05.07.2013 Views

Notícias diversas - Biblioteca Digital da Universidade de Coimbra

Notícias diversas - Biblioteca Digital da Universidade de Coimbra

Notícias diversas - Biblioteca Digital da Universidade de Coimbra

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

33agra,tella,s<br />

RESISTENCIA — Quinta feira, 10 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1897<br />

3^To Orlerrte<br />

ousam fallar contra elle o mesmo<br />

regimen lhes tapa a bocca e, para<br />

mais, lhes rouba a liber<strong>da</strong><strong>de</strong> encarcerando-os,<br />

seja a Revolução bemvin<strong>da</strong><br />

como meio salvador—o único<br />

-—<strong>da</strong> ruina <strong>da</strong> patria, que agonisa<br />

já. Senão, peguêmos nas contas ou<br />

em livro <strong>de</strong> missa e rezemos pela<br />

patria... e por nós mesmos.<br />

Braz <strong>da</strong> Serra.<br />

Um morto con<strong>de</strong>corado<br />

Ha poucos dias, foi assignado um<br />

<strong>de</strong>creto conce<strong>de</strong>ndo o hábito <strong>da</strong><br />

Torre e Espa<strong>da</strong> ao dr. Miguel Alexandre<br />

<strong>de</strong> Magalhães, facultativo<br />

naval <strong>de</strong> l. a <strong>de</strong> <strong>de</strong>frontar-se com um inimigo <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente<br />

preparado, dispondo <strong>de</strong><br />

um número <strong>de</strong> combatentes incom-<br />

A catástrophe recente <strong>da</strong> rua Agora, qullJ guerra allinge o seu paravelmente muito superior e mui-<br />

Jean-Gnujon, em Paris, será um têrmo, julgamos cabi<strong>da</strong>s algumas to melhor disciplinado.<br />

lhema <strong>de</strong> edificantes meditações consi<strong>de</strong>rações sobre a questão <strong>de</strong>- D'ahi, e <strong>da</strong> inexperiência dos seus<br />

para as almas combali<strong>da</strong>s e supersbati<strong>da</strong> entre os gabinêtes <strong>da</strong> Grécia generaes, as <strong>de</strong>rrotas sucessivaticiosas.<br />

e <strong>da</strong> Turquia.<br />

mente inflingi<strong>da</strong>s aos exércitos <strong>da</strong><br />

Cento e trinta pessoas <strong>da</strong> aris- Historiámos ha tempos os moti- Grécia pelas tropas do Sultão.<br />

tocracia mais brilhante e <strong>da</strong> mais vos <strong>da</strong> pendência e altribuímos as Não querêmos com isto con<strong>de</strong>-<br />

alta opulência numa reunião <strong>de</strong> luxo responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> lucta ás intrimnar o heroismo do pôvo helleno<br />

e <strong>de</strong> prazer encontram um fim trágas diplomáticas, disfarça<strong>da</strong>s, pe- ao arremessar-se impávido aos camgico<br />

e miserável, cerca<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s pomrante a opinião pública, com a máspos <strong>da</strong> batalha. Censuramos a inpas<br />

<strong>da</strong> sua grandêsa, <strong>da</strong> mesma cara <strong>da</strong> intervenção em favor <strong>da</strong> experiencia dos seus governantes,<br />

forma que escravisados mineiros, paz.<br />

se não a sua imperícia em não pro-<br />

fechados e sem <strong>de</strong>fêsa nas entra-<br />

Não conseguimos até hoje obter curar <strong>de</strong> alguma fórma uma solunhas<br />

<strong>da</strong> terral<br />

<strong>da</strong>dos mais positivos para conclução airosa e digna para a questão<br />

Gonhece-se o <strong>de</strong>sastre em todos sões differentes d'aquellas que es- inicia<strong>da</strong>, evitando os horrores <strong>da</strong><br />

os pormenores, em todos os episópuzémos. Continuamos no mesmo guerra em tam manifestas condi-<br />

classe, pelos serviços dios dolorosos <strong>da</strong> sua reali<strong>da</strong><strong>de</strong> bru- campo, e mais uma vez fazêmos reções <strong>de</strong> inferiori<strong>da</strong><strong>de</strong>, e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor-<br />

por elle prestados na campanha tal. Perante uma tal <strong>de</strong>sgraça, um cair sobre a cabeça do rei Jorge as ganização.<br />

d'África.<br />

brado <strong>de</strong> indignação se levanta, suspeitas, que nos vam no ânimo, De resto, a causa <strong>da</strong> Grécia ins-<br />

Acontece porém que o agraciado imputando responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, dis- <strong>de</strong> ter posto em jôgo a sua corôa, pira-nos as mais vivas sympathias.<br />

já havia fallecido ha meses, no cutindo altribuições, inquirindo <strong>da</strong>s arriscando-a ás vicissitu<strong>de</strong>s d'uma Note-se bem: a causa <strong>da</strong> Grécia e<br />

hospital <strong>da</strong> marinha, víctima <strong>da</strong> causas principaes e accessórias. guerra, que na<strong>da</strong> <strong>de</strong> proveitoso po- não a <strong>da</strong> monarchia hellena, que é<br />

tuberculose.<br />

E afinal num ponto único <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>ria acarrelar para o pôvo helleno. a que agora se <strong>de</strong>bate nos campos<br />

De modo que a con<strong>de</strong>coração só convergir to<strong>da</strong>s as versões: um sa- Bem sabêmos que foi a gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> batalha.<br />

pô<strong>de</strong> assentar bem agora na lousa lão contendo duas mil pessoas sem massa popular que reclamou a lu- * Os grêgos retiraram <strong>de</strong> Phar-<br />

<strong>da</strong> sepultura do agraciado.<br />

saí<strong>da</strong>s fáceis.<br />

cta em altos brados, prêsa d'uma sália após uma nova <strong>de</strong>rrota. Ape-<br />

Gomo tudo an<strong>da</strong>...<br />

Quer dizer, o mesmo motivo pelo emoção irresistível ante o <strong>de</strong>spotissar <strong>da</strong> extraordinária inferiori<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

qual presentemente a fatali<strong>da</strong><strong>de</strong> mo dos turcos, e anima<strong>da</strong> do ódio numérica, os sol<strong>da</strong>dos grêgos bate-<br />

fere tam repeti<strong>da</strong>s vezes as socie- que produz, nas multidões inconram-se mais valentemente, neste<br />

Theatro Príncipe Real V <strong>da</strong><strong>de</strong>s com hecatombes horrorosas. scientes, a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> religião combate, do que nas linhas <strong>de</strong> <strong>de</strong>-<br />

Sempre o mesmo molivo, prove-<br />

Realjza-se nêste theatro, no pró-<br />

e o antagonismo <strong>da</strong>s raças. Por oufêsa <strong>da</strong> fronteira.<br />

niente. d'uma simples obsessão <strong>de</strong><br />

ximo .sábbado, uma récita em benetro<br />

lado, é necessário também con- A maioria dos officiaes grêgos<br />

artel<br />

fício do cofre <strong>da</strong> corporação dos<br />

si<strong>de</strong>rarmos que não ha muitos sé- reconhece, com profundo pesar, a<br />

Porque é positivo que nos tem-<br />

bombeiros voluntários d'esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

culos a Grécia era uma <strong>de</strong>pen- superiori<strong>da</strong><strong>de</strong> absoluta do exército<br />

pos actuaes a evolução <strong>da</strong> archite-<br />

Além <strong>da</strong>s comédias em am acto<br />

dência <strong>da</strong> Turquia, que só pela for- otlomano e a falta completa <strong>de</strong> prectura<br />

está infinitamente longe <strong>de</strong><br />

— O tio Torquato e Um noivo d'ença<br />

<strong>da</strong>s armas consentiu em ce<strong>de</strong>r paração do exército grêgo para uma<br />

obe<strong>de</strong>cer ás imposições utilitárias<br />

commen<strong>da</strong>, tocará um sextetto <strong>de</strong><br />

dos seus direitos <strong>de</strong> soberania. campanha eflicaz. Sustenta, porém,<br />

<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> mo<strong>de</strong>rna.<br />

distinctos guittaristas, e executarám<br />

Ora nós não consi<strong>de</strong>ramos os go- que a victória <strong>de</strong> Valestino salvou<br />

trabalhos em argolas alguns sócios<br />

A hereditarie<strong>da</strong><strong>de</strong> eslliélica e a vernantes <strong>da</strong>s nações como mem- a honra <strong>da</strong> ban<strong>de</strong>ira <strong>da</strong> nação, e<br />

do Gymnàsio d'esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

influência dos documentos monubros d'essa massa anónyma, incon- afíirma que, nas condições actuaes,<br />

mentaes <strong>da</strong>s civilizações antigas, pre-<br />

Haverá também exercícios <strong>de</strong><br />

sciente, cega, irreflecti<strong>da</strong>, que não a paz será bem recebi<strong>da</strong> por lodos.<br />

conisa<strong>da</strong>s pelo pontificado acadé-<br />

alhletica pelo académico sr. João<br />

olha as consequências <strong>da</strong>s suas le- * Seguem os últimos telegrammico,<br />

exerceram um predomínio <strong>de</strong><br />

d'Azevedo, que ha pouco conseguiu<br />

vian<strong>da</strong><strong>de</strong>s e procura somente a samas :<br />

tal fórma oppressivo, que nem o<br />

ganhar o primeiro prémio no cerlatisfação<br />

dos seus rancôres.<br />

talento dos artistas, nem a diffemen<br />

nacional <strong>de</strong> sport, realizado<br />

Não. O suprêmo governante <strong>de</strong><br />

Vienna, 10. —O governo do sultão<br />

rença dos recursos e dos materiaés<br />

está inclinado á paz, nns não acreita<br />

nóíporto, que a seu tempo noticiá-<br />

uma nação, seja qual fôr o regi-<br />

construtivos lêem podido oppôr-lhe<br />

a proposta <strong>de</strong> armistício com receio<br />

mos.men<br />

que nella impere, <strong>de</strong>ve neces- <strong>de</strong> que a Grécia reorganize o seu exér-<br />

resistência.<br />

*<br />

sáriamente ser um homem illustracito. E a architeclura, uma arte to<strong>da</strong> do, hábil e previ<strong>de</strong>nte político. Não A Turquia <strong>de</strong>seja a rectificação e pe-<br />

Nos próximos dias 19, 20 e 21 <strong>de</strong> convenção, não pô<strong>de</strong> ain<strong>da</strong> que- pô<strong>de</strong> <strong>de</strong> modo algum <strong>de</strong>ixar-se ar<strong>de</strong> como refens a parte oriental <strong>da</strong><br />

do corrente mês, apresentar-se-ha brar os laços d'essa soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

Thessália, ficando em po<strong>de</strong>r dos ottorastar<br />

pela inconsciência <strong>da</strong> mulmanos as cristas <strong>da</strong>s montanhas, os<br />

nesta casa <strong>de</strong> espectáculos, pela se- que atravez <strong>de</strong> cinco séculos vem tidão, nem tampouco pelas ambi- <strong>de</strong>sfila<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> Malouna e lodo o dogun<strong>da</strong><br />

vez neste anno, a companhia illaqueando as expansões innovações ou pelas levian<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos homínio do Valle <strong>de</strong> Salámbria.<br />

do theatro Príncipe Real <strong>de</strong> Lisboa. doras e as energias do génio. mens que o ro<strong>de</strong>iam, a título <strong>de</strong> Londres, 10. —As alturas <strong>de</strong> Doms-<br />

Subirám á scena a Morgadinha Não encontrou ain<strong>da</strong> a expressão conselheiros.<br />

kos estám <strong>de</strong>fendi<strong>da</strong>s por 50:000 grê-<br />

<strong>de</strong> Val Flôr, A vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> um rapaz <strong>da</strong> actuali<strong>da</strong><strong>de</strong>!<br />

gos. Este número e a topographia do<br />

Ora o rei Jorge não proce<strong>de</strong>u as- terreno tornam inexpugnáveis essas<br />

pobre e o drama Os que trabalham, Estamos na esthélica grêga. E sim. Viu na guerra a segurança <strong>da</strong> posições.<br />

original <strong>de</strong> Ernesto <strong>da</strong> Silva. os recursos maravilhosos <strong>da</strong> a<strong>da</strong>- sua corôa, <strong>de</strong> ha muito periclitante,<br />

ptação do ferro não foram capazes e lançou-se nella abertamente, na A T?AZ<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir novas regiões <strong>de</strong> i<strong>de</strong>al febre <strong>de</strong> acce<strong>de</strong>r ás reclamações <strong>da</strong> Athenas 11.—0 sr. Onou, ministro<br />

ASSASSINATO ás aspirações <strong>da</strong> arte, nem novas multidão, que o acclamava phrené- plenipotenciário <strong>da</strong> Rússia, entregou<br />

fórmulas materiaes, <strong>de</strong> maneira a<br />

A acrescentar a longa série <strong>de</strong> criticamente<br />

sob as janellas do seu agora ao sr. Skouloudis, ministro dos<br />

proteger milhares <strong>de</strong> indivíduos,<br />

negócios extrangeiros <strong>da</strong> Grécia, a nomes<br />

que ultimamente têem occupado<br />

palácio.<br />

as columnas dos periódicos lisbonen- que neste turbilhão <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> hoje<br />

ta collectiva <strong>da</strong>s potências a respeito<br />

ses, têmos agora mais outro, perpetra- todos os dias se conglomeram sob Sabido como é que os povos <strong>da</strong> sua intervenção no conflicto grêgo<br />

do também nos arredores <strong>de</strong> Lisboa, o mesmo tecto, expostos ao perigo teem ímpetos <strong>de</strong> furor quasi irre- turco.<br />

a alguns kilòmetros <strong>da</strong> villa <strong>de</strong> Al<strong>de</strong>- constante do incêndio e <strong>da</strong> asphysistíveis, pesa<strong>da</strong>s as condições em Athenas, 11.—A Grécia, respon<strong>de</strong>ndo<br />

á nota collectiva <strong>da</strong>s potências fegallega.xia.<br />

que se encontravam os grêgos e os <strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>clara adherir á autonomia<br />

O trabalhador Joaquim Agostinho, <strong>de</strong><br />

turcos, as mais rudimentares no-<br />

Carregueiros, namorou-se ha tempos O theatro grêgo era ao ar livre;<br />

<strong>de</strong> Créta e confiar os interesses grêgos<br />

ções <strong>de</strong> prudência aconselhavam ao aos cui<strong>da</strong>dos <strong>da</strong>s mesmas potências.<br />

d'uma rapariga do sítio, que, pelo vis- o theatro <strong>de</strong> hoje sam gaiolas <strong>de</strong><br />

to, pôs sempre <strong>de</strong> parte os protestos<br />

rei Jorge uma conciliação entre os Athenas, 11, n.—Os ministros pleni-<br />

espectadores, como livros em es-<br />

d'amôr do seu apaixonado.<br />

interesses <strong>da</strong>s duas nações, evitanpotenciários <strong>da</strong>s potências fe<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s<br />

tantes, d'on<strong>de</strong>, em caso <strong>de</strong> sinistro,<br />

lelegrapháram aos respectivos embai-<br />

Ha tempos, porém, a rapariga, redo<br />

a todo o transe a guerra que se<br />

questa<strong>da</strong> por outro trabalhador do mes- nem vale a pena tentar fugir 1<br />

xadores em Constantinopla para que<br />

preparava.<br />

peçam á Sublime Porta a immediata<br />

mo logar, Manuel Ribeiro, enten<strong>de</strong>u To<strong>da</strong>s as casas <strong>de</strong> espectáculo,<br />

<strong>de</strong>ver <strong>da</strong>r a êste a preferência, <strong>de</strong>s- e <strong>de</strong> reunião, <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a multi- E não seria preferível a abdica- suspensão <strong>da</strong>s hostili<strong>da</strong><strong>de</strong>s contra a<br />

Grécia.<br />

truindo assim as últimas se bem fradões, sam cerca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as ção em face <strong>da</strong>s loucas imposições<br />

cas esperanças do Agostinho.<br />

ameaças <strong>de</strong> substâncias comburen- <strong>da</strong> populaça a ter agora <strong>de</strong> retro-<br />

Furioso do <strong>de</strong>speito, o <strong>de</strong>sprezado<br />

jurou vingar-se do seu rival. Receioso, tes e explosivas, em activi<strong>da</strong><strong>de</strong>. ce<strong>de</strong>r no caminho iniciado, tendo<br />

porém, <strong>de</strong> atacar, elle só, o Manuel Fugir, para quê? E como?... préviamente arrastado os seus sol-<br />

Ribeiro, convidou o seu irmão José Tudo se tem transformado: cren<strong>da</strong>dos<br />

aos horrores d'uma carnifi- <strong>Notícias</strong> <strong>diversas</strong><br />

Agostinho, casado, a coadjuvá-lo na ças, leis, costumes, necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

cina inútil, e o seu pôvo aos treme-<br />

tarefa, convite a que êste prompta- aspirações, to<strong>da</strong>s as condições, ma<strong>da</strong>es<br />

<strong>da</strong> suprêma miséria?<br />

O sr. Governador Civil visitou no domente<br />

acce<strong>de</strong>u.<br />

Combinaram esperar a victima, <strong>de</strong> teriaes, moraes e sociaes do pro- Quer-nos parecer que sim. mingo o museu archeológico do Instituto,<br />

on<strong>de</strong> permaneceu du-ante trê-i<br />

madruga<strong>da</strong>, em sítio on<strong>de</strong> <strong>de</strong>veria pasgresso, só a architeclura ficou inal- Mas, infelizmente, o monarcha horas, analysando <strong>de</strong>ti<strong>da</strong>mente as colsar.<br />

Insciente <strong>da</strong> aggressão que o esterável 1<br />

atheniense confiou excessivamente lecções <strong>de</strong> antigui<strong>da</strong><strong>de</strong>s e arte indusperava,<br />

o Ribeiro, passou efectivamen- E comtudo ella tem sido em to- na cegueira <strong>da</strong> multidão, não pretrial que enchem a sala.<br />

te pelo local on<strong>de</strong> os dois irmãos se dos os tempos a imagem fiel do vendo a reacção que os primeiros S. ex.<br />

achavam embuscados, precipitando-se<br />

èstes sobre o <strong>de</strong>sgraçado e vibrando- modo <strong>de</strong> ser e <strong>de</strong> sentir <strong>da</strong>s socie- revezes <strong>de</strong>viam provocar, e julganlhe,<br />

acto continuo, onze faca<strong>da</strong>s que <strong>da</strong><strong>de</strong>s, na completa e complexa sado o seu ihrôno mais firmç do que<br />

immediatamente o prostraram. tisfação <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s nunca.<br />

Segui<strong>da</strong>mente, os dois assassinos do seu espírito e <strong>da</strong> sua civilização, Estám-se vendo os resultados.<br />

evadiram-se, não po<strong>de</strong>ndo até hoje ser no rumo invariavel do seu <strong>de</strong>stino.<br />

capturados, apesar <strong>da</strong>s diligências em*<br />

Mal armados,péssimamente equi-<br />

prega<strong>da</strong>s. J<br />

A pados, os sol<strong>da</strong>dos grêgos tiveram<br />

a encareceu com o maior elogio<br />

a iniciativa que em pouco tempo<br />

tem conseguido amontoar tam gran<strong>de</strong><br />

ntlmero <strong>de</strong> coisas valiosas e raras.<br />

•<br />

Pelas 11 horas <strong>da</strong> manha dVntem<br />

<strong>de</strong>sabou sobre esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> uma tro*|<br />

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />

voa<strong>da</strong> acompanha<strong>da</strong> <strong>de</strong> violentíssimas<br />

cor<strong>da</strong>s d'água que produziram alguns<br />

prejuízos materiaes, <strong>de</strong> que só chegaram,<br />

até agora, ao nosso conhecimento,<br />

os seguintes, no sítio do Almegue:<br />

Dm <strong>de</strong>sabamento <strong>de</strong> muro, numa<br />

extensão <strong>de</strong> seis metros approxima<strong>da</strong>mente,<br />

na proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> sr. a D. Cbrislina<br />

Ritta Pereira Serna, e uma inun<strong>da</strong>ção<br />

na casa do sr. Evaristo Camões,<br />

chegando a água a attingir tal niveí<br />

qne umas quinze mulheres, que haviam<br />

abrigado <strong>da</strong> chuva na adéga <strong>da</strong> dita<br />

casa, chegaram a na<strong>da</strong>r com água pela<br />

cintura, embarcando algumas d'ellas<br />

numa dórna, que, por seu turuo, navegava<br />

também.<br />

No local do sinistro compareceram<br />

os bombeiros voluntários e municipaes.<br />

O sr. dr. Chaves e Castro, illustre<br />

lente calhedrálico <strong>da</strong> facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Direito, que em março do anno findo<br />

requereu a sua aposentação extraordinária,<br />

tornou agora a instar por ella,<br />

requerendo que se lhe conte o tempo<br />

que tem servido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aquella <strong>da</strong>ta.<br />

O curso do quinto annò jurídico, por<br />

molivo <strong>da</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos actos e do<br />

luto <strong>da</strong> corte, resolveu não ir representar<br />

a sua peça <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedi<strong>da</strong> ao<br />

theatro <strong>de</strong> S. Carlos, <strong>de</strong> Lisboa, para<br />

que fôra convi<strong>da</strong>do.<br />

Com o or<strong>de</strong>nado annual <strong>de</strong> 600(5000<br />

réis, foi aposentado o professor <strong>da</strong><br />

ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Ailemão do lyceu d'esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

o sr. Hérman Chrístiano Dúhrsen.<br />

No domingo pelas 7 horas <strong>da</strong> manhã<br />

sairá <strong>da</strong> egreja <strong>de</strong>, S. Thiago, com a<br />

pompa costuma<strong>da</strong>, o Senhor aos entrevados<br />

<strong>da</strong> freguezia <strong>de</strong> S. Bartholomeu.<br />

0 itinerário <strong>da</strong> procissão será o<br />

seguinte: rua <strong>da</strong>s Soltas, becco <strong>da</strong>s<br />

Canivetas, travessa <strong>da</strong> rua <strong>da</strong>s Azeiteiras,<br />

largo do Romal, becco <strong>da</strong> Bôa-<br />

União, travessa dos Esteireiros, Adro<br />

<strong>de</strong> Baixo, rua do Sargento Mór, largo<br />

do Príncipe D. Carlos, ruis Ferreira<br />

Borges, Corpo <strong>de</strong> Deus, Martins <strong>de</strong><br />

Carvalho, praça 8 <strong>de</strong> Maio, ruas Corvo,<br />

Sapateiros e Velha.<br />

•<br />

Ao nosso amigo sr. José <strong>de</strong> Mello<br />

Alves Brandão, e a sua esposa sr." D.<br />

Guilhermina Oliveira <strong>de</strong> Mello, en<strong>de</strong>reçámos<br />

as nossas felicitações pelo nascimento<br />

<strong>de</strong> um filho na última terça<br />

feira.<br />

•<br />

As libras ven<strong>de</strong>ram-se, durante os<br />

últimos dias <strong>da</strong> semana fin<strong>da</strong>, a 6:870<br />

réis ou seja 2:370 réis <strong>de</strong> prémio em<br />

ca<strong>da</strong> uma.<br />

Francos a 822 réis e marcos a 333<br />

réis.<br />

•<br />

A bordo do navio Leona, em viagem<br />

<strong>de</strong> New York para Galveston, manifestou-se<br />

na segun<strong>da</strong> feira incêndio, morrendo<br />

10 passageiros e 3 marinheiros.<br />

« O *<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

Resumo <strong>da</strong>s <strong>de</strong>liberações toma<strong>da</strong>s na<br />

sessão ordinária <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> abril dt<br />

1897.<br />

Presidência do dr. Luiz Pereira <strong>da</strong><br />

Costa.<br />

Vereadores presentes: — Arcediago<br />

José Simões Dias, José António dos<br />

Santos, José António Lucas, António<br />

José <strong>de</strong> Moura Bastos, José Marques<br />

Pinto e Albano Gomes Paes, effectivos.<br />

Li<strong>da</strong> e approva<strong>da</strong> a acta <strong>da</strong> sessão<br />

anterior, tomou a Câmara conhecimento<br />

<strong>da</strong> approvação superiormente<br />

<strong>da</strong><strong>da</strong> do primeiro orçamento supplementar<br />

<strong>da</strong> receita e <strong>de</strong>speza do município<br />

para o corrente anno—e resolveu<br />

enviar ao commissário <strong>de</strong> policia uma<br />

participação <strong>da</strong> Companhia conimbricense<br />

<strong>de</strong> illuminação a gaz, <strong>da</strong>ndo<br />

conta <strong>de</strong> terem sido apagados na noite<br />

<strong>de</strong> 21 alguns candieiros <strong>da</strong> illuminação<br />

pública.<br />

Ouvir a repartição d'obras acerca<br />

do pedido feito pela professora <strong>de</strong><br />

ensino complementar <strong>da</strong> freguezia dg


Santa Cruz para a construcção <strong>de</strong> uma<br />

latrina na casa <strong>da</strong> eschóla.<br />

Pedir ao administrador do Concelho<br />

para ser inspecciona<strong>da</strong> uma casa <strong>de</strong>stina<strong>da</strong><br />

para a eschóla elementar <strong>da</strong><br />

freguezia <strong>da</strong> Lamaroza.<br />

Auctorisou trabalhos <strong>de</strong> canalisações<br />

d'aguas, por conta <strong>de</strong> um proprietário,<br />

segundo as disposições do regulamento<br />

respectivo.<br />

Auctorisou uma avença para pagamentos<br />

<strong>de</strong> impostos indirectos.<br />

Registou a nota <strong>da</strong>s canalisações<br />

d'aguas executa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 23 a 30 <strong>de</strong><br />

abril.<br />

Auctorisou a compra <strong>de</strong> oitenta metros<br />

<strong>de</strong> mangueira para rega <strong>de</strong> ruas.<br />

Ven<strong>de</strong>u em praça a erva crea<strong>da</strong> nos<br />

talu<strong>de</strong>s <strong>da</strong>s estra<strong>da</strong>s municipaes entre<br />

os logares dos Fornos, Souzellas e<br />

Botão.<br />

Auctorisou o pagamento <strong>de</strong> canalisações<br />

parciaes <strong>de</strong> exgotos entre as<br />

valetas nas ruas <strong>da</strong> quinta <strong>de</strong> Santa<br />

Cruz e o colleclor geral executa<strong>da</strong>s do<br />

dia 1 <strong>de</strong> março a 15 <strong>de</strong> abril.<br />

Attestou ácêrca <strong>de</strong> duas petições<br />

para subsídios <strong>de</strong> lactação a menores.<br />

Auctorisou o pagamendo dos vencimentos<br />

<strong>de</strong> março ao thesoureiro do<br />

município e os <strong>de</strong> abril a todos os<br />

empregados pagas pelo cofre municipal.<br />

Auctorisou cem avenças para consumo<br />

d'agua durante o corrente anno.<br />

Despachou requerimentos auctori-<br />

sando trasla<strong>da</strong>ções d'ossa<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ntro<br />

do cemitério <strong>da</strong> Concha<strong>da</strong>, canalisações<br />

parciaes <strong>de</strong> exgotos d'aguas d'alguns<br />

prédios, abertura d'uma serventia particular<br />

para um prédio no Ameal,<br />

abertura d'uma porta no muro d'uma<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> em Cellas <strong>da</strong> reconstrucção<br />

<strong>da</strong> facha<strong>da</strong> d'um prédio na rua <strong>da</strong><br />

Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Revistas e jornaes<br />

Jornal «low Itomances — Recebê<br />

mos o n.° 3 d'este semanário <strong>da</strong> instrucção e<br />

recreio, que co Porto vê a luz <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

O summário é o seguinte :<br />

Texto—Os combates <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>: Joanninha, a<br />

costureira, porCh. Ménouvel.—Os cavalleiros<br />

<strong>da</strong> Rosa Vermelha, por A. Toequeville.—<br />

Entre o céu e a Terra: A ci<strong>da</strong><strong>de</strong> aérea, por A.<br />

Rrown.— Len<strong>da</strong>s, baila<strong>da</strong>s e phantasias : A<br />

prophecia <strong>de</strong> Saleh, por H. M.— Contos para<br />

creanças: Algumas aventuras <strong>de</strong> William Wal<br />

lace, por Walter Scott.—O romance d'um sol<br />

<strong>da</strong>do.— Curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.— Conselhos e receitas<br />

— Diversões em família.— Secção recreativa<br />

— Expediente.<br />

Gravuras—Joanninha, a costureira: Consegue<br />

tocar a embarcação com o pé. — Os cavalleiros<br />

<strong>da</strong> Rosa Vermelha : No momento <strong>de</strong><br />

montar a cavallo para se pôr a caminho...—<br />

Diversões em família : Uma gravura.<br />

Arguw — I<strong>de</strong>al e Ver<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Reeebámos o n.° IV <strong>da</strong> 2." série d'esta revista<br />

académica, que se publica nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Jornal <strong>de</strong> Viagens e aventuras <strong>de</strong><br />

terra e mar.<br />

44 Folhetim <strong>da</strong> RESISTENCIA<br />

ALÉXIS BOUVIER<br />

0 casamento d um forçado<br />

• SEGUNDA PARTE<br />

A casa Bérard á C. a<br />

XI<br />

Grog Cardinet<br />

Uma hora <strong>de</strong>pois, a carruagem parava<br />

na estra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Argenteuil, n.° 84<br />

A casa on<strong>de</strong> parara Cardinet parecia<br />

<strong>de</strong>shabita<strong>da</strong>; bateu, logo do fundo do<br />

pateo começaram a ladrar dois cães.<br />

Âbriu-se a porta.<br />

Appareceram três pessoas para receber<br />

a visita: Grosbouleau, Lalongueur<br />

ePetite... Não contamos dois cães<br />

terríveis, sem orelhas, sem rabo, lodos<br />

olhos, guella e <strong>de</strong>ntes brancos.<br />

— 0 sr. Lalongueur?, perguntou Cardinet.<br />

— Sou eu, senhor.... disse Lalongueur,<br />

em que posso servi-lo?<br />

' ' —Ah I gritou <strong>de</strong> repente Petite, reconhecendo<br />

Cardinet que tinha visto<br />

na véspera.<br />

— 0 que é?, perguntou a socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Grosbouleau-Lalongueur vo 1 tando-se<br />

Reeebámos o n.° 57 d'este interessante jornal<br />

que se publica no Porto, sob a direcção do sr.<br />

Deolindo <strong>de</strong> Castro, e cujo summário é o seguinle<br />

:<br />

Texto—As gran<strong>de</strong>s explorações : Os mineiros<br />

<strong>da</strong> Califórnia — Dramas do mar : O navio<br />

mystsrioso.—Civilisaçãoebarbarie: O morticínio<br />

<strong>de</strong> Mogadicho.— Commettimentos e arrojos<br />

: Viagens e aventuras <strong>da</strong> Menina Friquatte.<br />

— Recor<strong>da</strong>ções do Amazonas : Preparação <strong>da</strong><br />

borracha.—As gran<strong>de</strong>s aventuras: Sem-Cineo-<br />

Reis.—Notas e observações.— Jardins <strong>da</strong> Historia:<br />

No anno 33—Curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s scientíficas.<br />

—-Contos e len<strong>da</strong>s do Universo: Ribeira d'Anna-a-l.oura.<br />

Gravuras— Deparou, bruscamente, com um<br />

dos muitos bandidos que infestavam aquellas<br />

paragens.—Higgs, man<strong>da</strong> pôr o dogg-eart...<br />

— Sinistros, elles cahem, como aves <strong>de</strong> rapina<br />

sobre as seis sentinellas... —Pôs um joelho<br />

em terra, e beijou respeitosamante a mão do<br />

pequeno gnomo.—Ao cabo d'uma hora, o<br />

comboyo partia...<br />

Educação Nacional—Reeebêmos<br />

ó n.° 32 d'êste utilíssimo semanário <strong>de</strong> instrucção,<br />

que se publica no Porto sob a direcção<br />

do sr. António Figueirinhas, e cujo summário<br />

é o seguinte:<br />

Reforma do ensino secundário, J. Simões<br />

Dias.—Nações pequenas e gran<strong>de</strong>s povos, Arthur<br />

<strong>de</strong> Seabra.—A corrupção <strong>da</strong> infância, A.<br />

Coelho.—Reforma <strong>de</strong> instrucção primária.—<br />

Instrucção nacional, Isaae.— Revista pe<strong>da</strong>gógica.—Digestão—Notas.—Instrueção<br />

popular,<br />

D. Antonio <strong>da</strong> Costa.— Vulgarização scientílica,<br />

Carvalho Saavedra.— Exercíeios <strong>de</strong> anályse.—Secção<br />

official.<br />

Gazeta <strong>da</strong>s Aldêas—Acha-se publicado<br />

o n.° 71 d'este importante semanário<br />

<strong>de</strong> propagan<strong>da</strong> agrícola e vulgarização <strong>de</strong> conhecimentos<br />

úteis.<br />

Novas tabellas <strong>de</strong> Cambio Directo entre<br />

Inglaterra, Portugal e Brasil<br />

É um folheto em que o seu auctor,<br />

o sr. A <strong>de</strong> Sousa Pauperio, calciíla as<br />

differenças cambiaes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a taxa <strong>de</strong><br />

6 a 55 31 /32 d. por 1$000 réis.<br />

É um livro útil a todos os negociantes,<br />

recommen<strong>da</strong>vel ain<strong>da</strong> pela sua<br />

clarêza.<br />

Agra<strong>de</strong>eêmos o exemplar que nos<br />

foi olferecido.<br />

POMBEIRO—ARGANIL<br />

RESISTENCIA — Quinta feira, 10 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1897<br />

eleições<br />

«Caiu o panno I o público<br />

<strong>de</strong>cente retirou cheio <strong>de</strong><br />

nójo e <strong>de</strong> indignação.»<br />

(Do n.° 230 <strong>da</strong> Resislencia/.<br />

As eleições passaram e com ellas o<br />

espectáculo mais vergonhoso que uma<br />

politica reles podia representar.<br />

Ha muito que néste círculo se faziam<br />

ensaios in<strong>de</strong>corosos nos bivaques governamentaes.<br />

Lançava-se mão <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s<br />

as burlas como recursos suprêmos<br />

<strong>de</strong> miseráveis e <strong>de</strong> homens <strong>de</strong>sespera-<br />

—Ê o amigo do sr. Bérard.<br />

Ouvindo êste nome, os dois associados<br />

ficaram bastante embaraçados e<br />

inquietos; pediram a Cardinet para entrar<br />

em casa.<br />

Quando elle entrou numa gran<strong>de</strong> saa,<br />

tendo apenas uma mêza <strong>de</strong> taber<br />

na ro<strong>de</strong>a<strong>da</strong> <strong>de</strong> quatro bancos, Grosjouleau,<br />

pedindo-lhe que se sentasse,<br />

disse lhe:<br />

—Posso saber agora a que <strong>de</strong>vo a<br />

honra <strong>da</strong> sua visita ?<br />

— Meu Deus! Eu tenho tanto que<br />

pedir-lhes..., se se quizessem sentar<br />

po<strong>de</strong>ríamos conversar longamente.<br />

— Não quer tomar um refresco? perguntou<br />

Lalongueur.<br />

— Se quero! disse Cardinet para os<br />

pôr mais á vonta<strong>de</strong>.<br />

Por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Grosbouleau, Petite<br />

pôs em cima <strong>da</strong> mêsa três copos e um<br />

itro.<br />

Depois <strong>de</strong> terem bebido, sentaramse<br />

os dois associados e poseram-se a<br />

olhar para a sua visita como dois pontos<br />

d'interrogação.<br />

— Lá vae o caso... Já me conhecem,<br />

porque a senhora lh'o disse, ha<br />

pouco: é o amigo do sr. Bérard... o<br />

maior amigo do sr. Bérard.<br />

— É ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, disse Grosbouleau.<br />

— E ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, repetiu Lwlnngueur.<br />

Na carruagem, Cardinet tinha pensao<br />

no meio que havia <strong>de</strong> empregar<br />

para obter em casa <strong>de</strong> Lalongueur indicações<br />

seguras sobre o barão. Reunia<br />

e apptoximava sem querer duas<br />

para ella.<br />

phraseaj uma ouvi<strong>da</strong> por Bérard escon-<br />

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />

dos que, arrastando a sua <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção<br />

moral, iam tomar parte na scena mais<br />

vergonhosa que o último quartel do<br />

século podia contemplar com nojo. O<br />

dinheiro corria em jorros <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o mais<br />

ousado galopim até ao mais abjecto<br />

taberneiro.<br />

Inaugura va-se um mercado,em que as<br />

míseras ba<strong>da</strong>nas azorraga<strong>da</strong>s por ameaças<br />

violentas, ou compra<strong>da</strong>s por insignificante<br />

quantia, ou ain<strong>da</strong> illudi<strong>da</strong>«<br />

por promessas vãs e chiméricas, iam<br />

na sua cretina ignorância lançar na<br />

urna uma lista que não sabiam ler e<br />

em segui<strong>da</strong> dirigir-se á féti<strong>da</strong> taberna<br />

on<strong>de</strong> as bacchantes lhes serviam os copos.<br />

Mas, o espectáculo, que se disfructava<br />

nas espeluncas, estendia-se dos<br />

acampamentos progressistas às mêzas<br />

eleitoraes.<br />

Tudo era summamente ridículo!...<br />

Ao longo <strong>da</strong>s estra<strong>da</strong>s corriam presurosos<br />

uns galopins analphabetos,<br />

montados em boas mulas, d'uma a outra<br />

povoação, promettendo estra<strong>da</strong>s,<br />

fontes e dinheiro por todos os povos.<br />

Mas ah! Quem sabe I Talvez ámanhã,<br />

essa magna caterva tenha <strong>de</strong> pôr no<br />

prego até as cabeça<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s suas cavalli<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

para pagar os calotes contraídos<br />

!!... E até não virá longe o dia<br />

em que os mercieiros arrebentados vam<br />

<strong>da</strong>r enorme <strong>de</strong>sfalque nos cofres dos<br />

crédores com uma falléncia ignominiosa.<br />

E o eleitor nem sequer, conhe-<br />

ceu que essa gente que lhe pedia o<br />

voto para o governo eram sómente homens<br />

perdidos, párias ociosos, que em<br />

breve a mizéria vae pôr em <strong>de</strong>ban<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

ou para as longínquas regiões <strong>de</strong><br />

Santa Cruz ou para as arenosas plagas<br />

<strong>da</strong> África.<br />

Para diversos concelhos d'este círculo<br />

o governo pôs representantes irresponsáveis,<br />

homens fallídos, que não<br />

têem os direitos <strong>de</strong> ci<strong>da</strong>dãos, que não<br />

pagam décima em concelho algum.<br />

Mas nas assembléas d'este círculo,<br />

em que o governo tinha a <strong>de</strong>rrota como<br />

certa, ain<strong>da</strong> isto não era bastante. Os<br />

homens fallídos sómente tinham loquella<br />

voraz para arrastar á urna os<br />

eleitores.<br />

Era necessário mais, era necessário<br />

quem soubesse usar <strong>da</strong> força que o governo<br />

lhe facultava.<br />

E, <strong>da</strong> província <strong>de</strong> Traz-os-Montes,<br />

levanta-se um vulto legendário e famigerado,<br />

(se não é falso que o sr.<br />

Dine é trasmontano, como disse para<br />

incutir respeito á assembléa d'Alvares)<br />

um novo Viriato, que. dos brancos<br />

montes Hermínios repelle com <strong>de</strong>nodo<br />

as águias do império romano.<br />

Investido <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res discricionários,<br />

mais forte que o rei dos Vátuas, mais<br />

heroico que Gambrone em Waterloo,<br />

elle vem armado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os pés até aos<br />

<strong>de</strong>ntes, como um cavalleiro medieval,<br />

faz constar ao presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> assembléa<br />

a longa resenha do seu passado e os<br />

podéres illimitados <strong>da</strong> sua investidura<br />

e termina ameaçando-o com um tiro!<br />

dido no armazém, e dita provavelmente<br />

por Lalongueur.<br />

— Elle fallou <strong>de</strong>ante <strong>de</strong> ti do roubo<br />

<strong>da</strong> Gran<strong>de</strong>-Jatte.<br />

E esta outra que vinha na carta recebi<strong>da</strong><br />

pelo barão e que elle escreve<br />

ra quando a Linotte a ditara.<br />

— Nós provarêmos que era você que<br />

dirigia o caso Bérard na ilha <strong>da</strong> Gran<strong>de</strong><br />

Jatte.<br />

XII<br />

Em casa <strong>de</strong> gente honra<strong>da</strong><br />

Estas duas phrases, tinha dito consigo<br />

Cardinet, sam a chave que me<br />

ha <strong>de</strong> fazer <strong>de</strong>scobrir tudo o que eu<br />

<strong>de</strong>sejo saber.<br />

Encostando o cotovéllo á mêsa e<br />

olhando ora Lalongueur ora Grosbouleau,<br />

que tinham perdido o sangue fiio,<br />

disse:<br />

—Eu não estou a per<strong>de</strong>r tempo:<br />

vim aqui para ter informações sobre<br />

um homem.<br />

— Um homem!...<br />

—Um homem! repetiu Lalongueur!<br />

— 0 barão <strong>de</strong> Lorémont.<br />

Grosbouleau olhou para Lalongueur.<br />

Cardinet viu que era necessário tentar<br />

tudo. Experimentou, e olhando fixamen<br />

le os dois homens, accrescentou:<br />

— Os srs. estavam...quando se <strong>de</strong>u<br />

o caso <strong>da</strong> Gran<strong>de</strong>-Jate...<br />

Grosbouleau levantou-selogo, Lalongueur<br />

fez o mesmo, e, vendo o companheiro<br />

dirigir-se para a porta, saltou<br />

Até ao fim d'aquelle acto <strong>de</strong>ram-se<br />

scenas taes <strong>de</strong> que é completamente impossível<br />

<strong>da</strong>rmos uma ligeira imagem.<br />

Volvendo os olhos para êsses tempos<br />

já remotos <strong>de</strong> absolutismo e revoluções,<br />

parece que vêmos surgir essas<br />

épocas <strong>de</strong> hedion<strong>da</strong> memória, em que<br />

um bandido d'arma na mão ía installar-se<br />

juntó a uma mêza eleitoral para<br />

punir com a morte o que ousasse contrariá-lo.<br />

A farça<strong>da</strong> eleitoral <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> maio,<br />

representa<strong>da</strong> nas <strong>diversas</strong> assembléas<br />

do círculo d'Arganil, bastaria só por si,<br />

para encher <strong>de</strong> vergonha o país inteiro<br />

e para marcar com um cunho in<strong>de</strong>level<br />

o oppróbrio d'um governo <strong>de</strong><br />

tam apregoa<strong>da</strong> morali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Sr. re<strong>da</strong>ctor.—Peço a fiuêza <strong>da</strong> publicação<br />

na Resistencia <strong>da</strong>s seguintes<br />

linhas:<br />

O Tribuno Popular, em o seu último<br />

número, diz que o ex. mo sr. dr.<br />

Ayres <strong>de</strong> Campos me <strong>de</strong>clarou que me<br />

<strong>de</strong>spediria <strong>da</strong> sua obra se eu não <strong>de</strong>spedisse<br />

dois operários canteiros do Tovim,<br />

pelo facto <strong>de</strong> acompanharem uma<br />

philarmónica que tocava em Santo António<br />

dos Olivaes.<br />

Em vista d'isto tenho a <strong>de</strong>clarar que<br />

o ex. mo sr. dr. Ayres <strong>de</strong> Campos nunca<br />

me fez imposições, porque, conhecedor<br />

<strong>da</strong>s minhas idéas, me tem sempre tratado<br />

com a máxima <strong>de</strong>licadêza e consi<strong>de</strong>ração.<br />

Eu <strong>de</strong>spedi um operário (não<br />

foram dois), não por acompanhar a<br />

philarmónica, mas sim por ter insultado,<br />

na sua ausência, o ex. mo sr. dr. Ayres<br />

<strong>de</strong> Campos. E como eu não acho<br />

digno que um operário insulte um indivíduo<br />

que lhe dá trabalho, foi o motivo<br />

porque procedi d'esta fórma.<br />

De v., etc.,<br />

João Machado.<br />

Fesla <strong>de</strong> N. S. <strong>de</strong> S. Salvador<br />

Deverá realizar se no dia 23 do corrente<br />

mês <strong>de</strong> maio a gran<strong>de</strong> festa em<br />

honra <strong>de</strong> N. S. <strong>de</strong> S. Salvador, sendo<br />

o seu programma o seguinte:<br />

Na véspera á noite illuminação, fôgo<br />

<strong>de</strong> vistas, balão e música.<br />

No próprio dia haverá missa solemne,<br />

pelas 11 l /t horas <strong>da</strong> manhã, sendo<br />

celebrante o ex mo Reitor <strong>da</strong> Sé Cathedral;<br />

ao Evangelho subirá ao púlpito<br />

o sr. padre José <strong>da</strong> Conceição, digno<br />

coadjutor <strong>da</strong> freguezia <strong>de</strong> Ceira; ás 4<br />

horas <strong>da</strong> tar<strong>de</strong> la<strong>da</strong>inha e sermão sendo<br />

orador o sr. padre José Pinto Machado,<br />

digno párocho em Torre <strong>de</strong> Villela; em<br />

segui<strong>da</strong> Té-Deum e Tautum-Ergo.<br />

Tanto a festa <strong>de</strong> manhã como a <strong>de</strong><br />

tar<strong>de</strong>, serám abrilhanta<strong>da</strong>s por uma<br />

gran<strong>de</strong> orchestra, composta dos melhores<br />

músicos <strong>da</strong> locali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

Fin<strong>da</strong> a festivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>, terá<br />

por cima <strong>da</strong> mêsa, e d'um salto aebouse<br />

junto do seu amigo, que lhe disse:<br />

—Estamos filados! E' um policia...<br />

o canalha ven<strong>de</strong>u-nos.<br />

Cardinet viu que era elle quem levava<br />

a melhor, e disse logo.<br />

— Eu não sou polícia, sou um amigo<br />

que vem preveni los e pedir em troca<br />

alguma coisa.<br />

Os dois associados oiharam-se e por<br />

ura accôrdo tácito vieram sentar-se<br />

nos seus logares...<br />

— Ouça: eu não sei quem o senhor<br />

é, disse Grosbouleau, e a cabeça <strong>de</strong><br />

Lalongueur parecia nos meneios dizer:<br />

apoiado! apoiado! Vejo que conhece<br />

o caso, mas <strong>de</strong>vem-lh'o ter contado às<br />

avessas... nós somos gente honra<strong>da</strong>!<br />

Julgávamos que Lorémont também o<br />

fosse! Fazia-se passar por barão!...<br />

nós somos operários, trabalhamos. Veio<br />

procurar-nos, a Lalongueur e a mim...<br />

— A Grosbouleau e a mim! sffirmou<br />

Lalongueur.<br />

—Para nos dizer: tenho uma casa<br />

na ilha <strong>da</strong> Jatte, vocês querem ir fazer<br />

uma mu<strong>da</strong>nça? Dissemos que sim! Fizemos<br />

o preço! vinte francos... Não<br />

é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, Lalongueur?<br />

— É ver<strong>da</strong><strong>de</strong>! Juro-o por Deus e por<br />

todos os santos.<br />

— Fizemos a rnu<strong>da</strong>nça... Á noite<br />

perguntámos-lhe: para on<strong>de</strong> vae isto?<br />

I-go não é comvosco, respon<strong>de</strong>u elle...<br />

E pagou-nos. Nós somos trabalhadores,<br />

pagam-nos o nosso salário, reeebêmos....<br />

Só quando entramos em<br />

casa, foi que eu disse a Lalongueur;<br />

logar o costumado arraial e arrematação<br />

<strong>de</strong> fogaças ofifereci<strong>da</strong>s, executando<br />

a philarmónica Conimbricense várias<br />

peças <strong>de</strong> seu escolhido reportório,<br />

tanto no dia como na véspera á noite.<br />

A commissão promotora <strong>da</strong> referi<strong>da</strong><br />

festivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>sejando que a mesma<br />

festa seja feita com o máximo explendor<br />

possível, próprio d'êstes actos,<br />

espera ser coadjuva<strong>da</strong> com quaesquer<br />

ofifertas <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s aquelle fira.<br />

A commissão,<br />

José Domingos Serrado<br />

Candido Augusto SanCAnna<br />

Manuel <strong>da</strong> Silva.<br />

Tendo soffrido bastante <strong>de</strong> callos, usei o<br />

CALLICIDA Franco, e hoje estou completamente<br />

bom.<br />

Aconselharei ás pessoas <strong>de</strong> minhas relações<br />

o uso d'elle.<br />

Elvas. — João d'Assumpção Senna.<br />

Gran<strong>de</strong> Utili<strong>da</strong><strong>de</strong> Commercial<br />

Novas tabellas <strong>de</strong> câmbio directo entre<br />

Inglaterra, Portugal e Brazil<br />

POR<br />

A. DE SOUSA PAUPERIO<br />

Des<strong>de</strong> 6 a 55 n/n d. por 10000 réis<br />

Preço, 200 réis<br />

A' ven<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as livrarias<br />

Q-o.Iz2.ta,<br />

Ven<strong>de</strong>-se uma bella quinta em Cellas,<br />

subúrbios d'esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, composta<br />

<strong>de</strong> casas <strong>de</strong> habitação, terras, pomares<br />

<strong>de</strong> espinho e caroço, olivaes, vinhas,<br />

mattas, com água potável e <strong>de</strong> rega.<br />

Quem a preten<strong>de</strong>r pô<strong>de</strong> dirigir-se a<br />

Manuel Augusto Granjo, nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

rua Fernan<strong>de</strong>s Thomaz, 67.<br />

eleitoral<br />

Acha-se publica<strong>da</strong> a lei eleitoral approva<strong>da</strong><br />

por carta <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong><br />

maio <strong>de</strong> 1896, única em vigor.<br />

Além do próprio texto <strong>da</strong> lei, contém<br />

todo o formulário para todos os<br />

actos do processo eleitoral, v. g: acta<br />

<strong>da</strong> constituição <strong>da</strong> mêsa, nas assembléas<br />

primárias; auto <strong>de</strong> não eleição;<br />

actas <strong>de</strong> eleição, <strong>de</strong> assembléa <strong>de</strong> apuramento,<br />

etc. etc., concluindo por um<br />

repertório alphabético.<br />

Os pedidos po<strong>de</strong>m ser dirigidos á<br />

Bibliotheca Popular <strong>de</strong> Legislação, na<br />

rua <strong>da</strong> Atalaya, 183. I. 0 ,—Lisboa.<br />

F. Fernan<strong>de</strong>s Costa<br />

E<br />

ANTONIO THOMÉ<br />

ADVOGADOS<br />

Rua do Yiscon<strong>de</strong> <strong>da</strong> Luz, 50<br />

has <strong>de</strong> vêr que ain<strong>da</strong> havêmos <strong>de</strong> ter<br />

um <strong>de</strong>gosto por causa d'isto... aquelle<br />

homem tinha um ar na<strong>da</strong> cathólico.<br />

— Tam certo como estar aqui êste<br />

copo <strong>de</strong> vinho!... Foi assim que elle<br />

disse...<br />

— E tu vês, tornou Grosbouleau, dirigindo-se<br />

a Lalongueur, nós vamos<br />

soffrer por causa d'isto... Já cá está<br />

êste senhor...<br />

— Meu Deus! Como ha gente má na<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, gemeu Lalongueur.<br />

— Diga, senhor, e se fôr possível<br />

reparar qualquer mal que a gente tenha<br />

feito sem querer... a gente está<br />

prompta para tudo.<br />

— Para tudo! apoiou Lalongueur.<br />

Cardinet sentia-se com sorte; conhecendo<br />

os dois patifes e fingindo que<br />

se <strong>de</strong>ixava enganar por elles, disse:<br />

— Eu vinha exactamente para lhes<br />

dizer: ha um canalha <strong>de</strong> que é necessário<br />

livrar á terra; êsse canalha é o<br />

o barão <strong>de</strong> Lorémont, — Hyppólito Lorémont<br />

emfim, e eu venho pedir-lhe<br />

que me aju<strong>de</strong>m...<br />

— É isso o que o senhoç quer, exclamaram<br />

alegremente os dois patifes?...<br />

Entàm toque!<br />

—Toque! repetiu Lalongueur.<br />

— Entre gente honra<strong>da</strong> ha sempre<br />

accôrdo!<br />

—Era no que eu estava a pensar,<br />

respon<strong>de</strong>u sorrindo Cardinet.<br />

— Petite! gritou Grosbouleau, põe<br />

quatro talheres 10 sr. almoçacomnosco!<br />

—Ah! Eu...<br />

(Continvffi),


PROBIDADE<br />

Companhia geral <strong>de</strong> seguros<br />

Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> anonyma<br />

<strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> limita<strong>da</strong><br />

CAPITAL 2.000:0000000<br />

Rua Nová d'El-Rei, n.° 99, 1."<br />

L i s b o a<br />

Effectua seguros contra incêndios.<br />

Correspon<strong>de</strong>nte em <strong>Coimbra</strong>,<br />

Cassiano A. Martins Ribeiro.—<br />

Rua Ferreira Borges, 165, 1.°.<br />

Sulfato <strong>de</strong> cobre<br />

2 Auall<strong>da</strong><strong>de</strong> garanti<strong>da</strong><br />

" para tratamento <strong>de</strong> vinhas<br />

ven<strong>de</strong>-se por preços limitados<br />

nos estabelecimentos <strong>de</strong><br />

ferragens <strong>de</strong> João Gomes Moreira<br />

na rua <strong>de</strong> Ferreira Borges,<br />

n. os 50 e 52 (em frente ao Arco<br />

d'Almedina) e no <strong>de</strong> Moreira &<br />

Simões na mesma rua n. 08 171<br />

e 173.<br />

Estabelecimento Thermal<br />

Dos mais perfeitos do país<br />

Excellentes águas mineraes<br />

para doenças <strong>de</strong> pelle,<br />

rheumatismo, eslómago,<br />

garganta, etc.<br />

RESISTENCIA — Quinta feira, 10 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1897<br />

CALDAS DA FELGUEIRÀ<br />

CANNAS DE SENHORIM<br />

(BEIRA ALTA)<br />

Abertura do estabelecimento thermal em 1 <strong>de</strong> maio<br />

e íecha em 30 <strong>de</strong> novembro<br />

Abertura do Gran<strong>de</strong> Hotel Club em 15 <strong>de</strong> maio<br />

Gran<strong>de</strong> Hotel Club<br />

Com estação <strong>de</strong> correio e telégrapho,<br />

médico, pharmácia<br />

e casa <strong>de</strong> barbear.<br />

Magníficas accommo<strong>da</strong>ções<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 10200 réis,<br />

comprehen<strong>de</strong>ndo serviço, club,<br />

etc. Bónus para os médicos<br />

O Estabelecimento Thermal comprehen<strong>de</strong> 64 banheiras <strong>de</strong> l. a a 5. a classe; duas salas para duches, uma para senhoras<br />

e outra para homens, e a mais completa sala <strong>de</strong> inhalação, pulverização e aspiração, com gabinêtes anoexoss e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

para toilette. É sem dúvi<strong>da</strong> o melhor do reino, e mais barato. -Viageixi-Faz-se to<strong>da</strong> em c - o ferro até<br />

Cannas (BEIRA. ALTA) e d'ahi 5 kilómetros em bons carros. A estaçao <strong>de</strong> Cannas na linha férrea <strong>da</strong> Beira Alta esta directamente<br />

ligaía com to<strong>da</strong>s as linhas férreas hespanholas que entram em Portugal por Ba<strong>da</strong>joz, Caceres Villar Formoso Barca<br />

d'Alva e Tuy.-Para esclarecimentos: - Em L i s b o a : rua do Alecrim, n ° 125, referente ao estabelecimento balnear e rua<br />

<strong>de</strong> S. Julião! 80, 1.°, referente ao Gran<strong>de</strong> Hotei.-Correspondéncia para as Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Felgpaeira, ao gerente <strong>da</strong> companhia<br />

do Gran<strong>de</strong> Hotel —As águas en*arraf»<strong>da</strong>s ven<strong>de</strong>m-se nas pharmácias e drogarias e no <strong>de</strong>pósito geral, mMfflA-<br />

CIA ANDRADE, rua do Alecrim, 125.-A exploração do Hotel fica êste anno a cargo <strong>da</strong> Companhia do Gran<strong>de</strong><br />

Hotel Club.<br />

JOiO RODRIGUES BRAGA<br />

SUCCESSOR<br />

17, Adro <strong>de</strong> Cima, 20 — (Detraz <strong>de</strong> S. Bartholom eu)<br />

COIMBRA<br />

3 ârmazem <strong>de</strong> fazen<strong>da</strong>s <strong>de</strong> algodão, lã e se<strong>da</strong>. Ven<strong>da</strong>s por<br />

A junto e a retalho, Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> pannos crús.—Faz-se<br />

<strong>de</strong>sconto nas compras para reven<strong>de</strong>r.<br />

Completo sortido <strong>de</strong> coroas e bouquets, fúnebres e <strong>de</strong> gala.<br />

Fitas <strong>de</strong> faille, moiré glacé e setim, em to<strong>da</strong>s as côres e larguras.<br />

Eças doura<strong>da</strong>s para adultos e crianças.<br />

Continúa a encarregar-se <strong>de</strong> funeraes completos, armações<br />

fúnebres e trasla<strong>da</strong>ções, tanto nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> como fóra.<br />

ESTABELECIMENTO<br />

DE<br />

FERRAGENS, TINTAS E ARMAS DE FOGO<br />

DE<br />

João Gomes Moreira<br />

§0, Rua Ferreira Borges, 52 (Em frente ao Arco d'Almedina)<br />

Cal Hydraulica: <strong>de</strong>g0<br />

COIMBRA<br />

Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>da</strong> Companhia Cabo Mon-<br />

Aviso aos proprietários e mestres<br />

d'obras.<br />

tii , . .Ji A '-i{An<br />

Electrici<strong>da</strong><strong>de</strong> e óptica<br />

. „ . ,<br />

Agência <strong>da</strong> casa Ramos & Silva <strong>de</strong><br />

Ljsboa, constructores <strong>de</strong> pâra-raiosi,<br />

campainhas eléctricas, oculos e lunetas e todos os mais<br />

apparelhos concernentes.<br />

m> L Alvaia<strong>de</strong>s,óleos,agua-raz,crés,gesso<br />

Tintas para pinturas, vernizes, e muitas outras tintas e<br />

artigos para pintores.<br />

/U«,/v„*aci .<br />

UineniOS.<br />

Inglês e Cabo Mon<strong>de</strong>go, as melhores quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

que se empregam em construcçôes hydrauhcas.<br />

Ban<strong>de</strong>jas, oleados, papel para forrar casas, moinhos<br />

e torradores para café, máchinas para moer<br />

carne, balanças dé todos os systemas.— Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> arame,<br />

zinco e chubo em folha, ferro zincado, aram e <strong>de</strong> to<strong>da</strong><br />

as quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Ferragens pira constrxicçOes:<br />

Lisboa e Porto.<br />

„<br />

- ^<br />

.<br />

r r ! :<br />

De ferro e arame primeira quali<strong>da</strong><strong>de</strong> com gran<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>scontos.—Aviso aos proprietários e mestres <strong>de</strong><br />

obras.<br />

Gutilaria:<br />

Cutilaria nacional e extrangeira dos melhores auctores.<br />

Especiali<strong>da</strong><strong>de</strong> em cutilaria Rodgers.<br />

Crystofle, metal branco, cabo d'ébano e marfim,<br />

completo sortido em faqueiros e outros artigos<br />

<strong>de</strong> Guimarães.<br />

r fn«wA. Esmalta<strong>da</strong> e estanha<strong>da</strong>, ferra<br />

Louças inglesas, <strong>de</strong> ferro: Agate, 3erviÇo completo Par0<br />

mesa, lavatorio e cozinha.<br />

*«n« dn fArfft- Carabinas <strong>de</strong> repetição <strong>de</strong> 12 e 15 tiros, re-<br />

Annas <strong>de</strong> lUgU. volvers, espingar<strong>da</strong>s para caça,os melhores<br />

systemas.<br />

A' LA VILLE DE PARIS<br />

Gran<strong>de</strong> Fábrica <strong>de</strong> Gorôas e Flôres<br />

F. DELP0BT<br />

247, Rua <strong>de</strong> Sá <strong>da</strong> Ban<strong>de</strong>ira, 261—Porto<br />

COIMBRA.<br />

s flASA fllial em Lisboa—Rua do Príncipe e Praça dos<br />

VJ Restauradores (Aveni<strong>da</strong>).<br />

Único representante em <strong>Coimbra</strong><br />

JOÃO RODRIGUES BRAGA, Successor<br />

17—ADRO DE CIMA—20<br />

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />

n o í M T t R A<br />

CALLICIDÀ<br />

Exclnsivo<br />

Extracção dos callos sem<br />

dôr em 0 dias<br />

Reseonto convi<strong>da</strong>tivo<br />

para reven<strong>de</strong>r<br />

Wepositos—Lisboa: Leandro<br />

<strong>de</strong> Freitas, rua <strong>da</strong> Prata,<br />

231; Porto, José Maria Lopes,<br />

rua do Bomjardim, 12; <strong>Coimbra</strong>,<br />

Rodrigues <strong>da</strong> Silva iC. J ;e em<br />

to<strong>da</strong>s as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e principaes<br />

villas do continente.<br />

Áfiica — Loan<strong>da</strong>, José Marques<br />

Diogo.<br />

Brasil— Rio <strong>de</strong> Janeiro: Silva<br />

Gomes & C a ; Pernambuco; Guerra<br />

Fernan<strong>de</strong>s & C. a , rua do<br />

Duque <strong>de</strong> Caxias, 47; Bahia:<br />

Francisco <strong>de</strong> Assis e Souza;<br />

Maranhão: Jorge & Santos.<br />

Exija-se nos <strong>de</strong>pósitos um<br />

prospecto que ensina o modo<br />

<strong>de</strong> usá-lo e previne as falsificações.<br />

Ha um só <strong>de</strong>pósito em<br />

ca<strong>da</strong> terra.<br />

Pedidos ao auctor: António<br />

Franco, Covilhã.<br />

0 Remedio <strong>de</strong> AYER contra sezões—Febres<br />

intermitentes e bliosas<br />

Peitoral <strong>de</strong> Cereja <strong>de</strong> Ayer. 0 remédio mais<br />

seguro que ha para curar a Tosse Bronchite, Asthema<br />

e Tubérculos pulmonares.<br />

Frasco, 10000 réis meio frasco, 600 réis.<br />

Todos os remédios que ficam indicados sam altamente<br />

concentrados <strong>de</strong> maneira que sahem baratos, porque<br />

um vidro dura muito tempo.<br />

Pílulas Cathartleas <strong>de</strong> Ayer. —0 melhor<br />

purgativo, suave, inteiramente vegetal.<br />

Frasco, 1ÍOOO réis<br />

0 Vigor do Cabello<br />

DO DR. AYER,<br />

Depósito <strong>da</strong> fábrica «A NACIONAL»<br />

DE<br />

BOLACHAS E BISCOITOS<br />

DE<br />

JOSÉ FRANCISCO DA CRUZ, TELLES<br />

128 — RUA FERREIRA BORGES — 130<br />

8 MESTE <strong>de</strong>pósito, regularmente montado, se acham á<br />

ven<strong>da</strong> por junto e a retalho, todos os productos Naquella<br />

fábrica, a mais antiga <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, on<strong>de</strong> se recebem<br />

quaesquer encommen<strong>da</strong>s pelos preços e condições eguaes<br />

aos <strong>da</strong> fábrica.<br />

A cura <strong>da</strong> Blennorrhagia<br />

ELECTUÁRIO ANTI-BLENORRHÁGICO<br />

DO PHARMACEUTICO<br />

T_ G A L V Ã O<br />

Um até dois boiões d'este maravilhoso medicamento, ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro<br />

especifico, bastam na máxima parte dos casos, para curar<br />

to<strong>da</strong>s as purgações, ain<strong>da</strong> as mais antigas e rebel<strong>de</strong>s.<br />

Preço do boião, 1$000 réis<br />

Depósito geral em Arganil na pharmacia Galvão—Em <strong>Coimbra</strong>:<br />

drogaria Rodrigues <strong>da</strong> Silva & C. a<br />

I D X O S I D E A T E E<br />

T o i s r i c o<br />

rara a cura «fficat e prompta <strong>da</strong>s<br />

Moléstias provenientes <strong>da</strong> impureza<br />

do Sangue.<br />

O B I E N T A L<br />

Marca «Casseis»<br />

Esquisita preparação para aformosear o<br />

cabello —Extirpa Io<strong>da</strong>s as affecções do cráneo, limpa<br />

e perfuma a cabeça.<br />

Agua Flori<strong>da</strong> (marca Casseis).—Perfume <strong>de</strong>licioso<br />

para o lenço, o toucador e o banho.<br />

Sabonetes <strong>de</strong> glyeerlna (marca Casseis).—<br />

Muito gran<strong>de</strong>s, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> superior.<br />

Á ven<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as drogarias e lojas <strong>de</strong> perfumarias.<br />

Preços baratos.<br />

Vermífugo <strong>de</strong> B. L. Fahnestoeis»<br />

— É O melhor remedio contra lombrigas. 0<br />

proprietário está prompto a <strong>de</strong>volver o dinheiro a<br />

qualquer pessoa a quem o remédio não faça o efíeito<br />

quando o doente tenha lombrigas e seguir exactaii<br />

ente as instrucções.<br />

impe<strong>de</strong> queooabello se torne bruacoercstuura ao cabello grisalho<br />

a sua vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> e formosura.<br />

Perfeito <strong>de</strong>sinfeotante e purificante <strong>de</strong> Jeyes para <strong>de</strong>sinfectar casas e latrinas,<br />

também é ex eileote para tirar gordura ou nodos <strong>de</strong> roupa, hmpar metaes, e curar fen<strong>da</strong>s. -<br />

PreCO Dep 4 ósUolJames Casseis & 0.°, rua do Mousinho <strong>da</strong> Silveira, n,° 85, -Porto.<br />

L D I L A O<br />

Por motivo <strong>de</strong> retira<strong>da</strong> para<br />

o Brazil ven<strong>de</strong>-se em leilão to<strong>da</strong><br />

a mobilia d'uma casa <strong>de</strong> familia<br />

constando <strong>de</strong> mobilia <strong>de</strong> salla <strong>de</strong><br />

visitas, casa <strong>de</strong> mêsa quartos e<br />

cosinha.<br />

O leilão terá logar no dia 16<br />

d'este mês na estra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Beira<br />

<strong>de</strong>fronte do último candieiro <strong>de</strong><br />

illuminação pública, na casa<br />

aon<strong>de</strong> morou a familia Machado.<br />

Subloca-se a mesma casa até<br />

ao pióximo S. Miguel por preço<br />

cómmodo e d'ahi em <strong>de</strong>ante<br />

será arren<strong>da</strong><strong>da</strong> por conta do<br />

proprietário.<br />

Leonar<strong>da</strong> Forjaz, arren<strong>da</strong> a<br />

parte sul <strong>da</strong> sua casa <strong>da</strong> rua<br />

<strong>da</strong> Ilha.<br />

Recebem-se propostas, na<br />

quinta dos Platanos á Bemcanta,<br />

on<strong>de</strong> se encontram as chaves,<br />

para ser vista.<br />

Nos dias 16 e 17 do corrente<br />

mês <strong>de</strong> maio, pela 1 hora<br />

<strong>da</strong> tar<strong>de</strong>, na rua <strong>da</strong> Ilha, n.° 3,<br />

se ha <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r o restante dos<br />

ivros, quadros, estampas etc.,<br />

que pertenceram ao fallecido<br />

dr. Abilio Augusto <strong>da</strong> Fonseca<br />

Pinto.<br />

Casa com quintal<br />

13 â rren<strong>da</strong>-se uma boa casa<br />

A com gran<strong>de</strong> quintal sito<br />

na rua João Cabreira n.° 21<br />

Pô<strong>de</strong> ser vista <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 14 <strong>de</strong><br />

maio em diante.<br />

Para tratar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já com o<br />

seu dono, rua do Viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

Luz 60.<br />

Caixeiro<br />

14 Innoeénela «& Sobrinho,<br />

rua <strong>de</strong> Ferreira<br />

Borges, precisam <strong>de</strong> um. caixeiro<br />

para mercearia, a quem<br />

dám bom or<strong>de</strong>nado, merecendo-o.<br />

Tratamento <strong>de</strong> moléstias <strong>da</strong><br />

bocca e operações <strong>de</strong><br />

cirurgia <strong>de</strong>ntária<br />

Cal<strong>de</strong>ira <strong>da</strong> Silva<br />

Cirurgião <strong>de</strong>ntista<br />

Herculano Carvalho<br />

Medico<br />

R. <strong>de</strong> Ferreira Borges (Calça<strong>da</strong>), 174<br />

IS flonsultas todos os dias<br />

v <strong>da</strong>s nove <strong>da</strong> manhã ás<br />

3 horas <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>.<br />

Vinho e aguar<strong>de</strong>nte puros<br />

DA<br />

Quinta <strong>da</strong> Pedranclia<br />

Rua do Loureiro<br />

Vinho tinto—litro 80 réis."<br />

Dez litros—700 réis.<br />

VINHO BRANCO<br />

Chablis <strong>de</strong> 1895 — litro 160<br />

réis.<br />

Dito, garrafa — 120 réis.<br />

Aguar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> vinho, <strong>de</strong> 20®<br />

Cart.— litro 320 réis.<br />

"BESISTENCIA,,<br />

PUBLICA.-SE AOS DOMINGOS<br />

E QUINTAS-FEIRAS<br />

Re<strong>da</strong>cção e Administração<br />

ARCO D'ALMEDINA, 6<br />

EDITOR = Joaquim Teixeira <strong>de</strong> Sá<br />

Condições <strong>de</strong> assignatura<br />

(PAGA ADIANTADA)<br />

Com estampilha;<br />

Anno 20700<br />

Semestre 10350<br />

Trimestre 680<br />

Sem estampilha:<br />

Anno 20400<br />

Semestre 10200<br />

Trimestre 600<br />

A N N U N C I 0 8<br />

Ca<strong>da</strong> linha, 30 réis-—Repetições,<br />

20 réis.—Para os srs. as-<br />

SiQnimtes. <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 50 p. c.<br />

Tjp. tf. França Amil»—C0UMU


N.° 233 COIMBRA—Domingo, 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897 3.° ANNO<br />

TOUREIO JUDICIÁRIO<br />

A ESCRAVIDÃO<br />

Carta <strong>de</strong> Lisboa<br />

Como se um primeiro espa<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>sse a alternativa a um moço <strong>de</strong><br />

forcado!<br />

Para assombro <strong>de</strong> ingénuos e Tolo, cynico e ignorante. ..<br />

vergonha <strong>da</strong> magistratura portu- Um juiz que só mereceria ser...<br />

guêsa e dos po<strong>de</strong>res constituídos, careca ou moço <strong>de</strong> curro.<br />

quê tal consentem e a esta anarchia<br />

e impudor levaram tudo nêste -A-té q_-u.e e m f i m . . .<br />

país, leia-se o trecho que transcre-<br />

Des<strong>de</strong> que o chefe dos assassivemos<br />

d'um documento público. nos <strong>da</strong> índia regressou á metrópole,<br />

Um <strong>de</strong>sembargador <strong>da</strong> relação, vindo do governo que infamou com<br />

um juiz encanecido, que teria por os mais cruéis e sanguinários assassinatos,<br />

feitos em nome <strong>de</strong> Por-<br />

obrigação o culto honrado e digno,<br />

tugal, tem tido o titular <strong>da</strong> pasta <strong>da</strong><br />

nobre e sério do seu <strong>de</strong>ver, não marinha uma ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira lucta para<br />

teve pejo <strong>de</strong> macular o seu nome e conseguir que o sr. Augusto <strong>de</strong><br />

a digni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> magistratura portu- Castilho acceitasse aquelle governo.<br />

guesa escrevendo nuns autos, em<br />

Não o conseguiu d'êste prestigioso<br />

marinheiro, e por isso convidou na<br />

estylo tauromáchico, as imbecili<strong>da</strong>- 5.<br />

<strong>de</strong>s que vám vêr:<br />

«Recebi os autos como estám: e<br />

feitas as cortezias do estylo com tres<br />

accordãos interlocutorios. como um<br />

dos primeiros espa<strong>da</strong>s me dá a alternativa,<br />

vou pegar <strong>de</strong> frente no processo<br />

para evitar 4." accordão nesta<br />

simples questão relativa a corri<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />

touros».<br />

Isto, como vêem, é simplesmente<br />

revoltante, e não se comprehen<strong>de</strong>,<br />

senão pelo conhecimento que todo<br />

o país tem <strong>da</strong> profun<strong>da</strong> <strong>de</strong>pressão<br />

a que chegaram as instituições portuguêsas,<br />

que ain<strong>da</strong> se conserve no<br />

exercício <strong>da</strong>s suas eleva<strong>da</strong>s funcções<br />

judiciárias quem tam torpemente insulta<br />

e enxovalha a missão sagra<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> Justiça.<br />

Num país em que houvesse o<br />

culto <strong>da</strong> digni<strong>da</strong><strong>de</strong> e do pudor, o<br />

magistrado que escrevesse um documento<br />

<strong>da</strong>quelles, tam aviltante e<br />

tam ridículo, nem mais um dia<br />

continuaria a fazer do tribunal redon<strong>de</strong>l<br />

<strong>de</strong> loiros e dos processos<br />

revistas tauromáchicas. Mas tolera-se<br />

isto em Portugal, on<strong>de</strong> a indisciplina<br />

dos espíritos e a falta <strong>de</strong><br />

respeito por tudo o que é nobre<br />

exce<strong>de</strong> o que em país nenhum se<br />

consente.<br />

Chegámos, assim, ao extremo <strong>da</strong><br />

irrisão e do impudor, em que um<br />

juiz <strong>da</strong> relação se entretem a fazer<br />

nos processos pêgas <strong>de</strong> cara e,—<br />

quem sabe?—a metler farpas a<br />

cuarteo!<br />

E o que é mais <strong>de</strong>primente, mais<br />

vergonhoso ain<strong>da</strong>,-—o ministro <strong>da</strong><br />

Justiça ficou indifferente á arremetti<strong>da</strong>,<br />

e não mandou instaurar um<br />

processo contra o magistrado biltre<br />

que vê nos autos cornupetos e na<br />

sua vara <strong>de</strong> juiz vara larga <strong>de</strong> picadorI<br />

Mas, no fim <strong>de</strong> tudo, é tam inepto,<br />

o <strong>de</strong>sgraçado, que nem percebe<br />

na<strong>da</strong> <strong>da</strong> arte que preten<strong>de</strong>u macaçjuear,<br />

a a tiro, do seu território. Consta,<br />

mesmo, que, <strong>da</strong> refrega, saíram três<br />

portuguêses mortos, sendo corta<strong>da</strong>s<br />

as orelhas a outros três.<br />

14 <strong>de</strong> maio<br />

As folhas noticiaram a grève dos<br />

operários d'uma fabrica <strong>de</strong> esparti-<br />

Por este motivo, já retiraram Ven<strong>de</strong>-se ou arrten<strong>da</strong>-se Lourenlhos,<br />

na qual as mulheres ganham<br />

d'aquella província mais <strong>de</strong> mil e ço Marques ? . £ §| 0L £<br />

3 e 4 vinténs diários em 12 horas<br />

e quinhentos ceifeiros portuguêses; Hypothecam-se as linhas férreas?<br />

<strong>de</strong> trabalho!<br />

expulsos pelos hespanhoes.<br />

Çonce<strong>de</strong>m-se novos monopólios?<br />

Mais: as costureiras <strong>de</strong> Lisboa,<br />

Aquelles que sam <strong>de</strong> povoações Ha dúvi<strong>da</strong>s.<br />

por occasião do 1.° <strong>de</strong> maio repre-<br />

próximas têem recolhido a suas Um dia teve probabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s uma<br />

sentaram ao sr. ministro <strong>da</strong>s obras<br />

casas; outros, an<strong>da</strong>m mendigando <strong>da</strong>s operações. Outro dia dá-se como<br />

públicas pedindo providências le-<br />

pelas ruas <strong>de</strong> Elvas, apresentando- certo outro negócio.<br />

gislativas, que regulamentassem o<br />

se alguns feridos, num estado ver- To<strong>da</strong>via ninguém põe em dúvi<strong>da</strong><br />

trabalho <strong>da</strong>s mulheres e as prote<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente<br />

digno <strong>de</strong> lástima. que se pensa em arranjar dinheiro<br />

gessem contra os excessos <strong>da</strong> expo- Este estado <strong>de</strong> coisas requer <strong>da</strong>lguma d'essas formas—ven<strong>de</strong>nliação<br />

<strong>de</strong>scara<strong>da</strong> <strong>da</strong>s fábricas e of- promptas e enérgicas providências, do ou hypothecando — e que o goficinas.<br />

não só com o fim <strong>de</strong> castigar os verno apenas hesita sobre qual <strong>de</strong>l-<br />

Ha estabelecimentos em que sô-<br />

aggressôres e evitar repetições <strong>de</strong> ias tem <strong>de</strong> adoptar ou qual é a mais<br />

bre mulheres franzinas e aénmicas<br />

scenas violentas, mas também para honrosa para o país, segundo a<br />

pesam 15 horas <strong>de</strong> trabalho, em<br />

acudir á crise que assoberba os phrase duma folha official.<br />

casas <strong>de</strong>sprovi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> hygiene e por<br />

pobres trabalhadores <strong>da</strong> província Todos sabem que se liqui<strong>da</strong>m<br />

feira o coronel sr. Joaquim José uma retribuição que mal lhes for-<br />

do Alemtejo.<br />

os restos. Desconhecem-se apenas<br />

Machado para aquelle cargo, que nece o indispensável para illudirem<br />

quaes os que vam já e os que fi-<br />

acceitou immediatamente, <strong>de</strong>vendo a vi<strong>da</strong>i<br />

cam.<br />

o seu <strong>de</strong>spacho ser publicado esta Em consequência d'esta situação<br />

E c o e l i o m o<br />

Segundo a última versão, que se<br />

semana.<br />

miserável, a lysica e a prostituição O jornal do sr. Dias Ferreira, apresenta com visos <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, hy-<br />

Têmos, poi$, já governador geral alastram-se numa intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>- que o país teve occasião <strong>de</strong> conhepothecam-se ou arren<strong>da</strong>m-se os ca-<br />

<strong>da</strong> índia, que não po<strong>de</strong>rá, com cersoladora.cer pelo que é e pelo que vale num minhos <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> Lourenço Marteza,<br />

comparar-se ao tal que ha Na<strong>da</strong> mais incomprehensivel do momento já angustioso e difficilimo ques, Minho e Douro e Sul e Sues-<br />

pouco <strong>de</strong> lá veiu com a sua far<strong>da</strong> que esta exploração <strong>de</strong>shumana e <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> nacional, dizendo que não te, conce<strong>de</strong>m-se os monopólios do<br />

mancha<strong>da</strong> e as suas dragonas <strong>de</strong>s- infame, que o estado tolera e man- e difficil obter o anciado saldo po- álcool e do sabão e proroga-se o<br />

honra<strong>da</strong>s, como dizia, com justiça, tém 1<br />

sitivo no orçamento do estado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> monopólio dos tabacos.<br />

o Correio <strong>da</strong> Noite.<br />

Pedir a intervenção <strong>da</strong> lei contra que as <strong>de</strong>spêzas sejam reduzi<strong>da</strong>s ao Quer dizer: não se lança mão <strong>de</strong><br />

Oxalá que o novo governador uma tal iniqui<strong>da</strong><strong>de</strong>, é <strong>de</strong>sabafo inú- strictamente indispensável, accres- um dos últimos recursos, mas <strong>de</strong><br />

tenha as condições necessárias para til 1<br />

centa:<br />

seis, <strong>de</strong> todos.<br />

restabelecer na índia as garantias A lei existe, não vêmos nós co-<br />

Não se faz uma operação <strong>de</strong>sti-<br />

individuaes, fazer castigar os crimo ella se cumpre, aqui e em to<strong>da</strong> «Não pó<strong>de</strong>m, porém, os partidos <strong>da</strong> na<strong>da</strong> méramente a satisfazer as <strong>de</strong>sminosos<br />

agaloados que teem infa- a parte, com relação, por exemplo,<br />

rotação operar esta reducção nas <strong>de</strong>spêzas <strong>de</strong> momento, mas tantas quanpêzas<br />

públicas, porque para o consemado<br />

o nome português, e <strong>da</strong>r aos ao trabalho dos menores ?<br />

tas é possível fazer, para conseguir<br />

guirem lhes falta a auctori<strong>da</strong><strong>de</strong>, e<br />

negócios d'aquella possessão uma Ha uma repartição fiscalisadora além d'isso, têem <strong>de</strong> contentar to<strong>da</strong> a a maior somma <strong>de</strong> dinheiro.<br />

orientação patriótica e fecun<strong>da</strong>. <strong>da</strong>s officinas, com pessoal organi- clientella,. em cujo appoio se acham Ninguém duvi<strong>da</strong>, creio, que os<br />

Oxalá...<br />

sado; ha a repartição <strong>da</strong>s obras estivados».<br />

milhares <strong>de</strong> contos, arranjados por<br />

públicas, á qual foi confia<strong>da</strong> a vi-<br />

êstes processos, sam lançados á mes-<br />

O itálico é nosso, porque o fim<br />

gilância nos trabalhos <strong>de</strong> construma<br />

voragem on<strong>de</strong> têem sido tantos<br />

EXPLORAÇÕES-•• PORTUGUÊSAS<br />

é evi<strong>de</strong>nte: — quem pô<strong>de</strong> fazer tudo<br />

cção e a applicação <strong>da</strong>s penali<strong>da</strong>-<br />

outros.<br />

Organizou-se ha pouco em Lis<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transgressão. E afinal tudo<br />

aquillo é o liberalão sr. Dias Fer-<br />

Por conseguinte o país, sem por<br />

boa uma companhia, cujos estatutos isso foi impu<strong>de</strong>nte mentira e puro<br />

reira !<br />

fórma nenhuma ser beneficiado com<br />

vieram já publicados no Diário do escárneo 1<br />

o producto <strong>da</strong>s operações como o<br />

Governo, e que se intitula Compa- Levantou-se em princípio a poei-<br />

não tem sido com o <strong>de</strong> nenhuma<br />

STortiexito a g r í c o l a<br />

nhia <strong>de</strong> viação funicular.<br />

ra<strong>da</strong> do costume, <strong>de</strong>pois tudo caiu<br />

<strong>da</strong>s que se tem feito, terá <strong>de</strong> soffrer<br />

O seu fim, dizem os taes estatu- na modôrra pegajosa e funerária <strong>de</strong> Diz-se que o sr. ministro <strong>da</strong>s enormes encargos, ao mesmo tempo<br />

tos, é—a construcção e exploração, uma nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> sem futuro. obras públicas, trabalhando no sen- que se ha <strong>de</strong> encontrar sem rendi-<br />

ou sómente a construcção ou a ex- Leis, papela<strong>da</strong>! Lettra morta que tido <strong>de</strong> promover a restauração mentos importantes.<br />

ploração <strong>de</strong> quaesquer linhas <strong>de</strong> ninguém cumpre e a que ninguém económica do país fomentando a Equivale isto dizer a que a fal-<br />

viação, que lhe forem concedi<strong>da</strong>s liga importância!<br />

agricultura, apresentará ao parlaléncia se abre fatalmente, imprete-<br />

ou que ella obstenha por arren<strong>da</strong>- Pedir, pois, o patrocínio do esmento (?) projectos <strong>de</strong> lei sobre— rivelmente.mento,<br />

compra ou fusão, ou por tado é alimentar a ficção burlêsca colonização do Alemtejo, novo re- Significam, pois, as operações<br />

qualquer outro modo.<br />

<strong>de</strong> que os homens do governo posgimen <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>, fornecimento nêste momento a negociar não ape-<br />

Para tantas e tam gran<strong>de</strong>s coisas, suem a abnegação e as energias <strong>de</strong> adubos chímicos, crédito rural, nas a ruína, mas também a morte<br />

constitue-se com o capital <strong>de</strong> 45 sinceras e prestantes, indispensá- celleiros communs, virigação do <strong>da</strong> nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> portuguêsa.<br />

contos <strong>de</strong> réis, dividido em acções veis ao progresso <strong>da</strong>s socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s!... Alemtejo e creação d'uma compa- Por taes razões estamos sem dú-<br />

<strong>de</strong> 100$000 réis; mas, o que é<br />

nhia vinícola do sul.<br />

vi<strong>da</strong> num momento histórico: — o<br />

mais, fica já com uma direcção<br />

. 0 .<br />

Assumptos importantíssimos, sem <strong>da</strong> liqui<strong>da</strong>ção.<br />

composta <strong>de</strong> três membros a ven- Grave conflicto dúvi<strong>da</strong> nenhuma, e que representam A monarchia prepara-se para arcerem<br />

respectivamente... 600$000<br />

interesses capitaes <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> porturancar á nação os últimos bens.<br />

réis annuaes!<br />

Ha poucos dias, <strong>de</strong>u-se em Baguêsa ... mas que ficarám reduzi- Correspon<strong>de</strong> o pôvo á gravi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

É tudo assim no nosso país. <strong>da</strong>joz um grave conflicto entre pordos aos projectos <strong>de</strong> lei, ou que, <strong>da</strong> situação ? Respon<strong>de</strong> dignamente<br />

É a administração do Estado a tuguêses e hespanhoes, <strong>de</strong> que po- pelo menos, ham <strong>de</strong> sair estéreis ás tentativas d'espoliaçSo ?<br />

reviver nas administrações particu<strong>de</strong>riam ter resultado e pó<strong>de</strong>m ain<strong>da</strong> <strong>da</strong>s discussões dos economistas par- Força é confessar que não até<br />

lares.<br />

resultar gravíssimas consequências. lamentares.<br />

agora.<br />

Até quando durará este saque Todos os annos, por esta época, Po<strong>de</strong>rá, porventura, esperar-se A calúmnia é completa. Os es-<br />

dos mais espertos á bolsa dos in- os trabalhadores <strong>da</strong> fronteira <strong>da</strong> alguma coisa d'útil, para o <strong>de</strong>senpíritos não acceitam, por exemplo,<br />

génuos?. ..<br />

província do Alemtejo vam buscar volvimento e restauração econó- a ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> Lourenço Marques, mas<br />

o pão quotidiano no trabalho <strong>da</strong>s mica do país, d'um parlamento <strong>de</strong> não mostram exasperar-se com o<br />

ceifas em Ba<strong>da</strong>joz, lançando, as- incompetentes, <strong>de</strong> burocratas, que facto <strong>de</strong> se fallar no assumpto. En-<br />

Durante o anno <strong>de</strong> 1896 (segundo<br />

sim, mão d'um valioso recurso para<br />

uma estatística official), o número <strong>de</strong><br />

o que querem é arranjar a vi<strong>da</strong>? ten<strong>de</strong>m que é uma indigni<strong>da</strong><strong>de</strong> em-<br />

objectos registados no correio foi <strong>de</strong> a sua subsistência.<br />

Lembremo-nos <strong>de</strong> que foram os prestar ás linhas férreas, mas não<br />

926:780.<br />

Este anno, porém, ou por um governos e os parlamentos do rei tratam por factos <strong>de</strong> obstar a que<br />

O uúmero <strong>de</strong> valores <strong>de</strong>clarados foi inexplicável egoismo, ou por quaes- que nos reduziram a este estado... ellas se empenhem. Acham que sam<br />

<strong>de</strong> 17:987, representando o valor <strong>de</strong> quer outras circunstâncias ain<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>mais e bastamente gravosos os<br />

2.188:1530234 reis.<br />

não averigua<strong>da</strong>s, os hespanhoes <strong>da</strong><br />

monopólios que já existem, mas não<br />

Uma circunstancia digna <strong>de</strong> nota:<br />

Os candi<strong>da</strong>tos aos exames <strong>de</strong> habi-<br />

Não se <strong>de</strong>u, durante o mêsmo anno, ; província <strong>de</strong> Ba<strong>da</strong>joz oppuseram^se<br />

<strong>de</strong>monstram que não acceitarátr.<br />

litação para o magistério primário estám<br />

nenhum caso <strong>de</strong> extravio <strong>de</strong> corres- tenazmente á passagem dos <strong>de</strong>sgra-<br />

mais.<br />

sujeitos ao pagamento d'um proprina<br />

pondência regista<strong>da</strong>.<br />

çados trabalhadores, expulsando-os, <strong>de</strong> 3i00Q réis.<br />

Num momento emfim em que ha*<br />

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt


via motivos para a mais profun<strong>da</strong><br />

agitação, reina ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira paz.<br />

Quando se <strong>de</strong>via produzir uma<br />

gran<strong>de</strong> convulsão, predomina o socego.<br />

Se não ha motivos para <strong>de</strong>sesperar<br />

com êste facto, porque a agitação<br />

tem que produzir-se, produz-se<br />

fatalmente sobretudo se se fizer<br />

qualquer operação sobre Lourenço<br />

Marques, é to<strong>da</strong>via para lamentar<br />

que não se tenha já iniciado a obra<br />

<strong>de</strong> protesto.<br />

Urge resgatar o tempo vendido.<br />

Felizmente annuncia-se já no<br />

Porto um comício para protestar<br />

contra qualquer operação sobre a<br />

província <strong>de</strong> Moçambique.<br />

Em Lisboa ficou hontem <strong>de</strong>finitivamente<br />

resolvido que se realizasse<br />

outro comício com o mesmo fim,<br />

promovido pelo Centro Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

— o mais numeroso que existe<br />

em Lisboa e constituído por velhos,<br />

fieis e <strong>de</strong>dicadíssimos sol<strong>da</strong>dos do<br />

partido.<br />

Nenhum bom patriota pô<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />

<strong>de</strong> auxiliar e secun<strong>da</strong>r estas<br />

manifestações, porque é necessário<br />

que ellas tenham to<strong>da</strong> a solemni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e importância, porque é indispensável<br />

evitar que a monarchia se<br />

sirva dos meios que lhe permitteriam<br />

viver por mais algum tempo<br />

regala<strong>da</strong>mente mas que originariam<br />

a liqui<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> portuguêsa.<br />

x<br />

A propósito ain<strong>da</strong> <strong>da</strong>s operações<br />

que estám sendo negocia<strong>da</strong>s, consta<br />

que to<strong>da</strong>s ellas entra directa ou<br />

indirectamente a figura do sr. con<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Burnay, a quem o director do<br />

Correio <strong>da</strong> Noite chamou muitos<br />

nomes feios no Primeiro <strong>de</strong> Janeiro,<br />

tantos que lhe valeram ser querellado.<br />

A êsse mesmo sr. Burnay conce<strong>de</strong>u<br />

já o governo a facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r empregar a tracção eléctrica<br />

na viacção em Lisboa, em condições<br />

que não foram acceites pelo<br />

gabinête regenerador, apesar dos<br />

esforços <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a or<strong>de</strong>m que foram<br />

feitos nêsse sentido e <strong>da</strong> morali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

d'essa situação ter sido a que se<br />

sabe.<br />

A irem por <strong>de</strong>ante as operações,<br />

a não protestar contra ellas o país<br />

<strong>de</strong> fórma a evitá-las, o famoso belga<br />

teria realizado o seu sonho: —<br />

convertido Portugal numa gran<strong>de</strong><br />

villa <strong>de</strong> Santo Antão.<br />

Só po<strong>de</strong>ríamos an<strong>da</strong>r em caminhos<br />

<strong>de</strong> ferro do sr. Burnay, já po<br />

<strong>de</strong>riamos ter sabão e álcool <strong>da</strong> mes<br />

ma marca, como já só podêmos servir-nos<br />

dos seus carros, como têmos<br />

que fumar o tabaco que elle nos<br />

quer <strong>da</strong>r e pelo preço que elle ar<br />

bítra.<br />

Antes morte que tal sorte!<br />

Já se sabia que em questão <strong>de</strong><br />

objectos d'arte os edifícios do Esta-<br />

do sam ha muito ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros sameiros<br />

para os que dispõem <strong>de</strong> dinheiro<br />

e <strong>de</strong> influência.<br />

Não obstante é ain<strong>da</strong> curiosíssimo<br />

que um simples architécto que<br />

não foi político pu<strong>de</strong>sse adquirir tamanha<br />

somma d'êsses objectos —<br />

parece que a melhor collecção <strong>de</strong><br />

azulejos que existe em Portugal.<br />

De sobejo affirma o facto que vivêmos<br />

numa Calábria e que po<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong>sempenhar o papel <strong>de</strong> salteadores<br />

todos os que tiverem vocação.<br />

RESISTENCIA — Domingo, 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897<br />

F. B.<br />

A Provin<strong>da</strong>, do Porto, alira-se<br />

ao homem dos carapaus como S.<br />

Thiago aos moiros, pelo facto <strong>de</strong><br />

O Tempo appellar para a praça pública<br />

como último recurso contra as<br />

infâmias do regimen.<br />

E após uma enfia<strong>da</strong> <strong>de</strong> qualifi<br />

cativos na<strong>da</strong> appetitosos, termina<br />

por accusar Zé vêsgo <strong>de</strong> ter arrastado<br />

pela lama <strong>da</strong> infâmia as finanças<br />

portuguêsas, <strong>de</strong>lapi<strong>da</strong>ndo os<br />

dinheiros públicos, esbanjando re<br />

cursos <strong>da</strong> nação e anarchisando os<br />

mais sérios negócios do país.<br />

Do que muito bem se conclue<br />

que tanta vergonha teem uns como<br />

outros.<br />

Dois Zés que não fazem differença<br />

d'um João.. -<br />

E o outro, o pagante, espreita a<br />

praça <strong>da</strong> esquina <strong>da</strong> rua. . . a vêr<br />

se os contendores terminam por fi-<br />

car, como elle, em fral<strong>da</strong> <strong>de</strong> camisa.<br />

..<br />

GRAYE SITUAÇÃO NA GUINÉ<br />

Do nosso prezado collega A Voz<br />

Publica, do Porto, transcrevemos o<br />

seguinte telegramma do seu corres<br />

pon<strong>de</strong>nte em Lisboa:<br />

«O governo continúa não recebendo<br />

communicação alguma <strong>da</strong> Guiné, on<strong>de</strong><br />

a nossa situação é melindrosa Ignora<br />

se qual o plano do governador <strong>da</strong> pro<br />

víncia para tirar a <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>safronta<br />

dos <strong>de</strong>sastres que alli experimentaram<br />

as nossas armas.<br />

Só por cartas particulares se sabe<br />

que, no combate <strong>de</strong> Gin<strong>da</strong>, caíram sob<br />

o ferro dos mandingas cêrca <strong>de</strong> 200<br />

auxiliares <strong>da</strong>s nossas forças, 3 sargentos<br />

e 2 officiaes! Custa, realmente,<br />

a comprehen<strong>de</strong>r tam prolongado silêncio<br />

official, que oxalá não seja precursor<br />

<strong>de</strong> mais notlnas <strong>de</strong>soladoras<br />

como as anteriores».<br />

«O sr. general Câmara Leme tenciona<br />

apresentar ao parlamento, na próxima<br />

sessão legislativa, um projecto<br />

sobre a reorganização do exército, projecto<br />

que se divi<strong>de</strong> em cinco parles:<br />

PARTE I<br />

CONSIDERAÇÕES GERAES<br />

Summário: — Preliminares—Importância<br />

dos exércitos pequeuos— Organização<br />

actual e as anteriores—Princípios<br />

fun<strong>da</strong>mentaes para a reorganização<br />

— Opinião <strong>de</strong> um iilustre general<br />

,á fallecido—Influência <strong>da</strong> estratégia e<br />

dos caminhos <strong>de</strong> ferro na reorganização<br />

—Analyse sob o aspecto económico<br />

<strong>da</strong> questão.<br />

PARTE II<br />

LEIS ORGÂNICAS<br />

Summário:—Recrutamento—Justiça<br />

Instrucção e accesso — Reformas e<br />

recompensas.<br />

PARTE III<br />

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS<br />

DO EXÉRCITO<br />

Summário: — Estado maior general<br />

•Corpo do estado maior — Corpo <strong>de</strong><br />

engenheiros—Artilheria—Cavallaria —<br />

1 ofanteria.<br />

PARTE IV<br />

ALVITRES ECONÓMICOS<br />

Summário: —Admiuistração militar<br />

Guar<strong>da</strong> fiscal—Divisões territoriaes<br />

-Praças <strong>de</strong> guerra —Supremo Tribunal<br />

e conselhos <strong>de</strong> guerra—Organisação<br />

<strong>da</strong> reserva—Conclusão <strong>da</strong> memória.<br />

PARTE V<br />

PROJECTO DE LEI EM BASES<br />

Dizem-nos que o trabalho do sr. Camara<br />

Leme è <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor.<br />

Nem outra coisa era <strong>de</strong> esperar <strong>de</strong><br />

quem, como aquelle iilustre general,<br />

conhece tanto a fundo tudo quanto se<br />

refere a questões militares.»<br />

Pêsames<br />

Falleceu em Villa Franca <strong>de</strong> Xira o<br />

digno escrivão <strong>de</strong> fazen<strong>da</strong> do concelho,<br />

sr. João Thomaz <strong>de</strong> Brito, marido <strong>da</strong><br />

ex. ma sr. a D Maria <strong>da</strong> Conceição Cortezão<br />

e Brito, presa<strong>da</strong> irmã do nosso<br />

valioso correligionário sr. dr. Joaquim<br />

Cortezão, muito digno presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

commissão municipal republicana <strong>da</strong><br />

Figueira <strong>da</strong> Foz, a quem enviamos a<br />

expressão do nosso mais profundo<br />

pesar.<br />

ILTo Oriente<br />

Tudo illusões; nuvens <strong>de</strong>fumo<br />

que em breve se dissiparam.<br />

Não comprehendêmos assim a lucta<br />

dos pequenos contra os gran<strong>de</strong>s.<br />

Em tam manifesta <strong>de</strong>segual<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> condições, do encarniçamento<br />

dos humil<strong>de</strong>s só ha a esperar os<br />

doisextrêmos:—a morte ou a victória.<br />

Ha casos em que o aniquillamento<br />

é uma re<strong>de</strong>mpção; e êste era um<br />

d'elles.<br />

Não o quis assim a monarchia<br />

íellénica.<br />

Des<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> questão, a paz<br />

do <strong>de</strong>senrolar <strong>de</strong> todos os prepara-<br />

,ivos bellicosos, <strong>de</strong>batiam-se os ingresses<br />

dynásticos.<br />

O ex-ministro <strong>da</strong> marinha grêga<br />

<strong>de</strong>clara, em sua <strong>de</strong>fêsa, que as suas<br />

or<strong>de</strong>ns nunca foram cumpri<strong>da</strong>s pelo<br />

iríncipe Jorge, almirante <strong>da</strong> esquadra<br />

couraça<strong>da</strong>. Mandou que ella imjedisse<br />

a passagem dos Dar<strong>da</strong>nelos;<br />

or<strong>de</strong>nou que ella se apo<strong>de</strong>rasse<br />

<strong>da</strong>s ilhas turcas do mar do Archipélago;<br />

<strong>de</strong>u or<strong>de</strong>ns terminantes para<br />

o bombar<strong>de</strong>amento dos portos turcos<br />

<strong>de</strong> maior valor; e o príncipe<br />

Jorge preferiu <strong>de</strong>sobe<strong>de</strong>cer, allegando<br />

os inconvenientes do mau tempo,<br />

que mais tar<strong>de</strong> se verificou lerem<br />

servido <strong>de</strong> simples pretexto.<br />

Por outro lado, o príncipe real<br />

Constantino, comman<strong>da</strong>nte em chefe<br />

dos exércitos <strong>de</strong> terra, foge <strong>de</strong><br />

Larissa, precipita<strong>da</strong>mente, sem uma<br />

escaramuça, sequer, tendo sob as<br />

suas or<strong>de</strong>ns milhares <strong>de</strong> sol<strong>da</strong>dos.<br />

Que prova tudo isto? Inépcia, co<br />

bardía, ou má fé?<br />

Um bocadinho <strong>de</strong> tudo.<br />

É que para um rei, to<strong>da</strong>s as am<br />

bições convergem a um só fito:—i<br />

thrôno. Tudo o mais sam ninharias,<br />

sonhos phantásticos <strong>de</strong> que um rei<br />

não <strong>de</strong>ve participar, preconceitos<br />

que não cabem no bôjo d'unria corôa.<br />

Emfim, a paz está em via <strong>de</strong> con<br />

clusão. Começou já a retira<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

Créta <strong>da</strong>s tropas grêgas. Os ministros<br />

hellenos vasculham as arcas do<br />

thesouro para acudir ás exigências<br />

do vencedor.<br />

E as cumea<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s montanhas<br />

<strong>da</strong> fronteira turco-grêga, eom as<br />

suas gargantas e as suas cristas<br />

<strong>de</strong>ntea<strong>da</strong>s, acenam um último a<strong>de</strong>us<br />

aos seus dominadores <strong>de</strong> hontem.<br />

* Seguem os últimos telegram-<br />

Estám em bom caminho as nemas:gociações<br />

<strong>da</strong> paz entre a Grécia e a<br />

Turquia, ferozes e encarniçados ini- Athenas, 14, t— Um telegramma <strong>de</strong><br />

migos <strong>de</strong> ha pouco.<br />

Arta annuncia estar travado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> esta<br />

manhã um sanguinolento combate em<br />

Foi aquella que reclamou a in- Griboro, na estra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Philippia<strong>de</strong>s,<br />

tervenção <strong>da</strong>s gran<strong>de</strong>s potências eu havendo sérias per<strong>da</strong>s dos dois lados.<br />

PROSPERIDADES REPUBLICANAS ropêascomo medianeiras entre o rei O combate continúa ain<strong>da</strong>.<br />

Jorge e o bárbaro Sultão. A Grécia, Paris, 14, n —Uma nota <strong>da</strong> Agencia<br />

A estatística official <strong>da</strong> Direcção que impava <strong>de</strong> heroísmo e abnega Havas <strong>de</strong>smente a informação d'um<br />

geral <strong>da</strong>s Alfan<strong>de</strong>gas francêsas mos-<br />

jornal extrangeiro <strong>de</strong> que em conse-<br />

ção, que nós espera vamos vêr resisquência <strong>de</strong> certas <strong>de</strong>sintelligéncias entra<br />

que as importações, nos 4 pri tir heroicamente aos exércitos mu tre o sr. Gambon, embaixador <strong>da</strong> Re-<br />

meiros mêses d'êsteanno, baixaram sulmanos, salvando a honra <strong>da</strong> sua publica francêsa, e a Sublime Porta,<br />

1.363:565^000 francos; equeasex- ban<strong>de</strong>ira embora na lucta tivesse esta pedira ao governo francês que<br />

portações subiram 1.173:192*000 <strong>de</strong> <strong>de</strong>rramar as últimas gôltas do retirasse d'alli o sr. Cambon.<br />

francos.<br />

Arta, 14, t.— O combate <strong>de</strong> hoje em<br />

sangue generoso <strong>de</strong> seus filhos,<br />

Entre os casos edificantes <strong>da</strong> se<br />

Giiboro, tem sido encarniçado.<br />

E lembrarmo-nos nós <strong>de</strong> que, ha Grécia, <strong>de</strong> quem nós julgáramos po-<br />

mana, toma vulto o annúncio d'um<br />

As tropas bateram-se a arma branca.<br />

27 annos, a França teve <strong>de</strong> pagar <strong>de</strong>r esperar o sacrifício <strong>da</strong> própria Consta que ficaram fóra <strong>de</strong> combate<br />

leilão.<br />

á Allemanha milhares <strong>de</strong> milhões vi<strong>da</strong> a ter <strong>de</strong> curvar a cerviz, im- 500 grêgos.<br />

É o caso que no dia 27 é vendi- <strong>de</strong> francos <strong>de</strong> in<strong>de</strong>mnização <strong>de</strong> plorando do bárbaro a ignomínia do A peleja dura ain<strong>da</strong> a esta hora.<br />

do em leilão espólio do fallecido ar-<br />

Arta, 14, n —Terminou a batalha<br />

guerra, que a Republica francêsa perdão, acaba <strong>de</strong> lançar por terra<br />

chitécto José Maria Nepomuceno,<br />

<strong>de</strong> Griboro, ficando mortos no campo<br />

herdou um estado empobrecido, cri- as esperanças que nella púnhamos.<br />

que <strong>de</strong>sempenhou <strong>diversas</strong> commis-<br />

400 grêgos, inclusos 25 officiaes. A<br />

vado <strong>de</strong> dívi<strong>da</strong>s, eriçado <strong>de</strong> difficul- Para quê tantos <strong>de</strong>sperdícios, tan- batalha proseguirá ámanhã.<br />

sões officiaes.<br />

<strong>da</strong><strong>de</strong>s, que só um governo uma to immolar <strong>de</strong> victimas, tam gran<strong>de</strong><br />

No catálogo figuram preciosos energia sobre-humana po<strong>de</strong>ria ven sacrifício <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>s e dinheiro?<br />

objectos d'arte, entre elles azulejos, cer...<br />

Para quê tanto heroísmo, tantas<br />

pertencentes a estabelecimentos do<br />

E hoje própera, rica, po<strong>de</strong>rosa, provas <strong>de</strong> sublime energia, se bre- Cuba e Fillippinas<br />

Estado e que êste nunca ven<strong>de</strong>u.<br />

enquanto nós nos vamos afun<strong>da</strong>ndo ve uma lufa<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sânimo havia<br />

Sam elles <strong>da</strong> parochia <strong>de</strong> Santa Ma<br />

miseravelmente, cobertos <strong>de</strong> ver- <strong>de</strong> lançar por terra todo êsse gigan- Aggrava-se a situação em Cuba.<br />

rinha <strong>de</strong> Lisboa, <strong>da</strong>s ruínas do ex<br />

gonha. ..<br />

têsco edifício?<br />

Apezar <strong>da</strong> implatação <strong>da</strong>s reformas<br />

tincto convento <strong>de</strong> Santo Eloy, <strong>da</strong><br />

A paz foi bem recebi<strong>da</strong>, dizem os naquella ilha, conce<strong>de</strong>ndo aos cu-<br />

parochia <strong>de</strong> Santo André, <strong>da</strong> <strong>de</strong> S.<br />

jornaes. E esta simples affirmativa banos a autonomia que elles recla<br />

Pedro d'Alfama, do convento <strong>de</strong> REORGANIZAÇÃO DO EXÉRCITO faz sangrar todos os corações que maram antes do comêço <strong>da</strong> insur-<br />

Santo António <strong>da</strong> Convalescença,<br />

do convento <strong>de</strong> S. Domingos, do Do nosso presado collega <strong>de</strong> Lis- se haviam i<strong>de</strong>ntificado com a granreição, nem por isso as forças dos<br />

convento <strong>de</strong> Santa Mónica, do <strong>da</strong> boa, A Marselheza, extractàmos a <strong>de</strong> alma do pôvo grêgo, preferindo insurrectos têem <strong>de</strong>sanimado na<br />

Madre <strong>de</strong> Deus, etc.<br />

seguinte notícia;<br />

a morte a uma ignomínia. prosecuçâo do seu intento»<br />

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />

Com a épocha <strong>da</strong>s chuvas, que<br />

ha pouco começou, coincidiu o recru<strong>de</strong>scimento<br />

<strong>da</strong> guerra.<br />

As últimas notícias dizem-nos<br />

ler <strong>de</strong>sembarcado, em San Juan <strong>de</strong><br />

las Playas (Cuba,) o cabecilha americano<br />

Julio Sanguilly, á frente <strong>de</strong><br />

uma expedição flibusteira.<br />

Veremos o que participa ao seu<br />

governo o general Weyler.<br />

—As notícias officiaes <strong>da</strong>m como<br />

completamente pacificado o archi-<br />

)élago <strong>da</strong>s Fillippinas.<br />

Por esse motivo, já chegou a<br />

Barcelona, <strong>de</strong> regresso <strong>de</strong> Manila,<br />

o general Polavieja, comman<strong>da</strong>nte<br />

do exército <strong>de</strong> operações em Cavite.<br />

Arthur Leitão<br />

A restabelecer a sua saú<strong>de</strong>, assás<br />

abala<strong>da</strong> nêstes últimos tempos,<br />

sáe ámanhã d'esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> o nosso<br />

correligionário sr. Arthur Leitão.<br />

Feliz viagem e um promplo restabelecimento<br />

é o que do coração<br />

lhe <strong>de</strong>sejámos.<br />

<strong>Notícias</strong> <strong>diversas</strong><br />

No dia 20 do corrente serám substituídos<br />

mais dois tramos do taboleiro<br />

metállico <strong>da</strong> ponte do Mon<strong>de</strong>go Novo,<br />

próximo <strong>da</strong> estação <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />

Com a substituição d'estes dois tramos<br />

fica totalmente renovado o taboleiro<br />

d'esta ponte.<br />

Conforme é costume, assistirám a<br />

êstes trabalhos e ás experiências do<br />

taboleiro os srs. engenheiro Vasconcellos<br />

Porto e conductores Temple Barbosa<br />

e Carlos Silvano, <strong>da</strong> Companhia real,<br />

e engenheiro Silveira, <strong>da</strong> fiscalização<br />

do governo, que partirám no dia 19<br />

no comboio mixto.<br />

As libras ven<strong>de</strong>ram-se, durante os<br />

últimos dias <strong>da</strong> semana fin<strong>da</strong>, a 6:850<br />

réis ou seja 2:350 réis <strong>de</strong> prémio em<br />

ca<strong>da</strong> uma.<br />

Francos a 819 réis e marcos a 332<br />

réis.<br />

Durante o mês d'abril findo foram<br />

exterminados, nêste districto, 192 cães<br />

vadios.<br />

•<br />

Terminou no dia 10 do corrente o<br />

praso para a entrega <strong>de</strong> requerimentos<br />

para exames dos estu<strong>da</strong>ntes externos<br />

do lyceu, do período transitório.<br />

Deram entra<strong>da</strong> na secretaria 292<br />

requerimentos.<br />

•<br />

Do Diário <strong>de</strong> Noticias:<br />

«Segundo lêmos em vários collégas<br />

hespanhoes, vae gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>scontentamento<br />

entre as pessoas que costumavam,<br />

annualmente, visitar a praia <strong>da</strong><br />

Figueira <strong>da</strong> Foz, por isso que os senhorios<br />

duplicaram os preços <strong>da</strong>s suas<br />

casas, exigindo ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iras exorbitâncias<br />

pelo seu aluguer durante a época<br />

balnear.<br />

A uma familia hespanhola que costumava<br />

alugar casa por 10 libras,<br />

pe<strong>de</strong>m êste anno 22; e a uma outra<br />

que a tinha, por 15 pediram 35 libras!<br />

Os jornaes hespanhoes aconselham<br />

os seus compatriotas a procurarem<br />

outras prâias e nêste sentido ha muitas<br />

famílias resolvi<strong>da</strong>s.<br />

Eífectivamente, mal se comprehen<strong>de</strong><br />

os exaggerados preços pedidos, o que<br />

<strong>da</strong>rá logar ao affastamento dos banhistas<br />

hespanhoes que com justificados<br />

motivos se queixam.<br />

0 general <strong>de</strong> briga<strong>da</strong>, sr. Rebocho,<br />

entregou hontem ao tenente-coronel do<br />

regimento d'infanteria 23, o commando<br />

que ha pouco abandonou por motivo<br />

<strong>da</strong> sua promoção, que noutro logar<br />

noticiamos.<br />

Km S. Thiago <strong>de</strong> Cacem appareceu<br />

nas vinhas uma doença <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong>,


Versão gueur; integral disponível em<br />

gundo<br />

digitalis.uc.pt<br />

os remadores a brincar que<br />

RESISTENCIA — Domingo, 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897<br />

Na quarta feira, a gea<strong>da</strong> que caiu no<br />

sul <strong>da</strong> França causou nas vinhas e<br />

pomares enormes <strong>da</strong>mnos, avaliados<br />

em 20 milhões <strong>de</strong> francos.<br />

Os srs. drs. José Maria <strong>de</strong> Magalhães<br />

Pimentel Gochofel e José Augusto Gaspar<br />

<strong>de</strong> Mattos acabam <strong>de</strong> abrir o seu escriptorio<br />

<strong>de</strong> advogados, nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, na<br />

rua Martins <strong>de</strong> Carvalho n 0 rios bens, pertencentes á junta <strong>de</strong> parochia<br />

<strong>da</strong>s freguezias <strong>de</strong> Vil <strong>de</strong> Mattos,<br />

no mesmo concelho, <strong>de</strong> Miran<strong>da</strong> do<br />

Corvo e â casa <strong>da</strong> Misericórdia na Redinha,<br />

concelho <strong>de</strong> Soure e ao cabido<br />

<strong>da</strong> Sé <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, no concelho <strong>de</strong> Cantanhe<strong>de</strong>.<br />

Para o académico sr. Armando Casqueiro<br />

foi pedi<strong>da</strong> a mão <strong>da</strong> menina<br />

Ceu Soriano, dilecta filha do sr. Sebastião<br />

Soriano, <strong>de</strong>senhador d'obras pú-<br />

1, on<strong>de</strong> po blicas.<br />

<strong>de</strong>m ser consultados todos os dias,<br />

<strong>da</strong>s 9 <strong>da</strong> manhã ás 4 horas <strong>da</strong> tar<strong>de</strong><br />

Foi aposentado com a pensão annual<br />

<strong>de</strong> 6000000 réis, o sr. padre Joaquim<br />

Existe na China, perto <strong>de</strong> Sangany,<br />

José <strong>de</strong> Figueiredo, párocho <strong>de</strong> Lavos,<br />

uma ponte <strong>de</strong> pedra <strong>de</strong> 8 kilometros<br />

<strong>de</strong> extensão, a qual atravessa um braço<br />

do concelho <strong>da</strong> Figueira <strong>da</strong> Foz.<br />

<strong>de</strong> mar pequeno <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do mar<br />

Amarello. E' <strong>de</strong> 300 o número <strong>de</strong><br />

pilares que a sustentam, ca<strong>da</strong> um dos Na quinta feira incendiou-se no Porto<br />

quaes está guarnecido com um leão a fábrica <strong>de</strong> tecidos <strong>da</strong> firma Grahm


PROBIDADE<br />

Companhia geral <strong>de</strong> seguros<br />

Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> anonyma<br />

<strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> limita<strong>da</strong><br />

CAPITAL 2.000:000(51000<br />

Rua Nova d'El-Rei, n.° 99, 4.*<br />

Lisboa<br />

Effectua seguros contra incêndios.<br />

Correspon<strong>de</strong>nte em <strong>Coimbra</strong>,<br />

Cassiano A. Martins Ribeiro.—<br />

Rua Ferreira Borges, 165, 1.°.<br />

Sulfato <strong>de</strong> cobre<br />

2 Auali<strong>da</strong><strong>de</strong> garanti<strong>da</strong><br />

V para tratamento <strong>de</strong> vinhas<br />

ven<strong>de</strong>-se por preços limitados<br />

nos estabelecimentos <strong>de</strong><br />

ferragens <strong>de</strong> João Gomes Moreira<br />

na rua <strong>de</strong> Ferreira Borges,<br />

n. os 50 e 52 (em frente ao Arco<br />

d'Almedina) e no <strong>de</strong> Moreira &<br />

Simões na mesma rua n. os 171<br />

e 173.<br />

Estabelecimento Thermai<br />

Dos mais perfeitos do país<br />

Excellentes águas mioeraes<br />

para doenças <strong>de</strong> pelle,<br />

rheumatismo, estômago,<br />

garganta, etc.<br />

RESISTENCIA — Domingo, 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897<br />

CALDAS DA FELGUEIRA<br />

CANNAS DE SENHORIM<br />

(BEIRA (BEIRA ALTA)<br />

Abertura do estabelecimento thermai em 1 <strong>de</strong> maio<br />

e fecha em 30 <strong>de</strong> novembro<br />

Abertura do Gran<strong>de</strong> Gran<strong>de</strong> Hotel Club Club em 15 <strong>de</strong> maio<br />

Gran<strong>de</strong> Hotel Club<br />

Com estação <strong>de</strong> correio e telé<br />

grapho, médico e pharmácia<br />

e casa <strong>de</strong> barbear.<br />

Magníficas accommo<strong>da</strong>çÕes<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 10200 réis,<br />

comprehen<strong>de</strong>ndo serviço, club,<br />

etc. Bónus para os médicos<br />

O Estabelecimento Thermai comprehen<strong>de</strong> 64 banheiras <strong>de</strong> l. a a 5. a classe; duas salas para duches, uma para senhoras<br />

e outra para homens, e a mais completa sala <strong>de</strong> inhalação, pulverização e aspiração, com gabinêtes annexos e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

para toilette. É sem dúvi<strong>da</strong> o melhor do reino, e mais barato. — Viagem-Faz-se to<strong>da</strong> em caminho <strong>de</strong> ferro até<br />

Cannas (BEIRA. ALTA) e d'ahi 5 kilómetros em bons carros. A estação <strong>de</strong> Cannas na linha férrea <strong>da</strong> Beira Alta está directamente<br />

liga<strong>da</strong> com to<strong>da</strong>s as linhas férreas hespanholas que entram em Portugal por Ba<strong>da</strong>joz, Cáceres, Villar Formoso, Barca<br />

d'Alva e Tuy — Para esclarecimentos: — Em L i s b o a : rua do Alecrim, n.° 125, referente ao estabelecimento balnear, e rua<br />

<strong>de</strong> S. Julião, 80, 1.°, referente ao Gran<strong>de</strong> Hotel.-«Correspondéncia para as Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Felgtieira, ao gerente <strong>da</strong> com-<br />

panhia do Gran<strong>de</strong> Hotel —As águas ene;arrafi<strong>da</strong>s ven<strong>de</strong>m-se nas pharmàcias e drogarias e no <strong>de</strong>pósito geral, PHARMA-<br />

CIA ANDRADE, rua do Alecrim, 125.—A exploração do Hotel fica êste anno a cargo <strong>da</strong> Companhia do Gran<strong>de</strong><br />

Hotel Club.<br />

JOÃO RODRIGUES BRAGA<br />

SUCCESSOR<br />

17, Adro <strong>de</strong> Cima, 20 — (Detraz <strong>de</strong> S. Bartholomeu)<br />

COIMBRA<br />

3 ârmazem <strong>de</strong> fazen<strong>da</strong>s <strong>de</strong> algodão, lã e se<strong>da</strong>. Ven<strong>da</strong>s por<br />

» junto e a retalho, Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> pannos crus.—Faz-se<br />

<strong>de</strong>sconto nas compras para reven<strong>de</strong>r.<br />

Completo sortido <strong>de</strong> coroas e bouquets, fúnebres e <strong>de</strong> gala.<br />

Fitas <strong>de</strong> faílle, moiré glacé e setim, em to<strong>da</strong>s as côres e larguras.<br />

Eças doura<strong>da</strong>s para adultos e crianças.<br />

Continúa a encarregar-se <strong>de</strong> funeraes completos, armações<br />

fúnebres e trasla<strong>da</strong>ções, tanto nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> como fóra.<br />

ESTABELECIMENTO<br />

DE<br />

FERRAGENS, TINTAS E ARMAS DE FOGO<br />

DE<br />

João Gomes Moreira<br />

80, Rua Ferreira Borges, 52 (Em frente ao Arco d'Almedina)<br />

COIMBRA<br />

foi Ilwdranii • Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>da</strong> Companhia Cabo Mon-<br />

\jal fljUlaluiWl. <strong>de</strong>go.-—Aviso aos proprietários e mestres<br />

d'obras.<br />

flwtripiriflrtp p nntira Agéílcia <strong>da</strong> casa R a m f<br />

á silva<strong>de</strong><br />

DieillIUUdue t) upiltd Lisboa, constructores <strong>de</strong> para-raios,<br />

campainhas eléctricas, oculos e lunetas e todos os mais<br />

apparelhos concernentes.<br />

Tinta* naríl nintlWK" Alvaia<strong>de</strong>s, óleos,agua-raz,crés,gesso<br />

lUlldS pcLla [11111111 (lo. vernizes, e muitas outras tintas e<br />

artigos para pintores.<br />

fimoTitno • In & lês e Cab0 Moa<strong>de</strong> S°' as melhores quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

UlIllBIllUS. que se empregam em construcções hydraulicas.<br />

Hivrorofto • Ban<strong>de</strong>jas, oleados, papel para forrar casas, moivllBISUbi<br />

nhog e torradores para café, máchinas para moer<br />

carne, balanças <strong>de</strong> todos os systemas.—Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> arame,<br />

zinco e chubo em folha, ferro zincado, aram e <strong>de</strong> to<strong>da</strong><br />

as quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Ferragens pari construcções: »r^"eg 0 „a q e" e acT^<br />

Lisboa e Porto.<br />

PrPdflífPIUr * err0 e ararae Primeira quali<strong>da</strong><strong>de</strong> com gran<strong>de</strong>s<br />

ílwgagcllo. <strong>de</strong>scontos.—Aviso aos proprietários e mestres <strong>de</strong><br />

obras.<br />

Pntilflria ' C uti l a " a nacional e extrangeira dos melhores auwullldlldi<br />

ctores. Especiali<strong>da</strong><strong>de</strong> em cutilaria Rodgers.<br />

flaniipiwie' Cr y 8t °fl e > metal branco, cabo d'ébano e marfim,<br />

rdqueuub. completo sortido em faqueiros e outros artigos<br />

<strong>de</strong> Guimarães. h d f<br />

Louças inglesas, dfi ffirro ! Agai,* serviço completo paro<br />

mesa, lavatorio e cozinha.<br />

Armão ÁA fftón" Cara bmas <strong>de</strong> repetição <strong>de</strong> 12 e 15 tiros, re-<br />

AllildS UtJ lUgU. volvers, espingar<strong>da</strong>s para caça,os melhores<br />

systemas.<br />

A' LA VILLE DE PÃRIS<br />

Gran<strong>de</strong> Fábrica <strong>de</strong> Corôas e Flôres<br />

F. DELP0BT<br />

247, Rua <strong>de</strong> Sá <strong>da</strong> Ban<strong>de</strong>ira, 261—Porto<br />

COIMBRA<br />

5 flASA filial em Lisboa—Rua do Principe e Praça dos<br />

v Restauradores (Aveni<strong>da</strong>).<br />

Único representante era <strong>Coimbra</strong><br />

JOÃO RODRIGUES BRAGA, Successor<br />

17—ADRO DE O IMA—20<br />

Versão integral disponível COIMBRA em digitalis.uc.pt<br />

CÀLLICIDÀ<br />

Privilégio Exclusivo<br />

Extracção dos callos sem<br />

dôr em 5 dias<br />

Desconto convi<strong>da</strong>tivo<br />

para reven<strong>de</strong>r<br />

Dcpositos—Lisboa: Leandro<br />

<strong>de</strong> Freitas, rua <strong>da</strong> Prata,<br />

231; Porto, José Maria Lopes,<br />

rua do Bomjardim, 12; <strong>Coimbra</strong>,<br />

Rodrigues <strong>da</strong> Silva & C. a ; e em<br />

to<strong>da</strong>s as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e principaes<br />

villas do continente.<br />

África — Loan<strong>da</strong>, José Marques<br />

Diogo.<br />

Brasil—Rio ,<strong>de</strong> Janeiro: Silva<br />

Gomes & C. a ; Pernambuco; Guerra<br />

«Fernan<strong>de</strong>s & C. a , rua do<br />

Duque <strong>de</strong> Caxias, 47; Bahia:<br />

Francisco <strong>de</strong> Assis e Souza;<br />

Maranhão: Jorge & Santos.<br />

Exija-se nos <strong>de</strong>pósitos um<br />

prospecto que ensina o modo<br />

<strong>de</strong> usá-lo e previne as falsificações.<br />

Ha um só <strong>de</strong>pósito em<br />

ca<strong>da</strong> terra.<br />

Pedidos ao auctor: António<br />

Franco, Covilhã.<br />

Depósito <strong>da</strong> fábrica «A NACIONAL»<br />

DE<br />

BOLACHAS E BISCOITOS<br />

DE<br />

JOSÉ FRANCISCO DA CRUZ, TELLES<br />

428 — RUA FERREIRA BORGES—430<br />

"ESTE <strong>de</strong>pósito, regularmente montado, se acham á<br />

ven<strong>da</strong> por junto e a retalho, todos os productos d'aquella<br />

fábrica, a mais antiga <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, on<strong>de</strong> se recebem<br />

quaesquer encommen<strong>da</strong>s pelos preços e condições eguaes<br />

aos <strong>da</strong> fábrica.<br />

A cura <strong>da</strong> Blennorrhagia<br />

ELECTUÁRIO ANTI-BLENORRHÁGICO<br />

DO PHARMACEIJTICO<br />

T_ G-A. H . V - Ã . O<br />

Um até dois boiões d'este maravilhoso medicamento, ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro<br />

especifico, bastam na máxima parte dos casos, para curar<br />

to<strong>da</strong>s as purgações, ain<strong>da</strong> as mais antigas e rebel<strong>de</strong>s.<br />

Preço do "boião, 1$000 réis<br />

Depósito geral em Arganil na [pharmacia Galvão — Em <strong>Coimbra</strong>:<br />

drogiria Rodrigues <strong>da</strong> Silva & C. a<br />

K E l v I E I D l O S I D E A Y E E<br />

0 Remedio <strong>de</strong> AYER contra sezões.—Febres<br />

intermitentes e bliosas<br />

Peitoral <strong>de</strong> Cereja <strong>de</strong> Ayer. 0 remédio mais<br />

seguro que ha para curar a Tosse Bronchite, Aslhema<br />

e Tubérculos pulmonares.<br />

Frasco, 1(51000 réis meio frasco, 600 réis.<br />

Todos os remédios que ficam indicados sam altamente<br />

concentrados <strong>de</strong> maneira que sabem baratos, porque<br />

um vidro dura muito tempo.<br />

Pílulas Catharticas <strong>de</strong> Ayer. —0 melhor<br />

purgativo, suave, inteiramente vegetal.<br />

Frasco, l^OOO réis<br />

9 Vigor do Cabello<br />

DO DR. AYER,<br />

Para a atra efficaz e prompta <strong>da</strong>s<br />

Moléstias provenientes <strong>da</strong> im<br />

pureza do Sangue.<br />

T O N I C O O B I E N T A L<br />

Marca «Casseis»<br />

íxquisita preparação para aformosear o<br />

cabello — Extirpa to<strong>da</strong>s as affecções do cráneo, limpa<br />

e perfuma a cabeça.<br />

Agua Flori<strong>da</strong> (marca Casseis).—Perfume <strong>de</strong>licioso<br />

para o lenço, o toucador e o banho.<br />

Sabonetes <strong>de</strong> glycerina (marca Casseis).—<br />

Muito gran<strong>de</strong>s, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> superior.<br />

Á ven<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as drogarias e lojas <strong>de</strong> perfumarias.<br />

Preços baratos.<br />

Vermífugo <strong>de</strong> B. L. Fahnestock.<br />

— É o melhor remedio contra lombrigas. 0<br />

proprietário está prompto a <strong>de</strong>volver o dinheiro a<br />

qualquer pessoa a quem o remédio não faça o effeito<br />

quando o doente tenha lombrigas e seguir exactaií<br />

ente as instrucçoes.<br />

impe<strong>de</strong> que o catoello se torne branco e restaura ao oat»ello grisalho<br />

a sua vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> e foraosura.<br />

Perfeito <strong>de</strong>sinfectante e purificante <strong>de</strong> «íeyes para <strong>de</strong>sinfectar casas e latrinas,<br />

também é exce<strong>de</strong>nte para tirar goruura ou nodos <strong>de</strong> roupa, limpar metaes, e curar feri<strong>da</strong>s. —<br />

PreCO Depó°sito — James Casseis & O. 4 , rua do Mousinho <strong>da</strong> Silveira, n.« 86, Porto.<br />

CÃVÂLL0S<br />

H Wfuares,etc.;esquinéncias,<br />

"1 sobrecannas, ovas, se,<br />

paravões, manqueiras, fraquezas<br />

<strong>de</strong> pernas, etc , curam : se<br />

com o LINIMEíNTO VISICANTE<br />

COSTA, e preferível ao fogo e<br />

untura forte em todos os casos,<br />

Frasco 900 réis. Á ven<strong>da</strong> nas<br />

principaes terras.— Depósitos:<br />

Lisboa: Quintans, rua <strong>da</strong> Prata,<br />

194; Ferreira & Ferreira, rua<br />

<strong>da</strong> Junqueira, 332. Porto: Drogaria<br />

Moura, largo <strong>de</strong> S. Domingos,<br />

99.—<strong>Coimbra</strong>: Rodrigues<br />

<strong>da</strong> Silva, rua Ferreira<br />

Borges, 128.—Depósito geral:<br />

Pharmacia Costa — Sobral<br />

<strong>de</strong> Mont'Agraço.<br />

CASA PARA ARRENDAR<br />

Leonar<strong>da</strong> Forjaz, arren<strong>da</strong> a<br />

parte sul <strong>da</strong> sua casa <strong>da</strong> rua<br />

<strong>da</strong> Ilha.<br />

Recebern-se propostas, na<br />

quinta dos Platanos à Bemcanta,<br />

on<strong>de</strong> se encontram as chaves,<br />

para ser vista.<br />

Casa com quintal<br />

13 A rren<strong>da</strong>-se uma boa casa<br />

» com gran<strong>de</strong> quintal sito<br />

na rua João Cabreira n.° 21<br />

Pô<strong>de</strong> ser vista <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 14 <strong>de</strong><br />

maio em diante.<br />

Para tratar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já com o<br />

seu dono, rua do Viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

Luz 60.<br />

Caixeiro<br />

14 fnnocéucia «& Sofori-<br />

1 nho, rua <strong>de</strong> Ferreira<br />

Borges, precisam <strong>de</strong> um caixeiro<br />

para mercearia, a quem<br />

dám bom or<strong>de</strong>nado, merecendo-o.<br />

Tratamento <strong>de</strong> moléstias <strong>da</strong><br />

bocca e operações <strong>de</strong><br />

cirurgia <strong>de</strong>ntária<br />

Cal<strong>de</strong>ira <strong>da</strong> Silva<br />

Cirurgião <strong>de</strong>ntista<br />

Heroulano Carvalho<br />

Medico<br />

R. <strong>de</strong> Ferreira Borges (Calça<strong>da</strong>), 174<br />

ISflonsultas todos os dias<br />

V <strong>da</strong>s nove <strong>da</strong> manhã ás<br />

3 horas <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>.<br />

Vinho e aguar<strong>de</strong>nte puros<br />

DA<br />

Quinta <strong>da</strong> Pedrancha<br />

Rua do Loureiro<br />

Vinho tinto—litro 80 réis.<br />

Dez litros—700 réis.<br />

VINHO BRANCO<br />

Chablis <strong>de</strong> 1895 —litro 160<br />

réis.<br />

Dito, garrafa — 120 réis.<br />

Aguar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> vinho, <strong>de</strong> 20°<br />

Cart. —litro 320 réis.<br />

"BESISTENCIA,,<br />

PUBLICA-8E AOS DOMINGOS<br />

E QUINTÀ8-FEIRÁ8<br />

Re<strong>da</strong>cção e Administração<br />

ARCO D'ALMEDINA, 6<br />

EDITOR = Joaquim Teixeira <strong>de</strong> Sá<br />

Condições <strong>de</strong> assignatura<br />

(PAGA ADIANTADA)<br />

Com estampilha:<br />

Anno 2)5700<br />

Semestre 10350<br />

Trimestre 680<br />

Sem estampilha:<br />

Anno 2^400<br />

Semestre 10200<br />

Trimestre 600<br />

A N N U N C I O S<br />

Ca<strong>da</strong> linha, 30 réis—Repetições,<br />

20 réis—Para os srs. assignmtes,<br />

<strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 50 p. c.<br />

L 1 V B O S<br />

Annunciam-se gratuitamente<br />

todos aquelles com cuja remessa<br />

êste jornal fôr honrado.<br />

Ty|. I. taif* A»ad«—«UURA


N.° 234 COIMBRA—Quinta fçira, 20 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897<br />

A FEBOCIDADE DO EGOÍSMO<br />

á falia <strong>de</strong> penali<strong>da</strong><strong>de</strong>s legaes, os<br />

nomes d esses pusilânimes sejam<br />

publicados, para sobre elles recair<br />

o labéu infamante do <strong>de</strong>sprêzo público<br />

!<br />

LAGARTOS AO SOL<br />

Centro Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> Republicana<br />

promette uma extraordinária impo<br />

néncia.<br />

Que essa manifestação seja o início<br />

<strong>de</strong> alguma coisa mais do que<br />

ribombar <strong>da</strong> rhetóricae o fuzilar do<br />

palavriado sam os únicos e mais<br />

ar<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>sejos cie todo o pôvo "por<br />

tuguês.<br />

HEROES<br />

A opinião <strong>da</strong> imprensa <strong>de</strong> Paris<br />

revolta-se indigna<strong>da</strong> contra o pro-<br />

Aqui têem os senhores uma coi-<br />

Um plumitivo mancebo, ambicedimento<br />

covar<strong>de</strong>e<strong>de</strong>shumano dos<br />

sa que me faz espanto: — que seja<br />

cioso e sem escrúpulos, preparando<br />

janotas, pela maior parle perten-<br />

justamente nesta epocha <strong>de</strong> dissocentes<br />

á aristocracia francêsa, quê<br />

A G A R A N T I A o memorial, que terá em breve <strong>de</strong><br />

lução e <strong>de</strong>cádéncia^que" entreq <strong>de</strong><br />

se achavam no bazar <strong>de</strong> cari<strong>da</strong><strong>de</strong>, Diz um nosso collega <strong>de</strong> Lisboa<br />

apparecer heroes por to<strong>da</strong> a parte<br />

submelter á benigni<strong>da</strong><strong>de</strong> do minis-<br />

no momento do pavoroso incêndio. que se annuncía, para breve, a en-<br />

on<strong>de</strong> as armas portuguêsas se distro,<br />

continúa na Or<strong>de</strong>m, jornal ca-<br />

Na quasi totali<strong>da</strong><strong>de</strong>, as víctimas tra<strong>da</strong> d'uma gran<strong>de</strong> esquadra ingleparam<br />

contra o pôvo rebel<strong>de</strong> <strong>da</strong>s<br />

d'esta medonha hecatombesam musa no Tejo.<br />

thólico, a vociferar rábido contra a<br />

nossas colónias. Faz-me isto <strong>de</strong>slheres<br />

1<br />

E a Inglaterra que se prepara jacobinagem republicana.<br />

Circulam os boatos mais enconconfiar <strong>da</strong> authentici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tanto<br />

trados ácêrca do empréstimo.<br />

E nos entulhos não se encontrou para abafar os clamôres d'um pôvo<br />

heroe, com retrato no Século e ain-<br />

Com gran<strong>de</strong>s berros a fingir-se<br />

nem um chapéu <strong>de</strong> homem, nem espoliado, garantindo, pela bôcca<br />

Sobre o quantitativo d'elle variam <strong>da</strong> noutros papeis... aliás sem se-<br />

convicto; gran<strong>de</strong>s punha<strong>da</strong>s a si-<br />

uma bengala I<br />

dos canhões dos seus couraçados, a<br />

as versões entre oito e oitenta mi rem <strong>de</strong> crédito.<br />

Todos os homens <strong>da</strong> alta socie- coasummação <strong>da</strong> suprêma infâmia. mular indignação, e chumaços <strong>de</strong> contos. Relativamente a garantias Está pela hora <strong>da</strong> amargura o<br />

<strong>da</strong><strong>de</strong>, que ahi se achavam, fugiram Não po<strong>de</strong>m restar dúvi<strong>da</strong>s ao palha a <strong>da</strong>r-se ares <strong>de</strong> corpulência<br />

têem-se arranjado nos caminhos <strong>de</strong> preço <strong>da</strong> heroici<strong>da</strong><strong>de</strong> portuguêsa, a<br />

ao primeiro alarme; e ha casos <strong>de</strong> pôvo português.<br />

ferro do Estado, nos monopólios do avaliar pelo processo fácil com que<br />

athlética, o intrujão banal preten<strong>de</strong><br />

uma selvageria incomprehensivel e Tem assento no thrôno um so-<br />

tabaco e dos phósphoros, nos ren se celebrísam patuscos que vam á<br />

<strong>da</strong>r nas vistas, ser notado e por-<br />

atroz: senhoras aggredi<strong>da</strong>s e prosbrinho <strong>da</strong> rainha Victoria. Presi<strong>de</strong><br />

dimentos alfan<strong>de</strong>gários, na ven<strong>da</strong> Ásia e á África ganhar a vi<strong>da</strong>, em<br />

tra<strong>da</strong>s, porque embaraçavam a pas- a um gabinete <strong>de</strong> traidores o hoventura temido!<br />

<strong>de</strong> Lourenço Marques e não sabe- vez <strong>de</strong> par#lá irem, á antiga, exsagem<br />

a êsses bravos 1<br />

mem do tratado <strong>de</strong> Lourenço Mar- Pelo visto, dois aggravos princimos<br />

já em que mais.<br />

pôr-se á morte. Qualquer que, por<br />

Uma religiosa <strong>de</strong>sfalleci<strong>da</strong> perto ques e do ultimatum <strong>de</strong> 1890.<br />

De positivo sabe-se que o gover- empenho graúdo, obteve passagem<br />

palmente assanham e engasgam no pensa em o contrair, que tem a bordo do Admirai ou do Von Bis-<br />

do torniquete <strong>da</strong> entra<strong>da</strong>, foi esma- E lempo <strong>de</strong> preparar.<br />

paladino chibante: 1.°—porque os havido negociações a êsse respeito marck, ê raro que não traga para o<br />

ga<strong>da</strong> sob os pés dos medrosos em Não ha esquadras, por mais po-<br />

<strong>de</strong>ban<strong>da</strong><strong>da</strong>.<br />

tentes, que consigam abafar o direi jornalistas republicanos atacam sys com a alta finança extrangeira, que reino informação condigna para a<br />

não ha quem se preste a <strong>da</strong>r-nos<br />

Uma senhora, que tentava abrir to d'um pôvo livre.<br />

temáticamente os homens do go-<br />

Torre e Espa<strong>da</strong>, com o direito ad-<br />

um ceitil sem garantias especiaes e quirido <strong>de</strong> figurar no Século em ga-<br />

uma janella, foi violentamente arverno;<br />

2.°—porque a imprensa re- que, até com estas, as condições do leria <strong>de</strong> heroes!<br />

ranca<strong>da</strong> a esta tentativa <strong>de</strong> salva- O reclamo d.o crime publicana não inventa soluções ao empréstimo sam altamente ruino Assim fica a gente espanta<strong>da</strong>,<br />

ção por um grupo <strong>de</strong> quatorze cavalheiros,<br />

que se puseram a salvo Tem continuado, em Lisboa ( problema <strong>da</strong> crise nacional! sas.<br />

não raras vezes, <strong>de</strong> vêr como é fá-<br />

primeiro que ella!<br />

arredores, a série <strong>de</strong> assassinatos Chega-se, em última anályse, á<br />

Sabe-se lambem que, se o go cil lá fora fazer <strong>de</strong> um poltrão um<br />

Os poltrões lactavam braço a<br />

e tentativas <strong>de</strong> assassinato, por<br />

verno não obtiver um empréstimo valente, e <strong>de</strong> qualquer Jean Foutre<br />

conclusão <strong>de</strong> que o esperançoso<br />

braço e á bengala<strong>da</strong>, para se <strong>de</strong>s<br />

motivos <strong>de</strong> ciúmes.<br />

importante, abandonará o po<strong>de</strong>r um D. João <strong>de</strong> Castro!<br />

embaraçarem <strong>de</strong> sennorás, que lhes S Esta m1ineira~4e4iq.oi<strong>da</strong>r (^^Sp guar<strong>da</strong> suisso só acharia toleráveis <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> poucos mêses, pela im- Meninos^ gue eu conheci em Lis-<br />

dificultavam a evasão 1...<br />

tões amorosas e <strong>de</strong> adquirir celebri- os repQblitandffsTellés fossem <strong>de</strong>possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> satisfazêP'compr(^ToTcabú a rir dos ursos na<br />

5<br />

Êstes factos e muitos outros,<br />

<strong>da</strong><strong>de</strong> nos jornaes <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> circu-<br />

missos inadiáveis, e que ha quem<br />

votados ao jôgo <strong>da</strong> monarchia!<br />

olytéchnica e a <strong>da</strong>r manteiga aos<br />

egualmente ignóbeis e revoltantes,<br />

lação é profun<strong>da</strong>mente asquerosa<br />

se esteja preparando para o substi- "entes, namorando-lhes as filhas e<br />

O pequeno scelerado lá tem fis-<br />

estám sendo apurados pelo juiz <strong>de</strong><br />

Indivíduos sem as mais rudimentuir.<br />

comprando livros novos <strong>de</strong> Physica<br />

instrucção do inquérito.<br />

tares noções <strong>de</strong> morali<strong>da</strong><strong>de</strong>, sem gado o seu plano I<br />

Não faltarám assim servidores ao sr. Vi<strong>da</strong>l— livros caros como o<br />

E é profun<strong>da</strong>mente edificante o<br />

brios, sem digni<strong>da</strong><strong>de</strong>, sem consciên- Assim se começa pela gymnástica monarchia, nem no próprio momen- diabo! — para lhe adoçar a bôcca,<br />

contraste do egoismo d'êsses polcia,<br />

não pó<strong>de</strong>m ter jus ao reclamo, <strong>da</strong> bajulação a <strong>de</strong>sarticular a dito<br />

<strong>da</strong> liqui<strong>da</strong>ção; não faltará quem )ropiciando-o generosamente nas<br />

trões, que taes vilezas commettiam,<br />

embora triste e <strong>de</strong>sprezível, <strong>da</strong> im-<br />

esteja disposto a explorar até á úl- aulas, foram agora á África e d'alli<br />

gni<strong>da</strong><strong>de</strong>, em benefício <strong>da</strong> ociosi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

enquanto que a gente <strong>da</strong> plebe corprensa<br />

periódica.<br />

tima êste <strong>de</strong>sgraçado país.<br />

voltaram com carregação <strong>de</strong> louros,<br />

ria a affrontar o perigo e a praticar Longe <strong>de</strong> buscarem no exemplo e do estômago.<br />

O facto facilmente se explica. ^ergunta-se como arranjaram a coi-<br />

actos d'uma coragem e d'uma <strong>de</strong>- <strong>de</strong> outros miseráveis a sufíiciente Com gente nova d'esta têmpera, Tem sido tal a indifferença com sa? Quando Deus quer, ás vezes,<br />

dicação sem limites.<br />

repulsão pela prática dos actos a<br />

que a nação tem assistido aos cri- )or idênticos processos aos usados<br />

religiosa por cálculo, conservadora<br />

Ha senhoras espanca<strong>da</strong>s e lace-<br />

que elles <strong>de</strong>sceram, tiram <strong>da</strong> abjecmes<br />

praticados pelos seus dirigen aqui; com a differença apenas que,<br />

)or especulação, as instituições esra<strong>da</strong>s,<br />

que conhecem os seus malção<br />

um incentivo para a mesma<br />

tes, <strong>de</strong> que <strong>de</strong>riva a miserável si- jor não serem já meninos nem esfeitores<br />

e se recusam generosamen-<br />

fórma <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r.<br />

ám servi<strong>da</strong>s!!...<br />

tuação em que se encontra, que u<strong>da</strong>ntes, em logar <strong>de</strong> amanteigate<br />

a <strong>de</strong>nunciá-los.<br />

E' por isso que nos collocamos ao Na e<strong>da</strong><strong>de</strong> em que & ardência im- poucos acreditam já num movimenrem professores, se enten<strong>de</strong>ram, é<br />

Sabia-se que a aristocracia dou-<br />

lado dos que combatem as espalhato<br />

<strong>de</strong> energia que a leve a punir claro, com o commissário régio ou<br />

)etuosa do espírito, sem o correra<strong>da</strong>,<br />

enfraqueci<strong>da</strong> na ociosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

fatosas narrações dos periódicos,<br />

<strong>de</strong>sapie<strong>da</strong><strong>da</strong>mente quem tam vil- com o governador <strong>da</strong> colónia. Pasctivo<br />

<strong>da</strong> experiência, impelle ás mais<br />

vi<strong>da</strong> inútil, tinha por única missão<br />

por prejudiciaes á boa morali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

mente a sacrificou.<br />

saram <strong>de</strong> meninos a meninos, que é<br />

malbaratar nas prodigali<strong>da</strong><strong>de</strong>s do<br />

d'um pôvo que procura no escân- generosas e revolucionárias aspira- Se até parece que nem a ameaça como quem diz: — houveram por<br />

gôso e nos escan<strong>da</strong>los do luxo, as<br />

<strong>da</strong>lo <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> um entretenições, estamos vendo d'êstes exem- d'uma administração extrangeira, a )em medrar na intrujice.<br />

opulências bem ou mal her<strong>da</strong><strong>da</strong>s,<br />

mento para as horas d'ócio, um )lares, que por ahi borbulham, <strong>de</strong>- sujeição d'um país que a história Que isto, afinal, é vulgar e prócom<br />

a tabolêta heráldica <strong>da</strong>s aven-<br />

exemplo para seguir em circunstân-<br />

diz heroico a uma tutela vergonhoormisados<br />

pela relaxação moral <strong>da</strong><br />

)rio do regimen: —vêr a gente os<br />

turas e façanhas cavalleirosas dos<br />

cias idênticas, e um espelho on<strong>de</strong><br />

síssima, <strong>de</strong>termina um protesto pa- inórios traçarem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o princípio<br />

avoengos.<br />

<strong>de</strong>va refleclir-se o dia d amanhã. avi<strong>de</strong>z, a farejarem o interesse, em triótico, vehemente e unísono! linha <strong>de</strong> conducta 8 irem furando<br />

público tirocínio <strong>de</strong> baixêzas e por- Embora sejam assustadores al- sempre e persistentemente, á custa<br />

Sabia.-se que êsses representantes<br />

<strong>de</strong> raças extinctas, <strong>de</strong>bilitados e<br />

carias!guns<br />

symptomas, nós nunca duvi- <strong>da</strong> sem-vergonha e <strong>da</strong> ignorância<br />

Coisas <strong>da</strong> santa igreja<br />

<strong>da</strong>mos <strong>de</strong> que o país, embora já au<strong>da</strong>z. Ahi on<strong>de</strong> houver um nicho<br />

entorpecidos pela sacie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> to-<br />

Porque lhes fallecem sentimendos<br />

os prazêres, não sam por to<strong>da</strong><br />

O bispo do Algarve suspen<strong>de</strong>u,<br />

ardiamenle, ha <strong>de</strong> fazer inteira jus- ou coisa apetitosa <strong>de</strong> roer, elles lá<br />

a parle mais que perniciosos exem-<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>ns e <strong>de</strong> jurisdicção, por tos nobres <strong>de</strong> inteirêza, <strong>de</strong> abnegaiça a quem cavou a sua ruína, e se apresentam requerendo — os fuplos<br />

perante as energias do século,<br />

quinze dias, um párocho <strong>de</strong> Olhão ção è <strong>de</strong> coragem; porque em tam >raticar os mais heroicos sacrifícios ra-vi<strong>da</strong>s—fiados nos empenhos que<br />

em que só é legítima a nobrêza <strong>da</strong><br />

por ter <strong>da</strong>do sepultura em sagrado<br />

)ara reconquistar, com uma mu<strong>da</strong>n-<br />

ver<strong>de</strong>s annos comprehen<strong>de</strong>ram, com<br />

arranjam como uns catitas.<br />

intelligéncia e do trabalho.<br />

a um velho que se suicidou.<br />

ça <strong>de</strong> regimen, a sua liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

a sagaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> precoces facíno-<br />

Figuram o país um queijo — el-<br />

Porque não suspen<strong>de</strong>u o sr.<br />

acção. E talvez nlo esteja muito dises os ratos.<br />

O que não po<strong>de</strong>ria prevêr-se é<br />

Gar<strong>de</strong>al-patriarcha o prior <strong>de</strong> S. ras, que é pela adulação e pela tante o momento em que isso se dê. Ambiciosos, atiram-se a tudo, in-<br />

que <strong>de</strong>ntro dos peitos espartilhados<br />

d'êsses alfenins <strong>de</strong> sangue azul não<br />

Sebastião <strong>da</strong> Pedreira quando, ha mentira, que, nêste regimen <strong>de</strong> la- O projectado empréstimo pô<strong>de</strong> usivè ao logar <strong>de</strong> heroe, que ó<br />

pulsasse um coração semelhante ao<br />

annos, <strong>de</strong>u sepultura em sagrado drões e <strong>de</strong> servis, os au<strong>da</strong>ciosos e razer muitas surprêsas...<br />

agora mo<strong>de</strong>rno nos <strong>de</strong>spachos.<br />

dos outros homens, para <strong>de</strong>ixarem,<br />

um dos nossos mortos illustres,<br />

cynicos po<strong>de</strong>m trepar e luzir!...<br />

Isto faz que a gente <strong>de</strong> mérito se<br />

ante uma <strong>de</strong>sgraça <strong>de</strong> tal or<strong>de</strong>m, <strong>de</strong><br />

contra a expressa <strong>de</strong>terminação do<br />

retraia, por se não emparceirar com<br />

correr em auxílio <strong>de</strong> fracas crealu-<br />

finado?<br />

ali*<br />

Eschóla Livre <strong>da</strong>s Artes do Desenho elles; attenta, para mais, a circunras,<br />

que se <strong>de</strong>batiam entre todos os E porque não se cumpre com<br />

i stância <strong>de</strong> falharem padrinhos, qua-<br />

horrores!<br />

tanto rigor a lei cathólica, por todo PARTIDO REPUBLICANO De novo <strong>de</strong>sperta a iniciativa e si sempre, a quem não an<strong>da</strong> feito<br />

esse país, on<strong>de</strong> taes casos se repe-<br />

o enthusiasmo d'esta prestantíssima com a maroteira do regimen ou <strong>da</strong><br />

Assim se portaram os pimpôlhos<br />

tem continuamente?<br />

Deve realizar-se no primeiro do- associação.<br />

política e a quem não tem a ventu-<br />

brazonados <strong>de</strong> troncos sêccos, os<br />

mingo, em Lisboa, um comício <strong>de</strong> Trata-se <strong>da</strong> sua reorganização, ra <strong>de</strong>, por si ou por outrem, arran-<br />

mais lídimos sustentáculos dos pri-<br />

protesto contra quaesquer planos <strong>de</strong> fórma a continuar a sua obía <strong>de</strong> jar cara lin<strong>da</strong> para lhe servir <strong>de</strong><br />

vilégios, do ultramontanismo e do Sáe brevemente para a capital o governativos que tenham por fim a propagan<strong>da</strong> artística inspira<strong>da</strong> pe- empenho.<br />

realismo absoluto!..,<br />

sr. dr. Pereira Dias, governador ci- alienação <strong>de</strong> território português. as honrosas tradicções do seu pas-<br />

A imprensa vae até reclamar que,<br />

Que hoje—isto é sabido — quem<br />

vil d'êste districto.<br />

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />

O comício, que é promovido pelo sado.<br />

nlo tiver uma sata (ou coiea que q<br />

\


valha), morre moiro. O tempo vae<br />

<strong>de</strong> truz a calbar p'ro feminino.. .<br />

ou entám p'ra cathólica, que também<br />

é fêmea.<br />

Pô<strong>de</strong> a gente estu<strong>da</strong>r, ir a concursos;<br />

que, se não tiver outra pren<strong>da</strong><br />

com que se faça valer além do<br />

merecimento, é certo que per<strong>de</strong>u<br />

tempo e trabalho em preparar-se.<br />

Haja em vista os concursos.<br />

x<br />

Eu não quero dizer — seria toli-<br />

ce e má fé — que do estôfo <strong>de</strong> um<br />

estu<strong>da</strong>nte pân<strong>de</strong>go se não possa ás<br />

vezes fazer um homem <strong>de</strong> valor ás<br />

direitas. Fallo aqui sómente do intrujão<br />

precoce e sem emen<strong>da</strong>. De<br />

resto, todos nós conhecêmos <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> rapazes um ou outro<br />

exemplar d'esta espécie d'aves; que<br />

não sam mui raras — cela va sans<br />

dire.<br />

Um dia, já ha tempo, appareceu-me<br />

na praia on<strong>de</strong> eu estava a<br />

banhos ou 'a qualquer outra coisa,<br />

um patusquinho d'estes com a fiti<br />

nha <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m. O caso era d'espanto<br />

para mim, que ha seis mêses<br />

o vira, disposto como sempre a não<br />

fazer obra séria que merecesse um<br />

ochavo, quanto mais aquillo <strong>da</strong><br />

distincção official com uma cruz <strong>de</strong><br />

mérito.<br />

—Foi engano, por força, repon<br />

tei-lhe eu.<br />

— Quem não sabe ser loja fecha<br />

o mestre, replicou-me o finório invertendo<br />

os termos ao prolóquio,<br />

como tinha d'hábito.<br />

Fôra o caso, em summa, que alguém<br />

se tinha distinguido por elle<br />

lá nos plainos d'Africa, d'on<strong>de</strong> entám<br />

era vindo a gosar a massa que<br />

ajuntara intrujando,e a pavonear-se<br />

com a fita que arranjara pela mesma.<br />

Outro se distinguira por elle,<br />

outro <strong>de</strong> quem se não sabe o nome.<br />

..<br />

É assim êste mundo, ou antes<br />

esta terra <strong>de</strong> exploradores, on<strong>de</strong> a<br />

coisa mais falsa e menos séria que<br />

conheço é a lei fun<strong>da</strong>mental que<br />

nos governa.<br />

Ninguém me tira <strong>da</strong> cabeça a<br />

persuasão em que estou — <strong>de</strong> que<br />

é o próprio interesse monárchico<br />

quem está inventando d'êsles heroes,<br />

para se acolher por um pouco<br />

á sçmbra d'elles.<br />

É bom que o país comece a <strong>de</strong>sconfiar<br />

<strong>de</strong> tanta heroici<strong>da</strong><strong>de</strong> imprevista,<br />

como já <strong>de</strong>sconfia ha muito<br />

<strong>de</strong> tanta intrujice do regimen.<br />

Nem tudo o que lá vem pintado<br />

nos papeis, sam figuras reaes <strong>de</strong><br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro valor... Nem tudo sam<br />

Mousinhos, Cal<strong>da</strong>s Xavier ou San-<br />

ches <strong>de</strong> Miran<strong>da</strong>. Ha por lá muito<br />

heroe falsificado.<br />

Nem pô<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser.<br />

Braz <strong>da</strong> Serra.<br />

«At<br />

Doutoramento<br />

No domingo próximo será conferido<br />

o grau <strong>de</strong> Doutor em Direito<br />

ao nosso iilustre amigo, sr. Fran<br />

cisco Joaquim Fernan<strong>de</strong>s, académi<br />

co talentôso e moço já hoje <strong>de</strong> lar<br />

go sabêr e bello futuro.<br />

Cumprimentámos o nosso amigo<br />

pelo seu triumpho académico, cer<br />

tos como estámos <strong>de</strong> que s. ex. a<br />

pelo seu talento e singulares facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> trabalho, é um dos novos<br />

com quem <strong>de</strong> futuro mais se po<strong>de</strong>rá<br />

contar.<br />

Esteve nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> o sr. Lino d'As<br />

aumpção, visitando os principaes mo<br />

numentos e concentrando, <strong>de</strong>mora<strong>da</strong><br />

mente, a sua observação no museu<br />

archi-episcopal<br />

Velba.<br />

e nas obras <strong>da</strong> Sé<br />

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />

RESISTENCIA — Quinta feira, 10 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1897<br />

Carta <strong>da</strong> Figueira<br />

17 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 97.<br />

Obra <strong>de</strong> mau gosto, os nossos paços<br />

do concelho, dissémos na nossa carta<br />

anterior.<br />

E realmente crêmos que se pô<strong>de</strong><br />

percorrer êsse Portugal todo <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

Melgaço ao Cabo <strong>de</strong> Santa Maria, sem<br />

encontrar edifício tam ridículo.<br />

Não obe<strong>de</strong>cendo a nenhum estylo <strong>de</strong><br />

architectura, <strong>de</strong>via pelo menos o plano<br />

geral ser sensato. Escusava <strong>de</strong> ser tam<br />

enfeitado, ter tanta cimalha, tanta cor-<br />

nija, tantos relêvos, e apresentar um<br />

aspecto correcto e simples que não of-<br />

fen<strong>de</strong>sse a vista e que teria a gran<strong>de</strong><br />

vantagem <strong>de</strong> custar muito menos dinheiro.<br />

Mas quem pensa em tal.<br />

Era preciso que a actual câmara <strong>de</strong>ixasse<br />

um monumento dos seus serviços<br />

à terra, um signal <strong>da</strong> sua passagem<br />

gloriosa, e por isso fez-se esta<br />

Sensaboria <strong>de</strong> mármore ou antes esta<br />

estupi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> pedra, e as estra<strong>da</strong>s que<br />

estejam intransitáveis e cheias <strong>de</strong> barrancos,<br />

as ruas no mesmo estado, perigosas<br />

e repugnantes, o jardim convertido<br />

num viveiro <strong>de</strong> <strong>diversas</strong> castas<br />

d'árvores quando não era êste o<br />

seu <strong>de</strong>stino, etc., etc.<br />

Voltando aos paços, a facha<strong>da</strong> do lado<br />

<strong>da</strong> rua S. Thomaz é o mais feio que<br />

é possível, parece a bôcca d'um forno.<br />

Do lado <strong>da</strong> doca, aquella gran<strong>de</strong> janella<br />

ao meio e as duas torrinhas lateraes<br />

fazem lembrar uma d'aquellas casas <strong>de</strong><br />

papelão que se ven<strong>de</strong>m para as crean<br />

ças brincarem, e <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> qual ha<br />

umas rodinhas que vam fazendo apparecer<br />

diversos animaes logo que se<br />

faça an<strong>da</strong>r uma manivella.<br />

A facha<strong>da</strong> do lado do rio que <strong>de</strong>via<br />

ser a mais bem estu<strong>da</strong>ria e que <strong>de</strong>via<br />

ficar mais vistosa é d'um effeito <strong>de</strong>tes<br />

tavel. O primeiro an<strong>da</strong>r, mais alto que<br />

o rez-do-chão, esmaga-o completamente;<br />

lembra um homem <strong>de</strong> tronco muito<br />

forte e pernas muito curtas. Os or<br />

natos <strong>da</strong>s cimalhas sam d'um mau gosto<br />

sem classificação. Aquellas três por<br />

tas do lado do rio estám enterra<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />

todo; <strong>de</strong>viam ter, pelo menos, 4 ou<br />

<strong>de</strong>graus, <strong>de</strong> modo que o pivimento ficasse<br />

muito mais elevado que a rua.<br />

Em resumo, os paços é ura <strong>de</strong>sastre<br />

completo que chega a fazer com que<br />

a gente se envergonhe <strong>de</strong> ser flgueireose.<br />

Tem o juizo a ar<strong>de</strong>r <strong>de</strong>certo<br />

quem quer que <strong>de</strong>lineou e mandou<br />

executar tal obra prima ! E lembrarmo<br />

nos <strong>de</strong> que só um terramotosinho<br />

nos livrará d'aquella estupi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> pedra!<br />

Da peça original qne foi à scena no<br />

theatro do Gymnásio-Club não sabêmos<br />

que dizer <strong>de</strong>pois <strong>da</strong>s duas formidáveis<br />

engraixa<strong>de</strong>llas (é o têrmo) que appa<br />

receram nos dois jornaes <strong>da</strong> terra.<br />

Está realmente bem posta em scena<br />

e o <strong>de</strong>sempenho foi bom em geral, mas<br />

tem muitos <strong>de</strong>feitos, entre outros o<br />

ciou <strong>da</strong> peça que é quasi obsceno, o<br />

<strong>de</strong>sfecho que se precipita d'uma ma<br />

neira forçadíssima e os typos sem na<br />

turali<strong>da</strong><strong>de</strong>; por exemplo o typo do mor<br />

gado que po<strong>de</strong>ria ser um Portugal ve<br />

lho, bem estu<strong>da</strong>do, agra<strong>da</strong>vel pela sua<br />

ru<strong>de</strong> franquêza característica, portu<br />

guês, emfim, é um sujeito que só pen<br />

sa em casar o sobrinho com um bom<br />

dote e na<strong>da</strong> mais.<br />

E <strong>de</strong>pois aquella idéa <strong>de</strong> fazer pas<br />

sar aquelle enrêdo na Estra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Bra<br />

ga é suggestiva, lembra-nos a Estra<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> Braga, pelo sr. Alberto Damasco —<br />

como dizia o Fialho d'Almei<strong>da</strong>.<br />

O Calor e o tempo <strong>de</strong> verão que tem<br />

feito ultimamente já convi<strong>da</strong> a tomar<br />

banhos e já se ostentam na praia a<br />

gumas barracas. Consta que estám já<br />

muitas casas aluga<strong>da</strong>s e que a epocha<br />

será bôi.<br />

Proseguem com activi<strong>da</strong><strong>de</strong> as obras<br />

no Casino Peninsular.<br />

Promette êste anno haver uma festa<br />

rija a S. João. Bom será, pois muito<br />

lucra a Figueira com o gran<strong>de</strong> nUme<br />

ro <strong>de</strong> forasteiros que aqui se reúnem<br />

Para a próxima carta dirêmos alguma<br />

coisa a êste respeito»<br />

Ary &Argy%<br />

2STo O r i e n t e<br />

Na Grécia e na Turquia accenua-se<br />

um notável movimento <strong>de</strong><br />

reacção contra os projectos <strong>de</strong> paz,<br />

e a mediação <strong>da</strong>s potências. Naquela,<br />

porque ain<strong>da</strong> ha esperanças <strong>de</strong>,<br />

com uma nova táctica militar, po<strong>de</strong>r<br />

ain<strong>da</strong> pôr-se a salvo a honra <strong>da</strong><br />

jan<strong>de</strong>ira e fazer pagar caro ao sultão<br />

as victórias alé aqui obti<strong>da</strong>s;<br />

nesta, porque cm face <strong>da</strong>s vantagens<br />

obti<strong>da</strong>s pelas tropas musulmanas,<br />

aguar<strong>da</strong>va-se o movimento <strong>de</strong><br />

avanço, num caminho <strong>de</strong> successivos<br />

triumphos, até ás portas <strong>de</strong><br />

Athenas.<br />

* A maioria dos correspon<strong>de</strong>nes<br />

extrangeiros resi<strong>de</strong>ntes na Grécia,<br />

consagra gran<strong>de</strong>s elogios ao general<br />

grêgo Smolenski, cuja capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

militar contrasta com a inaptidão<br />

dos <strong>de</strong>mais caudilhos.<br />

Consi<strong>de</strong>ram-se como um gran<strong>de</strong><br />

successo militar a sua retira<strong>da</strong> e a<br />

<strong>de</strong>saggregação <strong>de</strong> forças feita sob<br />

as suas or<strong>de</strong>ns, fazendo sorti<strong>da</strong>s aos<br />

regimentos inimigos.<br />

* Parti<strong>da</strong>s irregulares <strong>de</strong> cavalaria<br />

grega atacam os turcos na<br />

Thessália, interceptam os comboios,<br />

difficultam os aprovisionamentos, e<br />

causam contínuas baixas aos invasôres.<br />

* O governo grêgo <strong>de</strong>clarou aos<br />

embaixadores <strong>da</strong>s potências não se<br />

achar disposto a suspen<strong>de</strong>r as hostili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

enquanto os turcos não<br />

cessarem <strong>de</strong> combater.<br />

* Os jornaes russos fazem constar<br />

as graves difficul<strong>da</strong><strong>de</strong>s com que<br />

haverám <strong>de</strong> tropeçar as potências<br />

para o estabelecimento <strong>de</strong>finitivo<br />

<strong>da</strong>s bases <strong>de</strong> paz entre a Grécia e a<br />

Turquia. Esta última parece estar<br />

disposta a acceitar o statu quo anterior<br />

á guerra; mas não sê moMra<br />

disposta a abandonar os territórios<br />

que as suas tropas occupam, sem<br />

conseguir, préviamente, uma in<strong>de</strong>mnisação,<br />

allegando, para o caso,<br />

os enormes sacrifícios, que a cam<br />

panha lhe impôs.<br />

Por um lado, a Europa não po<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reconhecer á Turquia<br />

direito <strong>de</strong> corrigir uma in<strong>de</strong>mnização;<br />

mas, por outro, como ha <strong>de</strong><br />

Grécia satisfazê-la, <strong>de</strong> mais a mais<br />

tam <strong>de</strong> prompto?!...<br />

Novo barranco a abrir-seno ca<br />

minho <strong>da</strong> diplomacia.<br />

* Seguem os últimos telegram-<br />

mas:<br />

Athenas, 18, < — 0 sr. Ralli, presi<br />

<strong>de</strong>nte do conselho, <strong>de</strong>clarou aos mi<br />

nistros <strong>da</strong>s potências fe<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s, que,<br />

se o armistício tar<strong>da</strong>r a celebrar-se,<br />

fará um appello aos grêgos para a<br />

guerra a todo o transe.<br />

Constantinopla, 18, n. — Um cruza<br />

dor e um barco torpe<strong>de</strong>iro turcos apre<br />

saram' quinze navios <strong>de</strong> vela grêgos<br />

que se entregavam á pirataria no Archipélago.<br />

Theatro Príncipe Real \<br />

Subiu hontem á scena, nêste<br />

theatro, o notável drama <strong>de</strong> Pinheiro<br />

Chagas A Morgadinha <strong>de</strong> Val-Flôr.<br />

O drama, que já conhecíamos<br />

por uma leilura, está bem <strong>de</strong>lineado,<br />

e tem scenas ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente empolgantes.<br />

Mol<strong>da</strong>do na velha eschóla roman<br />

tica, nem por isso <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> apre<br />

ciar-se aquelles raptos <strong>de</strong> eloquência<br />

que o auctor põe na bôcca dos<br />

principaes personagens, envolvendo<br />

o trágico <strong>da</strong>s situações em sonhos<br />

d'uma poesia ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente encantadora.<br />

O <strong>de</strong>sempenho foi razoavel.<br />

A<strong>de</strong>lina Ruas <strong>de</strong>u-nos uma morgadinha<br />

muito tolerável, apezar <strong>da</strong><br />

falla. <strong>de</strong> estudo e <strong>de</strong> observação <strong>de</strong><br />

que se resente todo o seu trabalho.<br />

A'parte uns senões, taes como o <strong>de</strong><br />

fallar para os espectadores <strong>de</strong>sprezando<br />

os personagens que a ro<strong>de</strong>iam,<br />

mantem-se regularmente na<br />

extrema dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> do seu papel,<br />

e dá-nos por vezes a comprehensão<br />

níti<strong>da</strong> do personagem que representa.<br />

Pato Moniz. .. tem seus bocadinhos<br />

apreciaveis; <strong>de</strong>sculpam-sehe<br />

os <strong>de</strong>feitos pela attenta e quasi<br />

absoluta impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> d'uma boa<br />

encarnação do personagem.<br />

Os restantes artistas mantiveram<br />

um conjunclo regular.<br />

Hoje vae á scena A vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> um<br />

rapaz pobre, e ámanhã Os que tra-<br />

balham, drama socialista do activo<br />

propagandista Ernesto <strong>da</strong> Silva.<br />

•••<br />

O T T B u à .<br />

Está assumindo um novo aspecto<br />

<strong>de</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>, para a Hespanha,<br />

a questão cubana.<br />

Nos Eslados-Unidos <strong>da</strong> América<br />

do Norte, agitam-se as differentes<br />

'acções no sentido <strong>de</strong> obter o reconhecimento<br />

dos insurrectos como<br />

)elligerantes.<br />

Bem sabêmos que nêsse sentido<br />

se trabalhou ha tempos, sob a presidência<br />

<strong>de</strong> Cleveland, e na<strong>da</strong> se conseguiu.<br />

Mas, além <strong>de</strong> serem muito outras<br />

as actuaes condições, ha agora a<br />

pon<strong>de</strong>rar as promessas feitas aos<br />

seus eleitores pelo novo presi<strong>de</strong>nte,<br />

promessas, que, a serem cumpri<strong>da</strong>s,<br />

<strong>da</strong>rám como resultado a próxima<br />

proclamação <strong>da</strong> in<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong><br />

Cuba.<br />

A questão ioi agora levanta<strong>da</strong> no<br />

Senado, a propósito do sensível <strong>de</strong>sfalque<br />

nas relações commerciaes dos<br />

Estados-Unidos com a Gran<strong>de</strong> Antilha.<br />

E os senadores, que mais <strong>de</strong><br />

perlo li<strong>da</strong>ram com Mac-Kinley antes<br />

<strong>da</strong> sua ascensão ao alto cargo<br />

<strong>de</strong> que se acha investido, sam agora<br />

os primeiros a lembrar-lbe as<br />

promessas feitas e a incitá-los :<br />

satisfação dos seus compromissos.<br />

Já não é pois um sentimentalis<br />

mo piégas o motivo allegado para a<br />

intervenção; sam os prejuízos commerciaes<br />

d'uma gran<strong>de</strong> nação, sam<br />

os interesses económicos que entram<br />

em jôgo, prevalecendo a todos os<br />

receios <strong>de</strong> offensa á fi<strong>da</strong>lguia <strong>da</strong> Hes<br />

panha.<br />

Por êsse motivo, já Mac-Kinley<br />

<strong>de</strong>u or<strong>de</strong>m ao seu representante em<br />

Cuba para lhe serem enviados pormenores<br />

circunstanciados ácêrca <strong>da</strong><br />

situação dos insurrectos. E, contra<br />

as notícias tranquilizadoras do ge-<br />

neral Weyler, conspiram essas informações,<br />

que attribuem uma gran<strong>de</strong><br />

força á insurreição cubana.<br />

Parece-nos, pois, chegado o mo<br />

mento <strong>de</strong> antevêrmos o triumpho<br />

<strong>da</strong> causa em que um pôvo, opprimido<br />

e vexado, se empenhou, Ian<br />

çando-se em lucta aberta pela sua<br />

emancipação d'umatutella infamante,<br />

preparando-se para <strong>de</strong>spe<strong>da</strong>çar<br />

os grilhões que o acorrentam a uma<br />

vergonhosa e indigna submissão.<br />

—<br />

<strong>Notícias</strong> <strong>diversas</strong><br />

fr ponto na Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito é<br />

no dia 26 do corrente mês.<br />

Segundo nos consta, os actos do 1.°<br />

e do 5.° anno começarám no dia 31<br />

do mesmo mês, e os do 2.°, 3.° e 4.°<br />

no dia 4 <strong>de</strong> junho, sendo esta <strong>de</strong>mora<br />

motiva<strong>da</strong> pela ausência <strong>de</strong> alguns<br />

membros dos respectivos jurys que<br />

têem <strong>de</strong> assistir às provas do concurso<br />

que se está realizando na Aca<strong>de</strong>mia<br />

Polytéchnica do Porto, as quaes<br />

só terminarám no dia 2 do próximo<br />

mês.<br />

Também nos informam <strong>de</strong> que os<br />

jurys dos actos flearám assim constituídos:<br />

I o anno — Drs. Avelino Callisto,<br />

Guilherme Moreira e Teixeira d'Abreu;<br />

2.° anno — Drs. Avelino Callisto,<br />

Teixeira d'Abreu e Affonso Costa;<br />

3.° anno— Drs. Assis Teixeira, Lopes<br />

Praça e Guimarães Pedroza;<br />

4.° anno — Drs Emygdio Garcia,<br />

Chaves e Castro e Affonso Costa;<br />

5 ° anno — Drs. Paiva Pitta, Henriques<br />

<strong>da</strong> Silva e Dias <strong>da</strong> Silva.<br />

Pelo nosso presado amigo sr. Albino<br />

Caetano <strong>da</strong> Silva foi pedi<strong>da</strong> em<br />

casamento a sr. a D. Virgínia Rebello<br />

Martins, do Porto.<br />

Pelas superiores quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s que<br />

exhomam o caracter do nosso amigo,<br />

que nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> é crédor <strong>da</strong>s mais<br />

geraes sympathias, auguramos-lhe, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

já, um futuro <strong>de</strong> felici<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Durante os três últimos dias ven<strong>de</strong>ram-se<br />

as libras a 6:720 réis, ou sejam<br />

2:220 réis <strong>de</strong> prémio ca<strong>da</strong> uma.<br />

Francos a 806 réis, e marcos a 327<br />

réis.<br />

Commemorou-se hontem, na Sé Ca<br />

thedral, o jubileu episcopal do prelado<br />

d'esta diocese, com um solemne Te<br />

Deum a gran<strong>de</strong> instrumental.<br />

A festa foi muito concorri<strong>da</strong>, assis<br />

tindo a ella a élite <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> coim<br />

brã.<br />

V •<br />

A sr. a D. Rita <strong>de</strong> Moraes Sarmento,<br />

habilita<strong>da</strong> com o curso <strong>de</strong> engenheria<br />

civil pela Aca<strong>de</strong>mia Polytéchnica do<br />

Porto, requereu para ser incluí<strong>da</strong> no<br />

quadro do corpo <strong>de</strong> engenheiros d'óbras<br />

publicas, sendo in<strong>de</strong>feri<strong>da</strong> essa pretea<br />

são.<br />

A requerente tem mais três irmãs<br />

diploma<strong>da</strong>s em Medicina pela Eschóla<br />

Médico cirúrgica do Porto.<br />

Está nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> o sr.<br />

Valenças.<br />

Con<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Do sr. Alexandre <strong>de</strong> Mattos recebe<br />

mos um discurso pronunciado na sessão<br />

solemne do Gymnásio, a que nos reffr<br />

rimos no nosso último número. Agra<br />

<strong>de</strong>cêmos.<br />

Participa-nos o sr. Francisco Borges<br />

proprietário <strong>da</strong> Papelaria Central, i<br />

rua do Viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong> Luz, que acaba <strong>de</strong><br />

conseguir ser único <strong>de</strong>positário, nesta<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, do Centro Photográphico do<br />

Porto, em condições <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r ven<strong>de</strong>r<br />

todos os artigos concernentes á arte<br />

photográphica pelos preços do catálogo<br />

d'aquelle importante estabelecimento<br />

D'esta fórma veiu o sr. Borges prestar<br />

óptimos serviços aos profissionaes<br />

e amadores, proporcionando lhes muito<br />

maior facili<strong>da</strong><strong>de</strong> no fornecimento dos<br />

artigos <strong>de</strong> que careçam.<br />

Os peritos nomeados pela Câmara<br />

municipal para inspeccionar o novo<br />

Matadouro aconselharam as seguintes<br />

modificações: que sejam asphaltados OÍ<br />

estábulos do gado, que se melhorem<br />

as condições <strong>de</strong> ventilação <strong>da</strong> casa que<br />

serve para <strong>de</strong>pósito dos couros, e que<br />

se dupliquem as torneiras d'âgua.<br />

0 ministro <strong>da</strong> guerra e o chefe do<br />

estado-maior do Brasil déram a SUÍ<br />

<strong>de</strong>missão, sendo o primeiro substitui<br />

do pelo sr. Machado Bettencourt.<br />

Parece ter-se resolvido afinal o pro<br />

blema <strong>da</strong> navegação aérea. Alguns]<br />

aperfeiçoamentos mais, e <strong>de</strong>ntro etn<br />

pouco se po<strong>de</strong>rá viajar pelos ares fóral<br />

como sobre a terra.<br />

0 novo apparelho, inventado peli<br />

professor americano Barnard, consistíj<br />

em um globo oval <strong>de</strong> 15 metros DO<br />

seu maior eixo e 7 no pequeno, e fa<br />

bricado como qualquer balão ordiná<br />

rio. Dois metros abaixo suspen<strong>de</strong>-i


uma barquinha. O aeronauta collocado<br />

nessa barquinha imprime, por meio <strong>de</strong><br />

um machinismo absolutamente idénlico<br />

ao <strong>de</strong> um velocípe<strong>de</strong>, um movimento<br />

<strong>de</strong> rotação a uma espécie <strong>de</strong> hélice<br />

collocado na dianteira <strong>da</strong> barquinha.<br />

A direcção imprime-se por meio <strong>de</strong><br />

um freio que o aeronauta, em sella e<br />

pe<strong>da</strong>lando para mover o hélice, manobra<br />

comc o <strong>de</strong> uma bicycleta Enormes<br />

azas <strong>de</strong> tela se abrem <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> lado <strong>da</strong><br />

barquinha para assegurar a sua estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Dias atraz foi esta máchina experimenta<strong>da</strong><br />

em Nashville (Tennessee). O<br />

professor Barnard elevou-se a uma altura<br />

<strong>de</strong> mil pés seguindo uma direcção<br />

que antecipa<strong>da</strong>mente <strong>de</strong>terminara. A<br />

máchina mostrou obe<strong>de</strong>cer facilmente<br />

á manobra, mas a força <strong>de</strong> propulsão é<br />

que não pou<strong>de</strong> vencer as correntes<br />

aéreas superiores.<br />

O inventor vae <strong>da</strong>r novos retoques<br />

ao seu apparelho voador.<br />

Os habitantes <strong>de</strong> Santa Clara têem<br />

elabora<strong>da</strong> uma representação, que <strong>de</strong>verá,<br />

em breve, ser entregue ao sr.<br />

governador civil, e na qual pe<strong>de</strong>m o<br />

estabelecimento d'um pôsto policial<br />

naquelle bairro.<br />

Achamos <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a justiça a satisfação<br />

d'este pedido, attenta a importância<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento populoso do<br />

bairro em questão, e o imperdoável<br />

esquecimento a que sempre tem sido<br />

votado. '<br />

Foi prorogado até 9 <strong>de</strong> setembro<br />

próximo o praso para a acceitação <strong>da</strong>s<br />

propostas <strong>de</strong> arren<strong>da</strong>mento dos caminhos<br />

<strong>de</strong> ferro do Brasil, sendo essa<br />

prorogação motiva<strong>da</strong> pelos pedidos <strong>de</strong><br />

algumas companhias interessa<strong>da</strong>s que<br />

não podéram entregar as suas propostas<br />

<strong>de</strong>ntro do prazo fixado.<br />

Ha em White-Planis, povoação <strong>da</strong><br />

América septentrional, um hotel, que<br />

offerece a curiosa singulari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

nelle não habitarem senão anões.<br />

O dono do hotel tem 32 annos <strong>de</strong><br />

e<strong>da</strong><strong>de</strong> e 77 centímetros <strong>de</strong> altura. A<br />

mulher, que tem a mesma e<strong>da</strong><strong>de</strong>, pa-<br />

rece uma boneca. Têem uma filha <strong>de</strong><br />

3 annos, que não tem senão 30 centímetros<br />

<strong>de</strong> altura. De todos os creados,<br />

homens e mulheres, nenhum chega a<br />

ter 1 metro <strong>da</strong> cabeça aos pés.<br />

Chamamos a attenção do sr. director<br />

<strong>da</strong>s obras públicas para os trabalhos a<br />

que se an<strong>da</strong> proce<strong>de</strong>ndo numa casa <strong>da</strong><br />

Praça 8 <strong>de</strong> Maio.<br />

Dá serventia entre dois an<strong>da</strong>imes <strong>de</strong><br />

nivel differente uma prancha <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />

<strong>de</strong>masia<strong>da</strong>mente inclina<strong>da</strong>, com<br />

travessas a servirem <strong>de</strong> esca<strong>da</strong>.<br />

Ora, segundo o art.° 18, alínea a,<br />

parágrapho 4.°, capitulo 3.°, do regulamento<br />

<strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1895, essa<br />

serventia <strong>de</strong>ve ser <strong>da</strong><strong>da</strong> por «lanços<br />

separados entre si por patins assoalhados,<br />

quanto pos-Uel dispostos por<br />

fórma que a sua inclinação permitta<br />

formar os <strong>de</strong>graus por meio <strong>de</strong> cunhos<br />

e cobertores, e todos os <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> lanço<br />

<strong>de</strong> eguai altura e peso, e ser muni<strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong> guar<strong>da</strong>s e corrimão».<br />

Na<strong>da</strong> d'isto se observa na obra<br />

referi<strong>da</strong>, e por isso pedimos a attenção<br />

do sr. director d'obras públicas, que<br />

superinten<strong>de</strong> nêstes serviços, aguar-<br />

<strong>da</strong>ndo providências ten<strong>de</strong>ntes á fiel e<br />

rigorosa observância <strong>da</strong> lei, que é<br />

bem clara e explicita.<br />

Diz o Tempo:<br />

Registando<br />

«E as <strong>de</strong>spêzas públicas continuarám<br />

a augmentar á proporção<br />

que as receitas diminuirám, até que<br />

um «estoiro» final virá pôr lêrmo a<br />

to<strong>da</strong> esta in<strong>de</strong>corosa bambochata.»<br />

O Tempo é orgão do sr. Dias Ferreira,<br />

e, como tal, insuspeito.<br />

Archive-se, pois, a prophecia...<br />

para comparar.<br />

Se houver tempo e occasião para<br />

uma nova ascensão do estadista nephelibata.<br />

Revistas e jornaes<br />

RIMOS lisos—Revista litterária bi mensal.<br />

Temos presente o 1.° número d'esta nova<br />

publicação, que se apresenta distinctamente<br />

no mundo <strong>da</strong>s lettras. Distinctamente, e com<br />

modéstia.<br />

Com os nossos agra<strong>de</strong>cimentos pela amabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>da</strong> sua apreciavel visita, vam os nossos<br />

mais sincéros <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> uma longa vi<strong>da</strong> e<br />

muitas prosperi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Jornal dos Romances — Recebêmos<br />

o n.° 5 d'este semanário <strong>de</strong> instrucção e<br />

recreio, que no Porto vê a luz <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

O summário é o seguinte :<br />

Texto—Os combates <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>: Joanninha a<br />

costureira, por Ch. Ménouvel.—Os Cavalleiros<br />

<strong>da</strong> Rosa Vermelha, por A. Tocqueville.— As<br />

gran<strong>de</strong>s tragédias : O romance d'um sol<strong>da</strong>do,<br />

por Alaycar—Contos para creanças.— Sciéncia<br />

prática. — Divertimentos scientíficos. —<br />

Secção recreativa. — Expediente.<br />

Gravuras—Joanninha, a costureira... dois<br />

bombeiros levantaram Francisca nos braços...<br />

—Os Cavalleiros <strong>da</strong> Rosa Vermelha: Miserável<br />

I rugiu Gabriel.. .-—Divertimentos scientíficos<br />

: uma gravura.<br />

RESISTENCIA — Quinta feira, 10 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1897<br />

Jornal (le Viagens e aventuras <strong>de</strong><br />

terra e mar.<br />

Recebêmos o n.° 58 d'este interessante jornal<br />

que se publica no Porto, sob a direcção do sr.<br />

Deolindo <strong>de</strong> Castro, e cujo summário é o seguinte<br />

:<br />

Texto—Actuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s históricas: Athenas.—<br />

Pelas águas do mar: Pescador. — Aventuras<br />

extraordinárias <strong>de</strong> quatro meridionaes no Rrazil<br />

: O Gran<strong>de</strong>-Ser pente. — Portugal no extrangeiro<br />

: O novo relatório apresentado ao<br />

parlamento inglês. — O Islamismo : Zimbório<br />

<strong>da</strong> Rocha (Koubette es Sakhrah) em Jerusalem.~<br />

Os gran<strong>de</strong>s cataclysmos: Vulcões e terramotos.—<br />

Coisas sabi<strong>da</strong>s : A formiga branca.<br />

—Notas e observações: Caça do leão.— Commettimentos<br />

e arrojos : Viagens e aventuras<br />

<strong>da</strong> Menina Friquette.— Curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s scientíficas.<br />

Gravuras—Queimavam, apunhalavam todos<br />

os que lhe caíam <strong>de</strong>baixo <strong>da</strong> mão.—Pescadora<br />

norueguêsa.— A platafórma e explendi<strong>da</strong>s arcarias<br />

que dão entra<strong>da</strong> para a riquíssima mesquita<br />

<strong>de</strong> Konbette es Sakhrah em Jerusalem.<br />

— O príncipe foi arrancado do palácio, <strong>de</strong><br />

noite, apesar <strong>da</strong> guar<strong>da</strong> e sentinellas...<br />

Qazêta <strong>da</strong>s Aldêas — Recebêmos o<br />

n.° 72 d'este semanário <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong> agrícola<br />

e vulgarização <strong>de</strong> conhecimentos úteis.<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

Resumo <strong>da</strong>s <strong>de</strong>liberações toma<strong>da</strong>s na<br />

é<br />

sessão ordinária <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />

1897.<br />

Presidência do dr. Luiz Peraira <strong>da</strong><br />

Costa.<br />

Vereadores presentes: — Arcediago<br />

José Simões Dias, bacharel José Augusto<br />

Gaspar <strong>de</strong> Mattos, José António<br />

Lucas, José António dos Santos, António<br />

José <strong>de</strong> Moura Bastos, José Marques<br />

Pinto e Albano Gomes Paes, eflectivos.<br />

Approvou a acta <strong>da</strong> sessão anterior.<br />

Tomou conhecimento pelo vereador<br />

respectivo, <strong>de</strong> que, segundo a <strong>de</strong>liberação<br />

toma<strong>da</strong> em oito <strong>de</strong> abril, iam ter<br />

começo os trabalhos <strong>de</strong> canalização<br />

d'aguas para as ruas do Forno e do<br />

Borralho.<br />

Tomou conhecimento <strong>da</strong> approvação<br />

<strong>da</strong><strong>da</strong> superiormente ás percentagens<br />

vota<strong>da</strong>s para o futuro anno, bem como<br />

<strong>da</strong> <strong>de</strong>negação <strong>da</strong> approvação ao que<br />

foi resolvido ácêrca <strong>da</strong> remuneração <strong>de</strong><br />

serviços extraordinários prestados por<br />

um amanuense <strong>da</strong> secretaria á Commissão<br />

do recenseamento militar, pelo que<br />

se resolveu annullar aquella <strong>de</strong>liberação.<br />

Mandou enviar ao commissário <strong>de</strong><br />

policia uma participação <strong>da</strong> Companhia<br />

conimbricense <strong>de</strong> illuminação a gaz,<br />

d'on<strong>de</strong> consta <strong>de</strong> terem sido apagados<br />

alguns candieiros <strong>da</strong> illuminação pública<br />

em Cellas<br />

Resolveu pedir ao mesmo commissário<br />

para fazer vigiar porque não sejam<br />

<strong>da</strong>mnificados os marcos fonlenários<br />

nas ruas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Tomou conhecimento <strong>de</strong> terem sido<br />

feitas as intimações auctoriza<strong>da</strong>s a três<br />

proprietários <strong>de</strong> Brasfemes, para <strong>de</strong>soccuparem<br />

terrenos do concelho que<br />

obstruíram com materiaes<br />

Resolveu ce<strong>de</strong>r a um proprietário<br />

para a alinhamento <strong>de</strong> uma casa que<br />

vae construir em terreno <strong>de</strong> uma pro-<br />

prie<strong>da</strong><strong>de</strong> ao Padrão, na ligação <strong>da</strong> estra<strong>da</strong><br />

municipal <strong>de</strong> Eiras com a real do<br />

Porto, 4 m ,50 <strong>de</strong> terreno <strong>de</strong> superfície<br />

do talu<strong>de</strong> d'aquella estra<strong>da</strong> municipal,<br />

avaliado a 100 réis ca<strong>da</strong> um metro,<br />

sendo approvado o alçado para a construcção.<br />

Resolveu ven<strong>de</strong>r em praça a ma<strong>de</strong>i-<br />

ra velha <strong>da</strong> ponte <strong>de</strong> Coenços, na freguezia<br />

<strong>de</strong> Ceira.<br />

Resolveu reservar para a próxima<br />

sessão ordinária o provimento <strong>de</strong> quatra<br />

logares <strong>de</strong> vigias dos impóstos,<br />

esperando a informação <strong>da</strong> Commissão<br />

competente ácêrca <strong>da</strong>s provas do exame<br />

a que hoje se sujeitaram doze dos<br />

concorrentes, e fazendo avisar para<br />

esse dia dois-dos concorrentes que não<br />

foram encontrados.<br />

Auctorizou o levantamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos<br />

<strong>de</strong> garantia a duas empreita<strong>da</strong>s<br />

toma<strong>da</strong>s em novembro <strong>de</strong> 1895, em<br />

vista <strong>da</strong> suspensão dos trabalhos em<br />

janeiro <strong>de</strong> 1896, por não haver verba<br />

em orçamento para as respectivas<br />

obras.<br />

Auctorizou a compra <strong>de</strong> mobília para<br />

o gabinete do inspector dos serviços<br />

do matadouro.<br />

Mandou concertar na offlcina <strong>da</strong>s<br />

aguas uma peça metálica <strong>da</strong> bomba <strong>da</strong><br />

fonte <strong>de</strong> Taveiro.<br />

Approvou as condições para arrematação<br />

<strong>da</strong> empreita<strong>da</strong> <strong>de</strong> reparação<br />

do pavimento <strong>da</strong> estra<strong>da</strong> municipal <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong> a Santo António, entre a la<strong>de</strong>ira<br />

do Castello a Sant'Anna.<br />

Attestou ácêrca <strong>de</strong> um requerimento<br />

para um subsidio <strong>de</strong> lactação a um<br />

menor.<br />

Mandou recolher no cofre as duas<br />

acções <strong>de</strong>ixa<strong>da</strong>s lia pouco ao asylo <strong>de</strong><br />

cegos, em Cellas, e que por <strong>de</strong>liberação<br />

<strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> março tinham sido en-<br />

tregues ao procurador para o <strong>de</strong>vido<br />

averbamento.<br />

Auctorizou o pagamento <strong>da</strong> conducção<br />

dos finados pobres ao cemiterio<br />

no primeiro trimestre do anno corrente.<br />

Auctorizou o fornecimento <strong>de</strong> alguns<br />

artigos para os serviços <strong>da</strong> repartição<br />

dos impóstos.<br />

Auctorizou a reparação <strong>de</strong> um pequeno<br />

espaço <strong>de</strong> calça<strong>da</strong> â entra<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

la<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Santa Isabel.<br />

Mandou intimar um proprietário para<br />

suspen<strong>de</strong>r a construcção <strong>de</strong> uma casa<br />

<strong>de</strong> Monfarroio; a reconstrucção <strong>da</strong><br />

cimalha <strong>de</strong> uma terceira casa no largo<br />

<strong>de</strong> S. Barlholomeu e a reconstrucção<br />

<strong>de</strong> um muro em Falia.<br />

Mandou ouvir a Junta <strong>de</strong> paróchia<br />

ácêrca <strong>de</strong> um requerimento para a ce<strong>de</strong>ncia<br />

<strong>de</strong> um terreno <strong>de</strong>saproveitado<br />

no rocio <strong>de</strong> Santa Clara, entre dois<br />

prédios particulares.<br />

Enviou diversos requerimentos á repartição<br />

<strong>de</strong> obras para serem divi<strong>da</strong>mente<br />

informados.<br />

Fiz uso do CALLICIDA FRANCO com<br />

o qual obtive os melhores resultados,<br />

pois vejo que me extraiu os callos e<br />

do mesmo modo a um amigo meu que<br />

d'elle fez uso.<br />

Porto—Adolpho Ramos Martins.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Ven<strong>de</strong>-se uma a 5 kilómetros <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong>, compõe-se <strong>de</strong> casa nobre e ruraes,<br />

pomar com árvore <strong>de</strong> espinho,<br />

carouço e parreira, tem gran<strong>de</strong> abundância<br />

d'água <strong>de</strong> mina e tanque.<br />

Para informações, em <strong>Coimbra</strong>, rua<br />

Direita, 95 e em Lisboa, rua dos Bacalhoeiros,<br />

134.<br />

Casa para arren<strong>da</strong>r<br />

Aluga-se, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o S. João em diante,<br />

o 3.° e 4.° an<strong>da</strong>r <strong>da</strong> rua <strong>de</strong> Ferreira<br />

Borges, n.° 115. Têem excelientes<br />

cómmodos. Para tratar — Castro Leão<br />

— na loja <strong>da</strong> mesma casa.<br />

Gran<strong>de</strong> Utili<strong>da</strong><strong>de</strong> Commercial<br />

Novas tabeliãs <strong>de</strong> câmbio directo entre<br />

Inglaterra, Portugal e Brazll<br />

POR<br />

A. DE SOUSA PADPERIO<br />

Des<strong>de</strong> 6 a 55 3 Vs2 d. por 10000 réis<br />

Preço, 200 réis<br />

A' ven<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as livrarias<br />

Q - c i i z ^ L t a<br />

na rua Oriental <strong>de</strong> Monfarroio para Ven<strong>de</strong>-se uma bella quinta em Cel-<br />

que não requereu licença, e outro <strong>da</strong> las, subúrbios d'esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, composta<br />

freguezia d'Antanhol, para suspen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> casas <strong>de</strong> habitação, terras, pomares<br />

por igual motivo os trabalhos <strong>da</strong> con- <strong>de</strong> espinho e caroço, olivaes, vinhas,<br />

strucção <strong>de</strong> um muro, junto ao logar mattas, com água potável e <strong>de</strong> rega.<br />

<strong>de</strong> Vallongo.<br />

Quem a preten<strong>de</strong>r pô<strong>de</strong> dirigir-se a<br />

Mandou passar licenças para apas- Manuel Augusto Granjo, nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

centamento <strong>de</strong> gado caprino, segundo rua Fernan<strong>de</strong>s Thomaz, 67.<br />

a postura respectiva.<br />

Despachou requerimentos auctorizando:<br />

—exhumações no cemitério <strong>da</strong><br />

Concha<strong>da</strong> e compra <strong>de</strong> terreno; canalizações<br />

d'aguas <strong>de</strong> exgôto para os<br />

canos geraes <strong>da</strong>s ruas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>; a<br />

abertura <strong>de</strong> janellas em uma casa na<br />

rua do Carmo; pequenas alterações na<br />

frontaria <strong>de</strong> outra casa na rua Oriental<br />

F. Fernan<strong>de</strong>s Costa<br />

E<br />

ANTONIO THOMÉ<br />

ADVOGADOS<br />

Rua do Viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong> Luz, 50<br />

46<br />

Folhetim <strong>da</strong> RESISTENCIA<br />

ALÉXIS BOUVIER<br />

O casamento d'um forçado<br />

SEGUNDA PARTE<br />

A casa Bérard C. a<br />

sorrir, encontrei em sua casa o servi a respon<strong>de</strong>r-me assim, eu dou o signal — Não entendo, disse Cardinet. um homem e diz-me: tire o que ahi<br />

ço <strong>de</strong> mêsa do meu amigo Bérard. e entám será êsse homem que o inter- — É muito simples, eu não sou ca está nessa casa, eu lhe pagarei esse<br />

— Ahi...<br />

rogará. ..<br />

paz <strong>de</strong> entrar em casa d'alguem para trabalho. Eu tiro, trabalho... Mas não<br />

Os três ladrões iam protestar... — Entám! Entám! disse cheio <strong>de</strong> lhe roubar os objectos <strong>de</strong> que elle tem roubo... eu entrego fielmente to<strong>da</strong>s<br />

Cardinet fez-lhe o signal <strong>de</strong> se sen- amabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Grosbouleau. O senhor não necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> ca<strong>da</strong> dia.<br />

os objectos à pessoa que m'os contarem<br />

e mostrando-lhe pela janella fará isso...<br />

— Somos incapazes d'isso! Disse fiou ...<br />

aberta o carro que estava á sua espe- — Não! Não fará!, repetiu Lalon- Lalongueur esten<strong>de</strong>ndo a mão.<br />

Sou um trabalhador, se ha roubo, o<br />

ra, disse-lhes...<br />

gueur <strong>de</strong>itando um pouco <strong>de</strong> cognac — Nós entramos numa casa <strong>de</strong> cam- ladrão é o homem que veiu ter com-<br />

— Á primeira palavra faço-os pren- na chavena <strong>de</strong> Cardinet, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter po... on<strong>de</strong> se vão passar alguns raigo. '<br />

<strong>de</strong>r, tenho alli homens. Sejam amaveis enchido a d'elle.<br />

dias... e <strong>de</strong> que se pô<strong>de</strong> prescindir... — Nunca roubamos!<br />

e havêmos <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r-nos. Os senho- — Se forem francos, se me aju<strong>da</strong> e além d'isso nós somos trabalhadores; — É claro, disse Cardinet a rir...<br />

res sam ladrões; mas eu preciso dos rem, não...<br />

não mu<strong>da</strong>mos por uma nossa conta... os senhores sam honrados... Quem<br />

senhores... Conversêmos, pois, a sé- —Pois bera! Não se zangue. Eu não — 0 senhor disse mu<strong>da</strong>r í... era que os encarregava <strong>de</strong> rou. .1 <strong>de</strong><br />

XII<br />

rio...<br />

quero senão enten<strong>de</strong>r-rae consigo. O — Sim ! Ripers vem <strong>de</strong> riper pas- riper ar í<br />

Os três calaram-se e escutaram. que <strong>de</strong>seja saber?<br />

sear à margem dos rios...<br />

— Elle! 0 miserável!.,. \<br />

Em casa <strong>de</strong> gente honra<strong>da</strong> Cardinet tinha adivinhado tudo. Ago- — A ver<strong>da</strong><strong>de</strong>...<br />

— Ah! Sabe inglês?<br />

—0 malandro!...<br />

ra sim, sabia. Os homens que elle ti- — Mas entám pergunte, eu sou fran- — Não sei senão esta palavra. —0 canalha... .<br />

— Assim foi, senhor, replicou Lanha <strong>de</strong>ante eram ladrões <strong>de</strong> profissão. co, como o ouro.<br />

— Numa palavra, os senhores não — 0 bandido...<br />

longueur. Por mais que nós fizessemos, A existência hyperbólica <strong>de</strong> Lorémont — Eu quero pó-los á vonta<strong>de</strong>... se- sou,... nao riperam por sua conta? — Faliam do barão?...<br />

essa gente per<strong>de</strong>u-nos...<br />

explicava-se: roubava. Para proce<strong>de</strong>r jam francos, respon<strong>da</strong>m com simplici- —Não! exclamou rapi<strong>da</strong>mente GroS' —Tal e qual!...<br />

— Mas, disse Cardinet, os senhores com segurança, era necessário ler in<strong>da</strong><strong>de</strong> às minhas perguntas, e dou-lhes bouleau.<br />

—0 traidor que nos ven<strong>de</strong>u...<br />

não pertencem a êsse grupo.<br />

dicações seguras; por isso é que elle a minha palavra d'honra, <strong>de</strong> que na<strong>da</strong> —Oh! nunca! disse Lalongueur in —Que nos ven<strong>de</strong>u?<br />

— Que <strong>de</strong>sgraça! exclamou Lalon- começou!<br />

terám a temer <strong>de</strong> mim; pelo contrario sultado com tal supposipão.<br />

— Claro! Se o senhor está aqui...<br />

gueur.<br />

— Os senhores sam os auctores do hei <strong>de</strong> ajudá los... contra o barão! — Olhe, senhor, continuou Grosbou- quem foi que lhe <strong>de</strong>u a direcção?<br />

— Nunca! protestou Grosbouleau. roubo <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong>-Jatte... Eu sei tudo... — Entám está dito! mas pergunte o leau. estas coisas an<strong>da</strong>m na massa do —Ninguém.<br />

•—Que remador era o senhor? Que papel faz o barão neste negócio?... senhor..,<br />

sangue, eu era capaz <strong>de</strong> fazer uma — Ah! Não quer dizer... Pois men-<br />

— Remador vèr<strong>da</strong><strong>de</strong>iro, remador a — Mas, respon<strong>de</strong>u G'Osbouleau, eu — O que é que tèmos a fazer? Nós loucura, mas commetter uma baixêza tiu, juro-lhe por tudo! Foi elle que nos<br />

sério.<br />

já lhe disse. Foi elle que nos mandou estamos promptos a tudo, apoiou La- nunca! Ah! É certo que eu não ando a levou a este estado.<br />

— Os senhores recebem ladrões em mu<strong>da</strong>r os moveis.<br />

longueur.<br />

escolher as pessoas que me <strong>da</strong>m tra- Cardinet divertia-se com pudôr dos<br />

casa? perguntou Cardinet sorrindo. — Era elle que os dirigia ?<br />

—Grosbouleau, o senhor e Lalonbalho, eu não lhes vou dizer;<br />

dois bandidos, mas, voltando ao que<br />

Petite <strong>de</strong>itava o café. A cafeteira — Naturalmente.... era o propriegueur fazem parte d'uma quadrilha <strong>de</strong> «0 que o senhor me pe<strong>de</strong> podê-lo-ha o interessava, perguntou bruscamente:<br />

caiu-lhe <strong>da</strong>s mãos...<br />

tário ...<br />

ladrões...<br />

fazer um homem honrado?» Não — Porque estava sua mulher em casa<br />

Lalongueur levantou-se como impel- Cardinet interrompeu-os e disse sec< —Perdão! Ladrões não! ripers... faço e ando mal, confesso...<br />

<strong>de</strong> Bérard?<br />

lido por uma mola... Grosbouleau camente:<br />

—Como ? Ripers ?...<br />

— Sim! Fazemos mal, confessamos, Grosbouleau que, a principio ficara<br />

pállido afastou a ca<strong>de</strong>ira.<br />

— Meu caro, a carruagem está à es- —Sim, senhor! Ladrão é o que pri- disse o écho <strong>de</strong> Grosbouleau.<br />

embaraçado, resolveu respon<strong>de</strong>r ca-<br />

— Ladrões, exclamaram todos três pera e eu não vim só. A um signal va o seu semelliante dos objectos <strong>de</strong> Este continuou:<br />

thegóricamente.<br />

10 mesmo tempo.<br />

combinado entrará aqui um homem e que elle tem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>.... nós não —•Sou um riper... Gosto <strong>de</strong> pas-<br />

(Continúa),<br />

r~f5 que, disse Cardinet sempre a êsse homem é <strong>da</strong> polícia. Se contiutia tratamos senão <strong>de</strong> superflui<strong>da</strong><strong>de</strong>s..» sear pelas margens do Senna. Chega<br />

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt


PROBIDADE<br />

Companhia geral <strong>de</strong> seguros<br />

Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> anonyma<br />

<strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> limita<strong>da</strong><br />

CAPITAL 2.000:000^000<br />

Rua Nova d'El-Rei, n.° 99, l.®<br />

L i s b o a<br />

Effectua seguros contra incêndios.<br />

Correspon<strong>de</strong>nte em <strong>Coimbra</strong>,<br />

Cassiano A. Martins Ribeiro.—<br />

Rua Ferreira Borges, 165, 1.°.<br />

Sulfato <strong>de</strong> cobre<br />

2 finali<strong>da</strong><strong>de</strong> garanti<strong>da</strong><br />

X para tratamento <strong>de</strong> vinhas<br />

ven<strong>de</strong>-se por pregos limitados<br />

nos estabelecimentos <strong>de</strong><br />

ferragens <strong>de</strong> João Gomes Moreira<br />

na rua <strong>de</strong> Ferreira Borges,<br />

n. os 50 e 52 (em frente ao Arco<br />

d'Almedina) e no <strong>de</strong> Moreira &<br />

Simões na mesma rua n. os 171<br />

e 173.<br />

Estabelecimento Thermai<br />

Dos mais perfeitos do país<br />

Excelleutes águas mineraes<br />

para doenças <strong>de</strong> pelle,<br />

rheumatismo, estômago,<br />

garganta, etc.<br />

RESISTENCIA — Quinta feira, 10 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1897<br />

1<br />

CALDAS DA FELGUEIRA<br />

CANNAS DE SENHORIM<br />

(BEIRA (BEIRA ALTA) .<br />

Abertura do estabelecimento thermai em 1 <strong>de</strong> maio<br />

e e fecha em 30 <strong>de</strong> noyembro<br />

Abertura do Gran<strong>de</strong> Hotel Club Club em 10 <strong>de</strong> maio<br />

_ — — ._<br />

Gran<strong>de</strong> Hotel Club<br />

Com estação <strong>de</strong> correio e telé<br />

grapho, médico e pharmácia<br />

e casa <strong>de</strong> barbear.<br />

Magníficas accommo<strong>da</strong>ções<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 10200 réis,<br />

comprehen<strong>de</strong>ndo serviço, club,<br />

etc. Bónus para os médicos<br />

O Estabelecimento Thermai comprehen<strong>de</strong> 64 banheiras <strong>de</strong> l." a 5. a classe; duas salas para duches, uma para senhoras<br />

e outra para homens, e a mais completa sala <strong>de</strong> inhalação, pulverização e aspiração, com gabinètes annexos e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

para toilette. É sem dúvi<strong>da</strong> o melhor do reino, e mais barato. — Y i a g e m — Faz-se to<strong>da</strong> em caminho <strong>de</strong> ferro até<br />

Cannas (BEIRA. ALTA) e d'ahi 5 kilómetros em bons carros. A estação <strong>de</strong> Cannas na linha férrea <strong>da</strong> Beira Alta está directamente<br />

liga<strong>da</strong> com to<strong>da</strong>s as linhas férreas hespanholas que entram em Portugal por Ba<strong>da</strong>joz, Cáceres, Villar Formoso, Barca<br />

d'Alva e Tuy -—Para esclarecimentos: — Em L i s b o a : rua do Alecrim, n 0 125, referente ao estabelecimento balnear, e rua<br />

<strong>de</strong> S. Julião, 80, 1.°, referente ao Gran<strong>de</strong> Hotel.—Correspondência para as C a l d a s cia F e l g u e i r a , ao gerente <strong>da</strong> com-<br />

panhia do Glan<strong>de</strong> Hotel.—As águas ensiarrafi<strong>da</strong>s ven<strong>de</strong>m-se nas pharmácias e drogarias e no <strong>de</strong>pósito geral, PHARMÁ-<br />

CIA ANDRADE, rua do Alecrim, 125.—A exploração do Hotel fica êste anno a cargo <strong>da</strong> Companhia do Gran<strong>de</strong><br />

Hotel Club.<br />

COFRES Á PROYA DE FOGO CALLIGIDA<br />

Depósito do melhor fabricante portuense<br />

— João Thomaz Cardôso. — Preços <strong>da</strong> fábrica<br />

Depósito <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira* De Flandres, Riga, Mógno e outros<br />

íramoo 7in/>árlrt0' Para ra á<strong>da</strong>s e enxertias e dito <strong>de</strong> espi-<br />

AlíllllCÒ ZillMUUb. nhog para ve<strong>da</strong>ções.<br />

Motal hran/v\ • ® amarello, cobre, chumbo, zinco, estanho e<br />

illCLttl UldlibU. folha <strong>de</strong> flandres.<br />

FerrO! E a C° <strong>de</strong> tocia s as quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, carvão <strong>de</strong> fórja.<br />

Mft7 Tiara fprwirft- Malhos, tornos, máchinas <strong>de</strong> furar, folies,<br />

JIIM yata ICUOIIU, picaretas e to<strong>da</strong> a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ferramenta<br />

para ferreiros, serralheiros e latoeiros.<br />

Ferragens : P ara construcções d'obras, preços baratíssimos.<br />

Moreira & Simões<br />

Rua <strong>de</strong> Ferreira Borges, n. os 171 a 173.<br />

COIMBRA<br />

BICO AUER<br />

A Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> francêsa exploradora do invento do dr. Cal Auer<br />

alcançou uma importantíssima victória sobre <strong>de</strong>zesete contrafactores,<br />

em audiência pública <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> janeiro próximo passado,<br />

no juizo correccional do <strong>de</strong>partamento do Sena, em Paris.<br />

A Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Belga,\ exploradora do mesmo invento, também<br />

venceu um pleito que trazia contra três contrafactores. A sentença<br />

foi proferi<strong>da</strong> em audiência pública <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> março do corrente<br />

anno, no juizo <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> câmara do tribunal civil <strong>de</strong> Bruxellas.<br />

Corridos d'essas terras é <strong>de</strong> suppôr que os réos venham procurar<br />

saí<strong>da</strong> para os productos <strong>da</strong> sua illicita indústria em Portugal,<br />

ven<strong>de</strong>ndo-os por Ínfimo preço para não soffrerem per<strong>da</strong> lotai<br />

; e por isso a Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> exploradora do Bioo Auer neste<br />

país participa os factos ao público para que não seja illudido e<br />

frisa bem o seguinte:<br />

prvQue os pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fêsa allegados pelos réos nos diversos<br />

poricessos que a Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> se tem visto obriga<strong>da</strong> a instaurar em<br />

e p tugal, mau grado seu, tem sido em Londres, Paris, Bruxellas<br />

/£via, <strong>de</strong>cididos a seu favor isto é:<br />

e Lii Que as priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Berzelius, Frankenstein, Clamond<br />

AuerHe (Williams) não affectam <strong>de</strong> modo algum a patente do dr.<br />

(i»<br />

para- 0 ) Q ue a discripção que o dr. Auer fez <strong>de</strong> seu invento<br />

(3 obter a sua patente, ê suficientíssima;<br />

tal i. 0 ) Que tudo quanto seja accessório tubular <strong>de</strong> tecido vege-<br />

qU'ai:mpregnado <strong>de</strong> saes <strong>de</strong> metaes raros, puros ou impuros, o<br />

(|e tecido <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> impregnado, é enxuto e queimado, a fim<br />

d-, se prodúiir com elle a incan<strong>de</strong>scência e augmentar a força<br />

luz, é uma contrafacção do objecto p ivilegiado e como tal<br />

íujeito ás penas <strong>da</strong> lei.<br />

A lei portuguêsa é idêntica á dos referidos países. Os tribunaes<br />

portuguêses sàm tam rectos como os <strong>da</strong>s mais terras cultas;<br />

portanto não é licito presumir-se que a sua <strong>de</strong>cisão final seja<br />

diversa <strong>da</strong>s que os representantes do privilegiado teem alcançado<br />

uas mais partes.<br />

Quem duvi<strong>da</strong>r pô<strong>de</strong> ler os relatórios <strong>de</strong> todos os processos que<br />

se acham patentes na Agéucia Geral <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, no largo do<br />

Corpo Santo, 13, 2.®<br />

Sobretudo o pítblico <strong>de</strong>ve ficar <strong>de</strong> atalaia contra as apregoa<strong>da</strong>s<br />

vantagens do supporte central usado nas mangas <strong>de</strong> contrafacção.<br />

0 supporte não é privilegio <strong>de</strong> ninguém; portanto, todos que<br />

pô<strong>de</strong>m licitamente ven<strong>de</strong>r mangas <strong>de</strong> incan<strong>de</strong>scência pó<strong>de</strong>m em-<br />

pregar o supporte central.<br />

Se as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s exploradoras do Bioo Auer, em todos os<br />

palzes, não.usam do supporte central, é porque acham preferível<br />

o supporte exterior.<br />

Quem se <strong>de</strong>ixar seduzir e consentir que os supportes dos bi«<br />

Exclnsivo<br />

Extracção dos callos sem<br />

dôr em 5 dias<br />

l>e§con(o convi<strong>da</strong>tivo<br />

para reven<strong>de</strong>r<br />

Depositos—Lisboa: Leand<br />

o <strong>de</strong> Freitas, rua <strong>da</strong> Prata,<br />

231 ; Porto, José Maria Lopes,<br />

rua do Bomjardim, 12; <strong>Coimbra</strong>,<br />

Rodrigues <strong>da</strong> Silva & C. a ; e em<br />

to<strong>da</strong>s as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e principaes<br />

villas do continente.<br />

África — Loan<strong>da</strong>, José Marques<br />

Diogo.<br />

Brasil—Rio <strong>de</strong> Janeiro: Silva<br />

Gomes & C a ; Pernambuco; Guerra<br />

Fernan<strong>de</strong>s & C a . rua do<br />

Duque <strong>de</strong> Caxias, 47; Bahia:<br />

Francisco <strong>de</strong> Assis e Souza;<br />

Maranhão: Jorge & Santos.<br />

Exija-se nos <strong>de</strong>pósitos um<br />

prospecto que ensina o modo<br />

<strong>de</strong> usá-lo e previne as falsificações.<br />

Ha um só <strong>de</strong>pósito em<br />

ca<strong>da</strong> terra.<br />

Pedidos ao auctor: António<br />

Franco, Covilhã.<br />

Depósito <strong>da</strong> fábrica «A NACIONAL»<br />

DE<br />

BOLACHAS E BISCOITOS<br />

Perfeito <strong>de</strong>sinfectante e purificante <strong>de</strong> Jeyes para <strong>de</strong>sinfectar casas e latrinas,<br />

também é exce<strong>de</strong>nte para tirar goruura ou nodos <strong>de</strong> roupa, limpar metaes, e curar feri<strong>da</strong>s. —«<br />

eos fornecidos pela Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Auer sejam modificados, a fim <strong>de</strong><br />

se lhe po<strong>de</strong>r a<strong>da</strong>ptar uma manga <strong>de</strong> contrafacção, terá mais tar<strong>de</strong><br />

Preço 240 réis.<br />

Depósito —<br />

<strong>de</strong> comprar ura bico novo do feitio d'aquelle que <strong>de</strong>ixou estragar,<br />

James Casseis & C. 4 , rua do Mousinho <strong>da</strong> Silveira, n,° 85, 1.°. —Porto.<br />

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />

R m £ B B I os<br />

0 Remedio <strong>de</strong> AYER contra sezões—Febres<br />

intermitentes e bliosas<br />

Peitoral <strong>de</strong> Cereja <strong>de</strong> Ayer. 0 remédio mais<br />

seguro que ha para curar a Tosse Bronchite, Aslhema<br />

e Tubérculos pulmonares.<br />

Frasco, 10000 réis meio frasco, 600 réis.<br />

Todos os remédios que ficam indicados sam altamente<br />

concentrados <strong>de</strong> maneira que sahem baratos, porque<br />

um vidro dura muito tempo.<br />

I*ilulas Cathartieas <strong>de</strong> Ayer. —0 melhor<br />

purgativo, suave, inteiramente vegetal.<br />

Frasco, l ^ O O O réis<br />

Vigor do Cabello<br />

DO DR. AYER,<br />

DE<br />

JOSE FRANCISCO DA CRUZ, TELLES<br />

128— RUA FERREIRA BORGES —130<br />

ESTE <strong>de</strong>pósito, regularmente montado, se acham á<br />

N ven<strong>da</strong> por junto e a retalho, todos os productos d'aquella<br />

fábrica, a mais antiga <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, on<strong>de</strong> se recebem<br />

quaesquer encommen<strong>da</strong>s pelos preços e condições eguaes<br />

aos <strong>da</strong> fábrica.<br />

A cura <strong>da</strong> Blennorrhagia<br />

ELEGTUÁRIO ANTI-BLENORRHÁGICO<br />

DO PHARMACÈUTICO<br />

T . G A L V Ã O<br />

Um até dois boiões d'este maravilhoso medicamento, ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro<br />

especifico, bastam na máxima parte dos casos, para curar<br />

to<strong>da</strong>s as purgações, ain<strong>da</strong> as mais antigas e rebel<strong>de</strong>s.<br />

Preço do boião, 1$000 réis<br />

Depósito geral em Arganil na pharmacia Galvão —Em <strong>Coimbra</strong>:<br />

drogaria Rodrigues <strong>da</strong> Silva & C. a<br />

japarn<br />

Para a cura effica» e prompla Uas<br />

Moléstias provenientes <strong>da</strong> im<br />

pureza do Sangue.<br />

Tonsrioo orRrEiSTTAL<br />

Marca «Cassei»»<br />

Fxquisita preparação para aformosear o<br />

cabello —Extirpa to<strong>da</strong>s as affecções do cráneo, limpa<br />

e perfuma a cabeça.<br />

Agua Flori<strong>da</strong> (marca Casseis).—-Perfume <strong>de</strong>licioso<br />

para o lenço, o toucador e o banho.<br />

Sabonetes <strong>de</strong> glycerina (marca Casseis).—<br />

Muito gran<strong>de</strong>s, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> superior.<br />

Á ven<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as drogarias e lojas <strong>de</strong> perfumarias.<br />

Preços baratos.<br />

Vermífugo <strong>de</strong> B. £ etc -> esquinéncias,<br />

«1 sobrecannas, ovas, se,<br />

paravões, manqueiras, fraquezas<br />

<strong>de</strong> pernas, etc.. curam-se<br />

com o LINIMENTO VISICANTE<br />

COSTA, e preferível ao fogo e<br />

untura forte em todos os casos,<br />

Frasco 900 réis. Á ven<strong>da</strong> nas<br />

principaes terras.— Depósitos:<br />

Lisboa: Quintans, rua <strong>da</strong> Prata,<br />

194; Ferreira á Ferreira, rua<br />

<strong>da</strong> Junqueira, 332. Porto: Drogaria<br />

Moura, largo <strong>de</strong> S. Domingos,<br />

99.—<strong>Coimbra</strong>: Rodrigues<br />

<strong>da</strong> Silva, rua Ferreira<br />

Borges, 128.—Depósito geral:<br />

Pharmacia Costa — Sobral<br />

<strong>de</strong> Mont'Agraço.<br />

CASA PARA ARRENDAR<br />

Leonar<strong>da</strong> Forjaz, arren<strong>da</strong> a<br />

parte sul <strong>da</strong> sua casa <strong>da</strong> rua<br />

<strong>da</strong> Ilha.<br />

Recebem-se propostas, na<br />

quinta dos Platanos á áemcanta,<br />

on<strong>de</strong> se encontram as chaves,<br />

para ser vista.<br />

Casa com quintal<br />

12 â rren<strong>da</strong>-se uma boa casa<br />

com gran<strong>de</strong> quintal sito<br />

na rua João Cabreira n.° 21<br />

Pô<strong>de</strong> ser vista <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 14 <strong>de</strong><br />

maio em diante.<br />

Para tratar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já com o<br />

seu dono, rua do Viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

Luz ,60.<br />

Caixeiro<br />

13 ganocéneia «& Kobri-<br />

* nho. rua <strong>de</strong> Ferreira<br />

Borges, precisam <strong>de</strong> um caixeiro<br />

para mercearia, a quem<br />

dám bom or<strong>de</strong>nado, merecendo-o.<br />

.<br />

Tratamento <strong>de</strong> moléstias <strong>da</strong><br />

bocca e operações <strong>de</strong><br />

cirurgia <strong>de</strong>ntária<br />

Cal<strong>de</strong>ira <strong>da</strong> Silva<br />

Cirurgião <strong>de</strong>ntista<br />

Herculano Carvalho<br />

Medico<br />

R. <strong>de</strong> Ferreira Borges (Calça<strong>da</strong>), 174<br />

i&flonsultas todos os dias<br />

w <strong>da</strong>s nove <strong>da</strong> manhã às<br />

3 horas <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>.<br />

Vinho e aguar<strong>de</strong>nte puros<br />

DA<br />

Quinta <strong>da</strong> Pedranclia<br />

Bua do Loureiro<br />

Vinho tinto—litro 80 réis.<br />

Dez litros—700 réis.<br />

VINHO BRANCO<br />

Chablis <strong>de</strong> 1895 —litro 160<br />

réis.<br />

Dito, garrafa — 120 réis.<br />

Aguar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> vinho, <strong>de</strong> 20°<br />

Cart. — litro 320 réis.<br />

"RESISTENCIA,,<br />

PUBLICA-SE AOS DOMINGOS<br />

B Q0INTA8-FEIRA8<br />

Re<strong>da</strong>cção e Administração<br />

ARCO D'ALMEDINA, 6<br />

EDITOR — Joaquim Teixeira <strong>de</strong> Sá<br />

Condições <strong>de</strong> assignatura<br />

(PAGA ADIANTADA)<br />

Com estampilha;<br />

Anno 2^700<br />

Semestre 10350<br />

Trimestre 680<br />

Sem estampilha i<br />

Anno 2)5400<br />

Semestre 10200<br />

Trimestre 600<br />

A N N U N C I O S<br />

Ca<strong>da</strong> linha, 30 réis—Repetições,<br />

20 réis.—Para os srs. assignantes,<br />

<strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 50 p. c.<br />

L I V R O S<br />

Annunciam-se gratuitamente<br />

todos aquelles com cuja remessa<br />

êste jornal fór honrado.<br />

Tjp. F. Frwçi A»«4i—C0«8à|


N.° 235 COIMBRA—Domingo, 23 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897 3.° ANNO<br />

Àccor<strong>de</strong> o POYO!<br />

ATÉ CALUNIADORES...<br />

Portugal, que em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> 1890 importára em 8:604 contos<br />

<strong>de</strong> réis, attingiu em egual <strong>da</strong>ta<br />

do anno findo a importante somma<br />

«Os povos que, querendo, sam <strong>de</strong> 58:933 contos.<br />

muito mais reis que os monarchas, e Têmos, pois, no curto espaço <strong>de</strong><br />

a prova é que os <strong>de</strong>stronam e até seis annos, um augmenlo <strong>de</strong> 50:329<br />

lhes cortam a cabeça, também ás vezes contos <strong>de</strong> réis na fabricação <strong>de</strong> di-<br />

se <strong>de</strong>ixam adormentar covar<strong>de</strong>mente. nheiro em papel.<br />

É preciso que acor<strong>de</strong>m, para terem o Pelo visto, ha papel <strong>de</strong> sobra para<br />

direito <strong>de</strong> se queixar e <strong>de</strong> man<strong>da</strong>r!...» bucha <strong>de</strong> espingar<strong>da</strong>s.<br />

E uns restos ain<strong>da</strong> sufficientes<br />

Sam d'um jornal monárchico, para reduzir a cinzas um thrôno<br />

d'um jornal progressista, d'um jor- apodrecido.<br />

nalista do governo, as palavras que Só falta agora pegar-lhe fogo.<br />

acabam <strong>de</strong> ler.<br />

Por entre a <strong>de</strong>fêsa à ouírance que<br />

«Um povo só se respeita a<br />

os jornaes do governo estám fa- si quando, atravcz <strong>de</strong> tudo e<br />

zendo dos actos <strong>de</strong> quem lhes paga, contra tudo, manléiu inte-<br />

resaltam <strong>de</strong> vez em quando ver<strong>da</strong>meratas as suas liber<strong>da</strong><strong>de</strong>s e<br />

impõe processos <strong>de</strong> adminis<strong>de</strong>s<br />

como estas. Sam rebates <strong>da</strong> tração que garantam a inte-<br />

consciência, que o facciosismo pargri<strong>da</strong><strong>de</strong> governativa e a in<strong>de</strong>pendência<br />

nacional i.<br />

tidário e os interesses e conveniências<br />

pessoaes não conseguem sof-<br />

(Do Tempo)<br />

frear, tam po<strong>de</strong>rosamente se impõe<br />

ao espírito <strong>de</strong> todos a urgência do<br />

MORALIDADE...<br />

acor<strong>da</strong>r do povo.<br />

Vem a imprensa republicana ha<br />

Para o logar <strong>de</strong> chefe do <strong>de</strong>pósito<br />

<strong>de</strong> instrumentos mathemáticos e<br />

annos, ininterruptamente, sem tré-<br />

<strong>de</strong> materiaes para as obras públiguas<br />

nem <strong>de</strong>sfalecimentos, aponcas do ultramar, foi nomeado, pelo<br />

tando dia a dia ao país inteiro os ministério <strong>da</strong> marinha, um 1.° offi-<br />

perigos eminentes, o abysmo cacial aposentado d'aquelle ministério<br />

vado pela monarchia, a bancarota, com a gratificação ^ ^ O O ^ O j ^ CorUiece-os bem a tod"os7o"faís<br />

que já hoje é um facto, e sempre a annuáèS. '<br />

promover na opinião um movimento<br />

salutar, um abalo <strong>de</strong>struidor, <strong>de</strong><br />

cujo seio irrompam, indomáveis e<br />

restauradoras, energias novas.<br />

Os perigos têem-se succedido,<br />

as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s teem augmentado,<br />

os crimes <strong>da</strong> monarchia teem-se<br />

avolumado d'um modo incessante,<br />

até que hoje a situação do país é<br />

tremen<strong>da</strong> e pavorosa.<br />

Está feita a propagan<strong>da</strong> republicana;<br />

todos teem a consciência do<br />

crime, conhecem todos os criminosos.<br />

Não ha ninguém que não veja<br />

on<strong>de</strong> está a causa <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as misérias<br />

do país, <strong>da</strong> vergonha, <strong>da</strong> ruina,<br />

do oppróbia que teem caído sobre<br />

nós. Falta só que o povo acor<strong>de</strong>...<br />

E já nem só a imprensa republicana<br />

appella para esta única solução;<br />

encontra-se nos próprios jornaes<br />

monárchicos a invocação do<br />

último recurso.<br />

A monarchia, os governos do rei,<br />

OS homens d'êsse regimen odioso<br />

que nos tem aviltado, reduziram-nos<br />

ao extremo <strong>da</strong> miséria, auxiliados<br />

pela complacência indifferente e criminosa<br />

.do país; não ha que esperar<br />

a salvação <strong>de</strong> quem nos per<strong>de</strong>u...<br />

Pois bem, levante-se o país, acor<strong>de</strong><br />

o povo, se quer ter direito <strong>de</strong><br />

se queixar e <strong>de</strong> man<strong>da</strong>r t<br />

Já comnosco lh'o pe<strong>de</strong>m até jornalistas<br />

do rei...<br />

r económica.. . Um <strong>de</strong>creto auctorizando<br />

que o aferidor <strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> Carta <strong>de</strong> Lisboa<br />

Lisboa passe a <strong>de</strong>nominar-se fiscal<br />

Publicou ha dois dias o Correio aferidor l<br />

31 <strong>de</strong> maio<br />

<strong>da</strong> Noite, transcrevendo d'um outro E em coisas d'estas se passa o<br />

jornal <strong>da</strong> mesma parceria, uma tempo...<br />

Continúa a incertêza sobre qual<br />

calúmnia repellente que lhes áp- Que bambochata tudo isto é!<br />

a base.gue a tnonarchia escolhe para<br />

proúve, para inconfessáveis fins,<br />

o novo empréstimo.<br />

assacar ao partido republicano.<br />

O que é seguro é que se faz.<br />

Sem uma palavra <strong>de</strong> motivo,<br />

Ain<strong>da</strong> hoje o Jornal, orgão do sr.<br />

A APPLICAÇÃO DOS EMPRÉSTIMOS<br />

sem o minimo facto que os aucto-<br />

ministro <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong>, dizia:<br />

rizasse á calúmnia miserável, a não Diz um jornal monárchico <strong>de</strong> Lis- «O que ha a fazer, pois ? Como não<br />

serem os intuitos vergonhosos d'uma boa ver<strong>da</strong><strong>de</strong>s como punhos sobre as podêmos inventar qualquer expediente<br />

política <strong>de</strong> bandidos, que anavalham applicações que têem sido <strong>da</strong><strong>da</strong>s, e parecido com o <strong>de</strong> Calonne, resta-nos<br />

uma reputação como um fadista as pretexta<strong>da</strong>s, aos milharps <strong>de</strong> con- o recurso exclusivo do empréstimo,<br />

rasga um ventre, o Correio <strong>da</strong> Noite tos que os governos <strong>da</strong> monarchia<br />

que libertará o mercado cambial <strong>da</strong><br />

concorrência do governo, <strong>de</strong>ixando-o,<br />

aventou —que no Grupo Republicano têem levantado por empréstimo: portanto, habilitado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo a po-<br />

d'Estudos Sociaes fora apresenta<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>r occorrer ás necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s commer-<br />

«Portugal, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> inaugura<strong>da</strong> a<br />

uma moção, em que se pedia, como<br />

ciaes, e assegurará um immediato <strong>de</strong>s-<br />

paz política <strong>de</strong> 1851, tem vivido semafogo <strong>da</strong> situação, que entám pô<strong>de</strong><br />

meio efficaz <strong>de</strong> restaurar as finanças pre <strong>de</strong> empréstimos.<br />

permittir a applicação profícua dos<br />

portuguêsas, a alienação <strong>da</strong>s nossas Enquanto se abriam estra<strong>da</strong>s e se planos <strong>de</strong> fomento.»<br />

colonias!<br />

construíam caminhos <strong>de</strong> ferro, era a<br />

A torpeza é manifesta, e a <strong>de</strong>-<br />

essas obras económicas que se <strong>de</strong>sti- For conseguinte não ha dúvi<strong>da</strong><br />

navam principalmente as soramas lemonstração<br />

<strong>da</strong> calúmnia facíllima.<br />

<strong>de</strong> que o governo vae empenhar ou<br />

vanta<strong>da</strong>s no extrangeiro.<br />

A moção vota<strong>da</strong> na assemblêa<br />

ven<strong>de</strong>r. ,<br />

Mas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que parámos com os ca-<br />

do Grupo Republicano d'Estudos minhos <strong>de</strong> ferro, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que, em vez Por conseguinte também é oppor-<br />

Sociaes, a que se referem os biltres, <strong>de</strong> continuarmos com as estra<strong>da</strong>s, têportuno o momento do pôvo se lemos<br />

<strong>de</strong>ixado arruinar as que existiam<br />

já nós a publicámos. E' num senvantar,<br />

<strong>de</strong> ir para a rua, fallando<br />

construí<strong>da</strong>s, os empréstimos têem tido<br />

tido absolutamente contrário ao que<br />

hoje, combatendo ámanhã.<br />

todos a mesma applicação!<br />

os bi-frontes do progressismo pre-<br />

Eis porque me parece justifica-<br />

O fim ostensivo d'estas operações fiten<strong>de</strong>m<br />

fazer acreditar.<br />

nanceiras tem sido, nos últimos temdíssimo o comício que <strong>de</strong>ve reali-<br />

Publicámos, contudo, novamente pos, o pagamento <strong>da</strong> divi<strong>da</strong> fluctuante. za r-se á hora d'êste número <strong>da</strong> Re-<br />

a referi<strong>da</strong> moção. Leiam-na os pro-<br />

Mas, a divi<strong>da</strong> fluctuante nunca tem sistência apparecer á publici<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

sido paga !<br />

em Lisboa, na rua <strong>da</strong> Alegria, 50.<br />

gressistas, que ao país escusamos Nem um só anno ain<strong>da</strong> passámos<br />

<strong>de</strong> tal pedir para nossa justificação.<br />

Tem essa manifestação recebido,<br />

sem dívi<strong>da</strong> fluctuante!<br />

Quanto mais chorudos têem sido os até agora, valiosas adhesões, que<br />

''7~ e sabe ' também que na alma dos empréstimos, mais gor<strong>da</strong> tem ficado á promettem torná-la importante.<br />

Querêmos pôr em relêvo simples- republicanos portuguêses palpita, dívi<strong>da</strong> fluctuante!<br />

Estám inscriptos para fallar, enmente<br />

o facto <strong>de</strong> se aposentarem os<br />

Paga-se aos portadores legítimos ou<br />

sobre tudo, superior a tudo, o sentre<br />

outros, os srs. dr. Manuel d'Ar-<br />

Ilegítimos dos títulos <strong>de</strong> D. Miguel.<br />

funccionários do estado por já não timento patriótico, no que nelle ha<br />

riaga, João Chagas, dr. Theóphilo<br />

Gista-se em comes e bebes.<br />

po<strong>de</strong>rem prestar-lhe serviços na sua <strong>de</strong> mais elevado e mais puro.<br />

Ficam ricos os intermediários. Braga, dr. José Benevi<strong>de</strong>s, Alves<br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> empregados, <strong>de</strong>vendo Ei-la:<br />

Mas a divi<strong>da</strong> fluctuante segue sem- Correia, dr. Celestino dAlmei<strong>da</strong>,<br />

reputar-se como impossibilitados<br />

pre na sua marcha ascensional. Augusto José Vieira, dr. Affonso <strong>de</strong><br />

para o exercício <strong>da</strong>s suas funcções, «Pelo sócio Joaquim Madureira foi O que fica real e prático nêstes ar- Lemos, Ferreira Chaves e. Carlos<br />

e virem <strong>de</strong>pois os mesmos aposen- apresenta<strong>da</strong> a seguinte moção, assiranjos finaoceiros é o augmento dos Callixto. A presidência <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong><br />

gna<strong>da</strong> por elle e pelos sócios João <strong>de</strong> encargos no orçamento do Estado.»<br />

tados, os inválidos <strong>da</strong> burocracia,<br />

João Chagas, sendo talvez um dos<br />

Menezes, Paulo Falcão, João <strong>de</strong> Freitas,<br />

<strong>de</strong>sempenhar novos cargos para jun- Duarte Leite e Alfonso Costa:<br />

E termina dizendo que vivemos secretários o sr. dr. Azevedo e Siltar<br />

á aposentação alguns centos <strong>de</strong><br />

numa atmosphera <strong>de</strong> empréstimos, va, que em todo o caso adhere á<br />

mil réis a mais.<br />

«O Grupo Republicano <strong>de</strong> Estudos<br />

Sociaes, não po<strong>de</strong>ndo permanecer es-<br />

<strong>de</strong> que nos não será fácil sair, o que<br />

manifestação.<br />

Não vale a pena insistir no que tranho aos boatos reproduzidos na im- nos será mesmo impossível fazê-lo—<br />

é evi<strong>de</strong>nte — em que, se estám aptos prensa europêa sobre uma próxima se o país se não resolver a romper <strong>de</strong><br />

para <strong>de</strong>sempenhar funcções do Es- alienação do território português na vez com a rotina que lhe prepara as Um dos casos <strong>da</strong> semana teve<br />

tado, continuem no exercício <strong>da</strong>s Africa oriental e, profun<strong>da</strong>mente im- últimas agonias por que pô<strong>de</strong> passar por prologonista o sr. Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> S.<br />

suas funcções e lhes não seja <strong>da</strong><strong>da</strong> pressionado pelos anlece<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> monarchia<br />

que mais <strong>de</strong> uma vez tentou<br />

um pôvo livre.<br />

Januario—a interessante figura pro-<br />

a aposentação.<br />

consummar este acto <strong>de</strong> traição, já ne- Vae estando <strong>de</strong> accôrdo comnosgressista, que, quando os seus par-<br />

Mas para que fazer reparos, se gociando tratados affrontosos, já tranco o jornal monárchico, orgão d'um tidários, em farça ignóbil, fingiram<br />

na burocracia portuguêsa ha logar sigindo e capitulando perante as im- ex-ministro d'estado... pelo menos fazer opposição revolucionária, se<br />

para todos ?. ..<br />

posições do extrangeiro, e não po<strong>de</strong>ndo nêste ponto fun<strong>da</strong>mental — no ap- manteve firme ás praxes constitu-<br />

ter a mínima confiança em que o<br />

Apontêmos sómente.<br />

actual governo, ou qualquer governo<br />

pêllo que, comnosco, ha tempos vem cionaes, não <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> compare-<br />

d'este regimen, possa <strong>de</strong>smentir, com fazendo á intervenção enérgica e cer on<strong>de</strong> o rei se apresentava e <strong>de</strong><br />

factos, ésses boatos mantendo intacta <strong>de</strong>cisiva do pôvo.<br />

tomar logar na diverti<strong>da</strong> comparsa-<br />

A. IMITAR... a nossa integri<strong>da</strong><strong>de</strong> territorial;<br />

Não ha outro meio. Sanear, puria <strong>da</strong>s occasiões solemnes.<br />

Protesta contra qualquer negociação rificar. .. para reconstituir.<br />

Foi que se divulgou, mesmo<br />

A câmara dos communs, em In- que envolva per<strong>da</strong> <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> ou<br />

pela imprensa d'affini<strong>da</strong><strong>de</strong>s goverglaterra,<br />

por proposta do major diminuição <strong>de</strong> soberania, e appella<br />

namentaes, que seria apresenta<strong>da</strong><br />

para a nação portuguêsa, que saberá<br />

Rasch, <strong>de</strong>cidiu limitar a duração cumprir o seu <strong>de</strong>ver, evitando pela Falia a arithmética ao Solar uma proposta ae lei isen-<br />

dos discursos parlamentares. imposição <strong>da</strong> sua vonta<strong>de</strong> essa <strong>de</strong>stando<br />

<strong>da</strong> reforma para o limite <strong>de</strong><br />

O major Rasch, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo a sua honra e esse crime».<br />

Eis a última situação do Banco e<strong>da</strong><strong>de</strong> os officiaes que fôssem mem-<br />

proposta, citou exemplos <strong>de</strong> orado-<br />

<strong>de</strong> Portugal, relativa a 12 do corbros do conselho d'estado.<br />

No sentido <strong>da</strong> moção fallaram, além<br />

res pairarem durante 2, 3, 4 e até do apresentante, os sócios Bessa <strong>de</strong> rente mês:<br />

O bravo general po<strong>de</strong>ria d'esta<br />

5 horas, e affirmou, com inteira ver- Carvalho, Alfonso Costa e João <strong>de</strong> A dívi<strong>da</strong> do lhesouro em conta forma continuar ostentando, com a<br />

<strong>da</strong><strong>de</strong>, sem dúvi<strong>da</strong>, que um ministro Freitas, sendo afinal approva<strong>da</strong> por corrente subiu <strong>de</strong> l8,723:364$270 mesma magestosa marciali<strong>da</strong><strong>de</strong>, a<br />

que não é capaz <strong>de</strong> exprimir o seu acclamaçao, no meio <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> enthu- para 19.625:7*7 réis, isto é; sua pittoresca figura, que, la<strong>de</strong>a<strong>da</strong><br />

pensamento sobre uma <strong>da</strong><strong>da</strong> quessiasmo». solfreu um augmento <strong>de</strong> 89:6I4$783 <strong>de</strong> dois aju<strong>da</strong>ntes e segui<strong>da</strong> por<br />

tão numa hora, e um <strong>de</strong>putado num E recolham agora a lingua d'ás- réis.<br />

três aju<strong>da</strong>ntes, é hoje um dos mais<br />

quarto <strong>de</strong> hora, não' sabem na<strong>da</strong> do pi<strong>de</strong>s, os calumniadores do progres- A circulação <strong>de</strong> notas augmen- <strong>de</strong>slumbrantes attraclivos <strong>da</strong>s tar<strong>de</strong>s<br />

seu offício e que não merecem ter sismo. ..<br />

tou <strong>de</strong> 58.680:866|650 para réis <strong>da</strong> Aveni<strong>da</strong>.<br />

assento no parlamento.<br />

59.I83:997|750, isto é: sofíreu um Mas abortou, pelo que parece, o<br />

E terminou com esta conceituosa<br />

augmento <strong>de</strong> 503:I32|000 réis. projectado plano.<br />

phrase:—- muita parra e pouca uva...<br />

Não ha eloquência que possa Não que o governo se conven-<br />

lEaàÃL^ôítâiiltê<br />

Vae-se abrir o parlamento (?)<br />

fallar mais alto do que a <strong>da</strong> sciência cesse <strong>de</strong> que era uma refina<strong>da</strong><br />

No regimen <strong>da</strong> papela<strong>da</strong> português. Não haverá um major O Diário do GoVerno publicou na dos números,<br />

pouca vergonha fazer uma lei <strong>de</strong>-<br />

Rasch que ponha um dique á pal- quinta feira um <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> elevado Em face <strong>de</strong> tudo isto, ha só uma cepção,<br />

Segundo as estatísticas officiaes, ratória parlamentar, nêste país on<strong>de</strong> alcance para a reconstituição do nos- rethórica a empregar.<br />

Mas nos quartéis murmurou-se e<br />

Versão $ emissão integral <strong>de</strong> notas disponível do Banco <strong>de</strong> em a parra digitalis.uc.pt<br />

é tudo e a uva na<strong>da</strong>? so crédito e fomento <strong>da</strong> nossa vi<strong>da</strong> Rethórica sem flôres.,. a gente %ue está hoje no po<strong>de</strong>rt


RESISTENCIA — Domingo, 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897<br />

como a que a prece<strong>de</strong>u, só alli enmuceno, entrou numa phase sobrecontra<br />

ain<strong>da</strong> motivos para recear e modo diverti<strong>da</strong>, após um ligeiro in-<br />

hesitar.<br />

ci<strong>de</strong>nte— o do filho do fallecido ar-<br />

Por isso não irá por <strong>de</strong>ante a chitecto procurar o director do Paiz,<br />

excepção em beneficio do sr. <strong>de</strong> S. não para lhe explicar a procedên-<br />

Januario e por isso se manterá a cia dos azulejos, mas para lhe pa-<br />

lei dos limites d'e<strong>da</strong><strong>de</strong> que a folha tentear modos aggressivos que fo-<br />

do sr. general Cornélio <strong>da</strong> Silva ram promptamente reprimidos.<br />

apropria<strong>da</strong>mente classifica <strong>de</strong> «si- O presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> commissão dos<br />

necura inventa<strong>da</strong> por ambiciosos monumentos nacionaes, tomando<br />

sem escrúpulos, que sacrificam ás conhecimento do facto, reclamou<br />

suas vantagens pessoaes os inte- providências ao ministro, lamentanresses<br />

do thesouro, as conveniêndo que a commissão na<strong>da</strong> pu<strong>de</strong>sse<br />

cias do serviço e os mais elementa- fazer, por não ter po<strong>de</strong>res.<br />

res princípios <strong>da</strong> justiça».<br />

E <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro grão-ducado,<br />

x<br />

como dizia ha tempos o gran<strong>de</strong> Marianno.<br />

Em questões <strong>de</strong> digni<strong>da</strong><strong>de</strong> pa- Existe uma gran<strong>de</strong> commissão<br />

triótica, posta ain<strong>da</strong> <strong>de</strong> parte a hy- para fiscalizar e zelar pelos monupóthese<br />

<strong>da</strong> ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> Lourenço Marmentos do Estado, para se oppôr<br />

ques, os que hontem bramavam in- aos attentados que contra elles posdignações<br />

contra os adversários, acsam praticar-se, mas essa commissão<br />

cusando-os <strong>de</strong> estarem vendidos á não tem auctorização para <strong>da</strong>r um<br />

Inglaterra t á South Africa, vam-se passo, para tomar uma iniciativa,<br />

affirmando eloquentemente. para emfim <strong>de</strong>sempenhar o papel<br />

Esta semana fizeram uma d'essas que lhe foi entregue.<br />

affirmações, publicando o <strong>de</strong>creto Lembra o caso o que succe<strong>de</strong>u<br />

que prorogara por 25 annos a con- com, a commissão <strong>de</strong> inquérito ás<br />

cessão á Companhia <strong>de</strong> Moçambi- casas religiosas, nomea<strong>da</strong> pelo parque,<br />

<strong>de</strong>mais accusa<strong>da</strong> d'affini<strong>da</strong><strong>de</strong>s lamento para as inspeccionar sob<br />

com a mesma South Africa, con- três aspectos — <strong>de</strong> hygiene, <strong>de</strong> restituí<strong>da</strong><br />

em gran<strong>de</strong> parte por capiligião e <strong>de</strong> ensino—e propôr o que<br />

taes dos sequazes <strong>de</strong> Cecil Rho<strong>de</strong>s houvesse por conveniente.<br />

e ácêrca <strong>da</strong> qual o orgão do sr. Sem gastar um real ao thesouro,<br />

José Luciano contou, com os <strong>de</strong>- visitou essa commissão to<strong>da</strong>s as cavidos<br />

commentários, estes e outros sas <strong>de</strong> Lisboa e arrabal<strong>de</strong>s. Depois<br />

factos:<br />

officiou ao ministro que três dos<br />

«Não imaginas a vergonhosa <strong>de</strong>sna- seus membros iam visitar as casas<br />

cionalização a que aquillo chegou ! <strong>da</strong> província e fariam to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>s-<br />

A lingua que se falia é a inglesa; pêzas á sua custa, excepto as <strong>de</strong><br />

nella se escrevem os editaes officiaes transportes, as quaes pediam fossem<br />

<strong>da</strong> companhia. A moe<strong>da</strong> corrente — é pagas pelo thesouro.<br />

inglesa. O capital—inglês. A proprie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

inglêsa.<br />

Era ministro o João Franco e<br />

O caminho <strong>de</strong> ferro — inglês, com presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Commissão o sr. Serpa<br />

operários e empregados inglêses. A na- Pimentel.<br />

vegação—inglêsa. As minas—inglêsas, A resposta foi que o governo<br />

com mineiros também inglêses. 0 commércio—<br />

inglês. Colonos portuguêses nem mesmo podia abonar as <strong>de</strong>s-<br />

três por junto, <strong>de</strong>vendo êste anno ha-' pêzas <strong>de</strong> transporte e a commissão<br />

ver para cima <strong>de</strong> 1:000 famílias por- dissolveu-se, inutilizando todos os<br />

tuguêsas estabeleci<strong>da</strong>s como o <strong>de</strong>ter- trabalhos feitos.<br />

minavam as obrigações do contrato!<br />

Os nossos dias santos e <strong>de</strong> gala não<br />

Os dois episódios, complelando-<br />

se respeitam. No <strong>da</strong> Padroeira do Reise, documentam o que sam em<br />

no e nos dos annos d'el-rei, está aber- Portugal as commissões—mero jogo<br />

ta a secretaria: No dia dos annos <strong>da</strong> scénico, <strong>de</strong>stinado a entreter in-<br />

rainha Victória ha festejos: E mil coicautos.sas mais graves que lerás, se os jornaes<br />

obrigarem o governo, como <strong>de</strong>-<br />

F. B.<br />

vem, a publicar o relatório que o Ay-<br />

« Q o<br />

res d'0rnella8 apresentou ao governador<br />

geral ácêrca <strong>da</strong> sua i<strong>da</strong> á Beira,<br />

acompanhando as praças que foram Ha dias um official do exército<br />

vigiar a passagem <strong>da</strong>s tropas inglêsas entrou na re<strong>da</strong>cção do Paiz, e <strong>de</strong>s-<br />

para Mashonaland e que, segundo me embainhou a espa<strong>da</strong>, na hypóthe-<br />

dizem, é um documento precioso a resse <strong>de</strong> que, aggredindo o re<strong>da</strong>ctor<br />

peito <strong>da</strong> questão.»<br />

<strong>da</strong>quellejornal,ficava <strong>de</strong>monstrado<br />

a to<strong>da</strong>s as luzes, que os azulejos<br />

Ain<strong>da</strong> esta semana, trouxe-nos o<br />

actualmente em leilão, do fallecido<br />

jornal a South Africa a nova <strong>de</strong> que architecto Nepomuceno, não foram<br />

o inglês John Scar <strong>de</strong>clarou que o subtrahidos ao estado.<br />

sr. Barros Gomes, o ministro que<br />

Pela frequência com que estes<br />

recebeu o ultimatum <strong>de</strong> 1890, não<br />

estava, como lhe haviam dito, mal<br />

factos se <strong>da</strong>m, e, por outro lado,<br />

pela abstenção com que os senhores<br />

disposto com os inglêses e que teve<br />

officiaes <strong>de</strong>ixam correr o marfim<br />

occasião <strong>de</strong> observar o contrário.<br />

dos negócios públicos, parece con-<br />

Mais ain<strong>da</strong>: — O Johannesburg<br />

cluir-se que as espa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> s. ex.<br />

Times affirmou que a Inglaterra vae<br />

tomar posse <strong>da</strong> ilha <strong>da</strong> Luluca para<br />

fins absolutamente pacíficos, e a imprensa<br />

do governo não protestou<br />

nem negou.<br />

Em face d'êstes factos e d'outros<br />

não resta dúvi<strong>da</strong> <strong>de</strong> que a alliança<br />

com a Inglaterra, levando aos extrêt<br />

mos <strong>da</strong> mais requinta<strong>da</strong> indigni<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

não é dos progressistas nem dos<br />

regeneradores.<br />

É <strong>da</strong> monarchia, e, por conseguinte<br />

os perigos sam os mesmos, enquanto<br />

ella existir, governem, em<br />

seu nome ou á sua or<strong>de</strong>m, regeneradores<br />

ou progressistas.<br />

X<br />

A questão dos azulejos, pertencentes<br />

a conventos do Estado, que<br />

ham <strong>de</strong> ser vendidos na próxima<br />

quinta feira, em leilão paiticular,<br />

como expólio do architecto Nepo-<br />

a! tram as ruas principaes <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, as corporações resente-se <strong>da</strong> inca- aprendiz garôto e inconsciente, e<br />

que nas outras nem é bom fallar. paci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> governação suprêma. Peixoto (serralheiro).<br />

Uma perfeita e absoluta vergo- Uma anedocta basta a stereoty- De resto, uma perfeita <strong>de</strong>sgraça.<br />

nha; é a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> canto, a par a situação. Reconheceu-se ha Do drama resalta um único ar-<br />

gritar a incúria, o <strong>de</strong>sleixo, o <strong>de</strong>s- tempos, que as águas <strong>da</strong>s fontes esgumento <strong>de</strong> mór valor: a miséria do<br />

mazelo municipal, para que não ha tavam inquina<strong>da</strong>s <strong>de</strong> princípios <strong>de</strong>- operariado. Mas é estafado <strong>de</strong> mais<br />

<strong>da</strong> parle dos edis illustres um moletérios, que constituíam a ameaça para assumptos <strong>de</strong> theatro.<br />

mento <strong>de</strong> attenção.<br />

contagiosa e permanente <strong>de</strong> doen- O <strong>de</strong>sempenho revela-nos só-<br />

Em qualquer ponto a que nos ças graves.<br />

mente a fraqueza extrema <strong>da</strong> com-<br />

queiramos referir, sam constantes Houve <strong>de</strong>scomedi<strong>da</strong> agitação <strong>de</strong> panhia. Por isso lhe retirámos a<br />

os factos a <strong>de</strong>monstrar o <strong>de</strong>sprezo susto, e todos os agentes adminis- benevolência que lhe dispensámos<br />

<strong>da</strong> câmara pajo cumprimento dos trativos,compenetrados <strong>da</strong>s respon- no último número. Por isso e para<br />

seus <strong>de</strong>veres.<br />

sabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s suas atlribuições, evitar que <strong>Coimbra</strong> seja avalia<strong>da</strong><br />

A Quinta <strong>de</strong> Santa Cruz encon- enten<strong>de</strong>ram congregar os seus es- pela indulgência <strong>da</strong> sua plateia.<br />

tra-se num estado <strong>de</strong>plorável, e os forços para impedir a prorogação Hontem, A Dama <strong>da</strong>s Camélias,<br />

proprietários teem razões <strong>de</strong> sobra do mal.<br />

<strong>de</strong> que já fallámos ha tempos, quan-<br />

para accusar a câmara <strong>de</strong> os ter Meditaram com afinco e <strong>de</strong>batedo <strong>de</strong>sempenhado pelos mesmos ar-<br />

ludibriado, visto tê-los obrigado a ram longamente, até que uma idéa tistas.<br />

construir sem lhes <strong>da</strong>r garantias luminosa brotou <strong>da</strong>s locubrações<br />

<strong>de</strong> nenhuma or<strong>de</strong>m.<br />

dos cérebros escan<strong>de</strong>cidos.<br />

A rua oriental <strong>de</strong> Montarroio Em ca<strong>da</strong> fonte foi posto o seguin-<br />

está cheia <strong>de</strong> barrancos fundos, <strong>de</strong> te dístico: — « Esta água não serve Uo Oriente<br />

4<br />

meio metro e mais, a todo o com- para uso interno.»<br />

primento. Completamente inutiliza- E lavavam suas mãos numa bem- Ain<strong>da</strong> não está assegura<strong>da</strong> a paz<br />

<strong>da</strong>, lia muitos annos sem um reparo. aventurança <strong>de</strong> tranquiili<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> entrega Grécia'e a Turquia, e, con-<br />

Economias municipaes. ..<br />

gôso!<br />

seguintemente, ain<strong>da</strong> não estám sus-<br />

As ruas em volta <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, Mas reclamar providências, apospensas as hostili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, por a Tur-<br />

<strong>de</strong>testáveis. Pois se até as centraes trophar os que dormem, tudo será quia não consentir no armistício, te-<br />

eslám uma vergonha!.. .<br />

inútil!<br />

mendo uma reorganização <strong>da</strong>s for-<br />

Senhores vereadores, mais pudor Nêste torrão abençoado para as ças gregas.<br />

administrativo e mais consciência gran<strong>de</strong>s cal tmi<strong>da</strong><strong>de</strong>s têmos o recur- Chegou a phase <strong>de</strong> pôr <strong>de</strong> parte<br />

dos seus <strong>de</strong>veres!<br />

so inexaurível <strong>da</strong> protecção divina. a piéguice do sentimentalismo e<br />

Será o que Deus quizer — é o olhar, <strong>de</strong> ânimo sereno, o campo <strong>da</strong><br />

prolóquio lusitano, que <strong>de</strong>safoga <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrota entre as duas raivosas ini-<br />

DE JUSTIÇA cui<strong>da</strong>dos e nos tem levado á glómigas. Consta-nos que os empregados<br />

ria !<br />

A Turquia está, a nosso vêr, no<br />

incontestável direito <strong>de</strong> pôr as con-<br />

do commércio, no ramo <strong>de</strong> merceadições<br />

<strong>de</strong> paz, que julgue compatíria,<br />

vam constituir <strong>de</strong>ntre si uma<br />

veis com o seu brio militar oííendi-<br />

commissão encarrega<strong>da</strong> <strong>de</strong> promo- Museu arclieológ-ico<br />

do, procurando, quanto possível,<br />

ver o encerramento <strong>da</strong>s mercearias<br />

ao domingo, <strong>da</strong>s 3 horas <strong>da</strong> tar<strong>de</strong><br />

O sr. dr. José <strong>de</strong> Sousa Nazareth resarcir-se dos prejuízos causados<br />

em diante, a exemplo do quejá suc-<br />

offereceu ao museu archeológico do por uma guerra que não provocou,<br />

ce<strong>de</strong> em outros ramos do commér-<br />

Instituto quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> notáveis antes força<strong>da</strong>mente acceilou.<br />

cio.<br />

peças <strong>de</strong> olaria romana, <strong>de</strong>scobertos Allega-se por ahi que a Grécia<br />

no local on<strong>de</strong> em tempos existiu o não dispõe <strong>de</strong> recursos para o paga-<br />

Achámos justíssima a pretensão,<br />

caslrum <strong>de</strong> Medobriga, vulgarmente mento <strong>da</strong> in<strong>de</strong>mnização exigi<strong>da</strong>.<br />

em cuja realização não vêmos in-<br />

conhecido pelo nome <strong>de</strong> Aramenha.<br />

convenientes irreductiveis.<br />

Para que se lançou entám numa<br />

Estas peças; algumas cm perfeita guerra <strong>de</strong> resultados duvidosos ?<br />

conservação e com a marca do ar- Para que pôs entám o rei Jorge<br />

tífice, foram colligidos pelo sr. José a sua corôa na ponta <strong>da</strong>s espa<strong>da</strong>s<br />

0 miasma ás soltas Augusto d'Orb Camarate, <strong>de</strong> Por- dos seus generaes ?<br />

talegre, com o <strong>de</strong>svêlo d'um amador Francamente, o bárbaro por ser<br />

É corrente que os assumptos <strong>de</strong> inlelligente e <strong>de</strong>dicado. t bárbaro tem direitos como os civi-<br />

preferência impostos á sollicitu<strong>de</strong><br />

v<br />

lizados, como os cultos, que pro-<br />

<strong>da</strong>s vereações municipaes sam os<br />

• • • — f r — clamam a efficácia do abuso contra<br />

que interessam á limpêza e á hy-<br />

os <strong>de</strong>sprotegidos <strong>da</strong> sympathia dos<br />

giene públicas.<br />

THEATRO PRÍNCIPE REAL gran<strong>de</strong>s.<br />

Com tudo, por uma inversão que<br />

O heroísmo do pôvo grêgo, em<br />

atropella os mais rudimentares pre- Subiu á scena na quinta feira, que tanto confiámos no começo <strong>da</strong><br />

ceitos <strong>de</strong> honesti<strong>da</strong><strong>de</strong> administrati- como dissémos, o drama A vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> questão, <strong>de</strong>ixou muito a <strong>de</strong>sejar nos<br />

va, é exactamente em <strong>Coimbra</strong> essa um rapaz pobre. Não assistimos, e, campos <strong>de</strong> batalha. Além <strong>da</strong> cobar-<br />

questão que menos preoccupa os por isso, na<strong>da</strong> podêmos dizer. dia <strong>da</strong> fuga, tem a <strong>de</strong>primi-lo, ain-<br />

prestimosos ci<strong>da</strong>dãos que os sufrá- Na sexta feira, como annunciá<strong>da</strong> mais. a vergonha <strong>da</strong> súpplica ás<br />

gios do concelho empoleirou nos ramos, representou-se, no mesmo potências para por ellas interce<strong>de</strong>-<br />

escabellos curues.<br />

theatro, o drama Os que trabalham, rem junto d'aquelles a quem lança-<br />

Por vezes, médicos e hygienistas <strong>de</strong> Ernesto <strong>da</strong> Silva. Tem <strong>de</strong>feitos, ra o mais au<strong>da</strong>cioso dos reptos.<br />

têem estado á frente <strong>da</strong> gerência e muitos. Ha nelle algumas scenas Magoou-nos o procedimento <strong>da</strong><br />

camarária, sem que a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> se te- bem <strong>de</strong>linea<strong>da</strong>s a par d'outras <strong>de</strong>- Grécia. Não esperávamos d'ella a<br />

nha purgado <strong>da</strong> infecção dos monmasiado fracas. A acção, em si, não vergonha <strong>da</strong> sujeição. Esperávamos,<br />

turos.<br />

é attrahente, embora haja nella mui- sim, a lucta porfia<strong>da</strong>, tenaz, lucta<br />

Ha ruas qu(ídurante a noite sam to <strong>de</strong> bom. Para obra <strong>de</strong> propagan- sem tréguas, guerra sem quartel, a<br />

intransitáveis, como collectores <strong>de</strong> <strong>da</strong> achámo-la excessivamente pala- que só <strong>da</strong>riam fim a morte ou a vi-<br />

,<br />

esgôto.<br />

vrosa e muito pouco convincente. ctória.<br />

quando não representam fielmente<br />

O mercado nas horas <strong>de</strong> maior Isto quanto á obra em si.<br />

Não comprehendêmos como pos-<br />

uma insígnia <strong>de</strong> paz, sám consi<strong>de</strong>-<br />

•calor exhala o fétido nauseante <strong>de</strong> Quanto ao <strong>de</strong>sempenho, é ver<strong>da</strong>sa viver com digni<strong>da</strong><strong>de</strong> qaem não<br />

rados objectos <strong>de</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> particu-<br />

matérias pútri<strong>da</strong>s!<br />

<strong>de</strong>iramente <strong>de</strong>testável. Chega a fa- soube morrer no campo <strong>da</strong> honra.<br />

laríssima para os <strong>de</strong>sabafos pes- Os passeios mais frequentados, zer per<strong>de</strong>r as estribeiras á paciên- Só admittimos dois extrêmos na<br />

soaes.<br />

como o Caes, a estra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Beira, o cia do mais indulgente espectador! lucta d'um fraco contra um forte.<br />

Penedo <strong>da</strong> Sau<strong>da</strong><strong>de</strong>, etc., pesa so- Pato Moniz <strong>de</strong>u-nos um serra- Evite aquelle, quanto possível,<br />

Como <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> bravura<br />

bre elles uma almosphera <strong>de</strong> estrulheiro (tecelão, segundo a informa- o <strong>de</strong>senlace. Mas. na impossibili<strong>da</strong>-<br />

militar, é para fazer rir; como<br />

comprehensão do préstimo d'uma<br />

meira!ção<br />

<strong>da</strong> mulher) que tem muito pou<strong>de</strong> do bom êxito <strong>de</strong> todos os recur-<br />

espa<strong>da</strong> é para fazer chorar 1<br />

Por lodos os recantos nas ruas co <strong>de</strong> operário e algo <strong>de</strong> popular sos <strong>da</strong> prudência, uma vez arremes-<br />

<strong>de</strong> maior trânsito se improvisam José Augusto. Não sabe dizer; <strong>de</strong>sado ao fragôr <strong>da</strong> peleja, saiba cum-<br />

mictórios; e os poucos que existem clama, sempre que para tal tem enprir o <strong>de</strong>ver que a si mesmo se im-<br />

apropriados estám convertidos em sejo; e, quanto a lágrimas... é um pôs.<br />

A incúria municipal<br />

chiqueiros úricos e immundos que louvar a Deus.<br />

Supplícou misericórdia. Pois sim;<br />

Na rua <strong>da</strong> Ca<strong>de</strong>ia, que está qua- repellem!<br />

Antónia <strong>de</strong> Sousa apresentou-se mas ao vencedor é que assiste o insi<br />

intransitável como to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong> Voltámos positivamente aos an- com uma lysica que faria rir um contestável direito <strong>de</strong> dictar as cláu-<br />

<strong>Coimbra</strong>, com covas significativas tigos tempos dos zeladores munici- companheiro <strong>de</strong> infortúnio. sulas do seu perdão.<br />

<strong>da</strong> acura<strong>da</strong> attenção que merecem paes, em que a via pública era o Luciano e Emília, attentas as Perdão vergonhoso e humilhante,<br />

á Câmara municipal os interesses receptáculo <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>spejos e péssimas quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> companhia, perdão que um fraco nunca <strong>de</strong>ve<br />

dos munícipes, andou um calcetei- <strong>de</strong>jecções; havia porcos e gallinhas com muito custo pu<strong>de</strong>ram fazer coi-1 acceilar, e muito menos pedir a um<br />

ro a espalhar remendos d'um cal- pelas ruas, e no páteo <strong>da</strong> Universi- sa que algum geito tivesse. forte, lenha embora <strong>de</strong> cair em poscetamento<br />

irrisóiio. A coisa ficou <strong>da</strong><strong>de</strong> pastavam livremente um ju- Os únicos que souberam manter tas sob o gládio do vencedor.<br />

como estava, se não peor do que mento e duas cabras 1...<br />

nos seus papeis uma certa natura- * Um telegramma do Herald, pro«<br />

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />

d'antes, e do mesmo modo se encon- A acção administrativa <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s li<strong>da</strong><strong>de</strong> foram A<strong>de</strong>lina Ruas, como veniente <strong>de</strong> Constantinopla, insist§


RESISTENCIA — Domingo, 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897<br />

em que eslám suspensas as relações A par <strong>da</strong>s suas informações optimistas,<br />

chegam-nos informações extra-of-<br />

diplomáticas entre o governo <strong>da</strong> Suficiaes, que<strong>da</strong>m um aspecto <strong>de</strong> graviblime<br />

Porta e o governo francês, em <strong>da</strong><strong>de</strong> á marcha dos acontecimentos,<br />

consequência <strong>de</strong> uma scena <strong>de</strong>s- provoca<strong>da</strong> Ultimamente pela intervenagradável<br />

occorri<strong>da</strong> entre o Sultão ção directa <strong>da</strong> nação norte-americana.<br />

e o embaixador <strong>da</strong> França na Tur- Mac-Kinley pediu informes ácêrca <strong>da</strong><br />

situação dos insurrectos. E as noticias<br />

quia, o sr. Cambon, numa <strong>da</strong>s au- por elle recebi<strong>da</strong>s estám numa flagrandiências<br />

passa<strong>da</strong>s. Segundo parete contradicção como as que tem puce,<br />

o Sultão pediu, sem resultado, blicado o governo hespanhol.<br />

a retira<strong>da</strong> <strong>da</strong> sua côrte do alludido E tanto que, apresenta<strong>da</strong> no senado<br />

representante.<br />

dos Estados-Unidos a proposta do reconhecimento<br />

dos insurrectos como<br />

Em virtu<strong>de</strong> d'isto, parle <strong>da</strong> es- belligerantes, foi quasi unánimemente<br />

quadra francêsa, estaciona<strong>da</strong> nas approva<strong>da</strong>, sendo a sua approvação<br />

águas do Oriente, recebeu or<strong>de</strong>m sancciona<strong>da</strong> pela câmara dos repre-<br />

para se*dirigir a Besika-Bay, on<strong>de</strong> sentantes. E esta resolução do senado<br />

e <strong>da</strong> câmara fui provoca<strong>da</strong> pelas ex-<br />

se encontram já alguns navios <strong>da</strong> cellenles situação e disposições dos<br />

Grã-Bretanha.<br />

<strong>de</strong>fensores <strong>da</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Cuba, sen-<br />

* Segundo dizem <strong>de</strong> Athenas, os do agora <strong>de</strong> esperar que Mac Kinley<br />

chefes insurrectos <strong>de</strong> Creta estabe- não faça gran<strong>de</strong> reparo na sua approleceram<br />

um governo provisório, após vação, atten<strong>de</strong>ndo ao seu passado <strong>de</strong><br />

lucta intransigente pela causa cubana,<br />

a evacuação <strong>da</strong>s tropas grêgas. às suas promessas, e ao aspecto eco-<br />

* A agitação em Athenas voltou nómico por que agora é encara<strong>da</strong> a<br />

a ser extraordinária. E <strong>de</strong> esperar guerra.<br />

que, <strong>de</strong> um momento para o outro, 0 sr. Cánovas tem, pois, as mais ar-<br />

surjam graves acontecimentos 011 se <strong>de</strong>ntes esperanças no veto presi<strong>de</strong>n-<br />

realizem perigosas manifestações. cial, visto que o reconhecimento <strong>da</strong><br />

* Seguem os últimos telegram- belligeráncia é potestativo <strong>de</strong>Mac-Kinley,<br />

o que tira a importância ás votamas:ções<br />

do senado e <strong>da</strong> câmara dos representantes.<br />

Chalkis, 20, n — Os turcos em nú- Da maneira <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r do presimero<br />

<strong>de</strong> 15:000, proseguindo as "hos<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> gran<strong>de</strong> República, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>,<br />

tili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, atacaram os grêgos, terça- pois, a sorte <strong>da</strong>s armas hespanholas,<br />

feira, em Plourka, e no dia seguinte e não <strong>da</strong> valentia <strong>de</strong> Weyler.<br />

em Taratza, afim <strong>de</strong> lhes cortar a Com êste na<strong>da</strong> tem que contar. É<br />

retira<strong>da</strong>. O violento combate cessou aquelle o árbitro suprêmo, que não<br />

por causa do armisticio, e os grêgos 'ará <strong>de</strong>morar muito a sua importante<br />

retirarapi sobre La mia. Os turcos tra- e capital <strong>de</strong>cisão.'<br />

tam <strong>de</strong> concentrar-se em Plourka. 0<br />

príncipe real Constantino estabeleceu o<br />

seu quartel general Tnashermópylas<br />

0 exército acha-se em Moio, Lamia e<br />

Thermópylas.<br />

Paris, 21.—Uma nota <strong>da</strong> Agencia<br />

Havas <strong>de</strong>smente o boato <strong>da</strong> <strong>de</strong>missão<br />

do sr. Cambon <strong>de</strong> embaixador <strong>da</strong><br />

Republica francêsa em Constantinopla<br />

e do rompimento <strong>da</strong>s relações diplomáticas<br />

franco-turcas.<br />

Canéa, 21, n — Retiraram já <strong>de</strong><br />

Creta to<strong>da</strong>s as tropas grêgas.<br />

CUBA<br />

Como prevlramos, a situação <strong>da</strong> Hespanha<br />

tornou-se muito grave, nêstes<br />

últimos dias. Resurgem os tempos em<br />

que por to<strong>da</strong> a nação vizinha echoavam<br />

os brados <strong>de</strong> protesto contra o proce<strong>de</strong>r<br />

dos Estados-Unidos.<br />

Weyler tranquillisa com a mentira.<br />

Chega a suppôr completamente abafa<strong>da</strong><br />

a insurreição, e felicita o seu governo<br />

pelo brilhante resultado.<br />

Que modéstia!... E que <strong>de</strong>scara<br />

mento, santo Deus 1...<br />

« Folhetim <strong>da</strong> RESISTENCIA<br />

ALÉXIS BOUVIER<br />

0 casamento d^m forçado<br />

SEGUNDA PARTE<br />

A casa Bérard «fc C 1 . 4<br />

mando as duas construcções em brazeiros<br />

enormes. Passados 20 minutos<br />

estava reduzido a cinzas um dos chalets,<br />

e o outro, o incombustível, levemente<br />

carbonizado exteriormente, sem<br />

as pare<strong>de</strong>s internas terem soffrido<br />

<strong>da</strong>mno algum.<br />

Depois do incéndo do Bazar <strong>da</strong> Cari<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

em Paris, <strong>de</strong>sperta ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro<br />

e legítimo interesse este meio <strong>de</strong> construcções,<br />

que não tar<strong>da</strong>rá a ser posto<br />

em prática na Inglaterra. Nos Estadosllnidos<br />

já foram man<strong>da</strong>dos construir<br />

navios <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira incombustível pelo<br />

mesmo processo.<br />

Falleceu, na última sexta feira, a<br />

sr.<br />

Intervenção dos Estados-Unidos<br />

Washington, 21, t.—Consta que no<br />

conselho <strong>de</strong> gabinete <strong>de</strong> hoje foi expressamente<br />

manifestado que o presi<strong>de</strong>nte<br />

Mac-Kinley está resolvido a empregar<br />

a sua acção em fazer cessar a<br />

efíusão <strong>de</strong> sangue em Cuba, tanto<br />

quanto possível sem guerra.<br />

•••<br />

<strong>Notícias</strong> <strong>diversas</strong><br />

No dia 14 foi feita em Londres uma<br />

curiosa experiência <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira incomlustivel,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sujeita a <strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

operações chímicas.<br />

Realisaram a experiência nas seguintes<br />

condições:<br />

Construíram dois chalets <strong>de</strong> pinho e<br />

casquilha; um <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ordinária e<br />

outro <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira torna<strong>da</strong> incombustível.<br />

Uataram-nos <strong>de</strong> petróleo e <strong>de</strong>iíaram-<br />

Ihes o fogo. Em breve as chammas se<br />

apo<strong>de</strong>raram <strong>da</strong>s ma<strong>de</strong>iras, transfor<br />

XII<br />

Em casa <strong>de</strong> gente honra<strong>da</strong><br />

—Quer saber tudo? Pois entám ahi<br />

vae a razão: Ha dois annos que nós<br />

trabalhamos todos três por conta <strong>de</strong><br />

Lorémont.<br />

—0 barão! emendou Lalongueur in<br />

genuamente.<br />

Grosbouleau encolheu os hombros.<br />

Cardinet ria com vonta<strong>de</strong>.<br />

— Des<strong>de</strong> êsse dia qua nós somos<br />

roubados, como se an<strong>da</strong>ssemos sempre<br />

num pinhal... no dia do negócio <strong>da</strong><br />

Gran<strong>de</strong> Jatte, nós e Petite tínhamos<br />

dito...<br />

— Petite? perguntou Cardinet.<br />

— Petite, é minha... mulher...<br />

— Ah! sua mulher fazia parte <strong>da</strong> quadrilha.<br />

.. <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> dos ripers—<br />

—Como diz.<br />

«—Depois?<br />

, Depois, vendo que eratnos roubados<br />

todos os dias, tínhamos resolvi-<br />

a Graças aos Exforços do sr. Joaquim<br />

<strong>de</strong> Vasconcellos e á attitu<strong>de</strong> do povo<br />

<strong>de</strong> Tarouca escaparam ain<strong>da</strong> d'esta<br />

vez os quadros góthicos que o sr.<br />

Pacculy, crítico ju<strong>de</strong>u, queria levar por<br />

seis contos <strong>de</strong> réis.<br />

Agora o Jornal do Commércio informa<br />

que o sr. José d'Azevedo Castello<br />

Branco já offerecera também por<br />

elles dois contos <strong>de</strong> réis.<br />

Pobres quadros!..,<br />

Realizâ-se hoje, pela 1 hora e meia<br />

<strong>da</strong> tar<strong>de</strong>, a inauguração do novo matadouro.<br />

Agra<strong>de</strong>eêmos o convite, que<br />

D. Maria Thereza, estremeci<strong>da</strong> filha nos foi offerecido pela Direcção.<br />

do sr. dr. Cunha Leitão, a quem enviámos<br />

os nossos pêsames.<br />

A fina<strong>da</strong> contava apenas 16 annos<br />

Regressou, <strong>de</strong> Lisboa a esta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> e<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

o sr. dr. Neve» e Castro, juiz <strong>de</strong> Direito<br />

d'esta comarca.<br />

Têem-se aggravado os pa<strong>de</strong>cimentos<br />

do sr. Joaquim Maria Martins, sogro do<br />

nosso amigo sr. Francisco Nazareth. Os srs. drs. Daniel <strong>de</strong> Mattos e<br />

Sousa Refoios foram eleitos pela Facul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Medicina para representarem<br />

Falleceu na Covilhã o sr. António a Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> no congresso <strong>de</strong> cirúr<br />

Mousaco, <strong>de</strong> 21 annos <strong>de</strong> e<strong>da</strong><strong>de</strong>, filho gia hispano-português, que em 10<br />

querido do commen<strong>da</strong>dor sr. João Nu d'outubro próximo <strong>de</strong>verá realizar-se<br />

nes Mousaco, sócio <strong>da</strong> firma Alça<strong>da</strong> & em Madrid.<br />

Mousaco, que muitos annos teve nesta<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> um <strong>de</strong>pósito <strong>da</strong> sua importaate<br />

fábrica, e aquém enviamos a expressão<br />

<strong>da</strong>s nossas mais senti<strong>da</strong>s condolências. Revistas e jornaes<br />

Continúa recebendo o mais lisongeiro Perfis» Contemporâneos — Retra<br />

acolhimento a organização <strong>da</strong> exposi- tos, biographias e litteratura.<br />

Acha-se publicado o n.° 30 d'esta exeellente<br />

ção dos trabalhos <strong>de</strong> Leandro Braga. revista quinzenal que se publica em Lisboa.<br />

A exposição realizar-se-ha no palácio Insere este número um bello retraio do dr.<br />

do sr. Marquez <strong>da</strong> Foz, que foi amigo Manuel António Moreira Júnior, lente <strong>da</strong> Es-<br />

do artista e possue algumas <strong>da</strong>s suas ehóIa-Médico-Cinirgica d'aquella ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, e <strong>de</strong>putado<br />

ha pouco nomeado para representar no<br />

obras mais interessantes.<br />

pseudo-parlamento a capital do reino.<br />

A maior parte dos possuidores dos Acompanha o retrato uma biographia sub-<br />

trabalhos <strong>de</strong> Leandro Braga prestaramscripta por Curry Cabral.<br />

se a expô los, outros permittiram que<br />

se tirassem photographias; será por<br />

isso uma exposição completa <strong>da</strong> obra<br />

do artista.<br />

0 cartaz, que ê impresso gratuitamente<br />

pela Companhia Nacional Editora<br />

é <strong>de</strong>senhado por A. Baeta collaborador,<br />

<strong>de</strong> Leandro Braga em alguns dos seus<br />

trabalhos, e pintor<strong>de</strong>corador justamente<br />

estimado, que ain<strong>da</strong> ha pouco, esteve<br />

em <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> passagem para Luso<br />

on<strong>de</strong> fôra expressameute para <strong>de</strong>corar<br />

a habitação do sr. dr. Ayres <strong>de</strong> Campos.<br />

Encontra-se gravemente enferma, ha<br />

já bastantes dias, a ex. mi sr. 8 Câmara indicações offereci<strong>da</strong>s a bem<br />

<strong>da</strong>s condições hygiénicas d'este estabelecimento,<br />

vendo-se que os peritos o<br />

consi<strong>de</strong>ram assim em condições <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r funccionar, sem prejuízo para a<br />

saú<strong>de</strong> pública.<br />

Offerecendo-se comtudo, dúvi<strong>da</strong>s<br />

ácêrca <strong>da</strong> execução do projecto para a<br />

construcção do edifício, resolveu a<br />

mesma Câmara pedir nova informação<br />

dos peritos, ficando d'elia <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

a <strong>de</strong>liberação a tomar para a abertura<br />

do matadouro á exploração.<br />

0 CALLIC1DA <strong>de</strong> que é auctor o sr.<br />

António Franco, é um exeellente preparado<br />

para a extracção dos callos,<br />

tendo, sem dôr, <strong>da</strong>do os melhores resultados<br />

no praso <strong>de</strong> oito dias.<br />

Penafiel — Antonio José Ribeiro.<br />

AGRADECIMENTO<br />

0 Cabido <strong>da</strong> Sé Cathedral d'esta<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, em extremo penhorado, vem<br />

agra<strong>de</strong>cer por êste modo às respeitáveis<br />

auetori<strong>da</strong><strong>de</strong>s civis, administrativas,<br />

judiciaes e militares; digníssimos<br />

lentes <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>, reitor e professores<br />

do lyceu e seminário; câmara<br />

municipal, Associação Commercial, Instituto,<br />

re<strong>da</strong>ctores <strong>da</strong> imprensa, Associações<br />

dos bombeiros voluntários e<br />

municipaes; rev.<br />

•••<br />

Camara Municipal <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

D. Virgínia<br />

Augusta <strong>de</strong> Carvalho, estremeci<strong>da</strong><br />

filha do nosso bom amigo sr.<br />

A<strong>de</strong>lino Augusto Pereira <strong>de</strong> Carvalho,<br />

o que <strong>de</strong>veras sentimos.<br />

A' gentilissima menina <strong>de</strong>sejámos um<br />

prompto restabelecimento.<br />

os arciprestes, párochos<br />

e clérigos <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> fóra; às<br />

illustres <strong>da</strong>mas <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, preclaros<br />

cavalheiros e nobres académicos e<br />

mais lieis que se dignaram honrar com<br />

a sua presença o solemne Te-Deum<br />

que se celebrou na Sé Cathedral no<br />

dia 19 do corrente, para commemorar<br />

o jubileu episcopal <strong>de</strong> s. ex. s rev. ma o<br />

sr. bispo con<strong>de</strong>.<br />

A todos protestamos o nosso profundo<br />

reconhecimento.<br />

<strong>Coimbra</strong> e Sé Cathedral, 22 <strong>de</strong> maio<br />

<strong>de</strong> 1897.<br />

O presi<strong>de</strong>nte do cabido,<br />

Conego José Ferreira Fresco,<br />

Edital<br />

Resumo <strong>da</strong>s <strong>de</strong>liberações toma<strong>da</strong>s na<br />

sessão extraordinária <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> maio O \ doutorLuís d. a, Costa<br />

<strong>de</strong> 1897.<br />

e Almei<strong>da</strong>, provedor<br />

d.si ganta O as a <strong>da</strong> Mi-<br />

Presidência do dr. Luiz Pereira <strong>da</strong> sericórdia <strong>de</strong> Coim-<br />

Costa.<br />

bra.<br />

Vereadores presentes:—Bacharel José<br />

Augusto Gaspar <strong>de</strong> Mattos, José An Faço saber que, por <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong><br />

tónio Lucas, José António dos Santos, Mêsa <strong>da</strong> mesma Santa Casa, se acha<br />

António José <strong>de</strong> Moura Bastos, José Mar- aberto concurso, por espaço <strong>de</strong> quinze<br />

ques Pinto e Albano Gomes Paes, efe- dias, para o provimento <strong>de</strong> dois logactivos.res<br />

<strong>de</strong> merceeira do número <strong>da</strong> Santa<br />

Approvou a acta <strong>da</strong> sessão anterior. Casa.<br />

Apresentado pela presidência o re- As concorrentes <strong>de</strong>vem instruir os<br />

latório dos engenheiros, convi<strong>da</strong>dos seus requerimentos cora certidão <strong>de</strong><br />

para o exame do ediOcio do novo ma- e<strong>da</strong><strong>de</strong>, pela qual mostrem ter pelo metadouro<br />

e lido em acto <strong>de</strong> vereação nos 50 annos, attestado <strong>de</strong> que são<br />

êste documento, foram aprecia<strong>da</strong>s pela viuvas ou solteiras pobres, honestas e<br />

virtuosas, e <strong>de</strong> que resi<strong>de</strong>m em <strong>Coimbra</strong><br />

ou seus arredores, passado pelo<br />

do montar estabelecimento à parte, por é possível. Vou vêr. Fico <strong>de</strong>sasoccega- e pensou no que lhe conviria fazer. respectivo párocho.<br />

nossa conta.<br />

do, aviso Lalongueur... e disse para Estava seguro pelo lado dos três a Secretaria <strong>da</strong> Santa Casa <strong>da</strong> Miseri-<br />

-—Um estabelecimento <strong>de</strong> quê?... mira : Elle an<strong>da</strong> <strong>de</strong>sconfiado que a gen- quem tratava, ignoravam o plano do córdia <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, 22 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />

— De... <strong>de</strong>.... <strong>de</strong> disse Gros te o quer <strong>de</strong>ixar, e vae-nos fazer algu- barão. Foram só três a saber o segredo 1897.<br />

bouleau embaraçado, <strong>de</strong>... o senhor ma parti<strong>da</strong>... Efectivamente, dois dias <strong>de</strong> Bérard—a Linotte, Lorémont e elle<br />

0 provedôr,<br />

já enten<strong>de</strong>u, <strong>de</strong>. ... ven<strong>da</strong>, compra e <strong>de</strong>pois soube que elle tinha man<strong>da</strong>do Com os três patifes que tinha na frente<br />

Luis <strong>da</strong> Costa e Almei<strong>da</strong><br />

troca <strong>de</strong> mercadorias provenientes <strong>da</strong> uma pessoa a casa <strong>de</strong> Bérard. elle podia <strong>da</strong>r cabo do barão. Convinha<br />

ven<strong>da</strong>...<br />

— Quem lh'o disse?<br />

por isso tê-los do seu lado.<br />

— Sim ! Sim ! Já entendi<br />

Desta vez ain<strong>da</strong> Grosbouleau não en- Via bem que elles tinham pelo me- Gran<strong>de</strong> Utili<strong>da</strong><strong>de</strong> Commercial<br />

— Nêsse dia, an<strong>da</strong>vamos nós a tracontrou resposta.<br />

nos tanto ódio ao barão como elle, era<br />

balhar, quando eu vi o barão pegar — Não quero dizer...<br />

necessário encontrar um pretexto que Novas tabellas <strong>de</strong> câmbio directo entre<br />

num retrato <strong>de</strong>pendurado sobre o fo- —Diga! Diga! Foi em casa do nosso<br />

explicasse a sua lucta com o barão.<br />

Inglaterra, Portugal e Brazil<br />

gão, olhar para elle...<br />

patrão...<br />

Depois d'alguns minutos Cardinet disse:<br />

POR<br />

— 0 fogão <strong>de</strong> casa <strong>de</strong> Bérard ?<br />

-Quem lb'0 tinha dito, a elle.<br />

— Pois bem! Lá vae: a mulher que A. DE SOUSA PAUPER10<br />

— Exacto, e dizer: Eu conheço êste -0 barão tinha vindo a casa d'elle<br />

vocês viram com o barão, recusou-se<br />

typo ! Pergunta-me o nome do proprie- pedir informações <strong>de</strong> Bérard... Entàm<br />

a servir os projectos d'elle qu» eram Des<strong>de</strong> 6 a 58 "/»<br />

tário <strong>da</strong> casa, a gente dizlh'o; porque eu disse para mim: é necessário saber<br />

entregar-vos à justiça, <strong>de</strong>nunciando o<br />

se tinha informado !...<br />

o que elle vae lá fazer... Foi entám<br />

furto <strong>da</strong> Gran<strong>de</strong> Jatte d'outra maneira<br />

— Como! Informado?<br />

que nós <strong>de</strong>cidimos que Petite iria ser-<br />

differente.<br />

— Exacto! Quando ha um negócio vir. Ella foi ter com a mulher que -Eu já <strong>de</strong>sconfiava, exclamou Gros-<br />

planeado, a gente informa-se; porque ven<strong>de</strong> a fructa para casa <strong>de</strong> Bérard, bouleau.<br />

não gosta <strong>de</strong> trabalhar senão com o diseram-lhe que precisava <strong>de</strong> nova -An<strong>da</strong> a gente a massar-se pelos<br />

que é bom... Se nos dizem: sam ope- crea<strong>da</strong>, e tomáram-na. Ahi está!... outros, disse Lalongueur.<br />

rários, gente pobre... Os moveis dos — Ella espiava Bér&rd?...<br />

— Hoje elle persegue essa mulher<br />

rapazes, as porcellanas fóra dos servi- — Bérard não, o barão!<br />

com to<strong>da</strong> a força do seu ódio; eu<br />

ços. os vidros partidos que trouxeram — Mas elle nunca lâ entrou. quero salvar essa mulher, porque a<br />

dizendo: isto é bom para o campo!... —Foi lá uma vez com uma senhora, amo, por isso vim ter comvòsco, a<br />

Não contem comnosco. Mas se nos di- mas ficou na carruagem...<br />

procurar armas e auxiliares para me<br />

zem: é nm homem rico, a casa está —Mas nao voltou!...<br />

<strong>de</strong>sfazer <strong>de</strong> Lorémont.<br />

posta, como se fosse em Paris, roupas, —Não, por causa d'uma carta que —Têmos as mãos cheias d'armas,<br />

bronzes, crystaes,... entàm lá vamos! nós lhe escrevemos.<br />

e estámos ao seu dispôr.<br />

— Entendo! E era isso que tinham —Ah! A carta era <strong>de</strong> vocês. Tudo —Todo o trabalho merece salário,<br />

dito <strong>de</strong> Bérard.<br />

está explicado!<br />

accrescentou Lalongueur.<br />

— Tal e qual! Eu entám disse para —Viu a nossa carta?<br />

—Pagarei generosamente, disse Car<br />

elle: é um tal Bérard, com casa <strong>de</strong> —Não, mas sei o que ella diz. dinet.<br />

commissões na rua <strong>de</strong> Eoghlen. Bérard! E Cardinet abriu a carteira e leu a — Ah! Entàm Conte comnôsco. Pe<br />

Bérard! repetia elle.... eu conheço carta que a Linotte lhe dlctara. Ôs três tile, outra garrafa.<br />

êste typo... De repente dá uma pal- sócios ficaram admirados.<br />

—Agora conversámos, a sério.<br />

ma<strong>da</strong> na cabeça e põe-se a dizer? Não Cardinet metteu a carteira no bolso<br />

(Continúa),<br />

d - P or tíWW réis<br />

Preço, 200 réis<br />

A' ven<strong>da</strong> era to<strong>da</strong>s as livrarias<br />

F. Fernan<strong>de</strong>s Costa<br />

G<br />

ANTONIO THOMÉ<br />

ADVOGADOS<br />

Rua do Viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong> Luz, 50<br />

Casa para arren<strong>da</strong>r<br />

Aluga-se, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o S. João em diante,<br />

o 3.° e 4.° an<strong>da</strong>r <strong>da</strong> rua <strong>de</strong> Ferreira<br />

Borges, n.° 115. Têem excellentes<br />

cómmodos. Para tratar — Castro UlQ<br />

— na loja <strong>da</strong> mesma casa.<br />

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt


PROBIDADE<br />

geral <strong>de</strong><br />

seguros<br />

Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> anonyma<br />

<strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> limita<strong>da</strong><br />

CAPITAL 2.000:000(51000<br />

Rua Nova d'El-Rei, n.° 99, 1.»<br />

L i s b o a<br />

Effectua seguros contra incêndios.<br />

Correspon<strong>de</strong>nte em <strong>Coimbra</strong>,<br />

Cassiano A. Martins Ribeiro.—<br />

Rua Ferreira Borges, 165, i .°.<br />

Mato <strong>de</strong> cobre<br />

2 Auali<strong>da</strong><strong>de</strong> garanti<strong>da</strong><br />

" para tratamento <strong>de</strong> vinhas<br />

ven<strong>de</strong>-se por preços limitados<br />

nos estabelecimentos <strong>de</strong><br />

ferragens <strong>de</strong> João Gomes Moreira<br />

na rua <strong>de</strong> Ferreira Borges,<br />

n. 08 5 0 e 52 (em frente ao Arco<br />

d'Almedina) e no <strong>de</strong> Moreira &<br />

Simões na mesma rua n. os 171<br />

e 173.<br />

COFRES A PROYA DE FOGO CALLICIDA<br />

Depósito do melhor fabricante portuense<br />

—João Thomaz Cardôso. —- Preços <strong>da</strong> fábrica<br />

Depósito <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira: De Flandres, Riga, Mógno e outros.<br />

Arames Zincados: n Pa h r 0 a s;^a á t S <strong>da</strong>fõer rlias e dit0 <strong>de</strong> espi "<br />

Mofai hr>onPA' ® amarello, cobre, chumbo, zinco, estanho e<br />

lUCldl UldlM. f0)ha <strong>de</strong> flandres.<br />

FeWO: E a C° <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, carvão <strong>de</strong> fórja.<br />

Mft7 nflPfl fprrpím 1 tornos, máchinas <strong>de</strong> furar, folies,<br />

1I1M paia lClIOilU. picaretas e to<strong>da</strong> a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ferramenta<br />

para ferreiros, serralheiros e latoeiros.<br />

Ferrágens: P ara construcções d'obras, preços baratíssimos.<br />

Moreira & Simões<br />

Rua <strong>de</strong> Ferreira Borges, n. os 171 a 173.<br />

COIMBRA<br />

BICO AUER<br />

A Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> francêsa exploradora do invento do dr. Cal Auer<br />

alcançou uma importantíssima victória sobre <strong>de</strong>zesete contrafactores,<br />

em audiência pública <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> janeiro próximo passado,<br />

no juizo correccional do <strong>de</strong>partamento do Sena, em Paris.<br />

A Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Belga, exploradora do mesmo invento, também<br />

venceu um pleito que trazia contra três contrafactores. A sentença<br />

foi proferi<strong>da</strong> em audiência pública <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> março do corrente<br />

anno, no juizo <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> câmara do tribunal civil <strong>de</strong> Bruxellas.<br />

Corridos d'essas terras é <strong>de</strong> suppôr que os réos venham procurar<br />

saí<strong>da</strong> para os productos <strong>da</strong> sua illicita industria em Portugal,<br />

ven<strong>de</strong>ndo-os por ínfimo preço para não soffrerem per<strong>da</strong> lotai;<br />

e por isso a Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> exploradora do Bico Auer neste<br />

país participa os factos ao público para que não seja illudido e<br />

frisa bem o seguinte:<br />

Que os pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fêsa allegados pelos réos nos diversos<br />

processos que a Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> se tem visto obriga<strong>da</strong> a instaurar era<br />

Portugal, mau grado seu, tem sido em Londres, Paris, Bruxellas<br />

e Pavia, <strong>de</strong>cididos a seu favor isto é:<br />

(i.°) Que as priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Berzelius, Frankenstein, Clamond<br />

e Luke (Williams) não afectam <strong>de</strong> modo algum a patente do dr<br />

Auer;<br />

(2.°) Que a discripção que o dr. Auer fez <strong>de</strong> seu invento<br />

para obter a sua patente, ê sufllcientissima;<br />

(3.°) Que tudo quanto seja accessório tubular <strong>de</strong> tecido vegetal,<br />

impregnado <strong>de</strong> saes <strong>de</strong> metaes raros, puros ou impuros, o<br />

qual tecido <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> impregnado, é enxuto e queimado, a fim<br />

<strong>de</strong> se produzir com elle a incan<strong>de</strong>scência e augmentar a forç*<br />

<strong>da</strong> luz, é uma contrafacção do objecto privilegiado e como tal<br />

sujeito às penas <strong>da</strong> lei.<br />

A lei portuguêsa é idêntica á dos referidos países. Os tribunaes<br />

portuguêses sâm tam rectos como os <strong>da</strong>s mais terras cultas;<br />

portanto não é licito presumir-se que a sua <strong>de</strong>cisão final seja<br />

diversa <strong>da</strong>s que os representantes do privilegiado teem alcançado<br />

nas mais partes.<br />

Quem duvi<strong>da</strong>r pô<strong>de</strong> ler os relatórios <strong>de</strong> todos os processos que<br />

se acham patentes na Agência Geral <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, no largo do<br />

Corpo Santo, 13, 2.°<br />

Sobretudo o pítblico <strong>de</strong>ve flear <strong>de</strong> atalaia contra as apregoa<strong>da</strong>s<br />

vantagens do supporte central usado nas mangas <strong>de</strong> contra-<br />

facção.<br />

0 supporte não é privilegio <strong>de</strong> ninguém; portanto, todos que<br />

pó<strong>de</strong>m licitamente ven<strong>de</strong>r mangas <strong>de</strong> incan<strong>de</strong>scência pó<strong>de</strong>m em*<br />

pregar o supporte central.<br />

Se as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s exploradoras do Bido Auer, em todos os<br />

paizes, não usam do supporte central, é porque acham preferível<br />

o supporte exterior.<br />

Quem se <strong>de</strong>ixar seduzir e consentir que os supportes dos bU<br />

008 fornecidos pela Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Auer sejam modificados, a fim <strong>de</strong><br />

se lhe po<strong>de</strong>r a<strong>da</strong>ptar uma manga <strong>de</strong> contrafacção, terá mais tar<strong>de</strong><br />

Ú9 comprar um bico aovg do feitio d'aquelle que <strong>de</strong>ixou estragar.<br />

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt<br />

RESISTENCIA — Domingo, 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897<br />

CALDAS DA FELGUEIRA<br />

Depositos—Lisboa: Leando<br />

<strong>de</strong> Freitas, rua <strong>da</strong> Prata,<br />

231; Porto, José Maria Lopes,<br />

rua do Bomjardim, 12; <strong>Coimbra</strong>,<br />

Rodrigues <strong>da</strong> Silva & C. a ; e em<br />

to<strong>da</strong>s as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e principaes<br />

villas do continente.<br />

África — Loan<strong>da</strong>, José Marques<br />

Diogo.<br />

Brasil— Rio <strong>de</strong> Janeiro: Silva<br />

Gomes &C a ; Pernambuco; Guerra<br />

Fernan<strong>de</strong>s & C. a , rua do<br />

Duque <strong>de</strong> Caxias, 47; Bahia:<br />

Francisco <strong>de</strong> Assis e Souza;<br />

Maranhão: Jorge á Santos.<br />

Exija-se nos <strong>de</strong>pósitos um<br />

prospecto que ensina o modo<br />

<strong>de</strong> usá-lo e previne as falsificações.<br />

Ha um só <strong>de</strong>pósito em<br />

ca<strong>da</strong> terra.<br />

Pedidos ao auctor: António<br />

Franco, Covilhã.<br />

8 M'ESTE <strong>de</strong>pósito, regularmente montado, se acham á<br />

ven<strong>da</strong> por junto e a retalho, todos os productos d'aquella<br />

fábrica, a mais antiga <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, on<strong>de</strong> se recebem<br />

quaesquer encommen<strong>da</strong>s pelos preços e condições eguaes<br />

aos <strong>da</strong> fábrica.<br />

A cura <strong>da</strong> Blennorrhagia<br />

ELECTUÁRIO ANTI-BLENORRHÁGICO<br />

DO PHARMACEUTICO<br />

T _ GLA.JLTV-.Ã.O<br />

Um até dois boiões d'este maravilhoso medicamento, ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro<br />

especifico, bastam na máxima parte dos casos, para curar<br />

to<strong>da</strong>s as purgações, ain<strong>da</strong> as mais antigas e rebel<strong>de</strong>s.<br />

Preço do Tboião, lfOOO réis<br />

Depósito geral em Arganil na pharmacia Galvão —Em <strong>Coimbra</strong>:<br />

drogíria Rodrigues <strong>da</strong> Silva & C. a<br />

EElffiDIOS IDE j&TZ<br />

0 Remedio <strong>de</strong> AYER contra sezões—Febres<br />

intermitentes ebliosas<br />

feitorai <strong>de</strong> Cereja <strong>de</strong> Ayer. O remédio mais<br />

seguro que ha para curar a Tosse Bronchile, Asthcma<br />

e Tubérculos pulmonares.<br />

Frasco, i$000 réis meio frasco, 600 réis.<br />

Todos os remédios que ficam indicados sam altamente<br />

concentrados <strong>de</strong> maneira que sahem baratos, porque<br />

um vidro dura muito tempo.<br />

Pilnlas Cathartieas <strong>de</strong> Ayer. —0 melhor<br />

purgativo, suave, inteiramente vegetal.<br />

F r a s c o , Í.SOOO réis<br />

0 Vigor do<br />

DO DR. AYER<br />

isapai<br />

Para a cura effimt e prompta <strong>da</strong>i<br />

Moléstias provenientes <strong>da</strong> ira<br />

pureza do Sangue.<br />

T O N I O O C m i E I T T . A / L<br />

Marca «Casseis»<br />

Exquisita preparação para aformosear o<br />

cabello —Extirpa to<strong>da</strong>s as affecções do cráneo, limpa<br />

e perfuma a cabeça.<br />

Agua flori<strong>da</strong> (marca Casseis).—Perfume <strong>de</strong>licioso<br />

para o lenço, o toucador e o banho.<br />

Sabonetes <strong>de</strong> glyeerina (marca Casseis).—<br />

Muito gran<strong>de</strong>s, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> superior.<br />

Á ven<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as drogarias e lojas <strong>de</strong> perfu«<br />

marias. Preços baratos.<br />

Termífttgo <strong>de</strong> 13. L. Falmestock.<br />

— É o melhor remedio contra lombrigas. 0<br />

proprietário está prompto a <strong>de</strong>volver o dinheiro a<br />

qualquer pessoa a quem o remédio não faça o effeito<br />

quando o doente tenha lombrigas e seguir exacta*<br />

ir ente as iustrucçôes.<br />

ÉDITOS DE 30 DIAS<br />

Estabelecimento Thermal<br />

Dos mais perfeitos do país<br />

Excellentes águas mineraes<br />

para doenças <strong>de</strong> pelle,<br />

rheumatismo, estômago,<br />

garganta, etc.<br />

CANNAS DE SENHORIM<br />

(BEIRA ALTA)<br />

Abertura do estabelecimento thermal em 1 <strong>de</strong> maio<br />

e fecha em 30 <strong>de</strong> novembro<br />

Gran<strong>de</strong> Hotel Club<br />

Com estação <strong>de</strong> correio e telé<br />

grapho, médico e pharmácia<br />

e casa <strong>de</strong> barbear.<br />

Magníficas accommo<strong>da</strong>ções<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1$200 réis,<br />

comprehen<strong>de</strong>ndo serviço, club,<br />

etc. Bónus para os médicos<br />

Abertura do Gra<strong>de</strong> Hotel Club em 15 <strong>de</strong> maio<br />

comprehen<strong>de</strong> 64 banheiras <strong>de</strong> i. a a 5. a O Estabelecimento Thermai<br />

classe; duas salas para duches, uma para senhoras<br />

e outra para homens, e a mais completa I nt O tinll sala <strong>de</strong> f I n í inhalação, r> t>nl r. An 1% pulverização . e - aspiração, ~ com _ gabinêtes 1 • A, annexos e . in<strong>de</strong>pen- .<br />

<strong>de</strong>ntes para toilette. E sem dúvi<strong>da</strong> o melhor do reino, e mais barato. — V i a g e m — Faz-se to<strong>da</strong> em caminho <strong>de</strong> ferro até<br />

Cannas (BEIRA. ALTA) e d'ahi 5 kilómetros em bons carros. A estação <strong>de</strong> Cannas na linha férrea <strong>da</strong> Beira Alta está directamente<br />

liga<strong>da</strong> com to<strong>da</strong>s as liuhas férreas hespanholas que eutram em Portugal por Ba<strong>da</strong>joz, Cáceres, Villar Formoso, Barca<br />

d'Aiva e Tuy — Para esclarecimentos: — Em L i s b o a : rua do Alecrim, n 0 (t.<br />

10<br />

125, referente ao estabelecimento balnear' e rua<br />

<strong>de</strong> S. Juliao, 80, 1.°, referente ao Gran<strong>de</strong> Hotel.—Correspondência para as C a l d a s d a Felg-ixeira, ao gerente, <strong>da</strong> companhia<br />

do Gran<strong>de</strong> Hotel —As águas engarrafa<strong>da</strong>s ven<strong>de</strong>m-se nas pharmácias e drogarias e no <strong>de</strong>pósito geral, PHARMA-<br />

CIA ANDRADE, rua do Alecrim, 125.-A exploração do Hotel fica êste anno a cargo <strong>da</strong> Companhia do Gran<strong>de</strong><br />

Hotel Club.<br />

Depósito <strong>da</strong> fábrica «A NACIONAL»<br />

DE<br />

Privilégio BOLACHAS E BISCOITOS<br />

Exclusivo<br />

Extracção dos callos sem<br />

dôr em 5 dias<br />

l>eseonto convi<strong>da</strong>tivo<br />

para reven<strong>de</strong>r<br />

DE<br />

JOSE FRANCISCO DA CRUZ,<br />

128—RDA FERREIRA BORGES<br />

TELLES<br />

130<br />

a publicação)<br />

No juizo <strong>de</strong> Direito <strong>da</strong> comarca<br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

cartório do escrivão José Lourenço<br />

<strong>da</strong> Costa se processam<br />

uns autos d'arrolamento dos<br />

bens que ficaram por obito <strong>de</strong><br />

Joanna Caudi<strong>da</strong> <strong>de</strong> S. José Gallinha,<br />

moradora que foi nesta<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>; e pelo mesmo processo<br />

correm éditos <strong>de</strong> trinta dias a<br />

contar <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> publicação<br />

d'este annúncio no Diário do<br />

Governo, virem reclamar os<br />

seus créditos ao mencionado<br />

processo sob pena <strong>de</strong> revelia.<br />

Verifiquei a exactidão.<br />

O juiz <strong>de</strong> Direito,<br />

Neves e Castro.<br />

«Foão Matheus dos<br />

Santos arren<strong>da</strong> a gran<strong>de</strong> loj*<br />

do Çarrno que serviu <strong>de</strong> celeiro<br />

ao sr. Arioza.<br />

Gymnàsio Martins<br />

^Instituto para educação<br />

• physica <strong>de</strong> creanças sob<br />

a inspecção médica do dr.<br />

Freitas Costa.<br />

Horário<br />

Das 6 ás 9 <strong>da</strong> noite.<br />

Creanças do sexo masculino<br />

—segun<strong>da</strong>s, quartas esabbados.<br />

Creanças do sexo feminino—<br />

terças, sextas e domingos.<br />

Preços. — Por mês ou 12<br />

licções, ca<strong>da</strong> alumno 1 $500 réis<br />

(para irmão t*m abatimento).<br />

Collégios ou para tratamento<br />

por meio <strong>de</strong> gymnástica, contracto<br />

especial.<br />

O director,<br />

Augusto Martins.<br />

impe<strong>de</strong> quê o oabelio se to mie braiico e restaura ao cabello grisalho<br />

a sua vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> e formosura.<br />

Perfeito <strong>de</strong>sinfectante 6 purifiôante <strong>de</strong> Jôyes para <strong>de</strong>sinfectar casas e latrinas,<br />

também é excellente para tirar gordura ou nodoa <strong>de</strong> roupa, limpar metaes, e curar feri<strong>da</strong>s. —<br />

Preço, 240 réis.<br />

Depósito —James Casseis $ O. 4 , rua do Mousinho <strong>da</strong> Silveira, n,° 85, 1.°. — Porto.<br />

CASA PARA ARRENDAR<br />

Leonar<strong>da</strong> Forjaz, arren<strong>da</strong> a<br />

parte sul <strong>da</strong> sua casa <strong>da</strong> rua<br />

<strong>da</strong> Ilha.<br />

Becebem-se propostas, na<br />

quinta dos Piatanos à Bemcanta,<br />

on<strong>de</strong> se encontram as chaves,<br />

para ser vista.<br />

Tratamento <strong>de</strong> moléstias <strong>da</strong><br />

bocca e operações <strong>de</strong><br />

cirurgia <strong>de</strong>ntária<br />

Cal<strong>de</strong>ira <strong>da</strong> Silva<br />

Cirurgião <strong>de</strong>ntista<br />

Herculano Carvalho<br />

Medico<br />

R. <strong>de</strong> Ferreira Borges (Calça<strong>da</strong>), 174<br />

iiflonsiiltas todos os dias<br />

V <strong>da</strong>s nove <strong>da</strong> manhã ás<br />

3 horas <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>.<br />

Yinho e aguar<strong>de</strong>nte puros<br />

DA<br />

Quinta <strong>da</strong> Pedrancha<br />

Rua do Loureiro<br />

Vinho tinto—litro 80 réis.<br />

Dez litros—700 réis.<br />

VINHO BRANCO<br />

Chablis <strong>de</strong> 1895 —litro 160<br />

réis.<br />

Dito, garrafa — 120 réis.<br />

Aguar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> vinho, <strong>de</strong> 20°<br />

Cart. —litro 320 réis.<br />

"RESISTENCIA»<br />

PCBMGÁ-SE AOS DOMINGOS<br />

S QUIKTAS-FEIRAS<br />

Re<strong>da</strong>cção e Administração<br />

ARCO D'ALMEDINA, 6<br />

EDITOR = Joaquim Teixeira <strong>de</strong> Sá<br />

Condições <strong>de</strong> assignatura<br />

(PAGA ADIANTADA)<br />

Com estampilha:<br />

Anno 2)5700<br />

Semestre 10350<br />

Trimestre 680<br />

Sem estampilha:<br />

Anno 2f$400<br />

Semestre 10200<br />

Trimestre 600<br />

ANNUISrCIOS<br />

Ca<strong>da</strong> linha, 30 réis—Repeti'<br />

pões, 20 réis.—Para os srs. assigrumtes.<br />

<strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 50 p. c.<br />

Tjji. 1, frança Aaiicl» • -G0VA

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!