ doutorLuís d. a, Costa<br />
<strong>de</strong> 1897.<br />
e Almei<strong>da</strong>, provedor<br />
d.si ganta O as a <strong>da</strong> Mi-<br />
Presidência do dr. Luiz Pereira <strong>da</strong> sericórdia <strong>de</strong> Coim-<br />
Costa.<br />
bra.<br />
Vereadores presentes:—Bacharel José<br />
Augusto Gaspar <strong>de</strong> Mattos, José An Faço saber que, por <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong><br />
tónio Lucas, José António dos Santos, Mêsa <strong>da</strong> mesma Santa Casa, se acha<br />
António José <strong>de</strong> Moura Bastos, José Mar- aberto concurso, por espaço <strong>de</strong> quinze<br />
ques Pinto e Albano Gomes Paes, efe- dias, para o provimento <strong>de</strong> dois logactivos.res<br />
<strong>de</strong> merceeira do número <strong>da</strong> Santa<br />
Approvou a acta <strong>da</strong> sessão anterior. Casa.<br />
Apresentado pela presidência o re- As concorrentes <strong>de</strong>vem instruir os<br />
latório dos engenheiros, convi<strong>da</strong>dos seus requerimentos cora certidão <strong>de</strong><br />
para o exame do ediOcio do novo ma- e<strong>da</strong><strong>de</strong>, pela qual mostrem ter pelo metadouro<br />
e lido em acto <strong>de</strong> vereação nos 50 annos, attestado <strong>de</strong> que são<br />
êste documento, foram aprecia<strong>da</strong>s pela viuvas ou solteiras pobres, honestas e<br />
virtuosas, e <strong>de</strong> que resi<strong>de</strong>m em <strong>Coimbra</strong><br />
ou seus arredores, passado pelo<br />
do montar estabelecimento à parte, por é possível. Vou vêr. Fico <strong>de</strong>sasoccega- e pensou no que lhe conviria fazer. respectivo párocho.<br />
nossa conta.<br />
do, aviso Lalongueur... e disse para Estava seguro pelo lado dos três a Secretaria <strong>da</strong> Santa Casa <strong>da</strong> Miseri-<br />
-—Um estabelecimento <strong>de</strong> quê?... mira : Elle an<strong>da</strong> <strong>de</strong>sconfiado que a gen- quem tratava, ignoravam o plano do córdia <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, 22 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />
— De... <strong>de</strong>.... <strong>de</strong> disse Gros te o quer <strong>de</strong>ixar, e vae-nos fazer algu- barão. Foram só três a saber o segredo 1897.<br />
bouleau embaraçado, <strong>de</strong>... o senhor ma parti<strong>da</strong>... Efectivamente, dois dias <strong>de</strong> Bérard—a Linotte, Lorémont e elle<br />
0 provedôr,<br />
já enten<strong>de</strong>u, <strong>de</strong>. ... ven<strong>da</strong>, compra e <strong>de</strong>pois soube que elle tinha man<strong>da</strong>do Com os três patifes que tinha na frente<br />
Luis <strong>da</strong> Costa e Almei<strong>da</strong><br />
troca <strong>de</strong> mercadorias provenientes <strong>da</strong> uma pessoa a casa <strong>de</strong> Bérard. elle podia <strong>da</strong>r cabo do barão. Convinha<br />
ven<strong>da</strong>...<br />
— Quem lh'o disse?<br />
por isso tê-los do seu lado.<br />
— Sim ! Sim ! Já entendi<br />
Desta vez ain<strong>da</strong> Grosbouleau não en- Via bem que elles tinham pelo me- Gran<strong>de</strong> Utili<strong>da</strong><strong>de</strong> Commercial<br />
— Nêsse dia, an<strong>da</strong>vamos nós a tracontrou resposta.<br />
nos tanto ódio ao barão como elle, era<br />
balhar, quando eu vi o barão pegar — Não quero dizer...<br />
necessário encontrar um pretexto que Novas tabellas <strong>de</strong> câmbio directo entre<br />
num retrato <strong>de</strong>pendurado sobre o fo- —Diga! Diga! Foi em casa do nosso<br />
explicasse a sua lucta com o barão.<br />
Inglaterra, Portugal e Brazil<br />
gão, olhar para elle...<br />
patrão...<br />
Depois d'alguns minutos Cardinet disse:<br />
POR<br />
— 0 fogão <strong>de</strong> casa <strong>de</strong> Bérard ?<br />
-Quem lb'0 tinha dito, a elle.<br />
— Pois bem! Lá vae: a mulher que A. DE SOUSA PAUPER10<br />
— Exacto, e dizer: Eu conheço êste -0 barão tinha vindo a casa d'elle<br />
vocês viram com o barão, recusou-se<br />
typo ! Pergunta-me o nome do proprie- pedir informações <strong>de</strong> Bérard... Entàm<br />
a servir os projectos d'elle qu» eram Des<strong>de</strong> 6 a 58 "/»<br />
tário <strong>da</strong> casa, a gente dizlh'o; porque eu disse para mim: é necessário saber<br />
entregar-vos à justiça, <strong>de</strong>nunciando o<br />
se tinha informado !...<br />
o que elle vae lá fazer... Foi entám<br />
furto <strong>da</strong> Gran<strong>de</strong> Jatte d'outra maneira<br />
— Como! Informado?<br />
que nós <strong>de</strong>cidimos que Petite iria ser-<br />
differente.<br />
— Exacto! Quando ha um negócio vir. Ella foi ter com a mulher que -Eu já <strong>de</strong>sconfiava, exclamou Gros-<br />
planeado, a gente informa-se; porque ven<strong>de</strong> a fructa para casa <strong>de</strong> Bérard, bouleau.<br />
não gosta <strong>de</strong> trabalhar senão com o diseram-lhe que precisava <strong>de</strong> nova -An<strong>da</strong> a gente a massar-se pelos<br />
que é bom... Se nos dizem: sam ope- crea<strong>da</strong>, e tomáram-na. Ahi está!... outros, disse Lalongueur.<br />
rários, gente pobre... Os moveis dos — Ella espiava Bér&rd?...<br />
— Hoje elle persegue essa mulher<br />
rapazes, as porcellanas fóra dos servi- — Bérard não, o barão!<br />
com to<strong>da</strong> a força do seu ódio; eu<br />
ços. os vidros partidos que trouxeram — Mas elle nunca lâ entrou. quero salvar essa mulher, porque a<br />
dizendo: isto é bom para o campo!... —Foi lá uma vez com uma senhora, amo, por isso vim ter comvòsco, a<br />
Não contem comnosco. Mas se nos di- mas ficou na carruagem...<br />
procurar armas e auxiliares para me<br />
zem: é nm homem rico, a casa está —Mas nao voltou!...<br />
<strong>de</strong>sfazer <strong>de</strong> Lorémont.<br />
posta, como se fosse em Paris, roupas, —Não, por causa d'uma carta que —Têmos as mãos cheias d'armas,<br />
bronzes, crystaes,... entàm lá vamos! nós lhe escrevemos.<br />
e estámos ao seu dispôr.<br />
— Entendo! E era isso que tinham —Ah! A carta era <strong>de</strong> vocês. Tudo —Todo o trabalho merece salário,<br />
dito <strong>de</strong> Bérard.<br />
está explicado!<br />
accrescentou Lalongueur.<br />
— Tal e qual! Eu entám disse para —Viu a nossa carta?<br />
—Pagarei generosamente, disse Car<br />
elle: é um tal Bérard, com casa <strong>de</strong> —Não, mas sei o que ella diz. dinet.<br />
commissões na rua <strong>de</strong> Eoghlen. Bérard! E Cardinet abriu a carteira e leu a — Ah! Entàm Conte comnôsco. Pe<br />
Bérard! repetia elle.... eu conheço carta que a Linotte lhe dlctara. Ôs três tile, outra garrafa.<br />
êste typo... De repente dá uma pal- sócios ficaram admirados.<br />
—Agora conversámos, a sério.<br />
ma<strong>da</strong> na cabeça e põe-se a dizer? Não Cardinet metteu a carteira no bolso<br />
(Continúa),<br />
d - P or tíWW réis<br />
Preço, 200 réis<br />
A' ven<strong>da</strong> era to<strong>da</strong>s as livrarias<br />
F. Fernan<strong>de</strong>s Costa<br />
G<br />
ANTONIO THOMÉ<br />
ADVOGADOS<br />
Rua do Viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong> Luz, 50<br />
Casa para arren<strong>da</strong>r<br />
Aluga-se, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o S. João em diante,<br />
o 3.° e 4.° an<strong>da</strong>r <strong>da</strong> rua <strong>de</strong> Ferreira<br />
Borges, n.° 115. Têem excellentes<br />
cómmodos. Para tratar — Castro UlQ<br />
— na loja <strong>da</strong> mesma casa.<br />
Versão integral disponível em digitalis.uc.pt
PROBIDADE<br />
geral <strong>de</strong><br />
seguros<br />
Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> anonyma<br />
<strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> limita<strong>da</strong><br />
CAPITAL 2.000:000(51000<br />
Rua Nova d'El-Rei, n.° 99, 1.»<br />
L i s b o a<br />
Effectua seguros contra incêndios.<br />
Correspon<strong>de</strong>nte em <strong>Coimbra</strong>,<br />
Cassiano A. Martins Ribeiro.—<br />
Rua Ferreira Borges, 165, i .°.<br />
Mato <strong>de</strong> cobre<br />
2 Auali<strong>da</strong><strong>de</strong> garanti<strong>da</strong><br />
" para tratamento <strong>de</strong> vinhas<br />
ven<strong>de</strong>-se por preços limitados<br />
nos estabelecimentos <strong>de</strong><br />
ferragens <strong>de</strong> João Gomes Moreira<br />
na rua <strong>de</strong> Ferreira Borges,<br />
n. 08 5 0 e 52 (em frente ao Arco<br />
d'Almedina) e no <strong>de</strong> Moreira &<br />
Simões na mesma rua n. os 171<br />
e 173.<br />
COFRES A PROYA DE FOGO CALLICIDA<br />
Depósito do melhor fabricante portuense<br />
—João Thomaz Cardôso. —- Preços <strong>da</strong> fábrica<br />
Depósito <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira: De Flandres, Riga, Mógno e outros.<br />
Arames Zincados: n Pa h r 0 a s;^a á t S <strong>da</strong>fõer rlias e dit0 <strong>de</strong> espi "<br />
Mofai hr>onPA' ® amarello, cobre, chumbo, zinco, estanho e<br />
lUCldl UldlM. f0)ha <strong>de</strong> flandres.<br />
FeWO: E a C° <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, carvão <strong>de</strong> fórja.<br />
Mft7 nflPfl fprrpím 1 tornos, máchinas <strong>de</strong> furar, folies,<br />
1I1M paia lClIOilU. picaretas e to<strong>da</strong> a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ferramenta<br />
para ferreiros, serralheiros e latoeiros.<br />
Ferrágens: P ara construcções d'obras, preços baratíssimos.<br />
Moreira & Simões<br />
Rua <strong>de</strong> Ferreira Borges, n. os 171 a 173.<br />
COIMBRA<br />
BICO AUER<br />
A Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> francêsa exploradora do invento do dr. Cal Auer<br />
alcançou uma importantíssima victória sobre <strong>de</strong>zesete contrafactores,<br />
em audiência pública <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> janeiro próximo passado,<br />
no juizo correccional do <strong>de</strong>partamento do Sena, em Paris.<br />
A Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Belga, exploradora do mesmo invento, também<br />
venceu um pleito que trazia contra três contrafactores. A sentença<br />
foi proferi<strong>da</strong> em audiência pública <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> março do corrente<br />
anno, no juizo <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> câmara do tribunal civil <strong>de</strong> Bruxellas.<br />
Corridos d'essas terras é <strong>de</strong> suppôr que os réos venham procurar<br />
saí<strong>da</strong> para os productos <strong>da</strong> sua illicita industria em Portugal,<br />
ven<strong>de</strong>ndo-os por ínfimo preço para não soffrerem per<strong>da</strong> lotai;<br />
e por isso a Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> exploradora do Bico Auer neste<br />
país participa os factos ao público para que não seja illudido e<br />
frisa bem o seguinte:<br />
Que os pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fêsa allegados pelos réos nos diversos<br />
processos que a Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> se tem visto obriga<strong>da</strong> a instaurar era<br />
Portugal, mau grado seu, tem sido em Londres, Paris, Bruxellas<br />
e Pavia, <strong>de</strong>cididos a seu favor isto é:<br />
(i.°) Que as priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Berzelius, Frankenstein, Clamond<br />
e Luke (Williams) não afectam <strong>de</strong> modo algum a patente do dr<br />
Auer;<br />
(2.°) Que a discripção que o dr. Auer fez <strong>de</strong> seu invento<br />
para obter a sua patente, ê sufllcientissima;<br />
(3.°) Que tudo quanto seja accessório tubular <strong>de</strong> tecido vegetal,<br />
impregnado <strong>de</strong> saes <strong>de</strong> metaes raros, puros ou impuros, o<br />
qual tecido <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> impregnado, é enxuto e queimado, a fim<br />
<strong>de</strong> se produzir com elle a incan<strong>de</strong>scência e augmentar a forç*<br />
<strong>da</strong> luz, é uma contrafacção do objecto privilegiado e como tal<br />
sujeito às penas <strong>da</strong> lei.<br />
A lei portuguêsa é idêntica á dos referidos países. Os tribunaes<br />
portuguêses sâm tam rectos como os <strong>da</strong>s mais terras cultas;<br />
portanto não é licito presumir-se que a sua <strong>de</strong>cisão final seja<br />
diversa <strong>da</strong>s que os representantes do privilegiado teem alcançado<br />
nas mais partes.<br />
Quem duvi<strong>da</strong>r pô<strong>de</strong> ler os relatórios <strong>de</strong> todos os processos que<br />
se acham patentes na Agência Geral <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, no largo do<br />
Corpo Santo, 13, 2.°<br />
Sobretudo o pítblico <strong>de</strong>ve flear <strong>de</strong> atalaia contra as apregoa<strong>da</strong>s<br />
vantagens do supporte central usado nas mangas <strong>de</strong> contra-<br />
facção.<br />
0 supporte não é privilegio <strong>de</strong> ninguém; portanto, todos que<br />
pó<strong>de</strong>m licitamente ven<strong>de</strong>r mangas <strong>de</strong> incan<strong>de</strong>scência pó<strong>de</strong>m em*<br />
pregar o supporte central.<br />
Se as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s exploradoras do Bido Auer, em todos os<br />
paizes, não usam do supporte central, é porque acham preferível<br />
o supporte exterior.<br />
Quem se <strong>de</strong>ixar seduzir e consentir que os supportes dos bU<br />
008 fornecidos pela Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Auer sejam modificados, a fim <strong>de</strong><br />
se lhe po<strong>de</strong>r a<strong>da</strong>ptar uma manga <strong>de</strong> contrafacção, terá mais tar<strong>de</strong><br />
Ú9 comprar um bico aovg do feitio d'aquelle que <strong>de</strong>ixou estragar.<br />
Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />
RESISTENCIA — Domingo, 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897<br />
CALDAS DA FELGUEIRA<br />
Depositos—Lisboa: Leando<br />
<strong>de</strong> Freitas, rua <strong>da</strong> Prata,<br />
231; Porto, José Maria Lopes,<br />
rua do Bomjardim, 12; <strong>Coimbra</strong>,<br />
Rodrigues <strong>da</strong> Silva & C. a ; e em<br />
to<strong>da</strong>s as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e principaes<br />
villas do continente.<br />
África — Loan<strong>da</strong>, José Marques<br />
Diogo.<br />
Brasil— Rio <strong>de</strong> Janeiro: Silva<br />
Gomes &C a ; Pernambuco; Guerra<br />
Fernan<strong>de</strong>s & C. a , rua do<br />
Duque <strong>de</strong> Caxias, 47; Bahia:<br />
Francisco <strong>de</strong> Assis e Souza;<br />
Maranhão: Jorge á Santos.<br />
Exija-se nos <strong>de</strong>pósitos um<br />
prospecto que ensina o modo<br />
<strong>de</strong> usá-lo e previne as falsificações.<br />
Ha um só <strong>de</strong>pósito em<br />
ca<strong>da</strong> terra.<br />
Pedidos ao auctor: António<br />
Franco, Covilhã.<br />
8 M'ESTE <strong>de</strong>pósito, regularmente montado, se acham á<br />
ven<strong>da</strong> por junto e a retalho, todos os productos d'aquella<br />
fábrica, a mais antiga <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, on<strong>de</strong> se recebem<br />
quaesquer encommen<strong>da</strong>s pelos preços e condições eguaes<br />
aos <strong>da</strong> fábrica.<br />
A cura <strong>da</strong> Blennorrhagia<br />
ELECTUÁRIO ANTI-BLENORRHÁGICO<br />
DO PHARMACEUTICO<br />
T _ GLA.JLTV-.Ã.O<br />
Um até dois boiões d'este maravilhoso medicamento, ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro<br />
especifico, bastam na máxima parte dos casos, para curar<br />
to<strong>da</strong>s as purgações, ain<strong>da</strong> as mais antigas e rebel<strong>de</strong>s.<br />
Preço do Tboião, lfOOO réis<br />
Depósito geral em Arganil na pharmacia Galvão —Em <strong>Coimbra</strong>:<br />
drogíria Rodrigues <strong>da</strong> Silva & C. a<br />
EElffiDIOS IDE j&TZ<br />
0 Remedio <strong>de</strong> AYER contra sezões—Febres<br />
intermitentes ebliosas<br />
feitorai <strong>de</strong> Cereja <strong>de</strong> Ayer. O remédio mais<br />
seguro que ha para curar a Tosse Bronchile, Asthcma<br />
e Tubérculos pulmonares.<br />
Frasco, i$000 réis meio frasco, 600 réis.<br />
Todos os remédios que ficam indicados sam altamente<br />
concentrados <strong>de</strong> maneira que sahem baratos, porque<br />
um vidro dura muito tempo.<br />
Pilnlas Cathartieas <strong>de</strong> Ayer. —0 melhor<br />
purgativo, suave, inteiramente vegetal.<br />
F r a s c o , Í.SOOO réis<br />
0 Vigor do<br />
DO DR. AYER<br />
isapai<br />
Para a cura effimt e prompta <strong>da</strong>i<br />
Moléstias provenientes <strong>da</strong> ira<br />
pureza do Sangue.<br />
T O N I O O C m i E I T T . A / L<br />
Marca «Casseis»<br />
Exquisita preparação para aformosear o<br />
cabello —Extirpa to<strong>da</strong>s as affecções do cráneo, limpa<br />
e perfuma a cabeça.<br />
Agua flori<strong>da</strong> (marca Casseis).—Perfume <strong>de</strong>licioso<br />
para o lenço, o toucador e o banho.<br />
Sabonetes <strong>de</strong> glyeerina (marca Casseis).—<br />
Muito gran<strong>de</strong>s, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> superior.<br />
Á ven<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as drogarias e lojas <strong>de</strong> perfu«<br />
marias. Preços baratos.<br />
Termífttgo <strong>de</strong> 13. L. Falmestock.<br />
— É o melhor remedio contra lombrigas. 0<br />
proprietário está prompto a <strong>de</strong>volver o dinheiro a<br />
qualquer pessoa a quem o remédio não faça o effeito<br />
quando o doente tenha lombrigas e seguir exacta*<br />
ir ente as iustrucçôes.<br />
ÉDITOS DE 30 DIAS<br />
Estabelecimento Thermal<br />
Dos mais perfeitos do país<br />
Excellentes águas mineraes<br />
para doenças <strong>de</strong> pelle,<br />
rheumatismo, estômago,<br />
garganta, etc.<br />
CANNAS DE SENHORIM<br />
(BEIRA ALTA)<br />
Abertura do estabelecimento thermal em 1 <strong>de</strong> maio<br />
e fecha em 30 <strong>de</strong> novembro<br />
Gran<strong>de</strong> Hotel Club<br />
Com estação <strong>de</strong> correio e telé<br />
grapho, médico e pharmácia<br />
e casa <strong>de</strong> barbear.<br />
Magníficas accommo<strong>da</strong>ções<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1$200 réis,<br />
comprehen<strong>de</strong>ndo serviço, club,<br />
etc. Bónus para os médicos<br />
Abertura do Gra<strong>de</strong> Hotel Club em 15 <strong>de</strong> maio<br />
comprehen<strong>de</strong> 64 banheiras <strong>de</strong> i. a a 5. a O Estabelecimento Thermai<br />
classe; duas salas para duches, uma para senhoras<br />
e outra para homens, e a mais completa I nt O tinll sala <strong>de</strong> f I n í inhalação, r> t>nl r. An 1% pulverização . e - aspiração, ~ com _ gabinêtes 1 • A, annexos e . in<strong>de</strong>pen- .<br />
<strong>de</strong>ntes para toilette. E sem dúvi<strong>da</strong> o melhor do reino, e mais barato. — V i a g e m — Faz-se to<strong>da</strong> em caminho <strong>de</strong> ferro até<br />
Cannas (BEIRA. ALTA) e d'ahi 5 kilómetros em bons carros. A estação <strong>de</strong> Cannas na linha férrea <strong>da</strong> Beira Alta está directamente<br />
liga<strong>da</strong> com to<strong>da</strong>s as liuhas férreas hespanholas que eutram em Portugal por Ba<strong>da</strong>joz, Cáceres, Villar Formoso, Barca<br />
d'Aiva e Tuy — Para esclarecimentos: — Em L i s b o a : rua do Alecrim, n 0 (t.<br />
10<br />
125, referente ao estabelecimento balnear' e rua<br />
<strong>de</strong> S. Juliao, 80, 1.°, referente ao Gran<strong>de</strong> Hotel.—Correspondência para as C a l d a s d a Felg-ixeira, ao gerente, <strong>da</strong> companhia<br />
do Gran<strong>de</strong> Hotel —As águas engarrafa<strong>da</strong>s ven<strong>de</strong>m-se nas pharmácias e drogarias e no <strong>de</strong>pósito geral, PHARMA-<br />
CIA ANDRADE, rua do Alecrim, 125.-A exploração do Hotel fica êste anno a cargo <strong>da</strong> Companhia do Gran<strong>de</strong><br />
Hotel Club.<br />
Depósito <strong>da</strong> fábrica «A NACIONAL»<br />
DE<br />
Privilégio BOLACHAS E BISCOITOS<br />
Exclusivo<br />
Extracção dos callos sem<br />
dôr em 5 dias<br />
l>eseonto convi<strong>da</strong>tivo<br />
para reven<strong>de</strong>r<br />
DE<br />
JOSE FRANCISCO DA CRUZ,<br />
128—RDA FERREIRA BORGES<br />
TELLES<br />
130<br />
a publicação)<br />
No juizo <strong>de</strong> Direito <strong>da</strong> comarca<br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />
cartório do escrivão José Lourenço<br />
<strong>da</strong> Costa se processam<br />
uns autos d'arrolamento dos<br />
bens que ficaram por obito <strong>de</strong><br />
Joanna Caudi<strong>da</strong> <strong>de</strong> S. José Gallinha,<br />
moradora que foi nesta<br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong>; e pelo mesmo processo<br />
correm éditos <strong>de</strong> trinta dias a<br />
contar <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> publicação<br />
d'este annúncio no Diário do<br />
Governo, virem reclamar os<br />
seus créditos ao mencionado<br />
processo sob pena <strong>de</strong> revelia.<br />
Verifiquei a exactidão.<br />
O juiz <strong>de</strong> Direito,<br />
Neves e Castro.<br />
«Foão Matheus dos<br />
Santos arren<strong>da</strong> a gran<strong>de</strong> loj*<br />
do Çarrno que serviu <strong>de</strong> celeiro<br />
ao sr. Arioza.<br />
Gymnàsio Martins<br />
^Instituto para educação<br />
• physica <strong>de</strong> creanças sob<br />
a inspecção médica do dr.<br />
Freitas Costa.<br />
Horário<br />
Das 6 ás 9 <strong>da</strong> noite.<br />
Creanças do sexo masculino<br />
—segun<strong>da</strong>s, quartas esabbados.<br />
Creanças do sexo feminino—<br />
terças, sextas e domingos.<br />
Preços. — Por mês ou 12<br />
licções, ca<strong>da</strong> alumno 1 $500 réis<br />
(para irmão t*m abatimento).<br />
Collégios ou para tratamento<br />
por meio <strong>de</strong> gymnástica, contracto<br />
especial.<br />
O director,<br />
Augusto Martins.<br />
impe<strong>de</strong> quê o oabelio se to mie braiico e restaura ao cabello grisalho<br />
a sua vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> e formosura.<br />
Perfeito <strong>de</strong>sinfectante 6 purifiôante <strong>de</strong> Jôyes para <strong>de</strong>sinfectar casas e latrinas,<br />
também é excellente para tirar gordura ou nodoa <strong>de</strong> roupa, limpar metaes, e curar feri<strong>da</strong>s. —<br />
Preço, 240 réis.<br />
Depósito —James Casseis $ O. 4 , rua do Mousinho <strong>da</strong> Silveira, n,° 85, 1.°. — Porto.<br />
CASA PARA ARRENDAR<br />
Leonar<strong>da</strong> Forjaz, arren<strong>da</strong> a<br />
parte sul <strong>da</strong> sua casa <strong>da</strong> rua<br />
<strong>da</strong> Ilha.<br />
Becebem-se propostas, na<br />
quinta dos Piatanos à Bemcanta,<br />
on<strong>de</strong> se encontram as chaves,<br />
para ser vista.<br />
Tratamento <strong>de</strong> moléstias <strong>da</strong><br />
bocca e operações <strong>de</strong><br />
cirurgia <strong>de</strong>ntária<br />
Cal<strong>de</strong>ira <strong>da</strong> Silva<br />
Cirurgião <strong>de</strong>ntista<br />
Herculano Carvalho<br />
Medico<br />
R. <strong>de</strong> Ferreira Borges (Calça<strong>da</strong>), 174<br />
iiflonsiiltas todos os dias<br />
V <strong>da</strong>s nove <strong>da</strong> manhã ás<br />
3 horas <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>.<br />
Yinho e aguar<strong>de</strong>nte puros<br />
DA<br />
Quinta <strong>da</strong> Pedrancha<br />
Rua do Loureiro<br />
Vinho tinto—litro 80 réis.<br />
Dez litros—700 réis.<br />
VINHO BRANCO<br />
Chablis <strong>de</strong> 1895 —litro 160<br />
réis.<br />
Dito, garrafa — 120 réis.<br />
Aguar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> vinho, <strong>de</strong> 20°<br />
Cart. —litro 320 réis.<br />
"RESISTENCIA»<br />
PCBMGÁ-SE AOS DOMINGOS<br />
S QUIKTAS-FEIRAS<br />
Re<strong>da</strong>cção e Administração<br />
ARCO D'ALMEDINA, 6<br />
EDITOR = Joaquim Teixeira <strong>de</strong> Sá<br />
Condições <strong>de</strong> assignatura<br />
(PAGA ADIANTADA)<br />
Com estampilha:<br />
Anno 2)5700<br />
Semestre 10350<br />
Trimestre 680<br />
Sem estampilha:<br />
Anno 2f$400<br />
Semestre 10200<br />
Trimestre 600<br />
ANNUISrCIOS<br />
Ca<strong>da</strong> linha, 30 réis—Repeti'<br />
pões, 20 réis.—Para os srs. assigrumtes.<br />
<strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 50 p. c.<br />
Tjji. 1, frança Aaiicl» • -G0VA