Sermões Vol. III, Editio Princeps - LusoSofia

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04.07.2013 Views

A4& : Sentiam d% v ,„ mv mefmos ladroens os lCVsõ femelhante aiti, -8r qwaflflft comfigo, '"•'••. como tu aiffimulas com ef. ' 43-° ••. Ouvi a ameaça,, Sz fes ladroens ,hey eu de diffifemença de Deos contra ef- anular ccmtigoí Enganaste: Pfal. res, taes. .Si videbas furem, Arguam te, fy flautam contra lbii ^cxúcurrebas cum eo : o H--breo faciem tuam, Deffas meímas lê cencurrebas : Sc tudo he,; •porque ha Principes que correm com os ladreens, & concorrem com elles. Correm com elles ; porque os admittem à íuafamilisridade, Sc graça : Si concorrem ladroices, quetiV vês, & ceníentes, hey de fazer hum eipelho, em que te vejas : 8ç quando vires que es taõ reo de todos effes furtos , como os mefmos ladroensy porque os nam impedes : 8c mais com elles; porque dandolhe queos meímosladrões;porauihoridade, 8c jurdíçoens, què tens obrigaçam jurada concorrem para o que elles de os impedir; entaõ confie* furtaõ. E a mayor circun- cerás que tanto , Sr maisjüftancia defta graviífima culftamente que a elles teeeik pa coníifte no , Si v'debas. deno ao Inferno. Aflim ò Se eftes ladroens foraõ oc- declara com ultima , Si te- =cultos, Sc o que corre, Sc co- merófa fentença a Parafrafe •corre com elles nam os co- Chaldaica do mefmo Tex­ nhecérsj alguma deículpa ti to : Arguam te in hoc faculo, mha; mas íe elles faõ ladrões fy oràinabo juduium Gehm públicos , & conhecidos, íe na in futuro coram te. Nefte rouhaõ íem rebuço, 8c a cara mundo arguireya tua conideícuberta, fe todos ós vem ciência•, corrio agora aeftru roubar, St o mefmo que os coníente , St apoya , o eftá p^ vendo : Si videbas furem: AQ.21 Q 116 arguindo ; & no outro mundo condenarey a tua Alma ao Inferno, como fe verá rio deículpa pode ter dian­ dia do Juizo. te de Deos , & do mundo? §. Xll Exfiimafti inique quod ero 438 Grande laftíma fe­ imfirmhs: Cuidas tii, ò inju ra naquelle dia.Senhoresyvec fto, diz Deos, que hey defer como os ladrões levaõ comfigo

Bé^n Ladram. 34/ figo muitos Reys ao Infer- faria a todos FSóquem nam no : 6c para que efta force íe tiver Fé, nem confciencia, troque em huns, Sc outros, nem juizo, o pode negar*- vejamos agora compôs melmos Reys, fe quizercm, podem levar comfigo os ladroens ao Paraifo. Parecera a alguém pelo que fica dito, que íerá coufa muito diffi- 439 E.porque os mei* mos ladroens fe nam fintao de haverem de perder por efte modo o fruto das íuas induftrias •, coníiderem , que ainda que fejaõ tam máos cultofa, Si que fe nam pode como o Máo Ladraõ , naó fó çonfeguir íem grandes def deviaõ abraçar , St defejar pezas : mas eu vosíffirmó, eftaexecuçam, mas pedilla Si moftrarey brevemente, aos mefmos Reys O Bom que he coufa muito fácil, Sx Ladram pedio a Chrifto, coque íem nenhüa def peza de mo a Rey , que fe íembraííe íua fazenda, antes com mui- delle no feú Reyno ; Sc p tos augmentos delia, o pó- Máo Ladram , que lhe p dem fazer GS Reys.-E de que modo j? Com hursa palavra; mas palavra de Rey. Mandando .que os mefmos ladroens ,osquaesnam coftum-a© reftituir, reftkuaõ effe- C^iyamcnte. tudo o que roubarão,.Executando-o aflim.,. íilvaríehaô os ladroens , 8c faívarfehaõ os Reys. Os Ia- dio:Si- tu es Chrifiusyfalvum, Luc. fae temetipjum, fy nos.-Se leis 13-39 o Rey prometido, como cs ê meu companheiro , falv.ayvosavós, 8canos. Iftopedio o Máo Ladram a Chrifto, 8c b mefmodcvem pedir todos os ladroens a feu Rey, pofto que fejaõ íaõ máos como o Máo Lsdrsô. Nem droençfalvaríehaõ; porque Voffa Mageftâde,Senhor,fe çeftituiráõ o que tem rouba- pode fal var, nem nós nos-podo : 8c os Reys íâlvarfetup demos falvar fem reftituir: também * porque leftiruin- nós nam temos animo, nem do os ladroens, nam teram valor para fazer a reftiruiejles òbrigaçam de reftituir. çaõ , como nenhum a faz,, Pode haver acçam mais ju. nem na vida , nero na morte: fta, mais útil, Simaisnesef- mandea pois fazer executi- ; • vãmente

Bé^n Ladram. 34/<br />

figo muitos Reys ao Infer- faria a todos FSóquem nam<br />

no : 6c para que efta force íe tiver Fé, nem confciencia,<br />

troque em huns, Sc outros, nem juizo, o pode negar*-<br />

vejamos agora compôs melmos<br />

Reys, fe quizercm, podem<br />

levar comfigo os ladroens<br />

ao Paraifo. Parecera<br />

a alguém pelo que fica dito,<br />

que íerá coufa muito diffi-<br />

439 E.porque os mei*<br />

mos ladroens fe nam fintao<br />

de haverem de perder por<br />

efte modo o fruto das íuas<br />

induftrias •, coníiderem , que<br />

ainda que fejaõ tam máos<br />

cultofa, Si que fe nam pode como o Máo Ladraõ , naó fó<br />

çonfeguir íem grandes def deviaõ abraçar , St defejar<br />

pezas : mas eu vosíffirmó, eftaexecuçam, mas pedilla<br />

Si moftrarey brevemente, aos mefmos Reys O Bom<br />

que he coufa muito fácil, Sx Ladram pedio a Chrifto, coque<br />

íem nenhüa def peza de mo a Rey , que fe íembraííe<br />

íua fazenda, antes com mui- delle no feú Reyno ; Sc p<br />

tos augmentos delia, o pó- Máo Ladram , que lhe p<br />

dem fazer GS Reys.-E de que<br />

modo j? Com hursa palavra;<br />

mas palavra de Rey. Mandando<br />

.que os mefmos ladroens<br />

,osquaesnam coftum-a©<br />

reftituir, reftkuaõ effe-<br />

C^iyamcnte. tudo o que roubarão,.Executando-o<br />

aflim.,.<br />

íilvaríehaô os ladroens , 8c<br />

faívarfehaõ os Reys. Os Ia-<br />

dio:Si- tu es Chrifiusyfalvum, Luc.<br />

fae temetipjum, fy nos.-Se leis 13-39<br />

o Rey prometido, como cs ê<br />

meu companheiro , falv.ayvosavós,<br />

8canos. Iftopedio<br />

o Máo Ladram a Chrifto,<br />

8c b mefmodcvem pedir<br />

todos os ladroens a feu Rey,<br />

pofto que fejaõ íaõ máos<br />

como o Máo Lsdrsô. Nem<br />

droençfalvaríehaõ; porque Voffa Mageftâde,Senhor,fe<br />

çeftituiráõ o que tem rouba- pode fal var, nem nós nos-podo<br />

: 8c os Reys íâlvarfetup demos falvar fem reftituir:<br />

também * porque leftiruin- nós nam temos animo, nem<br />

do os ladroens, nam teram valor para fazer a reftiruiejles<br />

òbrigaçam de reftituir. çaõ , como nenhum a faz,,<br />

Pode haver acçam mais ju. nem na vida , nero na morte:<br />

fta, mais útil, Simaisnesef- mandea pois fazer executi-<br />

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