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Sermões Vol. III, Editio Princeps - LusoSofia

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Bom Ladram. 311<br />

julgava a Ley por impoíli- lhe o Senhor « falvaçaõ lobihtado<br />

à reftituiçaõ , nem o go , 8* a.Zachéo naõ logo,<br />

deíobrigava delia. Que húa íenaõ muito depoif.E portal<br />

Ley foffe jufta, nao fe pó- que, fe ambos eraõ ladroens,<br />

de duvidar, porque era Ley Sz ambos convertidos ? Por*<br />

de Deos : &z porto que o que Dimas era Ladraõ po^<br />

mefmo Deos na Ley da Gra- bre , 8r naõ tinha com que<br />

ça derogou efta circunftan- reftituir o que roubara 5 Zicia<br />

de rigor, que era de DH cheo era ladraõ rico , Si ti»<br />

leito policivo ; poiéui na nha muito cõ que reftituir;<br />

Ley Natural, que heindif- Zzcheus Frmceps erat publi-<br />

penfavel, 6c manda reftituir canorum, fy ipfedtves: diz o ibid.<br />

a quem pôde , 8c tem com<br />

quej tam fora efteve de vanar<br />

, ou moderar coufa aigúa<br />

, que né o meímo Chri*<br />

fto na Cruz prometeria o<br />

Paraifo ao Ladraõ , em tal<br />

caío , fem que primeiro reftituiff?.<br />

Ponhamos outro<br />

Ladraõ à vifta defte , 8c vejamos<br />

admiravelmente no<br />

juizo do mefm© Chrifto a<br />

differença de hum caío a outro.<br />

410 Affim como Chrifto<br />

Senhor noffo diffe & Di»<br />

txMS : Hodie mecum eris tn<br />

Paradifi^ Hoje feras comigo<br />

no Paraifo ; aífim diííe a<br />

Luc Zachéo : Hodie filus dúmut<br />

19.9. hmc faãacfi : hoje entrou a<br />

falvaçaõ nefta tua caía. Mas<br />

Evangelifta. E ainda que ei- a.<br />

le o naõ differa, o eftado de<br />

hum, & outro ladraõ o declarava<br />

affaz. Porque ? Porque<br />

Dimas era ladraõ con- 1<br />

denado, 8c fe elle fora rico,<br />

claro eftá, que naõ havia de !<br />

chegar à forca : porém Za-'<br />

cheo era ladraõ tolerado f8t<br />

a fua mefma riqueza era a<br />

immunidade, q tinha , para<br />

roubar íem caftigo , 8c ainda<br />

fem culpa. E como Dimas<br />

era ladraõ pobre, & nam tinha<br />

com què reftituir, também<br />

naõ tinha impedimen*<br />

toa fua falvaçaõ-, 8c poriffo<br />

Chrifto lha concedeo no<br />

meímo momento. Pelo<br />

contrario :•" Zachéo como<br />

era ladraõ rico , St tinha<br />

o que muito fe deve notar, muito com queffftitúir, naõ<br />

he que a Dimas prouieteo* lhe podia Chi ifto fegimvr. a<br />

fal-

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