Sermões Vol. III, Editio Princeps - LusoSofia

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ii8 : Sermam da pcnhaõ para toda a vida ,6t os convidados* a forma CJO desherdaõ, 8c empobrecem recado- foy que vieflem as toda a íua deicendencia. Lo- vodas, porque o banquete go para Deos obr^r como eftava prep-rsdo-.Eccepranhcsmem na magnificência do dtum meum paravi: venite ad bapqueíe da Gloria , naõ ló nupúas. E f uppofta eftadií havia de fazer quanto pôde, •íenaô mais. do que pôde. Aflirn he , Sz aíÉmo faz Deos, fe bem íe confidera. Gfbra Deos tanto como ho. mem po banquete da Gloria , que naõ fó faz tudo o que pôde , íenaô também mais do que pôde ; porque faz que gozemos nella o que elle naõ pôde fazer. Deos pôde fozer creaturas, & effas mais, St mais perfei­ tinçaô dasvodáSíemtquan* ro vodas, Sc emquahto banquete ,'he muito para reparar, qoe asívodasárdiz o 1 ex» to que as fez o Rey : Qutfecit nupliasfiliofuo -, porém o banquete naõ diz o Rey que o fez, fenaõ que o preparou ; Ecceprandium meum paravi. Pois porque naõ diz também , que fez o banquete, aflim como diz, que fez as vodas? Porque as vodas tas infinitamente: pôde fa- feias Deos;, 1 o banquete naõ zer mais, St melhores mun- o fez , prep?rou-o fomente, dos, pôde fazer mais, Sc me- As vodas, írg-nificaõ a En- Ihores Ceos j mas fazerfe a carnaçaõ do Verbo;obaníi rrefmo,ou outros como ei- quete fignifica aGIoria dos le he , naõ pôde , porque Bemaventurados: -Sc a En» nem elle fe fez a fi. £ ifto ca maçam do .Verbo feia que Deos naõ fez; nem pó* Deos, porque fez a humanide fazer , fsz quenós o go» dade, Sc a uniaõ hypoftatizemos no banquete da Glo- ca j porém a Gloria dos Béris, fendo o mefmo Óeos^ a aventurados naõ a fez, porprirBe!ra,& a principakígiira- que o objeclo da Gloria , 8c ria daquella Mefa divina, o que os Bemaventurados No noflo Texto o temos, , nella gozaõ , he o mefmo 541 Quando o Rey mã-, Deos, & Deos nem fe fez, dou a fegunda vez chamar nem fe pode fazer. Mas efte ÍUQI»

XIX. 439 meímo banquete da Gloria," tem de feu,pedem empreita, que naõ diz, que fez, diz ai- do oque naõ tem , Sc com o tiflima , & propniflimamen- feu , Sc o empreftado fuprem te que o preparou j porque a magnificência da obra. If- .elevando fobrenaturalmente to fazemultimaméteos hoo entendimento com que o mens, Sc ifto heo que tamvemos: com eíte,que íe cha. bé fez Deos , como íe obrafma lume da Gloria, o prepa- fe como homem : Homini ra,Sc nos faz capazes de o Regi. O homem cõ os, olhos gozar. De íorte, que o ban- da Alma,que íaõefpirituáes, que^e da Gloria he hum cõ- fe forem elevados j pó ie ver pofto de tudo o que Deos a Deos •, mas com os olhos pode fazer, Sc de mais do do corpo, em que naõ de que pode. Da parte do ob- pofíivel tal elevação, nao o •jeáto, que he Deos vifto, Sc pode ver: Sc que fez Dos gozado,he mais do q Deos para que o homem naõ íó pôde fazer, porque, Deos com. a Alma, más também naõ fe pôde fazer a fi mef- com o corpo o gozaffe inmo. E da parte do íogeito, teiramente no banquete da que he o Bemaventurado, Gloria ? O que fez Deos foy que vê , Sc goza a Deos, he pedir empreitada> à naruretudo o que Deos pôde} por- za jhumani, ocorpo que naõ que naõ pôde Deos fazer tinha, Sc unindo por efte mais,que elevar aereaturaa modo inefável a Divindade queoveja,8c goze,aflim co- coro a Humanidajie: O mefmo elle he: Sc por efte mo- mo banquete da Gloria , que do fe verifica , que no ban- tem por c bjeclo a Deos, fiquete da Gloria faz Deos cou nao fó divino, mas di" como fe foffe homem , naõ vino,8c humano juntamenfó tudo o que pôde fazer, te : divino, parabeatificar o fenaõ mais do que pôde. homem na alma , Sc humsno, -.- 542 E que mais fazem para o beatifiçar no Corpo. os homens quando fe que- He peníamento altiífimo de rem moftrar magníficos? Se S. Cypríano: Dem homo lhe n 5 bafta para iffo o que faãus efi , ut homo haberet in Tom.?, Ee iij Deo

ii8 : Sermam da<br />

pcnhaõ para toda a vida ,6t os convidados* a forma CJO<br />

desherdaõ, 8c empobrecem recado- foy que vieflem as<br />

toda a íua deicendencia. Lo- vodas, porque o banquete<br />

go para Deos obr^r como eftava prep-rsdo-.Eccepranhcsmem<br />

na magnificência do dtum meum paravi: venite ad<br />

bapqueíe da Gloria , naõ ló nupúas. E f uppofta eftadií<br />

havia de fazer quanto pôde,<br />

•íenaô mais. do que pôde.<br />

Aflirn he , Sz aíÉmo faz<br />

Deos, fe bem íe confidera.<br />

Gfbra Deos tanto como ho.<br />

mem po banquete da Gloria<br />

, que naõ fó faz tudo o<br />

que pôde , íenaô também<br />

mais do que pôde ; porque<br />

faz que gozemos nella o<br />

que elle naõ pôde fazer.<br />

Deos pôde fozer creaturas,<br />

& effas mais, St mais perfei­<br />

tinçaô dasvodáSíemtquan*<br />

ro vodas, Sc emquahto banquete<br />

,'he muito para reparar,<br />

qoe asívodasárdiz o 1 ex»<br />

to que as fez o Rey : Qutfecit<br />

nupliasfiliofuo -, porém o<br />

banquete naõ diz o Rey<br />

que o fez, fenaõ que o preparou<br />

; Ecceprandium meum<br />

paravi. Pois porque naõ diz<br />

também , que fez o banquete,<br />

aflim como diz, que fez<br />

as vodas? Porque as vodas<br />

tas infinitamente: pôde fa- feias Deos;, 1 o banquete naõ<br />

zer mais, St melhores mun- o fez , prep?rou-o fomente,<br />

dos, pôde fazer mais, Sc me- As vodas, írg-nificaõ a En-<br />

Ihores Ceos j mas fazerfe a carnaçaõ do Verbo;obaníi<br />

rrefmo,ou outros como ei- quete fignifica aGIoria dos<br />

le he , naõ pôde , porque Bemaventurados: -Sc a En»<br />

nem elle fe fez a fi. £ ifto ca maçam do .Verbo feia<br />

que Deos naõ fez; nem pó* Deos, porque fez a humanide<br />

fazer , fsz quenós o go» dade, Sc a uniaõ hypoftatizemos<br />

no banquete da Glo- ca j porém a Gloria dos Béris,<br />

fendo o mefmo Óeos^ a aventurados naõ a fez, porprirBe!ra,&<br />

a principakígiira- que o objeclo da Gloria , 8c<br />

ria daquella Mefa divina, o que os Bemaventurados<br />

No noflo Texto o temos, , nella gozaõ , he o mefmo<br />

541 Quando o Rey mã-, Deos, & Deos nem fe fez,<br />

dou a fegunda vez chamar nem fe pode fazer. Mas efte<br />

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