Sermões Vol. III, Editio Princeps - LusoSofia

Terceira Quarta fey
de negar, que para a authoridade
de Rey ; Si para o
refpeito dos Miniftros, 8c
para a decência dos mefmos
cfficios, faz muito a calidade,
Si íuppofiçam das peffoas.
Se Salomé funda a íua
confiança ma graça do íeu
Joaõ, naó he menor a de Lázaro
.-porque íe hum temo
kan, titulo definem deltgebati o
ÍI. 7. outro tem ode Quem amas,
P- Oito dias faz hoje, que Chri.
i m ra dá Quarefma. 71
Tabor deu as primeiras moítrás
da Mageftâde dó íeu
Reyno, a hum lado poz
Moyíés , Si a outro Elias:;
porque numera vivo, Si outro
morto. E ambas eftas
propriedades íe ajüntanvcm
hum refufeitado. Como vi*
vo remunerará os mereci*
mentos dos vives, que o requerem?
& como morto os
dos mortos , que o naõ podem
requerer. Ouvindo El­
' fto o refufçitou morro de Rey Herodes os milagres de
K *3* quatro. E que íogeito mais Chrifto, entendeo, que era
s digno do lado de humPriri- o-Bautifta refu furado ;• por­
\z 3 c c pe , q hu m h o m em v i ndo que de hum refufcitadouão
do outra mundo í Quem naõ íe podem eíperar fenaõ mi­
aceitará, 8c venerará todas lagres. E tal he hoje Lázaro,
fuásdifpoíições, Si naõ ou­ Tudo ifto poderiam dizec
virá como oráculos todas Martha, & Maria por parte
íuas palavras ? Todos os er­ de íeu irmão, ainda íem o
ros dos Miniftros naõ nafce confiderarpm herdeiro dos
de outra caufa, íenaõ de tra­ ferviços de ambas. Os alatarem
fó defta vida , Si naõfe baftros quebrados da Mada­
lembrarem da outra , roashú lena ,05 unguentos derrama­
homem , que íabe por |expedos, as lagrimas, 8c cs cabelriencia,
o quelieviver, & los, Também eram defta oc-
morrer, que couía intentará, cafiam. E íe Martha fe naõ
ou fará, que naõ íeja muito íjaébíTe ( como naõ fjria )
acertada ? Só por efta prero­ de que Chrifto tinha comigativa
era merecedor Lázado o paõ em fua cafa, ao mero
, naõ de hum , mas de amnos podia allegar a fua dilibos
os lades. QuandoChrigencia, o íeu cuidado, 8c a
áto na Transfiguraçam do 'meíma largueza, que o Se-
Eiííj nhoc