Sermões Vol. III, Editio Princeps - LusoSofia
Sermões Vol. III, Editio Princeps - LusoSofia Sermões Vol. III, Editio Princeps - LusoSofia
3*4 Sermamdt eu nam morreffe eref na men. íuas, pofto que indignas de te , Si padecendo tantas tam agrado nome, onde naõ afrenras, & penas, para me ha Altar, nem Cruz $ nem livrar das do Inferno. Oh eftá Chrifto ! Por amor do que memória efta para nes mefmo Chrifto , Chriftaos,, tirar tudo o mais da merno- 8c Chriftãas , que nam cõria ! Finalmente chegados a mettamos húa taõ grande in>- Igreja haveis de imaginar, decência , & naõ façamos que chegais ao Monte Cal- hum tam publico , 8c manivatio ( que nam he imagina- füfto aggravo à Fé, com que çam , fensõ verdade de Fé, cremos que aquelle Senhcr,, porque alli eftá realmenteo que temos prefente no Sanmeímo Chrifto ) Si fazer tiflimo Sacramento , he o com tffeito o que fizereis, íe meímo que efteve por nós entaõ eftivera o Senhor na crucificado no Calvário. No Cruz, Si o vireis com voffos Calvário aíliftiraõ a Chrir olhos. fto, a Virgem Senhora noffa, 403 Com efta mode- Saõ Joaõ, Santa Maria Magftia s ôc com efta confidera- dalena , 8c as outras Marias: çam havemos decorrer, Sz & he couía digniílima de íe viíitar as Igrejas , Si com a notar, que em todos os quarnefma, 8c muito mayor ,af- tro Evangeliftas fe naõ diz, fiftirnellas aos Divinos Offi- que algüa de todas eftàs cios;8c naõolhando ,fallan- peffoas fallaffe húa íó palado-, Si converíando, quehe vra. Todos viaõ , 8c coníihum abufo maldito , o qual deravaõ o que paliava •, mas naõ fe vendo em outra algüa ninguém fallava , porque o& parte da Chriftandade , fó myfterios da Paixaõ queem Hefpanha , Sz Portugal remfe venerados com íum- ( onde tanto nos prezamos ma attençaõ , 8c meditados de Catholicos ) fe tem in- com fummo filencio. rroduzido, com efcandalo, 404 Façamos pois to- & abominaçam até dos He- dos , neftes dias, efte piquereges. Oh íe ííliftiramos nas no íacrificio (de que ninnoffas Igrejas como elles nas .guern tem cau(a para fe ef» eufar)
dia de Ramos. 315 cuíar ) & em fatisfaçam, do zer? Pois façamos iffo mefmuito que temos offendido mo, Sz nam o façamos por a Deos com noffas linguas, temor da noffa morte , fenaõ pffereçamoslhe o nam fal- por amor da de Jefu. larmos com outrem, fenam 405 AhSenhor, queas com elle, ao menos em quant minhas palavras-íaõ de rero eftivermos na íua prefen- gelo ,8c eftes coraçoens, fem ça. De tudo ornais que até- voffa graça , de, bronze. qui tenho dito , fará cada Quando efpiraftes na Cruz, hum o que o feu fervor, & inclinaftes a cabeça fobre o devoçam lhe ditar; mas de- peito , em final que havieis fte filencio, modeftia, Sz re- de pór os olhos em vós, Sz verencia nas igrejas a nin- não em nós; em voffo coraguem exceptua o meímo çaõ, & naõ em noflos pecca- Chrifto. Lembremonos, que dos. D^ífe mefmo coraçam fomos Chriftaos ,8c que em alanceado , 8c offendido faalguma coufa íe ha de ver hiraõ os dous elementos, que o fomos : & que defte com que formaftes voffa mefmo Sermaõ , Sz das ad- Igreja : fayaõ também agora vertencias, que nelle vos te- os efpiritos vitaes, efpiritos nho feito § vos ha de pedir de vida , 8* graça, com que Deos eftreita conta. Lem- a reformeis : Si aflim como brerríonos de quantas Sema- .alumiaftes j & deftes vifta nas Santas tem paffado fem ao mefmo que vos ferio} aínos aproveitarmos dellas,Sz fim , pofto que tam ferido, que pôde muy bem fer, qüe &z offendido de nós ( pois íeja efta a ultima para ai- ?eftá íempre vivo no voffo guns de nós. Quantos vi- coraçam o mefmo amor) raõ a paffada, que nam vem faya delle hum rayo de luz , efta, 8c quantos veram efta, que alumee noffas cegueique nam haõ de ver a que ras. Fertilize, Senhor, effe vem? Se íouberamos decer- fmgue, 8c regue efta água, to, que havia de íer efta a ul- que fahio de voffo ccnçzõ , tima Seman-s Santa de nof- noffas Almas5 que todas renfa vids, que ha víamos de fa- didas a voffo amor, 8c pof.-i'\ ftradas
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cuíar ) & em fatisfaçam, do zer? Pois façamos iffo mefmuito<br />
que temos offendido mo, Sz nam o façamos por<br />
a Deos com noffas linguas, temor da noffa morte , fenaõ<br />
pffereçamoslhe o nam fal- por amor da de Jefu.<br />
larmos com outrem, fenam 405 AhSenhor, queas<br />
com elle, ao menos em quant minhas palavras-íaõ de rero<br />
eftivermos na íua prefen- gelo ,8c eftes coraçoens, fem<br />
ça. De tudo ornais que até- voffa graça , de, bronze.<br />
qui tenho dito , fará cada Quando efpiraftes na Cruz,<br />
hum o que o feu fervor, & inclinaftes a cabeça fobre o<br />
devoçam lhe ditar; mas de- peito , em final que havieis<br />
fte filencio, modeftia, Sz re- de pór os olhos em vós, Sz<br />
verencia nas igrejas a nin- não em nós; em voffo coraguem<br />
exceptua o meímo çaõ, & naõ em noflos pecca-<br />
Chrifto. Lembremonos, que dos. D^ífe mefmo coraçam<br />
fomos Chriftaos ,8c que em alanceado , 8c offendido faalguma<br />
coufa íe ha de ver hiraõ os dous elementos,<br />
que o fomos : & que defte com que formaftes voffa<br />
mefmo Sermaõ , Sz das ad- Igreja : fayaõ também agora<br />
vertencias, que nelle vos te- os efpiritos vitaes, efpiritos<br />
nho feito § vos ha de pedir de vida , 8* graça, com que<br />
Deos eftreita conta. Lem- a reformeis : Si aflim como<br />
brerríonos de quantas Sema- .alumiaftes j & deftes vifta<br />
nas Santas tem paffado fem ao mefmo que vos ferio} aínos<br />
aproveitarmos dellas,Sz fim , pofto que tam ferido,<br />
que pôde muy bem fer, qüe &z offendido de nós ( pois<br />
íeja efta a ultima para ai- ?eftá íempre vivo no voffo<br />
guns de nós. Quantos vi- coraçam o mefmo amor)<br />
raõ a paffada, que nam vem faya delle hum rayo de luz ,<br />
efta, 8c quantos veram efta, que alumee noffas cegueique<br />
nam haõ de ver a que ras. Fertilize, Senhor, effe<br />
vem? Se íouberamos decer- fmgue, 8c regue efta água,<br />
to, que havia de íer efta a ul- que fahio de voffo ccnçzõ ,<br />
tima Seman-s Santa de nof- noffas Almas5 que todas renfa<br />
vids, que ha víamos de fa- didas a voffo amor, 8c pof.-i'\<br />
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