Sermões Vol. III, Editio Princeps - LusoSofia

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45 a Sermam da parado o banquete, 6c ou fe- de dizer Deos, que he feu • g undos fim: Sc por iffo os Prandmmmeum: quanto de que merecerão a Gloria na fe entender, que cuftou a Ley antiga, hiaõ eíperar ao morte de Deos: Taurimet^fy. Limbo, Sc os que a merecem altiha occifa funt. Por iffo agora na Ley da Graça, en- acerefcenfou depois:Et om» traõ logo a gozais. ma parata-, porque muito 552 E para que naõ fi- mais fe encarece a grandeza que fem ponderação a ulti- do banquete por euftar o ma clauíula do recado , o q que cuftou , do s que por íer nelle diffe o Rey, he que tu- de quem he. HedeDeos,8c do eftava aparelhado: Et cuftou a morte de Deos; íoomnia parâta. Tudo diffe, go muito-mais fe engrandeporque tudo o que o ho- ce pelo preço, que pelo A limem pôde querer, & tudo o thor.Porque Deos que o fez que Deos pôde dar, íecom- como Omnipotente , pôde prchende no banquete da fazer mais, & menos i mas o Gloria. Mas naõ he ifto o meímo Deos, que o pagou que pondero. O em quere- como jufto, naõ pode dar paro , he , que tendo dito no menos pelo que vai mais.Oh principio : Ecce prandínm Deos fempre incomprehenmeum paravi:torne a repetir fivel ; mas nunca com tanto no fim: fy omma parata. Se exceffo como nefte myftetinha dito,que já eftava apa- rio! Sendo o Pay oque fez reinado o feu banqueie,por« as vodas,8c o Filho o defpoque toma a dizer, que eftá íado,que hou vefle de morrer aparelhado tudo.Porque an* o deípofado para o Pay fates da ultima clauíula fez zer o banquete das vodas? mençaõ do que eftava mor- Pare â^corrSderaçaõ nefte to para o mefmo banquete, pafmo, pois naó pôde paffar St antes da primeira naõ: Sc daqui, pira vir em conhecimeflto §. VI. do que he, ou pôde íer o banquete da Gloria, naõ fe z

Dominga XIX. 4fi nieímò qual íeja a magnifi- ftidura nupcial ? A veftid cencia do banquete da Glo- ra nupcial, como declara ria, pelo Author, pelo moti- todos os Padres, Sc Expofi vo, Sc peto preço delia, tudo topes Catholicos, he a graç. infinito: infinito quem a fez, de Deos. Sem graça de Deòs infinito por quem fe fez , & he de Fé, que ninguém pó» infinito o que cuftou fazer- de entrar no Ceo : logo efte íe. Mas fomos chegados a banquete, de que atégora ponto, em que o mefmo E- falia mos, naõ he, nem pôde uangelho parece, que nos fer o banquete da Gloria, desfaz tudo oque com elle Mais:a Gloria, Sc Bemavéfizemos atégora. Naõ que* turança do Ceo de fua prorèndo vir os convidados ao pria natureza heperpetua,& primeiro,8c fegundo recado, eterna , porque doutra forte mandou o Rey chamar ou- naó feria Bemaventurança, tros, Sc depois que eftive- Sc quem huma vez entrou raõ affentados à Meia,qui- na Glória, naõ pôde fahir, Ia honrar o meímo Rey com nem fer privado delia. Efte a Mageftâde de fua prefen- homem, que entrou, Si efta- $i^ ça: Intravit, ut vtderet dif- va affentado à Mefa fem ven, cumbentes. Naõ ha fefta íem ftidura nupcial, foy lançado dczar , Sc aflim aconteceo fora do banquete: logo efte nefta. Vio entre os de mais banquete naó he o da Glohum homem , que naõ efta. ria. va veftido com a decência, 554 Efte argumento he que convinha à realeza do taõ forte , que fóoDivinifbanquete ,eftranhou oatre* fimo Sacramento do Altar vimento, Sc mandou a íeus nos pôde dar a foluçaó delle Miniftros, que o lançaflem taõ verdadeira corno admifóra.St atado de pés,8c mãos ravel,Sc taõ própria d; fte dia o levaffem ao cárcere.As pa- como verdadeira, Reíportlavras , que diffe o Rey , fo- cio , que efta mef na Mefa no Ibid ra ° : Ql l omodo huc intrafii principio,Sc na continuação i~,t' non hahens veftem nuplialem ? da Parábola era o banquete Comoentrafte aqui íem ve* da Gloria -, porém no fim da Tom. 5. Ff mef-

45 a Sermam da<br />

parado o banquete, 6c ou fe- de dizer Deos, que he feu •<br />

g undos fim: Sc por iffo os Prandmmmeum: quanto de<br />

que merecerão a Gloria na fe entender, que cuftou a<br />

Ley antiga, hiaõ eíperar ao morte de Deos: Taurimet^fy.<br />

Limbo, Sc os que a merecem altiha occifa funt. Por iffo<br />

agora na Ley da Graça, en- acerefcenfou depois:Et om»<br />

traõ logo a gozais. ma parata-, porque muito<br />

552 E para que naõ fi- mais fe encarece a grandeza<br />

que fem ponderação a ulti- do banquete por euftar o<br />

ma clauíula do recado , o q que cuftou , do s que por íer<br />

nelle diffe o Rey, he que tu- de quem he. HedeDeos,8c<br />

do eftava aparelhado: Et cuftou a morte de Deos; íoomnia<br />

parâta. Tudo diffe, go muito-mais fe engrandeporque<br />

tudo o que o ho- ce pelo preço, que pelo A limem<br />

pôde querer, & tudo o thor.Porque Deos que o fez<br />

que Deos pôde dar, íecom- como Omnipotente , pôde<br />

prchende no banquete da fazer mais, & menos i mas o<br />

Gloria. Mas naõ he ifto o meímo Deos, que o pagou<br />

que pondero. O em quere- como jufto, naõ pode dar<br />

paro , he , que tendo dito no menos pelo que vai mais.Oh<br />

principio : Ecce prandínm Deos fempre incomprehenmeum<br />

paravi:torne a repetir fivel ; mas nunca com tanto<br />

no fim: fy omma parata. Se exceffo como nefte myftetinha<br />

dito,que já eftava apa- rio! Sendo o Pay oque fez<br />

reinado o feu banqueie,por« as vodas,8c o Filho o defpoque<br />

toma a dizer, que eftá íado,que hou vefle de morrer<br />

aparelhado tudo.Porque an* o deípofado para o Pay fates<br />

da ultima clauíula fez zer o banquete das vodas?<br />

mençaõ do que eftava mor- Pare â^corrSderaçaõ nefte<br />

to para o mefmo banquete, pafmo, pois naó pôde paffar<br />

St antes da primeira naõ: Sc daqui,<br />

pira vir em conhecimeflto §. VI.<br />

do que he, ou pôde íer o<br />

banquete da Gloria, naõ fe z

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